curitiba - turismo
DESCRIPTION
Roteiro e guia turistico CuritibaTRANSCRIPT
ROTEIRO
SÁBADO
Manhã: - Jardim Botânico (assim que chegar, abre as 6h da
manhã). Endereço:
- Museu Paranaense> Endereço: Rua Kellers, 289 - Alto São
Francisco, centro histórico.
- Passeio a pé no centro histórico - Almoço no Centro Histórico.
Tarde: Parque Tanguá, Fica no bairro do Pilarzinho, rua Rua
Oswaldo Maciel.
- Memorial Ucraniano. Localizado no Parque Tingui, o
Memorial Ucraniano presta homenagem aos imigrantes
ucranianos de Curitiba.
- Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski. Fica na rua
João Gava, no bairro de Abranches.
DOMINGO
- Manhã: Feira do Largo da Ordem (até as 10h)
- 10h: Museu Niemayer - Centro Cívico Rua Marechal Hermes
999
Centro Cívico
JARDIM BOTANICO
O Jardim Botânico de Curitiba, inaugurado em 5 de outubro de 1991, é
uma área protegida, constituída por coleções de plantas vivas,
cientificamente reconhecidas, organizadas e identificadas, com a finalidade
de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do País, em
especial da flora paranaense.
O uso de suas dependências é regulamentado pelo Decreto Municipal
1.583/2011. Contribui na preservação e conservação da natureza, para a
educação ambiental, na formação de espaços representativos da flora
brasileira e ainda oferece uma alternativa de lazer para a população.
O nome oficial é uma homenagem à urbanista Francisca Maria Garfunkel
Rischbieter, uma das pioneiras no trabalho de planejamento urbano de
Curitiba.
Dos seus 178 mil metros quadrados, mais de 40% de sua área total
corresponde a um Bosque de Preservação Permanente, conforme a Lei
Municipal nº 62 de 1986, com nascentes formadoras dos lagos.
Com 458 metros quadrados, a estufa de ferro e vidro, inspirada no Palácio
de Cristal de Londres, abriga em seu interior, exemplares vegetais
característicos das regiões tropicais. Emoldura a estufa um imenso jardim
em estilo francês com seus canteiros geométricos. Também fazem parte da
paisagem chafarizes e a escultura intitulada "Amor Materno" do artista
João Zaco.
A mais nova atração, o Jardim das Sensações inaugurado em 2008, tem por
objetivo despertar, sem o uso da visão, os sentidos do olfato e do tato.
Situado nas dependências do Jardim Botânico, o Museu Botânico
Municipal recebe cientistas e pesquisadores de todo o mundo em um dos
maiores herbários do Brasil, com o que há de mais representativo da flora
paranaense e do mundo.
Área: 178.000 m2
Localização: Av. Professor Lothario Meissner x Rua Engenheiro Ostoja
Roguski
Bairro: Jardim Botânico
Ano de Implantação: 1991
Acesso: Gratuito
Fauna: Gambá, tatu, caxinguelê, preá, cutia, pequenos mamíferos, sapo,
perereca, rã, bem-te-vi, João-de-barro, ananaí, sabiá-laranjeira, sabiá-
cavaleiro, sanhaço, pomba asa-branca, chupim e gralha-picaça.
Flora: Araucária, imbuia, cedro, aroeira, pimenteira, pitangueira, bromélias
e orquídeas.
Equipamentos: Estufa, Espaço Cultural, Museu Botânico Municipal,
bistrô, jardim em estilo francês, Jardim das Sensações, lagos, fontes, pista
de caminhada, sanitários públicos, loja, equipamentos de ginástica e
estacionamentos.
Horário de funcionamento:
Do Jardim Botânico:
De segunda-feira a domingo.
- verão: das 6h às 20h.
- inverno: 6h às 19h30
Do Jardim das Sensações:
De terça-feira a domingo (segunda-feira fechado para manutenção)
- das 9h às 17h (podendo ser interrompida a visitação em caso de chuva ou
condições climáticas adversas)
MUSEU PARANAENSE
Idealizado por Agostinho Ermelino de Leão e José Candido Murici, o
Museu Paranaense foi inaugurado no dia 25 de setembro de 1876, no
Largo da Fonte, hoje Praça Zacarias, em Curitiba. Com um acervo de 600
peças, entre objetos, artefatos indígenas, moedas, pedras, insetos, pássaros
e borboletas, era então, o primeiro no Paraná e o terceiro no Brasil.
Em 1882, de particular transformou-se em órgão oficial de governo. A
partir daí, passou a receber contínuas doações. Deixa de ser um simples
depósito para ser um centro de instrução e pesquisa, propiciando a vinda
de “missões científicas” para o Paraná.
Foi dirigido por grandes nomes da sociedade paranaense, entre eles
Agostinho Ermelino de Leão, Romário Martins e Loureiro Fernandes.
Desde a sua inauguração o Museu Paranaense ocupou seis sedes, até fixar-
se na atual, o Palácio São Francisco.
Atualmente o Museu Paranaense desenvolve estudos nas áreas da
Arqueologia, Antropologia e História.
Sua nova sede está estruturada para a realização de projetos e atividades
culturais, atingindo os diversos segmentos sociais. Possui laboratórios,
biblioteca, auditório, além de salas de exposições permanentes e
exposições temporárias.
Destaque para o Pavilhão da História do Paraná que faz a “linha do tempo”
desde a pré-história, 8000 anos antes da época atual, até o início do século
XX, com a integração dos imigrantes ao nosso Estado.
A importância do acervo
ceramicaO Museu Paranaense possui hoje um acervo de aproximadamente
400 mil itens, entre objetos de uso pessoal, mobiliário, armas, uniformes,
indumentárias, documentos, mapas, fotos, filmes, discos, máquinas,
equipamentos de diversas espécies, moedas, medalhas, porcelanas,
pinturas em diversas técnicas e esculturas, além de grande acervo
arqueológico (lítico, cerâmico e biológico), antropológico (cestaria,
plumária, armas, adornos e cerâmicas indígenas), retratos a óleo da antiga
Pinacoteca do Estado.
