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Brasil. Presidente (1999-2002: F.H. Cardoso) 7 Anos do Real. Estabilidade, Crescimento e Desenvolvimento Social. Brasília: Presidência da República, 2001. 103 p.: il. (Coleção Documentos daPresidência da República) 1. Plano Real Brasil . 2. PolíticaEconômica Brasil. I. Título. II. Série

CDD 330.981

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Índice

Apresentação; 5

I. EconomiaInflação; 17

Crescimento; 19

Agricultura; 23

Emprego e Renda; 25

Setor Externo; 29

Ciência e Tecnologia; 36

Meio Ambiente; 40

Energia; 43

Petróleo e Gás; 49

Telecomunicações; 51

Transportes; 55

II. SocialEducação; 59

Cultura; 65

Saúde; 71

Previdência Social; 76

Assistência Social; 80

Redução da Pobreza; 85

Plano Nacional de Segurança Pública; 90

A Reforma do Estado; 94

Reforma Agrária; 99

Coleção Documentos da Presidência da República; 101

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Apresentação

Os sete anos do Plano Real mudaram o Brasil. Nos-sos desafios continuam imensos, mas estamos em con-dições muito melhores para enfrentá-los. Construímosuma economia sólida e desenvolvemos programas soci-ais eficazes.

O Plano Real tornou possível promover árdua lutacontra a exclusão social em nosso país.

Os programas sociais, antes canalizados sobretudopara a assistência dos mais ricos, hoje se dirigem aosmais necessitados. Era alarmante o efeito concentradorde renda dos gastos sociais no Brasil no início dos anos90, quando distribuíamos 21% dos recursos aplicados naárea social para os 20% mais ricos da população.

Viramos a página da história chamadaassistencialismo. Com a despolitização dos projetos so-ciais, criamos na área social novas pontes entre o es-forço indispensável do governo e a iniciativa essencialda sociedade. Na luta contra a exclusão social no Brasil,o muito que fizemos desde 1995 ainda é pouco. São cin-co séculos de exclusão. É uma herança histórica de in-justiça alimentada por escravidão, latifúndio, industria-lização concentradora de renda e autoritarismo políticosocialmente excludente.

A primeira forma de luta contra a exclusão foi a es-tabilização econômica, com o abandono de quatro déca-das de cultura inflacionária. Com o Plano Real, desmon-tamos a ciranda da inflação, efetuamos a passagem doEstado empresário ao Estado regulador, reestruturamoso sistema financeiro e consolidamos o ajuste fiscal. Aestabilização distribuiu a renda que a inflação haviaconcentrado. Assim, provamos que a boa gestão

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macroeconômica não é incompatível com a melhoria dasituação social.

A segunda forma de luta contra a exclusão é o cres-cimento econômico, com aumento da produção e do em-prego.

Uma importante razão para o crescimento econômi-co logo após o lançamento do Real foi o aumento do po-der de compra dos assalariados associado à queda da in-flação. Enquanto no início do Plano, em 1º de julho de1994, um salário mínimo comprava o correspondente a60% de uma cesta básica hoje compra 123%.

Ingressamos em uma era de estabilização, de cres-cimento e de distribuição de renda, e abandonamos ocírculo vicioso da recessão, da inflação e da concentra-ção de renda.

Nos sete anos de vigência do Plano Real, tivemosque enfrentar um quadro internacional adverso, com aemergência de três crises econômicas internacionaisde graves proporções (mexicana, asiática e russa). Emjaneiro de 1999, a mudança na política cambial surgecomo novo desafio à estabilização. Mas conseguimossuperá-lo, pois não se concretizaram as previsões pessi-mistas de elevada inflação e recessão generalizada.

A taxa básica de juros atingiu o elevado patamar de45%, mas foi reduzida gradualmente até o nível de15,75% no final de 2000. Fechamos o ano com a maisbaixa taxa de juros real da década, embora a conjunturatenha obrigado a novos aumentos em 2001.

Apesar do impacto dessas crises, o crescimento eco-nômico médio nos seis últimos anos, da ordem de 2,9%do PIB, foi superior ao dos seis anos imediatamente an-teriores, da ordem de 0,6% do PIB.

Tão importante quanto esses resultados é a qualida-de do novo crescimento. Este se dá em bases sólidas e

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estáveis, com produção em alta, inflação em baixa eelevados investimentos estrangeiros diretos. Em 2000,as inversões externas alcançaram US$ 32 bilhões, maisdo que suficientes para financiar o déficit em conta cor-rente, e corresponderam a 16 vezes o ocorrido em 1994,quando atingiram apenas US$ 2 bilhões.

O comércio exterior revelou déficits decrescentesnos últimos anos. De um elevado déficit de US$ 6,6 bi-lhões em 1998, passamos para um nível substancial-mente menor, de US$ 1,2 bilhão, em 1999, e para US$690 milhões no ano 2000. As expectativas de superávitcomercial nesse último ano não se materializaram porum conjunto de circunstâncias: queda nos preços das“commodities” exportadas; elevação acentuada das cota-ções do petróleo; permanência do protecionismo nos paí-ses desenvolvidos, e pressão sobre as importações, deri-vada do crescimento de 4,6% do PIB.

O Programa Nacional de Desestatização contribuiude forma significativa para a modernização de setores-chave, como o de telecomunicações, para o financia-mento do déficit em conta corrente, bem como para aredução da dívida pública. No período de 1991 a 2000esse Programa gerou receita total de US$ 100,4 bilhões,sendo US$ 65,7 bilhões de privatizações federais e US$34,7 bilhões de privatizações estaduais.

Um importante dividendo social da privatização foi aampliação marcante do acesso à telefonia fixa, móvel epública. De 1994 a 2000, o número de telefones fixospraticamente triplicou, passando de 13,3 milhões para38,3 milhões, com previsão para 49,6 milhões em 2003.Os telefones móveis, que em 1994 representavam 800mil linhas, em 2000 cresceram para 23,2 milhões, com45,5 milhões previstos para 2003. Também cresceramos telefones de uso público - os “orelhões” - que em 1994

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eram 343 mil, e em 2000 passaram a 913 mil, com pre-visão de 1,6 milhão em 2005. Esses visíveis benefíciosaos consumidores viabilizaram também o efetivo in-gresso do país na era da Internet, o que seria pratica-mente impossível sem a privatização do setor.

O aumento do emprego é resultado socialmente ex-pressivo da retomada do crescimento. Em 2000, consoli-dou-se a expansão da oferta de emprego, iniciada no se-gundo semestre de 1999 ao refletir queda na taxa de de-semprego, que passou de 6,3% em dezembro de 1999para 4,8% em dezembro de 2000.

A terceira forma de combate à exclusão são os pro-gramas de desenvolvimento social.

Grande parte dos esforços concentraram-se na edu-cação fundamental - base para a formação da sociedade- sem se descuidar do ensino médio e do ensino superi-or. Com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvol-vimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magis-tério - FUNDEF, a divisão da receita entre o estado eseus municípios passou a ser proporcional ao númerode alunos matriculados, estimulando vigorosa expansãodo ensino. Ao mesmo tempo, o Programa Dinheiro Dire-to na Escola eliminou a manipulação política das verbase possibilitou seu maior controle pelas comunidades.

O Brasil está hoje muito próximo da universalizaçãodo acesso ao ensino fundamental, com uma taxa deescolarização de 97%. A evolução foi marcante, se com-parada com o início da década, quando a taxa era deapenas 82%.

Criamos fortes estímulos para as famílias mante-rem as crianças estudando. O Programa de Garantia deRenda Mínima atendeu no ano 2000 cerca de 879 milfamílias, beneficiando aproximadamente 1,7 milhão decrianças na faixa de 7 a 14 anos. Constitui resultado

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extraordinário, que está prosseguindo em 2001, com aprojetada universalização do programa.

Conseguimos assegurar remuneração mais justa emelhor formação aos professores das escolas públicas.No Nordeste, os professores tiveram aumento salarialmédio de 94% no ano 2000, passando de R$ 168,00 paraR$ 326,00.

A formação dos professores teve um grande saltoqualitativo. Os professores que só tinham o primeirograu representavam 6,3% do total em 1997, e em junhode 2000 eram apenas 3,1%. Criamos também melhorescondições de ensino, por meio da distribuição de 370milhões de livros para 121 milhões de alunos, entre1997 e 2000. Em 2001, foram distribuídos 110 milhõesde livros para 32,5 milhões de alunos.

A crescente utilização de modernos recursosaudiovisuais e de informática vem sendo fortementeestimulada na rede pública fundamental. O notável Pro-jeto da TV Escola, lançado em 1996, está presente em93% da rede, atingindo 28 milhões de alunos e 1 milhãode professores.

Os esforços na área educacional resultaram na que-da da taxa de analfabetismo entre os maiores de 15anos, que em 1980 era de 25,4% e em 2000 já havia de-clinado para 13%.

No ensino médio, as matrículas tiveram aumentosignificativo entre 1994 e 1999, quando se expandiramem 57%. Essa expansão está ligada à crescente deman-da derivada da ampliação do ensino fundamental.

O Brasil construiu em 50 anos um sistema públicode ciência e tecnologia como pouquíssimos países emdesenvolvimento. Entre esses, de 1995 a 1998, apenas aCoréia do Sul teve crescimento no setor maior que oBrasil. O aumento da produção científica brasileira

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(365% entre 1981 e 1998) tem sido cerca de três vezessuperior à média mundial (104%). Em 2001, o Ministé-rio da Ciência e Tecnologia passou a gerir diversos fun-dos setoriais de incentivo à pesquisa, além do Fundo doPetróleo, já em funcionamento e constituído com parce-la dos “royalties” da produção do petróleo e do gás. TaisFundos somarão mais de R$ 1 bilhão/ano, praticamentedobrando os recursos atuais para ciência e tecnologia(C&T).

Medidas de profundo impacto sobre a saúde no Brasilforam tomadas durante o Plano Real. Criamos o Siste-ma Único de Saúde – SUS, pautado peladescentralização, regionalização, participação da socie-dade e financiamento pelas três esferas de governo.

Atualmente, 70% dos gastos em saúde pública sãoprovenientes do governo federal. Os recursos do FundoNacional de Saúde passaram a ser transferidos automa-ticamente para fundos estaduais e municipais. Isso eli-mina em grande medida a possibilidade de discrimina-ção política e reduz a prática do clientelismo. Outra ino-vação foi a criação da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar para controlar e fiscalizar os planos e segurosde saúde.

A introdução dos remédios genéricos, com rigorosocontrole de qualidade e com preços bem inferiores aosremédios de marca, constitui iniciativa inédita de de-mocratização da saúde no Brasil. Com um ano de exis-tência, os genéricos contam com o apoio crescente dapopulação e são uma história de sucesso.

Com uma perspectiva de saúde preventiva, amplia-mos significativamente os Programas Saúde da Famíliae Agentes Comunitários de Saúde. Os resultados sãoimpressionantes. Cerca de 154 mil Agentes Comunitá-rios de Saúde em atuação no país são responsáveis pelo

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monitoramento mensal da saúde de mais de 91 milhõesde pessoas em 4.719 municípios. O número dos AgentesComunitários de Saúde, que em 1994 era inferior a 30mil, foi multiplicado por cinco em apenas sete anos.

A mortalidade infantil está baixando drasticamente.A cada 1.000 nascidos vivos em 1990, morriam 49,4. Em2000, esse índice declinou para 34,2. Outros resultadosmarcantes são a queda de 50% nas internações por di-arréia na segunda metade da década de 1990 e o au-mento no aleitamento materno nas áreas urbanas de47% em 1989 para 84% em 1999. Esses são dados queindicam um Brasil mais sadio.

O Brasil tem hoje uma Previdência Social que bene-ficia, só no setor privado, 18,4 milhões de pessoas, comdispêndio equivalente a 6% do PIB. As aposentadoriasno meio rural constituem verdadeiro programa de rendamínima, pois são benefícios concedidos sem a corres-pondente contribuição. De 1994 a 1998, seu valor prati-camente dobrou, ao atingir cerca de R$ 10 bilhões e be-neficiar mais de 6 milhões de pessoas.

