branding para o turismo da cidade de curitiba

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BRANDING PARA O TURISMO DA CIDADE DE CURITIBA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DESENHO INDUSTRIAL - PROGRAMAÇÃO VISUAL SÃO PAULO, 2013 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ORIENTADOR: ANTÔNIO ROBERTO DE OLIVEIRA DANILO OLIVEIRA DE ARAUJO

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Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Desenho Industrial - Programação Visual Universidade Presbiteriana Mackenzie (2/2013) Danilo Oliveira de Araujo Elaboração de nova marca para a cidade de Curitiba.

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BRANDING PARA O TURISMO DA CIDADE DE CURITIBA

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIEFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DESENHO INDUSTRIAL - PROGRAMAÇÃO VISUAL

SÃO PAULO, 2013

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSOORIENTADOR: ANTÔNIO ROBERTO DE OLIVEIRA

DANILO OLIVEIRA DE ARAUJO

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AGRADECIMENTOS

RESUMO

PALAVRAS - CHAVES KEYWORDS

ABSTRACT

Agradeço primeiramente toda minha família pelo apoio fundamental,

ao professor Antônio Roberto de Oliveira, e aos professores da banca

de avaliação Andréa de Souza Almeida e Thiago Pereira da Costa,

e todos os demais professores e colegas de classe que colaboraram

com minha formação.

Projeto para graduação em design utilizando os processo do branding

para construir uma nova marca para o turismo na cidade de Curitiba.

Foram utilizados uma série de pesquisas e metodologias voltados

para construção de marcas e estratégia, além de pesquisas e estudos

para a contextualização do projeto.

BRANDING, TURISMO, MARCA, ESTRATÉGIA BRANDING, TOURISM, BRAND, STRATEGY

Project for undergraduate design using the process of branding to

build a new brand for tourism in the city of Curitiba. Were used a lot of

research and methodologies focused on brand building and strategy,

as well as research and studies to contextualize the project.

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INTRODUÇÃO

1. O Turismo

1.1 História do Turismo

1.2 O Turismo no Brasil

2. Branding

3. Análise de Casos

Instituto Municipal de

São Paulo

Brasil

Melbourne

4. A Marca Curitiba

4.1 Conhecendo Curitiba

4.2 Pesquisa e Análise

4.3 Estratégia e Plataforma da Marca

4.4 Cores

4.5 Tipografia

4.6 Símbolo de Marca

4.7 Logo

4.8 Aplicações e Experiência da Marca

5. Conclusão

6. Bibliografia

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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO

O turismo é uma atividade que movimenta direta ou indiretamente um número significativo de diversos

profissionais de várias especialidades, e com isso uma expressiva movimentação econômica no mundo todo,

através de diversos serviços e roteiros para todos os gostos e bolsos, desde um passeio pela própria cidade

natal, um passeio com serviços especializados para oferecer um conforto aos visitantes como hospedagem

em hotéis, roteiros turísticos, pacotes para famíla ou grupo de pessoas, até viagens com pacotes exclusivos.

O Brasil está passando por um estágio de amadurecimento econômico, e os serviços e produtos para

o turismo são cada vez mais consumidos. As empresas que lidam com esse público tão exigente buscam

sempre se renovar e trazer novidades, para manter a fidelidade de seus clientes junto a sua marca.

A princípio, a primeira proposta era a construção de um site com informações para o turismo de

luxo, projeto o qual abandonei tendo em vista que durante as pesquisas vi a necessidade de que a cidade de

Curitiba precisava de uma reestruturação em sua marca.

A capital do estado do Paraná, cidade de Curitiba, é um dos mais importantes centros urbanos

brasileiros, com forte poder econômico, centralizando diversas empresas, indústrias, centros tecnológicos,

instituições de ensino e também uma grande oferta para os serviços de turismo.

Assim como várias cidades no mundo, Curitiba mantém uma instituição para pesquisa, planejamento e

divulgação da cidade, chamada de Instituto Municipal de Turismo, também conhecida como Curitiba Turismo.

O objetivo deste projeto é construir uma nova marca para o turismo da cidade de Curitiba, utilizando

os conceitos do branding em conjunto com os conhecimentos adquiridos durante todo o curso, um projeto

multidisciplinar, agregando valores para uma comunicação mais eficaz para seus objetivos e despertar o

desejo de conhecer a capital paranaense.

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1. O TURISMO

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O turismo não tem antecedentes históricos claros. Existem

duas linhas de pensamento para explicar o surgimento do turismo.

A primeira seria no início do século XIX, onde ocorreram os

deslocamentos com finalidade de descanso, saúde, negócios ou

relações familiares, e também outros tipos de deslocamentos por

causa de guerras, movimentos migratórios e até comerciais.

A segunda linha de pensamento sobre o surgimento do

turismo é com a Revolução Industrial, onde os deslocamentos

tinham como objetivo o lazer, onde na mesma época as máquinas a

vapor promoveram uma revolução nos transportes, que possibilitou

a substituição da tração animal por linhas férreas e seus trens a

vapor, cobrindo grande parte do território europeu e norte-americano,

permitindo a redução do tempo dos deslocamentos, além de outras

tecnologias de maquinário e equipamentos para navios, recursos de

engenharia e arquitetura, tornando mais seguros e confortáveis os

meios de transpote e locais para hospedagem.

O cenário do pós-guerra na década de 50, foi favorável

ao desenvolvimento do turismo devido a um novo estilo de vida

no mundo todo, causado por mudanças devido a guerra, como o

deslocamento de diversas culturas para várias regiões. Ao mesmo

tempo, os países desenvolvidos investiram em pesquisas para um

sistema de informação e administração racional da produção, o

que ajudou a fortalecer a economia proporcionando crescimento no

comércio e serviços, onde o turismo está incluido.