Entre 1979 e 2005 recebeu três grandes acervos.
acervo museu paranaenseO primeiro foi o acervo de Vladimir Kozák,
naturalista tcheco, que viveu em Curitiba entre 1928 e 1979. Nele
encontramos pinturas, desenhos, aquarelas, fotografias, filmes e
documentos que retratam os índios do Paraná e do Brasil, além de todos os
objetos de uso pessoal dele, uma vez que o Museu Paranaense é o
responsável pela herança jacente de Kozak.
armariaO segundo acervo veio do Banco do Estado do Paraná. Após a
privatização do Banestado, seu museu foi desativado. São documentos,
óleo sobre tela, objetos, fotos, livros e uma coleção de moedas, cédulas e
medalhas, os quais foram transferidos para o Museu Paranaense.
E o terceiro acervo adquirido em 2004 pelo Governo do Paraná
pertencente ao extinto Museu Coronel David Carneiro, com mais de 5.000
itens, entre peças de mobiliário, obras de arte, livros, documentos,
numismática, ferramentas, utensílios, porcelanas, indumentária e armaria,
com ênfase na história dos conflitos militares ocorridos no Paraná.
* * *
O acervo do Museu Paranaense é mostrado ao público, em exposições
abertas e gratuitas, nas salas de exposições temporárias e de longa duração.
Atualmente todos estes materiais estão sob a guarda do setor de
museologia, sendo que cada setor técnico interage com as peças de sua
área de atenção específica. Então, o acervo, de acordo com seus setores
técnicos, está assim constituído:
Setor de Antropologia: realiza estudos sobre a História da Antropologia,
Etnologia Indígena, Cultura Popular e Afrobrasileira. Atualmente o setor
está voltado para a pesquisa sobre a identidade paranaense, nos aspectos
relacionados à cultura popular, etnologia indígena e cultura afro-brasileira.
Nesta área o acervo conta com 2.500 peças e o Setor de Antropologia é o
responsável pela pesquisa do acervo Kozak. Os resultados destes estudos
subsidiam a produção de artigos especializados e têm sido tema de
exposições, seminários de pesquisas e publicação de artigos científicos.
Setor de Arqueologia: é responsável por um acervo de cerca 270 mil peças,
na maioria cerâmicas e artefatos líticos, além 13 mil ossos humanos,
dentre eles vestígios de sambaquis do litoral paranaense, recuperados entre
1960 e 1975, outros materiais conchíferos, paleontológicos e orgânicos
provenientes do território paranaense. Atualmente o setor realiza pesquisas
buscando a reconstrução da pré-história paranaense e o mapeamento do
patrimônio arqueológico do Paraná. O Museu Paranaense possui dois dos
seis acervos arqueológicos atualmente tombados pelo Patrimônio Histórico
Brasileiro: o do próprio MP e o do antigo Museu David Carneiro,
incorporado pelo MP.
Setor de História: desenvolve pesquisas, assessoria técnica, atendimento à
educação formal e informal e montagem de exposições, visando à
valorização e a difusão da História do Paraná. O acervo sob a
responsabilidade do setor histórico é o mais variado, compondo-se de
documentos, inclusive muitos manuscritos, fotografias, móveis, armas,
uniformes, vestuário e acessórios, quadros, esculturas, ferramentas,
porcelana, objetos de uso cotidiano, além de extensa coleção de moedas e
medalhas. É o responsável pela maior parte do acervo David Carneiro e
Banestado.
Além destes acervos, a Biblioteca Romário Martins é a responsável pela
guarda e manutenção de aproximadamente 10 mil exemplares, entre livros
e periódicos, além de grande coleção de obras raras sobre a história do
Paraná e em cima das áreas de atuação do Museu Paranaense.
Palácio São Francisco
Palácio São Francisco - sede do Museu Paranaense Prédio construído no
Alto São Francisco, em Curitiba, por Julio Garmatter, para ser residência
de sua família. É uma construção eclética, executada entre 1928 e 1929,
pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves.
Em 1938, o então Interventor do Paraná, Manoel Ribas, adquiriu a
propriedade para instalar a sede do Governo Estadual, passando a ser
conhecido como Palácio São Francisco, em concordância com sua
localidade. O governo permaneceu no prédio até 1953, quando o executivo
ganhou sede no Centro Cívico, hoje Palácio Iguaçu.
O Palácio São Francisco serviu aos interventores Manoel Ribas, Clotário
Portugal, Brasil Pinheiro Machado, João Candido Ferreira Filho, Coronel
Mario Gomes da Silva, Antonio de Carvalho Chaves e aos governadores
Moysés Lupion e Bento Munhoz da Rocha Neto.
Em 1961, o prédio serviu ao Tribunal Regional Eleitoral, o qual visando
ampliar as instalações construiu um bloco anexo à fachada lateral da face
leste. Em fins de 1986, foi parcialmente restaurado. No ano de 1987, o
prédio original foi tombado e nesta data passou a abrigar o acervo do
Museu de Arte do Paraná, hoje extinto.
Em meados de 2002, iniciou-se a restauração do prédio do Palácio São
Francisco, a reforma do anexo 1 e a construção do anexo 2 com acesso
pela rua Ermelino de Leão, com o objetivo de abrigar a sétima sede do
Museu Paranaense, cuja inauguração se deu em 19 de dezembro de 2002.
Porém, sem estar concluído, passou por um período de término das obras e
revitalização de seus espaços internos, reabrindo ao público em 4 de junho
de 2003.
HISTÓRIA DE CURITIBA
Era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os
nativos tupi-guaranis, que a habitavam região, referiam-se a ela como
Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral.
