bpi análise mercados financeiros jan.2014

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Análise Mensal 14 de Janeiro de 2014 Mercados Financeiros Paula Gonçalves Carvalho Agostinho Leal Alves Nuno André Coelho Teresa Gil Pinheiro 2014: ANO DE RETOMA O cenário para 2014 afigura-se prometedor, assente na aceleração do crescimento dos EUA, regresso à expansão (ainda que ligeiro) na zona euro, crescimento confortável no Reino Unido e no Japão. Os mercados emergentes enfrentarão um ambiente externo menos favorável, nomeadamente as economias mais dependentes de fundos externos, dada a trajectória esperada para a política monetária e a expectativa de que em 2014/15 comece a reduzir-se o amplo lençol de liquidez no sistema financeiro global. Este pode ser um risco para o equilíbrio global dado o peso que este grupo de países assume no PIB mundial. No mercado cambial, o euro manter-se-á suportado enquanto a liquidez disponível no sistema continuar a estreitar. Tendência que não favorece a retoma da UEM e que poderá mesmo servir de mote para introdução de novas medidas de cariz acomodatício na região. Em contrapartida, o dólar, que se apreciou em termos médios efectivos ao longo de 2013 (apesar de ter recuado face ao euro), poderá ser adversamente afectado pelas tendências que se antecipam nos fluxos financeiros (as entradas de capitais têm decepcionado e, num cenário de mais crescimento, o saldo da balança corrente tenderá a deteriorar-se) e também pela perspectiva em relação à política monetária e taxas de juro: não se antecipa tão cedo um aumento das taxas de juro reais. Neste contexto, poder-se-á assistir ao teste de máximos na cotação EUR/USD ao longo do primeiro semestre, num intervalo largo, em torno de 1.37. O cariz acomodatício da política monetária manter-se-á nos países desenvolvidos, nomeadamente nos EUA e UEM. Efectivamente, ainda é cedo para perspectivar um regresso à normalização, atendendo, aos desequilíbrios que persistem. A Reserva Federal iniciará a redução de injecção de liquidez em Janeiro, ao ritmo anunciado, e a eventual aceleração do passo estará dependente da verificação de sinais concretos de robustez na economia real (realçamos a importância da tendência da taxa de participação no mercado de trabalho). Por sua vez, o BCE admite a possibilidade de adoptar novas medidas, convencionais ou não. A sua concretização estará dependente dos progressos em retornar a um ambiente financeiro menos fragmentado e do andamento dos indicadores de crescimento e preços. As tendências observadas no início do ano - acesso de empresas da periferia aos mercados de dívida, apetência por dívida soberana dos periféricos e redução do custo de financiamento dos bancos - apontam para a manutenção do actual enquadramento. Todavia, a liquidez no sistema continua a encolher e a evolução cambial configura uma envolvente mais restritiva, sugerindo a possibilidade de introdução de novas medidas. As taxas de juro de longo prazo nos mercados de referência deverão manter a tendência de aumento ligeiro ao longo de 2014, mais significativo nos US Treasuries (10 anos em 3.5% no final do ano) e mais suave nas taxas de benchmark do euro (2.75%). A envolvente de crescimento em aceleração, mas inferior aos valores históricos, persistência de folgas na actividade produtiva e ausência de riscos de inflação, justifica este cenário. No entanto, a sua concretização estará dependente de que se mantenha a firme convicção de que a Reserva Federal não irá antecipar o momento de efectivo aumento dos juros (actualmente esperado para meados/finais de 2015). Nos mercados da periferia europeus, parecem estar reunidas as condições para que o movimento de estreitamento de spreads se consolide, pese embora os riscos políticos reconhecidos. A performance esperada nos mercados de activos com maior risco de investimento associado, designadamente as acções, constitui uma das principais incógnitas para 2014, sobretudo nos EUA, onde em 2013, o mercado registou uma das maiores apreciações de sempre, na casa dos 30%. Por um lado, várias métricas apontam para uma situação de sobre-valorização. Em contrapartida, há também argumentos que justificam optimismo: o crescimento mais sincronizado global tenderá a favorecer o sector empresarial, sustentando um cenário de crescimento dos resultados; a expectativa de manutenção das taxas de juro em níveis baixos e de continuidade das políticas salariais cautelosas, favorece também a situação financeira das empresas; finalmente, o cenário de ampla liquidez, baixa inflação ou receios de deflação e crescimento ainda tímido, sugere a persistência da tendência bulish para estes activos. BPI BPI BPI BPI BPI

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Análise de mercados financeiros

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Page 1: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

ESTUDOS ECONÓMICOSE FINANCEIROS

Análise Mensal

14 de Janeiro de 2014

Mercados Financeiros

Paula Gonçalves CarvalhoAgostinho Leal Alves

Nuno André CoelhoTeresa Gil Pinheiro

2014: ANO DE RETOMA

O cenário para 2014 afigura-se prometedor, assente na aceleração do crescimento dos EUA,

regresso à expansão (ainda que ligeiro) na zona euro, crescimento confortável no Reino Unidoe no Japão. Os mercados emergentes enfrentarão um ambiente externo menos favorável,nomeadamente as economias mais dependentes de fundos externos, dada a trajectória esperadapara a política monetária e a expectativa de que em 2014/15 comece a reduzir-se o amplolençol de liquidez no sistema financeiro global. Este pode ser um risco para o equilíbrio globaldado o peso que este grupo de países assume no PIB mundial.

No mercado cambial, o euro manter-se-á suportado enquanto a liquidez disponível no sistema

continuar a estreitar. Tendência que não favorece a retoma da UEM e que poderá mesmo servirde mote para introdução de novas medidas de cariz acomodatício na região. Em contrapartida,o dólar, que se apreciou em termos médios efectivos ao longo de 2013 (apesar de ter recuadoface ao euro), poderá ser adversamente afectado pelas tendências que se antecipam nos fluxosfinanceiros (as entradas de capitais têm decepcionado e, num cenário de mais crescimento, osaldo da balança corrente tenderá a deteriorar-se) e também pela perspectiva em relação àpolítica monetária e taxas de juro: não se antecipa tão cedo um aumento das taxas de juroreais. Neste contexto, poder-se-á assistir ao teste de máximos na cotação EUR/USD ao longodo primeiro semestre, num intervalo largo, em torno de 1.37.

O cariz acomodatício da política monetária manter-se-á nos países desenvolvidos, nomeadamente

nos EUA e UEM. Efectivamente, ainda é cedo para perspectivar um regresso à normalização,atendendo, aos desequilíbrios que persistem. A Reserva Federal iniciará a redução de injecçãode liquidez em Janeiro, ao ritmo anunciado, e a eventual aceleração do passo estará dependenteda verificação de sinais concretos de robustez na economia real (realçamos a importância datendência da taxa de participação no mercado de trabalho). Por sua vez, o BCE admite apossibilidade de adoptar novas medidas, convencionais ou não. A sua concretização estarádependente dos progressos em retornar a um ambiente financeiro menos fragmentado e doandamento dos indicadores de crescimento e preços. As tendências observadas no início do ano- acesso de empresas da periferia aos mercados de dívida, apetência por dívida soberana dosperiféricos e redução do custo de financiamento dos bancos - apontam para a manutenção doactual enquadramento. Todavia, a liquidez no sistema continua a encolher e a evolução cambialconfigura uma envolvente mais restritiva, sugerindo a possibilidade de introdução de novasmedidas.

As taxas de juro de longo prazo nos mercados de referência deverão manter a tendência de

aumento ligeiro ao longo de 2014, mais significativo nos US Treasuries (10 anos em 3.5% nofinal do ano) e mais suave nas taxas de benchmark do euro (2.75%). A envolvente de crescimentoem aceleração, mas inferior aos valores históricos, persistência de folgas na actividade produtivae ausência de riscos de inflação, justifica este cenário. No entanto, a sua concretização estarádependente de que se mantenha a firme convicção de que a Reserva Federal não irá anteciparo momento de efectivo aumento dos juros (actualmente esperado para meados/finais de 2015).Nos mercados da periferia europeus, parecem estar reunidas as condições para que o movimentode estreitamento de spreads se consolide, pese embora os riscos políticos reconhecidos.

A performance esperada nos mercados de activos com maior risco de investimento associado,designadamente as acções, constitui uma das principais incógnitas para 2014, sobretudo nosEUA, onde em 2013, o mercado registou uma das maiores apreciações de sempre, na casa dos30%. Por um lado, várias métricas apontam para uma situação de sobre-valorização. Emcontrapartida, há também argumentos que justificam optimismo: o crescimento mais sincronizadoglobal tenderá a favorecer o sector empresarial, sustentando um cenário de crescimento dosresultados; a expectativa de manutenção das taxas de juro em níveis baixos e de continuidadedas políticas salariais cautelosas, favorece também a situação financeira das empresas;finalmente, o cenário de ampla liquidez, baixa inflação ou receios de deflação e crescimentoainda tímido, sugere a persistência da tendência bulish para estes activos.

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Page 2: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

2014: ANO DE RETOMA

O que pode correr mal em 2014? Esta é a principalinterrogação a colocar no início de um ano em quea maior parte das previsões tem um carácteroptimista. É um facto que depois do acordo entreDemocratas e Republ icanos para a pol í t icaorçamental nos próximos dois anos, a economianorte-americana está agora mais apta a regressarao seu papel de motor da economia global. Acresceque os EUA são precursores no processo dedesalavancagem, pelo que o sector privado seafigura capaz de desempenhar também o seu papelde alavanca. Em contrapartida, a melhoria daactividade parece estar a assentar primordialmenteno efeito r iqueza gerado pela valor izaçãosignificativa dos mercados de acções. Este poderáser um desafio importante em 2014, sobretudoquando estes efeitos se concentraram numa fatiadiminuta da população, retirando algum do potencialde estímulo ao crescimento. Na Europa, os desafioscontinuam a ser de ordem política, desta vezrelacionados com os resultados das eleições para oParlamento Europeu e os avanços na concretizaçãoda União Bancária.Nos mercados financeiros, as políticas monetáriasdivergentes, consentâneas com real idadesmacroeconómicas distintas e necessidades deactuação no âmbito de políticas económicas tambémdiferentes, serão o principal desafio. Até agora osbancos centrais têm sido bem sucedidos na suapolítica de comunicação: as políticas monetárias,sobretudo nos EUA e Reino Unido, continuarão aprivilegiar o crescimento e dependem do andamentoda informação económica. Na ausência deperturbações inesperadas, as actuais tendênciasdeverão manter-se: aumento da inclinação dascurvas de rendimentos (sobretudo nos EUA, comos 10 anos acima de 3%), com prazos mais curtosancorados; mercados de acções progressivamenteassentes nos fundamentos; commodities podemcontinuar a ressentir-se num ambiente de menorliquidez tendencial e crescimento global aindatépido.

DEPARTAMENTO DEESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS

Paula Gonçalves Carvalho Economista ChefeTeresa Gil PinheiroNuno André CoelhoLuísa Teixeira Felino

ANÁLISE TÉCNICA

Agostinho Leal Alves

Tel.: 351 21 310 11 86 Fax: 351 21 353 56 94Email: [email protected] www.bancobpi.ptwww.bpiinvestimentos.pt/Research

ÍNDICEPág.

Perspectivas Globais e Principais Factores de Risco 03

Principais Mercados: Recomendações 04

ECONOMIAS

ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL? 05EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ 06ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO 09PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO 11ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO 14ÁFRICA SUBSARIANA - CENÁRIO OPTIMISTA EMBORA

RISCOS NEGATIVOS PERSISTAM 16ÁFRICA DO SUL - CRESCIMENTO ANÉMICO ACENTUA

VULNERABILIDADE A CHOQUES EXTERNOS 17ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013 18MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA

AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO 20

MERCADOS

MERCADO CAMBIAL

AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014 22INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO 24

MERCADO MONETÁRIO

ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014 26

MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA

PENALIZADO EM 2014 28

MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA

PROCURA POR RETORNO CONTINUARÁ A FAVORECER O MERCADO 30

MERCADOS ACCIONISTAS

DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL? 31

MERCADO DE COMMODITIES

PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS,OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS 33

PREVISÕES

Economias DesenvolvidasMercados EmergentesPrevisões Económicas do BPI 35

Taxas de CâmbioTaxas de Juro 36

Taxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais 27

Taxas de Câmbio dos Mercados EmergentesTaxas de Juro dos Mercados Emergentes 38

BASES DE DADOS 39

Page 3: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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cto

na e

cono

mia

rea

l e n

a co

nfia

nça

dos

agen

tes

econ

ómic

os. A

ctua

lmen

teas

exp

ecta

tivas

de

aum

ento

dos

jur

os p

elo

banc

o ce

ntra

l dos

EU

A es

tão

de a

cord

o co

m o

cal

endá

rio

suge

rido

pela

Res

erva

Fed

eral

(a

part

ir d

e m

eado

s de

201

5).

. Ri

scos

par

a o

cres

cim

ento

são

neg

ativ

os e

pre

ndem

-se

com

o e

feito

no

cons

umo

priv

ado

da s

ubid

a da

tax

ade

im

post

o pr

ojec

tada

par

a 20

14;

. U

m a

umen

to p

ouco

sig

nific

ativ

o da

res

pect

iva

taxa

cri

ará

um p

robl

ema

de c

onfia

nça

na c

apac

idad

e da

s au

tori

dade

s re

duzi

rem

o d

eseq

uilíb

rio

orça

men

tal.

. Em

sen

tido

desc

ende

nte

salie

nta-

se r

isco

s as

soci

ados

à e

leiç

ões

Euro

peia

s em

Mai

o, c

aso

forç

as p

olíti

cas

mai

s ra

dica

is g

anhe

m t

erre

no,

pond

o em

cau

sa o

pro

cess

o de

con

stru

ção

da a

rqui

tect

ura

do e

uro.

. Em

sen

tido

asce

nden

te d

esta

ca-s

e a

poss

ibili

dade

de

que

o in

vest

imen

to,

que

sofr

eu u

ma

fort

e qu

eda

desd

e 20

07, p

ossa

ter

uma

perf

orm

ance

mai

s fa

vorá

vel,

bene

ficia

ndo

da r

eduç

ão d

a in

cert

eza

e da

nec

essi

dade

de s

ubst

ituiç

ão d

e eq

uipa

men

tos.

. A

subi

da d

os p

reço

s na

hab

itaçã

o pa

rece

indi

ciar

a f

orm

ação

de

uma

bolh

a ne

sse

mer

cado

que

pod

erá

leva

ra

um a

pert

o da

pol

ítica

mon

etár

ia m

ais

cedo

do

que

o an

teci

pado

. D

a m

esm

a fo

rma,

a r

ápid

a re

duçã

o da

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de

dese

mpr

ego

nos

últim

os m

eses

con

trib

ui p

ara

leva

ntar

rec

eito

s so

bre

a es

tabi

lidad

e do

nív

el d

epr

eços

ger

al.

De

fact

o,os

ris

cos

de in

flaçã

o pe

rsis

tem

e p

odem

influ

enci

ar a

s ex

pect

ativ

as p

ara

a ev

oluç

ão d

oní

vel

de p

reço

s no

méd

io-p

razo

, o

que

cond

icio

nari

a a

evol

ução

da

polít

ica

mon

etár

ia.

. Es

tão

sobr

etud

o as

soci

ados

ao

final

do

PAEF

e à

tra

nsiç

ão p

ara

um n

ovo

mod

elo

de f

inan

ciam

ento

do

Esta

do,

asse

nte

no r

ecur

so a

o m

erca

do.

O a

ndam

ento

das

eco

nom

ias

exte

rnas

con

stitu

i um

fac

tor

de r

isco

adic

iona

l, pa

ra a

lém

dos

fact

ores

de

natu

reza

pol

ítica

, ass

ocia

dos

sobr

etud

o ao

res

ulta

do d

as e

leiç

ões

euro

peia

sem

alg

uns

país

es m

ais

frag

iliza

dos

polit

icam

ente

.

. R

isco

s pa

ra o

cre

scim

ento

são

neg

ativ

os e

rel

acio

nam

-se

com

a i

ncer

teza

e v

olat

ilida

de n

os m

erca

dos

finan

ceir

os e

pos

síbi

lidad

e de

red

ução

dos

flu

xos

de c

apita

l di

recc

iona

dos

para

est

as e

cono

mia

s de

riva

da d

eum

a su

bida

das

taxa

s de

juro

nas

eco

nom

ias

dese

nvol

vida

s.

.. O

com

port

amen

to s

erá

dife

renc

iado

, dep

ende

ndo

das

cara

cter

ístic

as in

trín

seca

s de

cad

a re

gião

, num

am

bien

tede

ret

oma

da a

ctiv

idad

e in

dust

rial

glo

bal,

preç

os d

as c

omm

oditi

es c

ontid

os e

am

bien

te f

inan

ceir

o m

enos

acom

odat

ício

no

mun

do d

esen

volv

ido.

. O

s ri

scos

pre

ndem

-se

prin

cipa

lmen

te c

om r

eduç

ão d

os e

stím

ulos

mon

etár

ios

da R

eser

va F

eder

al d

os E

UA,

que

pode

rá a

fect

ar n

egat

ivam

ente

os

fluxo

s de

cap

ital p

ara

as e

cono

mia

s m

ais

vuln

eráv

eis

a ch

oque

s ex

tern

os,

nom

eada

men

te a

Áfr

ica

do S

ul,

desv

alor

izan

do a

s su

as m

oeda

s e

cria

ndo

inst

abili

dade

sob

re o

sis

tem

afin

ance

iro.

A r

eacç

ão d

os m

erca

dos

à re

duçã

o do

s es

tímul

os p

oder

á ta

mbé

m d

ificu

ltar

os p

lano

s pa

ra e

mis

sões

de d

ívid

a in

tern

acio

nal

em v

ário

s pa

íses

da

regi

ão.

. O

cre

scim

ento

pot

enci

al p

erm

anec

e em

mui

tos

país

es li

mita

do p

ela

a au

sênc

ia d

e re

form

as e

stru

tura

is q

uere

solv

am n

eces

sida

des

de i

nfra

-est

rutu

ras

e re

des

rodo

viár

ias

e pe

la b

aixa

qua

lific

ação

e e

leva

da p

obre

zada

s po

pula

ções

.

Page 4: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

4

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014P

rin

cip

ais

Rec

omen

daç

ões

e Fa

ctor

es d

e R

isco

Rec

om

end

açõ

esFa

ctor

es d

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isco

M.

Cam

bia

l

M.

Mon

etár

io

Div

. P

úb

.

Dív

. D

iv.

Acç

ões

Com

mod

itie

s

. O

des

enho

de

um n

ovo

cicl

o em

201

4 po

derá

tra

zer

alte

raçõ

es n

os m

ovim

ento

s da

s m

oeda

s,co

mpa

rati

vam

ente

às

tend

ênci

as d

efin

idas

em

201

3. N

a U

EM,

o es

trei

tam

ento

da

liqui

dez

exce

dent

ária

conf

ere

um s

upor

te s

igni

ficat

ivo

ao e

uro

nest

e in

ício

do

novo

ano

, nã

o ob

stan

te a

s pr

omes

sas

do P

resi

dent

edo

BCE

sob

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ovas

med

idas

de

estím

ulo.

Nos

EU

A, o

afu

nila

men

to e

m p

ersp

ectiv

a da

liqu

idez

e u

ma

mai

orro

bust

ez n

o m

erca

do d

e tr

abal

ho,

deve

m c

riar

pre

ssão

de

subi

da d

os j

uros

no

mer

cado

, m

ais

tard

e. A

ssim

,no

s pr

imei

ros

mes

es p

oder

emos

ver

o E

UR/

USD

evo

luir

de

form

a m

ais

late

ral,

próx

imo

dos

máx

imos

de

2013

, e

tend

o co

mo

refe

rênc

ia m

ínim

a os

1.3

2, d

even

do p

rivi

legi

ar-s

e po

siçõ

es lo

ngas

em

dól

ares

. Co

m u

ma

prog

ress

ão m

ais

rápi

da d

o ta

peri

ng,

poss

ivel

men

to n

o fin

al d

o an

o, o

EU

R/U

SD p

oder

á si

tuar

-se

entr

e 1.

28e

1.30

. A

libra

dev

erá

man

ter

uma

proc

ura

firm

e, t

endo

con

quis

tado

a c

onfia

nça

dos

inve

stid

ores

. Po

r se

utu

rno,

o i

ene

tem

con

diçõ

es p

ara

se m

ante

r de

bilit

ado,

pod

endo

o U

SD/J

PY c

hega

r ao

s 11

0 ie

nes

por

dóla

r.