1.1 A HISTÓRIA DO TURISMO

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“O desenvolvimento tecnológico trouxe equipamentos e atividades específicas, que fizeram o lazer se tornar um bem de consumo, gerando um mercado para iniciativas de turismo. Esse mercado apresentou considerável crescimento, até ser interrompido no período de 1939 a 1949, em consequência da II Guerra Mundial, sendo retomado a partir de 1950, recuperando sua força a partir da década de 60.” (CAMPOS, 1998)

A conquista de novos direitos trabalhistas, como férias e 13º

salário, favoreceu economicamente as viagens, através das quais

a sociedade passou a valorizar mais a importância de conhecer

novos povos e culturas, como uma forma de ampliar conhecimento e

informação.

Nos últimos anos houve um acesso mais fácil pelas pessoas

aos meios de comunicação e cultural, como por exemplo as mídias

impressas, TV, rádio, internet, cinema, teatro entre outros, onde se

favoreceu um quadro de novos desejos para o turismo, e reforçando

hábitos de conforto e exclusividade, onde cada vez mais as pessoas

procuram por serviços de alta qualidade em todos os aspectos

oferecidos.

“Nas três últimas décadas, os produtos da tecnologia - cassetes, videocassetes, disquetes, disco rígidos de computadores, televisão, CDs, CD-rom, TV a cabo, antenas parabólicas, fax, telex, etc. - multiplicaram a possibilidade de armazenamento da informação, a qual se tornou mercadoria das mais valiosas.” (CAMPOS, 1998)

Há uma grande importância econômica do turismo no mundo,

dados da Organização Mundial de Turismo (OMT) entre os anos de

2000 e 2008, informam crescimento de 4,2% ao ano, alcançando

o total de 922 milhões de turistas em 2008, gerando uma renda

de aproximadamente US$ 5 trilhões. No Brasil o turismo é o setor

terciário que mais cresce.

“Na cultura contemporânea, o turismo é uma atividade altamente sofisticada, que movimenta bilhões de dólares por ano, envolve uma diversidade de serviços e de pessoal especializado e atinge centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.” (CAMPOS, 1998)

“Tarifas de viagem, gastos com compras, hospedagem, alimentação e lazer são itens permanentes das despesas com turismo, o que faz dessa atividade um negócio altamente rentável, tanto para grupos empresariais como para a sociedade como um todo.” (CAMPOS, 1998)

Conforme afirma Campos (2008), no turismo existem diversos

fatores e características, onde se determina diferentes tipos de

turismo, esses tipos de turismo são:

- TURISMO RECREATIVO OU DE LAZER: Motivado pela

necessidade do descanço, pelo desejo da recuperação física e mental

gerado pelo cotidiano do trabalho. Geralmente organizado em grupos

de interesse, onde é basicamente feito por jovens e pelo público de

terceira idade.

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- TURISMO CULTURAL: Geralmente viagens de curta duração, onde

se tem o interesse de conhecer novos povos, culturas, monumentos

artísticos etc, valorizando o enrequecimento cultural do indivíduo.

- TURISMO DE SAÚDE: Onde se procura por benefícios para a

saúde, com propriedades terapêuticas, como por exemplo fontes de

águas minerais, lama para banhos, areia quente etc.

- TURISMO RELIGIOSO: Viagem específica com intuito místico ou

que envolvam fé, de caridade e pessoas vinculadas a uma religião,

pode ser individual ou em grupo.

- TURISMO ESPORTIVO: Motivado pelo prazer em certas atividades,

como excursões, caminhadas, pescas e outros esportes.

- TURISMO DE EVENTOS: Para participação de reuniões científicas

e acadêmicas como congressos, seminários e encontros. Também no

ramo profissional como feiras e exposições, fazendo parte somente as

pessoas que viajam para participar como observadores, não incluindo

os expositores, apresentadores ou outra função com participação

remunerada.

- TURISMO NACIONAL: Praticado pelos viajantes dentro das próprias

fronteiras.

- TURISMO INTERNACIONAL: Quando é praticado pelos viajantes para

fora das fronteiras de origem.

- TURISMO DE MASSAS: Referente a viagens para roteiros

programados, como exemplo uma família ou grupo de pessoas que

viajam para algum parque temático ou roteiros muito procurados.

- TURISMO DE MINORIAS: Relacionado a viagens para locais poucos

procurados, também chamado de seletivo, como exemplo uma viagem a

uma fazenda.

“Lembramos que essas denominações (de massas e de minoria) nada têm a ver com as características sociais da demanda, ou seja, não se referem às diferenças de classe entre os viajantes - privilegiada, média e popular. O gosto por determinações pouco visitadas é muito mais uma questão de ordem cultural, de interesse pela originalidade, do que uma escolha determinada pela situação econômica do turista.” (Campos e Gonçalves, 1998)

- TURISMO INDIVIDUAL: Onde toda a programação, levantamento

de dados, custos e forma de pagamento, planejamento e execução

da viagem é realizado diretamente pelos interessados, não

necessariamente uma pessoa, mas também um grupo, como por

exemplo membros de uma família, sem influência de agências de

viagens, como forma de reduzir as despesas com organizações

prestadoras de serviços. Geralmente é realizada em automóveis

(particulares ou não), transporte rodoviário de linha ou fretados em

ônibus de turismo ou embarcações como navios, onde as agências

costumam atuar somente como vendedoras de passagens e reservas

de hotéis.

- TURISMO ORGANIZADO: Onde toda a programação, administração

e execução é feita por agências de viagens, associações, entidades

de classe, clubes ou outra forma institucional que envolva um grupo

de pessoas.

- TURISMO SOCIAL: Forma especial de viagem, hospedagem,

alimentação, serviços e lazer organizada por uma pessoa com a ajuda

de terceiros. Geralmente realizada em colônias de férias de associações,

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de entidades de classe ou de empresas, onde há uma ajuda para a

realização desta viagem. Como exemplo o Serviço Social do Comércio -

SESC, que mantém diversas colônias de férias e ofertas de serviçoes de

lazer e recreação para seus associados.

Conforme afirma Campos (2008) no Brasil, o turismo como

fenômeno social teve seu marco inicial com a criação da Sociedade

Brasileira de Turismo, em 1923, que depois se tornaria a Touring Club

do Brasil.