No início da Era Cristã, o Planalto Curitibano era habitado por povos
ceramistas de tradição Itararé. Casas subterrâneas, encontradas em sítios
arqueológicos nos arredores de Curitiba, mostram a adaptação dos nativos
às condições adversas do clima, como os ventos frios.
Por época da chegada dos portugueses ao Brasil, o Planalto Curitibano era
ocupado por grupos das famílias linguísticas Jê e Tupi-Guarani.
As primeiras décadas do século 16 marcaram o início de uma guerra de
conquista dos europeus contra os povos indígenas que habitavam os
planaltos do Sul e Sudeste do Brasil. Eram expedições portuguesas e
espanholas em busca de metais e pedras preciosas e índios para escravizar.
Existem relatos de que os campos de Curitiba foram descobertos pela
expedição de Pero Lobo, em 1531. Essa expedição bandeirante partiu de
Cananéia em busca de ouro e prata na região dos Incas, seguindo uma
trilha indígena que passava pelos arredores da atual cidade de Ponta
Grossa. A expedição acabou sendo dizimada pelos índios guaranis, nas
proximidades de Foz do Iguaçu, durante a travessia do rio Paraná.
A primeira eleição de autoridades públicas somente aconteceu em 29 de
março de 1693, promovidas pelo capitão-povoador Matheus Leme. O
povoado passou, então, à categoria de vila, Vila de Nossa Senhora da Luz
dos Pinhais. A vila passou a se chamar Vila de Curitiba em 1701, já com
1.400 habitantes. Desde 1906, a data de 29 de Março de 1693 é adotada
oficialmente como a data de fundação de Curitiba.
No início do século 18, caravanas de tropeiros abriram o caminho para o
transporte de gado desde o Rio Grande do Sul, até a baixada paulista e os
campos de Minas Gerais. Nesse trajeto passava-se por Curitiba,
impulsionando o comércio da região. Curitiba ultrapassou Paranaguá em
importância, assumindo a sede da Comarca, em 1812.
Em 1842 a vila passou à categoria de cidade. O Paraná era, então, uma
comarca de São Paulo. Sua emancipação para Província do Paraná, se deu
em 19 de dezembro de 1853, pelas mãos do baiano Zacarias de Góes e
Vasconcellos. Curitiba tornou-se, então, a capital da província em 26 de
julho de 1854, com 5.819 habitantes.
A partir do século 19, Curitiba passou a receber uma grande quantidade de
imigrantes europeus e asiáticos, transformando a cidade em muitos
aspectos.
Paço Liberdade
Em 1649, Ébano Pereira, capitão das canoas de guerra da Costa do Sul,
comandou uma expedição exploratória para subir os rios e atingir o
planalto em busca de ouro. Para isso, recrutou pessoal na Vila de Nossa
Senhora do Rosário de Paranaguá. Estabeleceram-se, inicialmente, na
margem esquerda do rio Atuba, entre os atuais bairros de Vila Perneta e
Bairro Alto. Posteriormente, mudaram-se para um local às margens do rio
Ivo, atual centro de Curitiba.
Em 1668, foi autorizada a instalação do pelourinho no povoado. Contudo,
as autoridades públicas não foram eleitas para a instalação da justiça. Isso
era necessário, pelas leis da época, para que o povoado passasse à
condição de vila.
PRAÇA GARIBALDI – LARGO
No século 19 era conhecida como Largo do Rosário, devido à Igreja do
Rosário. No final do século 19, recebeu o nome de Praça Faria Sobrinho.
Em 1946, tornou-se Praça Garibaldi, em homenagem a Giuseppe Garibaldi
(veja o quadro abaixo).
A Praça abriga construções históricas importantes, como o Palácio
Garibaldi, a sede da Fundação Cultural de Curitiba, a Igreja do Rosário dos
Pretos, a Igreja Presbiteriana Independente e o Solar do Rosário. A Praça
também possui galerias de arte, lojas de antiguidades, bares e o Relógio
das Flores.
FONTE DA MEMÓRIA
A Fonte da Memória, em forma de uma cabeça de cavalo, é um tributo aos
imigrantes e tropeiros que vinham a Curitiba para comercializar seus
produtos transportados por carroças e mulas. Os animais utilizavam o
bebedouro, ainda existente, no Largo da Ordem.
O monumento, que marca um ciclo da história da cidade, foi instalado na
Praça Garibaldi em 1995. É um trabalho, em granito e bronze, do escultor
curitibano Ricardo Tod (1963-2005).
IGREJA DO ROSÁRIO DOS PRETOS
A atual Igreja de Nossa Senhora do
Rosário dos Pretos de São Benedito
é uma construção de 1946, em estilo
barroco. Construída no mesmo local
da antiga igreja, demolida em 1931.
A primeira igreja do Rosário foi
construída por escravos e para os
escravos, inaugurada em 1737, em
estilo colonial. Era a terceira igreja de Curitiba, depois da Matriz e da
Igreja da Ordem. O nome original era Igreja de Nossa Senhora dos Pretos
de São Benedito. Com a abolição da escravatura, a igreja perdeu sua razão
original de ser. Serviu de matriz de 1875 a 1893, durante a construção da
Catedral, na Praça Tiradentes.
Mais informações sobre cultura negra em Curitiba e o antigo templo►
Em 1951, foi confiada aos jesuítas. Na década de 1970, passou também a
ser chamada de Santuário das Almas, onde se realiza com frequência
missas de corpo presente.
A fachada atual ainda tem azulejos da igreja original. Seu interior abriga
azulejos portugueses, com os Passos da Paixão, e o túmulo do Monsenhor
Celso, antigo pároco de Curitiba, falecido em 1931.
RUÍNAS DE SÃO FRANCISCO
As Ruínas de São Francisco, na Praça João Cândido, são os remanescentes
de uma construção inacabada, iniciada pelos portugueses, que viria a ser a
Igreja de São Francisco de Paula.
