boletim municipal1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/assembleia...do «bacalhoeiro», nos termos da...

32
SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B 1749-099 LISBOA DIRECTORA: PAULA LEVY B O L E T I M CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA MUNICIPAL RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO SUMÁRIO ASSEMBLEIA MUNICIPAL 23 QUINTA-FEIRA OUTUBRO 2008 2.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 766 ANO XV N. o 766 Deliberações (Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa de 21 de Outubro de 2008) - Saudação n.º 1/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal do PCP) - Saudação ao décimo aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao escritor José Saramago [pág. 1840 (11)]. - Voto de Pesar n.º 8/2008 (Subscrito pelo Grupo Municipal do PCP) - Voto de Pesar pelo falecimento do escritor Diniz Machado [pág. 1840 (12)]. - Moção n.º 45/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal de «Os Verdes») - Aprovar reafirmar o Município de Lisboa como Cidade de Tolerância para com outros povos e religiões [pág. 1840 (12)]. - Moção n.º 46/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal do PSD) - Aprovar exigir que a Câmara Municipal de Lisboa apresente a esta Assembleia Municipal, regulamentação sobre a isenção de taxas em Lisboa, definindo critérios objectivos para as mesmas [pág. 1840 (13)]. - Moção n.º 47/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal do PSD) - Aprovar renovar e reforçar a sua posição à decisão da Câmara Municipal de Lisboa de adjudicar directamente à REFER o Plano de Urbanização de Alcântara [pág. 1840 (13)]. - Moção n.º 48/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal do PSD) - Aprovar exigir que a Câmara Municipal de Lisboa apresente a prometida proposta de regula- mentação sobre atribuição do património disperso da CML [pág. 1840 (14)].

Upload: others

Post on 26-Sep-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B1749-099 LISBOA

DIRECTORA: PAULA LEVY

B O L E T I M

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AMUNICIPAL

RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO

SUMÁRIO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

23 Q U I N T A - F E I R AOUTUBRO 2008

2.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 766

ANO XVN.o 766

Deliberações (Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa de 21 de Outubrode 2008)

- Saudação n.º 1/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal

do PCP) - Saudação ao décimo aniversário da atribuiçãodo Prémio Nobel da Literatura ao escritor José Saramago[pág. 1840 (11)].- Voto de Pesar n.º 8/2008 (Subscrito pelo Grupo

Municipal do PCP) - Voto de Pesar pelo falecimentodo escritor Diniz Machado [pág. 1840 (12)].- Moção n.º 45/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipal

de «Os Verdes») - Aprovar reafirmar o Municípiode Lisboa como Cidade de Tolerância para com outrospovos e religiões [pág. 1840 (12)].

- Moção n.º 46/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar exigir que a Câmara Municipalde Lisboa apresente a esta Assembleia Municipal,regulamentação sobre a isenção de taxas em Lisboa,definindo critérios objectivos para as mesmas[pág. 1840 (13)].- Moção n.º 47/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar renovar e reforçar a sua posiçãoà decisão da Câmara Municipal de Lisboa de adjudicardirectamente à REFER o Plano de Urbanizaçãode Alcântara [pág. 1840 (13)].- Moção n.º 48/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar exigir que a Câmara Municipalde Lisboa apresente a prometida proposta de regula-mentação sobre atribuição do património dispersoda CML [pág. 1840 (14)].

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (10) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Moção n.º 49/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar evidenciar o facto de o Sr. Presidenteda CML, Dr. António Costa, não ter entregue à AssembleiaMunicipal de Lisboa a listagem do património dispersoda Autarquia [pág. 1840 (14)].- Moção n.º 50/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar denunciar mais este profundodesrespeito pela Cidade de Lisboa e pelos Lisboetasno que toca às notícias que dão conta de queo Terreiro do Paço vai fechar novamente para obras[pág. 1840 (14)].- Moção n.º 51/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD) - Aprovar que a Câmara deva comunicarà Assembleia todas as intervenções, iniciativase eventos na cidade de Lisboa que obriguem a condi-cionamentos do trânsito e/ou da livre circulação depeões, bem como indicação das respectivas alternativase custos a suportar pelo Município [pág. 1840 (15)].- Moção n.º 52/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do Bloco de Esquerda) - Aprovar apelarà Câmara Municipal de Lisboa para que promovaum crescente trabalho conjunto e diálogo com osmovimentos que representam os homossexuais e asassociações de direitos sexuais no sentido decombater as muitas discriminações [pág. 1840 (15)].- Moção n.º 53/2008 (Subscrita pelo Grupo Municipaldo Bloco de Esquerda) - Aprovar recomendar à CâmaraMunicipal de Lisboa que apresente a esta AssembleiaMunicipal a sua estratégia de política social, designa-damente qual a sua definição de política municipalde luta contra a pobreza, intervenção na luta contrao alcoolismo e a toxicodependência e combate à exclusãosocial [pág. 1840 (16)].- Recomendação n.º 62/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes») - Aprovar recomendar à CâmaraMunicipal de Lisboa que proceda à reactivaçãodo Conselho Municipal de Juventude de Lisboa,comunicando às Organizações de Juventude sobrea sua reentrada em funcionamento [pág. 1840 (17)].- Recomendação n.º 63/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes») - Aprovar recomendar à CâmaraMunicipal de Lisboa que seja retomada e actualizadaa devida identificação dos Pontos Negros da circulaçãopedonal e rodoviária na cidade de Lisboa [pág. 1840 (17)].- Recomendação n.º 64/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes») - Aprovar recomendarà Câmara Municipal de Lisboa que deve cumprira Carta de Ruído para a cidade de Lisboa, nomea-damente no Bairro Alto, Janelas Verdes e outras zonasda cidade com ruído nocturno [pág. 1840 (18)].- Recomendação n.º 65/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do PCP) - Aprovar recomendar à CâmaraMunicipal de Lisboa uma posição interventiva juntodo Governo, para que este adopte as medidas neces-sárias para a requalificação do Salão Nobre da Escolade Música do Conservatório de Lisboa [pág. 1840 (18)].- Recomendação n.º 66/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do Bloco de Esquerda) - Aprovar recomendarao Executivo Municipal a elaboração imediata de umPlano de Requalificação do Bairro Alto com vistaa dar coerência, sentido e orientação a medidas

parcelares que precisam de ser sustentáveis e se apoiemna participação e na vontade expressa da população,das várias Organizações da Sociedade Civil existentesna zona e dos Órgãos Autárquicos directamenteenvolvidos [pág. 1840 (19)].- Recomendação n.º 67/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do CDS/PP) - Aprovar que analise a atribuiçãodo direito de uso de imóveis camarários, de modoa verificar que se encontram preenchidos os pressu-postos que levaram á cedência do referido património[pág. 1840 (20)].- Recomendação n.º 68/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do CDS/PP) - Aprovar solicitar à CâmaraMunicipal de Lisboa que informe esta Assembleiado cumprimento da recomendação aprovada em Dezembrodo ano passado da limpeza de sarjetas e meiosde escoamento das águas [pág. 1840 (20)].- Recomendação n.º 69/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do CDS/PP) - Aprovar solicitar à CâmaraMunicipal de Lisboa que informe se existe um projectode ordenação do tráfego no cruzamento entre as RuasHelena Vaz da Silva, Avenida Vasco Gonçalves,Rua Arnaldo Ferreira e Avenida Álvaro Cunhale Eugénio de Andrade [pág. 1840 (20)].- Recomendação n.º 70/2008 (Subscrita pelo GrupoMunicipal do Bloco de Esquerda) - Aprovarrecomendar à Câmara Municipal de Lisboa que desen-cadeie, junto do Instituto de Gestão do PatrimónioArquitectónico e Arqueológico, os mecanismos neces-sários à classificação do edifício do Conservatório Nacionalsito no n.º 29 da Rua dos Caetanos, no sentidode preservar o património existente [pág. 1840 (21)].- Proposta n.º 703/2008 (Deliberação n.º 74/AML//2008) - Aprovar a adesão do Município de Lisboaà Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Valedo Tejo enquanto membro fundador, nos termosda proposta [pág. 1840 (22)].- Proposta n.º 753/2008 (Deliberação n.º 75/AML//2008) - Aprovar a desafectação do domínio público,para o domínio privado municipal da parcela de terrenoa transmitir pelo Munícipio e alienar a Lunatejo- Imobiliária e Turismo, S. A., ou a quem no actoda escritura prove ser legítimo proprietário do prédiosito na Avenida de Berna, 56, nos termos da proposta,ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 4 do artigo53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com aredacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (22)].- Proposta n.º 754/2008 (Deliberação nº 76/AML//2008) - Aprovar a desafectação do leito de via paraposterior integração no domínio privado do Munícipio,de uma parcela de terreno e a alienação da mesmacomo complemento de lote a «TRICOS Imobiliária, S.A.» e aceitar os prédios sitos no Campo Grande, 176a 208, a cedência gratuita de uma parcela de terreno,destinada a ser integrada no domínio público e a afectaçãoao domínio público da referida parcela, nos termosda proposta, ao abrigo do disposto na alínea i)do n.º 2 e na alínea b) do n.º 4 do artigo 53.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacçãodada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (25)].

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (11)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Proposta n.º 755/2008 (Deliberação n.º 77/AML//2008) - Aprovar a afectação ao domínio públicoda parcela de terreno localizada na Alameda das Linhasde Torres, 52 a 54, bem como o reconhecimentodo direito à isenção do pagamento das taxas pelaocupação do domínio público com o estaleiro,nos termos da proposta, ao abrigo do dispostona alínea i) do n.º 2 e na alínea b) do n.º 4 do artigo 53.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacçãodada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (27)].- Proposta n.º 757/2008 (Deliberação n.º 78/AML//2008) - Aprovar a desafectação do domínio públicopara o domínio privado do Município de uma parcelade terreno, sita na Avenida Condes de Carnidedestinada a intergrar em subsolo, área a cederem direito de superfície e constituir a favor da «EspíritoSanto - Unidade de Saúde e de Apoio à Terceira Idade,S. A.», ou de quem no acto da escritura prove ser legítimosuperficiário do lote 31, do direito de superfície sobreas parcelas de terreno municipal designadas por A1,A2, A3, A4 e A5, destinadas à criação de acessoao tráfego de veículos pesados cargas e descargas,e aceitar a doação por parte da EPUL - EmpresaPública de Urbanização de Lisboa, das parcelasde terreno designadas por C1 e C2 a intergrar o domíniopúblico municipal, bem como a afectação ao domíniopúblico municipal das referidas parcelas, nos termosda proposta, ao abrigo do disposto na alínea i)do n.º 2 e na alínea b) do n.º 4 do artigo 53.º da Lein.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro [pág. 1840 (29)].- Proposta n.º 777/2008 (Deliberação n.º 79/AML//2008) - Aprovar que o bem cultural constituído peloedifício do «Oceanário de Lisboa» seja classificadocomo Imóvel de Interesse Municipal, nos termosda proposta, ao abrigo do disposto na alínea r) don.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 deSetembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro [pág. 1840 (34)].