Apesar dessa abrangência, a Previdência Socialainda não atinge 60% da população economicamenteativa. Vencer o grande desafio de incorporar esses 38milhões de trabalhadores que estão à margem da prote-ção social exige medidas importantes de racionalizaçãodo sistema.

A reforma da Previdência constitui elemento funda-mental nesse esforço, ao reverter a trajetória explosivade déficits crescentes, que constituem o maior fator dedesequilíbrio fiscal no Brasil. Entre muitas medidas cor-retivas, deve-se ressaltar a adoção do fatorprevidenciário, que significou a introdução de critériosatuariais na Previdência Social. Os resultados já alcan-çados nos últimos dois anos revelam que estamos no

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rumo certo. Entre 1998 e 1999, o déficit cresceu 25,8%,enquanto em 2000 o déficit previdenciário foi equiva-lente a 0,9% do PIB, o que representa queda de 0,1% emrelação a 1999. Ao mesmo tempo estamos reduzindo amarcante desigualdade entre os benefícios concedidospela previdência pública e pela previdência privada.

Os esforços para a erradicação do trabalho infantil,iniciados em 1996, já deram expressivos resultados, aogarantirem a permanência de quase 400 mil crianças eadolescentes nas escolas.

Promovemos entre 1995 e 2000 uma verdadeirarevolução no campo. Foram assentadas mais de 465 milfamílias, número superior ao dobro daquelas atendidasnos 30 anos anteriores, e cobrindo uma área assentadamaior que os Estados do Rio de Janeiro e do EspíritoSanto juntos. O programa só se completa quando os as-sentados passam à condição de agricultores familiaresinseridos de forma competitiva no mercado. Para isso,muito contribuiu a unificação do PRONAF com a Refor-ma Agrária.

Esse conjunto de iniciativas no meio rural trans-formou o Brasil em palco de profunda desconcentraçãode terras, fenômeno mais visível quando verificamosque passamos da 5ª posição entre os países de maiorconcentração para o 12º lugar.

Nossa política externa pautou-se pela defesa dosinteresses nacionais. Lutamos pela preservação doMercosul e conseguimos, após árduas negociações,manter a data de 2005 para o início da ALCA. Fortalece-mos nossa presença política na América do Sul, comoum dos importantes arquitetos da paz entre Peru eEquador, e no ano 2000 promovemos o inédito encontrode todos os presidentes sul-americanos em nosso país.

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Nossa política interna viveu importante processo deeleições municipais, com a participação de mais de 100milhões de pessoas. Isso refletiu um amadurecimentopolítico do eleitorado brasileiro, que, menos sensível aopopulismo fácil, escolheu os candidatos mais identifica-dos com uma gestão fiscal equilibrada e com realizaçõesconcretas na área social.

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Inflação

O ano de 2000 foi o primeiro a transcorrer totalmen-te sob o novo regime cambial e de metas de inflação,adotados no ano anterior. A variação de preços em 2000medida pelo IPC-Fipe atingiu a taxa de 4,38% a.a., qua-se metade da ocorrida em 1999, que foi de 8,64%.

Os resultados alcançados para a inflação confirmamo sucesso da transição para o regime de câmbio flexívelsem comprometer a estabilidade da moeda.

Após a sucessão de choques ocorridos em 1999 nocâmbio, nas tarifas públicas e nos combustíveis, os índi-ces recuaram no início de 2000. Contudo, a tendênciadeclinante da inflação no primeiro semestre foi inter-rompida em julho e agosto, diante da concentração doreajuste de preços de energia elétrica, de telefones, decombustíveis e dos efeitos de uma entresafra agrícolaparticularmente forte, ampliada por geadas no Centro-Sul do país.

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Ainda assim, o Índice de Preços ao Consumidor Am-pliado - IPCA acumulado em 2000, 5,97%, ficou abaixodo alcançado no ano anterior, 8,94%, e dentro da metaestabelecida para o Banco Central. No sistema de me-tas, implantado em 1999, o Banco Central é responsávelpor atingir a taxa de inflação no ano, medida pelo IPCA edefinida pelo Ministério da Fazenda. Esse sistema deixaclaro o compromisso do governo com a estabilidade depreços, condição imprescindível para o aumento dos in-vestimentos e a geração de mais empregos.

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Crescimento

O ano de 2000 foi marcado pela retomada do cresci-mento econômico em bases sustentáveis. A reduçãonas taxas reais de juros e o dinamismo no volume dasexportações, reflexo do novo regime cambial, impulsio-naram a atividade econômica.

Ao longo do ano de 2000, a recuperação da demandafoi-se consolidando graças à expansão do crédito ao con-sumidor, do emprego e da massa salarial. O crescimen-to do PIB, que atingiu 4,6%, foi liderado principalmentepela indústria.

O PIB industrial reverteu a trajetória de queda quemarcou todo o ano de 1999 e alcançou em 2000 um au-

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mento de 5%. Como resultado dessa expansão, o grau deutilização da capacidade instalada na indústria detransformação, medida pela Confederação Nacional daIndustria (CNI), cresceu 3% em 2000 e atingiu a médiade 80,7%, o maior nível desde o início da série em 1992.

A expansão do mercado interno, a ampliação das ex-portações e o aumento no investimento foram os movi-mentos mais visíveis desse crescimento, que consoli-dou os ganhos de produtividade obtidos ao longo dos últi-mos anos.

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Segundo a CNI, as vendas reais da indústria cresce-

ram 10,5% em média em 2000. Esse aumento deveu-se

aos novos investimentos em máquinas e equipamentos

e na produção de bens de consumo duráveis.

A volta dos investimentos reverteu a trajetória de

queda na Formação Bruta de Capital Fixo, que não ape-

nas recuperou a redução em 2000, como vem apresen-

tando forte elevação no início de 2001. Esse desempe-

nho reflete as aquisições de máquinas e equipamentos

para renovação e ampliação da capacidade produtiva.

A maior produção de bens de consumo duráveis foi

favorecida pela expansão do crédito ao consumidor, am-

pliação dos prazos de financiamento e queda nas taxas

de juros decorrentes da estabilização após a mudança do

câmbio.

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Agricultura

No ano-safra 2000/2001 a safra de grãos consolida-

se em novo patamar, superando a marca de 94 milhões

de toneladas, com aumento de 13% em relação à colhei-

ta anterior.

Esse crescimento deve-se, principalmente, à expan-

são de 8,9% da área plantada de grãos nos três últimos

anos, ao mesmo tempo em que se observa a melhoria

de produtividade para o conjunto das lavouras. Os gan-

hos de produtividade refletem o crescimento nas vendas

de máquinas agrícolas e de fertilizantes nos últimos

anos, permitindo a modernização das tecnologias utili-

zadas na agricultura.

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Emprego e Renda

Em 2000, consolidou-se a expansão da oferta de em-prego, iniciada no 2º semestre de 1999, propiciandouma forte queda na taxa de desemprego. A taxa passoude 6,3% em dezembro de 1999 para 4,8% em dezembrode 2000, o menor resultado desde dezembro de 1997.

Como resultado da retomada da atividade econômicahouve geração de mais de 600 mil postos de trabalho emrelação ao ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal deEmprego do IBGE. Destaca-se nesse resultado o empregona indústria de transformação que, desde agosto de1999, não apresentava crescimento líquido e no ano de2000 gerou um saldo positivo de 82 mil novos postos detrabalho.

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O aumento na oferta de postos de trabalho ocorreusimultaneamente a um aumento no emprego formal.Enquanto em 1999 houve redução de 196 mil postos, em2000, foram criados mais de 657 mil novos empregosformais, sendo 192 mil na indústria de transformação.

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Juntamente com a recuperação do emprego, o mer-cado de trabalho sinaliza a recomposição salarial, embo-ra em ritmo um pouco mais lento. Para esse fato têmcolaborado o aumento da demanda por mão-de-obra e osaumentos reais do salário mínimo.

O salário mínimo vem-se mantendo sistematicamenteacima da cesta básica e apresentou forte elevação em 2001.

No início do Plano Real (1º de julho de 1994) um salá-rio mínimo comprava apenas 60% de uma cesta básica, eem maio de 2001 comprava mais que uma cesta básica(123%).

Resultados FiscaisEm 2000, o setor público consolidado (união, estados

e municípios) alcançou um superávit primário de 3,5%do PIB, acima dos 3,2% de 1999, indicando o elevado es-forço de ampliação de receitas, corte de gastos, e o com-promisso com uma política fiscal responsável.

A aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal foifundamental para a melhoria dos resultados de estadose municípios em 2000 e é particularmente relevantequando consideramos que naquele ano ocorreram elei-ções municipais, época normalmente associada ao au-mento dos gastos públicos.

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Setor Externo

Balança ComercialEm 2000, houve aumento de 13,2% nas importações

em relação a 1999 e de 14,7% nas exportações, resulta-do que pode ser considerado excelente, uma vez que aeconomia encontra-se em crescimento. Apesar de ocrescimento industrial aumentar as importações e di-minuir os bens disponíveis para exportação, a balançacomercial teve seu déficit reduzido em quase 50% nosúltimos anos, passando de um saldo negativo de US$ 1,2bilhão em 1999 para apenas US$ 715 milhões em 2000.

Na comparação entre as situações antes e depoisdas crises externas (1° trimestre de 2001 em relação aoprimeiro trimestre de 1997) percebe-se que, apesar daredução de 15,3% nos preços de exportação como um

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todo, verificou-se um aumento de 29,4% no valor das ex-portações totais, graças ao forte aumento de “quantum”exportado durante o período, 52,2%. As exportações demanufaturados tiveram um excelente resultado, au-mentando 39,2% no período.

A evolução das exportações de manufaturados vemsendo sustentada por um aumento de competitividadeda indústria brasileira e pela diversificação de produtose de mercados de destino.

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Dentre os produtos manufaturados, merece desta-que o desempenho da exportação de aeronaves, cujoaumento em volume foi de 49% relativamente ao perí-odo 1997/2001.

Mesmo com a conquista e ampliação de novos mer-cados, como a China, os bons resultados só foram possí-veis com o esforço de vendas em mercados tradicionaiscomo os Estados Unidos. A participação americana nasvendas externas passou de 23% em 1999 para 24% em2000, enquanto a do Mercosul manteve-se estável e ados outros países da Aladi cresceu vigorosamente atin-gindo 36,6%.

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Transações CorrentesA mudança do regime cambial no início de 1999 tam-

bém produziu importantes mudanças sobre a balança deserviços. Em particular, o saldo na conta de viagens in-ternacionais que chegou a superar a casa dos US$ 4 bi-lhões em 1997 e 1998, passou ao patamar de US$ 2 bi-lhões ou menos no biênio seguinte (1999/2000).

Como resultado da retomada do crescimento e do su-cesso da política econômica, os investimentos estran-geiros diretos líquidos continuam a afluir em volumeexpressivo, mesmo com a redução do número deprivatizações. Em 2000, entraram no Brasil cerca deUS$ 32,8 bilhões, um recorde histórico, que mostra aconfiança dos investidores externos em nossa econo-mia. Basta lembrar que antes da estabilização, em 1994ingressaram apenas US$ 2 bilhões nessa rubrica. Emum período de apenas seis anos (1995-2000) entrarammais de US$ 119 bilhões, dos quais cerca de US$ 30 bi-lhões no âmbito do programa de privatização.

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O fluxo de investimentos estrangeiros diretos tem sidoimportante fonte de financiamento para o déficit em tran-sações correntes, o que torna o balanço de pagamentosmenos dependente de capitais de curto prazo. Em 2000, osinvestimentos estrangeiros diretos líquidos superaramem 33% o valor do déficit em transações correntes.

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MercosulPara o Brasil, o Mercosul deve ser visto como destino

e a ALCA como opção. Essa é a percepção prevalecenteapós os 10 anos de criação do Mercosul.

O Mercosul amplia nosso poder de barganha nas ne-gociações com diversos parceiros, tais como: a União Eu-ropéia, onde já se avançou no sentido da constituição deuma área de livre comércio; a Área de Livre Comérciodas Américas – ALCA, com criação prevista para 2005; ea Organização Mundial do Comércio – OMC, que, apósfrustrada reunião de Seattle, deverá relançar um amploprocesso de negociações globais multilaterais.