As Ruínas de São Francisco representam o início da construção da Igreja
de São Francisco de Paula, em 1809 presumivelmente, da qual este
vestígio seria o seu frontal. é um local envolto em mistérios e lendas. Uma
das lendas relata a existência de um tesouro ali enterrado pelo pirata
Zulmiro, que, após a sua morte, vinha assustar as pessoas que dele se
aproximassem. As ruínas são fechadas por grades, de maneira a protegê-las
da depredação e do mau uso. Junto a elas, está um anfiteatro ao ar livre e,
sob sua arquibancada, foram construídas as Arcadas das Ruínas de São
Francisco, que abrigam lojas de souvenir e presentes, pizzaria, bar,
confeitaria, antiquário, cabeleireiro, floricultura, banca de revistas,
sanitários públicos e posto da Guarda Municipal.
Em 1811, a capela-mor e a sacristia ficaram prontas, contudo, em 1860, as
pedras que finalizariam as obras da igreja teriam sido usadas para erguer a
torre da antiga Matriz.
Existem relatos, não confirmados, de que foram construídos túneis ligando
as ruínas a outros pontos da cidade.
IGREJA DA ORDEM
A Igreja da Ordem
Terceira de São Francisco
das Chagas, mais
conhecida simplesmente
como Igreja da Ordem,
foi construída pelos
portugueses em 1737 e é
a igreja mais antiga de Curitiba. Originalmente, era a Igreja de Nossa
Senhora do Terço. O nome atual foi dado com a chegada a Ordem de São
Francisco em Curitiba, em 1746.
Abrigou um convento franciscano de 1752 a 1783 e, no século 19, foi a
paróquia dos imigrantes poloneses. Por volta de 1834, uma parte da igreja
desmoronou e só foi completamente restaurada em 1880, com a visita do
imperador D. Pedro II. A torre da igreja e a instalação dos sinos foi
concluída em 1883. Nessa época, a igreja era frequentada, principalmente,
por imigrantes alemães. Tombada desde 1965, o templo sofreu nova
restauração de 1978 a 1980 e, em 1981, passou a a brigar o Museu de Arte
Sacra.
Durante as reformas de 1993, foi encontrado um opúsculo entre as paredes
da Igreja. Este documento fornece dados preciosos sobre a história da
igreja.
RELÓGIO DAS FLORES
O Relógio das Flores é um presente dado por joalheiros à cidade de
Curitiba, em 1972. As flores são mudadas a cada estação do ano. O relógio
de tem 8 metros de diâmetro e funciona à base de quartzo.
IGREJA PRESBITERIANA
1ª Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba, construída em 1934, em
estilo neo-clássico e interior de influência alemã. Fica na Praça Garibaldi.
A Igreja Presbiteriana Independente do Brasil foi organizada em 1903. É
uma dissidência da Igreja Presbiteriana do Brasil, filiada aos Estados
Unidos.
BELVEDERE
O Belvedere, da Praça João Cândido, foi construído em 1915, em estilo
art-nouveau. Em 1922, abrigou a primeira emissora de rádio do Paraná, a
PRB-2. Em 1931, tornou-se observatório astronômico e meteorológico e, a
partir de 1962, passou a ser sede da União Cívica Feminina.
PALÁCIO GARIBALDI
A Sociedade
Garibaldi,
fundada em 1883,
nasceu da ideia
de se congregar,
sob um mesmo
ideal, os
imigrantes italianos em Curitiba. O mesmo ideal que levou Giuseppe
Garibaldi a lutar pela Revolução Farroupilha (1839-1841) no Brasil e pela
unificação da Itália. Na prática, a Sociedade permitia compartilhar
interesses e necessidades entre os italianos em Curitiba.
A Sede da Sociedade Garibaldi, na Praça Garibaldi, em Curitiba, foi
projetada por Ernesto Guaita, engenheiro e agente consular da Itália.
O Palácio, iniciado em 1887, foi concluído em 1904. A fachada, em estilo
neoclássico, só ficou pronta em 1932, uma obra do arquiteto João de Mio,
o mesmo arquiteto da Igreja de São Pedro.
Curitiba
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, o Palácio foi desapropriado
pelo governo e somente devolvido à Sociedade em 1962. Em 1988, o
Palácio Giuseppe Garibaldi foi tombado pelo Patrimônio Histórico e
Artístico do Paraná, mas continua como sede da Sociedade Garibaldi.
MESQUITA
em poucos metros caminhando pelo Centro Histórico é possível
contemplar a diversidade religiosa da região. Destaque para as Igrejas da
Ordem; Rosário; e Presbiteriana; Templo Hare Krishna; Catedral; entre
outras. Uma das mais visitadas e apreciadas é a Mesquita Imam Ali ibn
Abi Talib – ou Mesquita de Curitiba.
Inaugurado em 1972, o local surgiu da necessidade da comunidade árabe
na capital paranaense em ter um espaço sagrado para as orações. O período
construtivo durou dois anos e teve projeto arquitetônico de Kamal David
Curi (cristão de origem árabe). A estrutura conta com uma cúpula central –
ladeada por duas torres denominadas minaretes e orientadas em direção à
cidade sagrada de Meca. No interior há escritórios; biblioteca; anfiteatro; e
decoração produzida através de doações realizadas pela comunidade
muçulmana e empresários árabes da região.
As visitas em maior número acontecem aos domingos das 10h às 13h30.
Há algumas recomendações como a entrada sem calçados e o uso do véu
no caso das mulheres. A Mesquita de Curitiba disponibiliza o objeto caso o
visitante não possua. Um dos destaques é que o local concilia o ambiente
entre os frequentadores das vertentes sunita e xiita.
CATEDRAL METROPOLITANA
A Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba fica na
Praça Tiradentes. É um dos mais importantes patrimônios culturais da
Cidade. Construída de 1876 a 1893, em estilo neogótico, segundo o projeto
do arquiteto francês Alphone de Plas. Ocupa o mesmo local da antiga
matriz do século 17, bem como o da sua sucessora, construída em 1720.