- Proposta n.º 794/2008 (Deliberação n.º 80/AML//2008) - Aprovar a isenção do pagamento de taxasde ocupação do espaço público e licença especialde ruído, relativas à realização do aniversáriodo «Bacalhoeiro», nos termos da proposta, ao abrigodo disposto na alínea h) do n.º 2 do artigo 53.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacçãodada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (35)].- Proposta n.º 841/2008 (Deliberação n.º 81/AML//2008) - Aprovar a autorização para alterar o valorde retoma da Parte I, do CPI n.º 19/DMSC-DA/06,relativo ao fornecimento de serviços de aluguerde 18 veículos automóveis ligeiros de passageirosmarca Toyota, nos termos da proposta, ao abrigodo artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 deJunho, e do disposto na alínea r) do n.º 1 do artigo53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com aredacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (37)].- Proposta n.º 897/2008 (Deliberação n.º 82/AML//2008) - Aprovar a redução em 50 % da taxa de ocupaçãomensal a cobrar aos comerciantes do Mercadode Campo de Ourique, nos termos da proposta,ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 2 do artigo53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com aredacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro[pág. 1840 (38)].- Proposta n.º 898/2008 (Deliberação n.º 83/AML//2008) - Aprovar a autorização para alterar o valorde retoma da Parte II, do CPI n.º 19/DMSC-DA/06,relativo ao fornecimento de serviços de aluguerde 45 veículos automóveis ligeiros de passageirosmarca Peugeot, adjudicada à SGALD AUTOMOTIVE- Sociedade Geral de Comércio e Aluguer de Bens,S. A., e aprovar alterar o valor de retomada Parte IV, relativo ao fornecimento de serviçosde aluguer de 70 veículos automóveis ligeirosde passageiros marca Renault, nos termos daproposta, ao abrigo do disposto na alínea r) do n.º1 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11de Janeiro [pág. 1840 (38)].

RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIOASSEMBLEIA MUNICIPAL

Deliberações

Sessão de 21 de Outubro de 2008

- Saudação n.º 1/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PCP:

Raimundo Silva abriu de par em par a janela, (. . .) e a mesmaimpressão de força plena e desbordante lhe tomou o espíritoe o corpo, esta é a cidade que foi cercada, as muralhas descempor ali até ao mar, que sendo tão largo o rio bem lhe mereceo nome, e depois sobem, empinadas, onde não alcançamosa ver, esta é a moura Lisboa, se não fosse ser pardacento

o ar deste dia de Inverno distinguiríamos melhor os olivaisda encosta que desce para o esteiro, e os da outra margem,agora invisíveis como se os cobrisse uma nuvem de fumo.Raimundo Silva olhou e tornou a olhar, o universo murmurasob a chuva, meu Deus, que doce e suave tristeza, e que nãonos falte nunca, nem mesmo nas horas de alegria.

In: História do Cerco de Lisboa; José Saramago

José Saramago é um dos maiores vultos da literatura portuguesacontemporânea e tem desenvolvido um importante papelna difusão da língua e cultura portuguesas no mundo.

A sua obra, para além de um elevado cunho humanistae da afirmação dos valores democráticos, constitui um marconas nossas letras que importa valorizar.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (12) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Lisboa e o seu povo são personagem, matéria e cenáriode muitas das suas obras, revelando a sua profunda ligaçãoe amor à cidade e contribuindo para o prestígio e reconhe-cimento internacional de Lisboa.

O escritor sempre associou à produção literária uma empenhadaintervenção cívica em prol da cidade de Lisboa, nomeadamentedesempenhando um destacado papel como autarca, tendoinclusive presidido a esta Assembleia no ano de 1990.

Num momento em que se assinala o décimo aniversárioda atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago,a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 deOutubro de 2008, presta pública homenagem ao escritor,manifesta o seu regozijo pelo justo reconhecimento da suaobra e faz votos para que este, com a sua intervenção, possacontinuar a dignificar a cidade de Lisboa e toda a culturaportuguesa.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Blocode Esquerda e PEV) e abstenções (PPD/PSD e CDS/PP).]

- Voto de pesar n.º 8/AML/2008 - Subscrito pelo Grupo Municipaldo PCP:

«tudo o que criamos é apenas o que somos».

In: O Que Diz Molero; Diniz Machado

Morreu no passado dia 3 de Outubro o escritor Diniz Machado.

Nascido a 21 de Março de 1930, em Lisboa, Dinis Ramose Machado cresceu no quotidiano enriquecedor do BairroAlto, onde viveu até aos 30 anos. Interrompeu os estudosno 3.º ano da antiga Escola Comercial e fez carreira comojornalista desportivo no Record, Norte Desportivo, DiárioIlustrado e Diário de Lisboa.

Escreveu argumentos e diálogos para filmes, fez crítica de cinemaem várias revistas e jornais, e organizou entre 1964 e 1966,vários Festivais de Cinema da Casa da Imprensa de Lisboa.

Colaborou também numa primeira fase da longa-metragem«Kilas, o Mau da Fita», de José Fonseca e Costa, e é co-autordo argumento e autor dos diálogos de «Maria Vai com as Outras»,um projecto de Fernando Lopes inspirado em «O Que Diz Molero».

O romance «O Que Diz Molero», com uma narrativa comum ritmo quase cinematográfico, tornou-se o seu maior êxitoeditorial. Publicado em 1977, originou uma crítica literáriado escritor Luiz Pacheco intitulada «Descobri um autor»,e foi adaptado ao teatro em 1994, por Nuno Artur da Silva.

Para a RTP, escreveu uma série policial chamada «Um Gatono Caixote do Lixo», realizada por Rogério Ceitil, e em 1979colaborou na série «Retalhos da Vida de um Médico».

Interessou-se também por banda desenhada e foi, durante15 anos, chefe de redacção de uma revista semanal dedicadaa essa arte, chamada Tintin, e editor e chefe de redacçãoda Revista para Gente Nova, Spirou.

Sob o pseudónimo de Dennis McShade, publicou na colecçãode livros Rififi, da Íbis, que dirigiu, três romances policiais- «A Mão Direita do Diabo» (1967), «Requiem para D. Quixote»(1967) e «Mulher e Arma com Guitarra Espanhola» (1968).

Também escreveu poesia e outros dois livros, intitulados«Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel Garcia Marquez»(1984) e «Reduto quase final» (1989).

Dinis Machado foi um escritor que viveu atento e envolvidona vida popular da cidade de Lisboa.

A Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 21 deOutubro de 2008, presta sentida homenagem a Diniz Machado,manifesta à sua família o seu profundo pesar pela perdasofrida, guardando um minuto de silêncio em sua memória,e decide recomendar ao Pelouro da Cultura da Câmara Municipalde Lisboa que diligencie no sentido de homenagear condi-gnamente a sua memória e à Câmara Municipal de Lisboaque tenha em conta a justeza do seu nome vir a ser atribuídoa uma artéria desta cidade.

(Aprovado por unanimidade.)

- Moção n.º 45/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipalde «Os Verdes»:

«Lisboa, Cidade de Tolerância»

Perante a introdução de novas políticas de imigração naEuropa, cidadãos estrangeiros e nacionais manifestarampublicamente a sua preocupação contra o Pacto Europeusobre Imigração e Asilo, também denominado Pacto de Sarkozy.

«Os Verdes» consideram que este Pacto é um verdadeiro«pacto com o diabo», para todos aqueles que vivem, trabalhame estudam nesta Europa que afinal não é para todos.

As pessoas imigram, porque nos seus países não têm condiçõesde vida que garantam alguma qualidade e dignidade, nãoé porque um dia acordam e querem abandonar a sua família,as suas raízes culturais, partindo numa simples aventura.Não! Estes imigrantes partem em busca de mais qualidadede vida, partem a pensar na família que fica para tráse que precisa de apoio.

E chegam de toda a Europa, com a esperança como mote,mesmo sendo especializados, aceitam qualquer trabalho,qualquer remuneração que por certo é bem melhor que aquelaque tinham no seu país de origem. E trabalham, trabalham,mandam dinheiro para casa, para que as famílias que ficarampara trás tenham algo mais.

Com este pacto, estes imigrantes, muitos deles em situaçãoirregular, sem papéis, irão ser perseguidos, ainda maismarginalizados, irão sofrer ainda mais xenofobia. As pessoasnão são objectos, que hoje servem para alguma coisa e amanhãsão abandonados. Estas pessoas são seres humanos,têm direitos que lhes são negados, violados, ignorados.

Portugal que foi outrora e ainda hoje é um país de grandeemigração, com mais de Cinco Milhões dos seus nacionaisespalhados pelos quatro cantos do mundo, tem obrigaçõesde compreender e respeitar a realidade imigratória. Qualde nós não tem ainda família algures fora de Portugal? Fomosem busca de melhor vida, de um futuro mais risonho,tornando-nos cidadãos do mundo e esperando sempreque nos aceitassem para onde quer que fossemos.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (13)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Ora, há exactamente 6 meses, aquando da inauguraçãodo Memorial às Vítimas da Intolerância, o Município afirmoureconhecer-se como uma «Cidade de Tolerância», reafirmandoo seu empenho no combate pela tolerância e pela liberdade.

Com efeito, a tolerância é não apenas um valor humanoinsubstituível, princípio do comportamento individual, espelhoda dignidade de todos os homens, mas é também reconhecidacomo um fundamento da coesão social e do desenvolvimentocultural e económico.

Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera,na sequência da presente proposta dos eleitos do PartidoEcologista «Os Verdes»:

- Reafirmar o Município de Lisboa como Cidade de Tolerânciapara com outros povos e religiões;

- Defender a tolerância como condição indispensável ao progresso,ao avanço e ao desenvolvimento humano, científico, culturale educativo;

- Expressar o seu posicionamento contra o actual PactoEuropeu sobre Imigração e Asilo, denominado Pacto Sarkozy;

- Enviar a presente Moção aos órgãos de soberania (Presidenteda República, Assembleia da República e Governo), bem comoàs Associações de Imigrantes.

[Aprovada por maioria, com votos e favor (PS, PCP, Blocode Esquerda, PEV e Presidente da AML), votos contra(CDS/PP) e abstenções (PPD/PSD).]

- Moção n.º 46/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

As isenções de taxas que seriam devidas pela realizaçãode determinados eventos na cidade de Lisboa devem obedecera critérios objectivos, gerais e abstractos, devidamenteregulamentados e publicitados, que permitam apurar da opor-tunidade e equidade das mesmas e, em especial, do equilíbrioentre o impacto municipal do evento e o valor da taxaque deixa de ser cobrada.

No actual mandato, esta Assembleia Municipal tem sidosistematicamente confrontada com a inclusão na Ordemde Trabalhos, por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa,de múltiplas propostas de isenções, onde esses critériosnão estão devidamente demonstrados nem quantificados.

Acresce que as propostas de autorização que a CML vemsubmetendo à AML são apresentadas, sistematicamente,em momento posterior ao da realização do evento a isentar.

Note-se, aliás, que esta situação sucede logo com a própriaCML, que aprova a maior parte das propostas de isençãoem reuniões realizadas depois dos eventos.

Esta situação não é compatível com as mais elementaresregras de transparência da Administração Autárquica emLisboa, nem com o relacionamento institucional entre o órgãoautorizador, a AML, e o órgão autorizado, a CML.

Pese embora os múltiplos alertas do Grupo Municipal do PSDpara a insustentabilidade desta situação, facto é que a CML,o PS e o BE os vêm ignorando sistematicamente, o que nãopode deixar indiferente a AML.

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera exigir que a Câmara Municipal de Lisboaapresente a esta Assembleia Municipal, com a máximaurgência, regulamentação sobre isenção de taxas em Lisboa,definindo critérios objectivos para as mesmas.

Competindo à Assembleia Municipal de Lisboa autorizara isenção de taxas propostas pela CML, o que se deve verificarantes da realização dos eventos que as justificam, maisdelibera que a partir de 1 de Janeiro de 2009 não manteráa tradição de substituir tal autorização por uma mera ratificação,salvo casos excepcionais devidamente fundamentados.