A hotelaria brasileira começou a crescer desde meados do

século XIX, quando muitas das capitais e cidades principais de nosso

país ganharam grandes e elegantes hotéis. No entanto, a expansão

da atividade hoteleira só foi intensificada depois da II Guerra Mundial,

e hoje está em níveis bem próximos dos vigentes na hotelaria

internacional. A par disso, em muitos casos, as peculiaridades

regionais têm sido preservadas.

No final dos anos 60, foram criadas superintendências de

desenvolvimento nas várias regiões do Brasil, com a função de

1.2 O TURISMO NO BRASIL

analisar projetos industriais que garantissem a criação de empregos e

desenvolvimento local. Ao mesmo tempo, foram instituídos incentivos

fiscais e financiamentos sob condições especiais para aqueles que

desejassem investir em tais projetos, o que levou muitas empresas

ligadas à hospedagem e ao turismo a apresentar propostas de

investimento para justificar tais financiamentos.

A área de turismo também passou por esse processo, e com

a criação da EMBRATUR (Empresa Brasileira de Turismo), muitos

projetos ligados a turismo e hotelaria foram aprovados, alterando

significativamente a situação da hospedagem no Brasil. Na década

de 70, as maiores empresas hoteleiras nacionais praticamente

dobraram sua capacidade, e também nessa época muitas empresas

internacionais aqui se instalaram.

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2. BRANDING

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O QUE É BRANDING

Para melhor entendimento de todo o processo de construção

de uma marca, primeiramente devemos entender o conceito de

branding, que é um modelo de gestão que tem como foco a marca.

Como base teórica utilizei Alina Wheeler e Marty Neumeier para

realizar todas as etapas do projeto.

Nas áreas de comunicação, marketing e design, o branding

vem se destacando cada vez mais, como uma ferramenta para a

criação de uma marca.

Conforme afirma Wheeler (2012, pg 16) “...branding, é um

processo disciplinado para desenvolver a conscientização e ampliar

a fidelidade do cliente, exigindo determinação superior e disposição

para investir no futuro.”

No termo técnico, marca é todo sinal distintivo, visualmente

perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços (INEP,

2013). Porém marca ou brand não se limita somente ao logo, que é

o nome da instituição representado em um símbolo, nem somente

“A gestão de marcas, também chamada de branding, é um processo disciplinado para desenvolver a conscientização e ampliar a fidelidade do cliente, exigindo determinação superior e disposição para investir no futuro.” (Wheeler, 2012, p. 16) Processo:

1: conclusão da

pesquisa

2: esclarecimento da

estratégia

3: design de

identidade

4: criação de

pontos de contato5: gestão de ativos

(WHEELER, 2012, p. 16)

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um manual de identidade visual, onde são abordadas as regras de

aplicações, sejam impressas ou digitais, conforme Wheeler (2012, pg

12) “Uma marca é a intuição que uma pessoa tem sobre um produto,

serviço ou empresa.”

Ou ainda, conforme exemplifica Kotlher e Keller (2009),

“marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou combinação de tudo isso,

destinado a identificar produtos ou serviços de um fornecedor ou um

grupo de fornecedores para diferenciá-los dos concorrentes.”

“...marca não é o que você diz que ela é. É o que os outros dizem que ela é.” (Neumeier, 2008, p. 3)

Conforme dito anteriormente, profissionais das áreas de

design, marketing e comunicação buscam melhores conhecimentos

sobre branding para uma melhor estratégia e posicionamento, e

assim aumentar a relevância das empresas perante o mercado.

“Branding é o conjunto de ações à administração das marcas. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. Ações com a capacidade de simplificar e enriquecer nossas vidas num mundo cada vez mais confuso e complexo.” (Martins, 2006, p. 08)

Identidade da marca é como os elementos e conceitos

de uma marca são expressados, comunicados e materializados.

Conforme afirma Wheeler (2012, pg 14) “...a identidade da marca

alimenta o reconhecimento, amplia a diferenciação e torna grandes

ideias e significados mais acessíveis. A identidade da marca reúne

elementos díspares e os unifica em sistemas integrados”.

“Os melhores programas de identidade incorporam e impulsionam a marca de uma empresa pelo apoio que oferecem às percepções almejadas. A identidade é expressa por si mesma em cada ponto de contato da marca e se torna intrínseca para a cultura de uma empresa, uma lembrança constante de seus valores fundamentais e de sua tradição.” (Wheeler, 2012, p. 37)

Conclui-se que o branding é um processo extremamente

essencial para toda instituição melhorar o posicionamento de seus

produtos ou serviços, e nos serviços de turismo a utilização do place

branding, ou também chamado de marca de localidade, não poderia

ser diferente devido a grande necessidade de “...construir a marca

e gerenciar a imagem dos lugares a fim de se atrair investimento

externo, turistas, fama e até mesmo atrair eventos internacionais...”

(HENNING , 2010, disponível em: http://portaldebranding.com/

v1/?p=4998).

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3. ANÁLISE DE CASOS

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Para divulgar o turismo na cidade, o Instituto Municipal

de Turismo - Curitiba Turismo, órgão da prefeitura municipal, é

responsável por divulgar a cidade de Curitiba como um grande

pólo de turismo e negócios para a cidade. O instituto possui sua

marca primária usada somente como forma institucional. Já para a

divulgação via televisão, impressos, internet, etc, são utilizadas duas

marcas, a “curtacuri!ba”, e para seu sistema de city tour, a marca

“Linha Turismo”.

Em 2010, ao ser elaborada a marca “curtacurit!ba”, a palavra

“curta” foi adicionada ao logo no sentido de aproveitar a cidade de

Curitiba, mas atualmente é erradamente relacionado ao “curtir” do

Facebook, e o acento de exclamação para um sentido de surpresa,

admiração, envolvimento de sentimentos. Segundo Lupton (2013) “os

logotipos usam a tipografia e o lettering para grafar o nome de uma

organização de modo memorável”.

A marca não utiliza de uma aplicação negativa como a marca

institucional, possuindo apenas uma variação encontrada no logo

usado pelo aplicativo para dispositivo móvel, onde o “curta” e o “!”

estão em branco, porém mantendo o tom esverdeado para os demais

caracteres da tipografia. Conforme Wheeler (2008) “a cor é utilizada

para evocar emoções e expressar personalidades. Ela estimula a

associação de marca e acelera a diferenciação”.