O Chile e a Bolívia integram o MERCOSUL na condiçãode Estados associados. Venezuela e África do Sul anuncia-ram também a intenção de se associarem ao MERCOSUL.

A desvalorização do Real, em janeiro de1999, e a criseeconômica Argentina reduziram os níveis de comércio noâmbito do Mercosul em cerca de 25%, entre 1997 e 1999,e geraram preocupações sobre os rumos da integração.

Nossas exportações para os países do Mercosul apre-sentaram, ao longo de seus 10 anos de existência (1991/2000), taxa de crescimento de 335%, e nossas importa-ções evoluíram à taxa de 343%. Esses dados revelam oacelerado dinamismo do processo de integração.

Entretanto, houve declínio no intercâmbio nos últi-mos três anos, sobretudo a partir de 1997, quando o co-mércio do Brasil com o Mercosul atingiu seu nível maisalto (exportações de US$ 9,0 bilhões e importações deUS$ 9,4 bilhões). Nossas exportações para o MERCOSUL,que chegaram a absorver cerca de 17% do total em1997, declinaram para cerca de 14% do total em 2000.

Apesar desse declínio, se compararmos o ano 2000com 1999, nosso comércio com a região revelou ligei-ra recuperação.

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Ciência e Tecnologia

O Brasil superou recentemente a marca de 1% daprodução científica internacional – medida por artigosou índices de citações. Além disso, o aumento da produ-ção científica brasileira entre 1981 e 1998 (365%) temsido cerca de três vezes superior à média mundial(104%) e poucos países, em sua maioria do Sudeste asi-ático, têm desempenho melhor. Entre 1995 e 1998, ocrescimento de nossa produtividade científica só foi in-ferior ao da Coréia do Sul.

A participação do Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico - CNPq, que está comple-tando 50 anos em 2001, foi decisiva na montagem dessabase técnico-científica. Nas áreas de ciências e enge-nharias o número de doutores formados em 1997 foi de3600 e já está hoje em cerca de 5 mil por ano. Isso coloca

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o País em situação relativamente favorável, no contextomundial, com números próximos, entre outros, de paísescomo Coréia do Sul, China, Itália, Suíça e Canadá.

O CNPq e outras agências federais dão suporte con-tinuado a programas de formação de recursos humanose pesquisadores, que concedem atualmente mais de 40mil bolsas/ano. Incluindo-se todas as demais agências— Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior (CAPES) e Fundações Estaduais de Amparo — onúmero de bolsas de estudo passa de 70 mil/ano. Obser-va-se no período recente um deslocamento progressivodas bolsas em direção às modalidades de doutorado epós-doutorado, o que demonstra o grau de consolidaçãodo sistema de Ciência e Tecnologia.

O sistema de capacitação de pesquisadores precisaser complementado por um vigoroso esforço de fomentoà pesquisa. Os fundos setoriais são essenciais no finan-ciamento do desenvolvimento tecnológico. Também con-tribuem para maior interação entre a comunidade cien-tífica e o setor produtivo, para o aumento da indução dapesquisa científica e tecnológica e para avaliação porresultados.

O CTPetro, o Fundo do Petróleo, constituído com par-cela dos royalties da produção do petróleo e do gás, foi oprimeiro a entrar em funcionamento e já apóia projetosdo CENPES/Petrobras, e estudos e projetos estratégicos(tanque oceânico, CTDutos, CTGás, criação do Laborató-rio de Tecnologias do Gás - Lagás). Foi lançado tambémum grande edital em Áreas Prioritárias, que permitiuselecionar 126 projetos de uma demanda de 585, a qualforneceu um excelente panorama do potencial brasilei-ro de pesquisa no setor.

Em 2001, o Ministério da Ciência e Tecnologia -MCT passou a gerir os Fundos de Energia Elétrica, Re-

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cursos Hídricos, Transportes Terrestres e Hidroviários,Mineral, Espacial, de Infra-estrutura e o Fundo Verde-Amarelo, de interação universidade-empresa. O governofederal está examinando propostas para criação de no-vos fundos para as áreas de Agronegócio, Saúde, Aero-náutica e Biotecnologia. O conjunto dos Fundos repre-sentará uma contribuição estimada em mais de R$ 1bilhão/ano, praticamente dobrando o volume de recur-sos atualmente destinados às atividades de C&T.

O crescimento de 62% no orçamento do MCT para2001, sendo 30% desses recursos originários dos FundosSetoriais, é inédito na história recente de C&T no Brasil econfere ao orçamento maior estabilidade e flexibilidade.

O MCT vem definindo novas estratégias de desenvol-vimento e mecanismos institucionais , tais como: ex-pandir a base nacional de C&T; constituir um efetivoSistema Nacional de Inovação e preparar o país para aSociedade da Informação. Cinco programas são conside-rados estruturantes para as ações do MCT, respondendopor 50,3% do total das aplicações no período 2000-2003:ð Programa Sociedade da Informação – Internet IIð Programa de Biotecnologia e Recursos

Genéticos - Genomað Programa de Inovação para Competitividadeð Programa de Capacitação de Recursos Hu

manospara Pesquisa

ð Programa Sistemas Locais de InovaçãoComplementam esses Programas estruturantes di-

versas ações do MCT em áreas consideradas estratégi-cas para o desenvolvimento da C&T no País. Entre elascabe destacar as ações do Programa de Climatologia,Meteorologia e Hidrologia e do Programa Nacional deAtividades Espaciais (PNAE).

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Outro esforço relevante diz respeito à política para osinstitutos de pesquisa. O MCT está implementandouma nova avaliação dos seus institutos de pesquisa, pormeio de uma comissão de alto nível, cujo trabalho ini-ciou-se no ano de 2000.

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Meio Ambiente

Cerca de 206 mil hectares de áreas protegidas foramincorporadas ao estoque de capital natural do Brasil em2000. Neles estão incluídos Parques Nacionais, Reser-vas Biológicas e Ecológicas, Estações Ecológicas, Áreasde Proteção Ambiental, Áreas de Relevante InteresseEcológico, Reservas Extrativistas e Florestas Nacionais.

Destacam-se duas áreas, que foram reconhecidascomo Patrimônio Natural da Humanidade, pela UNESCO:o Parque Nacional do Jaú (AM), com 2,27 milhões de hec-tares, o maior do Brasil, e o Complexo Pantanal, abran-gendo o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense etrês Reservas Particulares do Patrimônio Natural.

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação daNatureza (SNUC) foi criado em 2000, após oito anos dedebates, e propiciou avanços importantes na elaboraçãoda Política Nacional de Diversidade Biológica.

Ainda em 2000, foram disponibilizados recursos paraimplementação da gestão integrada de resíduos sólidosem dezenas de municípios, beneficiando cerca de 850mil famílias.

Isto foi parte de um conjunto de importantes medi-das destinadas a combater problemas de poluição liga-dos a assentamentos urbanos e comunidades rurais,tais como: poluição das águas de superfície nas regiõesurbanas, poluição do ar por meio de material particuladonas grandes cidades e poluição das águas subterrâne-as, devido à ausência de coleta de resíduos sólidos.

Foram colocados em operação sistemas de informa-ção ambiental para a gestão integrada de resíduos em45 Municípios, com investimentos da ordem de R$ 11milhões. Pólos de educação ambiental e difusão de prá-

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ticas sustentáveis foram igualmente implantados nos27 estados da federação.

No ano 2000, foram desenvolvidas ações voltadas àmelhoria da qualidade do ar nos centros urbanos. Taisações visam à mensuração dos ganhos ambientais e desaúde pública, advindos do projeto de controle da polui-ção do ar em veículos automotores e da limitação dasemissões atmosféricas de incineradores de resíduos.

Um expressivo resultado dessas ações foi a reduçãode 86% a 97%, entre 1980 e 2000, nas emissões demonóxido de carbono e outros poluentes do setorautomotivo.

As ações concretas para a proteção da camada deozônio estimularam diversas empresas a promoveremprojetos de conversão industrial. No período de 1996 a1999, 182 empresas tiveram esses projetos aprovadospelo Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal. Em2000, mais 28 empresas obtiveram aprovação.

Em julho de 2000, foi dado um importante passo parao gerenciamento dos recursos hídricos no país com acriação da Agência Nacional de Águas - ANA, pela Lei nº9.984/00.

Do conjunto de realizações no ano de 2000, desta-cam-se as ações de prevenção e combate adesmatamentos, queimadas e incêndios florestais naAmazônia. Essas ações provocaram queda real nos focosde calor (queimadas), com expressiva redução de maisde 80% nos alertas verdes.

Alertas verdes são focos de calor detectados por sa-télite, com uso de técnicas de sensoriamento remoto esistemas de informação. Os alertas definem níveis derisco de incêndio na Amazônia Legal, em unidades deconservação e em terras indígenas em todos os esta-dos brasileiros.

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Essa redução superou em 50% a meta inicial defini-da para o arco de desflorestamento, que compreende fai-xa contínua de aproximadamente 1,7 milhão de km2,com grande incidência de focos de calor edesflorestamento, englobando 248 municípios. O núme-ro de focos de calor na Amazônia Legal reduziu-se emcerca de 20% no ano 2000.

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Energia

No início de 1995, o setor elétrico brasileiro encon-trava-se em profunda crise estrutural, com obras parali-sadas, tarifas defasadas e falta de incentivos a novos in-vestimentos, somada à incapacidade de investir do Es-tado devido à crise fiscal.

Ao mesmo tempo, o Plano Real veio incorporar novascamadas de consumidores ao mercado brasileiro, au-mentando significativamente o consumo de eletro-ele-trônicos como geladeiras, televisões, máquinas de la-var, chuveiros e computadores.

A reestruturação do setor era inadiável e foi empre-endida com os objetivos de: aumentar a competição egarantir a eficiência do sistema; incentivar novos in-vestimentos, sobretudo privados; assegurar a melhoriada qualidade dos serviços, com preços mais justos aoconsumidor; e implementar a diversificação da matrizgeradora de energia.

Das 23 obras que se encontravam paralisadas noinício de 1995, 15 foram concluídas até 2000, comacréscimo de cerca de 16 mil MW à capacidade geradorae instalação de mais de 7 mil km em linhas de trans-missão. De 1996 a 2000, houve aumento anual médioda oferta de energia no país de 2.900 MW/ano, compa-rando-se a menos da metade entre 1986 e 1995.

Os investimentos no setor elétrico no qüinqüênio1995-2000 foram da ordem de R$ 20,8 bilhões, parte sig-nificativa dos quais oriundos do setor privado. O cresci-mento real do PIB brasileiro entre 1995 e 2000 foi de11,65%, enquanto a capacidade de geração instalada noSistema Interligado Nacional cresceu 22,03%, atingindoo patamar de 71.847 MW, conforme evolução apresenta-da no gráfico a seguir.

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A extensão das linhas de transmissão é outro seg-mento do setor elétrico que cresceu na segunda metadedos anos 90. Cerca de 18,11% entre 1995 e 2000, atin-gindo 69.179 quilômetros de rede.

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No período 1995 - 2000 destacaram-se as seguintesobras estruturantes relacionadas ao setor elétrico:

ð Conclusão da UHE Igarapava, com 210 MW,melhorando o suprimento de energia para oEstado de Minas Gerais.

ð Conclusão das UHEs Canoas I e II, com 82,5 MW e72 MW respectivamente, também no atendimentodo Estado de Minas Gerais.

ð Conclusão das três primeiras unidades geradorasda UHE Porto Primavera, correspondendo a 302,4MW, para suprimento de toda a Região Sudeste.

ð Conclusão da ampliação da UHE Três Irmãos, coma implantação da 5a. e última Unidade Geradora,atendendo o suprimento do Estado de São Paulo.

ð Conclusão da UHE Salto Caxias, com 1.240 MW,melhorando o suprimento nos estados do Paraná,Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

ð Conclusão da UTE Uruguaiana, no Rio Grande doSul, de 600 MW, utilizando gás argentino.