. As

tax

as E

urib

or e

stab

iliza

ram

fac

e à

tend

ênci

a de

sub

ida

regi

stad

a ao

lon

go d

e D

ezem

bro,

man

tend

o-se

em n

ívei

s m

áxim

os d

esde

Set

embr

o. E

ste

aum

ento

est

á em

cer

ta m

edid

a re

laci

onad

o co

m o

fech

o de

pos

içõe

sca

ract

erís

tico

do

final

do

ano

mas

tam

bém

com

a r

eduç

ão d

o ex

cess

o da

liq

uide

z na

reg

ião.

Ape

sar

dape

rspe

ctiv

a de

mel

hori

a ec

onóm

ica

da r

egiã

o, o

BCE

tem

man

tido

um t

om a

com

odat

ício

, su

geri

ndo

que

asta

xas

deve

rão

perm

anec

er p

róxi

mas

de

zero

ain

da p

or u

m lo

ngo

perí

odo

de te

mpo

. Con

tinua

mos

a r

ecom

enda

ro

finan

ciam

ento

a p

razo

s cu

rtos

(te

ndo

por

base

as

pers

pect

ivas

par

a as

tax

as d

e m

erca

do m

onet

ário

)at

ende

ndo

à es

trut

ura

actu

al d

a cu

rva

de r

endi

men

tos

de c

urto

pra

zo.

. Q

uand

o se

tra

ta d

a de

cisã

o de

apl

icaç

ão d

e fu

ndos

, re

com

enda

m-s

e ap

licaç

ões

de m

édio

/lon

go-p

razo

com

o ob

ject

ivo

de a

prov

eita

r o

prém

io d

e im

obili

zaçã

o de

cap

ital

im

plíc

ito

nas

taxa

s da

s m

atur

idad

es m

ais

long

as.

. A

subi

da d

as y

ield

s ob

serv

ada

em 2

013,

tra

duzi

u um

cen

ário

mai

s fa

vorá

vel p

ara

o cr

esci

men

to,

a re

duçã

ode

ris

cos

disr

upto

res

e ex

pect

ativ

as d

e ev

oluç

ão d

a po

lític

a m

onet

ária

nos

pri

ncip

ais

banc

os c

entr

ais.

Em

2014

, an

teci

pa-s

e a

man

uten

ção

do m

ovim

ento

de

subi

da d

as y

ield

s. N

os E

UA,

o m

ovim

ento

ser

á m

ais

acen

tuad

o, a

ntec

ipan

do-s

e a

poss

ibili

dade

de

que

no p

razo

de

um a

no,

as t

axas

dos

tre

asur

ies

a 10

ano

s se

situ

em e

m t

orno

dos

3.5

%-4

%.

Na

UEM

, as

yie

lds

situ

ar-s

e-ão

num

int

erva

lo e

ntre

2.5

%-3

% n

o m

esm

opr

azo.

. A

dívi

da d

os p

aíse

s da

per

iferi

a co

ntin

uará

a b

enef

icia

r da

pro

cura

de

rent

abili

dade

, nu

m c

enár

io d

e ba

ixas

taxa

s de

jur

o, m

as t

ambé

m d

a co

rrec

ção

de d

eseq

uilíb

rios

mac

roec

onóm

icos

.

. Em

201

4, o

mer

cado

de

dívi

da d

iver

sa m

ante

r-se

-á d

inâm

ico,

ben

efic

iand

o da

per

man

ênci

a de

um

am

bien

tede

abu

ndan

te li

quid

ez,

de b

aixa

s ta

xas

de j

uro

e de

for

tale

cim

ento

dos

bal

anço

s da

s em

pres

as.

Num

cen

ário

mai

s po

sitiv

o pa

ra o

cre

scim

ento

e m

arca

do p

or r

eduç

ão d

a in

cert

eza,

ant

ecip

a-se

um

aum

ento

da

activ

idad

ena

áre

a da

s fu

sões

e a

quis

içõe

s, d

ando

sup

orte

ao

mer

cado

. O

s ac

tivo

s co

m m

enor

qua

lidad

e de

verã

oco

ntin

uar

a be

nefic

iar

da p

rocu

ra d

e re

ntab

ilida

de p

or p

arte

dos

inv

esti

dore

s, m

as o

rit

mo

de e

mis

sões

deve

rá a

bran

dar

face

a 2

013,

que

os p

reço

s pr

atic

ados

se

têm

vin

do a

red

uzir.

. D

epoi

s de

um

201

3 co

m v

alor

izaç

ões

bols

ista

s ex

pres

siva

s, e

sper

a-se

um

ano

pos

itivo

em

201

4, m

as m

ais

mod

erad

o. P

ara

além

do

fulg

or i

nici

al d

a no

rmal

rec

ompo

siçã

o da

s ca

rtei

ras

por

inst

ituc

iona

is e

fun

dos

priv

ados

, o

ambi

ente

eco

nóm

ico-

finan

ceir

o m

ostr

a-se

ago

ra r

enov

ado

com

boa

s ex

pect

ativ

as f

utur

as.

AEu

ropa

, em

par

ticul

ar,

tem

um

pot

enci

al d

e cr

esci

men

to s

uper

ior

devi

do a

o fa

cto

de a

mai

oria

dos

seu

sín

dice

s ai

nda

esta

r lo

nge

de a

nula

r as

cri

ses

bols

ista

s de

200

8 e

de 2

000.

Dev

em-s

e pr

ivile

giar

sec

tore

s qu

eso

frer

am s

igni

ficat

ivas

ree

stru

tura

ções

nos

últ

imos

doi

s an

os e

/ou

que

apre

sent

am p

rese

ntem

ente

um

impo

rtan

te p

lano

de

inve

stim

ento

par

a 20

14 e

ano

s vi

ndou

ros,

abr

indo

per

spec

tivas

de

mai

s cr

esci

men

to:

tecn

ológ

icas

, in

dúst

rias

, fin

ance

iras,

saú

de,

mat

eria

is e

util

ities

.

. Vár

ios

aspe

ctos

con

corr

em p

ara

uma

rela

tiva

esta

bilid

ade

dos

preç

os e

m 2

014:

o m

undo

terá

um

a pe

rfor

man

ceec

onóm

ica

mel

hor,

mas

não

tão

cat

egór

ica

com

o se

pre

via

há a

lgun

s m

eses

atr

ás,

nom

eada

men

te a

o ní

vel

das

econ

omia

s em

erge

ntes

; a

não

exis

tênc

ia d

e si

gnifi

cativ

os c

onst

rang

imen

tos

do l

ado

da o

fert

a, h

aven

dom

esm

o um

a pe

rspe

ctiv

a de

abu

ndân

cia,

ret

iram

pre

ssão

de

subi

da d

e pr

eços

; a

poss

ibili

dade

de

apre

ciaç

ãodo

dól

ar d

imin

uirá

igu

alm

ente

o r

isco

de

esca

lada

dos

pre

ços

das

mat

éria

s-pr

imas

.

. A

evol

ução

do

proc

esso

de

tape

ring

agor

a in

icia

do p

ela

Fed.

Vai

ser

"na

vega

ção

à vi

sta"

de

acor

do c

om a

evol

ução

da

activ

idad

e ec

onóm

ica

em g

eral

, do

mer

cado

de

trab

alho

em

par

ticul

ar.

.Na

Euro

pa,

aind

a há

mui

taca

utel

a no

s di

scur

sos

das

auto

ridad

es,

que

acom

panh

a a

lent

idão

de

cons

truç

ão d

e to

da a

est

rutu

ra q

ue a

juda

afo

rtal

ecer

o e

uro

com

o m

oeda

mad

ura

e cr

edív

el. N

ão s

e de

scar

ta a

pos

sibi

lidad

e de

nov

as m

edid

as d

e es

tímul

o,en

fraq

uece

ndo

a m

oeda

, ca

so a

sua

apr

ecia

ção

ponh

a em

cau

sa a

mel

horia

da

tend

ênci

a qu

e se

ant

evê.

. As

taxa

s de

cur

to p

razo

nos

EU

A, Z

ona

Euro

, Jap

ão, R

eino

Uni

do e

Suí

ça c

ontin

uam

pró

xim

as d

e ze

ro, a

limen

tada

spe

la s

inal

izaç

ão d

o pe

rcur

so f

utur

o (f

orw

ard

guid

ance

) da

s pr

inci

pais

tax

as d

e ju

ro d

irect

oras

. O

ris

co d

e um

aum

ento

sub

stan

cial

não

esp

erad

o da

s ta

xas

de m

erca

do é

red

uzid

o e

esta

rá r

elac

iona

do c

om o

s ef

eito

s de

cont

ágio

da

redu

ção

do Q

E pe

la F

ed e

da

redu

ção

do e

xces

so d

e liq

uide

z na

zon

a eu

ro.

. As

dec

isõe

s de

inve

stim

ento

têm

que

ser

pon

dera

das

pelo

s re

torn

os e

sper

ados

de

inve

stim

ento

em

act

ivos

de

rend

imen

to v

ariá

vel (

acçõ

es,

fund

os d

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Page 5: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

5

ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL?

ECONOMIAS

2013: Depois da grande recessão de 2009 e do ensaio da retoma em 2010, o ano que agora termina é o terceiro em queo crescimento desilude, mantendo-se muito próximo de mínimos históricos. O Fundo Monetário Internacional projecta umaaceleração, de 2.9% para 3.6%, o maior ritmo de expansão desde 2011. 2013 foi ainda caracterizado por revisões em baixado cenário de crescimento económico global, ainda que em menor escala que no passado recente e afectando mais aseconomias emergentes ou em desenvolvimento. Mas, grosso modo, todas as regiões decepcionaram; relembre-se o cenárioda OCDE elaborado há um ano, em que antecipava uma contracção da actividade de 0.1% na região do euro em 2013,comparando com as previsões mais recentes, -0.4%; antecipava-se crescimento de 2% do PIB nos EUA (consensus) quecompara actualmente com expectativas de 1.7%.

Factores de ordem política condicionaram o andamento da actividade, dado que a economia se encontrava aindafragilizada pelo legado da crise financeira de 2007-2008, que impôs a necessidade de desalavancagem e recomposição debalanços, e trouxe fragmentação dos mercados financeiros, sobretudo na Europa, e incerteza acrescida. A ocorrência dediversas eleições em países europeus - com destaque para Itália e Alemanha - e o impasse orçamental nos EUA relativamenteao andamento da política orçamental, tiveram também implicações significativas no fraco desempenho dos principais blocoseconómicos. Recorde-se o braço de ferro entre Democratas e Republicanos que culminou com o encerramento de algunsserviços públicos próximo do final do ano, assim como a aplicação indiscriminada de cortes na despesa pública (Sequestre eShutdown), os quais contribuíram também para a desaceleração observada nos EUA. Finalmente, o anúncio, em Maio, de quea Reserva Federal se preparava para dar os primeiros passos de retirada da actual política de estímulos não convencionais depolítica monetária, marcou a segunda metade do ano, com implicações no andamento dos principais activos financeiros econsequências no sentimento de confiança de famílias e empresas.

Os níveis de desemprego mantiveram-se elevados, embora em alguns casos tenha havido progressos. Todavia,uma das características desta fase do ciclo, no mundo desenvolvido, resulta da menor participação da população no mercadode trabalho, engrossando o número de inactivos. Adicionalmente, um fenómeno transversal é o aumento do desemprego delonga duração, que cada vez pesa mais no número de desempregados havendo mesmo evidência que aponta para umarelação estreita entre o tempo na situação de desemprego e a probabilidade de ser contratado.

Os níveis de inflação desceram nos países desenvolvidos - para tal contribuíram as folgas que persistem naactividade económica, os ajustamentos em algumas economias com peso na dinâmica global, a queda dos preços dascommodities, em particular o petróleo; na região do euro, a apreciação da moeda, nomeadamente no final do ano, tambémdesempenhou um papel de relevo. Assiste-se assim, a um processo que se poderá designar por desinflação. Por enquanto,não se afigura previsível que se possa resvalar para uma situação de deflação, pelo menos na ausência de choques adversosinesperados. Efectivamente, a redução esperada dos hiatos do produto, a recuperação da procura e um mercado laboral maisfavorável ao crescimento, justificam a expectativa de lenta aceleração do ritmo de aumento dos preços ao consumidor.

O comportamento dos preços do petróleo justificaparcialmente a tendência global de desinflação

Comércio Internacional com dinamismo redobradona viragem do ano, sustenta cenário optimista

-2

-1

0

1

2

3

4

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2006 2007 2009 2010 2012 2013

Fonte: Bloomberg

tvh % Baltic Dry Index

0

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Out-12 Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13

-6%-5%-4%-3%-2%-1%0%1%2%3%

IPC EUA (y/y)IPC UEM (y/y)Brent - var. média anual Fonte: Bloomberg

Page 6: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

6

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

2014 - Nos contributos para o crescimento mundialas economias emergentes continuam a destacar-se

Reforça-se tendência de crescimento namanufactura

ECONOMIA GLOBAL - O QUE PODE CORRER MAL?

ECONOMIAS

0.88%0.59%

0.16%0.12%

0.09%0.08%0.07%0.07%0.06%0.06%0.06%0.06%0.05%0.05%0.04%0.04%0.04%

ChinaEUAUEM

IndiaRússiaJapãoBrasil

AlemanhaIndonésia

R. UnidoCoreia

AustráliaMéxico

CanadáArab.Sau.

TurquiaFrança

Fonte: FMI, Calc BPI

PIB Mundial em 2014:

+3.6%

45

47

49

51

53

55

57

59

Jan-13 Mar-13 Mai-13 Jul-13 Set-13 Nov-13UEM Alemanha R.UnidoEUA China

PMI Manufactura

Fonte: Bloomberg

O cenário para 2014 afigura-se auspicioso, assente na aceleração do crescimento dos EUA, crescimento ainda queligeiro na zona euro, expansão confortável no Reino Unido e no Japão. Ou seja, uma parte muito significativa dos principaisblocos económicos estará em melhor situação que no ano transacto. Só os países que constituem a UEM, que pesam cercade 18% do PIB global, deverão gerar um contributo fundamental para a concretização do cenário que agora se desenha,ainda que o produto registe uma expansão modesta. Como é evidente graficamente, caso se confirmem as previsões doFundo Monetário Internacional, a Zona Euro dará o terceiro maior contributo para o andamento da economia global, depoisdos EUA e da China (ver gráfico). O FMI antecipa que o PIB mundial registe uma expansão de 3.6%, e a UEM 1%. Ou seja,a pergunta que se deve colocar é: o que poderá correr mal.

Factores positivos: As políticas económicas continuarão a suportar o crescimento. A liquidez financeira global manter-se-á ampla, embora alguns bancos centrais (Reserva Federal dos EUA e Banco de Inglaterra) devam continuar o processo delenta retirada dos estímulos. A política orçamental deverá assumir um carácter mais acomodatício, sobretudo nos EUA. Naregião do euro, os avanços na arquitectura da União Bancária poderão traduzir-se na melhoria efectiva do ambiente financeironos países mais fragilizados. O final do programa de assistência português constituirá também um teste importante à solidezda actual estrutura e mecanismos existentes na UEM. Finalmente, entre as economias emergentes, a China parece registarestabilização da sua taxa de crescimento em níveis elevados, sugerindo sucesso das autoridades em prosseguir o reequilíbriodos principais motores de crescimento, a favor da procura interna.

Principais riscos: São de destacar os de natureza política, associados às eleições de Maio 2014 para o ParlamentoEuropeu. De facto, em alguns países da periferia, que enfrentam maior esforço de consolidação orçamental e de reajustamentoestrutural, as forças políticas menos conservadoras têm vindo a ganhar espaço, podendo um eventual avanço perturbar oequilíbrio necessário à governação. Esta é uma situação que ocorre na Grécia, um dos países que continua a preocupar emtermos da sua sustentabilidade económica e também quanto à dívida pública.

Os mercados emergentes enfrentarão um ambiente externo menos favorável, nomeadamente as economiasmais dependentes de fundos externos, dada a trajectória esperada para a política monetária e a expectativa de que em2014/15 comece a reduzir-se o amplo lençol de liquidez no sistema financeiro global. Este pode ser um risco para o equilíbrioglobal dado o peso que este grupo de países assume no PIB mundial. Efectivamente, face a uma maior dificuldade definanciamento no exterior, as autoridades monetárias poderão optar por aumentar as suas taxas de juro, impondo umapolítica monetária mais restritiva e forçando a desaceleração da actividade.

Finalmente, importa lembrar que o espaço de actuação das políticas económicas é escasso nos paísesdesenvolvidos. Perante uma tendência generalizada de redução da inflação para níveis excessivamente baixos e face àpersistência de necessidade de ajustamento em economias com peso na dinâmica global, este poderá ser um dos temas aolongo do ano.

Paula Gonçalves Carvalho

Page 7: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

7

ECONOMIAS

EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ

2013 - No ano agora findo, consolidou-se a construção de uma tendência de crescimento mais forte, emboraainda inferior ao observado em épocas passadas. A taxa de crescimento do PIB no 3º trimestre foi revista emalta (de 2.8% para 3.6%, valores trimestrais anualizados), sugerindo que o crescimento anual em 2013 deverásituar-se em torno de 1.7%, inferior ao ritmo registado no ano anterior (2.8%), mas em aceleração ligeira durante oano. A actividade económica foi sobretudo condicionada pelo pendor restritivo da política orçamentalgraças à actuação do "Sequestro", que implicou reduções indiscriminadas na despesa pública. A recomposiçãodos balanços das famílias e aumento da poupança restringiu também o consumo privado e limitou a expansão doproduto.

O consumo privado deverá ter aumentado a um ritmo inferior a 2%, o mais baixo desde 2009. Para este crescimentofraco terá contribuído o andamento do mercado de trabalho, pois apesar da melhoria evidenciada sobretudo nos últimosmeses do ano, esta resultou também do encolhimento da população activa, em grande parte reflectindo o engrossar donúmero de indivíduos desencorajados. A despesa pública sofreu uma contracção pelo terceiro ano consecutivo, em termosreais, contribuindo com cerca de 0.3 p.p. para a limitação do crescimento. O destaque vai para a viragem do ano (2012-13),quando graças aos cortes cegos na despesa (sequestro), os gastos do estado encolheram 6.5% no 4T12 e 4.6% no 1T13,com um impacto decisivo na performance anual do agregado. Entretanto, o investimento deverá ter aumentado cerca de5%, em termos médios anuais, inferior aos valores observados no ano anterior. Também aqui deverá ter ponderado ocomportamento do investimento público, para além da influência da perturbação causada pelo anúncio da proximidade daredução dos estímulos de política monetária, em Maio, com impacto nas taxas de refinanciamento hipotecário e no investimentoem imobiliário bem como no mercado da construção. A procura externa líquida deverá gerar um contributo quase nulopara o crescimento; relembre-se que as exportações pesam apenas cerca de 15% no PIB dos EUA, configurando ascaracterísticas de uma grande economia, fechada.

O mercado de trabalho evidenciou uma tendência de melhoria - a taxa de desemprego desceu mais de 1p.p. para6,7% em Dezembro, o valor mínimo desde finais de 2008; a criação média mensal de postos de trabalho situou-se em cercade 182 mil. Não obstante esta melhoria, dever referir-se o aumento do número de desencorajados e a queda continuada dataxa de participação, como é visível graficamente. Pelo que no detalhe, o mercado de trabalho continua a conferir poucosuporte à actividade.

Crédito e património - as indicações mais recentes relativamente ao andamento dos indicadores deendividamento, crédito e património das famílias, apontam num sentido favorável, sugerindo que a reparação debalanços dos particulares está numa fase avançada. Efectivamente o património financeiro líquido mantém-se emexpansão, tendo aumentado de valores em torno de 270% do PIB em 2009 para 290% no terceiro trimestre de2013. Para tal contribui a valorização dos activos financeiros das famílias no mercado de capitais, mais quecompensando a expansão do financiamento. Por outro lado, a recuperação do crédito a particulares, designadamenteo aumento do financiamento para compra de habitação, constitui também uma boa notícia, devendo potenciar oandamento da actividade económica no futuro.

...mas graças à menor taxa de participação

61.0

62.0

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Jan.08 Jan.09 Jan.10 Jan.11 Jan.12 Jan.13

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Taxa de participação

Taxa de desemprego (ELD)Fonte: Bloomberg, BLS

EUA - Mercado de trabalho melhoraprogressivamente…

-1,000-800

-600-400-200

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Jun-08 Jun-09 Jun-10 Jun-11 Jun-12 Jun-13

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5

6

7

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9

10

11

Variação do Emprego

Taxa de desemprego (ELD) Fonte: Bloomberg

Variação do emprego e taxa de desemprego %

Page 8: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

8

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Cenário para 2014-15 - Em 2014, antecipa-se o retorno a taxas de crescimento em torno de 2.5%. Os principaismotores desta aceleração serão o menor grau de restrição da política orçamental e o reforço da procura pelo sector privado.Para além dos progressos registados no mercado de trabalho, os efeitos riqueza derivados do aumento dos preços doimobiliário e da evolução das valorizações no mercado de capitais, deverão suportar o consumo das famílias. Por sua vez,esta performance deverá estimular o investimento empresarial e o reforço das contratações.