Considerando a necessidade de informar atempada e devi-damente todos os eventuais interessados, delibera aindapublicar a presente Moção nos órgãos de comunicação social.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e votos contra (PS).]

- Moção n.º 47/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

A CML, presidida pelo Dr. António Costa, e apoiada na maioriaPS/BE, demitindo-se de exercer devidamente as competênciasque lhe cabem na área do Urbanismo, adjudicou directamenteà REFER - Rede Ferroviária Nacional, empresa na tutelados Ministérios das Finanças e das Obras Públicas, Transportese Comunicações, cujo principal objectivo consiste na prestaçãodo serviço público de gestão da infra-estrutura integranteda rede ferroviária nacional, o Plano de Urbanização de Alcântara,instrumento fundamental para o futuro desenho urbanísticodesta importante zona da Cidade, com as seguintes consequências:

- Deu uma machadada decisiva e irrecuperável na qualidadedo espaço público ribeirinho em Lisboa e na possibilidadede os Lisboetas fruírem do rio Tejo;

- Descredibilizou os projectos por si propagandeados na comu-nicação social sobre a reabilitação da zona ribeirinha;

- Deu cobertura total à aprovação do Decreto-Lei n.º 188//2008, de 23 de Setembro, que altera a concessãodo terminal portuário de Alcântara, estendendo até 2042a concessão, à LISCONT, do terminal de contentores;

- Garante a «construção» de uma muralha de dimensõesbrutais na zona de Alcântara, que esconde, afasta e separao rio Tejo da Cidade e dos Lisboetas.

Em Reunião de 22 de Abril passado, a Assembleia Municipalde Lisboa aprovou uma Moção em que manifestou a suaoposição à decisão da CML de adjudicar directamente, à REFER,o Plano de Urbanização de Alcântara.

Relembra-se que o Dr. António Costa afirmou publicamentenesta Assembleia Municipal desconhecer o projecto NovaAlcântara, anunciado em Abril pelo Governo, tendo estadoausente da apresentação pública do mesmo.

Até à presente data, o Dr. António Costa não deu nota públicade já estar devidamente informado sobre o mesmo, comominimamente se exige ao mais alto responsável do Municípiode Lisboa.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (14) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Também não se ouviu, até agora, o Dr. António Costa condenaresta intervenção que agride profundamente os interessesde Lisboa e dos Lisboetas, afectando a qualidade da FrenteRibeirinha e do espaço público, continuando o Presidenteda CML mergulhado num silêncio que só pode significarconcordância com este atentado à Cidade.

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera:

1 - Renovar e reforçar a sua oposição à decisão da CMLde adjudicar directamente à REFER o Plano de Urbanizaçãode Alcântara e condenar a extensão da concessão do terminalde contentores à LISCONT;

2 - Condenar o silêncio conivente do Sr. Presidente da CML,Dr. António Costa, em todo este processo;

3 - Expressar o seu apoio à iniciativa do Grupo Parlamentardo PSD de suscitar a Apreciação Parlamentar do Decreto--Lei n.º 188/2008, de 23 de Setembro, sobre a «Concessãodo terminal portuário de Alcântara».

4 - Transmitir a presente Moção ao Governo, aos GruposParlamentares e à CML.

[Aprovada Ponto por Ponto: Ponto 1 - Aprovado por maioria,com votos a favor (PPD/PSD, PCP, Bloco de Esquerda, CDS/PPe PEV) e votos contra (PS); Ponto 2 - Aprovado por maioria,com votos a favor (PPD/PSD, PCP e CDS/PP), votos contra (PS)e abstenções (Bloco de Esquerda e PEV); Ponto 3 - Aprovadopor maioria, com votos a favor (PPD/PSD), votos contra (PS,PCP e PEV) e abstenções (Bloco de Esquerda e CDS/PP);e Ponto 4 - Aprovado por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP, CDS/PP e PEV), votos contra (PS) e abstenções(Bloco de Esquerda).]

- Moção n.º 48/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

Considerando a necessidade de, com urgência, dotar a cidadede Lisboa com regulamentação que garanta a maior justiça,equidade e transparência na atribuição do património dispersoda CML, através da definição de critérios objectivos e devida-mente publicitados e conhecidos;

Considerando a vontade já declarada pelo PSD e pela maiorparte das outras Forças Políticas representadas na AssembleiaMunicipal de Lisboa de contribuir para tal objectivo;

Considerando que a apresentação de tal regulamentaçãona Assembleia Municipal de Lisboa está apenas dependenteda iniciativa e da vontade política do Presidente da CML,Dr. António Costa, e da maioria PS/BE;

Considerando que, pese embora as palavras de intenção,o Presidente da CML, Dr. António Costa, e a maioria PS/BE,não aprovaram nem apresentaram ainda essa regulamentação;

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera exigir que a CML apresente, em prazoque permita o seu agendamento na próxima Reunião ordináriada Assembleia, a prometida proposta de regulamentaçãosobre atribuição do património disperso da CML.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PS).]

- Moção n.º 49/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

No passado dia 8 de Outubro, e depois de múltiplas tentativaspara se eximir a essa obrigação, ou pelo menos atrasá-la,o Presidente da CML, Dr. António Costa, entregou aos Vereadoresuma lista contendo indicação dos utilizadores do patrimóniodisperso da Autarquia.

Em simultâneo, fez a entrega dessa mesma lista à comunicaçãosocial, que de imediato a divulgou nos meios de que dispõe.

Esta não será, ainda, a lista final detalhada, que continuaa aguardar o parecer da Comissão Nacional de Protecçãode Dados, pedido de forma muito oportuna numa situaçãoem que estão em causa dados sobre a utilização de patrimóniopúblico municipal.

Mas o Presidente da CML, Dr. António Costa, não tevea iniciativa de fazer a entrega de tal lista à AssembleiaMunicipal de Lisboa, órgão autárquico do Município comcompetências de fiscalização da actividade do Executivo Municipal.

Constata-se, assim, que o Presidente da CML, Dr. António Costa,tem uma postura unilateralista, não pretendendo envolvera AML num processo de evidente interesse municipal, paraalém dos quadros político-partidários existentes, e cuja resoluçãourgente e alargada é por demais evidente e necessária.

Acresce que esta grave omissão obstaculiza o livre exercício,por parte da Assembleia Municipal de Lisboa, das competênciasde fiscalização que lhe estão legalmente cometidas, o quese tem por inaceitável.

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera:

1 - Evidenciar o facto de o Sr. Presidente da CML, Dr. AntónioCosta, não ter, até hoje, entregue à Assembleia Municipalde Lisboa a listagem do património disperso da Autarquia,ao contrário do que fez com os Vereadores e com a comu-nicação social a 8 de Outubro passado;

2 - Exigir a entrega, imediata, à Assembleia Municipal de Lisboa,da referida listagem, para que esta possa exercer as compe-tências de fiscalização da actividade da CML que lhe estãolegalmente cometidas.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e votos contra (PS).]

- Moção n.º 50/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

O Grupo Municipal do PSD (GM/PSD) tomou conhecimento,com enorme preocupação, das notícias que dão conta de queo Terreiro do Paço vai fechar, novamente para obras durantemais 9 meses!

A ser verdade, o GM/PSD questiona como é possível quea CML presidia por António Costa faça esta gestão absurdade um dos ex-libris da Cidade de Lisboa.

A razão estará na construção de um interceptor de saneamentode águas residuais e pluviais, a realizar pela SimTejo,empresa na qual a CML participa.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (15)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Se é verdade que o saneamento na Cidade é necessário,a CML presidida por António Costa tem de deixar respiraros Lisboetas e planear, devidamente, as intervenções quediversas entidades levam a efeito na cidade, e que têmimplicações extremamente negativas na liberdade de utilizaçãodo espaço público e na qualidade com que o mesmo é vivido.

Efectivamente, quando todos acreditávamos que o pesadelotinha terminado, o PS, não contente com os 10 anos (temposuperior ao da construção do EuroTúnel sob o Canal da Mancha)que demoraram as obras de construção da Estação de Metrodo Terreiro do Paço, por responsabilidade dos seus Governos(o que implicou um aumento brutal dos respectivos custos,estimado em 135 milhões de euros), vem agora exigir aosLisboetas e a todos aqueles que vivem a Cidade que aguentemmais 9 meses de obras e de desqualificação do espaço públicoem Lisboa.

Acresce que nada garante que aquele prazo se cumpra,considerando as especiais características e sensibilidadeda zona de obra, bem como a forma como decorreramas obras do Metro.

Esta situação reflecte a mais completa desorganizaçãoda Câmara presidia por António Costa, sendo mais umamarca da gestão descoordenada do PS e BE na Cidade.

Ao fim de praticamente ano e meio de mandato desta maioria,não podia esta intervenção da SimTejo ter sido coordenadacom os trabalhos do Metro?

Que tipo de acessibilidades vão ser disponibilizados paratodos aqueles que utilizarem a Praça?

Que tipo de condicionamento vai ser introduzido no trânsito?

Que solução vai ser encontrada para a preservação da estátuade D. José?

Porque razão cabe à Sociedade Frente Tejo a responsabilidadepelos arranjos à superfície?

E o que é que se projecta para esse efeito?

Na ausência de respostas, é fundamental que a ComissãoPermanente de Ambiente e Qualidade de Vida chame,com urgência, os Vereadores responsáveis pelo Pelouro,bem como representantes de todas as entidades envolvidas,para obter todos os esclarecimentos que esta situação exige.

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera denunciar mais este profundo desrespeitopela Cidade de Lisboa e pelos Lisboetas, demonstrado pelaCML presidida por Sr. Dr. António Costa, e pela maioriaPS/BE, revelador da sua desorganização e incapacidadede gerir a Cidade.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCPe PEV), votos contra (PS e Bloco de Esquerda) e abstenções(CDS/PP).]

- Moção n.º 51/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PSD:

Considerando que a Cidade tem vindo a assistir, com perple-xidade, a decisões recorrentes da CML presidida pelo Dr. AntónioCosta que condicionam, de forma arbitrária e discricionária,a utilização do espaço público por parte dos Lisboetas,em particular ao nível do trânsito e/ou da livre circulaçãode peões, de que são exemplos emblemáticos o sucedidocom a Praça da Flores, com o Pax Rally e, agora, coma Avenida da Liberdade;

Considerando a necessidade de todas estas situações serematempadamente conhecidas e avaliadas pela AML, órgão fisca-lizador da actividade da CML;

A Assembleia Municipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubrode 2008, delibera que a CML deve comunicar-lhe, coma antecedência mínima de 1 mês antes da sua realização,todas as intervenções, iniciativas e eventos na cidade de Lisboaque obriguem a condicionamentos do trânsito e/ou da livrecirculação de peões, bem como indicação das respectivasalternativas e custos, directos ou indirectos, a suportar peloMunicípio e respectivo retorno.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,CDS/PP e PEV), votos contra (PS) e abstenções (Bloco de Esquerdae 1 Deputado Municipal do PSD).]

- Moção n.º 52/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo Bloco de Esquerda:

Lisboa contra a discriminação

Considerando que:

1 - A Constituição da República Portuguesa proíbe expressamentea discriminação em função da orientação sexual e que,aquando da consagração deste princípio, todos os partidosafirmaram subscrevê-lo;

2 - O Partido Socialista na sua declaração de princípiosanterior às últimas eleições legislativas se comprometiaa eliminar da Lei Portuguesa todos os factores de discriminação;

3 - O acesso ao Casamento Civil em nada afecta os direitosou deveres de nenhum outro cidadão, constituindo apenasa eliminação de uma inconstitucionalidade por omissãoe uma discriminação sem sentido.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe que a AssembleiaMunicipal de Lisboa, na reunião ordinária de 21 de Outubrode 2008, delibere:

1 - Apelar à Câmara Municipal de Lisboa para que promovaum crescente trabalho conjunto e diálogo com os movimentosque representam os homossexuais e as associações de direitossexuais no sentido de combater as muitas discriminaçõesde que estes cidadãos continuam a ser alvo na sociedadee na lei;

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (16) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

2 - Pronunciar-se a favor do princípio constitucional da nãodiscriminação de cidadãos com base na orientação sexuale, em consequência, pela consagração na lei do acessoao casamento civil a pessoas do mesmo sexo.