ð Entrada em operação comercial da Usina NuclearAngra II, agregando 1.309 MW de capacidade instalada no Estado do Rio de Janeiro.

ð Motorização da UHE Itá, agregando um total de1.450 MW de capacidade instalada.

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ð Importante obras foram igualmente realizadasentre 1995 e 2000 para a ampliação da infra-estrutura de transporte de gás natural, conformeespecificadas no item Petróleo e Gás.

Na área de transmissão, destacam-se os seguintesempreendimentos:

ð Conclusão da Interligação dos Sistemas ElétricosNorte/Sul, com 1.280 km de extensão, entreImperatriz (MA) e Samambaia (DF), integrandoTucuruí às novas hidrelétricas em construção norio Araguaia (Lajeado, Serra da Mesa) e ao Sul,Sudeste e Centro-Oeste.

ð Conclusão do sistema de transmissão interligandoa Usina Hidrelétrica (UHE) Tucuruí a PresidenteDutra, Teresina, Sobral e Fortaleza, com 753 kmde extensão (Presidente Dutra – Fortaleza).

ð Conclusão do trecho brasileiro da interligaçãoelétrica Brasil-Venezuela (Guri), com 190 Km deextensão, ligando Boa Vista (RR) à fronteira daVenezuela, com capacidade de transferência deaté 200 MW.

ð Interligação elétrica com a Argentina, com inter-câmbio de 1.000 MW entre as subestações deRincón e Garabi, na Argentina, e Santo Ângelo eItá no Brasil, com 355 km.

Embora os investimentos mencionados tenham con-tribuído para a ampliação da oferta de energia elétrica noBrasil, a capacidade geradora é baseada em mais de 90 %

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em hidroelétricas, o que confere importante papel ao re-gime de chuvas.

Em condições hidrológicas normais, as medidasadotadas nos últimos anos e a entrada de novos investi-mentos no setor permitiriam o pleno atendimento domercado em 2001. No entanto, essas condições têm sidoextremamente desfavoráveis, com a quantidade de chu-vas nos primeiros meses de 2001 ficando 29% abaixo damédia histórica no Sudeste e Centro-Oeste, e 53%abaixo da média histórica no Nordeste. Segundo o Insti-tuto Nacional de Meteorologia – INMET, as regiões Su-deste e Centro-Oeste estão sofrendo, este ano, a maiorestiagem dos últimos 40 anos. Esse quadro fez com queo armazenamento de água nos reservatórios do Sudestee Centro-Oeste atingisse níveis preocupantes.

Em vista do nível extremamente baixo dos reservató-rios, as autoridades centrais operadoras do sistema elé-trico no país identificaram a necessidade de redução doconsumo de energia elétrica a partir de junho de 2001de 20% em relação à média dos meses de maio-junho-julho de 2000. Paralelamente, identificaram-se algunsentraves na operação do novo modelo do setor elétricoque estavam obstando a capacidade de expansão do sis-tema. Esses riscos referem-se à própria transição parao novo modelo realizada desde 1997, à necessidade decomplementação dos marcos regulatórios estabelecidose a certo atraso no cronograma de implementação dosempreendimentos em termelétricas, como delineado noPrograma Prioritário de Termelétricas lançadoem 1999.

Criou-se então, em maio de 2001, a Câmara de Gestãoda Crise de Energia Elétrica, com vistas a administrar osprogramas de ajuste da demanda e coordenar todos os es-forços para o aumento da oferta de energia elétrica.

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A impressionante colaboração da sociedade brasilei-ra ao programa de racionamento de energia elétricatem aumentado a cada dia a probabilidade de que sejamdesnecessários cortes de carga de energia em 2001,embora estes não estejam totalmente descartados emfunção da prolongada estiagem. O Governo também estátrabalhando para reduzir ao máximo a dependência deoferta de energia em 2002 ao regime hidrológico do pró-prio ano. As medidas adotadas até 2002 deverão permi-tir a completa normalização da oferta em 2003.

Os programas estratégicos definidos como prioridadena Agenda do Governo para o Biênio 2000-2001, lançadaem abril deste ano, prevêem investimentos para elevarem 11 mil MW a capacidade de geração elétrica, e ampliarem 7 mil quilômetros as linhas de transmissão até 2002,o que inclui a conclusão ou ampliação de 15 usinas hidre-létricas e mais de 20 usinas termelétricas em todo o País.Esses investimentos estão sendo avaliados e serãorepriorizados ou ampliados de acordo com as necessidadesemergenciais identificadas até o final de junho de 2001.

Um programa estruturado de aumento da oferta, aser também anunciado até o final de junho de 2001,apresentará metas para a continuidade do aumento di-versificado da geração de energia elétrica, com a atra-ção de investimentos do setor privado e participaçãopreferencialmente subsidiária do setor público, naque-las obras consideradas indispensáveis. Os novos inves-timentos receberão prioridade total nos financiamentosdo BNDES e terão seu cronograma de aprovação acelera-do. Serão compatíveis com o Plano Decenal de Expansãodo Setor Elétrico 2001-2010 e buscarão zelar pela efici-ência e diversificação da matriz, com ênfase na co-ge-ração e na racionalização, bem como no uso de fontesalternativas de energia.

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Petróleo e Gás

As principais diretrizes do governo no segmento de

petróleo e gás estão voltadas para a promoção de oportu-

nidades e investimentos, a dinamização de licitações e

concessões e a garantia do atendimento das demandas

de derivados de petróleo e gás natural.

As ações destinadas a elevar a oferta de petróleo e

gás natural permitiram que a produção interna atingis-

se em 2000, a média recorde de 1 milhão 271 mil barris

por dia.

Na produção de gás natural, os resultados são tradu-

zidos pela produção média diária de 36,4 milhões de m3.

Outro importante destaque no setor é o conjunto de

obras de ampliação da infra-estrutura de transporte de

gás natural.

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ð Conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, ligando RioGrande, na Bolívia, à Porto Alegre, no Rio Grandedo Sul, passando pelos estados do Mato Grosso doSul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e RioGrande do Sul, com uma extensão total de 3.165 km.

ð Conclusão do Gasoduto Urucu-Coari, num total de420 km de extensão, e viabilizando a exploraçãode um potencial energético que pode ultrapassar930 MW em geração térmica.

ð Conclusão dos Gasodutos Guaramaré-Pecém e Pilar-Cabo, assegurando o transporte de gás naturalna Região Nordeste, ao longo de seus 1.300 kmentre Salvador e Fortaleza.

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Telecomunicações

Na primeira metade da década de 90 as empresas doSistema Telebras não tinham capacidade, sequer, paraatender a planos de expansão, apesar de serem financi-ados pelo próprio adquirente da linha telefônica.

Embora a tarifa fosse excessivamente baixa, com-prometendo os investimentos do setor, a aquisição de li-nhas era pouco acessível à população pobre devido a seucusto. O monopólio estatal do setor, em vez de disciplinarpela exigência de resultados, priorizava o controle dosmeios. Isto acabou por levar o sistema à exaustão finan-ceira.

Essa situação modificou-se em 1995, com a aberturado setor brasileiro de telecomunicações à participaçãode capitais privados (Emenda Constitucional nº 8).

“Um ousado programa de investimentos promovidospelo Governo e fortemente complementado pela mobilizaçãode recursos privados – humanos, gerenciais e financeiros –que visa transformar o setor brasileiro de telecomunicaçõesem agente efetivo do desenvolvimento do País, estimulandoa produtividade nacional e assegurando a universalizaçãodo acesso aos serviços de comunicações”. Assim resumiuo então Ministro das Comunicações o Plano de Recupe-ração e Ampliação do Sistema de Telecomunicações edo Sistema Postal.

A nova estratégia foi balizada por parâmetros técni-cos, econômicos e sociais. Iniciada em meados de 1995,mudou o perfil dos serviços de telecomunicações brasi-leiros, proporcionando um modelo mais dinâmico, de re-gras claras e confiáveis, além de transparente em suaimplantação e desempenho.

É fácil perceber o impacto do novo modelo no cená-rio da vida brasileira. Basta comparar o crescimento da

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quantidade de telefones fixos, de telefones móveis e detelefones de uso público - “orelhões” - nos últimos 6anos com o crescimento da economia.

De 1994 a 2000, o número de telefones fixos pratica-mente triplicou, passando de 13,3 milhões para 38,3 mi-lhões, com previsão para 49,6 milhões em 2003. Os te-lefones móveis, que em 1994 representavam 800 mil li-nhas, em 2000 cresceram para 23,2 milhões, com 45,5milhões previstos em 2003. Também cresceram os tele-fones de uso público, “orelhões”, que em 1994 eram 343mil e em 2000 passaram a 913 mil, com previsão de 1,6milhão em 2005. Esses marcantes benefícios aos con-sumidores viabilizaram também o efetivo ingresso dopaís na era da Internet, o que seria impossível sem aprivatização do setor.

Para se ter idéia ainda mais clara dos avanços al-cançados no setor nos últimos cinco anos é necessáriocomparar a densidade telefônica no País, representadapelo número de acessos fixos instalados por 100 habi-tantes. Tal crescimento corresponde à taxa de 95% noperíodo entre 1994 e 1999.

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O telefone público também teve enorme ampliação.Seu crescimento foi da ordem de 116% nos últimos seisanos correspondendo à taxa média anual de 16,6%.

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O Serviço Móvel Celular foi o que teve a mais rápidadisseminação no País, chegando a atingir taxa de cres-cimento, entre 1994 e 1999, de cerca de 79% ao ano. Onúmero de acessos por 100 habitantes (ou densidade)esperado até 2003 é de 26,2.

É importante destacar que, no conjunto de progra-mas estratégicos do Plano Avança Brasil, existem açõesvoltadas aos segmentos mais carentes da comunidade.Financiados com recursos do FUST – Fundo deUniversalização dos Serviços de Telecomunicações –esses programas receberão 0,2% de toda a arrecadaçãodos serviços de telefonia.

Serão aplicados somente em 2001 cerca de R$ 1bilhão em ações que visam a implantar 49 mil acessosa serviços de telecomunicações em estabelecimentospúblicos de ensino e bibliotecas, a disponibilizar 72 milacessos a serviços de telecomunicações em hospitaisda rede pública e a instalar computadores e acesso àInternet em 13.227 escolas públicas de ensino médio.

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Transportes

O sistema de transportes vem apresentando impor-tante evolução. Diante das necessidades do País, o setoré ainda um dos maiores desafios do governo federal,principalmente com relação às obras de construção emanutenção de rodovias e ferrovias.

Diversos indicadores demonstram a trajetória recente:ð Foram restaurados, em 2000, 1.736 km de rodovias.

Com o arrendamento da malha ferroviária federalgarantiram-se investimentos privados da ordemde R$ 1,7 bilhão. Os arrendatários estão operandocrescentes volumes de carga, registrando-se otransporte de 266,7 milhões de toneladas em 2000.

ð O país conta com 38 portos públicos operados pelosetor privado. A expectativa de investimentos nosetor é de que sejam aplicados mais de R$ 3,2bilhões, sendo R$ 900 milhões investidos pelosarrendatários. Desde 1996, a área portuária totalarrendada ao setor privado evoluiu de 1,4 para 7,4km2, representando acréscimo de 421% no período.A movimentação de cargas nos portos brasileirosatingiu 433 milhões de toneladas em 2000 e otransporte de cargas em contêineres passou de 906mil unidades em 1993 para 1,5 milhão de unidadesem 2000, importante indicador da modernizaçãodo setor.

ð Em 2000, foram aplicados R$ 186 milhões para amelhoria dos serviços de navegação interior, decabotagem e de longo curso, no âmbito do programaQualidade e Fomento ao Transporte Aquaviário.Já o programa Manutenção de Hidrovias investiu

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cerca de R$ 17 milhões na integração de trechosdos corredores estratégicos de transporte, aumentando significativamente a oferta detransporte fluvial. Pela hidrovia do rio Madeiraforam transportadas, em 2000, mais de 900 miltoneladas de soja para exportação, 200% a maisque em 1999.