Até 1892, a paróquia de Curitiba estava subordinada à Sé Primacial da
Bahia. A antiga Igreja Matriz foi elevada à categoria de Catedral, em 27 de
abril de 1892, com a criação da Diocese de Curitiba, pela bula Ad
universas orbis ecclesias, do papa Leão XIII. A Diocese foi instituída em
30 de setembro de 1894, com a posse do primeiro bispo dom José de
Camargo Barros. Em 10 de maio de 1926, foi elevada à categoria de
Arquidiocese.
Como suas antecessoras, a Catedral é dedicada e abriga a imagem de
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Padroeira de Curitiba. É Catedral
Basílica Menor desde 8 de setembro de 1993, quando completou 100 anos.
CASA ROMÁRIO MARTINS
A Casa Romário Martins segue a
tradição de divulgar e promover a
história de Curitiba, por meio de
exposições e outras atividades
orientadas pelas pesquisas sobre a
cidade.
Inaugurada em 14 de dezembro de 1973, a Casa Romário Martins passou a
sediar o primeiro núcleo voltado à preservação dos suportes da memória
de Curitiba, base inicial da Casa da Memória e da Diretoria de Patrimônio
Cultural do município.
Último exemplar da arquitetura colonial portuguesa no centro de Curitiba,
a edificação foi utilizada como moradia até o início do século passado,
quando passou a abrigar o armazém de secos e molhados de propriedade
de Guilherme Etzel e, a partir de 1930, o armazém do Roque. Manteve
atividades comerciais até sua desapropriação, em 1970, pela Prefeitura
Municipal de Curitiba. Restaurada conforme projeto do arquiteto Cyro
Ilídio Corrêa D'Oliveira Lyra, recebeu na inauguração o nome de Casa
Romário Martins, em homenagem ao historiador e pesquisador Alfredo
Romário Martins, autor de inúmeras obras referenciais sobre Curitiba.
Como legislador, criou a Lei que define o dia 29 de março como a data
oficial de comemoração do aniversário da cidade.
SOLAR DO BARÃO
Instalado no casarão onde morou o Barão do Serro Azul, o Centro Cultural
Solar do Barão abriga espaços para exposições, o Museu da Fotografia, o
Museu da Gravura, o Museu do Cartaz, o Centro de Pesquisa Guido Viaro,
Sala Scabi, Sala Gilda Belczak, ateliês de xilogravura, litogravura e
serigrafia, além da primeira Gibiteca do Brasil.
O prédio foi concluído em 1883. Após a morte do barão em 1894 (leia o
quadro ao lado), o Solar transformou-se em Quartel do Exército.
Posteriormente, construiu-se, em anexo, uma residência para a baronesa
Maria José Correia e seus filhos.
O complexo do Solar, com cerca de 3.000m² de área, foi restaurado entre
1980 e 1983. Atualmente é vinculado à Fundação Cultural de Curitiba e
possui três blocos: O bloco central, onde morou o Barão, a Casa da
Baronesa e os anexos construídos pelo exército.
Nas instalações do Solar são realizados cursos de arte e ensaios da
Camerata Anticqua, da Orquestra de Harmônicas e do Coral de Curitiba.
PARQUE TANGUÁ
Inaugurado em 1996, o Parque Tanguá surpreende pela sua beleza.
Envolve uma área de 235 mil m², lugar de um antigo complexo de
pedreiras desativadas. O Parque Tanguá preserva áreas verdes próximas à
nascente do Rio Barigui, com araucárias. Possui uma cascata, dois lagos e
um túnel artificial que pode ser visitado de barco ou à pé. O conjunto do
parque inclui, também, um mirante, ciclovia, pista de Cooper e lanchonete.
Fica no bairro do Pilarzinho, rua Rua Oswaldo Maciel. Está incluído no
roteiro da linha turismo.
OPERA DE ARAME
É um dos principais cartões postais de Curitiba. Inaugurado em 1992, no
Parque das Pedreiras, próximo ao Espaço Cultural Paulo Leminski.
A Ópera de Arame foi construída em estrutura tubular e teto de
policarbonato transparente. O projeto é do arquiteto Domingos
Bongestabs, professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da
UFPR, o mesmo autor do projeto da Unilivre. Tem capacidade para 2.400
espectadores e um palco de 400m² destinado a apresentações artísticas e
culturais.
O cenário externo da Ópera de Arame é igualmente belo. Era o local onde
funcionava uma antiga pedreira. Hoje, pode-se apreciar a mata nativa, um
lago com carpas, uma cascata de 10 metros e várias espécies de aves.
MEMORIAL UCRANIANO – Parque Tingui
Além da ampla área verde do Parque Tingüi, o visitante se depara, logo na
entrada, com o portal e, mais adiante, a réplica da antiga capela de São
Miguel, da Serra do Tigre, município de Mallet-Pr, com sua cúpula
dourada, construída em madeira, em estilo bizantino, onde há uma
exposição permanente de pêssankas (ovos pintados à mão), ícones e
bordados. Ao lado da capela está o campanário, que simboliza a integração
à nova terra e a importância da religião como mantenedora da unidade
cultural. Numa casa típica da arquitetura ucraniana funciona a loja de
souvenirs, onde são vendidos produtos artesanais. O Memorial possui um
palco e uma pêssanka gigante, feita pelo artista Jorge Seratiuk.
Manifestações folclóricas e festas típicas da etnia acontecem com apoio da
Fundação Cultural de Curitiba e da comunidade ucraniana: a Bênção dos
Alimentos (no Sábado de Aleluia), a Festa Nacional da Ucrânia (em
agosto), a Festa da Colheita (em outubro) e a Festa de São Nicolau (em
novembro).