[Aprovada Ponto por Ponto: Ponto 1 - Aprovado por maioria,com votos a favor (PS, PCP, Bloco de Esquerda, PEV e 4 Depu-tados Municipais do PSD), votos contra (8 Deputados Municipaisdo PPD/PSD e 1 Deputado Municipal do CDS/PP) e abstenções(PPD/PSD e CDS/PP); e Ponto 2 - Aprovado por maioria, comvotos a favor (PS, PCP, Bloco de Esquerda, PEV e 4 DeputadosMunicipais do PSD), votos contra (19 Deputados Municipaisdo PPD/PSD e 2 Deputados Municipais do CDS/PP) e abstenções(PPD/PSD e 1 Deputado Municipal do CDS/PP).]

- Moção n.º 53/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo Bloco de Esquerda:

Pela definição duma política social municipal

1 - Considerando o Dia Mundial da Alimentação e o Dia Internacionalpara a Erradicação da Pobreza e dos Sem-Abrigo, efeméridesassinaladas nos passados dias 16 e 17 de Outubro, respec-tivamente;

2 - Assumindo que o Dia Mundial da Alimentação, cuja celebraçãose pautou essencialmente pelas questões ligadas aos excessosdos Países designados por desenvolvidos, como por exemploa obesidade, deverá ser igualmente uma ocasião para abordara escassez de bens essenciais, cuja realidade tem sofridonos últimos anos um considerável incremento, com o surgimentoda fome, fenómeno que abrange todos os países do mundo,actualmente agravado pela crise financeira vivida;

3 - Reconhecendo que a consagração destas datas, observadaspelo sistema das Nações Unidas, constitui um espaçoprivilegiado de reflexão sobre a dignidade pessoal e o respeitopelos direitos humanos e nas medidas a adoptar no combateà pobreza e à exclusão social;

4 - Tendo em conta o aumento do número de cidadãosem risco de pobreza, tendo o Eurostat apontado Portugalcomo um dos Países mais pobres da União Europeiae o Instituto Nacional de Estatística revelado que a taxade risco de pobreza da população portuguesa é da ordemdos 18 %, sendo que sem as transferências sociais a taxaseria de 25 %, factos confirmados, há aproximadamenteum ano, pelo Observatório de Luta Contra a Pobrezada cidade de Lisboa;

5 - Admitindo que as ruas da cidade são verdadeiras montrasda saúde social do País, de que o crescimento do númerode pessoas sem-abrigo é exemplificativo, conhecendo-se hojenovos esferas deste fenómeno de exclusão social, alémdo alcoolismo e da toxicodependência, que incluem idosose imigrantes, situações relacionadas com a precariedadeno acesso à habitação;

6 - Sabendo-se que os principais públicos em situaçãode pobreza e exclusão social, identificados pela Rede Socialde Lisboa, são os idosos, as crianças e a população imigrante;

7 - Tendo em consideração a boa cobertura ao nível das neces-sidades de emergência, como a distribuição de alimentação,vestuário, apoio médico e cuidados básicos, mas a evidentefalha de respostas que garantam a continuidade do trabalhoaté à reinserção social dos cidadãos, que possibilitema sua autonomização, sempre que tal é possível;

8 - Entendendo que as medidas adoptadas e apoiadas pelaCâmara Municipal de Lisboa se baseiam num regime assisten-cialista, carente de políticas estruturadas visando a reinserçãosocial, desconhecendo-se a política pública da Edilidade paraerradicar a pobreza, não obstante já ter decorrido um anode mandato;

9 - Asseverando que a definição de pobreza como situaçãode privação por falta de recursos não contempla os novospobres da actualidade, excluídos socialmente dada a suainacessibilidade aos diversos sistemas sociais existentese cujas respostas não respondem às necessidades;

10 - Atendendo a que em todas as formas de exclusão socialexistem factores comuns de vulnerabilidade, como a instabilidadehabitacional ou falta de acesso à habitação, emprego precárioou ausência de protecção social;

11 - Salientando que, em Maio do presente ano, a Vereadorada Acção Social anunciou a criação de dois centros de acolhimentode pessoas sem-abrigo, assim como a abertura de duas residênciasassistidas para idosos, medidas cuja data de execuçãose desconhece;

12 - Concordando que a pobreza e as desigualdades sociaisdevem ser colocadas no centro da política e nas agendassociais de todos os órgãos instituídos do Poder Autárquico;

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na reunião extraordináriade 21 de Outubro de 2008, delibere:

1 - Lamentar a carência de uma política integrada de respostassociais, cuja apresentação de uma estratégia municipal,e respectivas medidas, ainda não teve lugar, não obstantejá ter decorrido um ano de mandato;

2 - Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que apresentea esta Assembleia Municipal a sua estratégia de política social,designadamente qual a sua definição de política municipalde luta contra a pobreza, intervenção na luta contra o alcoolismoe a toxicodependência, e combate à exclusão social;

3 - Recomendar que o próximo Orçamento Municipal contempleo aumento das verbas nas categorias destinadas às políticassociais, nomeadamente através do reforço da equipa de ruade apoio aos sem-abrigo, desenvolvimento de projectoscomo a Habitação Apoiada ou a criação de uma sala de injecçãoassistida, proposta constante da Estratégia Municipalde Intervenção para as Dependências, aprovada em Novembrode 2006.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda e PEV), votos contra (PS) e abstenções(CDS/PP).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (17)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Recomendação n.º 62/AML/2008 - Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes»:

«Conselho Municipal de Juventude»

O Associativismo Juvenil é uma forma privilegiada de inter-venção social e política dos jovens, possibilitando o diálogoentre os diversos interlocutores na definição das políticasde juventude.

Por seu turno, o Conselho Municipal de Juventude de Lisboafoi criado no ano de 1991, funcionando, desde então, comoum organismo de auscultação, de informação, de consultae de debate entre a Autarquia e as Associações Juvenis,permitindo desenvolver políticas de acordo com as neces-sidades e expectativas dos jovens.

Desde 2003, e por progressivas dificuldades de funcionamento,as reuniões deste Conselho foram temporariamente suspensas,o que veio prejudicar as relações de diálogo entre as Asso-ciações de Juventude e a Autarquia.

Considerando que no Plano da Juventude para 2007-2009,aprovado em reunião da CML e na AML, se previa reactivar,entre outras iniciativas, quer o Conselho, quer a organizaçãode um Fórum Estudante (Futurália), uma feira para os jovens,combinando ensino, qualificação profissional, competênciaspessoais e empregabilidade e que a próxima edição destaFeira estava agendada para o próximo mês de Novembrode 2008.

Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera,na sequência da presente proposta dos eleitos do PartidoEcologista «Os Verdes», recomendar à Câmara Municipalde Lisboa que:

- Proceda à reactivação do Conselho Municipal de Juventudede Lisboa, comunicando às Organizações de Juventudesobre a sua reentrada em funcionamento;

- Uma vez reactivado este Conselho, reúna as vezes estipuladase sempre que se considere necessário;

- Informe periodicamente esta Assembleia sobre as deliberaçõestomadas nessas reuniões; e que

- Pondere agendar a realização de um novo Fórum Estudantil.

(Aprovada por unanimidade.)

- Recomendação n.º 63/AML/2008 - Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes»:

«Pontos Negros na Cidade de Lisboa»

No passado dia 13 de Outubro comemorou-se o Dia Europeude Segurança Rodoviária, o qual foi instituído em 2007 pelaComissão Europeia. Este ano a data foi assinalada tendocomo tema a segurança rodoviária nas cidades, onde ocorremdois terços dos acidentes registados.

Como tal, torna-se cada vez mais importante reflectir sobreo estado actual da situação de tremenda insegurança rodoviáriaem circuito urbano, a qual é motivada por uma perversãoda relação entre a condução automóvel, geralmente em excessode velocidade, e a deslocação pedonal, em grande partedificultada por todo o tipo de obstáculos móveis, imóveis,físicos e mesmo mentais.

A cidade de Lisboa tem sido profundamente marcada porum défice claro de participação cívica nos processos de reflexãoe planeamento territorial e da rede de transportes, assimcomo viu também o seu centro rasgado por vias rápidas,onde não é seguro andar a pé e onde a insegurança aumentana proporção inversa do esvaziamento e desvalorização dasáreas pedonais e da destruição das características residenciaisde muitos bairros.

Considerando que em 20 de Junho do presente ano, a CâmaraMunicipal de Lisboa assinou a Carta Europeia da SegurançaRodoviária, a qual faz parte do Programa de Acção paraa Segurança Rodoviária, lançado pela Comissão Europeiahá quatro anos com o principal objectivo de reduzir parametade o número de mortes nas estradas europeias até 2010;

Considerando que, com base nas denúncias efectuadas porcidadãos, quer a DECO, quer a Associação de Cidadãos Auto--Mobilizados (ACA-M), têm procurado contribuir para o levantamentode deficiências de mobilidade e circulação na cidade de Lisboa;

Considerando que no âmbito da Semana da Mobilidadede 2007, a CML terá apresentado o Programa de Acçãode Identificação e Divulgação dos Pontos Negros na Cidadede Lisboa, documento este que identifica apenas 20 pontosnegros para Lisboa, existindo, comprovadamente, muitosmais espalhados por toda a cidade;

Considerando que, com base na identificação apresentadano ano passado, a CML terá anunciado que as intervençõesa efectuar estariam concluídas entre Abril e Maio do presenteano, o que, comprovadamente, não se verificou;

Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera,na sequência da presente proposta dos eleitos do PartidoEcologista «Os Verdes», recomendar à Câmara Municipalde Lisboa que:

1 - Seja retomada e actualizada a devida identificaçãodos Pontos Negros da circulação pedonal e rodoviáriana cidade de Lisboa;

2 - Estabeleça prioridades e calendarize as medidas indispensáveispara a correcção dos Pontos Negros identificados;

3 - Promova, com as associações que activamente vêm efectuandoacções de sensibilização e reconhecimento dos referidosPontos Negros, as parcerias consideradas necessárias;

4 - Informe periodicamente esta Assembleia sobre os trabalhoscalendarizados e já efectuados.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PS).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (18) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Recomendação n.º 64/AML/2008 - Subscrita pelo GrupoMunicipal de «Os Verdes»:

«Controlo do Ruído Nocturno»

A Câmara Municipal de Lisboa acabou, em 14 de Outubrode 2008, de exarar um despacho com o objectivo de regularo ruído nocturno, fixando os horários de funcionamentodos estabelecimentos comerciais de restauração e bebidasna zona do Bairro Alto.

Para a sua redacção, a CML teve em atenção a elevada afluênciade utentes ao Bairro Alto e a sua permanência nas ruascomo susceptíveis de gerar focos de ruído e de instabilidadeque afectam o direito ao repouso dos residentes.