Um conjunto de medidas estruturais na área detransporte, adotadas pelo governo federal, são decisivaspara elevar a produtividade da economia. Entre essasestão os corredores multimodais, que interligam rodovi-as, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, com expres-sivos investimentos em curso.

O crescimento da utilização das rodovias ehidrovias, bem como a interação entre esses modais eas rodovias, diminuem os custos de transportes e ele-vam a competitividade de nossos produtos no exterior.

Outra parcela significativa dos investimentos eminfra-estrutura em 2001 está destinada à expansãoaeroportuária. São R$ 171,2 milhões destinados a au-mentar a capacidade e melhorar a eficiência dos aero-portos brasileiros. Até o final de 2001, deverão estarconcluídas as obras de ampliação dos aeroportos de Sal-vador, Palmas, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para 2002,está prevista a conclusão das obras de ampliação dosaeroportos de Recife e de Porto Velho.

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Educação

O sistema educacional brasileiro vem sendo objeto dereformas profundas, desde o financiamento até a avalia-ção, passando pela reformulação das estruturas

curriculares e a introdução de novas tecnologias. Osindicadores de desempenho apresentam notável evolu-ção como fruto das mudanças estruturais promovidas emestreita colaboração entre as três esferas de governo, asociedade civil e a comunidade educativa em geral.

A prioridade atribuída à universalização do acesso aoensino fundamental resultou na incorporação, durante operíodo 1995 a 1999, de cerca de 3,4 milhões de novosalunos, com uma evolução de matrícula mais expressivanas regiões Nordeste (2,3 milhões de alunos) e Norte(530 mil alunos). Devido a essa expansão, alcançou-seuma taxa de escolarização líquida de 97% em 2001 – cor-respondente à quase totalidade das crianças entre 7 e 14anos matriculadas no ensino fundamental.

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O principal instrumento de mudanças no financia-mento do ensino fundamental foi o Fundo de Manuten-ção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Va-lorização do Magistério (FUNDEF). Ele tem efeitoredistributivo das receitas e essa redistribuição estápossibilitando a progressiva municipalização do ensinofundamental e a valorização do magistério.

Apoiando as ações do Programa Toda Criança na Es-cola, o FUNDEF tem impactos relevantes nas regiõesmais pobres. Os estados que não atingiram, em 1998 e1999, o gasto mínimo de R$ 315 por aluno/ano, recebe-ram complementação de recursos transferidos pelo go-verno federal, da ordem de R$ 424,9 milhões e R$ 674,9milhões respectivamente. Em 2000 esse gasto passou aser de R$ 333 para matriculados de 1a a 4a séries e deR$ 349,65 para os alunos da 5a a 8a séries e os da edu-cação especial, resultando na complementação, pelaUnião, de R$ 587,3 milhões.

A matrícula no ensino fundamental da rede pública,de 1997 a 1999, cresceu 7,5% (2,3 milhões de alunos amais), sendo que a rede municipal teve crescimento de30,6%. A expansão está sendo maior nas matrículas de5a. a 8a. séries do que nas de 1a a 4a séries, conseqüên-cia da melhoria do fluxo escolar aliada às mudanças doperfil demográfico do país, que apontam queda na taxade natalidade.

O Programa Garantia de Renda Mínima - PGRM con-cede apoio financeiro da União aos municípios com re-ceita tributária e renda familiar per capita inferiores àrespectiva média estadual que instituírem seus PGRM.O Programa assegura a elevação da capacidade finan-ceira das famílias com renda per capita inferior a meiosalário mínimo, ao propiciar o acesso e a permanênciados filhos e dependentes de 7 a 14 anos na escola, de

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maneira a estimular a freqüência às aulas, reduzir aevasão e a repetência, além de contribuir para aerradicação do trabalho infantil no país. No exercício de2000, o programa atendeu cerca de 879 mil famílias de1.373 municípios, o que beneficiou cerca de 1,7 milhãode crianças na faixa de 7 a 14 anos.

Alimentação EscolarOutra importante contribuição do Programa Toda Cri-

ança na Escola em 2000 foi o repasse automático de R$901,7 milhões para a alimentação escolar, beneficiandomais de 37 milhões de alunos, matriculados em 184.570estabelecimentos de ensino. Mediante transferência pe-riódica, sem formalização de convênio, esses recursos fo-ram transferidos às secretarias de educação dos estadose do Distrito Federal, às prefeituras municipais, às insti-tuições federais e às escolas mantidas por entidades fi-lantrópicas. Para 2001 estão previstos R$ 920,2 milhões,que beneficiarão 37,7 milhões de alunos.

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Livro DidáticoPara o período letivo de 2001, pela primeira vez, ocor-

reu o processo de distribuição dos livros para 32,5 mi-lhões de alunos três meses antes do início das atividadesescolares. Os recursos, da ordem de R$ 486,5 milhõesoriundos do orçamento de 2000, propiciaram também ainclusão de 20 milhões de Dicionários da Língua Portu-guesa, entregues a todos os alunos de 1a a 4a séries, per-fazendo distribuição total de 110 milhões de livros.

O Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, inici-ado em 1995, atende à política de descentralização dosrecursos públicos, cobrindo todas as regiões do País. De1995 a 2000 foram repassados R$ 1,7 bilhão destinadosas escolas públicas e de educação especial mantidas pororganizações não-governamentais - ONGs, com o objeti-vo de suprir suas necessidades básicas de funciona-mento, incluindo-se, além da manutenção da unidade

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escolar, capacitação e aperfeiçoamento de professores,avaliação de aprendizagem, implementação de projetopedagógico e desenvolvimento de atividades educacio-nais. Dessa forma, foram atendidas cerca de 130 mil es-colas/ano, sendo que cerca de 87 mil nas Regiões Nor-te, Nordeste e Centro-Oeste e, aproximadamente, 45mil nas Regiões Sul e Sudeste.

O Fundo de Fortalecimento da Escola -FUNDESCOLA, proveniente de acordo entre o Ministérioda Educação e o Banco Mundial (MEC/BIRD), vem aten-dendo as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, comações realizadas diretamente, sem repasse de recursos,como doação de equipamentos de informática às Secre-tarias Municipais de Educação, implantação da EscolaAtiva em 1281 municípios, beneficiando 52.132 alunos,e o desenvolvimento de Programa de Apoio aos Secretá-rios Municipais de Educação – PRASEM, com vistas àmelhoria da gestão educacional.

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7 ANOS DO REAL - ESTABILIDADE, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

A tecnologia também está presente nas reformaseducacionais. Prova disso é a TV Escola, que beneficiacerca de um milhão de professores e 28 milhões de alu-nos. As escolas recebem televisão, videocassete, ante-nas parabólicas e, por meio de fitas educacionais e umcanal exclusivo via satélite, têm acesso a uma progra-mação educativa de alta qualidade.

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7 ANOS DO REAL - ESTABILIDADE, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Cultura

Patrimônio Histórico e CulturalNa área do patrimônio histórico, artístico e arqueoló-

gico foram desenvolvidas ações com o objetivo de promo-

ver a restauração dos bens de caráter histórico-cultural.

O Programa Monumenta: Preservação do Patrimônio

Histórico, parceria do Ministério da Cultura com o Ban-

co Interamericano de Desenvolvimento – BID e com a

United Nations Educational, Scientific and Cultural

Organizacion - UNESCO, permite financiar a preserva-

ção do patrimônio histórico nacional.

É o maior investimento já feito na preservação do

patrimônio num único período de governo, mobilizando,

em sua primeira etapa, mais de US$ 200 milhões. Os

recursos provêm de três fontes: US$ 62,5 milhões de

empréstimo do BID; US$ 62,5 milhões do orçamento da

União e contrapartida dos estados e municípios; e o res-

tante de instituições financeiras e empresas.

O projeto Resgate, como parte das comemorações do

V Centenário do Descobrimento do Brasil, promoveu o

repatriamento de mais de 300.000 documentos da nossa

história colonial, guardados no Arquivo Ultramarino de

Lisboa e em outros países europeus. Até 1999 foram

microfilmados cerca de 200.000 documentos e quase

40.000 documentos em 2000.

No âmbito do Programa Brasil Patrimônio Cultural,

que desenvolve ações voltadas para o patrimônio cultu-

ral não abrangidas pelo Monumenta, foram conservados,

revitalizados e/ou restaurados 693 bens imóveis, no pe-

ríodo 1996-2000.

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Música e Artes CênicasEntre 1996 e 1999, os recursos destinados a ações

voltadas para a música e para as artes cênicas apresen-taram uma evolução de 18%, totalizando, no período, ovalor de R$ 66 milhões. Um grupo de 2.466 artistas re-cebeu apoio financeiro para participar de eventos e deintercâmbios culturais, ampliando suas possibilidadesde aperfeiçoamento profissional e difundindo manifesta-ções culturais regionais. Foram distribuídos 54.810 ma-teriais de música e de artes cênicas, entre livros, revis-tas, fitas de vídeo e CDs. Foi realizado investimento deR$ 1,9 milhão em prol da implantação e/ou moderniza-ção de 97 teatros em todo o Brasil.

Por meio do Programa de Apoio a Orquestras, 34 or-questras brasileiras receberam apoio financeiro no va-lor de R$ 3,8 milhões, com os quais foram desenvolvidasações como aquisições e recuperações de instrumentose de acervos, reformas de instalações físicas, realiza-ções de concertos e gravações de CDs.

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A criação e a manutenção de bandas de música nosmunicípios brasileiros têm contribuído para difundir amúsica instrumental no Brasil e socializar jovens e cri-anças. Desde 1996, já foram apoiadas mais de 1.300bandas em todo o país.

BibliotecasA partir da segunda metade dos anos 90 vem sendo

promovida a maior expansão do sistema de bibliotecasna história do Brasil. Entre 1996 e 2000, foram implan-tadas 1.014 novas bibliotecas em todo o país, com in-vestimentos de cerca de R$ 30 milhões. Tal conquistatem sido possível graças ao desenvolvimento do Progra-ma Uma Biblioteca em Cada Município, concebido em1995 e em execução desde 1996. O programa já possi-bilitou a criação de, aproximadamente, 2 mil novosempregos diretos.

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Audiovisual

Entre 1990 e 1993, a produção audiovisual no Brasilfoi de apenas cinco filmes, evoluindo para 117 no perío-do de 1994 a 1999. Apenas no ano 2000 foram produzi-dos 27 filmes, totalizando produção de 144 obras no perí-odo de 1994 a 2000.

Até novembro de 2000, foram gastos em audiovisualrecursos orçamentários da ordem de R$ 10 milhões, oque viabilizou 81 projetos de produção, comercialização,distribuição e/ou exibição de curtas, médias e longas-metragens, bem como a premiação de roteiros e dedocumentários.

Filmes de longa metragem do gênero ficcional comorçamentos inferiores a R$ 1 milhão contam com o fir-me apoio do governo. O Programa Cinema Brasil foi ins-tituído em 1999 para premiar esses filmes inéditos, queterão veiculação em salas de cinema, TV, “home videos”e outros meios. Foram selecionados 11 filmes, que rece-bem financiamento de até 50% por parte do Ministérioda Cultura.

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Meta relevante do programa é também aumentar de8% para 20% a participação do cinema nacional no mer-cado de exibição.

O Projeto Cinema na Praça, criado em 1999, é umdos sustentáculos mais importantes da política audio vi-sual, do qual faz parte “A Redescoberta do Cinema Naci-onal”. O Cinema na Praça está voltado para a formaçãode público e para a consolidação da indústria cinemato-gráfica no país, com base na idéia do cinema itinerante.

O primeiro objetivo do projeto é levar o cinema aopovo, fazendo com que um crescente número de brasi-leiros assistam a filmes nacionais. Busca também di-vulgar os temas básicos de nossa formação social, cultu-ral e histórica, fazendo com que cada brasileiro se vejanum espelho e se reconheça. Não menos importante é oobjetivo de fortalecer o espírito de cidadania.

O Projeto Cinema na Praça, nas primeiras 15 sessõesrealizadas, atingiu a um público de 7.650 espectadores.