3.1 INSTITUTO MUNICIPAL DE TURISMO

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Institucionalmente são utilizadas as três marcas juntas nas

assinaturas dos e-mails pelos colaboradores do Instituto Municipal

de Turismo. O site oficial para o turismo na cidade de Curitiba está

totalmente defasado e fora dos padrões, tanto visuais quanto de

programação para melhor divulgação e promoção da cidade como um

importante pólo turístico.

Atualmente são utilizados alguns impressos como material

trilíngue (português, inglês e espanhol) de apoio e divulgação:

1 - Mapa Turístico: Com informações sobre os mais de 30 parques

e bosques, monumentos, praças, feiras livres, feiras de artesanatos,

museus, igrejas, lojas etc, e também informações sobre a Linha

Turismo, horários das atrações, acessibilidade e um mapa ilustrado da

cidade de Curitiba.

2 - Linha Turismo: Possui as informações dos pontos turísticos ao

longo do trajeto do ônibus, com fotos e horários dos locais, mapa

simplificado do trajeto e informações turísticas. Na linha turismo é

possível realizar cinco embarques.

3 - Folhetos: Material informativo para a feira do Largo da Ordem,

Praça Espanha e Torre Panorâmica. Aplicação da marca na entrada do Mercado Municipal

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Logo e páginas de exemplo do aplicativo móvel

Página na internetAssinatura de e-mail corporativo

Logos Institucionais

Linha Turismo

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Material impresso contendo informações de

pontos turísticos e mapa distribuído nos postos de

informações.

Totem em uma das paradas da Linha Turismo

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3.2 SÃO PAULO

A São Paulo Turismo S/A, ou SPTuris, é a empresa de turismo e

eventos da cidade de São Paulo. Possui capital aberto e tem como

sócia majoritária a Prefeitura de São Paulo. Entre suas atividades

estão a administração do Parque do Anhembi e do Autódromo

de Interlagos e a estruturação de mecanismos que reafirmem o

município como pólo de turismo de negócios, entretenimento e lazer.

“A marca São Paulo representa e promove a cidade de São Paulo

dentro e fora do país junto a outras marcas, que são a São Paulo

Turismo, Governo, entidades governamentais, parceiros e terceiros”

(Brandbook, 2011).

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A marca atual foi projetada pelo designer Rômulo Castilho em

2009, e possui diferentes cores, formas, movimentos e sobreposições

que traduzem a idéia de diversidade da metrópole, ao mesmo tempo

que mostra a questão dos pequenos grupos e tribos. Segundo

afirma Arnheim (2013. pg 130) “a forma é determinada não apenas

pelas propriedades físicas do material mas também pelo estilo de

representação de uma cultura (...)”. Conforme o Brandbook (2011), “a

variação freqüente do símbolo ajuda a representar a ideia de que São

Paulo é uma cidade que está sempre se movendo e surpreendendo.”

Ao mesmo tempo que existe toda uma preocupação

pela qualidade da marca, sua aplicação acaba não ocorrendo

efetivamente conforme o exemplo abaixo, tornando a marca

São Paulo desconhecida para os turistas e até para os próprios

moradores da cidade. Lupton (2013) afirma que “uma identidade

visual completa pode ser composta de cores, padrões, ícones,

componentes de sinalização e uma seleção de fontes”, e estes

requisitos estão bem detalhados no manual de identidade visual

da marca.

Page 32: Branding para o turismo da cidade de Curitiba

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3.3 BRASIL

Diferente da marca São Paulo, a marca Brasil é mais

conhecida pela polulação, porém utilizada efetivamente em eventos e

divulgação do turismo em âmbito nacional e internacional.

A marca Brasil é muito utilizada para a divulgação do turismo

brasileiro internacionalmente, mesmo não sendo conhecida em

grande escala nacionalmente, como afirmado no Manual de uso da

marca (2010): “A Marca Brasil é uma marca de difusão e promoção

do Brasil como destino turístico no mercado nacional e internacional.

Ela é utilizada em ações de promoção no Brasil e no exterior.”. Sua

forma remete as montanhas e ao vasto território brasileiro, e as cores

para representar suas diversas culturas. A marca é utilizada com

mais força para divulgação internacional, mas também é possível ver

aplicações nacionalmente, principalmente em feiras e eventos sobre

turismo.

A Marca Brasil foi construída em cima desses pontos (Manual

de uso, 2010):

- Alegria

- Sinuosidade / curva (da natureza, do caráter do povo)

- Luminosidade / brilho / exuberância

- Encontro de culturas / mistura de raças

- Moderno / competente

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“A palavra BRASIL, embora parta da tipografia Jigsaw Medi

um, foi trabalhada de forma a ter algumas características próprias,

com vista a melhorar sua legibilidade e acrescentar personalidade

para que a marca se diferencie.” (Manual de uso, 2010).

Conforme afirma Arnheim (2013) “ a expressão comunicada

por qualquer forma visual é apenas tão clara quanto os aspectos

perceptivos que a transmitem. Uma linha decididamente curva

expressa seu lance ou sua suavidade com a correspondente clareza,

mas uma linha cuja estrutura global seja confusa aos olhos não pode

transmitir nenhum significado.” Portanto, a marca Brasil ao utilizar

as formas, tipografia e cores para transmitir as diferentes “misturas”

encontrada no nosso país, e ao mesmo tempo passar a ideia de

alegria, natureza, etc, ao primeiro olhar pode gerar uma certa dúvida

no que ela quer transmitir visualmente.

A marca cumpre seu papel de divulgação aos visitantes

estrangeiros pelo site oficial, perfis em redes sociais e eventos

internacionais.

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3.4 MELBOURNE

A marca utilizada para promover a cidade de Melbourne, Austrália,

foi criada em um sistema geométrico, aliado com cores e efeitos em

gradiente e 3D, possibilitando a aplicação em diversas plataformas,

passando a imagem da cidade moderna e vibrante, convidando

visualmente aos moradores e visitantes a conhecerem a cidade.