Ora, considerando que, nos termos do disposto no n.º 1do artigo 66.º da Constituição da República Portuguesa,«todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadioe ecologicamente equilibrado e o dever de o defender», sendoque vários estudos relacionam a qualidade de vida e a saúdedo ser humano com os níveis de ruído a que é exposto;

Considerando que também os residentes da zona das JanelasVerdes têm sucessivamente vindo a apresentar, junto da CML,inúmeras reclamações denunciando o incómodo repetidoe constante originado pelo funcionamento de muitos estabe-lecimentos comerciais até de madrugada;

Considerando que as queixas dos moradores se referem nãosó ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais paraalém do respectivo horário, mas dizem também respeitoao ruído que se faz sentir no próprio período de funcio-namento autorizado;

Tendo presente que o Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de Maio,alterado pelo Decreto-Lei n.º 126/96, de 10 de Agosto, prevêa susceptibilidade de imposição de limitações aos horáriosde funcionamento dos estabelecimentos comerciais, quandoesteja em causa a efectiva necessidade de protecção da qualidadede vida dos cidadãos;

Tendo em atenção que o Regulamento dos Horários de Funcio-namento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestaçãode Serviços no Concelho de Lisboa, aprovado mediantea Deliberação n.º 87/AM/1997, tomada em sessão de 1997//09/25, que determina no número 5 do artigo 5.º, queo Presidente ou o Vereador com competência delegadapoderá restringir os horários de funcionamento fixadosno n.º 1 do artigo 3.º daquele Regulamento, medianteiniciativa própria ou em resultado do exercício do direitode petição dos administrados, desde que tal decisão se funda-mente na necessidade de repor a segurança ou na protecçãoda qualidade de vida dos cidadãos, acrescentando que«tal restrição deverá atender, ainda, quer aos interessesdos consumidores quer aos interesses das actividadeseconómicas envolvidas».

Tendo em consideração que os residentes na zona envolventedas Janelas Verdes se queixam não conseguirem dormir,devido ao barulho até cerca das 5h00, mais intenso de quarta--feira a sábado, proveniente da música dos bares, e da desordempública à porta desses estabelecimentos;

Considerando que os referidos moradores das Janelas Verdesjá apresentaram na Autarquia testes realizados pelo InstitutoSuperior de Qualidade que provam a violação da lei do ruído,mas que o Sr. Vereador dos Espaços Verdes lhes retorquiuque a CML terá de fazer outros quatro testes para certificaro ruído, o que manifesta uma clara dualidade de critériosdo Município para com os moradores do Bairro Altoe os das Janelas Verdes;

Neste sentido, a Assembleia Municipal de Lisboa delibera,na sequência da presente proposta dos eleitos do PartidoEcologista «Os Verdes», recomendar à Câmara Municipalde Lisboa que:

1 - Os Serviços Municipais, ou outras instituições com competênciaem matéria do ruído, procedam, no mais curto espaçode tempo, à elaboração de estudos sobre níveis de ruídoe consequentes impactos na saúde da população, particularmenteem zonas onde se constata este problema;

2 - Na sequência das medidas apresentadas para regularo ruído no Bairro Alto, adopte deliberações semelhantespara as Janelas Verdes e outras zonas da cidade onde compro-vadamente o ruído nocturno afecta a qualidade de vidados moradores;

3 - Dê conhecimento dos locais afectados pelo ruído e das medidascorrectivas aí a introduzir a esta Assembleia.

Em consequência, faça cumprir a Carta de Ruído paraa cidade de Lisboa.

[Aprovada Ponto por Ponto: Pontos 1 e 3 - Aprovados porunanimidade; e Ponto 2 - Aprovado por maioria, com votosa favor (PS, PCP, CDS/PP, PEV e 5 Deputados Municipaisdo PSD) e abstenções (PPD/PSD e Bloco de Esquerda).]

- Recomendação n.º 65/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo PCP:

O Salão Nobre da Escola de Música do Conservatóriode Lisboa foi inaugurado em 1881, com projecto de EugénioCotrim, tendo o seu tecto pinturas de José Malhoa. É unânimeo reconhecimento das extraordinárias características acústicasde que o Salão dispõe, bem como das propriedades estéticase de valor arquitectónico, que enriquecem o patrimóniocultural do país, em geral, mas também, e em particularo da cidade de Lisboa.

Apesar do valor do Salão Nobre da Escola de Música do Conser-vatório de Lisboa e de, ao longo de décadas, ter tambémservido de palco para a realização de numerosos espectáculos,actualmente, quer no plano estético, quer no plano estrutural,a sala encontra-se degradada, sendo necessária uma urgenteintervenção para a sua requalificação. Para além da deterioraçãodos materiais, alguns datando da sua inauguração, o acessoao balcão encontra-se vedado por risco de derrocada e porinstabilidade da sua estrutura. A situação actual é de preocupantedeterioração física e com riscos para os seus utilizadores,sendo de lamentar que não exista uma intervenção físicano Salão Nobre desde 1946.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (19)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

O actual Governo encetou um processo tendente à realizaçãodas obras necessárias, que não se concretizou por faltade acordo com a direcção da Escola de Música do Conser-vatório, porque o projecto foi apresentado à margem das suasnecessidades pedagógicas, e por desfigurar em parte os traçospróprios e característicos do Salão Nobre.

É urgente que se inicie um trabalho de qualificação desteimportante equipamento cultural e arquitectónico da cidadede Lisboa, em concordância e no respeito pelos órgãosde Direcção da Escola.

Assim, o Grupo Municipal do PCP propõe que a AssembleiaMunicipal de Lisboa, reunida em 21 de Outubro de 2008,delibere:

1 - Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa uma posiçãointerventiva junto do Governo, para que este adopteas medidas necessárias para a requalificação do Salão Nobreda Escola de Música do Conservatório de Lisboa;

2 - Recomendar que esse processo tenha em conta os pareceresda Direcção da Escola e envolva a respectiva comunidadeescolar;

3 - Enviar esta Recomendação aos Grupos Parlamentaresda Assembleia da República.

(Aprovada por unanimidade.)

- Recomendação n.º 66/AML/2008 - Subscrita pelo GrupoMunicipal do Bloco de Esquerda:

Pela requalificação do Bairro Alto

Considerando que:

1 - O Bairro Alto é um dos principais cartões de visitade Lisboa, constituindo um dos bairros históricos maisvisitados da cidade e um importante centro de atracçãoturística e de lazer da cidade, que, infelizmente, apresentasinais de degradação e de desqualificação, fruto de décadasde incúria e incapacidade dos sucessivos Executivos Camaráriosem promover a sua requalificação;

2 - Essa operação de requalificação, de forma nenhuma podeser resumida a uma intervenção de limpeza de fachadasou de medidas de matriz essencialmente securitária e repressiva,ignorando-se a urgência de uma operação integrada de requa-lificação que permita a melhoria das condições de habitação,de vida e de segurança da população de quem lá vive,ou de quem lá exerce a sua actividade quotidiana;

3 - As únicas operações de requalificação a que se tem assistidono Bairro Alto têm-se limitado à promoção de condomíniosfechados ou de luxo, numa lógica urbana que tem deixadoà margem a grande maioria da população do bairro e temcontribuído para o desaparecimento, de facto, de importantesexemplos do património histórico e cultural da cidadee do próprio bairro (Convento dos Inglesinhos, por exemplo);

4 - Qualquer operação de requalificação urbana, não podedeixar de ser feita com o apoio e participação directa daspopulações que aí vivem e trabalham, suscitando a discussãopública e a busca de consensos indispensáveis para ganhar

a população para essa operação e a torná-la parte activana promoção da sua execução e realização, em conjuntocom a Câmara e as Juntas de Freguesia envolvidas;

5 - Ao contrário do que anuncia o Sr. Presidente da CâmaraMunicipal de Lisboa, não houve nenhum processo de discussãoe de participação pública para explicar e obter o reconhecimentoe o apoio da população, estando esta prática mais conformeum estilo de exercício de poder autocrático do que com ummodelo de democracia participativa que o actual executivo,alegadamente, quer promover na cidade e que, no mesmomomento em que anuncia a abertura de um processo desses,a propósito do próximo Orçamento de 2009, revela umaorientação política precisamente contrária a essa proposta;

6 - Neste contexto, e apesar de se considerarem como positivasalgumas medidas anunciadas, como sejam a limpeza de paredes,reforço da limpeza urbana e da iluminação do bairro,não escondem outras de natureza claramente repressivae securitária, como seja a profusão de câmaras de videovigilância,ignorando que a criminalidade não se combate apenas coma exibição de forças policiais, antes com a requalificaçãoe renovação do bairro, em que os actores fundamentais dessatransformação devem ser as pessoas, a sua participaçãoe envolvimento e os diferentes actores políticos e socaispresentes no terreno;

7 - As medidas agora anunciadas, porque não estão integradasem nenhum plano de reabilitação plena do bairro, arriscam-sea ser apenas mais uma operação de cosmética urbanae que visa, afinal, fins eleitoralistas e de fachada, que os lisboetassaberão, a seu tempo, dar resposta.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe quea Assembleia Municipal de Lisboa, na reunião extraordináriade 21 de Outubro de 2008, delibere:

1 - Recomendar ao Executivo Municipal a elaboração imediatade um Plano de Requalificação do Bairro Alto com vistaa dar coerência, sentido e orientação a medidas parcelares,que, sendo necessárias, precisam de ser sustentáveise se apoiem na participação e na vontade expressada população, das várias organizações da sociedade civilexistentes na zona e dos Órgãos Autárquicos directamenteenvolvidos;

2 - Recomendar a suspensão imediata de todas as medidasde matriz autocrática e repressiva, decididas unilateralmentepela Câmara, até que todos os actores políticos e sociaisda zona se pronunciem;

3 - Reafirmar a importância de se aprovar, em conjunto coma população, uma autêntica operação de requalificaçãourbana do Bairro Alto, por forma a conseguir a progressivareabilitação das dezenas de edifícios abandonados e degradados,garantir a melhoria das condições de vida, de habitaçãoe de segurança dos residentes e assegurar uma adequadaconvivência da actividade comercial e turística da zona comos direitos à qualidade de vida de quem vive e trabalhano Bairro.

[Aprovada Ponto por Ponto: Pontos 1 e 3 - Aprovados por maioria,com votos a favor (PPD/PSD, PCP, Bloco de Esquerda, CDS/PPe PEV) e votos contra (PS); e Ponto 2 - Aprovado por maioria,com votos a favor (PCP, Bloco de Esquerda e 2 DeputadosMunicipais do PSD), votos contra (PPD/PSD, PS e CDS/PP)e abstenções (PEV).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (20) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Recomendação n.º 67/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo CDS/PP:

Os Deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, eleitospela lista do CDS - Partido Popular, vêm, ao abrigo do dispostono artigo 38.º, n.º 1, alínea f) do Regimento deste órgão,apresentar a presente Recomendação à Câmara Municipalde Lisboa:

O CDS-PP vem lutando insistentemente contra aquilo quetem caracterizado como a manifesta falta de respeito da CMLpelo seu património imobiliário.

Esse património imobiliário pertence aos munícipes e é obrigaçãoda CML zelar pelo bom uso do mesmo em benefício dessesmesmos munícipes.

O CDS-PP tem denunciado sem descanso tais práticas, tendocomo resposta da CML a mais total inacção do actualExecutivo, ou mesmo o desprezo declarado pelos nossospedidos de esclarecimento.

A denúncia recente de situações de atribuição do direitode uso de imóveis camarários em condições injustificáveispor qualquer critério de justiça e racionalidade, veio dar razãoao CDS-PP, se necessário fosse.

A divulgação recente da lista desses imóveis não acrescentanada de essencial a esta questão, apenas fundamentaa necessidade de mudar de vida, também nesta áreada gestão da CML.