As preocupações em torno da política orçamental foram esbatidas pelo recente acordo entre Democratas e Republicanos,acordo que deverá mitigar o impacto do Sequestro nos próximos dois anos fiscais - 2014 e 2015 - aumentando os níveis dedespesa em USD 23 mil milhões (0.2% do PIB) em relação à legislação actual. Estes novos gastos serão compensados porpagamentos a realizar por utentes de serviços vários (por exemplo, taxas de aeroporto ou aumento dos contributos dosfuncionários públicos para as suas reformas.

Mas o acordo não aborda algumas questões importantes com potencial impacto na actividade, nomeadamente a extensãodo subsídio de desemprego das habituais 26 para 47 semanas. Recorda-se que este alargamento foi activado em 2008 eprolongado várias vezes desde então, tendo expirado em Dezembro passado. Segundo a CBO - organismo do Congresso queacompanha o Orçamento - a extensão ou a reactivação desta medida aumentaria o produto em 0.2 p.p. e o empregopermanente em 200 mil indivíduos. Acresce referir que o acordo alcançado entre Democratas e Republicanos deixa tambémpor resolver algumas questões de fundo, designadamente decisões estruturais relativamente aos sistemas de saúde e desegurança social, sem os quais será colocada em causa a sustentabilidade do sistema. Pelo que a breve trecho poderáregressar alguma especulação e incerteza em torno desta matéria.

Deste modo, apesar das perspectivas positivas, o cenário não está isento de riscos. Nos próximos dois anos, o processode retirada de estímulos pela Reserva Federal poderá também originar perturbações nos mercados financeiros, com impactona economia real e na confiança dos agentes económicos. Actualmente as expectativas de aumento dos juros pelo bancocentral dos EUA estão de acordo com o calendário sugerido pela Reserva Federal (a partir de meados de 2015). Todavia,dados económicos mais robustos ou um aumento da inflação acima do esperado poderão afectar este equilíbrio, causandoaumento das taxas de longo prazo e instabilidade nos mercados financeiros.

ECONOMIAS

EUA - EM FUGA DA ARMADILHA DE LIQUIDEZ

Balanços estão mais saudáveisCrédito a particulares - de regresso ao crescimento

Paula Gonçalves Carvalho

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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ECONOMIAS

ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO

2013 - Depois de sete trimestres de contracção, a economia voltou a registar taxas de crescimento positivas a partir do2T13. O retorno a desempenhos positivos foi extensível a praticamente todas as economias, observando-se apenasdesempenhos negativos em França, Itália e Chipre (no 3T13). Contudo, os ritmos de crescimento observados foram aindadiminutos - +0.3% no 2T13 e +0.1% no 3T13 - e insuficientes para que 2013 não seja ainda determinado por umacontracção de 0.4%, segundo as nossas estimativas. Um dos factores que mais condicionou o crescimento ao longo de 2013foi a debilidade do mercado de trabalho. Embora apresente sinais de ligeira melhoria, a taxa de desemprego ainda seencontra acima dos 12%, sendo que 19.2 mil milhões de pessoas se encontravam ainda desempregadas em Novembro(último dado disponível), ou seja mais 2.4% do que no mesmo período de 2012.

Variação homóloga acumulada entre 4T08-3T13Previsões macroeconómicas do BPI

2012 2013E 2014P 2015P

PIB -0.7% -0.4% 0.9% 1.5%

Consumo privado -1.4% -0.5% 0.5% 0.9%

Consumo público -0.5% 0.3% 0.8% 0.8%

Investimento -4.0% -3.1% 2.5% 4.1%

Exportações 2.5% 1.1% 3.8% 4.5%

Importações -0.9% 0.1% 4.5% 4.9%

Taxa de inflação média 2.5% 1.4% 1.6% 2.2%

Fonte:BPI.

-25%

-20%

-15%

-10%

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PIB

Consum

o

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Consum

o

Púb.

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CF

Export

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Import

.

Fonte: Bloomberg

PMI: em níveis indicativos de expansão daactividade

Taxa de utilização da capacidade instaladaaproxima-se da média de longo prazo

30

35

40

45

50

55

60

65

Mai-10 Dez-10 Jul-11 Fev-12 Set-12 Abr-13 Nov-13

Compósito Manufactura Serviços

Fonte: Bloomberg

65

70

75

80

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Dez-0

0

Dez-0

1

Dez-0

2

Dez-0

3

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4

Dez-0

5

Dez-0

6

Dez-0

7

Dez-0

8

Dez-0

9

Dez-1

0

Dez-1

1

Dez-1

2

Dez-1

3

média de longo prazo: 80%

Fonte: Bloomberg

Cenário para 2014-15: Os indicadores prospectivos de actividade apontam para que a região do euro volte a taxas decrescimento positivas a partir de 2014. Um pendor menos restritivo da política orçamental, que desde 2010 tem vindo aafectar consideravelmente a actividade, e melhorias na envolvente financeira, com sinais de maior disponibilidade paraconcessão de financiamento pelas instituições bancárias e moderação dos custos de financiamento, justificam o cenário maisfavorável para 2014-15. Todavia, o ritmo de expansão será reduzido, já que persiste a necessidade de redução dos níveis deendividamento privado e público e desemprego elevado, limitando o crescimento da procura interna. Antecipa-se assim, umcrescimento moderado, 0.9%, acelerando para 1.5% em 2015. No que respeita à evolução dos preços, a taxa de inflaçãodeverá permanecer muito contida, inferior a 2%. O processo de reajustamento nas economias periféricas e a correspondenteredução dos custos unitários de trabalho contribuem para este quadro. Todavia, o processo de desinflação tem estadotambém presente nos países do centro, reflectindo o andamento dos preços das commodities e a valorização do euro.

Os principais factores de risco são sobretudo de natureza política, associados à eleições Europeias, em Maio, dada apossibilidade de que forças políticas mais radicais ganhem terreno, podendo pôr em causa o processo de construção daarquitectura do euro, sobretudo em alguns periféricos mais frágeis (nomeadamente a Grécia). Não se exclui também apossibilidade de verificação de riscos no sentido ascendente, sobretudo relacionados com uma expansão do investimentomais forte do que a antecipada já que, como se pode observar graficamente, a FBCF foi a componente que maior quebraobservou desde finais de 2007. A materialização deste risco é mais provável na segunda metade do ano, reflectindo por umlado, a redução da incerteza associada aos resultados das eleições para o parlamento europeu, e por outro, o facto da taxa

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10

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

ECONOMIAS

ZONA EURO - PERSPECTIVAS DE RETORNO A CRESCIMENTO

de utilização da capacidade instalada ainda se encontrar 1.5 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo poderáfavorecer, no início do ano, o adiamento de decisões de investimento. Os avanços relativamente à União Bancária serãotambém fundamentais, sendo essencial que se caminhe no sentido de separação do risco do soberano e da banca.

União bancária: na cimeira de Dezembro foram dados passos importante na construção da união bancária, nomeadamenteno que se refere a dois dos seus pilares que são o Mecanismo Único de Supervisão e o Mecanismo Único de Regulação.Relativamente ao primeiro pilar ficou acordado que o BCE assume a supervisão dos bancos sistemicamente importantes nazona do euro no final de Outubro 2014. Até lá deve estar terminada a revisão pelo BCE das regras de avaliação da qualidadedos activos da banca e realizados os stress tests. Relativamente ao segundo pilar, o acordado na cimeira ficou aquém doesperado, podendo revelar-se complexo e pouco eficiente na redução da fragmentação dos mercados e na quebra do eloentre soberano e banca. Deste destaca-se o acordado quanto à composição da Autoridade para a Resolução (AR) e ao FundoÚnico de Resolução (FUR). A AR será responsável pela decisão de liquidação de bancos supervisionados pelo BCE, sendoformada por um director executivo, outros 4 membros a tempo inteiro e um representante de cada um dos países que adereà união bancária. A decisão de liquidação dos bancos não directamente supervisionados pelo BCE continua a ser daresponsabilidade de cada um dos países, a não ser que implique o envolvimento do FUR. Neste caso, a decisão fica sujeita aum conjunto de restrições que poderão tornar o processo complexo e pouco eficiente. Relativamente ao FUR ficou estabelecidoque a sua criação só estará concluída daqui a dez anos. Até lá, o fundo será suportado por contribuições dos sistemasfinanceiros nacionais, até atingir os 55 mil milhões de euros, e não terá responsabilidade solidária, pelo que cada estado sóresponde perante situações de falência verificadas nesse estado-membro. O recurso ao FUR será o último passo na resolução/reestruturação de instituições financeiras: em primeiro lugar respondem os accionistas, em segundo os credores e emterceiro os detentores de depósitos acima dos 100 mil euros.

Paula Gonçalves Carvalho * Teresa Gil Pinheiro

Pilares da União bancária na zona euro

União bancária

Fonte: Paribas, imprensa

Mecanismo

único de

supervisão

(MUS)

Mecanismo

único de

regulação (MUR)

Regras únicas para

a resolução

Fundo comum de

resolução

Autoridade para a

resolução

BCE assume supervisão em Out 2014. Até lá deverão estar completos a

Revisão da avaliação da qualidade dos activos e os stress tests.

As regras comuns para lidar com bancos em dificuldades estarão efectivas a

partir de 01/01/2015.

Entra em vigor em 2025. Até lá fica Estabelecido um periodo de transicção

de 10 anos e cada sistema bancário, em caso de necessidade,continua as ser

apoiado pos fundos nacionais.

Entra em vigor a 01/01/2015 e é formada por representantes nacionais.

Tem como finalidade decidir na recuperação e/ou resolução de bancos em

dificuldades com base nas recomendações do MUS.

Fundo comum

de garantia de

depósitos

Probabilidade de estabelecimento de um regime comum continua a ser

limitado.

Page 11: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

11

PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO

ECONOMIAS

2013: O desempenho da economia portuguesa surpreendeu favoravelmente. Contrariando a generalidade dasprevisões de queda da actividade em mais de 2%, a recessão revelou-se menos profunda, apontando as estimativas parauma queda anual do PIB em torno de 1.6%. Para este desempenho contribuiu o menor ritmo de contracção da procurainterna privada e a continuação de uma boa performance na frente externa, com destaque para as exportações de bens eserviços, cuja quota de mercado no exterior tem vindo a aumentar. O aumento da competitividade, evidente por exemplo noandamento dos custos unitários de trabalho, e o reposicionamento conseguido em alguns sectores de bens e serviçosvendidos ao exterior, beneficiando de atributos para além do preço (o calçado é um dos exemplos), constituem factorescríticos para o andamento das exportações.

Aumentou a capacidade de financiamento da economia portuguesa. No ano terminado em Setembro, a capacidadede financiamento atingiu 1.8% do PIB, consolidando a tendência que já se perspectivara no ano anterior, quando se registoupraticamente equilíbrio. Este é o resultado dos ajustamentos que prosseguem nos vários sectores: as famílias aumentarama sua capacidade de financiamento, as empresas e a Administração Pública reduziram as suas necessidades. Esta é umatendência que tem que ser consolidada no futuro, vindo interromper mais de uma década em que as necessidades totais daeconomia rondavam 10% do produto. Numa outra perspectiva, esta melhoria resulta sobretudo dos progressos registadosna Balança de Bens e Serviços, em grande parte devido ao comportamento das exportações.

A taxa de desemprego continuou elevada, apesar de nos trimestres mais recentes ter decrescido ligeiramente. Emtermos médios anuais, aumentou de 15.7% em 2012 para 16.6% (cenário do BPI). De notar a melhoria evidenciada porvários indicadores relativos ao mercado de trabalho - nomeadamente a taxa de desemprego publicada pelo Eurostat, comcritérios distintos dos do INE, continua a declinar; a informação dos centros de emprego dá conta de aumento da oferta depostos de trabalho - sugerindo que a tendência de declínio ou pelo menos, estabilização, será sustentada pese embora obaixo ritmo de crescimento económico. De referir ainda, pela positiva, o facto da taxa de emprego ter aumentado em 2013,sugerindo inversão da tendência que se verificava antes (ver gráfico); pela negativa, o facto desta melhoria do mercado detrabalho se ficar também a dever parcialmente ao fluxo emigratório líquido.

A taxa de inflação desceu significativamente, de 2.2% para 0.2% estimados, reflectindo a procura interna fragilizada,o movimento de apreciação do euro e a estabilização dos preços dos combustíveis.

Estima-se que, em 2013, a dívida pública tenha aumentado, ainda que menos do que em 2012, devendo terminaro ano acima de 126% do PIB, ainda que em termos líquidos (tendo em conta os activos financeiros do Estado) se deva situarmais próximo dos 118% do PIB. O défice orçamental deverá reduzir-se em 2013, prosseguindo a consolidação estrutural dasfinanças públicas, situando-se próximo da meta estabelecida no PAEF (5.5% do PIB).

Taxa de empregoCenários para 2014

2014 P2012 2013 OE Banco CE

Prev. 2014 de 8/9ªBPI Portugal Rev. BPI EIU

PIB -3.2 -1.6 0.8 0.8 0.8 0.5 0.6

Consumo Privado -5.4 -1.7 0.1 0.3 0.1 0.3 -1.0

Consumo Público -4.8 -2.4 -2.8 -2.3 -2.8 -2.0 -3.5

Investimento (FBCF) -13.1 -7.0 1.2 1.0 1.2 1.5 0.5

Exportações (B&S) 3.2 5.5 5.0 5.5 5.0 3.5 3.6

Importações (B&S) -6.6 2.4 2.6 3.9 2.5 2.2 -0.1

Inflação (média) 2.8 0.2 1.0 0.8 1.0 0.8 0.9

Taxa de desemprego 15.7 16.6 17.7 n.a. 17.7 15.0 16.9

Saldo da AdministraçãoPública (% PIB) -6.4 -5.6 -4.0 n.a. -4.0 -4.0 -4.2

Dívida Pública (% PIB) 123.6 126.9 126.6 n.a 126.7 127.5 131.0

Necessidades Liquidas deFinanc. face ao exterior (% PIB) 0.8 2.5 3.5 3.8 3.6 3.2 2.5

Fonte: Ministério das Finanças, Banco de Portugal, Comissão Europeia, BPI, EIU.

76%

78%

80%

82%

84%

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88%

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1

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2

3T-1

2

1T-1

3

Fonte: INE

%

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12

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO

ECONOMIAS

Desalavancagem prossegue a bom ritmo Capacidade líquida de financiamento aumenta

-20%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

99 01 03 05 07 09 11 Set13*Empresas não financeiras Inst. FinanceirasAdm. Públicas FamíliasTotal

Fonte: INE

%

Nota: (*) 12 meses até Set

Endividamento dos Particulares

9092949698

100102104106108

2007 D

ez

2008 M

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2008 S

et

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ez

2009 M

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ar

2010 J

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et

2010 D

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ar

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et

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2012 M

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2012 S

et

2012 D

ez

2013 M

ar

2013 J

un

2013 S

et

108110112114116118120122124126

% PIB % do RD

% PIB

Fonte: Banco de Portugal

124.5%

114%

%RD

Cenário para 2014-15: Depois de três anos consecutivos de recessão, 2014 marcará o regresso a crescimento daactividade, embora os riscos existam, no sentido descendente. A nossa previsão aponta para uma expansão de 0.5% doproduto, inferior a +0.8% oficiais. Aliás, entre as projecções que compilamos, a previsão do BPI afigura-se a mais conservadora(ver tabela) embora os cenários sejam muito próximos. Antecipa-se que depois de três anos em que a procura internacontribuiu negativamente para o crescimento, ocorra pelo menos uma estabilização ou mesmo uma ligeira expansão. Umaenvolvente de financiamento menos restritiva, que parece querer despontar já em Janeiro atendendo à queda das taxas definanciamento e ao acesso de empresas portuguesas aos mercados externos, e a estabilização ou melhoria do mercado detrabalho, são elementos chave para a concretização deste cenário.

A performance das exportações de bens e serviços é outro dos ingredientes necessários para garantir oretorno a expansão sustentada. Esta é uma questão relevante, dada a função desempenhada pelos sectores de bens eserviços transaccionáveis no processo de ajustamento, minorando as quedas do produto e sustentando a estabilização doemprego. Dada a relevância do contributo das exportações de combustíveis refinados em 2013 - cerca de 70% do crescimentodas exportações de bens - , tirando partido de aumento da capacidade instalada de refinação, revela-se crucial o comportamentodas vendas ao exterior das restantes categorias de produtos. Em particular, seria positivo se as exportações de automóveis(segundo a classificação do comércio internacional por CGE, referente à classe Material de Transporte) retomassem a tendênciade crescimento, pois em 2013 constituíram a única categoria de bens com um contributo negativo para o desempenhoglobal: representam cerca de 15% das exportações e recuaram 7.5% até Novembro (y/y). Dadas as incertezas em tornodesta questão, a nossa previsão para o comportamento das exportações é cautelosa, pese embora a perspectiva para aprocura externa seja favorável, para além do impulso conferido pelos acréscimos de competitividade.

Em 2014 terminará o Programa de Assistência Económica e Financeira. Para a concretização do nosso cenáriocentral, será determinante a transição pacífica do actual Programa de Ajustamento (PAEF) para uma solução assente nofinanciamento do Estado no mercado primário, possivelmente ao abrigo de um programa cautelar. Várias peças deverãoestar presentes para garantir este quadro, incluindo a confirmação dos sinais que agora despontam de crescimento económico;a prossecução da consolidação orçamental, assegurando uma trajectória sustentável da dívida pública; estabilidade política;e ausência de choques exógenos desfavoráveis. O Orçamento de 2014 garante o caminho para uma trajectória de consolidação.O andamento das economias externas e a continuada persistência dos empresários portugueses em alcançar outros mercados,com maior ritmo de crescimento (Norte de África, Angola, América Latina, Rússia…) ou com dimensão acentuada (como sãoo caso dos EUA ou Reino Unido) são também importantes para alcançar o objectivo. Será também determinante a confirmaçãode que a procura interna atingiu um patamar de estabilização, podendo mesmo algumas componentes registar ganhosligeiros (investimento e consumo privado).

A taxa de desemprego deverá estabilizar, em torno de 16.5% reflectindo, por um lado, melhorias efectivas associadasa menor destruição de emprego; por outro reflexo também de uma estabilização esperada da população activa, designadamentepor via de um menor fluxo de emigração e também reflectindo o eventual regresso de desencorajados à população activa,caso o mercado de trabalho consolide os sinais de melhoria.

A taxa de inflação deverá aumentar ligeiramente, para valores próximos de 1%. A estabilização da procura interna,a trajectória esperada para a taxa de câmbio (sobretudo na segunda metade do ano) e o cenário macro global, justificamesta previsão.

Page 13: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

13

Riscos para o cenário estão sobretudo associados ao final do PAEF e à transição para um novo modelo de financiamentodo Estado, assente no recurso ao mercado. O andamento das economias externas constitui um factor de risco adicional, paraalém dos factores de natureza política, associados sobretudo ao resultado das eleições europeias em alguns países maisfragilizados politicamente.

PORTUGAL - 2014 UM ANO DECISIVO

ECONOMIAS

Paula Gonçalves Carvalho

Page 14: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO

2013: Depois de nove trimestres de contracção, o produto espanhol apresentou um crescimento em cadeia de 0.1% noterceiro trimestre, confirmando as expectativas de retorno a uma trajectória de crescimento resultante do esforço de correcçãode diversos desequilíbrios acumulados no período pré-crise. Ponto fundamental da retoma foi o fortalecimento do sectorexportador. Em 2013, as exportações de bens e serviços representavam perto de 40% do PIB, o que compara com níveisligeiramente inferiores a 30% em 2008. Em termos acumulados, entre Janeiro e Setembro de 2013, as exportações de bensavançaram 6.8% face ao mesmo período de 2012, e as de serviços aumentaram 5.3%. O desempenho mais positivo dasexportações resulta em grande parte da melhoria da posição competitiva da economia espanhola, evidente, por exemplo, naqueda de 7.3% dos custos unitários do trabalho entre Março 2009 e Setembro de 2013. De acordo com a OCDE, Espanhaapresentou um ritmo de ajustamento dos custos do trabalho mais acentuado do que os restantes países da periferia (comexcepção do caso irlandês). O fortalecimento das exportações associado aos sinais de que a queda das importações noperíodo da crise - 36% do PIB vs 41% em 2007/08 - resulta não apenas da contracção da procura interna, mas também deum processo de substituição de importações por bens e serviços produzidos internamente, surge como um factor importantena correcção do desequilíbrio externo espanhol. Um estudo do BBVA, aponta para que 42% da queda das importações entre2008 e 2012 se explica pelo efeito de substituição, o que constitui um importante factor de suporte ao contributo positivo daprocura externa para o crescimento e à correcção do desequilíbrio externo, já evidente na evolução do saldo da balança depagamentos. Em Setembro de 2013, a conta corrente+capital apresentava um superavit equivalente a 0.5% do PIB, o quecompara com um défice de 9.6% em 2007. Esta performance, explica-se em grande parte pela correcção do saldo comercialque, de um défice de 6.5% do PIB em 2007, passou a um superavit de 1.6% em Setembro de 2013. Também internamentese acentuaram ao longo do ano os esforços de correcção de desequilíbrios nomeadamente no que se refere à diminuição dosníveis de endividamento do sector privado e recapitalização do sector bancário.