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4. A MARCA CURITIBA

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Meu interesse pela cidade de Curitiba começou no ano de

2001, ainda no começo da adolescência. A viagem durou 30 dias,

onde passei o natal e o reveillon na companhia de parentes, muitos

deles conheci durante a minha primeira visita ao estado do Paraná.

Neste primeiro momento conheci poucos pontos turísticos

da cidade, durante a viagem conheci alguns lugares como o Passeio

Público, Centro Histórico, Parque Barigui entre outros, a maior parte

do tempo passei ao lado dos parentes que me acompanharam

durante as visitas a estes locais, pois na época ainda era muito novo

e não poderia me aventurar em conhecer a cidade sozinho.

A experiência que passei, mesmo sem conhecer os principais

pontos turísticos como Jardim Botânico, Ópera de Arame e Parque

Tanguá, percebi o quanto é gratificante ser morador de uma cidade

inovadora, com uma área urbana planejada e um verde simplesmente

fora dos padrões, principalmente para um morador da capital paulista

como eu.

Após realizar o primeiro projeto de TCC, no qual o objetivo

seria projetar um site para o turismo de luxo, reflexo de uma das

experiências profissionais onde atuei como estagiário na SIC Editora,

auxiliando na diagramação das revistas Elite Magazine e Elite Travel,

foi onde tive meu primeiro contato profissional com o turismo.

Ao finalizar a primeira parte do projeto, que era voltado

para web, onde seria abordado o turismo de luxo, tive que trancar a

faculdade para tratar de um câncer, onde fiquei mais de um ano em

tratamento, e com isto, o projeto acabou ficando defasado e outras

prioridades para a vida pessoal e profissional foram traçadas.

Em julho do ano de 2013, depois de mais de dez anos,

realizei outra viagem no período de cinco dias para a cidade de

Curitiba, onde aproveitei para conhecer os locais que não tinha

visitado na primeira estadia, e com isto, vi que a cidade possui uma

marca que não corresponde totalmente com a grandeza e experiência

que é transmitida aos turistas e moradores.

Por fim, aproveitei a estadia na cidade e visitei o Instituto

Municipal de Turismo, onde obtive informações descritas ao longo

deste projeto, para realização deste projeto de branding para a capital

do estado do Paraná.

Page 39: Branding para o turismo da cidade de Curitiba

37

4.1 CONHECENDO CURITIBA

Com pouco mais de 1,5 milhões de habitantes, a capital do

Paraná se orgulha das inovações urbanísticas na área de transportes

e dos parques públicos que revolucionaram a qualidade de vida

de seus moradores nas últimas décadas. Há verde de sobra - são

mais de trinta parques -, mais ciclovias, museus e eventos culturais

de tradição nacional, como o Festival de Teatro, que acontece

todo mês de março, com apresentações em vários espaços (www.

festivaldeteatro.com.br).

Curitiba é a capital mais fria do país e a temperatura pode

baixar até mesmo no verão; também costuma chover muito. A maneira

mais prática de explorar a cidade é por meio da Linha Turismo,

ônibus circular localmente conhecido como jardineira, que passa por

25 atrações turísticas. O bilhete dá direito ao embarque e a quatro

reembarques, sempre com informações em português, espanhol e

inglês. (GUIA UNIBANCO BRASIL, 2006)

Para conseguir traçar a melhor estratégia para a marca,

continuarei utilizando o livro Design de Identidade da Marca como

base para a realização do projeto, e como afirma Wheeler “as

melhores marcas representam algo importante: uma grande ideia, um

posicionamento estratégico, um conjunto de valores bem definidos,

uma voz que se destaca” (2012, p. 44).

Realizei uma viagem para a cidade de Curitiba com o

intuito de conhecer melhor a cidade e seus pontos turísticos, e

assim poder entender melhor sua essência e buscar transmitir

visualmente da melhor forma possível, momentos registrados pelas

fotos nas páginas seguintes.

Conforme descrito pela vice-presidente de Marketing e

Relações Públicas da Philadelphia University, Patricia M. Baldridge:

“A gestão da mudança da identidade da marca tem o potencial de

acentuar a percepção da marca: ao elevar a consciência entre os

públicos, aumentar a preferência e gerar lealdade.” (Wheeler, 2012,

p. 185).

Desta forma, também utilizarei informações detalhadas

coletadas no documento Pesquisa de Demanda Turística, Perfil e

Opinião 2012 disponibilizada pelo Instituto Municipal de Turismo de

Curitiba, para ter uma visão ampla do público alvo.

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4.2 PESQUISA E ANÁLISE

Com base nos dados coletados no documento Pesquisa

de Demanda Turística, Perfil e Opinião 2012 disponibilizada pelo

Instituto Municipal de Turismo, percebe-se que a maioria dos turistas

que visitam Curitiba são provenientes do próprio estado, com um

total de 30,4%, seguidos de turistas provenientes de outros estados,

onde o estado de São Paulo é o principal emissor com 22,2% dos

turistas, seguido de 14,8% provenientes do estado de Santa Catarina,

5,6% do estado do Rio Grande do Sul, 4,0% do Rio de Janeiro e

de outros estados somam-se 17,9%. Turistas originados do exterior

representam 5,1% dos Turistas de Curitiba.

Conforme a pesquisa (p. 17) “a principal motivação da viagem

dos turistas para Curitiba continua sendo negócios ou motivos

profissionais, como nos anos anteriores, ficando em 40,5% para

os turistas e 50,6% para os excursionistas. Ainda com relação aos

turistas, a segunda principal motivação foi a de visita a parentes

e amigos, com 26,4%, e em terceiro aparece lazer, recreação ou

descanso, com 15,8%”.

Ainda conforme a pesquisa: “Dentre o perfil dos visitantes

de Curitiba, nota-se que a maioria é do gênero masculino, sendo

que entre os turistas este valor é 66,3%, e entre os excursionistas é

de 70,0%.