Inaugurado em 26 de outubro de 1995, em homenagem ao centenário da
chegada dos imigrantes, o Memorial da Imigração Ucraniana, localizado
dentro do Parque Tingüi, é um tributo à contribuição desse povo à cultura
do Estado. Oito famílias de ucranianos chegaram ao Paraná em 1891,
fixando-se na Colônia Santa Bárbara, entre Palmeira e Ponta Grossa,mas
foi só a partir de 1895 que as grandes levas de imigrantes fixaram-se nos
arredores de Curitiba e, mais tarde, em Prudentópolis e Marechal Mallet.
Estima-se que até 1914 cerca de 45 mil imigrantes ucranianos tenham
chegado ao Paraná. O monumento principal do Memorial é a réplica da
igreja ucraniana de São Miguel, na Serra do Tigre (município de Mallet),
uma das mais antigas do país.
MUSEU OSCAR NIEMAYER
Museu Oscar Niemeyer recebe Bienal Internacional de Curitiba
O MON tem cinco espaços com obras de diversos artistas. Julio Le Parc é
a grande atração deste ano
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é um dos locais expositivos da Bienal
Internacional de Curitiba 2015. São mais de 100 lugares na cidade, entre
museus, centros culturais, galerias e espaços de arte. No MON são cinco
espaços ocupados, entre os dias 4 de outubro a 14 de fevereiro - duas salas,
o Olho, a Torre e o espelho d’água.
Nesta edição, com curadoria geral de Teixeira Coelho, o conceito é a “Luz
do Mundo”. Este fio condutor guia o visitante nas mostras que representam
o melhor da arte contemporânea mundial. “A edição de 2015 da Bienal
Internacional de Curitiba tem por tema a arte da luz, a arte com a luz, a
arte feita de luz e que tem na luz sua matéria, seu material e conteúdo”,
observa o crítico e curador geral Teixeira Coelho.
Também neste ano, a edição procura priorizar a arte que vai para as ruas,
com ações que não se restringem apenas a museus, centros culturais e
galerias, mas que ganham o espaço urbano.
“Receber uma mostra desse porte é importante para o museu e
principalmente para o público, que poderá apreciar a obra de artistas
valorizados em âmbito internacional”, diz a diretora-presidente do MON,
Juliana Vosnika.
Le Parc
O artista franco-argentino Julio Le Parc é o homenageado desta Bienal.
Considerado expoente da arte contemporânea e um dos pioneiros da arte
cinética, sua obra estará exposta no Olho. Além de Le Parc, o visitante
poderá conferir obras de artistas como Lars Nilsson, Eliane Prolik, Carlos
Bernardini, entre outros.
CONES
artistas: Eduardo Frota
acervo:Museu Oscar Niemeyer
curador: Agnaldo Farias
local: Vão livre
Imprimir
APRESENTAÇÃO
IMAGENS
A opção por formas geométricas – cilindros, cones, círculos, anéis,
carretéis – tem sido a tônica da obra do cearense Eduardo Frota (1959),
apontado como autor de uma obra única na produção contemporânea
brasileira. Sistematicamente realizadas em grossas placas de compensado,
cortadas por serras elétricas, a falta deliberada de acabamento das
esculturas garante uma superfície rude, uma “explicitação da densidade e
aspereza da matéria, que servem para desvendar o raciocínio e o processo
de produção”.
Esses grandes cones de madeira industrial reflorestada compõem a
linguagem poética do cearense. Construídas em grandes escalas, o artista
procura estabelecer, por meio das peças, um diálogo permanente entre a
obra e o espectador, a fim de provocar o fato artístico de forma múltipla,
como observa o curador e crítico de arte Agnaldo Farias. Em plena
atividade, o artista desenvolve seu trabalho e reside em Fortaleza (CE).
“Não proponho temas e nem assuntos. O que importa é disseminar uma
experiência para os sentidos – humana, individual ou coletiva no contexto
sócio-cultural e político. Essa experiência será o empurrão essencial para
ativar sensibilidades, formular outras perguntas sobre o mundo, a vida, a
existência”, explica o artista.
“Glück: o tempo e a imagem”
O Museu Oscar Niemeyer (MON), em parceria com o Museu da Imagem e
do Som de Paraná (MIS-PR), apresenta a mostra “Glück: o tempo e a
imagem”. Com curadoria de Ederson Santos Lima e Graça Bandeira, a
mostra traz cerca de 100 fotografias de Guilherme Glück e estará em
exposição na sala 10.
Glück registrou por quatro décadas a cidade da Lapa, seus habitantes, seus
costumes e tradições. Dessa forma, sua trajetória reflete também as
mudanças sociais, políticas e arquitetônicas da cidade. A mostra traz mais
que o cotidiano de uma pequena cidade do interior, ela apresenta um
registro histórico e iconográfico do local.
Dos diferentes temas abordados pelo fotógrafo, essa exposição abrange os
considerados mais representativos da riqueza cultural lapeana e
paranaense: educação, trabalho, período varguista, cultura e a Lapa urbana.
Para Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON, preservar e contar a
história do Paraná para as novas gerações é uma das funções dos museus.
“É uma grande satisfação receber esta mostra, que retrata a vida cotidiana
da primeira metade do século passado de uma cidade tão significativa para
a nossa história como é a Lapa”, comenta.
Sobre o fotografo Guilherme Glück
Guilherme Glück (1892-1983) nasceu na região rural de Rio do Poncho,
em Santa Catarina, filho de pai alemão e mãe de origem holandesa. No
começo do século XX acabou remigrando para a cidade da Lapa. Entre os
anos de 1920 e 1953 foi o fotógrafo “oficial” da cidade, visto que outros
profissionais atuaram por pouco tempo na cidade.
Durante muitos anos Glück foi compreendido como um fotógrafo de
retratos: casamentos, fotos de estúdio e família eram entendidos como um
de seus legados para a fotografia paranaense. Porém a partir de 2009 com a
realização de pesquisas de cunho acadêmico sobre a imensa coleção de 31
mil negativos em chapas de vidro foi possível revelar outra faceta do
fotógrafo: seu lado político, cultural e social.