ECONOMIAS

Desalavancagem: endividamento do sector privadoestá a diminuir

Mercado de trabalho: destruição mais moderadados postos de trabalho

Desalavancagem: saldo externo em terrenopositivo

Previsões macroeconómicas do BPI

2012 2013E 2014P 2015P

PIB -1.4 -1.2 1.0 1.8

Consumo privado -2.2 -2.5 0.5 1.5

Consumo público -3.7 -1.5 -1.5 0.5

Investimento -9.2 -6.0 0.5 3

Exportações 3.1 5.0 4.6 5.5

Importações -5 0.0 2.0 5

Taxa de inflação média 2.4 1.4 1.4 1.5

Taxa de desemprego 24.9 26.4 25.4 -

Défice público, % do PIB -10.6 -6.3 -5.8 -4.1

Fonte: BPI.

-100

1020

3040

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00

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25

30

Desemprego, tvh Taxa de desempredo (ELD)

Fonte: Banco de Espanha

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100%120%

140%160%

00

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Jun-1

3

ENF Particulares

Fonte: Banco de Espanha

%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

2000 2005 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Jan-

Sep

13Bens ServiçosRendimento Transf. CorrentesConta de capital cc+ccapital

Fonte: Banco de Espanha, calc. BPI

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

15

Cenário para 2014-15: Após a contracção de 1.2% em 2013 (estimativa BPI), a economia deverá apresentar umcrescimento em torno de 1% este ano e de 1.8% em 2015. A perspectiva de ritmos de expansão moderados, sobretudoquando se compara ao observado nos anos pré-crise, (em torno dos 3%), justifica-se pelo facto dos desequilíbrios ainda nãoestarem totalmente corrigidos. Do ponto de vista da procura interna, o facto do processo de desalavancagem do sectorprivado ainda não estar terminado, a permanência de condições de financiamento ainda restritivas, a fragilidade do mercadode trabalho e a necessidade de manter uma política fiscal que permita a redução do défice orçamental, continuarão a limitaro seu contributo para o crescimento. No que respeita aos níveis de endividamento do sector privado, a desalavancagem estáa ser mais rápida no caso das empresas não financeiras do que nas famílias, o que se justifica pelo facto da dívida dasfamílias estar sobretudo relacionada com crédito à habitação. No sector empresarial o nível de endividamento caiu de 94.7%do PIB em 2009 para 74.2% no primeiro semestre de 2013, o que associado com a redução dos custos, nomeadamenterelacionados com pessoal, a melhoria do sentimento e o impulso vindo da aceleração do sector exportador, deverá traduzir-se em maior propensão ao investimento. A expansão do investimento será sobretudo através da componente maquinaria. Aonível das famílias, espera-se uma ligeira retoma do consumo, tirando partido da melhoria dos níveis de confiança associadosà estabilização das condições no mercado de trabalho e de uma evolução positiva do rendimento disponível associada àpermanência de um cenário benigno para a evolução da inflação e ao facto de se esperar que o serviço da dívida dosempréstimos vivos se mantenha em níveis reduzidos. O sector público deverá manter o esforço de consolidação fiscal deforma a reduzir o défice para 5.8% do PIB (6.3% em 2013).

O sector exportador continuará a ser o principal propulsor da economia: durante o próximo ano, espera-se oreforço do sector exportador, tirando partido de dois factores: i) o fim da desindexação automática dos salários à taxa deinflação, reforçará os ganhos de competitividade da economia espanhola, permitindo a consolidação do comércio internacional;ii) os sinais de recuperação de alguns dos principais parceiros comerciais de Espanha. Estes dois factores tenderão a serrobustecidos pelo efeito de substituição nas importações de bens e serviços, consolidando o contributo positivo da procuraexterna para o crescimento.

Em Janeiro termina o programa de assistência financeira ao sistema financeiro: a avaliação do programa temsido positiva, reflectindo o esforço de recapitalização, evidente na melhoria dos rácios de capital, que no final do primeirosemestre de 2012 já ultrapassavam o mínimo exigido de 9%, sendo que os primeiros dados disponíveis relativos ao terceirotrimestre apontam para o reforço destes rácios. Paralelamente assistiu-se à melhoria das necessidades de financiamento dabanca, beneficiando da redução do stock de crédito nos balanços, mas também do aumento dos depósitos do sector privado.Este facto traduziu-se na queda do rácio crédito-depósitos para 126% em Agosto de 2013, o que compara com 170% noperíodo pré-crise. Também positiva tem sido a redução da dependência de financiamento do Eurosistema. Ainda assim, e deacordo com os credores oficiais, a banca continua a enfrentar desafios importantes, na medida em que o ainda não concluídoprocesso de desalavancagem e a permanência de uma política fiscal com maior pendor restritivo continuarão a pesar naeconomia com efeitos na rendibilidade da banca. Outros desafios a enfrentar pela banca em 2014 relacionam-se com o factode não estar ainda definida a metodologia a seguir na avaliação da qualidade dos activos dos bancos europeus e na realizaçãodos stress tests a realizar em meados do ano.

ESPANHA - 2014 INÍCIO DO CICLO DE CRESCIMENTO

ECONOMIAS

Teresa Gil Pinheiro

Page 16: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

ÁFRICA SUBSARIANA: CENÁRIO OPTIMISTA EMBORA RISCOS NEGATIVOS PERSISTAM

O crescimento económico mantém-se robusto e elevado, apesar de constrangimentos internos em váriospaíses. O conjunto das economias da África Subsariana deverá ter registado um crescimento de 5.0% em 2013, sobretudodevido ao crescimento dos países exportadores de petróleo (6.1%) e dos países de baixo rendimento (6.2%). O cenárioeconómico da região ficou marcado pela reduzida execução orçamental em Angola (3ª maior economia), pelo roubo depetróleo na Nigéria (2ª maior economia) e pelo aumento da insegurança na República Central Africana, factores que constituíramos principais obstáculos a um crescimento mais acelerado da produção local. Por seu turno, o crescimento da África do Sul(maior economia) continua restringido por factores estruturais do lado da oferta, nomeadamente relacionados com a rede deinfra-estruturas e com a baixa qualificação da população, mas também por factores cíclicos, como a redução do investimentoprivado, decorrente da deterioração do contexto externo e redução das medidas de estímulo nos EUA, e a desaceleração docrescimento do rendimento disponível das famílias, o que tem penalizado o consumo interno.

Em 2014, a robustez da procura interna deverá dinamizar o crescimento destas economias. De acordo com asprojecções do FMI, a produção real na África Subsariana deverá aumentar 6.0% no próximo ano em virtude do continuadoaumento do investimento em infra-estruturas e da aceleração das exportações, que beneficiarão de um contexto externomais favorável com a recuperação das economias mais avançadas, principalmente na Zona Euro. Existem também reformasestruturais em curso que deverão ser responsáveis pelo aumento do crescimento potencial em determinados países, destacando-se o plano energético na Nigéria.

As pressões de inflação deverão abrandar no próximo ano, em consequência da quebra dos preçosinternacionais dos bens alimentares e commodities. A tendência de desaceleração da inflação deverá manter-se nospróximos anos, apoiada também pela prossecução de políticas monetárias restritivas. A redução dos estímulos monetáriosda Reserva Federal dos EUA deverá incentivar os bancos centrais a manterem as taxas de juro elevadas por forma acontrariar a saída de fluxos de capital e evitar uma depreciação das moedas dos países mais expostos internacionalmente ecom elevados défices da balança corrente, entre os quais se destaca a África do Sul. A reacção dos mercados à redução dosestímulos poderá também dificultar os planos para emissões de dívida internacional em vários países da região.

ECONOMIAS

Principais indicadores macroeconómicos, África Subsariana 2007-2014

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 E 2014 P

PIB (variação real, %) 7.1 5.7 2.6 5.6 5.5 4.9 5.0 6.0

Dos quais: exportadores de petróleo 9.3 7.2 4.9 6.7 6.1 5.3 6.1 7.7

Dos quais: países de baixo rendimento 6.6 6.3 4.7 6.5 5.7 6.3 6.2 7.0

Investimento (% do PIB) 22.3 22.4 23.2 22.2 21.5 22.6 23.2 23.3

Poupança (% do PIB) 23.8 22.3 20.2 20.8 19.9 19.7 19.4 19.4

Inflação (final de período, %) 8.0 13.2 8.6 7.1 10.1 7.9 6.8 5.8

Importações (variação real, %) 16.5 11.7 -2.2 7.3 9.4 6.1 7.0 6.6

Exportações (variação real, %) 7.3 2.4 -4.4 5.1 4.4 3.5 3.4 6.2

Termos de troca (variação, %) (*) 3.9 6.3 -9.3 10.8 8.1 -0.2 -1.2 -1.3

Saldo orçamental (% do PIB) 1.2 0.8 -5.7 -4.0 -1.3 -2.8 -3.1 -3.0

Dívida pública (% do PIB) 30.0 29.1 32.2 31.8 32.7 32.9 33.9 34.8

Saldo da balança corrente (% do PIB) 1.1 -0.4 -3.1 -1.4 -1.4 -3.0 -4.0 -4.1

Dívida externa (% do PIB) 24.7 22.8 25.8 23.7 23.3 24.9 24.6 -

Serviço da dívida (% do PIB) 5.8 6.3 5.9 4.2 4.1 4.5 4.7 -

Fonte: FMI.Nota: (*) Preço das exportações / preço das importações.

África do Sul e Nigéria compõem 50% da economiasubsariana

África Subsariana entre as regiões com maiorcrescimento

-10

-5

0

5

10

15

05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

Zona Euro África Subs. China

Rússia EUA Fonte: FMINuno André Coelho

Quénia

4%

Uganda

2%

Tanzânia

4%

Etiópia

5%

Gana

4%Angola

6%

Camarões

2%

Nigéria

21%

Outros

24%

África do

Sul

28%

Fonte: FMI

PIB em Paridade do Poder de Compra, 2013 Est.

Page 17: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

17

ECONOMIAS

Nuno André Coelho

ÁFRICA DO SUL - CRESCIMENTO ANÉMICO ACENTUA VULNERABILIDADE A CHOQUES EXTERNOS

O crescimento mais moderado da África do Sul relativamente aos restantes países da África Subsariana temsido determinado pela relativa maturidade dos sectores de actividade (serviços e indústria) mas também porfactores cíclicos e estruturais, relacionados com o crescimento lento do investimento e do consumo privado epela prevalência de necessidades básicas de infra-estruturas. As greves dos trabalhadores, nomeadamente no sectorda indústria transformadora e principalmente no sector automóvel, contribuíram para reduzir a taxa de crescimento homólogada economia para 1.8% no terceiro trimestre de 2013 (no primeiro semestre, a economia tinha crescido 2%). O sectorfinanceiro, de serviços a empresas e do imobiliário mantém-se como o principal sector de actividade económica e principaldinamizador da economia, tendo registado um crescimento homólogo de 3.9%.

O principal desafio da economia em 2014 estará relacionado com a capacidade do sistema financeiro reagirà redução dos estímulos da Reserva Federal dos EUA. Desde que o início da redução dos estímulos foi sinalizado pelaprimeira vez em Maio do ano passado, têm-se registado fortes reduções dos fluxos de capital para a África do Sul, contribuindopara acentuar a desvalorização do rand em cerca de 11% face ao dólar dos EUA e em cerca de 16% face ao euro. Devido àcombinação de elevados desequilíbrios externos com crescimento económico reduzido, elevado desemprego, greves regularese à escala nacional e incerteza em relação à política orçamental, a África do Sul encontra-se entre o grupo dos países maisvulneráveis à alteração da orientação da política monetária dos EUA. De facto, o défice da balança corrente subiu para 6.8%do PIB no terceiro trimestre de 2013 mesmo com o impulso dado pela desvalorização cambial às exportações (entre Janeiroe Setembro, as exportações aumentaram 12.5% face ao mesmo período do ano anterior; no entanto, as importaçõesaumentaram 17.8%) - desde o primeiro trimestre de 2003 que não é registado um excedente da balança corrente.

Apesar da desvalorização cambial, não têm existido fortes pressões inflacionistas que coloquem em risco aestabilidade de preços. De facto, a taxa de inflação anual reduziu-se para 5.5% em Outubro, encontrando-se dentro dointervalo-objectivo do banco central (que procura controlar a taxa de inflação entre 3 e 6%). A relativa imunidade do nívelde preços à desvalorização cambial tem resultado, por um lado da desaceleração do crescimento dos preços internacionaisdos bens alimentares e das commodities, e por outro lado do reduzido ritmo de crescimento da procura interna, da elevadaconcorrência interna e da alteração do padrão de consumo para bens produzidos internamente.

Crescimento da economia ainda inferior aos níveispré-crise

Reduzir o desemprego é um dos principais desafiospara 2014

Elevados défices da balança corrente expõemvulnerabilidade da economia

Desvalorização da moeda acentuou-se ao longo doano

-2

0

2

4

6

2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Fonte: FMI

PIB real (var. %)

52

53

54

55

56

57

58

Set-08 Set-09 Set-10 Set-11 Set-12 Set-13

21

22

23

24

25

26

Participação laboral T. desemprego (ELD)

Fonte: Statistics South Africa

% pop. activa

-10

-8

-6

-4

-2

0

Set-08 Set-09 Set-10 Set-11 Set-12 Set-13

-250

-200

-150

-100

-50

0

B. corrente (ELD) % do PIB

% Mil milhões ZAR

Fonte: Bloomberg

Saldo da balança corrente

6

7

8

9

10

11

Jan-10 Set-10 Mai-11 Jan-12 Out-12 Jun-13

8

9

10

11

12

13

14

15

USD/ZAR EUR/ZAR (ELD)

+39%

+48%

Fonte: Bloomberg

Page 18: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

18

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013

Em retrospectiva, o ano que agora termina deverá ter ficado marcado por uma ligeira desaceleração do ritmo de expansãoda actividade económica em Angola face ao ano passado, sobretudo devido a uma reduzida execução orçamental e àdesaceleração da produção petrolífera. Dado o peso do sector do petróleo (e actividades relacionadas) no PIB, nas receitasorçamentais e nas receitas de exportação, a economia tende a ser bastante reactiva quer a variações do preço (exógeno,definido nos mercados internacionais), quer a variações da produção. Por outro lado, destaca-se o reforço do sistemabancário nacional, com a introdução da nova lei cambial, no âmbito da des-dolarização da economia (o peso dos depósitos edo crédito em moeda em nacional aumentou de 47% e 48% no final de 2007 para 62% e 68%, respectivamente, emNovembro), e o controlo da inflação, que pela primeira vez desceu abaixo dos 8%.

A informação mais recente continua a evidenciar um abrandamento da produção de petróleo face aos valoresobservados no início do ano: entre Setembro e Novembro a produção média diária situou-se em 1.73 milhões de barris.As receitas para o Estado com a exportação de petróleo também foram penalizadas: entre Janeiro e Novembro diminuíramcerca de 10% quando comparadas com o mesmo período do ano anterior. Neste contexto, a economia petrolífera (e, porarrasto, a produção do sector não-petrolífero) deverá ter registado um crescimento menor que o antecipado, pelo quereduzimos a nossa estimativa para o crescimento real do PIB em 2013 em 0.7 pontos percentuais para 4.5%.

Por sua vez, a execução orçamental em 2013 ficou limitada pela reduzida execução das despesas previstasno Orçamento Geral do Estado (OGE), nomeadamente das despesas relacionadas com o Programa deInvestimentos Públicos (PIP). Em contraste com os dois anos anteriores, as despesas do PIP deverão ter ficado 32%abaixo do orçamentado depois de um desvio por excesso (em cerca de 24%) em 2012, o que terá levado a um controlo maisapertado da despesa. Por outro lado, em linha com os anos anteriores, as receitas para o Estado com impostos sobre o sectorpetrolífero deverão ter ficado cerca de 5% acima dos valores orçamentados (embora o desvio deste ano aparente sersubstancialmente inferior aos anos anteriores), sugerindo que o esforço projectado de diversificação da economia tende aser sobrestimado. Da mesma forma, as receitas com o sector não-petrolífero deverão ter ficado num nível 18% inferior aoprevisto no OGE 2013.

ECONOMIAS

Desvios da execução orçamental face ao Orçamento Geral do Estado inicial

Desvio face ao orçamentado Orçamento inicial2010 2011 2012 2013 (*) 2010 2011 2012 2013 2014

(variação) (mil milhões kwanzas)

Receitas 44.1% 40.1% 34.4% -0.8% 3,295.5 3,409.9 3,760.7 4,570.4 4,744.8

Impostos 42.5% 39.9% 35.4% -0.8% 3,094.5 3,235.9 3,564.3 4,401.0 4,540.0

Impostos petrolíferos 71.3% 49.1% 60.3% 5.1% 2,500.4 2,559.9 2,559.9 3,281.8 3,313.1

Impostos não petrolíferos -16.5% 5.1% -28.0% -18.1% 594.1 676.0 1,004.4 1,119.2 1,226.9

Contribuições sociais -6.4% 22.2% 48.7% 0.0% 75.6 73.5 71.7 72.4 165.3

Doações 375.0% -40.0% 700.0% 1500.0% 1.9 3.0 0.2 0.1 0.0

Outras receitas 261.1% 68.9% -3.8% 0.0% 123.5 92.5 124.5 97.0 39.5

Despesas 12.1% 21.3% 23.7% -10.3% 2,779.5 3,112.1 3,500.7 5,021.0 5,375.1

Remuneração dos empregados -17.6% -6.1% -2.8% -7.2% 713.8 933.9 1,060.5 1,296.2 1,369.3

Bens e serviços 24.0% 40.0% 52.6% 28.1% 619.1 736.1 849.6 1,155.6 1,430.7

Juros 18.9% 30.7% -5.3% 42.9% 89.5 72.4 111.4 64.8 127.6

Transferências correntes 113.6% 69.3% 34.9% -99.3% 623.8 546.9 556.9 824.1 746.4

Aquisição de activos não financeiros(principalmente através do PIP) -1.8% 2.9% 24.1% -32.3% 733.3 822.7 922.2 1,680.3 1,701.2

Fonte: BPI, Ministério das Finanças de Angola.Nota: (*) Com base na estimativa preliminar divulgada no OGE de 2014.

Page 19: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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Crescimento da economia deverá desacelerar nospróximos anos

Receitas com exploração de petróleo diminuíramface a anos anteriores

2014 trará consigo novos desafios para o país. Em primeiro lugar, a nova pauta aduaneira começou a serimplementada em Janeiro, o que irá agravar as tarifas sobre os bens importados. As novas tarifas podem atingir os50% nalguns produtos (no caso das cervejas e águas importadas, reflectindo uma subida desta taxa em 20 pontos percentuais,e na importação de automóveis de passageiros, cuja tarifa máxima anterior não excedia os 20%) e tem como objectivoincentivar a produção local. No entanto, dados os constrangimentos do lado da oferta (nomeadamente ao nível das infra-estruturas disponíveis, distribuição de energia e qualificação da mão-de-obra), existe o risco de aumento dos preços finaispara os consumidores, o que tenderá a causar pressões de inflação.

Por sua vez, a produção petrolífera deverá permanecer elevada, mas os contributos para o crescimento daeconomia serão cada vez menores à medida que a produção de aproxima do potencial. A aposta na diversificaçãodo tecido produtivo será determinante para o crescimento de Angola no médio-prazo e para reduzir os níveis de pobreza nopaís. O investimento público continuará a ser essencial para aliviar problemas estruturais na economia, principalmente aonível das infra-estruturas.