Tendo por base essa orientação, o CDS propõe que a CâmaraMunicipal de Lisboa:

1 - Analise cada uma das situações, de modo a verificar quese encontram preenchidos os pressupostos que levaramà cedência do património;

2 - Efectue uma revisão dos montantes pelos quais os imóveisestão cedidos, tendo em conta o seu real valor e as condiçõesdos beneficiários da cedência;

3 - Crie, no imediato, critérios e procedimentos objectivospara a atribuição deste património e sua valorização;

4 - Que tenha em conta na valorização do património,essencialmente, a área, estado de conservação, localizaçãoe rendimento das actividades a desenvolver no local.

[Aprovada Ponto por Ponto: Pontos 1 e 2 - Aprovados por unani-midade; e Pontos 3 e 4 - Aprovados por maioria, com votosa favor (PPD/PSD, PCP, Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV)e abstenções (PS).]

- Recomendação n.º 68/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo CDS/PP:

Os Deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, eleitospela lista do CDS - Partido Popular, vêm, ao abrigo do dispostono artigo 38.º, n.º 1, alínea f) do Regimento deste órgão,apresentar a presente Recomendação à Câmara Municipalde Lisboa:

No ano passado e por volta desta altura, o CDS-PP alertoupara o facto da necessidade de se proceder, atempadamente,à limpeza das sarjetas até ao mês de Setembro, de formaa preparar a cidade para as inundações próprias da entradano Inverno.

Decorridos quinze dias deste alerta, Lisboa viu-se inundada,criando congestionamento por várias zonas da cidade. O ExecutivoCamarário sempre afirmou que os trabalhos de limpeza eramefectuados, mas tal não se verifica. Em Dezembro do anopassado, a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade,uma recomendação do CDS-PP, na qual se recomendavaà Câmara Municipal que procedesse à limpeza de todasas sarjetas e meios de escoamento das águas, bem comoà execução de obras de alterações nas vias em quese constatou a existência de problemas com o escoamentodas águas.

Passou um ano e parece que, mesmo assim, a actual maioriacontinua a não aprender. No passado sábado e em apenas20 minutos, uma tromba de água revirou a cidade, tornando-acaótica. Realçam-se os seguintes factos:

- 6 cafés e hotéis na zona de Sete Rios totalmente inundados;- Inundações críticas nos túneis da Avenida João XXI,Avenida EUA, Rêgo e Campo Grande;

- Locais em estado caótico derivado das inundações: Campolide,Alvalade, Sete Rios, Avenida de Roma, Campo Pequeno,Avenida 5 de Outubro e Praça do Chile, entre outros;

- Carros imobilizados com automobilistas dentro na Praçade Espanha;

- Abatimento do pavimento na Avenida Egas Moniz, frenteao Hospital de Santa Maria.

Alguns técnicos já apontam como uma das principais causasdas inundações as deficiências verificadas na falta de manutenção.

Perante alguns exemplos de episódios que, em alguns casosjá se tornam rotinas todos os anos por este época e querevelam a falta de empenho do Executivo nesta área, aAssembleia Municipal de Lisboa solicita à Câmara Municipalde Lisboa que:

1 - Informe esta Assembleia do cumprimento da recomendaçãoacima referida, nomeadamente de medidas preventivasde intervenções de limpeza para este ano;

2 - Providencie os trabalhos de limpeza de sarjetas e escoamentode águas onde não o efectuou;

3 - Garanta, em caso de necessidade, a intervenção imediatade equipas com vista à regulação da circulação e diminuiçãodos efeitos da acumulação de águas;

4 - Sejam apuradas responsabilidades pela falta de manutençãomanifestada.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PCP,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PS).]

- Recomendação n.º 69/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo CDS/PP:

Os Deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, eleitospela lista do CDS - Partido Popular, vêm, ao abrigo do dispostono artigo 38.º, n.º 1, alínea f) do Regimento deste órgão,apresentar a presente Recomendação à Câmara Municipalde Lisboa:

Um grupo de moradores da Alta de Lisboa decidiu construir,perante a inércia da Câmara Municipal de Lisboa, uma rotundano cruzamento das Ruas Helena Vaz da Silva, Avenida VascoGonçalves, Rua Arnaldo Ferreira e Avenida Álvaro Cunhale Eugénio de Andrade.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (21)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Este cruzamento, ausente de qualquer sistema semafóricoou rotunda, provoca o caos no trânsito, em particularnas horas de ponta, uma vez que se trata da confluênciade 18 faixas de rodagem.

O mesmo grupo de moradores insurge-se contra o facto de,há mais de um ano, não receber respostas às missivasremetidas ao Executivo Camarário, levando-os à construçãoda rotunda que, enquanto ali permaneceu, melhorou a fluiçãodo tráfego automóvel.

A referida rotunda teve apenas 2 dias de existência. Mas tantoo Gabinete do Senhor Presidente da CML, como a SGAL,o Departamento de Tráfego e a Junta de Freguesia do Lumiarafirmou não a terem removido.

Aliás, a par dos moradores, também a Junta de Freguesiado Lumiar tem vindo a defender uma solução para o problemade mobilidade neste cruzamento.

Perante esta situação, a Assembleia Municipal de Lisboasolicita à Câmara Municipal de Lisboa que:

1 - Informe se existe um projecto de ordenação do tráfegono referido cruzamento e qual a data prevista de inícioe conclusão;

2 - Providencie, de imediato, uma solução temporáriaque minimize os acidentes.

(Aprovada por unanimidade.)

- Recomendação n.º 70/AML/2008 - Subscrita pelo Grupo Municipaldo Bloco de Esquerda:

Pela preservação do edifício do Conservatório Nacional e a urgentereabilitação do seu Salão Nobre

1 - Considerando que o Conservatório Dramático de Lisboafoi instalado no Convento dos Caetanos em 1820, uma vezabolidas as Ordens Religiosas, por onde já passaram igualmenteas Escolas de Teatro e Cinema, entretanto deslocadaspara o pólo da Amadora, no concelho de Sintra;

2 - Assumindo o Conservatório Nacional de Lisboa comouma instituição indispensável não só às actividades da Escolade Música, mas como pólo dinamizador do Bairro Altoe de toda a cidade, assim como de inegável importânciano panorama cultural nacional;

3 - Reconhecendo a unicidade do projecto do arquitectoEugénio Cotrim, com um tecto pintado pelo consagrado JoséMalhoa e uma acústica ímpar gabada por diversos artistasde renome internacional como Anthony Pey, GuilherminaSuggia, Karl Leister, Mara Zampiere e Peter Schreier,entre outros que seleccionaram o Salão Nobre para palcoda gravação de discos;

4 - Identificando o papel basilar que, nas suas diversasdesignações, o Conservatório Nacional desempenhou no ensinoda Música em Portugal, do qual nomes como Almeida Garrett,Domingos Bomtempo, Guilherme Coussoul e Vianna da Mottasão representativos de que a história desta instituiçãose confunde com a história artística de Portugal;

5 - Tendo em conta que os 62 anos de intensa utilizaçãodo Salão Nobre do Conservatório Nacional de Lisboa paraa realização de diversas manifestações culturais como concertos,aulas e audições, não foram acompanhados pelas respectivasobras de manutenção ou beneficiação desde 1946;

6 - Reconhecendo que a situação actualmente verificadanaquela sala centenária de espectáculos é de profunda deterioraçãofísica, correndo-se o risco de danos e perdas irreversíveis,dos quais a sustentação por estacas de ferro de um balcãolateral, em risco de derrocada, camarins em precáriascondições e buracos no tecto, são exemplificativos dos riscosa que os seus utilizadores estão sujeitos e da urgênciada execução dos trabalhos de recuperação;

7 - Sabendo-se que no ano em que se celebraram os 170 anosda Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa,foi publicado o concurso público para a recuperação do SalãoNobre («Diário da República», III.ª Série, n.º 239, de 15 deDezembro de 2005), cujas razões para o seu cancelamentopermanecem por esclarecer;

8 - Atendendo a que a defesa do património arquitectónico,histórico, artístico e cultural deve ser uma prioridade absolutadas entidades competentes, evitando a destruição seja porinoperância, seja por projectos de reabilitação errados,desprezando o inestimável valor histórico, cultural e socialdos edifícios, como nos casos do Convento dos Inglesinhose das antigas instalações da PIDE;

9 - Asseverando que cabe ao Instituto de Gestão do PatrimónioArquitectónico e Arqueológico, a missão de conservar, preservar,salvaguardar e valorizar o património, incluindo bens imóveisde especial valor histórico, arquitectónico e artístico, assimcomo a classificação de imóveis de valor cultural;

10 - Admitindo que o processo de classificação do SalãoNobre, que o IPPAR deu por encerrado em 2005, alegandoque o edifício seria parte integrante do conjunto denominado«Bairro Alto» que estaria em vias de classificação, não constituiqualquer impedimento à classificação prévia do edifíciodo Conservatório Nacional de Lisboa;

11 - Tendo em consideração que, de acordo com o Orçamentode Estado para 2009 apresentado na passada semanaaos deputados da Assembleia da República e não obstantea emergência de obras de requalificação, as prioridadesda Empresa Parque Escolar até 2010 não contemplama reabilitação do edifício da Escola de Música do Conser-vatório Nacional de Lisboa.

O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda propõe quea Assembleia Municipal de Lisboa, na reunião ordináriade 21 de Outubro de 2008, delibere:

1 - Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que desen-cadeie, junto do Instituto de Gestão do Património Arquitectónicoe Arqueológico, os mecanismos necessários à classificaçãodo edifício sito no número 29 da Rua dos Caetanos,no sentido de preservar o património existente, garantindotodas as suas características estéticas e arquitectónicas;

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (22) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

2 - Recomendar ao Ex.mo Senhor Primeiro-ministro que procedaà dotação orçamental necessária à execução das obrasde requalificação do Salão Nobre da Escola de Músicado Conservatório Nacional de Lisboa, integrando-a no Orçamentode Estado para 2009;

3 - Reafirmar que a Escola de Música do Conservatório Nacionalde Lisboa deve manter-se nas actuais instalações, pugnandopara que o ensino artístico que aí tem sido ministradoao longo de muitas décadas, permaneça e se reforce, nomea-damente através do investimento público na reabilitaçãodas suas instalações;

4 - Enviar a presente moção à Presidência da Assembleiada República, ao Ex.mo Senhor Primeiro-ministro e aos Minis-térios da Educação e da Cultura.

(Aprovada por unanimidade.)

- Deliberação n.º 74/AM/2008 (Deliberação n.º 703/CM/2008):

Proposta n.º 703/2008

Participação do Município de Lisboa na Entidade Regionalde Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (T-LVT)

Pelouro: Presidente.Serviço: Departamento de Turismo da Direcção Municipalde Actividades Económicas.