Com relação à faixa etária, observa-se que a faixa etária

(p. 9)

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47

predominante é de 25 a 34 anos, ficando próximo aos 29%, tanto

para moradores como para os visitantes. A segunda faixa etária

mais representativa é de 35 a 44 anos, com valores próximos aos

24% para todas as categorias de entrevistados. A idade média dos

moradores é de 38,5 anos, enquanto dos excursionistas é de 37,7 e

dos turistas é de 38,8 anos.

Verifica-se ainda um alto nível de escolaridade tanto dos

moradores, como dos visitantes, chegando a um índice de nível

superior ou mais de mais de 50% para os turistas. Já para a

renda média mensal individual, os turistas recebem R$5.470,00,

excursionistas recebem R$4.927,34 e moradores R$5.107,12,

com renda média mensal familiar de R$8.687,14, R$7.551,27 e

R$8.033,82, respectivamente.

Mais da metade dos entrevistados possuem vínculo

empregatício, sendo que dentre os residentes são 56,5%, e entre os

turistas este valor é de 58,7%. Os autônomos ou profissionais liberais

representam 25,1% dos moradores, e 26,6% dos turistas.

Com isso, pode-se dizer que o perfil dos turistas que visitam

Curitiba, e os moradores que fazem turismo em outras cidades são

parecidos, a maioria é do gênero masculino, possuem idade média

próximo dos 40 anos, com alto nível de escolaridade e renda, tanto

individual como familiar. “ (p. 14).

Para entender melhor o que os visitantes esperam de

Curitiba, sendo moradores ou turistas, conhecendo ou não a cidade,

elaborei uma pesquisa online para ajudar na definição para a

construção da nova marca para Curitiba, buscando ao máximo as

experiências que essas pessoas tiveram, ou o que elas esperam ao

visitá-la pela primeira vez, contribuindo no resultado final da marca.

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A pesquisa online obteve 160 respostas, de moradores e

turistas, na qual 45% dos entrevistados são moradores de Curitiba,

e entre os turistas e possíveis visitantes, 36% já conhecem a cidade

e 19% ainda não conhecem. Dentre o total dos entrevistados, 87

pertencem ao sexo marculino (54%) e 73 do sexo feminino (46%). A

seguir o resumo detalhado de todas as respostas.

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No final do questionário de pesquisa, foi colocado um campo

opcional para opinião da marca utilizada pela cidade de Curitiba, na

qual a pergunta era “Esse é o logo atual desenvolvido pelo Instituto

Municipal de Turismo de Curitiba para divulgação da cidade, caso

queira, deixe sua opinião sobre a marca atual.”. A maioria das

respostas foram negativas.

Por fim, outra pergunta com resposta não obrigatória “Caso

queira deixar alguma sugestão/opinião, preencha o campo abaixo:”,

permitiu ter uma visão da qual os entrevistados gostariam de ver na

nova marca para a cidade de Curitiba.

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“Logo muito simples para a riqueza natural da cidade para o turismo!”

“Não tem muita vida e muito menos agrega um valor de mídia. Poderia ter um # e assim incorporar uma das mídias eletrônicas. Poderia ter uma desenho mais orgânico.” “Site muito aquém do porte da cidade. Marca idem.”

“bem fraco. ‘Faz uma loguinho aí’.”

“seria legal para um festival de curta metragem, mas limita muito a conceito que a cidade pode ter.” “Este logo me lembra “marca” de revista. Não me passa nenhuma sensação do que pode ser encontrado em curitiba, (alegria, tranquilidade, agitação???) nem pela forma, nem pelas cores.” “...a gralha azul faltou no seu questionário que é o animal símbolo da disseminação das araucarias.”

“Cuidado com cores muito agressivas e ícones, o lance seria incorporar tudo em uma única identidade.” “Acho que ter um ícone junto com o nome pode dar uma visão maior e fixar mais a marca na mente das pessoas.”

“Curitiba tem um clima temperado marítimo...de repente você poderia se basear nisso para desenvolver o logo.”

“Acho que o curtacurit!ba é uma tentativa de ‘’ I s2 NY’’.Seria bem interessando a utilização, de repense bem simples e de leve, do formato da araucária, ou só de alguns galhos. Já que é um símbolo/icone que todos os curitibanos gostam.” “temos que ter algo atrativo... que se refira aos parques e praças da cidade que são nossos cartões postais, esta marca não chama a atenção, é apagadinha.”

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4.3 ESTRATÉGIA E PLATAFORMA DA MARCA

“O posicionamento é desenvolvido para criar aberturas em um mercado que está sempre mudando, um mercado no qual os consumidores estão saturados com produtos e mensagens. O posicionamento tira vantagens das mudanças que ocorrem na demografia, na tecnologia, nos ciclos de marketing, nas tendências dos consumidores e nas brechas do mercado para encontrar novos meios de chamar a atenção do público.” (Wheeler, 2012, p. 24)

- QUAL O PROPÓSITO DA MARCA?

- O QUE A TORNA ESPECIAL?

- O QUE A MARCA ENTREGA PARA AS PESSOAS?

QUAL O PROPÓSITO DA MARCA?Ser referência em serviços turísticos. - O QUE TORNA A MARCA ESPECIAL? Resgata a cultura e diversidade local, a manutenção da preservação ambiental e qualidade de vida.

- O QUE A MARCA ENTREGA PARA AS PESSOAS? Diversas experiências culturais e ecológicas, proporcionando uma experiência gratificante, alegre e prazerosa. Conforme afirma Wheeler (2012, p. 22) “A estratégia define

o posicionamento, a diferenciação, a vantagem competitiva e uma

proposta de valor que é única.”.

Para defenir melhor estas etapas, procurei entender melhor a

marca utilizando as seguintes perguntas:

As seguintes respostas foram as escolhidas para ajudar a

definir a estratégia e o posicionamento:

Com base nos estudos apresentados anteriormente, foi

possível definir que a marca da cidade de Curitiba, precisa de uma

reestruturação, e buscar uma nova estratégia e posicionamento

perante o mercado turístico local.

“A gestão da mudança da identidade da marca tem o potencial de acentuar a precepção da marca: ao elevar a consciência entre os públicos, aumentar a preferência e gerar lealdade”.