Depois de um período de crescimento forte, associado ao esforço de reconstrução e à reposição da capacidade deexploração dos recursos petrolíferos, Angola aproxima-se de um período que se caracterizará por ritmos de expansãomais moderados, mas ainda assim significativos. Este potencial de crescimento assenta, numa primeira análise,no dinamismo e perspectivas de expansão dos sectores petrolífero e de gás natural. As receitas estáveis provenientesdestes sectores deverão permitir que as autoridades prossigam a sua estratégia de estímulo à diversificação económica,resolvendo importantes constrangimentos nomeadamente no que diz respeito à disponibilidade de infra-estruturas. Este éum dos principais obstáculos ao desenvolvimento de outros sectores e que impedem que a economia retire proveito daexploração de outros recursos importantes, nomeadamente no sector agrícola e sector mineiro.

ANGOLA - EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO PENALIZAM CRESCIMENTO EM 2013

ECONOMIAS

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

Mai-11 Nov-11 Mai-12 Nov-12 Mai-13 Nov-13

0

30

60

90

120

150

Receitas Estado Média-móvel 3-m

Preço barrill (ELD)

USD mil milhões USD

Fonte: Ministério das Finanças

Nuno André Coelho

0

4

8

12

16

20

24

2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

Média prev.

%

Fonte: BPI, várias instituições internacionais

Page 20: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

20

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

O anúncio do fim do acordo de paz feito pela Renamo, o principal partido da oposição, adicionou um novodesenvolvimento ao longo conflito com a Frelimo, o partido na oposição. O fim do acordo de paz surge ao fim de 21anos desde o final da guerra civil, em 1992, e constitui um retrocesso no clima de estabilidade política, criando maiorincerteza. Apesar de o desenrolar de uma nova guerra civil ser improvável - a população tem-se manifestando contra odesentendimento político, tendo ainda presente as memórias de devastação causadas pela última guerra civil, e a Renamonão tem condições económicas e militares suficientes para iniciar uma guerra - o investimento estrangeiro deverá serfortemente penalizado, contribuindo para uma desaceleração da economia. De facto, a empresa VTB já tinha anunciado emAgosto que irá cancelar projectos de investimento no país e a empresa Rio Tinto suspendeu temporariamente as exportaçõesde carvão.

O investimento directo estrangeiro (IDE) tem sido um dos principais motores do crescimento de Moçambique nos últimosanos, atraído pela abundância de recursos naturais. Em 2012, o IDE atingiu USD 5.2 mil milhões (em 2010 era ainda deapenas USD 1 mil milhão), correspondendo a cerca de 37% do PIB. Mantendo-se a instabilidade política, a ajuda externa(6.3% do PIB, ou 1/4 das receitas orçamentais), já penalizada pela consolidação orçamental dos países doadores, deverátambém sofrer uma nova quebra. O clima de insegurança que se está a viver actualmente deverá ter um forteimpacto sobre a saída de capital (ou menor entrada de novos fluxos de capital), nomeadamente através de umaredução do IDE e de ajuda externa, que por sua vez deverão provocar uma desaceleração do crescimento daeconomia. O Estado, muito dependente de financiamento externo, também poderá confrontar-se com a necessidade deprocurar fontes de financiamento alternativas.

O crescimento anual do nível de preços permanece controlado em valores próximos de 5%, reflectindoprincipalmente a desvalorização do metical face ao rand sul-africano. Como consequência, o banco central deverá prosseguiruma política monetária relativamente expansionista, procurando dinamizar o crescimento do crédito e da base monetária naeconomia.

No médio prazo, os principais desafios da economia estarão relacionados com a necessidade de resolver oproblema da falta de infra-estruturas adequadas para dar resposta ao potencial de crescimento que tem porbase as vastas reservas de recursos naturais, nomeadamente ao nível de estradas, ferrovias, distribuição e armazenamentode energia, educação e pobreza. Em 2014, o investimento estrangeiro deverá permanecer um dos principais motoresda economia, mas estará dependente de uma melhoria da situação política. Se o clima de tensão se intensificar,mesmo as previsões mais pessimistas de crescimento poderão acabar por se revelar optimistas. A agricultura, pelo peso quetem na economia, também merece especial atenção, podendo continuar um sector muito dinamizador do PIB. De facto, emtermos acumulados até ao final do terceiro trimestre, o PIB (em volume) de Moçambique tinha registado um crescimentohomólogo de 7.0%, impulsionado sobretudo pelo sector dos transportes e comunicações (+1.9% yoy) e pela produçãoagrícola (+1.1% yoy).

A capacidade de gestão dos elevados desequilíbrios externos, que têm surgido como resultado do crescimentodo investimento estrangeiro, estará também em foco ao longo de 2014. O défice da balança corrente, que atingiu36% do PIB em 2012 e deverá ter aumentado para cerca de 40% em 2013, tem sido a contrapartida dos elevados fluxos deinvestimento estrangeiro que têm sido orientados para Moçambique, principalmente para o sector das indústrias extractivas,uma vez que grande parte das importações de mercadorias e serviços surge em resposta a solicitação destes sectores. OFundo Monetário Internacional prevê que o défice corrente volte a aumentar em 2014, para 41.7%.

ECONOMIAS

MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO

Mega-projectos têm contribuido para agravar o déficeda balança corrente

Inflação permanece controlada em taxas inferiores a5%

-6

-4

-2

0

2

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

-40

-30

-20

-10

0

B. comercial B. rendimentosB. transf. corr. B. corrente

% do PIB (ELD)

mil milhões USD %

Fonte: Banco de Moçambique, FMI

0%

5%

10%

15%

20%

Nov-09 Nov-10 Nov-11 Nov-12 Nov-13

Homóloga Média 12 meses (anual)

Fonte: INE Moçambique

Page 21: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

21

ECONOMIAS

MOÇAMBIQUE - INCERTEZA POLÍTICA ADICIONA INCERTEZA AO CICLO DE CRESCIMENTO RÁPIDO

Principais contributos para crescimento anual noprimeiro semestre (6.6%)

Apreciação recente face ao rand contribui para aestabilidade de preços

A exploração dos recursos naturais é neste momento o sector com maior visibilidade, aparentando maiores taxas deretorno. É, no entanto, um sector muito capital-intensivo e com importantes barreiras à entrada (através de custos econhecimento necessário, o que costuma resultar numa situação de monopólio "natural"). Por sua vez, os sectores daindústria transformadora e a agro-indústria também se afiguram bastante atractivos, beneficiando do crescimento demográficoelevado e da agricultura local. Do mesmo modo, os serviços prestados às empresas (contabilidade, auditoria, serviçosjurídicos, etc) deverão também beneficiar do dinamismo do meio envolvente, relacionado com a criação de novas empresase desenvolvimento das já existentes - ou seja, todos os serviços complementares às principais actividades económicasdeverão ver aqui uma fonte de oportunidade. A posição geográfica de Moçambique também faz com que os sectores daspescas e do turismo possam vir a ter elevado potencial para desenvolver a economia local.

Relativamente ao contexto político, a vitória da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) nas eleições municipais deNovembro, surgindo num contexto de elevada tensão política confirmam a influência do partido na esfera política. Noentanto, a vitória do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em três das quatro principais cidades sugere que existeum crescente descontentamento popular com o clima de instabilidade, que não se resume apenas a militantes da ResistênciaNacional Moçambicana (Renamo) - ausente do processo eleitoral em protesto contra o actual método de composição dosórgãos eleitorais - e que poderá reduzir a influência da Frelimo. Os resultados das eleições presidenciais, que decorrem emOutubro do próximo ano, poderão continuar a reflectir o descontentamento com o actual partido no poder, apesar de serexpectável uma vitória confortável da Frelimo.

0.5

0.6

0.6

0.7

1.1

1.9

0 0.5 1 1.5 2

Ind. extraç. mineira

Outros

Comércio

Serv. financeiros

Agricultura

Transp. e comun.

Fonte: INE Moçambique, BPI

pontos percentuais

Contributos para o crescimento acumulado do PIB

(7.0% yoy no 3º trimestre)

26

28

30

32

34

Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

USD/MZN ZAR/MZN (ELD)Fonte: Bloomberg

Nuno André Coelho

Page 22: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

22

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS MERCADO CAMBIAL

AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014

Em 2013 houve clareza nalguns movimentos e tendências cambiais, na maioria dos casos suportados porfactores de mercado igualmente claros e determinantes, mas para 2014 começa a antecipar-se o desenho deum novo ciclo económico-financeiro que poderá trazer alterações no valor das principais moedas. Tendo semprepresente que estamos um mercado altamente volátil e permissivo a qualquer tipo de notícia ou rumor, acredita-se que nuncase esteve tão perto de um cenário de crescimento mundial mais homogéneo e sincronizado desde a crise de 2008, com osprincipais bancos centrais focalizados nas políticas protectoras do crescimento. Neste contexto, o projecto europeu e damoeda única mostra-se agora mais protegido, com o fim da crise das dívidas soberanas de estados-membros da periferiasugerido pelo fim dos programas de assistência financeira à Irlanda e a Espanha, e praticamente concluído o de Portugal. Defacto, o enorme esforço e progresso alcançado permitiu o início do fim da fragmentação financeira na Zona Euro e fezdiminuir os custos de financiamento da periferia, para além de estar igualmente a proporcionar uma melhoria significativa deindicadores económicos e financeiros relevantes.

Assim, depois de ter sobrevivido a diversos choques, a moeda única europeia consolidou em 2013 a suaimportância/posição, terminando o ano com valorizações acumuladas em relação a praticamente todas as moedasmais relevantes. No câmbio EUR/USD, registou-se uma apreciação do euro superior a 4%, tendo sido alcançado o valor de1.3892 (27 de Dezembro), máximo dos últimos 2 anos. Contra a GBP (libra) e o CHF (franco suíço), o EUR conseguiu manteruma relativa firmeza, tendo em conta que foram moedas igualmente com grande procura pelos investidores, sobretudo como objectivo de protecção. Entretanto, foi contra o JPY (iene) que o EUR mais se apreciou ao longo de 2013, mais de 26%, queresultou maioritariamente da fragilidade mostrada pela moeda nipónica devido à implementação pelas autoridades de umapolítica monetária ultra-expansionista. Ao inundar o mercado de liquidez a custos praticamente nulos, beneficiou-se ofinanciamento de aplicações em activos de risco com o objectivo de obtenção de maiores rendimentos (operações de carrytrade) e gerou-se uma situação de moeda sobrevendida através de uma postura de mercado curta em ienes. Neste âmbito,o JPY só poderia depreciar-se, pois os ienes eram automaticamente convertidos em moeda dos activos mais rentáveis, paraalém de ter havido a aposta num movimento de depreciação continuada da moeda. O EUR/JPY, no final do ano, alcançou145.67, valor máximo dos últimos 5 anos.

Do mesmo modo, a política de quantitative easing nos EUA trouxe um dólar fraco que, do ponto de vista dacompetitividade económica, não deixa de ser do agrado das autoridades norte-americanas. Do historial do USDrelativo a 2013 podem-se tirar duas ideias que se complementam: em termos de índice DXY (que mede o valor do USD emrelação a um cabaz de moedas onde se incluem EUR, JPY, GBP, CAD, CHF e SEK), embora tenha ocorrido uma muito ligeirarecuperação no início do ano mas anulada no 2º semestre, não deixa de estar muito próximo dos valores mínimos dosúltimos anos (31 de Dezembro fixou-se em 80.035 pontos, que compara com o mínimo 70.698 de 17 de Março de 2008);contudo, em 2013, o USD apresentou um ganho acumulado de 22% em relação do JPY, assim como +7% e +14% face aoCAD e ao AUD, respectivamente. Assim conclui-se que apesar do dólar ter recuperado algum do terreno perdido paraalgumas moedas, ainda se situa num nível muito baixo em termos de índice, o que confirma a sua situação de moedasubavaliada. De facto, se analisarmos a recente evolução do EUR/USD (que é o principal câmbio do mercado), parece nãoestar reflectida a evidente diferença entre as actuais performances económicas dos EUA e da UEM.

O índice do USD (DXY) está muito próximo devalores mínimos de sempre

As actuais tendências reforçam-se com o euro aapreciar-se e o iene a perder valor para o dólar

Page 23: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

23

MERCADOS MERCADO CAMBIAL

AS ACTUAIS TENDÊNCIAS PODEM NÃO SERVIR PARA 2014

Agostinho Leal Alves

Variação cambial

Abertura Fecho variação02.01.2013 31.12.2013 (%)

EUR/USD 1.3203 1.3745 4.1

USD/JPY 86.67 105.30 21.5

EUR/JPY 114.46 144.63 26.4

EUR/GBP 0.8121 0.8297 2.2

EUR/CHF 1.2082 1.2271 1.6

EUR/SEK 8.5740 8.8474 3.2

EUR/NOK 7.3384 8.3387 13.6

AUD/USD 1.0395 0.8913 -14.3

NZD/USD 0.8274 0.8206 -0.8

USD/CAD 0.9930 1.0620 6.9

Fonte: BPI.

Paridade dos Poderes de Compra

31.Dez.13% SOBRE (+) OU SUB (-)

PPC SPOT VALORIZAÇÃO DO EUR

EUR/USD 1.3233 1.3791 4.21%

EUR/JPY 114.29 144.72 26.63%

EUR/GBP 0.8258 0.8337 0.96%

EUR/CHF 1.2072 1.2276 1.69%

Fonte: BPI.

Libra e franco suíço têm vindo a recuperar algumdo valor perdido para o euro

EUR/GBP (LHS)

0.800

0.830

0.860

0.890

Jan-13 Mar-13 Jun-13 Set-13 Dez-13

1.20

1.22

1.24

1.26

1.28

EUR/CHF (RHS)

Fonte: Reuters, BPI

Em 2014, o mercado cambial irá ser sem dúvida marcado pelo processo de afunilamento da liquidez no sistemanorte-americano. O início e prossecução do processo de redução da liquidez introduzida mensalmente pela Fed (sua maiorou menor velocidade e perspectiva de fim dos estímulos monetários) poderão ser determinantes na volatilidade do valor dodólar em relação às moedas rivais. No início (primeiros meses do ano), o impacto poderá não ser evidente (o mercado jáassimilou o início do tapering), mas acredita-se que ao longo do ano o euro deixará de ter vantagem sobre o dólar. Emboraa situação económico-financeira mais regularizada na Zona Euro possa dar suporte ao euro. Esta afirmação representaigualmente o interesse dos mercados na evolução da actividade nos principais blocos económicos. Face aos parâmetros dosdiversos bancos centrais, mais crescimento deverá trazer aumento da pressão de alteração das actuais condições monetáriase isso irá reflectir-se nos câmbios, na possível e já referida alteração/inversão dos movimentos dos câmbios formados em2013.

Em termos de valores, no 1º semestre, o EUR/USD poderá variar entre 1.32 e 1.42, configurando uma médiasuperior à média de 1.33 alcançada para todo o ano de 2013. No 2º semestre, podemos voltar a ver valores abaixo de1.30. No iene, deveremos assistir à continuação da tendência de perda de valor em relação a dólar e euro, pois o Banco doJapão tudo fará para alcançar o objectivo de inflação pré-definido de 2%. O USD/JPY poderá chegar a 110 ienes por dólar emmeados do ano e depois estabilizar ou mesmo corrigir com o fecho de parte das posições curtas do mercado. Por seu turno,a GBP e o CHF deverão manter a preferência de investidores que procuram de algum modo um valor seguro (à semelhançado que aconteceu em 2013).

Page 24: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

24

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS MERCADO CAMBIAL (moedas emergentes)

INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO

A fuga dos activos dos emergentes já tinha ocorrido com a generalização da crise económica dos últimosanos, mas agravou-se quando, em Maio, Ben Bernanke testemunhou no Congresso dos EUA que a Fed poderiainiciar nos meses seguintes a diminuição das compras mensais de títulos hipotecários e Treasuries no montanteactual global de 85 mil milhões de dólares (programas de quantitative easing iniciados em Setembro de 2012).Com a alteração de expectativas acerca da política monetária norte-americana, a diabolização do início do fim da era da ultraliquidez levou à fuga de capitais e destapou as vulnerabilidades de algumas destas economias emergentes (défices correntessignificativos, sinais de um crescimento económico menos dinâmico e deterioração da situação fiscal). Segundo o Institute ofInternacional Finance (IIF), depois do regresso de capitais privados aos emergentes em 2012, um valor total líquido de 1215mil milhões de dólares (mmd), em 2013 o montante reduziu-se em 153 mmd para 1062 mmd. Para 2014, este institutoprevê um valor ainda menor de 1029 mmd. Em consequência, verificaram-se fortes movimentos de depreciação das moedasem relação ao dólar e ao euro.

No conjunto das principais moedas dos emergentes seguidas (que constam da tabela de variação cambial),em 2013 o peso argentino (ARS) foi a que mais se depreciou relativamente ao dólar, 32.5%, seguindo-se arupia da Indonésia com 26% (INR). A primeira segue um crawling peg definido e a segunda foi das mais prejudicadascom o anúncio da proximidade do fim das medidas de estímulo económico por parte da Reserva Federal norte-americana,pois a Indonésia faz parte da lista dos países emergentes mais dependentes do financiamento externo para fazer face ao altodéfice corrente (estimativa de um saldo negativo de 29.6 mmd em 2013, feita pelo FMI, ou seja, 2.7% do PIB). Nestasituação encontram-se ainda a Índia que, neste grupo, lidera em termos absolutos com um défice de 77.6 mmd (5% do PIB),o Brasil com 74.0 mmd (2.4% do PIB) e a África do Sul com 21.5 mmd a que corresponde 6.3% do PIB. Neste contexto, amoeda sul africana (ZAR) perdeu em 2013 cerca de 24% do seu valor face ao dólar, o real brasileiro (BRL) desvalorizou-se16% e a rupia da Índia (INR) 13%. De referir que nestes países, as respectivas autoridades monetárias encetaram processosde intervenção sistemática no mercado cambial de forma a controlar e mesmo estancar os movimentos de depreciaçãogalopante das suas moedas, com sucesso muito limitado. Destaca-se ainda, nos países da Europa de Leste, a depreciação dacoroa checa (CZK) e do rublo russo (RUB) em 9% e 8%, respectivamente. No caso da República Checa, em Novembro, ogoverno decidiu proceder a uma desvalorização da CZK de modo a permitir que o país ganhe vantagens competitivas econsiga estimular as suas exportações, numa altura em que a inflação se encontra em níveis baixos. Quanto ao rublo é umbom exemplo da perda de valor das moedas de países igualmente ligados à produção de matérias-primas, devido à situaçãode estagnação da procura e de descida de preços nestes mercados.

A moeda chinesa (CNY) foi das poucas que se apreciou perante o dólar, 2.8% na totalidade de 2013,prosseguindo com maior ou menor intensidade a política de valorização gradual e progressiva definida. Paraalém da persistente captação de recursos através do comércio internacional (segundo o FMI, o saldo corrente em 2013 terásido de +223.7 mmd), as reformas financeiras em curso (que, no caso da moeda, terá como um dos principais objectivos amaior internacionalização do yuan e sua maior importância no comércio internacional) e a subida das taxas de juro deverãocontinuar a suportar a actual tendência de queda do USD/CNY.

Variação cambial

Abertura Fecho variação02.01.2013 31.12.2013 (%)

EUR/PLN 4.0735 4.1497 1.9

EUR/HUF 290.50 296.97 2.2

EUR/CZK 25.067 27.332 9.0

USD/RUB 30.5730 32.8900 7.6

USD/BRL 2.0327 2.3618 16.2

USD/ZAR 8.4530 10.4470 23.6

USD/ARS 4.9175 6.5170 32.5

USD/MXN 12.7415 13.0315 2.3

USD/CNY 6.2301 6.0537 -2.8

USD/INR 54.6780 61.8000 13.0

USD/KRW 1065.90 1050.90 -1.4

USD/IDR 9.6500 12.1600 26.0

USD/THB 30.54 32.68 7.0

USD/TWD 29.015 29.815 2.8

Fonte: Reuters, BPI.