Considerando:

A - A reorganização das entidades públicas regionaiscom responsabilidades na área do turismo, introduzidapelo Decreto-Lei n.º 67/2008, de 10 de Abril, diplomaque estabelece, para efeitos do planeamento turístico paraPortugal Continental, cinco áreas regionais de turismo,que incluem a área abrangida por cada uma das Nomenclaturasdas Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de Nível II;

B - A criação em cada uma das áreas regionais de turismode uma entidade regional de turismo que funciona comoentidade gestora, a quem incumbe a valorização turísticada respectiva área, e que sucede às regiões de turismoe zonas de turismo compreendidas naquela área;

C - O âmbito de actuação da Entidade Regional de Turismode Lisboa e Vale do Tejo, como correspondendo à NUT IILisboa e Vale do Tejo, com a conformação fixada pelo Decreto--Lei n.º 317/99, de 11 de Agosto;

D - Que, nos termos do Decreto-Lei n.º 67/2008, os Municípiossó podem participar na entidade regional de turismo em quese encontram territorialmente integrados, sendo essa participaçãoum requisito de acesso aos programas públicos de financiamentona área do turismo com recurso a fundos exclusivamentenacionais;

E - Os Estatutos da Entidade Regional de Turismo de Lisboae Vale do Tejo, aprovados pela Portaria n.º 940/2008,e publicados no «Diário da República», 1.ª Série, n.º 161,de 21 de Agosto, que consagram a qualidade de membrofundador do Município de Lisboa;

F - Que a qualidade de membro da Entidade Regional de Turismode Lisboa e Vale do Tejo, fica sujeita a ratificação pelo Municípiode Lisboa, nos termos da legislação que lhe é aplicável,conforme disposto no n.º 2 do artigo 4.º da Portaria n.º 940//2008, de 21 de Agosto;

G - Que os Municípios são representados pelos respectivosPresidentes da Câmara na assembleia geral da Entidadede Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, nos termos dos seusEstatutos;

H - Por fim, o pedido dirigido pela Comissão Instaladorada Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo,constituída nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lein.º 67/2008, responsável pela preparação dos actos de consti-tuição da mesa da assembleia geral e da direcção, ao abrigoda alínea b) do n.º 1 do artigo 25.º do citado diploma legal,no sentido de que o Município de Lisboa apresente à referidacomissão a aceitação expressa da sua inclusão como membrofundador (em anexo);

Nestes termos, tenho a honra de propor que a Câmara Municipalde Lisboa delibere aprovar submeter à Assembleia Municipal,para efeitos de autorização, nos termos previstos pela alínea a)do n.º 6 do artigo 64.º, conjugada com a alínea m) do n.º 2do artigo 53.º, ambas da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,a adesão do Município de Lisboa à Entidade Regionalde Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, enquanto membrofundador, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 7.ºdo Decreto-Lei n.º 67/2008, de 10 de Abril e nos n.º 2e n.º 5 do artigo 4.º da Portaria n.º 940/2008, de 21 de Agosto.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PCP).]

- Deliberação n.º 75/AM/2008 (Deliberação n.º 753/CM/2008):

Proposta n.º 753/2008

Alienação de Parcela Municipal a título de complemento de lote

Pelouro: Vereador Manuel Salgado e Vereador Cardosoda Silva.Serviços: Departamento do Património Imobiliário/Divisãode Estudos e Valorização do Património Imobiliário.

Considerando que:

Em 2005/05/01 foi apresentado um pedido de licenciamentopela firma Lunatejo, através do processo 843/EDI/2005;

O projecto foi aprovado, englobando uma parcela municipal,anteriormente cedida por escritura datada de 1962/12/14,pela firma Construções Olisiponenses, Ltd.ª, à CML, livrede ónus ou encargos, que se destinou a ser integradaem leito de via pública;

O projecto referente ao processo 843/EDI/05, encontra-seaprovado por despacho da Sr.ª Vereadora Eduarda Napoleãode 2005/10/07;

Tendo sido dado parecer favorável de alienação da parcelamunicipal como complemento de lote pela DEVPI (pelas Informaçãon.º 84/DPI-DEVPI/07 e pela Informação n.º 75/DPI--DEVPI/08), dada a necessidade da mesma para a viabilidadedo aprovado, para o lote particular;

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (23)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

A edificação já se encontra construída, impera agora proceder-se aos acertos patrimoniais para uma definitiva resoluçãoda operação urbanística;

Para viabilizar e regularizar esta situação, torna-se necessária a desafectação do domínio público, para domínio privadomunicipal, da parcela de terreno com 39,48 m² a transmitir pelo Município;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigo das disposições conjugadas do artigo 64.º, n.º 6, alínea a)e do artigo 53.º, n.º 4, alínea b), ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei n.º 5-A//2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal para que este órgão delibere:

- Submeter a deliberação da Assembleia Municipal a desafectação do domínio público, para domínio privado municipal,da parcela de terreno com a área de 39,48 m², a transmitir pelo Município;

- Alienar a Lunatejo - Imobiliária e Turismo, S. A., pessoa colectiva com o n.º 501691189, com sede na Praça Duque de Saldanha,1, 11.º, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, ou a quem no acto da escritura prove ser legítimo proprietário do prédiosito na Avenida de Berna, 56 e titular do processo 843/EDI/2005, a parcela de terreno sita na Avenida de Berna, 56,com a área de 39,48 m², representada a cor verde na planta DPI/DEVPI 08/018/04, destinada a fazer parte integrantedo futuro edifício e à qual se atribui o valor de 169 887,37 euros (cento e sessenta e nove mil oitocentos e oitentae sete euros e trinta e sete cêntimos).

Parcela a alienar:

Localização - Avenida de Berna, 56.Área - 39,48 m².Valor - 169 887,37 euros.

Confrontações - Norte: Lunatejo - Imobiliária e Turismo, S. A.; Sul: Avenida de Berna; Nascente: Lunatejo - Imobiliáriae Turismo, S. A.; e Poente: Rua Dom Luís de Noronha.

Condições de Acordo

A parcela de terreno a transmitir pelo Município de Lisboa destina-se a complemento de lote.

Qualquer alteração da utilização ou aumento de área na parcela de terreno a alienar pela CML, ficará sujeitaa um ajustamento de valor de venda, a calcular com o critério em vigor na altura.

Na parcela de terreno assinalada a cor verde na cópia da Planta n.º 08/018/04 do Departamento do Património Imobiliário,com a área de 39,48 m², ficará sujeita a um ónus do direito de utilização pública, na superfície, à cota prevista no projectoreferenciada ao nivelamento geral do País.

(Processo privativo n.º 10/DPI/2008.)

(Processo «E» n.º 201/DPI/1961.)

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS, Bloco de Esquerda e CDS/PP) e abstenções (PCP e PEV).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (24) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (25)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Deliberação n.º 76/AM/2008 (Deliberação n.º 754/CM/2008):

Alienação de terreno Municipal (Rua Arco da Torre)

Pelouros: Vereador Manuel Salgado e Vereador Cardoso da Silva.Serviços: DPI/DEVPI.

Considerando que, pela Deliberação n.º 135/CM/2006, foi aprovada por maioria a Proposta n.º 135/2006 respeitanteao processo 27/URB/2005;

Considerando que, no âmbito da mesma Deliberação foi aprovado o licenciamento de um loteamento/emparcelamentode vários prédios sitos no Campo Grande, 176 a 208, descritos na 2.ª Conservatória do Registro Predial de Lisboa sobo n.º 405, Livro n.º B-5, o n.º 404, fl. 108-v/B-5, o n.º 403, Livro n.º 5, e o n.º 18049, Livro n.º 58, todos da freguesiade Campo Grande;

Considerando que, a mesma aprovação legitimou o alinhamento proposto e é decorrente do plano marginal das fachadasdos edifícios confinantes de construção recente;

Considerando que, para viabilizar a presente operação urbanística aprovada torna-se necessário a desafectação do domíniopúblico de uma parcela para posterior integração no domínio privado do Município e alienação da mesma como complementode lote e que, não decorre deste acto qualquer inconveniente para a circulação pública;

Considerando que, o Município alienou uma parcela de terreno com 20,60 m2 de área, segundo escritura de compra e vendalavrada entre as partes envolvidas em 1988/09/30 - Proposta n.º 231/87, por Deliberação da CML de 1987/07/29e Desenho n.º 19 591/7.ª/DSU;

Considerando que, a supra-referida alienação teve como objecto viabilizar uma construção nova, que não chegou a ser erigidapara o Campo Grande, 196/200/202/208;

Considerando que, por efeitos do alinhamento aprovado no presente processo 27/URB/05 - loteamento/emparcelamento,torna-se necessário que seja cedida uma parcela para integrar o domínio público do Município respeitante ao remanescenteda área alienada segundo a mesma supra-referida escritura de compra e venda de 1988/09/30;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigo das disposições conjugadas do artigo 64.º, n.º 1, alínea f)e n.º 6, alínea a) e artigo 53.º, n.º 2, alínea i) e n.º 4, alínea b) da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção conferidapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro:

- Submeter à Assembleia Municipal a desafectação do leito de via para posterior integração no domínio privado do Município,de uma parcela de terreno, com a área de 80,21 m2 e representada a tracejado de cor verde na Planta n.º 07//047/04, do Departamento de Património Imobiliário;

- Alienação da mesma parcela como complemento de lote a «TRICOS Imobiliária, S. A.», ou de quem no acto da escrituraprove ser o legítimo proprietário dos prédios situados no Campo Grande, 176 a 208;

- Aceitar de «TRICOS Imobiliária, S. A.», ou de quem no acto da escritura prove ser o legítimo proprietário dos prédiossituados no Campo Grande, 176 a 208, a cedência gratuita de uma parcela de terreno, com a área de 1,65 m2 e orladaa cor amarela na cópia da Planta n.º 07/047/04, do Departamento de Património Imobiliário, destinada a ser integradano domínio público;

- Submeter à Assembleia Municipal a afectação ao domínio público da referida parcela de terreno com a área de 1,65 m2.

Condições de Acordo

1 - A parcela de terreno a transmitir pelo Município de Lisboa destina-se a complemento de lote.

2 - Qualquer alteração da utilização ou aumento de área de construção na parcela de terreno a alienar pelo Municípiode Lisboa ficará sujeita a um acerto do valor da venda, a calcular com o critério em vigor na altura.

3 - A parcela de terreno a transmitir ao Município de Lisboa destina-se a via pública, devendo estar livre e desocupada.

Confrontações:

(Parcela a alienar pelo Município):

- Norte - Campo Grande, 196 a 208; Nascente - Campo Grande, 176 a 194; e Sul e Poente - Campo Grande (domínio público).

(Parcela a transmitir ao Município):

- Norte e Poente - Campo Grande (domínio público); Nascente - Campo Grande, 196 a 208; e Sul - Campo Grande.

(Processo «E» n.º 205/2.ª/O/87.)

(Processo privativo n.º 27/DPI/07.)

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS e CDS/PP) e votos contra (PCP, Bloco de Esquerda e PEV).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (26) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (27)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Deliberação n.º 77/AM/2008 (Deliberação n.º 755/CM/2008):

Aceitação da doação de Abílio Nunes Ribeiro, ou de quem no acto da escritura prove ser o legítimo proprietário, de uma parcela de terreno

Pelouro: Vereador Manuel Salgado e Vereador Cardoso da Silva.Serviços: Departamento do Património Imobiliário/Divisão de Estudos e Valorização do Património Imobiliário.

Considerando que o projecto de arquitectura de construção nova, à Alameda das Linhas de Torres, 52 a 54, que constituiuo processo 46/ZD/2002, foi deferido pela Senhora Vereadora Eduarda Napoleão, em 2005/07/21.

Considerando que, segundo a Informação n.º 155/DMGU/UPAL/08, de 2008/02/13, do Processo n.º 231/OTR//UPAL/05 - 65/CML/07, Registo n.º ENT/2219/DMGU/UPAL/07, torna-se necessário que Abílio Nunes Ribeiro, ou dequem no acto da escritura prove ser o legítimo proprietário da parcela de terreno a conceder, efectue a doação da mesmaa integrar o domínio público.