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O número de espectadores de produções cinemato-gráficas brasileiras, que em 1994 não ultrapassou 350mil, em 2000 atingiu a marca dos 7,5 milhões de espec-tadores. Houve um acréscimo de mais de 2 milhões e300 mil, em relação ao ano de 1999, resultado extrema-mente positivo.

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Saúde

Saúde no Brasil é um direito assistido pela Consti-tuição Federal e se baseia nos princípios de universali-dade, eqüidade e integralidade. O Sistema Único deSaúde - SUS compõe uma das maiores redes de saúdepública do mundo. Atua de maneira descentralizada e co-loca nas mãos dos estados e municípios a execução dasações e serviços. A gestão do sistema conta também coma participação da sociedade, que atua por intermédio deconselhos estaduais e municipais de saúde, no planeja-mento e controle das ações implementadas pelo governo.

Em 2001, de cada R$ 10,00 gastos em saúde pública,R$ 7,00 são provenientes do governo federal.

O processo de descentralização da execução das açõese dos recursos na área da saúde foi intensificado median-te transferência automática e regular de recursos fede-rais do SUS. As transferências ocorrem diretamente doFundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e mu-nicipais, conhecidas como repasse fundo-a-fundo. Parale-lamente, o modelo assistencial também vem sendo reor-ganizado em novas bases e critérios, em que a prioridadeestá no caráter preventivo e na atenção integral à saúde.

O Programa Saúde da Família é o eixo estruturantedo novo modelo de assistência à saúde, tendo por objeti-vo ampliar o acesso da população aos serviços básicos desaúde, por meio de Agentes Comunitários e de Equipesde Saúde da Família.

Os mais de 154 mil Agentes Comunitários de Saúdeem atuação no país são responsáveis pelomonitoramento mensal de mais de 91 milhões de pes-soas em 4.719 municípios. O número de Agentes Comu-nitários de Saúde, que em 1994 era inferior a 30 mil,foi multiplicado por cinco em apenas sete anos.

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O Programa Saúde da Família tem por objetivo reorga-nizar a prática assistencial, substituindo o modelo tradi-cional orientado para hospitais e para a cura de doenças.Sua atenção está centrada na família, possibilitando àsEquipes de Saúde atuar mais preventivamente e indoalém da prática curativa. Em 2001 as 13.337 equipes,atuantes em 3.389 municípios, beneficiam cerca de 46milhões de pessoas.

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O Programa de Saúde da Criança e Aleitamento Ma-terno foi responsável pela expansão da Rede Nacional deBancos de Leite Humano também para 136 unidades.Considerada uma das melhores do mundo, a rede vemrecolhendo cerca de 100 mil litros de leite humano porano, beneficiando mais de 70 mil recém- nascidos derisco. Outra importante conquista do programa foi avacinação de 17,2 milhões de crianças de 0 a 5 anos emtodo o país.

Os indicadores refletem sensível melhoria dascondições básicas de vida das crianças nessa faixaetária: as internações por diarréia registraram, no perí-odo de 1995 a 1999, queda de 50%; na área urbana, oaleitamento materno de crianças até os seis meses deidade evoluiu de 47%, em 1989, para 84,1%, em 1999.

A mortalidade infantil em crianças com até um anode idade, por mil nascidos vivos, decresceu de 47,8, noinício da década de 1990, para 35,3 em 2000.

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Em 2001 a expectativa é a de que essa redução che-gue a 32,4, o que significa que em 2001 se terá evitadoa morte de mais de 320 mil recém-nascidos.

Na área de alimentação e nutrição, destaca-se o Pro-grama Alimentação Saudável, que visa à redução e ao con-trole da desnutrição e das carências por micronutrientesnos serviços de saúde, bem como à promoção da alimenta-ção saudável nos diferentes ciclos da vida.

Os principais resultados alcançados em 2000 apon-tam para a evolução dos números do ICCN – Incentivo aoCombate às Carências Nutricionais: a meta de qualifica-ção de 4.600 municípios, estabelecida para o ano, foi su-perada, atingindo 5.026 municípios em todas as unidadesda federação, com mais de 870 mil beneficiários. Os re-passes de recursos a estes municípios foram da ordem deR$ 12,8 milhões mensais para o combate à desnutrição.

Por fim, o programa ampliou a suplementação de vi-tamina A, utilizando a estrutura das Campanhas Nacio-nais de Multivacinação, dos serviços de atendimento àcriança e por meio dos Agentes Comunitários de Saúdeem todos os municípios da Região Nordeste e muitos doVale do Jequitinhonha (MG), áreas caracterizadas comoendêmicas.

A redução da incidência da AIDS no Brasil é umaconquista dos programas de saúde nos últimos trêsanos. Hoje, podemos dizer que a epidemia ainda cresce,mas a taxas decrescentes.

Em 1995 o número de casos de AIDS no Brasil era de11,9 para cada 100 mil habitantes. Em 1996 esse núme-ro subiu para 14 por 100 mil e manteve-se nesse pata-mar, com oscilação de cerca de 0,5 por cem mil até 1998.

A partir de 1999 o quadro começou a mudar. Naquele

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ano o Ministério da Saúde credenciou 150 hospitais-mater-nidades para tratamento com AZT injetável, o que reduziuem até 70% a transmissão do vírus para o recém-nascido.

Em 2000 foram adquiridos e distribuídos medica-mentos anti-retrovirais para 90 mil pessoas portadorasdo HIV/AIDS. Iniciou-se a produção nacional de simila-res e genéricos, o que garante a redução de custos e asustentabilidade da política de universalização doacesso aos anti-retrovirais.

Em 2001, no âmbito do Programa Prevenção, Contro-le e Assistência aos Portadores de Doenças Sexualmen-te Transmissíveis e da AIDS, o número de mulheresatendidas com ações de prevenção cresceu 193%. Alémdas medidas voltadas para o esclarecimento sobre riscosde contato, 200 milhões de preservativos foram distribu-ídos à população pelo Ministério da Saúde, o quecorresponde a 40% do total consumido no país.

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Previdência Social

Em 2000, a Previdência Social concedeu 2,95 mi-lhões de novos benefícios, um crescimento de 31% emrelação a 1999, quando foram concedidos 2,25 milhões.

O expressivo aumento na concessão de benefícios éexplicado principalmente pela concessão do salário-ma-ternidade, conforme a Lei nº 9.876/99, que ampliou acobertura do benefício a todas as seguradas da Previdên-cia Social e também transferiu a sistemática de paga-mentos das empresas para o INSS.

A concessão do salário-maternidade destaca-se peloaumento de quase 400% nesse ano, dando um salto de166,9 mil concedidos em 1999 para 829,1 mil em 2000,dos quais 427,6 mil benefícios (mais de 50%) foram paraas seguradas especiais, fruto do esforço realizado pelaPrevidência Social e por entidades organizadas da área

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rural no que tange à conscientização do trabalhador ru-ral em relação aos seus direitos.

A reforma previdenciária já mostrou seus resultadosbenéficos no que diz respeito à concessão de aposentado-rias por tempo de contribuição. Esta concessão confirmoua tendência de queda devido à contenção das aposentado-rias precoces, corrigindo assim distorções que existiamantes da reforma constitucional da Previdência.

Considerando o estoque, durante o ano 2000, forampagos mensalmente, em média, 19,5 milhões de benefí-cios previdenciários, ou seja, 3,9% a mais que em 1999.A grande maioria desses benefícios são aposentadoriase pensões, que representaram 82,9% do total de benefí-cios pagos em 2000.

As receitas da Previdência Social em 2000 apresen-

taram desempenho 13,4% superior ao de 1999, com ar-

recadação de R$ 55,7 bilhões. Esse aumento na arreca-

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dação deveu-se a dois fatores: os impactos da reforma da

Previdência e a recuperação do nível de empregos for-

mais. Dentre as medidas impostas pela reforma desta-

cam-se a retenção, o recolhimento da justiça do traba-

lho, os depósitos judiciais, os certificados da dívida pú-

blica, o salário-maternidade e a regularização de dívidas

municipais. Somente essas medidas totalizaram um in-

cremento de R$ 3,7 bilhões na arrecadação.

O déficit previdenciário em 2000 totalizou R$ 10,07bilhões, 7,01% superior ao verificado em 1999. Comoindica o gráfico, o crescimento do déficit foi bastanteatenuado se comparado aos períodos anteriores. Esseresultado é fruto do menor crescimento da despesa emrelação ao aumento das receita.

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Um dos principais componentes para a atenuação dodéficit foi o resultado da reforma previdenciária. As mu-danças nas condições de elegibilidade das aposentadori-as por tempo de serviço, fruto da reforma, além de afeta-rem positivamente as receitas estendendo o períodocontributivo, também diminuem os gastos no curto pra-zo, postergando a concessão de benefícios.

Além disso, o aquecimento no mercado de trabalhoverificado em 2000 gerou resultados positivos, já quevem ampliando a base da arrecadação previdenciáriaatravés da criação de mais empregos formais.

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Assistência Social

Nos últimos anos tem sido significativa a expansão dosrecursos em Assistência Social. O volume aplicado naprestação de serviços e pagamento de benefíciosassistenciais pelo Fundo Nacional de Assistência Social –FNAS passou de R$ 580 milhões em 1996 para R$ 2,9 bi-lhões em 2000 – um crescimento superior a quatro vezes.

O Programa Valorização e Saúde do Idoso vem dandocontinuidade à campanha de vacinação contra gripe, difte-ria e tétano. Quando do seu lançamento, em 1999, a cam-panha foi direcionada para a população acima de 65 anos,tendo sido aplicadas 7,5 milhões de doses. A população-alvo foi ampliada em 2000, e incluídas na vacinação pes-soas com mais de 60 anos. Foram aplicadas ao todo 9,3milhões de doses, o que corresponde a uma cobertura de70% da população nessa faixa etária, índice consideradoexpressivo até mesmo em países desenvolvidos.

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No âmbito do programa foram assistidos 393 mil ido-sos em diversas modalidades: asilos, domicílios, centrosde convivência, entre outras, sendo aplicados cerca deR$ 32,6 milhões. O programa tem assegurado o atendi-mento de necessidades básicas, buscando a integraçãona família e na comunidade.

Em 2000 foram gastos R$ 639,5 mil com o pagamentode benefícios de prestação continuada a 403 mil pessoasidosas com renda familiar per capita de até ¼ do salário mí-nimo. Concedido desde 1996, o número de beneficiárioscresceu mais de oito vezes.

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O Programa Atenção à Pessoa Portadora de Defici-ência (segmento da rede conveniada que presta ser-viços de ação continuada) utilizou R$ 68,8 milhõesno atendimento de 141 mil pessoas carentes portado-ras de deficiência. Cerca de 807 mil pessoas caren-tes portadoras de deficiência e incapacitadas para otrabalho foram beneficiadas com um salário mínimomensal. Em 2001 a previsão é alcançar 900 milpessoas nessas condições.

Dois programas na área de assistência social desti-

nam-se à faixa etária de 7 a 14 anos: Erradicação do

Trabalho Infantil e Combate ao Abuso e à Exploração Se-

xual de Crianças e Adolescentes.

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Para a erradicação do trabalho infantil foram gastos R$180 milhões em 2000. O programa promoveu o ingresso, oretorno e garantia de permanência de 395 mil crianças eadolescentes nas escolas, em 976 municípios. Em 2001,pretende-se alcançar 651 mil crianças e adolescentes.

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Implantado inicialmente em 1997, no Estado doAmazonas, como resposta às denúncias internacionaisde exploração sexual de crianças na região amazônica,o programa Combate ao Abuso e à Exploração de Crian-ças e Adolescentes foi reformulado e ampliado. Foraminvestidos cerca de R$ 5 milhões no financiamento deações sócio educativas de caráter preventivo e de aten-dimento especializado de casos notificados, em váriosmunicípios, beneficiando 31,2 mil crianças.