O yuan chinês prossegue o processo de apreciação,o rublo russo mostra-se mais fraco face ao dólar

6.00

6.10

6.20

6.30

Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14

29.5

31

32.5

34

USD/CNY USD/RUB Fonte: Reuters, BPI

Page 25: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

25

Rupia da Índia (INR) estável; Rupia da Indonésia(IDR) prossegue tendência de perda

MERCADOS MERCADO CAMBIAL (moedas emergentes)

INVESTIDORES AINDA CÉPTICOS PODEM NÃO REGRESSAR DE IMEDIATO

O real brasileiro (BRL) bem como o peso mexicano(MXN) próximos dos níveis máximos do último ano

11.5

12

12.5

13

13.5

Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14

1.9

2.2

2.5

USD/MXN USD/BRL Fonte: Reuters, BPI

50

55

60

65

70

Jan.13 Abr.13 Jul.13 Out.13 Jan.14

9500

10500

11500

12500

USD/INR USD/IDR Fonte: Reuters, BPI

Espera-se, ao longo dos próximos meses, a atenção redobrada das autoridades políticas e monetárias daseconomias emergentes em relação ao andamento da política monetária dos EUA, principalmente na sua versãonão convencional (a primeira a sofrer alterações comparativamente à convencional). De facto, com o início dotapering da Fed, ficam-se a aguardar os efeitos na globalidade dos mercados financeiros, com especial atenção para osligados às economias emergentes, existindo como meio de comparação a turbulência e fuga de capitais verificada no anopassado. Contudo, acredita-se que muitos dos efeitos já foram descontados nessa altura, entre Maio e Dezembro do anopassado, e que durante esse tempo muitas destas economias em dificuldades tiveram tempo para adequarem as suaspolíticas a situações económico-financeiras mais equilibradas. Com a recuperação económica global em curso, mais manufacturae mais exportações poderão alterar o fluxo de capitais que será, de hora avante, mais selectivo. Países como o México,Polónia, Coreia ou Índia podem estar presentemente menos vulneráveis a choques externos.

Agostinho Leal Alves

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS MERCADO MONETÁRIO

ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014

O ano que passou ficará marcado pela abundância de liquidez no mercado monetário global. Num contexto detaxas de juro nominais próximas do limite inferior de zero, os principais bancos centrais recorreram a medidas alternativasde política monetária como tentativa de reduzir os custos de financiamento e dinamizar as suas economias, ao mesmo tempoprocurando colocar a inflação numa trajectória controlada e sustentada. Com a notória fragilidade das principais economiasmundiais - desde a economia nipónica, ainda a sair da espiral deflacionária que a tem caracterizado ao longo das últimasdécadas, à fragilidade e fragmentação da Zona Euro e à incerteza nos EUA provocada pela discussão da política orçamental(apesar dos recentes avanços, com a aprovação de um programa de despesa para os próximos dois anos) e pelo início daredução dos estímulos monetários - e as taxas de juro nominais já em zero (ou perto), estas economias caíram numaarmadilha de liquidez que apenas pode ser ultrapassada com formas alternativas (a reduções de taxas de juro) para impulsionaro crescimento da massa monetária e incentivar o consumo e o investimento.

Taxas de juro de mercado monetário com pressão de queda/estabilização. Por entre apresentações alternativasde expansões quantitativas (quantitative easing: expansão do balanço, sem alteração da composição dos activos) e/ouqualitativas (qualitative easing: alteração da composição dos activos, com ou sem expansão do balanço) dos balanços dosbancos centrais, as principais taxas de juro mundiais de curto prazo apresentaram uma tendência de queda/estabilização aolongo do ano. Os programas introduzidos no final de 2012, incidindo sobre compras de activos e cedências ilimitadas defundos ao sector bancário, contribuíram para manter uma tendência de queda nas taxas de juro tanto de curto como delongo prazo ao sinalizar ao mercado a presença de um comprador de última instância (buyer of last resort). Do mesmo modo,a sinalização de um percurso para as taxas de juro de referência (forward-guidance), condicionado ou não em valoresobjectivo para variáveis da economia real (a Reserva Federal dos EUA, ou Fed, garantiu que o intervalo objectivo para a taxafed funds não ser irá alterar mesmo quando a taxa de desemprego for inferior a 6.5% e o Banco de Inglaterra (BoE) apenasconsidera subir a taxa bank rate quando a taxa de desemprego descer abaixo de 7%) foi também determinante para manteras taxas do mercado monetário ancoradas em valores próximos de zero ao longo de toda a estrutura da curva.

Taxas de juro directoras restringidas pelo limiteinferior de zero

Expansão dos balanços dos bancos centrais comoresposta à crise financeira

Taxas de curto-prazo permanecem em mínimoshistóricos

Inflação permanece abaixo do objectivo dos bancoscentrais (usualmente 2%)

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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MERCADOS MERCADO MONETÁRIO

ÂNCORA DOS BANCOS CENTRAIS MANTÉM-SE EM 2014

O regresso da política monetária à normalização em 2014 afigura-se pouco provável. Deverá ser esperado ummenor grau de acomodação (menor ritmo de expansão monetária), numa relação quase linear com a recuperação daeconomia real, mas uma contracção da quantidade de moeda no próximo ano seria precipitada e poderia colocar em risco oprogresso alcançado desde que estas economias atingiram o mínimo da sua actividade em 2009. De facto, a transmissão dapolítica monetária à economia real continua limitada por vários factores, impedindo um retorno mais rápido destas economiasa uma trajectória de crescimento sustentado e sugerindo a manutenção das taxas de juro nominais em níveis mínimos porum período de tempo prolongado. Destacam-se os seguintes:

I. A política orçamental continua a ser executada em linha com o ciclo económico (contracção da despesa/aumento dereceita em tempos de recessão), principalmente nos países da zona euro;

II. As taxas de juro reais continuam elevadas quando comparadas com a taxa de juro "natural" (de equilíbrio), apesarde as taxas nominais fixadas pelos bancos centrais se encontrarem perto de zero. Por outras palavras, o retornoesperado de projectos de investimento continua inferior ao custo de obtenção de financiamento, quando medido emtermos reais (ajustado pela inflação);

III. A necessidade de desalavancagem do sector bancário mantém-se como um dos principais obstáculos à concessão deempréstimos;

IV. O crescimento da produtividade dos factores mão-de-obra e capital tem permanecido limitado por ausência dereformas (do lado da oferta) que acelerem os ganhos de eficácia na produção.

Política divergente pode condicionar as taxas de curto prazo. O mercado deverá também estar preparado para asprimeiras divergências da política monetária: cada banco central deverá utilizar a sua política em contra ciclo, pelo que umarecuperação mais rápida nos EUA e no Reino Unido constituirá um desafio adicional para as economias da Zona Euro e doJapão. De um lado, a Fed e o BoE, suportados por uma crescente melhoria das expectativas de crescimento, têm vindo asinalizar uma redução da expansão monetária: o primeiro já anunciou a redução do quantitative easing e o segundo começoujá a restringir o acesso ao programa Financiamento para Empréstimos (Fundig for Lending). Do mesmo modo, a rápidarecuperação da actividade economia britânica tem contribuído para criar a expectativa de que o BoE poderá iniciar o ciclo desubida da taxa de juro directora mais cedo do que o esperado. Do outro lado, o Banco do Japão (BoJ) e o Banco CentralEuropeu (BCE) mantêm um tom acomodatício com o objectivo de garantir uma melhoria sustentada da actividade económicae do nível de preços: o BoJ continua a procurar retirar a economia da espiral deflacionaria com o controlo da base monetáriae o BCE continua a procurar reduzir os níveis de fragmentação monetária dentro da região e o perigo de des-inflação, o queo poderá levar a introduzir operações de financiamento de prazo (MRO - de uma semana - e/ou LTRO - de prazo alargado)condicionadas pela evolução da economia real (por exemplo, garantindo LTRO colateralizadas por empréstimos a sociedadesnão-financeiras) ou a reduzir novamente a refi rate (excluímos a hipótese de um cenário de taxa de depósito negativa pelaincerteza quanto à sua eficácia e pela desestabilização financeira que poderia causar).

Novo paradigma mundial: o sistema financeiro global deverá preparar-se para um novo paradigma, caracterizado pelaredução dos estímulos monetários concedidos ao longo dos últimos anos e que se deverá reflectir num aumento (ligeiro, pelomenos no curto prazo) dos custos de financiamento externo. Conseguir definir o momento apropriado para a redução dosestímulos - fazê-lo demasiado cedo colocará em risco a recuperação das economias locais, fazê-lo demasiado tarde resultaránuma acumulação de desequilíbrios financeiros, distorcendo o custo real dos preços dos activos e desincentivando reformasestruturais no sector, para não mencionar os riscos acrescidos de inflação e que poderão colocar em causa a própriacredibilidade dos bancos centrais - será o ponto central de 2014. A liquidez no mercado monetário deverá continuar abundanteao longo do próximo ano, mas deverão ser esperadas e analisadas em detalhe alterações na comunicação dos bancoscentrais, que poderão sinalizar um regresso mais cedo do que o antecipado à normalização monetária.

Nuno André Coelho

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA

PENALIZADO EM 2014

Mercados desenvolvidos em 2013: as yields dos US Tresuries a 10 anos variaram no intervalo 1.64%-3.0%;comportamento idêntico, mas menos acentuado, foi observado na zona euro, com o Bund alemão, com o mesmo prazo, atransaccionar no intervalo 1.17%-2.04%. O movimento de subida das yields traduziu a consolidação de um cenário maisfavorável ao o crescimento em ambos os lados do Atlântico e a redução da probabilidade de materialização de alguns riscosdisruptores, sobretudo na zona euro. Mas o principal factor por detrás dos movimentos observados no mercado de dívidapública, durante o ano e em particular desde Maio, esteve associado às expectativas criadas em torno do andamento daspolíticas monetárias dos principais bancos centrais, sobretudo da Reserva Federal norte-americana. Em Dezembro, a ReservaFederal anunciou o início do processo de redução do montante de compras de dívida pública e de dívida hipotecária já emJaneiro, (menos 5 mil milhões de dólares (mmd) em cada um dos mercados), para 75 mmd face aos anteriores 85 mmd. Oimpacto do anúncio no mercado de dívida pública foi relativamente moderado, reflectindo o facto desta ser uma decisão quejá vinha a ser antecipada, resultado da boa gestão das expectativas por parte da Fed, mas também o facto da decisão ter sidoacompanhada pelo anúncio da que a taxa dos fed-funds irá permanecer próximo de zero mais tempo do que o anteriormenteantecipado.

Países da periferia em 2013: Nos países da periferia europeia observou-se um movimento de redução dos spreads dadívida face ao Bund alemão, reflectindo uma melhor percepção da qualidade do risco naquelas economias associada àredução dos desequilíbrios nas contas públicas e à correcção dos défices nas contas externas. Este movimento foi especialmenteacentuado na Irlanda - que anunciou uma saída "limpa" do programa de assistência financeira no final de 2013 - e emEspanha, cujas perspectivas de crescimento se fortaleceram nos últimos meses do ano, (também aqui termina, em Janeiro,o programa de assistência ao sistema financeiro). Em Portugal, também se assistiu à redução dos prémios de risco face aoBund para níveis mais próximos dos observados antes da crise politica de Julho, situando-se, actualmente em níveis mínimos(ligeiramente acima dos 350 pontos base).

EUA: Mercado de Dívida Pública

Curvas de rendimentos

UEM: Mercado de Dívida Pública

UEM: Mercados mais afectados

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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Mercados desenvolvidos em 2014: Ao longo do ano, deverá manter-se o movimento de penalização moderada dasobrigações de dívida pública norte-americanas e europeias. A perspectiva de que o crescimento económico se reforçará aolongo do ano, mantendo-se, no entanto, reduzido face aos níveis registados historicamente, a perspectiva de que a inflaçãotambém ficará em níveis reduzidos e o prolongamento do ciclo de políticas monetárias acomodatícias, são factores quesuportam um cenário de subida moderada das taxas de rentabilidade dos títulos de taxa fixa. Nos EUA, o movimento desubida das yields será ligeiramente mais acentuado do que na zona euro, antecipando-se a possibilidade de que no prazo deum ano, as taxas dos Treasuries a 10 anos se situem em torno dos 3.5%-4%. Na zona euro, o movimento de queda dospreços dos títulos de referência tenderá a ser menos acentuado, em linha com o cenário mais moderado de crescimento einflação, antecipando-se a possibilidade de que no final do ano as respectivas yields se situem num intervalo entre 2.5%-3%.Na zona euro, o resultado das eleições de Maio para o parlamento europeu surge como um importante factor de risco,podendo traduzir-se em movimentos pontuais de fuga para a qualidade e maior procura de activos sem risco, beneficiandoa dívida pública alemã.

Países da periferia em 2014: Nestes países, as perspectivas continuam a ser favoráveis, antecipando-se a consolidaçãodo movimento de queda dos prémios de risco exigidos pelos investidores. A procura de rentabilidade tenderá a manter-seactiva ao longo de 2014, favorecendo a redução dos spreads da dívida dos países da periferia. Importa, contudo, terpresente, que a sustentabilidade deste movimento dependerá da capacidade destes países corrigirem os respectivosdesequilíbrios. Nestas economias, salienta-se, já em 2014, o regresso da Irlanda ao mercado com uma emissão de 3.75 milmilhões de euros a dez anos. A colocação da divida foi realizada através de um consórcio de bancos; a yield da operaçãosituou-se em 3.543%. Da mesma forma, o Tesouro português colocou 3.25 mil milhões de euros (cerca de metade dasnecessidades de financiamento por cumprir para 2014) na reabertura de uma OT com vencimento em Junho de 2019. A yieldobtida foi de 4.657%, abaixo da obtida na emissão com o mesmo prazo realizada em Janeiro de 2013 (4.891%). A procurasituou-se em 11 mil milhões de euros, sugerindo por um lado uma avaliação mais positiva do risco-país e por outro,reflectindo maior procura por rentabilidade por parte dos investidores.

Portugal: Em Junho termina o Programa de Assistência Financeira, sendo que até lá ficará definida a modalidade de saída.A hipótese pior, a que atribuímos uma probabilidade mínima de ocorrência, resultaria do facto de Portugal mostrar uma totalincapacidade de se financiar no mercado, tendo por isso de recorrer novamente a credores internacionais. Alternativamente,a finalização do actual programa poderá realizar-se de forma "limpa", à semelhança do decidido pela Irlanda ou com recursoa uma linha precaucionária. No primeiro caso, Portugal incorre numa situação de maior risco, na medida em que ficadeterminado que o país deixa de ser elegível para acesso ao programa de compra de dívida pública pelo BCE, (é condição doBCE que a activação do OMT ocorra apenas no caso dos países sob monitorização da União Europeia, situação que se verificano caso de existência de linha precaucionária). Caso se observe alguma situação que afecte a percepção do risco país, ainexistência de linha precaucionária poderá traduzir-se, num cenário desfavorável, na necessidade do país ter de recorrernovamente a um programa de assistência financeira, possivelmente com condições mais gravosas do que as do anteriorprograma. A existência de uma linha precaucionária não obriga à sua utilização, mas funciona como uma protecção, naeventualidade de se verificarem situações de maior stress, afigurando-se como a opção mais favorável.

PENALIZADO EM 2014

MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA

Teresa Gil Pinheiro

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA

PROCURA POR RETORNO CONTINUARÁ A FAVORECER O MERCADO

Em 2013 aumentou a exposição a risco: A redução dos riscos sistémicos, a abundância de liquidez e o cenário debaixas taxas de juro caracterizou o ano transacto por um acentuado movimento de procura de rentabilidade e consequenteaumento das emissões de dívida diversa, sobretudo por parte de empresas com menor qualidade de risco e com grau deendividamento mais elevado. Tomando como referência o mercado norte-americano, o montante de emissões por parte deempresas com classificação 3-C (inclui empresas com risco elevadíssimo ou mesmo em situação de incumprimento) situava-se em 15.3 mil milhões de dólares (mmd) em Junho, ultrapassando o pico observado em 2007, antes do rebentamento dacrise financeira internacional. Da mesma forma, o volume de emissões por parte de empresas com maior grau de alavancagemfoi 535.2 mmd, muito próximo do observado em 2007 (604.2 mmd). Embora com menor dimensão, o movimento observadona Europa foi idêntico ao dos EUA. O aumento da exposição a risco, justificou a revisão em alta das estimativas para o nívelde incumprimento por parte da IIF de 3% em meados do ano para 9.5% em 2015.

Teresa Gil Pinheiro

Spreads da dívida diversa face ao swap (EUR) -5 a 7 anos

Curva de risco de crédito no prazo de 5 a 7 anos

Emissões de dívida com rating 3-C nos EUA CDS do sector bancário europeu

Perspectivas para 2014: o mercado de dívida diversa deverá manter-se dinâmico, beneficiando da permanência de umambiente de abundante liquidez e de baixas taxas de juro. Num cenário mais positivo para o crescimento e marcado porredução da incerteza, antecipa-se um aumento da actividade na área das fusões e aquisições, dando suporte ao mercado dedívida diversa. O mercado de dívida de menor qualidade deverá manter-se dinâmico, beneficiando da procura de rentabilidadepor parte dos investidores, mas o ritmo de emissões deverá abrandar face a 2013, já que os preços praticados se têm vindoa reduzir.

Dívida nos países da periferia: beneficiando de uma percepção mais positiva da qualidade do risco e redução dos custosde financiamento, várias empresas ibéricas avançaram com emissões de dívida nos primeiros dias do novo ano. Destasdestaca-se em Espanha uma emissão do BBVA de 1000 mil milhões de euros a cinco anos e com um spread de 118 pontosbase (pb) acima do midswap; o Bankia fez uma emissão com o mesmo montante e prazo com um spread de 235 pb acimado título de dívida pública com o mesmo prazo; finalmente o Santander Consumer emitiu 1000 mme a dois anos com umspread de 83 pb acima do midswap. Em Portugal, a EDP e a CGD foram ao mercado emitindo, no primeiro caso 750 milmilhões de dólares a sete anos com um spread de 300 pb acima do midswap; a CGD emitiu 500 mme a cinco anos comspread de 188 pb sobre o midswap.

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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MERCADOS MERCADOS ACCIONISTAS

DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL?

O ano de 2013 foi dos melhores anos bolsistas pós períodos recessivos, num processo liderado pelas bolsasnorte-americanas, cujos índices bolsistas alcançaram níveis recorde. Retirando a excepcionalidade da performancedo índice nipónico NIKKEI 225 (dadas as extraordinárias condições económico-financeiras existentes no país - deflação etaxas de juro muito perto do zero - as bolsas do Japão foram uma solução de investimento interno), os índices NASDAQ, S&P500 e DJI fecharam o ano com ganhos acumulados de 35%, 30% e 27%, respectivamente. Se o NASDAQ alcançou valoresmáximos dos últimos 13 anos e meio (ainda não anulou por completo a crise das tecnológicas dos anos 2000/2001), tantoo S&P 500 como o DJI registaram novos níveis máximos de sempre. Não deixam de ser valores impressionantes, que foramseguidos de forma mais modesta pelos índices europeus. O DAX alemão foi dos índices da Zona Euro que mais se aproximouda performance dos índices norte-americanos, com uma valorização no ano de 24% e alcançando igualmente patamaresrecorde e deixando para trás as crises anteriores. O índice europeu EUROSTOXX teve um ganho de 17% e foi acompanhadopor idêntica performance dos índices ibéricos - IBEX 35 e PSI 20 com ganhos de 19% e 15%, respectivamente. Contudo,estes índices estão muito longe dos níveis atingidos antes das crises bolsistas de 2000/2001 e de 2008, embora tenham tidouma óptima performance em 2013.

Variação dos Índices Bolsistas

02.01.2013 31.12.2013 var. %

DJI 13,104.30 16,576.66 26.5

S&P 500 1,426.19 1,848.36 29.6

NASDAQ 3,091.33 4,176.59 35.1

NIKKEI 225 10,604.50 16,291.31 53.6

SZSE (China) 3,302.79 3,160.90 -4.3

BOVESPA 60,990.34 51,507.16 -15.5

EUROSTOXX 2,659.79 3,109.00 16.9

DAX 7,689.46 9,552.16 24.2

CAC 40 3,702.66 4,295.95 16.0

IBEX 35 8,337.90 9,916.70 18.9

PSI 20 5,721.19 6,558.85 14.6

Fonte: ThomsonReuters, BPI

Índices americanos lideram movimento de alta,arrastando a Europa; Emergentes em contraciclo

PSI20 rouba a dianteira ao IBEX35 e acentuatendência de subida

Tanto o índice DJI como o EUROSTOXX50 acentuamganhos, num ambiente económico favorável

Actualmente existe um sentimento de mercado, ainda ligeiro e pouco motivador em termos de acção geral dosinvestidores, que alerta para o facto de nos podermos estar a movimentar para territórios que podem já serconsiderados de bolha especulativa (concretamente nos EUA). De facto, os índices bolsistas estão em níveis máximos,mas existem áreas e sectores que ainda podem ser considerados baratos no contexto do novo ciclo económico em formação,concretamente ao nível das economias avançadas. De facto, não é difícil constatar que as condições de suporte do bullmarket permanecem e, em termos de Analise Técnica, as tendências e ciclos de subida mantêm-se para já intactos. Aperspectiva de um crescimento económico mais global e sincronizado dá suporte às bolsas, pois é boa notícia em termos deganhos acrescidos para as empresas que estão a aumentar as suas margens de lucro. Do lado das condições favoráveis àcompra de acções nos dois lados do Atlântico permanece o facto de as taxas de juro poderem permanecer em níveis mínimosdurante mais algum tempo. Os riscos surgem do lado das economias emergentes, que podem vir a falhar as metas de

99.80

100.00

100.20

100.40

100.60

Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14MSCI Mundo MSCI EmergentesMSCI Europa MSCI América Norte

Fonte: ThomsonReuters

base 100 =Jan 10

99.80

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100.00

100.10

100.20

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Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14

IBEX 35 PSI 20 Fonte: ThomsonReuters

base 100 =Jan 12

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100.10

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100.30

Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14DJI EUROSTOXX 50

Fonte: ThomsonReuters

base 100 =Jan 12

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

MERCADOS ACCIONISTASMERCADOS

DEPOIS DE UM ANO FANTÁSTICO, UM ANO NORMAL?