As recentes pesquisas revelaram um fotógrafo preocupado com as
mudanças políticas e culturais da cidade e também revelaram olhar atento
para os trabalhadores da cidade. Na década de 1970 o MISPR – Museu da
Imagem e do Som do Paraná adquiriu a imensa coleção de chapas de vidro
que hoje se constitui num dos tesouros iconográficos do estado do Paraná.
Glück faleceu em 1983, deixando para a Lapa e para o Paraná um legado
de imagens que possibilitam compreender de forma muito mais ampla a
sociedade paranaense da primeira metade do século XX.
ARTIGAS, NOS PORMENORES UM UNIVERSO - CENTENÁRIO
DE JOÃO VILANOVA ARTIGAS
artistas: João Batista Vilanova Artigas
curador: Giceli Portela e Maria José Justino
Imprimir
APRESENTAÇÃO
IMAGENS
Museu Oscar Niemeyer recebe exposição sobre o arquiteto João Batista
Vilanova Artigas
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe, nas salas 4 e 5, a mostra “Nos
pormenores um universo – Centenário de Vilanova Artigas” sobre o
arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), que
completaria 100 anos em 2015.
A exposição, que ocupará duas salas - cerca de mil metros quadrados -
trará projetos originais, desenhos artísticos do arquiteto e maquetes (de
vários formatos e escalas), além de obras dos artistas do modernismo aos
concretos, principalmente aqueles que influenciaram a obra de Artigas,
fotografias e documentos do acervo da família. Haverá também vídeos e
recortes do documentário que foi produzido especialmente para o a
comemoração do centenário.
Para a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika, o
Museu Oscar Niemeyer apresenta aos paranaenses as inúmeras facetas do
arquiteto nascido em Curitiba que se tornou internacional ao dedicar-se a
educação e à construção da identidade da arquitetura nacional. “Assim, o
MON dá sequência ao seu papel de indutor do desenvolvimento cultural
no estado e responsável pela disseminação de conhecimento a partir do
universo simbólico local para refletir sobre o mundo contemporâneo”,
complementa.
Apesar da importância de Artigas na arquitetura nacional e mundial, seu
trabalho ainda é pouco conhecido em sua terra natal. Mesmo assim, entre
projetos, estudos e anteprojetos deixou cerca de 30 obras espalhadas pelo
Paraná, principalmente na capital e em Londrina.
A curadora Giceli Portela conta sobre sua experiência em Curitiba: “O
contato com sua cidade de origem sempre foi permanente. Seja em
reuniões com os parentes, nas temporadas que aqui passou, seja no campo
profissional. Projetou casas para a família e os amigos, além do Hospital
São Lucas, no bairro Juvevê. Em 1962, quando foi implantado o curso na
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Artigas foi convidado para
integrar o corpo docente, mas, com a vida já estabelecida em São Paulo,
declinou o convite. No entanto, apesar da recusa, deu inúmeras palestras e
sua produção influenciou algumas gerações de arquitetos formados na
UFPR”.
A casa paranaense de sua infância foi referência para algumas residências
que o arquiteto projetou na capital paulista, levando paredes de madeira e
lambrequins paranaenses aos projetos. Um reconhecimento do valor e
identidade inicialmente pouco valorizada em Curitiba e que Artigas
apresentou ao resto do país.
O arquiteto se tornou um dos nomes mais respeitados na arquitetura
brasileira do século 20. Dentre os 700 projetos que produziu durante sua
carreira, destacam-se: Edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo; Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães
Prado, em Guarulhos; Passarelas Urbanas; Estádio de Futebol do
Morumbi; clubes; sindicatos e várias casas.
A curadora Maria José Justino analisa: “Falar de João Vilanova Artigas é
mergulhar em um universo múltiplo. Essa exposição busca mostrar o
arquiteto, o artista, o mestre, o político e o cidadão. E, em todas as
perspectivas, Artigas mostrou-se íntegro. É, antes de tudo, um pensador.
Um homem que pensa a sua condição humana, o seu presente, a realidade
de seu país e o seu papel enquanto profissional e cidadão”.
A mostra ocupará duas salas terá um percurso conduzido a partir de uma
cronologia da vida e da obra de Vilanova Artigas, que se distribuirá em
seis núcleos expositivos. O público poderá conferir a exposição até 14 de
fevereiro de 2016.
João Batista Vilanova Artigas – Nascido em Curitiba, em junho de 1915,
João Batista Vilanova Artigas mudou-se para São Paulo e se formou
arquiteto pela Escola Politécnica da USP, em 1937. Foi fundador da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em
1948, na qual liderou, mais tarde em 1962, um movimento para a reforma
de ensino que influenciou outras faculdades de arquitetura no Brasil. Foi
bolsista da John Simon Guggenheim Foundation em 1947. Militante dos
movimentos populares no Brasil, foi perseguido pela ditadura militar,
tendo sido expulso da Universidade em 1969, juntamente com outros
professores brasileiros. Sua obra foi duas vezes premiada
internacionalmente pela União Internacional de Arquitetos - UIA (Prêmio
Jean Tschumi - 1972 e Prêmio Auguste Perret – 1985, este póstumo).
A UNIÃO SOVIÉTICA ATRAVÉS DA CÂMERA
curador: Luiz Gustavo Carvalho and Maria Vragova
nº de obras: 200
local: sala 7
Imprimir
APRESENTAÇÃO
IMAGENS
Museu Oscar Niemeyer recebe mostra de fotos da União Soviética
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe de 16 de julho a 13 de dezembro
de 2015, na sala 7, a exposição União Soviética através da câmera, com
cerca de 200 imagens em preto e branco feitas por seis importantes
fotógrafos da União Soviética.