No âmbito do Conselho Nacional dos Direitos dasCrianças e Adolescentes – CONANDA, foram aprovados oPlano Nacional de Enfrentamento da Violência SexualInfanto-Juvenil, as reestruturações do sistema nacio-nal de notificação de denúncias de violência sexualinfanto-juvenil e a Rede de Informação sobre a Violên-cia Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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Redução da Pobreza

O Relatório de Desenvolvimento Humano de 1999(PNUD/IPEA) estima a renda per capita do Brasil em US$4,271 e um grau de pobreza da ordem de 28%. Segundoesse Relatório, a proporção de pobres prevista pela normamundial para países com renda per capita como a do Brasilseria de 8%. Parece claro, assim, que a redução da pobrezae da indigência no Brasil passa necessariamente pelamelhoria na distribuição da renda.

A combinação de crescimento da renda per capita naci-onal em 4% ao ano até 2005, com redução da desigualdadeem 10%, derrubaria a pobreza pela metade, ou seja, maisde 25 milhões de brasileiros deixariam a perversa condiçãode pobres até aquele ano.

Com a despolitização dos projetos sociais, foram criadasna área social novas pontes entre o esforço indispensáveldo governo e a iniciativa essencial da sociedade. Na lutacontra a exclusão social no Brasil, o muito que fizemos des-de 1995 ainda é pouco. São cinco séculos de exclusão. Éuma herança histórica de injustiça alimentada por escra-vidão, latifúndio, industrialização concentradora de renda eautoritarismo político socialmente excludente.

Outro traço característico da pobreza e da indigênciabrasileiras é seu viés regional. A proporção de pobres naRegião Nordeste em relação à população total é de 60% e ade indigentes de 32%, enquanto na Região Sudeste essasproporções são de 20% e 6%, respectivamente.

Entre as principais causas da pobreza no Brasil incluem-se também: o baixo nível educacional, que constitui barreiraà entrada da população pobre no mercado de trabalho ou empostos de trabalho com melhor remuneração; as famíliaschefiadas por mulheres ou por homens pardos ou negrostêm maior probabilidade de serem pobres; e as condiçõesinadequadas de saneamento dos domicílios pobres prejudi-cam a qualidade de vida e agravam o quadro da pobreza.

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O combate à pobreza é uma tarefa imperiosa, que o go-verno federal chamou para si por meio de uma série de po-líticas de resgate da condição social implementadas ao lon-go dos últimos seis anos.

A estabilidade dos preços, conquistada com o fim da in-flação, foi a primeira batalha vencida contra a exclusão so-cial. Teve efeito direto na renda da população. Também per-mitiu melhor planejamento do gasto público por parte do go-verno, que focalizou suas ações nos mais pobres.

O efeito da estabilização sobre a qualidade de vidados brasileiros, sobretudo a dos mais humildes, é inegá-vel. Afastou a recessão e o desemprego, proporcionandomelhores condições de alimentação, moradia, vestuá-rio, educação e saúde.

Essa melhoria da gestão do gasto público ocorre pormeio de um conjunto de programas e pela introdução deum modelo de gerenciamento voltado para resultados. Seusinvestimentos privilegiam o desenvolvimento social, semperder de vista a necessidade de implementação nos seto-res de infra-estrutura econômica, meio ambiente, informa-ção e conhecimento.

Diversos programas se situam no âmbito do combate àpobreza e à exclusão social, entre eles o Comunidade Ativae o Projeto Alvorada.

O Comunidade Ativa atua na organização e mobilizaçãodas comunidades mais pobres. Assistidas pelo programa,estas comunidades são organizadas para reivindicarmelhorias e receber os benefícios das ações sociaisimplementadas pelo governo, aumentando seu aproveita-mento. Também atuando nos municípios mais pobres dopaís, o Comunidade Ativa tem por objetivo induzir o proces-so de desenvolvimento local integrado e sustentável, pormeio de parcerias e a partir de uma agenda definida pelaprópria comunidade.

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Com uma concepção profundamente inovadora, naqual não se separa o desenvolvimento econômico do de-senvolvimento social, a ênfase do Comunidade Ativa é nocapital humano e social, no capital empresarial e noacesso à informação. A sinergia entre políticas públicasem nível local deve dar a partida num processo contínuode mobilização da comunidade que, em pouco tempo, nãodependa mais do governo para se manter e se ampliar.

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Até o final de 2001, 15 mil lideranças comunitáriase representantes dos fóruns populares de decisões pas-sarão por programas de capacitação.

A principal meta é, até dezembro de 2002, atenderde forma articulada mais de dez mil itens de agendas lo-cais decididas pela população dos municípios vinculadosao programa. Desses itens, o governo federal responsa-biliza-se por 35% das ações, os estados por 33%, os mu-nicípios por 21% e o Serviço de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas - SEBRAE pelos restantes 11%.

Predominam nas agendas locais atividades vincula-das à agricultura, ao aperfeiçoamento da agricultura fa-miliar, agroindústrias, turismo, saúde, saneamento,gestão ambiental e programas educacionais, decapacitação de mão-de-obra e infra-estrutura. A meta éatingir pelo menos mil municípios até 2002.

Integrados e complementares, dois outros programastambém lutam contra a exclusão: o Comunidade Solidá-ria e o Brasil Empreendedor. Articulando parcerias como setor privado, organizações não-governamentais euniversidades, o Comunidade Solidária desenvolve trêsgrandes programas: Alfabetização Solidária, Universida-de Solidária e Capacitação Solidária. O Brasil Empreen-dedor, por seu turno, dedica-se a apoiar a micro, peque-na e média empresa, com a criação e manutenção depostos de trabalho e geração de renda.

O Projeto Alvorada atende à necessidade de umgerenciamento intensivo nas diversas ações e progra-mas federais de infra-estrutura social, capazes de me-lhorar a condição de vida nos municípios mais carentes.

O Fundo de Combate à Pobreza, criado por emendaconstitucional de iniciativa do Congresso Nacional,será um complemento substancial para a custeio doProjeto Alvorada.

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A primeira etapa do projeto, denominada Plano deApoio aos Estados com Menor Desenvolvimento Huma-no, contam, no período 2000-2002, com recursos previs-tos de R$ 11,6 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões virão doFundo de Combate à Pobreza. São ações nas áreas deeducação, saúde e desenvolvimento socioeconômico, in-cluindo os programas de saneamento e Bolsa-Escola. Nasegunda etapa do projeto, chamada de Infra-estruturaSocial Básica para Microregiões e Municípios Carentes,os recursos para os próximos dois anos somam R$ 1,7bilhão: R$ 1,1 bilhão do Orçamento da União e R$ 600milhões do Fundo de Combate à Pobreza.

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Plano Nacional de Segurança Pública

O Plano Nacional de Segurança Pública tem por obje-tivo prevenir e reprimir o crime. O Plano, apresentadopelo governo federal no segundo semestre de 2000, rela-ciona 124 ações ordenadas em 15 compromissos, envol-vendo inúmeros temas, como o combate ao narcotráfico,o desarmamento da sociedade, o reaparelhamento daspolícias e a redução da impunidade, traduzindo assim oempenho do governo no combate à criminalidade. Alémdisso, estão sendo implementadas ações de prevençãoprimária, mediante a focalização e integração de pro-gramas do Plano Avança Brasil que atuam na melhoriadas condições sócio-econômicas em áreas de risco ebolsões de violência.

Na vertente da repressão, um dos principais compro-missos é o combate ao narcotráfico e ao crime organiza-do. Com a inauguração de 18 novas delegacias da Polí-cia Federal, a aquisição de 900 novas viaturas e a reali-zação de operações integradas entre as polícias Federal,Rodoviária Federal, Civil e Militar, surgem resultadosexpressivos: em 2000 a apreensão de 156 toneladas demaconha, foi maior que o dobro alcançado em 1999 e demais de três vezes e meia em comparação à média doquadriênio 1996-1999.

Os resultados da repressão a drogas seguem cres-cendo em 2001: até abril já foram apreendidas 96 tone-ladas de maconha e 1.592 kg de cocaína. A intensifica-ção das operações nos 26 estados e no Distrito Federaldeve mobilizar neste ano cerca de 45 mil agentes.

O governo federal, em resposta à crescente onda deviolência e criminalidade no País, adotou várias iniciati-

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vas direcionadas para a segurança do cidadão e da socie-dade. Para a viabilização do Plano, foi criado o Fundo Na-cional de Segurança Pública, que conta com recursos doTesouro Nacional no valor de R$ 1,3 bilhão, no período2000 a 2002, destinados prioritariamente ao ProgramaSegurança do Cidadão, com projetos de reaparelhamentoe treinamento das polícias estaduais, policiamento os-tensivo, implantação da polícia comunitária e de sistemade acompanhamento das polícias.

Em 2000 cerca de R$ 257 milhões foram aplicadosna compra de armamentos e munição; construção, re-forma e ampliação de instalações policiais e prisionais,viaturas, aeronaves e na capacitação profissional.

No aperfeiçoamento do Sistema Penitenciário houverepasses da ordem de R$ 102 milhões para os estados,nas áreas de construção e reforma de presídios, cadeiase delegacias, projetos de ressociabilização, educação,profissionalização de presos e mutirões penitenciários.

A estratégia de prevenção busca melhor focalizaçãoe integração dos programas sociais das três esferas de

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governo. O objetivo é promover o aumento da eficiênciana implementação das ações e à obtenção de melhoresresultados no atendimento das necessidades das popu-lações residentes nos chamados bolsões de violênciadas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo,Vitória e Recife, caracterizadas pelos mais altos índicesde violência do país.

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Trata-se de grande esforço conjunto para integração deações nas áreas de Educação, Cultura, Esporte, Saúde, Sa-neamento, Habitação e Geração de Emprego e Renda, embenefício das populações mais atingidas pela violência.

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A Reforma do Estado

A reestruturação da administração federal tem porobjetivo adequar o Poder Executivo a um novo momentoda vida nacional. Um tempo de exigências cada vez mai-ores, por parte da sociedade, com relação ao papel do es-tado. Sua atualidade reflete as transformações que vêmocorrendo nas relações entre as esferas pública e priva-da, entre a sociedade, e os governos estaduais e muni-cipais. Como resultado dessa reorganização, o Estadoempresário vai dando lugar ao mercado, ao mesmo tem-po em que assume seu papel regulador e fiscalizador.

O Estado reforça seu papel regulador, fiscalizados,bem como indutor e realizador de ações na área social.

Com a economia estabilizada, o desafio do desenvolvi-mento exigiu do Governo uma profunda reforma do Esta-do e a revisão dos conceitos que regem suas relaçõescom a sociedade. O modelo estatal anteriormente em vi-gor tinha pouca capacidade de investimento, redundavanum estilo de gestão antiquado e patrimonialista, sobre-carregando as instituições com tarefas empresariais.

Assim, o ciclo de reformas iniciado com asprivatizações foi mais do que uma simples operação devenda de ativos para investidores. Foi parte de um proces-so de profunda transformação institucional, visando dimi-nuir as políticas estatais na economia, e, com isto, redu-zir o déficit público, criar novas oportunidades de investi-mento e fortalecer o mercado através da competição.

Ao redirecionar serviços públicos, através da conces-são de sua exploração à iniciativa privada, o Estado viu-se obrigado a montar uma estrutura de regulação eco-nômica e fiscalização dos serviços concedidos, criandoum ambiente de maior segurança e confiabilidadeà pessoa e à comunidade. Para tanto, foram

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implementadas as Agências Reguladoras, que formamum novo modelo institucional.

Ao criar uma agência, o Governo determina queesta estabeleça para as empresas privatizadas ou con-cessionárias, vários critérios de melhoria no atendi-mento e prestação de serviços ao público, além do au-mento da oferta desses serviços e de padrões de eficiên-cia e transparência na condução de suas atividades.Estruturadas como autarquias, com independência fi-nanceira, administrativa e mandato de seus dirigentes,as agências reguladoras estão vinculadas aos ministé-rios e organizadas por modalidade de serviços.

Atualmente existem seis agências:ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações: é

responsável pela política de implementação, regulação efiscalização de serviços que vão das concessões de tele-visão por assinatura e seus compromissos com a comu-nidade, até a fiscalização dos serviços de telefonia.

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica: tema importante tarefa de regular e fiscalizar os serviços degeração, transmissão e distribuição de energia.

ANP - Agência Nacional de Petróleo: desempenha pa-pel estratégico na regulação e fiscalização de toda a polí-tica de produção de petróleo e gás natural.

ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar: re-gula e fiscaliza as atividades na área de saúde comple-mentar e planos de saúde.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária:ocupa-se da área de vigilância sanitária.

ANA - Agência Nacional de Águas: tem a função defiscalizar e regular os recursos hídricos.

Encontram-se em tramitação no Congresso Nacionalprojetos de lei que criam a Agência Nacional de Trans-

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porte Terrestre e a Agência Nacional de TransportesAquaviários, como complementação ao projeto de lei quecria a Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC.

Toda esta estrutura reguladora e fiscalizadora temum propósito de grande significado para a sociedade. Éa substituição do antigo modelo de Estado produtor emfavor de uma máquina estatal mais eficiente e ade-quada à sua finalidade essencial. Um Estado voltadopara o interesse coletivo, gerido por um governo querealmente funcione, tanto no atendimento das deman-das da sociedade, quanto na normatização das ativida-des exercidas pelas empresas privadas, pelas organiza-ções sociais e pelo cidadão.

Um importante destaque no contexto dereestruturação das relações do poder público com a soci-edade é o Terceiro Setor. Hoje, todo um segmento de or-ganizações não-governamentais – financiadas pela ini-ciativa privada – se mobiliza em torno de questões volta-das à promoção do bem comum. O Terceiro Setor permi-te que novas alternativas surjam, a partir de esforçoscolaborativos entre Estado e Sociedade Civil, em que ointeresse público seja o objetivo final.

Em oposição às normas impessoais dos governos, econtrário à busca do lucro e do ganho pessoal, caracte-rístico do mercado, surge a necessidade de um esforçoconjunto entre os diferentes agentes da sociedade: em-presas, poder público, organizações comunitárias e nãogovernamentais. Estas iniciativas não são incompatí-veis com políticas públicas, eficientes e responsáveis.Ao contrário, partem delas as ações que permitem refle-tir de modo mais abrangente os objetivos comuns entreiniciativa privada, estado e sociedade.

O Estado nada mais é do que a sociedade politica-mente organizada. A sociedade o institui como instân-

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cia de sua própria representação. Portanto, é altamenteválido que o Governo, executor das políticas determina-das no âmbito do Estado, proporcione ao conjunto da so-ciedade um maior acesso às suas ações.

No Brasil de hoje, ao mesmo tempo em que a econo-mia vai se adequando aos novos desafios mundiais, oGoverno Federal adota um modelo de gestão com ênfasena transparência dos recursos alocados e na ampla di-vulgação de seus desempenhos e metas alcançadas.

As ações do Governo, reunidas no Plano Avança Bra-sil 2000-2003, estão organizadas na forma de programasvoltados ao atendimento de demandas sociais. São 388programas com metas claramente definidas. Para cadaprograma foi designado um gerente, responsável por seudesempenho. Este sistema de gerenciamento dos pro-gramas, uma verdadeira inovação em termos de políti-cas públicas, assegura ao Governo o acurado controle decustos e resultados.

Coordenando este esforço, um Sistema de Informa-ções Gerenciais garante o acompanhamento em temporeal do andamento dos programas. As diferentes instân-cias do Governo, seus gerentes e parceiros, estão per-manentemente interligados por uma rede virtual, queoferece a informação essencial para as tomadas de de-cisão. Além disso, diversas ferramentas de divulgação,tais como páginas eletrônicas disponíveis na Internet,asseguram total permeabilidade, possibilitando que apopulação em geral disponha de informações e interajacom sugestões e críticas.

Mas a maior prova da transparência deste modelo degestão está em seu sistema de avaliação. Produzido apartir de dados recolhidos diretamente do Sistema deInformações Gerenciais, o Relatório Anual de Avaliaçãodo Plano Plurianual – Avança Brasil oferece à aprecia-

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ção da sociedade tudo aquilo que está sendo feito peloGoverno Federal e seus parceiros. Apresentado ao Con-gresso Nacional, este documento, com mais de 600 pá-ginas, traz desde o andamento dos programas, seus de-sempenhos físicos e metas atingidas, até uma porme-norizada análise de seus resultados e recomendaçõespara o futuro. De posse destas informações a sociedadesabe onde e como estão sendo aplicados os recursos queentrega na forma de tributos.

O Estado ficou diferente, e não menor. O que mudoufoi seu papel frente à sociedade. Se antes havia a preo-cupação em reduzir fisicamente o tamanho da estrutu-ra estatal, hoje já se percebe que esta mudança aconte-ce na medida em que o Governo ganha um novo papel,mas sem renunciar à sua responsabilidadenormatizadora, reguladora e fiscalizadora.

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Reforma Agrária

As principais realizações no período entre 1995 e 2000complementam-se em termos quantitativos e qualitativose, assim, maximizam os resultados alcançados. No pri-meiro caso, cabe ressaltar que, entre 1995 e 2000, foramassentadas 465.751 famílias no âmbito do Programa deReforma Agrária. Esse Programa foi complementado, nosúltimos dois anos, pelo Banco da Terra, instrumento ino-vador que financia a aquisição de imóveis rurais com pra-zos de pagamento longos e encargos financeiros reduzidos,em áreas escolhidas pelos próprios beneficiários.

Além de sua expressão absoluta, esse número ga-nha importância quando se compara a média anual deassentamentos, de 77.500 famílias entre 1995 e 2000,contra a média anual de apenas 7.267 nos trinta anosposteriores à edição do Estatuto da Terra, quando foramassentadas cerca de 218 mil famílias. Considerando-setambém a maior assistência oferecida pelo governo aosassentados, verifica-se que a qualidade do apoio gover-namental ao desenvolvimento agrário é outra dimensãoimportante a ser registrada.

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O Brasil transformou-se em palco de profundadesconcentração de terras, fenômeno mais visívelquando verificamos que passamos da 5ª posição entre ospaíses de maior concentração para o 12º lugar.

Em síntese, entre os principais avanços qualitativosdo desenvolvimento agrário promovidos no Brasil nos úl-timos anos estão: as medidas legais e administrativasvisando aumentar a eficiência do processo de obtençãode terras e assentamento; a descentralização do proces-so de reforma agrária com maior participação das de-mais esferas estaduais e municipais de governo, repre-sentantes dos trabalhadores e da sociedade no âmbitodo Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável; ademocratização do acesso à terra por meio do Banco daTerra; a melhoria dos serviços de assistência técnicaaos assentados; e o engajamento dos produtores eman-cipados no PRONAF.

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COLEÇÃO DOCUMENTOS DA PRESIDÊNCIADA REPÚBLICA

PORTUGUÉS

1. DISCURSO DE DESPEDIDA DO SENADO FEDERAL 2. DISCURSO DE POSSE 3. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 1995 4. POLÍTICA EXTERNA - PRONUNCIAMENTOS (1º

semestre de 1995) 5. POLÍTICA EXTERNA - PRONUNCIAMENTOS (2º

semestre de 1995) 6. A NOVA FASE DA PRIVATIZAÇÃO 7. CONCESSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS NO BRASIL 8. FATOS E DADOS SOBRE O BRASIL DO REAL 9. REAL, UM NOVO COMEÇO10. PROPOSTA DE REFORMA ADMINISTRATIVA11. PROPOSTA DE REFORMA TRIBUTÁRIA12. DIREITOS HUMANOS: NOVO NOME DA LIBERDADE E

DA DEMOCRACIA13. PLANO DIRETOR DA REFORMA DO APARELHO DO

ESTADO14. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 199615. OS RUMOS PARA 199616. PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS17. SOCIEDADES INDÍGENAS E A AÇÃO DO GOVERNO18. COMUNIDADE SOLIDÁRIA: TODOS POR TODOS19. MERCADO DE TRABALHO E A GERAÇÃO DE

EMPREGOS20. POR UM BRASIL MAIS JUSTO - AÇÃO SOCIAL DO

GOVERNO21. UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL22. PRONUNCIAMENTOS DO PRESIDENTE DA

REPÚBLICA - 199523. BRASIL EM AÇÃO - INVESTIMENTOS PARA O

DESENVOLVIMENTO24. POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL25. GLOBALIZAÇÃO E OUTROS TEMAS

CONTEMPORÂNEOS26. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 199727. DOIS ANOS DE MUDANÇAS28. REFORMA AGRÁRIA - COMPROMISSO DE TODOS29. COMUNIDADE SOLIDÁRIA - RESULTADOS DE 2

ANOS DE TRABALHO30. TRÊS ANOS DE REAL

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31. PRONUNCIAMENTOS DO PRESIDENTE DAREPÚBLICA - 1996

32. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, MUDANÇASOCIAL E EMPREGO

33. BRASIL EM AÇÃO - RESULTADO DO PRIMEIRO ANO34. POR QUÊ REFORMAR A PREVIDÊNCIA? LIVRO

BRANCO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL35. TRABALHO INFANTIL NO BRASIL - QUESTÕES E

POLÍTICAS36. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 199837. COMUNIDADE SOLIDÁRIA - TRÊS ANOS DE

TRABALHO38. TRECHOS DE PRONUNCIAMENTOS DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA - 199739. NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL - DESENVOLVIMENTO E

COMPETITIVIDADE40. CONSTRUINDO A DEMOCRACIA RACIAL41. REAL: QUATRO ANOS QUE MUDARAM O BRASIL42. PROGRAMA BRASIL EM AÇÃO - DOIS ANOS43. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 199944. 5 ANOS DO REAL - ESTABILIDADE E

DESENVOLVIMENTO45. MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL - 200046. GOVERNO FEDERAL E OS COMPROMISSOS DA

CÚPULA DE COPENHAGUE47. 6 ANOS DO REAL. CRESCIMENTO E

DESENVOLVIMENTO SOCIAL48. PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA49. DIREITOS HUMANOS DIREITO DE TODOS -

BALANÇO DA CIDADANIA50. MENSAGEM AO CONGRESSO - 200151. A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

BÁSICO NO BRASIL

INGLÊS

1. 6 YEARS THE REAL PLAN - GROWTH AND SOCIALDEVELOPMENT

2. COPENHAGEN + 5 3. FIVE YEARS OF THE REAL PLAN - STABILITY AND

DEVELOPMENT 4. BRAZIL’S MACROECONOMIC STABILITY PROGRAM

1999-2001 5. THE REAL PLAN: FOUR YEARS THAT CHANGED BRAZIL

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6. INTERVIEWS WITH THE PRESIDENT 7. BRAZILIAN NATIONAL DEFENSE POLICY 8. THREE YEARS OF THE REAL PLAN - BUILDING A

BETTER BRAZIL 9. AGRARIAN REFORM IN BRAZIL10. LABOR MARKET AND EMPLOYMENT GENERATION IN

BRAZIL11. NATIONAL PROGRAMME ON HUMAN RIGHTS12. TWO YEARS OF CHANGE13. THE IMPACT OF GLOBALIZATION ON DEVELOPING

COUNTRIES: RISKS AND OPPORTUNITIES14. BRAZIL 1996: FROM REFORM TO GROWTH15. THE TELECOMMUNICATION SECTOR IN BRAZIL16. THE RESULTS OF THE REAL PLAN17. PRIVATIZATION ENTERS A NEW PHASE

FRANCÊS

1. DEUX ANNÉES DE CHANGEMENTS 2. PROGRAMME DE STABILISATION FISCALE 3. BRÉSIL: DES RÉFORMES À LA CROISSANCE 4. PROGRAMME NATIONAL DES DROITS DE L’HOMME 5. COMMUNAUTÉ SOLIDAIRE: TOUS POUR TOUS 6. SOCIÉTÉS INDIGÈNES ET L’ACTION DU GOVERNEMENT

ESPANHOL

1. REAL: CUATRO AÑOS QUE TRANSFORMARON ABRASIL

2. ENTREVISTAS CON EL PRESIDENTE 3. EL MERCADO DE TRABAJO Y LA GENERACIÓN DE

EMPLEOS 4. DOS AÑOS DE CAMBIOS 5. PROGRAMA NACIONAL DE DERECHOS HUMANOS 6. BRASIL, 1996 DE LAS REFORMAS AL CRECIMIENTO

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