Agostinho Leal Alves

crescimento, investimento e comércio (recorde-se que embora as taxas de crescimento sejam altas para estas economias, asprincipais organizações internacionais têm revisto em baixa o crescimento para este ano).

Perante a situação diferenciada dos índices bolsistas nos EUA e na Europa, assim como do valor bolsista dosdiversos sectores, o investimento nas bolsas europeias poderá tornar-se um desafio mais empolgante e rentável.De facto, quando se comparam preços, em termos de índices, confirma-se que os europeus estão mais baratos e são maisatractivos em termos de potenciais ganhos futuros. Por outro lado, perante a incontornável alteração do quantitative easingnorte-americano, que irá atravessar todo o ano de 2014 e prolongar-se, uma redução mais agressiva da liquidez (porexemplo, na segunda metade do ano em vez de uma redução dos actuais 10 mil milhões de USD de recompra de obrigaçõeshipotecárias e de Treasuries poderá passar-se para menos 20 mil milhões de USD) levará provavelmente a uma maiorcontenção do investimento em activos americanos de maior risco. Neste caso, as bolsas europeias poderão não ser tãoafectadas e servir mesmo de investimento alternativo. No entanto, deve-se realçar que o início do tapering já está descontadode forma positiva pelo mercado.

Em termos globais, um novo ano traz sempre renovado interesse nas primeiras semanas devido a uma normal requalificaçãodas carteiras da grande maioria dos institucionais e fundos privados, traduzindo-se numa envolvente bastante afirmativa.Neste contexto, na Ibéria reapareceu o interesse dos investidores, confirmando-se a actual tendência de subida do IBEX 35e do PSI 20. A acalmia da crise das dívidas soberanas dos estados-membros, terminados os processos de resgate de Irlanda,Espanha (só sector financeiro) e Portugal, a confiança está a ser restaurada e permite captar investimento adicional. Acresceque também nestes países o novo ciclo económico estará a emergir, confirmado pelos recentes dados económicos divulgados.

Para a recomposição de carteiras, ou na definição de estratégias para novas entradas em novos papéis, ossectores a privilegiar são: tecnologias, indústrias, financeiras, saúde, materiais e utilities. Face ao cenário previstode confirmação da retoma económica, está a dar-se importância a sectores que acabaram por sofrer reestruturações nosúltimos dois anos e/ou que apresentam presentemente um importante plano de investimento para 2014 e anos vindouros,abrindo perspectivas de mais crescimento. O sector da energia já não se mostra tão atractivo devido à performance neutralou negativa dos preços no mercado e devido ao facto de não haver qualquer tipo de constrangimento do lado da oferta,comparativamente a situações do passado.

Page 33: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES

PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS, OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS

Do confronto entre as diversas perspectivas para a evolução destes mercados em 2014 realçam-se trêsimportantes ideias: o mundo terá uma performance económica melhor em 2014; a não existência de significativosconstrangimentos do lado da oferta, havendo mesmo uma perspectiva de abundância, retiram pressão de subidade preços; a possibilidade de apreciação do dólar diminuirá igualmente o risco de escalada dos preços dasmatérias-primas em 2014. De facto, quando se analisa os relatórios da Primavera e de Outono do FMI, nota-se umarevisão em baixa das projecções de crescimento para 2014, embora o cenário para o novo ano que agora se inicia seja bemmais promissor, depois de 2013 ter de algum modo decepcionado. Estes novos dados confirmam igualmente que as economiasavançadas vão regressar ao ciclo de crescimento e que as economias emergentes poderão perder algum dinamismo (ao nívelde importações e exportações a revisão em baixa do FMI foi significativa). Neste âmbito, deve-se constatar dois aspectosrelativamente às duas principais economias do mundo, que são igualmente os principais produtores e consumidores dematérias-primas: os EUA irão intensificar e consolidar o arranque económico; a China terá dificuldades em ultrapassar a taxade crescimento de 2013 e está longe das taxas de um passado recente (taxas anuais na ordem dos 9% versus as actuais querondam os 7%, ainda assim das maiores do mundo). Quanto à produção, desde o petróleo aos bens alimentares, passandopelos metais base para a indústria, tudo indica que a oferta se irá manter em níveis máximos dos últimos anos. Entretanto,existe a perspectiva de maior firmeza do dólar face a moedas rivais, reflexo do início da retirada de liquidez no sistema norte-americano por parte da Fed ao longo do ano.

Segundo a tabela de variação dos preços das principaiscommodities apresentada (analisam-se os preços queconsideramos mais significativos), o preço do milho é oque mostra um decréscimo acumulado mais significativoem 2013, -39%, seguindo-se o preço do ouro com umavariação de -29%. O preço do trigo também acabou porcair cerca de 20%. Ou seja, tanto os preços dos cereaiscomo dos metais preciosos desenharam tendências de quedaao longo do último ano, embora por motivos diferentes. Noscereais, as colheitas de 2013 ultrapassaram as expectativase, no caso do milho e da soja nos EUA (maior produtor mundial)deverão ter sido alcançados valores recorde - +29% no milhoe +8% na soja em relação à produção de 2012, a quecorresponde mais de 14.0 e de 3.26 mil milhões de bushels,respectivamente, alcançando-se altas produtividades. Nestecontexto, perante a ausência de procura que compensasse,os preços reflectiram esta abundância, que foi sendosucessivamente confirmada pelas notícias do estado dasplantações ao longo do período.

No caso do ouro, a antecipação de alterações de cicloeconómico-financeiro no mundo, nomeadamente peloarranque nas economias avançadas, com a respectivapressão de subida das taxas de juro e perspectivasfuturas de alteração das condições de liquidez, assimcomo a diminuição do risco global nos mercados, temacentuado a saída dos investimentos no ouro que, naactual conjuntura, foi perdendo o seu estatutoprivilegiado de refúgio. No final de Junho, a onça troyregistou o valor mínimo de 1180 dólares, num mercadoassustado com o anúncio do tapering da Fed, patamar de preçoonde se encontra actualmente após um movimento decorrecção anterior.

Em 2013, o preço do petróleo tanto no mercadoamericano (WTI) como no mercado europeu e do MédioOriente (Brent) evoluiu praticamente sem tendênciadefinida ao longo do ano, embora mantendo a habitualvolatilidade diária. Os actuais valores ainda estão longe dosníveis máximos alcançados em Julho de 2008, imediatamenteantes da crise do subprime nos EUA, embora seja evidenteuma evolução sustentada desde então. Os valores mínimos emáximos do ano, no WTI e no Brent foram 85.61/112.24 e96.75/119.75 dólares o barril, respectivamente (no WTI houve

Variação dos preços das principais commodities

usd 2-Jan-13 31-Dez-13 %

Crude (WTI) 93.12 98.42 5.7

Crude (Brent)) 111.50 110.80 -0.6

Gás natural 3.23 4.23 30.8

Cobre 373.60 339.65 -9.1

Ouro 1,688.80 1,202.30 -28.8

Platina 1,565.10 1,371.10 -12.4

Milho 690.75 422.00 -38.9

Trigo 755.25 605.25 -19.9

Soja 1,405.50 1,312.50 -6.6

Fonte: Bloomberg, BPI.

O preço do ouro desenhou uma tendência de queda

1100

1200

1300

1400

1500

1600

1700

1800

1900

Jan-12 Jun-12 Nov-12 Abr-13 Set-13

Fonte: Reuters, BPI

usd

Petróleo - evolução da procura e da oferta

86

87

88

8990

91

92

93

94

1T12 4T12 3T13 2T14

Procura Oferta

milhões barris dia

Fonte: AIE

Page 34: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

34

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

PESANDO A OFERTA E PROCURA PREVISTAS, OS PREÇOS DEVERÃO MANTER-SE ESTÁVEIS

MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES

Em 2014, o Mundo cresce mais mas o FMI reviu embaixa as suas projecções face às anunciadas em Julho

Dif. Proj. Jul. 20132013 2014 2013 2014

Mundo 2.9 3.6 -0.3 -0.2

Econ. Avançadas 1.2 2.0 0.0 0.0

EUA 1.6 2.6 -0.1 -0.2

Zona Euro -0.4 1.0 0.1 0.0

Japão 2.0 1.2 -0.1 0.1

Econ. Emergentes 4.5 5.1 -0.5 -0.4

Rússia 1.5 3.0 -1.0 -0.3

China 7.6 7.3 -0.2 -0.4

Índia 3.8 5.1 -1.8 -1.1

Brasil 2.5 2.5 0.0 -0.7

México 1.2 3.0 -1.7 -0.2

África do Sul 2.0 2.9 0.0 0.0

Vol. com. mundial (bens e serv.) 2.9 4.9 -0.2 -0.4

Importações

Econ. Avançadas 1.5 4.0 0.1 -0.2

Econ. Emergentes 5.0 5.9 -0.9 -1.4

Exportações

Econ. Avançadas 2.7 4.7 0.3 0.0

Econ. Emergentes 3.5 5.8 -0.7 -0.5

Fonte: FMI - projecções de Outubro de 2013.

Relativa estabilidade dos preços do Brent e WTI

70

80

90

100

110

120

130

Jan-12 Mai-12 Set-12 Jan-13 Mai-13 Set-13

WTI BrentFonte: Reuters, BPI

usd

Agostinho Leal Alves

uma variação de preço de 26.6 dólares e no Brent de 22.42 dólares). O consumo total de crude em 2013 foi ligeiramentesuperior ao verificado em 2012, 91.2 milhões de barris por dia (mb/d) versus 90.0, e a Agência Internacional de Energia(AIE) espera uma média de 92.4 em 2014. Mas a oferta foi sempre superior (acima dos 92 mb/d), com 34% da produçãoconcentrada em 3 países: Rússia, 10.85 mb/d; EUA, 10.58 mb/d; Arábia Saudita, 9.84 mb/d. A tendência crescente deprodução nos EUA (devido à importância e maior contributo do crude obtido através do xisto) faz antever que nos próximosanos este país pode vir a tornar-se no maior produtor mundial e ganhar a independência energética.

Quanto ao gás natural, embora a sua produção sejacrescente, a sua utilização tem vindo igualmente a subir,devido ao facto de estar a ser encarada como uma novageração de energia com o adicional de ter custosmenores. Em resultado da maior penetração desta fonteenergética, os preços em 2013 subiram cerca de 30%,contrariando tendências anteriores de descida ou estabilizaçãodos preços.

Os metais base considerados, por seu turno, viram osseus preços reduzirem-se entre 8% e 19% - Níquel, -19%; Alumínio, -14%; Cobre, -9%; Zinco, -8%. Ao longodo ano, a atenção esteve centrada na procura da China, que não foi suficiente para suportar os preços (a China tem grandeinfluência neste mercado e não tem interesse em que haja pressões de subida dos preços). Contudo, a retoma económicamais firme para 2014 poderá trazer uma procura de metais superior.

Da análise feita e dos vectores mais importantes para a evolução global do mercado das matérias-primas para2014 já referidos, acredita-se numa evolução dos preços relativamente estável: os preços do crude, WTI e Brent,têm como referência os valores mínimos do ano passado (86 e 97 dólares, respectivamente), sendo difícil que o mercado sevenha a posicionar nestes níveis com uma procura mais forte, embora a oferta esteja igualmente a crescer de formasignificativa, com a ajuda de novos processos de exploração. Contudo, os novos métodos e a procura de crude a maiorprofundidade requerem maior investimento, encarecendo o produto final. Há ainda que contar com o facto de a OPEP(importante cartel na definição das condições do mercado da energia) ter de reajustar a sua oferta, com o regresso daprodução de crude do Irão ao mercado (o recente acordo com o Ocidente irá permitir esse regresso e a necessidade daArábia Saudita voltar a níveis de produção anteriores), mas a sua actuação defensiva deverá evitar pressões de queda dospreços; no ouro, espera-se uma estabilização do preço, num cenário económico-financeiro mais normalizado. Por outro lado,é conhecido que os principais produtores consideram desequilibrados valores abaixo dos 1200/1300 dólares a onça troy,perante os actuais custos de produção; nos metais para a indústria pode-se antever maior consumo perante um crescimentoeconómico mais forte e generalizado, suportando os preços. Mas será a performance económica da China a definir de formamais significativa a evolução deste mercado; do mesmo modo, para além da situação das principais produções alimentaresà volta do mundo, a situação do consumo chinês é bastante relevante. Existe receio que seja implementada em 2014 umapolítica agressiva por parte da China de forma a reduzir a dependência da importação de bens agrícolas e de fomento daprodução doméstica. A concretização desta política concorreria para manter os preços baixos.

Page 35: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

35

PREVISÕES

Economias Desenvolvidas

Tx. de Inflação Saldo Orç./PIB Dívida Pública/PIB BTC/PIB Desemprego Crescimento PIB

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015

E.U.A. 1.5 1.9 2.0 -5.1 -4.3 -3.6 102.9 102.7 103.8 -2.6 -2.7 -2.9 7.5 6.9 6.2 1.7 2.7 3.0Japão 0.2 2.5 1.7 -9.7 -7.7 -6.4 233.9 234.8 242.6 0.9 1.4 1.9 4.1 3.9 3.8 1.8 1.5 1.2

UE 1.7 1.6 1.6 -3.5 -2.7 -2.6 89.7 90.2 90.0 1.6 1.7 1.8 11.1 11.0 10.7 ND 1.4 1.9

UEM 1.4 1.3 1.3 -3.0 -2.5 -2.1 95.1 95.5 95.5 2.1 2.2 2.4 12.1 12.1 11.8 -0.4 1.0 1.3

Alemanha 1.6 1.6 1.8 -0.1 0.1 0.4 80.0 77.5 74.4 6.7 6.3 6.4 6.0 5.9 5.7 0.5 1.7 1.8

França 1.0 1.4 1.3 -4.0 -3.5 -3.3 93.5 95.4 96.1 -1.9 -1.6 -1.7 10.8 11.1 10.9 0.2 0.8 1.4Itália 1.4 1.2 1.2 -3.0 -2.6 -2.5 132.1 133.3 133.1 0.7 1.1 1.5 12.3 12.5 12.1 -1.8 0.5 0.8

Espanha 1.6 0.8 0.8 -6.5 -5.7 -5.3 93.1 98.7 103.4 1.1 2.0 2.8 26.6 26.5 25.4 -1.3 0.5 1.1

Holanda 2.7 1.4 1.3 -3.9 -3.6 -2.9 74.4 75.8 77.1 10.2 10.3 10.7 7.4 8.1 8.0 -1.1 0.3 1.1Bélgica 1.2 1.3 1.5 -2.8 -2.4 -2.1 101.0 101.3 101.5 -1.2 -0.8 -0.5 8.7 8.9 8.6 0.1 1.0 1.3

Áustria 2.1 1.7 1.8 -2.3 -1.9 -1.5 75.1 74.9 73.6 2.6 2.8 3.2 4.8 4.9 4.5 0.4 1.6 1.9

Finlândia 2.2 2.0 1.8 -2.4 -2.2 -1.9 57.5 60.5 61.0 -1.2 -1.2 -0.8 8.2 8.2 8.0 -0.9 0.9 1.6Grécia -0.7 -0.9 -0.6 -6.1 -3.1 -1.5 176.8 180.1 171.5 -0.9 0.1 0.5 27.4 27.6 25.5 -3.9 -0.1 1.4

Irlanda 0.5 0.9 1.2 -7.6 -5.0 -2.9 123.9 121.8 120.1 4.4 4.8 4.4 13.5 12.8 12.1 0.2 1.9 2.3

Reino Unido 2.6 2.3 2.1 -6.4 -5.3 -4.2 93.6 96.6 98.6 -3.6 -3.0 -3.3 7.8 7.5 7.2 1.4 2.4 2.5Suécia 0.1 1.2 1.8 -1.2 -1.1 -0.7 39.2 39.0 41.0 6.2 5.9 5.3 8.1 8.0 7.5 1.0 2.4 2.8

Dinamarca 0.7 1.5 1.9 -1.7 -1.8 -2.4 45.6 45.6 45.1 5.5 5.3 5.8 7.2 7.1 6.8 0.5 1.5 1.8

Luxemburgo 1.8 1.8 1.8 -0.7 -0.8 -1.9 23.7 25.0 28.7 6.3 6.7 5.6 6.3 6.7 6.9 1.4 1.9 1.7Suíça -0.2 0.5 0.8 0.5 0.6 0.5 35.0 33.5 ND 11.9 11.4 12.1 3.1 3.0 4.1 1.9 1.9 2.0

Portugal 0.9 0.7 0.7 -5.9 -4.5 -3.2 128.3 133.1 127.4 0.7 1.3 1.5 16.8 17.0 16.5 -1.8 0.4 1.0Fontes:Média simples de previsões mais recentes: da OCDE, UE, FMI, BdP, Economist, e outras instituições.

Notas: O uso de médias de várias previsões pode gerar valores incongruentes entre si.

Portugal

2013 2014 2015

Consumo privado -1.7 0.3 0.9Consumo público -2.4 -2.0 -0.2

Investimento -7.0 1.5 2.0

Exportações 5.5 3.5 3.2Importações 2.4 2.2 2.5

PIB -1.6 0.5 1.2

Défice Orçamental (PDE) 5.6 4.0 2.5Déf. orçam. s/ medidas extraordinárias 5.8 4.0 2.5

Taxa de inflação média 0.2 0.8 1.7

Taxa média de desemprego 16.6 16.8 16.5

Fonte: INE, Banco BPI.

Previsões Económicas do BPI

EUA&UEM

PIB Taxa de Inflação*

2013 2014 2015 2013 2014 2015EUA 1.7% 2.4% 2.0% 1.5% 2.0% 2.2%

Zona Euro -0.4% 0.9% 1.5% 1.4% 1.6% 2.0%

Portugal -1.6% 0.5% 1.2% 0.2% 0.8% 1.7%Fonte: INE, Eurostat, Reuters, previsões do Banco BPI.

Nota: * Taxa de Variação Média; IPCH para Zona Euro.

Indicam-se, a laranja, as alterações recentes.

Mercados Emergentes

Tx. de inflação Cresc. do PIB Tx. de Desemp. Dívida Púb./PIB Saldo Orç./PIB BTC/PIB Dívida Externa/PIB

2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015Brasil 5.6 6.0 5.6 0.9 2.4 2.6 5.5 5.9 6.1 56.6 56.6 57.2 -2.4 -3.0 -3.2 -1.9 -2.6 -2.7 16.5 18.6 19.8

México 3.8 3.6 3.7 3.9 2.4 3.9 5.0 4.8 4.6 34.7 34.3 34.0 -2.6 -2.1 -2.1 -1.0 -1.0 -1.0 26.1 21.4 25.1

Argentina 18.1 18.6 21.1 1.7 2.8 2.3 7.3 7.7 8.0 38.4 39.1 39.4 -3.1 -3.0 -3.0 0.3 0.3 0.3 30.2 29.9 29.9Chile 2.2 2.2 2.9 5.6 4.5 4.7 6.5 6.5 6.8 10.9 9.8 9.7 0.5 -0.4 -0.4 -3.5 -3.5 -3.5 43.8 42.7 42.1

R. Checa 3.2 1.7 1.6 -1.2 -0.3 1.8 7.4 8.0 8.2 45.8 47.9 49.4 -3.9 -3.2 -2.9 -2.3 -1.8 -1.7 51.0 52.1 50.6Polónia 3.5 1.5 1.9 2.1 1.3 2.5 10.7 11.2 11.1 55.8 56.5 57.3 -3.6 -3.5 -3.2 -3.4 -2.8 -3.1 73.4 74.2 80.3

Hungria 5.6 2.7 2.5 -1.6 0.2 1.5 10.9 11.0 11.0 79.3 78.8 78.1 -2.4 -3.1 -3.1 1.8 2.0 1.9 129.6 121.1 122.4

Russia 5.7 6.5 5.6 3.4 2.6 3.3 6.0 6.0 5.9 9.2 9.4 10.3 0.4 -0.3 -0.8 3.6 2.3 1.3 28.5 28.5 27.2

China 2.5 2.7 3.1 7.8 7.7 7.8 4.1 4.1 4.1 27.1 26.8 26.4 -1.5 -1.8 -1.6 2.5 2.4 2.3 10.2 10.3 10.7

Fontes: Média simples de previsões mais recentes: FMI, OCDE, CE e outras instituições.