As fotografias são do período de 1956, ano marcado por dois
acontecimentos bastante contraditórios na União Soviética: Nikita
Khruschev denuncia os crimes cometidos por Josef Stalin, morto em 1953,
e as tropas soviéticas invadem a Hungria - a 1991, quando ocorre
dissolução da União Soviética.
Para retratar este ambiente, os curadores selecionaram obras de alguns dos
mais importantes fotógrafos da URSS: Viktor Akhlomov, Yuri
Krivonossov, Antanas Sutkus, Vladimir Lagrange, Leonid Lazarev e
Vladimir Bogdanov.
A diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika, diz que
é muito significativo receber esta exposição que retrata um importante
momento histórico. “Proporciona aos visitantes notar as semelhanças e
diferenças daquele período em relação ao pensamento contemporâneo”,
afirma.
Os curadores explicam a linha da mostra: “Através do olhar de seis
fotógrafos diferentes, a exposição propõe uma reflexão sobre a vida
cotidiana deste "país fantasma", do Degelo de Khruschev à Perestroika de
Gorbatchev, assim como sobre o papel singular exercido pela fotografia na
sociedade soviética pós-stalinista”.
Sobre os curadores:
Luiz Gustavo Carvalho estudou música e cinema em Viena e em Moscou.
Em 2007, organizou várias turnês musicais junto com os músicos Geza
Hosszu - Legacy e Grigory Alumyan na Europa e no Brasil. Em 2008, foi
o diretor artístico do Château d Orion na França, organizando diversos
concertos de música clássica, discussões filosóficas e exposições
fotográficas. Em março de 2011, apresentou a primeira grande
retrospectiva do fotógrafo Antanas Sutkus na França (Toulouse). Em 2012,
assinou a direção do Festival Artes Vertentes e foi curador da itinerância da
exposição "Antanas Sutkus: um olhar livre" que percorreu o Brasil em
2012-2013 e da exposição "Assim Vivíamos" do Vladimir Lagrange.
Desde 2004, Maria Vragova vem contribuindo como produtora cultural em
diversos projetos. Em 2007, foi responsável por toda a organização dos
eventos dedicados ao aniversário da Catedral Ortodoxa de São Pedro e São
Paulo em Karlovy Vary. Em 2008, organizou a primeira retrospectiva de
Oscar Niemeyer no Museu de Arquitetura de Moscou. Em 2009, participou
na organização do Progetto Argerich, em Lugano. Em 2011 trabalhou na
elaboração do projeto de criação do Cais das Artes na cidade de Vitória, no
Espírito Santo. Em 2012-2013 organizou a exposição "Antanas Sutkus: um
olhar livre" em 16 cidades brasileiras. Realiza a direção executiva do
Festival Internacional de Artes de Tiradentes: Artes Vertentes.
Sobre Vladimir Lagrange:
Nascido em Moscou em 1939. Iniciou, em 1959, os seus estudos de
fotojornalismo na Agência de Imprensa TASS, onde conheceu os
fotógrafos Vasily Egorov e Nikolay Kuleshov, os quais considera seus
primeiros professores; tornou-se fotojornalista pela agência TASS.
Em 1963, fez sua primeira participação em uma exposição internacional
em Budapeste, Hungria, onde foi premiado com a Medalha de Ouro pela
fotografia Pequena bailarina. O ano seguinte iniciou seus estudos de
jornalismo na Universidade Estatal de Moscou Lomonossov. Entre 1963-
1989 atuou como fotógrafo correspondente da revista “União Soviética”.
Durante vários anos, Vladimir Lagrange contribuiu para publicações
nacionais e internacionais, como “Jornal Literário”, “Paris Match”, “Freie
Welt” e “Komsomolskaya Pravda”. Foi um dos 100 fotógrafos escolhidos
para participar do livro “Um dia na vida da União Soviética”.
Vladimir Lagrange recebeu os mais altos prêmios e distinções do seu país,
entre os quais se destaca o “Olho Dourado”, concedido pela União dos
Jornalistas da Rússia. As suas obras integram importantes coleções
fotográficas em diversos museus e centros de fotografia na Europa.
ESPAÇO NIEMEYER
artistas: Oscar Niemeyer
curador: Equipe Técnica MON
local: Subsolo
O Espaço Niemeyer, situado no subsolo do Museu, é dedicado ao arquiteto
Oscar Niemeyer e seus projetos. Nas palavras do arquiteto, são as curvas
que o atraem, por isso a forma circular do espaço, o teto de vidro ao
centro, que ao mesmo tempo serve de piso para o térreo; o arejamento
estrutural com interligação para os corredores laterais nos quatro cantos,
delimitados por duas paredes curvas.
É nesse ambiente de leveza e sobriedade que estão expostas
permanentemente fotos, maquetes e croquis das principais obras de
Niemeyer, desde 1941 até 2002. Em uma das paredes curvas concentram-
se 20 fotos ampliadas, entre as quais estão as primeiras obras realizadas na
década de 1940 como o Cassino da Pampulha, a Casa do Baile e a Igreja
de São Francisco, todas em Belo Horizonte. Vídeos com entrevistas com o
arquiteto, nos quais ele comenta detalhes de alguns dos seus projetos e fala
sobre a sua inspiração e métodos de trabalho são exibidos neste espaço.
PÁTIO DAS ESCULTURAS
artistas: Mostra coletiva
acervo:Museu Oscar Niemeyer
local: Pátio das esculturas
Espaço expositivo ao ar livre, localizado no piso subsolo do museu, onde
estão expostas em caráter permanente 18 obras tridimensionais
pertencentes ao acervo do MON. São obras assinadas por autores
representantes de diferentes movimentos artísticos, como Erbo Stenzel,
Amélia Toledo, Ângelo Venosa, Bruno Giorgi, Emanoel Araújo, Marcos
Coelho Benjamin, Sérvulo Esmeraldo, Tomie Ohtake e Oscar Niemeyer.
Todas as esculturas possuem legenda braile e o toque nas obras neste
espaço está permitido a todos os visitantes.