Patricia M. Baldridge (Wheeler, 2012, p. 185)

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Oferecer grandes oportunidades para o turismo de lazer, de

negócios, qualidade de vida e meio ambiente.

Ser a marca referência para o turismo, buscar aproximar os povos e suas

diferentes culturas através de diversas experiências inesquecíveis.

Preservação do meio ambiente, Inovação, Qualidade de

vida e Oportunidades.

Preservar e inovar para o futuroTAGLINE:

MISSÃO:

VISÃO:

VALORES:

Com base em todas nas inormações adquiridas até o momento, foi possível definir a nova

plataforma para a marca Curitiba, através da Missão, Visão, Valores e Tagline.

“Uma tagline é um slogan, um esclarecedor, um mantra, uma afirmação de uma empresa ou princípio de conduta que descreve, resume ou ajuda a criar interesse.” Debra Koontz Traverso (Wheeler, 2012, p. 34)

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CMYK

085800

CMYK

PANTONE 179 CP

PANTONE 137 CP

PANTONE 2583 CP

PANTONE 3395 CP

PANTONE 646 CP

PANTONE Coll Gray 11 CP

0451000

CMYK

457500

CMYK

700500

CMYK

804000

CMYK

1515090

A paleta de cores escolhidas no sistema PANTONE, porém também com sua equivalência no sistema CMYK para uso em

diversas aplicações, as cores remetem as diferenças de culturas presentes na cidade de Curitiba, seu clima temperado marítimo

onde se pode ter as várias estações do ano em um único dia, e refere também as diversas possibilidades de passeios e negócios

que a cidade oferece. “A cor cria emoção, traz memórias à tona e provoca sensações.” (Wheeler, 2012, p. 138)

4.4 CORES

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CURITIBACURITIBACURITIBA

Calibri Bold

CURITIBAFranklin Gothic Medium Regular

CURITIBAEstrangelo Edessa Regular

Kalinga Bold

Segoe UI Bold

CURITIBACentury Gothic bold

A tipografia escolhida busca visualmente transmitir de forma

clara o nome da cidade, com leves curvaturas em sua composição,

tornando mais orgânica sua leitura.

“Os caracteres tipográficos precisam ser flexíveis e fáceis de usar e

devem proporcionar uma grande amplitude de expressão. Os fatores

principais são clareza e legibilidade.” (Wheeler, 2012, p. 142)

4.5 TIPOGRAFIA

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Segundo Wheeler (2012, p. 60): “Desenhados em uma

variedade quase infinita de formas e personalidades, os símbolos

de marcas podem ser classificados em várias categorias. De literal a

simbólico, de orientado a palavra a orientado a imagem...”.

Para transmitir visualmente através de um símbolo junto ao

nome da cidade, foram escolhidos dois símbolos da região, a gralha-

azul e a araucária. A gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é uma ave

passeriforme da família dos corvídeos, com aproximadamente 40

cm de comprimento, de coloração geral azul vivo e preta na cabeça,

na parte frontal do pescoço e na superior do peito. Machos e fêmeas

tem a mesma plumagem e aparência embora as fêmeas em geral

sejam menores.

A gralha-azul é o principal animal disseminador da araucária

uma vez que, durante o outono, quando as araucárias frutificam,

bandos de gralhas laboriosamente estocam os pinhões para se

alimentar.

No folclore do estado do Paraná atribui-se a formação e

manutenção das florestas de araucária a este pássaro, como uma

missão divina, razão porque as espingardas explodiriam ou negariam

fogo quando para elas apontadas. Além disso, a ave, que como dito

anteriormente está associada à Mata das Araucárias e sendo o

estado famoso pelo bioma, é um dos símbolos do Estado do Paraná,

segundo a Lei Estadual n. 7957 de 1984 que a consagra como “ave

símbolo” deste estado.

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gralha-azul)

4.6 SÍMBOLO DE MARCA

“Um símbolo que transmite uma grande idéia e muitas vezes incorpora ambiguidade estratétiga.” (Wheeler, 2012, p. 61)

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59

A araucária (Araucaria angustifolia) é a

espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista,

ocorrendo majoritariamente na região Sul do Brasil,

mas também sendo encontrada, em menor quantidade

e diversidade, no leste e sul do estado de São Paulo,

extremo sul do estado de Minas Gerais, na Região

Serrana do estado do Rio de Janeiro e em pequenos

trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por

muitos nomes populares, entre eles pinheiro-brasileiro

e pinheiro-do-paraná; é também chamada pelo nome

de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente

descrita como Columbea angustifolia Bertol. 1819.

Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo

uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de

200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente

explorada por seu alto valor econômico, dando madeira

utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território

está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a

União Internacional para a Conservação da Natureza

e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária

em Perigo Crítico de Extinção. A árvore foi eleita como

símbolo do estado do Paraná, sendo sua representação

extremamente comum no artesanato estadual; deu nome

à cidade de Curitiba através de seu apelativo indígena

curi (curii-tyba, em tupi-guarani, significa “muito pinhão”,

ou “muito pinheiro”).

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Após todo o processo de pesquisa teórica, pesquisa de

campo, demanda turística e pesquisa online, foi possível resgatar a

essência da nova marca para o turismo da cidade de Curitiba, onde

utilizei como referência uma imagem de um beija-flor para desenhar

o pássaro Gralha-Azul, e formas circulares para desenhar a árvore

Araucária. A mistura de cores e formas circulares representam os

símbolos locais da preservação do meio-ambiente, a diversidade

cultural devido aos diversos imigrantes, o clima temperado, além de

submeter as qualidades da cidade como planejamento urbanístico,

mobilidade, alegria, acolhimento, qualidade de vida, oportunidades,

renovação e inovação. Para chegar ao resultado final, utilizei a

sequência da cognição conforme a sequência abaixo.

FORMA

SEQUÊNCIA DA COGNIÇÃO

CORES CONTEÚDO

A leitura não é necessária para identificar

as formas, mas a identificação de formas

é necessária para a leitura. O cérebro

reconhece formas diferentes que fazem

uma impressão mais rápida na memória.