Page 36: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Taxas de Câmbio10.Jan.14

Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano

EUR/USD 1.37 1.33 1.32 1.30 1.28

EUR/USD (Prev. BPI) - 1.38 1.33 1.30 1.28USD/JPY 104.18 100.00 102.00 104.00 110.00

USD/JPY (Prev. BPI) - 105.00 110.00 105.00 106.00

EUR/JPY 142.48 133.00 135.00 135.00 137.00EUR/JPY (Prev. BPI) - 144.90 146.30 136.50 135.68

EUR/GBP 0.83 0.84 0.84 0.83 0.82

EUR/GBP (Prev. BPI) - 0.83 0.83 0.82 0.82EUR/CHF 1.23 1.24 1.25 1.25 1.28

EUR/CHF (Prev. BPI) - 1.23 1.23 1.23 1.23

Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.

PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES

Taxas de Juro10.Jan.14

Taxas de Juro Spreads equivalentes face às taxas americanas

Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano Spread actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano

Taxas de juro 3 MEUR 0.28% 0.24% 0.27% 0.32% 0.42% 4 -4 -3 0 0

EUR (Prev. BPI) - 0.28% 0.29% 0.30% 0.35% - 3 4 2 5

USD 0.24% 0.28% 0.30% 0.32% 0.42% - - - - -USD (Prev. BPI) - 0.25% 0.25% 0.28% 0.30% - - - - -

JPY 0.15% 0.17% 0.18% 0.18% 0.17% -10 -11 -12 -14 -25

JPY (Prev. BPI) - 0.15% 0.15% 0.15% 0.15% - -10 -10 -13 -15GBP 0.52% 0.54% 0.54% 0.57% 0.64% 28 26 24 25 22

GBP (Prev. BPI) - 0.52% 0.53% 0.55% 0.60% - 27 28 27 30

CHF 0.02% 0.01% 0.01% 0.02% 0.13% -22 -27 -29 -30 -29CHF (Prev. BPI) - 0.02% 0.02% 0.05% 0.05% - -23 -23 -23 -25

Taxas de juro 10 A

POR 5.37% 5.20% 5.00% 5.25% 5.25% 248 239 205 217 191POR (Prev. BPI) - 5.30% 5.25% 5.25% 5.00% 230 200 210 175

ALE 1.86% 1.94% 2.06% 2.16% 2.33% -103 -87 -89 -92 -101

ALE (Prev. BPI) - 1.90% 2.00% 2.50% 2.75% - -100 -100 -65 -75EUA 2.89% 2.81% 2.95% 3.08% 3.34% - - - - -

EUA (Prev. BPI) - 2.90% 3.00% 3.15% 3.50% - - - - -

JAP 0.70% 0.76% 0.83% 0.89% 0.96% -219 -205 -212 -219 -238JAP (Prev. BPI) - 0.70% 0.70% 0.70% 0.75% - -220 -230 -245 -275

RU 2.89% 2.84% 2.98% 3.09% 3.28% 0 3 3 1 -6

RU (Prev. BPI) - 2.95% 3.00% 3.15% 3.50% - 5 0 0 0SUI 1.23% 1.11% 1.22% 1.31% 1.49% -166 -170 -173 -177 -185

SUI (prev. BPI) - 1.25% 1.25% 1.25% 1.30% - -165 -175 -190 -220

Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.

Page 37: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

37

PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES

Taxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais

TTTTTaxa de raxa de raxa de raxa de raxa de referênciaeferênciaeferênciaeferênciaeferência Nível emNível emNível emNível emNível em Nível actualNível actualNível actualNível actualNível actual Data da últimaData da últimaData da últimaData da últimaData da última Data do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncio PrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisão31.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.12 01.Jan.1401.Jan.1401.Jan.1401.Jan.1401.Jan.14 alteraçãoalteraçãoalteraçãoalteraçãoalteração da próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisão BPIBPIBPIBPIBPI

Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Reserva Federal dos EUA 1* Fed Funds Rate 0%-0.25% 0%-0.25% 16-Dez-08 (-75/-100 pb) 18-Dez-13 Sem alteraçãoBanco Central Europeu 2* Minimum Bid Refi Rate 0.75% 0.25% 7-Nov-13 (-25 pb) 09-Jan-14 Sem alteraçãoBanco do Japão 3* O/N Call Rate 0.10% 0.07% 5-Out-10 (-5 pb) - -Banco do Canadá O/N Lending Rate 1.00% 1.00% 8-Set-10 (+25 pb) 22-Jan-14 -Banco de Inglaterra Repo Rate 0.50% 0.50% 5-Mar-09 (-50 pb) 09-Jan-14 Sem alteraçãoOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisBanco Nacional da Suíça Libor 3M do CHF 0%-0.25% 0%-0.25% 03-Ago-2011 (-50 p.b) 12-Dez-13 Sem alteraçãoRiksbank (Suécia) Repo Rate 1.00% 1.00% 18-Dez-12 (-25 pb) 17-Dez-13 -Norges Bank (Noruega) Key Policy Rate 1.50% 1.50% 14-Mar-12 (-25 pb) 27-Mar-14 -Banco Nacional da Dinamarca Lending Rate 0.20% 0.20% 2-Mai-13 (-10 pb) 4* -Reserve Bank (Austrália) Cash Rate 3.00% 2.50% 6-Ago-13 (-25 pb) 04-Fev-14 -América LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaBACEN (Brasil) Selic 7.25% 10.00% 27-Nov-13 (+50 bp) 15-Jan-14 -BANXICO (México) O/N Interbank Funding Rate 4.50% 3.50% 25-Out-13 (-25 pb) 31-Jan-14 -Europa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteNBP (Polónia) Taxa de intervenção - 14 dias 4.25% 2.50% 03-JuL-13 (-25 pb) 08-Jan-14 -NBH (Hungria) Repo Rate - 2 semanas 5.75% 3.20% 26-Nov-13 (-20 pb) 17-Dez-13 -CNB (República Checa) Repo Rate - 2 semanas 0.05% 0.05% 2-Nov-12 (-20 pb) 17-Dez-13 -Fonte: Bloomberg.Notas: 1*Normalmente as alterações de taxas são anunciadas nas datas dos FOMC. No entanto poderão ser criadas reuniões intermédias, e as taxas poderão ser alteradas em qualquer altura.

2*De acordo com o BCE, apenas a 1ª reunião de cada mês serve para anunciar alterações na sua política monetária. No entanto, existe a possibilidade de poder alterar essa mesma política emqualquer altura.3*A partir de Abril de 2013, o Banco do Japão passou a adoptar como principal instrumento de política monetária o controlo da base monetária em vez da taxa de juro. A taxa actual apresentadarefere-se à taxa efectiva.4*Sem datas pré-marcadas, podendo ser alterada em qualquer altura.

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes10.Jan.14

TTTTTaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbio TTTTTaxa actual...axa actual...axa actual...axa actual...axa actual... a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês... a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses... a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses... a 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoUSD/BRL 2.29 2.26 2.30 2.32 2.35USD/MXN 13.19 12.93 12.83 12.73 12.40USD/ARS 5.70 6.10 6.49 6.91 7.67EUR/CZK 25.77 25.90 25.80 25.70 25.20EUR/PLN 4.28 4.20 4.15 4.10 4.02EUR/HUF 299.82 298.00 297.50 295.00 290.00USD/RUB 33.24 32.50 32.55 32.88 32.81USD/CNY 6.12 6.10 6.09 6.07 6.00Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.Legenda: BRL - Real do Brasil PLN - Zloty da Polónia MXN - Peso Mexicano HUF - Forint da Hungria

ARS - Peso Argentino RUB - Rublo da Rússia CZK - Coroa Checa CNY - Renminbi/Yuan da China

PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES

Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes10.Jan.14

TTTTTaxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Jurooooo SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanasTTTTTaxa act.axa act.axa act.axa act.axa act. ...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês ...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano SpreadSpreadSpreadSpreadSpread act. act. act. act. act. ...a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês... a 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano

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Nota: A taxa de juro de curto prazo apresentada para o Brasil é a taxa Selic, para o México é a taxa overnight, para a Hungria é a base rate e para a China é a taxa de empréstimo fixada

pelo banco central.

Os spreads de dívida de longo prazo de CZK, PLZ, HUF e CNY resultam da comparação directa entre a yield do benchmark dos Bunds a 10 anos e a yield aqui apresentada.

Os spreads de dívida de longo prazo de BRL, ARS, MXN e RUB são os calculados pela JP Morgan nos índices EMBI.

Page 39: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

39

BASES DE DADOS

Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos em

Janeiro e Fevereiro 2014

CONJUNTURA ECONÓMICA

Indicadores de Conjuntura Macroeconómica em Portugal

Indicadores de Conjuntura Económica Internacional I

Indicadores de Conjuntura Económica Internacional II

MERCADOS CAMBIAIS

Cotações no mercado Spot

Taxas Oficiais de Conversão para o EURO

MTC-2

MERCADOS MONETÁRIOS

Taxas de Juro Internacionais

MERCADOS DE OBRIGAÇÕES

Indicadores do Mercado Doméstico de Obrigações

Evolução dos Indexantes

Taxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro

MERCADOS DE ACÇÕES

Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções I

Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções II

COMMODITIES

Índices CRB de Preços de Futuros de Commodities

Page 40: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

40

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Janeiro e Fevereiro de 2014*

Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014Janeiro 2014EUA 8 Fed divulga actas da reunião de 17/18 de DezembroReino Unido 9 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraUEM 9 Decisão de política monetária do BCEJapão 22 Decisão de política monetária do Banco do JapãoMundo 22 Reunião do Fórum Económico Mundial em Davos, SuíçaUEM 27 Reunião dos ministros das finanças da Zona Euro (Eurogrupo)EUA 29 Decisão de política monetária do FOMC

Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Reino Unido 6 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraUEM 6 Decisão de política monetária do BCEJapão 18 Decisão de política monetária do Banco do JapãoEUA 19 Fed divulga actas da reunião de 28/29 de JaneiroNotas: (*) - Este calendário não pretende conter uma enumeração exaustiva de todos os acontecimentos futuros na Europa, Japão e América do Norte, mas sim listar alguns dos eventos que possam ter

um impacto significativo nos mercados financeiros.

Page 41: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

41

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Page 42: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

42

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado SpotSpotSpotSpotSpot

DADADADADATTTTTAAAAA EUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USD EUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPY EUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBP EUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHF USD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPY02-Dez-13 1.3536 139.16 0.8261 1.2321 102.8103-Dez-13 1.3578 139.31 0.8271 1.2287 102.6004-Dez-13 1.3592 139.31 0.8300 1.2268 102.4905-Dez-13 1.3594 138.73 0.8313 1.2262 102.0506-Dez-13 1.3661 139.63 0.8358 1.2231 102.2109-Dez-13 1.3722 141.33 0.8377 1.2231 103.0010-Dez-13 1.3750 141.35 0.8365 1.2214 102.8011-Dez-13 1.3767 141.22 0.8403 1.2219 102.5812-Dez-13 1.3775 141.51 0.8397 1.2211 102.7313-Dez-13 1.3727 141.93 0.8437 1.2226 103.3916-Dez-13 1.3776 141.87 0.8439 1.2212 102.9817-Dez-13 1.3749 141.61 0.8456 1.2206 103.0018-Dez-13 1.3749 141.61 0.8401 1.2211 103.0019-Dez-13 1.3667 142.55 0.8349 1.2261 104.3020-Dez-13 1.3655 142.66 0.8348 1.2263 104.4723-Dez-13 1.3702 142.38 0.8377 1.2257 103.9127-Dez-13 1.3814 145.02 0.8367 1.2234 104.9830-Dez-13 1.3783 145.02 0.8364 1.2259 105.2231-Dez-13 1.3791 144.72 0.8337 1.2276 104.94

VVVVVararararar. Mês %. Mês %. Mês %. Mês %. Mês % 1.88 4.00 0.93 -0.37 2.07VVVVVararararar. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 %. em 2013 % 3.99 25.43 2.42 1.54 20.62Média mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensal 1.37 141.63 0.84 1.22 103.34Fonte: BPI, BCE.

Taxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EURO

Escudo (PTE) 200.482Peseta (ESP) 166.386Franco Francês (FRF) 6.55957Lira (ITL) 1936.27Marco Alemão (DEM) 1.95583Libra Irlandesa (IEP) 0.787564Markka Finlandesa (FIM) 5.94573Florim Holandês (NLG) 2.20371Xelim Austríaco (ATS) 13.7603Franco Belga (BEF) 40.3399Franco Luxemburguês (LUF) 40.3399Dracma Grega (GRD) 340.75Tolar Esloveno (SIT) 239.640Lira Maltesa (MTL) 0.429300Libra Cipriota (CYP) 0.585274Coroa Eslovaca (SKK) 30.1260EEK (Coroa estoniana) 15.6466LVL (Lats letão)* 0.702804Fonte: BCE.Nota: (*) Desde 01/01/2014.

MTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-II

Data deData deData deData deData de TTTTTaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Central Bandas deBandas deBandas deBandas deBandas de BandaBandaBandaBandaBandaentradaentradaentradaentradaentrada face ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EURO VVVVVararararar. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal ActualActualActualActualActual

DKK (Coroa dinamarquesa) 01.01.1999 7.46038 +/-2.25% <1%LTL (Litas lituana) 28.06.2004 3.45280 +/-15% 0%Fonte: BCE.

Page 45: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

45

Taxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro Internacionais

31.Dez.13

O/NO/NO/NO/NO/N 1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês 3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses 6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses 1 Ano1 Ano1 Ano1 Ano1 AnoEUR 0.10% 0.19% 0.26% 0.35% 0.51%USD 0.10% 0.16% 0.24% 0.35% 0.58%JPY 0.07% 0.11% 0.15% 0.21% 0.37%GBP 0.46% 0.49% 0.53% 0.62% 0.91%CHF -0.01% -0.01% 0.02% 0.08% 0.21%Fonte: BPI, Reuters.Nota: Taxas de juro Libor para todas as moedas.

Page 46: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

46

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

47

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TTTTTAXAAXAAXAAXAAXA EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360)EURIBOR (ACT/360) LIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EUROLIBOR / EURODADADADADATTTTTASASASASAS EONIAEONIAEONIAEONIAEONIA EQUIVEQUIVEQUIVEQUIVEQUIV. . . . . (1)(1)(1)(1)(1) TBA TBA TBA TBA TBA (2)(2)(2)(2)(2) 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 2 meses2 meses2 meses2 meses2 meses 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 9 meses9 meses9 meses9 meses9 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses

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1) Ex-taxa de desconto do BP. De acordo com a Portaria nº 1227/2001, esta taxa passa a ser igual à taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento pelo BCE.(2) Desde 1/2/99 a TBA passou a ser fixada segundo a seguinte fórmula: 0.52xL3 + 0.47xL12 - 0.12, em que L3 e L12 representam as médias móveis das últimas 20 observações da Lisbor a3 e 12 meses, respectivamente, terminadas no penúltimo dia útil ao dia a que se refere o cálculo.

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

Taxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro10.Jan.1410.Jan.1410.Jan.1410.Jan.1410.Jan.14

Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc. VVVVVidaidaidaidaida ModifiedModifiedModifiedModifiedModifiedTítuloTítuloTítuloTítuloTítulo MaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidade (10(10(10(10(1033333 EUR) EUR) EUR) EUR) EUR) AnosAnosAnosAnosAnos MesesMesesMesesMesesMeses CupãoCupãoCupãoCupãoCupão PreçoPreçoPreçoPreçoPreço DurationDurationDurationDurationDuration YTMYTMYTMYTMYTMObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TesouresouresouresouresouroooooOTs 10 Anos 03 2014-06-16 4,938,000.00 0 6 4.375% 101.15 0.51 1.551%OTs 5 Anos 09 2014-10-15 6,170,000.00 0 10 3.600% 101.47 0.83 1.603%OTs 10 Anos 05 2015-10-15 9,242,000.00 1 10 3.350% 102.12 1.78 2.098%OTs 5 Anos 11 2016-02-15 3,500,000.00 2 2 6.400% 107.29 1.96 2.750%OTs 10 Anos 06 2016-10-15 6,185,000.00 2 10 4.200% 103.45 2.65 2.872%OTs 10 Anos 07 2017-10-15 11,258,000.00 3 10 4.350% 102.44 3.48 3.639%Ots 10 Anos 08 2018-06-15 10,853,000.00 4 6 4.450% 101.55 3.95 4.054%Ots 10 Anos 09 2019-06-14 10,990,000.00 5 6 4.750% 100.64 4.66 4.608%Ots 10 Anos 10 2020-06-15 8,551,000.00 6 6 4.800% 99.68 5.36 4.855%OTs 15 Anos 05 2021-04-15 7,510,000.00 7 4 3.850% 92.17 6.02 5.170%OTs 15 Anos 08 2023-10-25 7,228,000.00 9 10 4.950% 96.82 7.55 5.374%Ots 10 Anos 13 2024-02-05 3,000,000.00 10 1 5.650% 100.93 7.25 5.527%OTs 30 Anos 06 2037-04-15 6,972,633.00 23 4 4.100% 76.85 13.00 5.964%Fonte: BPI, IGCP, Reuters.Nota: O YTM é uma taxa anual.

Page 49: BPI Análise Mercados Financeiros Jan.2014

E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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E.E.F. Mercados Financeiros Janeiro 2014

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Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de CommoditiesCommoditiesCommoditiesCommoditiesCommodities

PreçoPreçoPreçoPreçoPreço VVVVVariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoPesoPesoPesoPesoPeso Dez.13Dez.13Dez.13Dez.13Dez.13 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses ytdytdytdytdytd

CRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosÍndice Global 100% 280.2 322.6 322.6 322.6 322.6 322.6 -13.2% -13.2% -13.2% -13.2% -13.2%CRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaPetróleo 98.4 93.8 104.1 99.6 93.1 98.4 4.9% -5.5% -1.2% 5.6% 0.0%Heating oil 304.5 305.0 299.3 290.1 304.6 307.7 -0.2% 1.8% 5.0% 0.0% -1.0%Gas natural 4.3 4.0 3.5 3.7 3.2 4.2 6.7% 20.2% 16.5% 31.6% 0.6%CRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososOuro 1218.1 1222.3 1320.6 1243.4 1688.8 1202.3 -0.3% -7.8% -2.0% -27.9% 1.3%Platina 1386.4 1346.8 1389.8 1366.3 1565.1 1371.1 2.9% -0.2% 1.5% -11.4% 1.1%Prata 20.1 19.2 21.9 19.3 31.0 19.3 4.4% -8.3% 4.0% -35.1% 3.8%CRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaMilho 422.0 416.5 439.0 672.8 690.8 422.0 1.3% -3.9% -37.3% -38.9% 0.0%Sementes de soja 1312.5 1321.3 1273.8 1573.0 1405.5 1312.5 -0.7% 3.0% -16.6% -6.6% 0.0%Trigo 605.3 649.8 686.0 649.5 755.3 605.3 -6.8% -11.8% -6.8% -19.9% 0.0%CRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCacau 2709.0 2821.0 2632.0 2203.0 2259.0 2709.0 -4.0% 2.9% 23.0% 19.9% 0.0%Café 110.7 109.4 114.5 124.1 149.4 110.7 1.2% -3.3% -10.8% -25.9% 0.0%Sumo de laranja 136.5 139.3 127.5 134.1 115.7 136.5 -2.0% 7.1% 1.8% 17.9% 0.0%Açúcar 16.4 17.0 18.5 16.5 19.7 16.4 -3.3% -11.3% -0.7% -16.7% 0.0%CRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCobre 341.0 321.8 331.6 314.2 373.6 339.7 6.0% 2.8% 8.5% -8.7% 0.4%Algodão 84.6 77.3 85.2 83.2 75.4 84.6 9.5% -0.7% 1.7% 12.3% 0.0%CRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoBovino 134.5 133.3 127.3 121.9 132.4 134.5 0.9% 5.7% 10.3% 1.6% 0.0%Suíno 85.4 86.0 91.0 101.0 86.2 85.4 -0.7% -6.1% -15.4% -0.9% 0.0%Fonte: Bloomberg, BPI.

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