A cor vem em segundo lugar. A cor

pode incitar uma emoção e evocar uma

associação de marca. É preciso escolher

cores muito diferentes com cuidado, não só

para construir a consciência de marca, mas

também para expressar a diferenciação.

O cérebro leva mais tempo para processar

a linguagem. Logo, o conteúdo vem em

terceiro lugar, depois da forma e da cor.

“Uma identidade visual fácil de lembrar e de reconhecer viabiliza a consciência e o reconhecimento de marca. A identidade visual provoca percepções e desencadeia associações da marca. A visão, mais do que qualquer outro sentido, fornece informações sobre o mundo.” (Wheeler, 2012, p. 62)

(Wheeler, 2012, p. 62)

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=

=

=

Estudos para construção dos símbolos

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4.7 LOGO

Estudos e ajustes finais na tipografia para melhor leitura visual

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Marca finalizada

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4.8 APLICAÇÕES E EXPERIÊNCIA DA MARCA

As aplicações utilizadas para a marca, como a papelaria contendo envelope, papel timbrado, cartão de visitas,

ou em uniformes, camisetas e crachás, cartazes, folders, adesivagem em vans e ônibus, são soluções básicas para uma

marca. Mas só estas aplicações não são suficientes para uma experiência direta com os clientes que desfrutam de um

produto ou serviço, então a última etapa do branding é a experiência da marca, onde através de meios como Facebook,

Instagram, Twitter, aplicativo para dispositivos móveis etc, proporcionam um bom relacionamento e fidelização, inclusive

sendo possível a propaganda via boca a boca sobre as experiências positivas desfrutadas.

Instagram Aplicativo dispositivos móveis

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Site utilizando Design Responsivel (adaptável para diversos dispositivos)

A CIDADE GUIA DE VIAGEM CULTURA E LAZER NEGÓCIOS E EVENTOS NOTÍCIAS CONTATO

O Parque Tanguá é um dos principais parques da cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná. Localiza-se na região norte da cidade, nos bairros Pilarzinho e Taboão. Foi fundado em 23 de novembro 1996 pelo então prefeito Rafael Greca de Macedo, e construído onde existiam duas pedreiras, atualmente desativadas.

A Estrada da Graciosa, como é conhecida a Rodovia PR-410, é uma estrada pertencente ao governo do Paraná que utiliza a antiga rota dos tropeiros em direção ao litoral do Estado, interligando o município de Quatro Barras (Região Metropolitana de Curitiba) às cidades de Antonina e Morretes.

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Cartão de Visitas (9,5 x 5,5 cm)

Papel timbrado - A4 (21 x 29,7 cm)

Envelope (22 x 11,5 cm)

Wellington Medeiros +55 41 3250-7729

[email protected] em Turismo

Instituto Municipal de TurismoRua da Glória, 362 - Centro Cívico / Curitiba - PR CEP 80030-060www.turismo.curitiba.gov.br

Instituto Municipal de Turismo Rua da Glória, 362 - Centro Cívico / Curitiba - PR CEP 80030-060 www.turismo.curitiba.gov.br

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Museu Oscar Niemeyer

UFPR - Universidade Federal do Paraná

Cartão-postal

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Camisetas

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Adesivagem em veículos

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PARQUES, PRAÇAS E BOSQUES

CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS DIVERSOS

TEATROS E MUSEUS

Bem-vindo ao

Welcome to

Bienvenido el

Teatro Paiol

Bem-vindo ao

Welcome to

Bienvenido el

Mercado Municipal

Bem-vindo ao

Welcome to

Bienvenido el

Bondinho da XV

Totem metálico (1,30 x 90 m)

Bem-vindo ao

Welcome to

Bienvenido el

Jardim Botânico

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Cartazes

Preservar e inovar para o futuro Preservar e inovar para o futuro

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Preservar e inovar para o futuro Preservar e inovar para o futuro

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5. CONCLUSÃO

A experiência de poder realizar o projeto, seguindo as etapas do branding para a construção da

marca para o turismo da cidade de Curitiba, colocando em prática os conhecimentos adquiridos durante

todo o curso foi muito gratificante, mesmo sabendo que ainda tenho muito que aprender sobre esta área

do design, onde a pesquisa e estratégia são extremamente importantes para a conclusão de um projeto de

uma nova marca, ou reestruturação de uma marca existente.

Por fim, espero que este projeto sirva como base para meu aperfeiçoamento profissional, buscando

cada vez mais conhecimento, e superar a cada dia as dificuldades que tive, ao trancar o curso para

realização de seis meses de quimioterapia, onde ainda estou passando por algumas dificuldades. Sei que

este projeto poderia estar muito bem mais detalhado e bem elaborado caso estivesse com a saúde em

100%, mas sei que este é apenas mais um dos vários obstáculos para superar todos os problemas e poder

me tornar um profissional bem posicionado no mercado de trabalho.

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WHEELER, Alina.; FONSECA, Joaquim da. Design de identidade da marca: um guia completo para a criação, construção e manutenção de

marcas fortes. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.

NEUMEIER, Marty. The Brand Gap - O abismo da marca: como construir a ponte entre a estratégia e o design. Porto Alegre, Bookman, 2008.

CAMPOS, Luiz Cláudio de A. Menescal; GONÇALVES, Maria Helena Barreto. Introdução a turismo e hotelaria. Rio de Janeiro: SENAC -

Departamento Nacional - Rio de Janeiro, 1998.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2004.

Pesquisa de Demanda Turística, Perfil e Opinião. Curitiba: Instituto Municipal de Turismo, 2012.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cosac & Naify, 2013.

SERRALVO, Francisco Antonio (Org.). Gestão de marcas no contexto brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2008.

ARNHEIM, Rudolf. Arte & percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

Manual de uso 2010 da Marca Brasil / m_brasil_nova_manual_1 .pdf - Disponível em http://www.visitbrasil.com

Brandbook / BRANDBOOK_v4_PRINT.pdf - Disponível em http://www.spturis.com

City of Melbourne Brand Manual 2010 / com_styleguide_sponsorship_apr10 - Disponível em http://www.comedyfestival.com.au

6. Bibliografia

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