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigo das disposições conjugadas da alínea h) do n.º 1 e alínea a)do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,submeter à Assembleia Municipal para que este Órgão, ao abrigo da alínea i) do n.º 2 e alínea b) do n.º 4 do artigo 53.º do mesmodiploma, aprove:

- Aceitar a doação de Abílio Nunes Ribeiro, ou de quem no acto da escritura prove ser o legítimo proprietário, de umaparcela de terreno representada a cor amarela na cópia da Planta n.º 08/016/04 do Departamento de Património Imobiliáriocom a área de 193 m2, destinada a integrar o domínio público municipal, a fim de viabilizar uma construção localizadana Alameda das Linhas de Torres, 52 a 54, com o alinhamento definido pelos Serviços Municipais;

- Submeter à Assembleia Municipal a afectação ao domínio público da referida parcela de terreno, bem como o reconhe-cimento do direito à isenção do pagamento das taxas devidas pela ocupação do domínio público com estaleiro de apoioà construção em causa.

Condições de Acordo

1 - A parcela a transmitir ao Município de Lisboa deve estar livre e desocupada.

2 - Sobre a parcela representada a tracejado de cor castanha na cópia da mesma Planta n.º 08/016/04 deste Departamento,com a área de 60 m², é estabelecido um direito de utilização pública à superfície para peões e veículos, a partir da cota 80 mreferida ao nivelamento geral do País, que deve ser registado na competente conservatória no prazo máximo de 60 diasapós a celebração da escritura.

Confrontações:

(Parcela de terreno representada a cor amarela):

- Norte e Poente - CML; Nascente - n.os 52/54 da Alameda das Linhas de Torres; e Sul - CML e n.os 44/46 da Alameda das Linhasde Torres.

(Parcela representada a tracejado de cor castanha):

- Norte - N.º 62 da Alameda das Linhas de Torres - Nascente - n.os 52/54 da Alameda das Linhas de Torres; Sul - N.os 44/46da Alameda das Linhas de Torres; e Poente - CML.

(Processo «E» n.º 21/7.ª/U/87.)

(Processo privativo n.º 09/DPI/08.)

(Aprovada por unanimidade.)

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (28) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (29)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Deliberação n.º 78/AM/2008 (Deliberação n.º 757/CM/2008):

Proposta n.º 757/2008

Regularização patrimonial de várias parcelas

Pelouro: Vereador José Cardoso da Silva.Serviços: DPI/DEVPI.

Considerando que a EPUL (Empresa Publica de Urbanizaçãode Lisboa) é proprietária do lote designado pelo n.º 31,do Plano de Pormenor Eixo Urbano Luz - Benfica (alteraçãopublicada no «Diário da República» n.º 162, II.ª Série,de 2002/07/16), sito à Avenida Lusíada, que lhe foi trans-mitido pelo Município, através de Auto de Transmissão datadode 2002/11/08;

Considerando que, sobre este lote, descrito na 6.ª Conservatóriado Registo Predial de Lisboa sob o n.º 601/20021111,da freguesia de Carnide, constituiu entretanto aquela Empresaum direito de superfície a favor de ES-USATI - (Espírito Santo- Unidade de Saúde e de Apoio à Terceira Idade, S. A.),por um prazo de 99 anos, com a finalidade de nele serconstruído um Complexo Integrado de Saúde, constituídopor um hospital, centro residencial de apoio à terceira idadee equipamento de apoio à saúde;

Considerando que, para tanto, foi submetido à apreciaçãodos Serviços Municipais o correspondente projecto de arqui-tectura (processo EDI/2003), que prevê que os acessos privativosda edificação se façam através de espaço exterior ao lote,em terreno municipal, que é necessário disponibilizar, factonão concretizado até ao momento;

Considerando que, o referido processo obteve, em sedede CPALOOL, todos os pareceres técnicos favoráveis,nos termos em que foi proposto à apreciação, tendo sidodeferido por despacho da Vereadora do Urbanismo em 2004//11/22 e, para o mesmo, emitido o correspondente Alvaráde Construção n.º 3/CE/2005;

Considerando que, o alinhamento da construção previstano indicado processo impõe a cedência de duas parcelasde terreno, destinadas a integrar o domínio público municipal;

Considerando que, tendo o lote sido sujeito ao regime do direitode superfície, se afigura que a parcela municipal, destinadaa acessos, seja disponibilizada no mesmo regime legal e porprazo e condições que acompanhem tudo o já fixado parao lote, que se destina a servir;

Considerando que, o lote confina com área de terreno municipalexpectante, contíguo ao nó viário existente, a remodelar,afigurando-se conveniente que, por razões de estética e salubridade,a ES-USATI faça a respectiva gestão, como zona verde,enquanto esta área estiver disponível, e dada a futura utilizaçãodo espaço pelo Município, sob a forma prevista na minutade Protocolo presentemente anexada;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigodas disposições conjugadas da alínea h), n.º 1 e alínea a)do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,na redacção conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,submeter à Assembleia Municipal para que este Órgão,ao abrigo do artigo 53.º, n.º 2, alínea i) e n.º 4, alínea b), aprove:

1 - A desafectação do domínio público para o domínio privadodo Município, de uma parcela de terreno, sita à AvenidaCondes de Carnide, com a área de 162,43 m2, designadapor A3 e representada a tracejado de cor azul na cópiada Planta n.º 08/012/04, do Departamento de PatrimónioImobiliário, destinada a integrar, em subsolo, área a cederem direito de superfície;

2 - A constituição a favor da Espírito Santo - Unidadede Saúde e de Apoio à Terceira Idade, S. A. (ES-USATI),com sede na Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17 - 9.º- 1070-313 Lisboa, contribuinte n.º 505173840, ou de quemno acto da escritura prove ser o legítimo superficiáriodo lote 31 supradescrito, ao disposto do artigo 19.º da Leidos Solos, do direito de superfície sobre as parcelas de terrenomunicipal, designadas por A1, A2, A3, A4 e A5, com a áreatotal de 708,50 m2 e valor global de 283 400 euros (duzentose oitenta e três mil e quatrocentos euros), representadasa tracejado de cor azul, na referida Planta n.º 08/012/04,destinadas exclusivamente à criação de acesso ao tráfegode veículos pesados de cargas e descargas das edificaçõesconstruídas no indicado lote;

3 - A aceitação da doação, por parte da EPUL - Empresa Públicade Urbanização de Lisboa, como proprietária e da ES-USATI,como superficiária, das parcelas de terreno designadaspor C1 e C2, com a área total de 689,50 m2, representadasa cor amarelo na cópia da mesma planta do Departamentodo Património Imobiliário, destinadas a integrar o domíniopúblico municipal;

4 - A afectação ao domínio público municipal das parcelasreferidas no ponto anterior, para integração no sistemaviário e de espaços verdes locais.

Condições de Acordo

1 - Ao direito de superfície constituído sobre as parcelas sãofixados prazos, termos e condições compatíveis com os clausu-lados na escritura de cedência de direito de superfíciedo lote 31, celebrada entre a EPUL e a ES-USATI, em 2002//11/26, por escritura outorgada no 17.º Cartório Notarialde Lisboa e relativa à construção do Complexo de Saúde,a que visa dar acessos.

2 - Para estabelecimento do respectivo paralelismo, a cedênciaé feita pelo prazo de 94 anos e o número de meses neces-sários para, a contar da data da escritura a celebrar, perfazerprazo que termine na mesma data do direito de superfíciedo lote 31, celebrado em 2002/11/26 entre a EPULe a ES-USATI.

3 - Igualmente, o prazo de vigência do direito de superfícieora constituído prorrogar-se-á automaticamente por períodossucessivos de 50 anos, excepto se a Superficiária informaro Município por escrito de que não pretende procederà sua prorrogação, com um ano de antecedência relativamenteao termo daquele prazo ou de qualquer uma das suasprorrogações.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (30) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

4 - A prorrogação do direito de superfície nos termos do númeroanterior, tal como acordado na escritura antes referida,não importará o pagamento de qualquer preço adicionalpelo Superficiário.

5 - A afectação das parcelas de terreno a fim diverso do fixadona presente proposta, ou o incumprimento de qualquerdas obrigações assumidas pela Superficiária, determinaa reversão automática do direito de superfície, sem quea mesma, tenha direito a qualquer indemnização, mesmopelas benfeitorias entretanto efectuadas.

6 - A Superficiária obriga-se a manter em bom estadode conservação as parcelas cedidas em direito de superfíciee a construção nelas executada.

7 - Operada a extinção do direito de superfície, por qualquercausa, as parcelas de terreno voltam à posse do Municípiocom todas as benfeitorias nela existentes, sem que a Super-ficiária tenha direito a qualquer indemnização.

8 - Em caso de extinção do direito de superfície, a ES-USATIterá de desocupar as instalações no prazo legal de 60 dias,após a notificação para o efeito.

9 - A ES-USATI assume toda e qualquer responsabilidadequanto ao licenciamento das edificações construídas ou a construirna área cedida em Direito de Superfície pela Câmara Municipalde Lisboa, não se responsabilizando a CML por qualquerobra realizada ou a realizar, que não observe as normasurbanísticas.

10 - O ES-USATI será integralmente responsável pela gestão,manutenção e exploração do espaço cedido.

11 - Todas as obras ou alterações que forem feitas carecemde autorização prévia da CML, serão sempre executadaspor conta da ES-USATI e ficam a fazer parte integranteda propriedade do Município, não podendo a Superficiárialevantá-las, reivindicar indemnização ou invocar a retençãopelo seu custo ou valor.

12 - A ES-USATI deverá avisar a CML sempre que tomeconhecimento, directo ou indirecto, de que algum perigoameaça o espaço ou que terceiros se arrogam direitos a ele.

13 - A ES-USATI responde, civil e criminalmente, por todosos prejuízos que sejam causados à propriedade do Município.

14 - A Superficiária reconhece à CML o direito de, a qualquermomento, fiscalizar o exacto cumprimento das condiçõesde acordo atrás referidas.

15 - Sobre a parcela B representada a tracejado de cor castanhana cópia da mesma Planta n.º 08/012/04 deste Departamento,com a área de 353 m², é estabelecido um direito de utilizaçãopública à superfície para peões, às cotas 79,49 e 80,86,que deve ser registado na competente conservatória no prazomáximo de 60 dias após a celebração da escritura.

16 - Celebração de protocolo entre o Município e a ES-USATIrespeitante à parcela municipal D representada a cor amareloriscado a trama de cor roxo na cópia da mesma plantado Departamento do Património Imobiliário, com a áreade 3526,80 m², destinada exclusivamente a enquadramentopaisagístico do complexo de saúde, segundo minuta em anexo.

Caracterização das parcelas:

(Parcela A1):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 192,75 m2.Confrontações - Norte, Poente e Nascente: CML; e Sul: CML(Avenida Condes de Carnide).

(Parcela A2):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 82,16 m2.Confrontações - Norte, Sul e Nascente: CML; e Poente: CML(Avenida Condes de Carnide).

(Parcela A3):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 162,43 m2.Confrontações - Norte e Sul: CML; e Nascente e Poente: CML(Avenida Condes de Carnide).

(Parcela A4):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 118,16 m2.Confrontações - Norte: CML; Sul: Lote 31; e Nascente e Poente:CML.

(Parcela A5):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 153 m2.Confrontações - Norte, Nascente e Poente: CML; e Sul: Lote 31.

(Parcela B):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 353 m2.Confrontações - Norte: CML; e Sul e Poente: Lote 31;- Nascente: Lote 31 e CML.

(Parcela C1):

Localização - Avenida Lusíada.Área - 661,40 m2.Confrontações - Norte: Lote 31; e Sul e Nascente: CML (AvenidaLusíada); e Poente: CML.

(Parcela C2):

Localização - Avenida Condes de Carnide.Área - 28,10 m2.Confrontações - Norte e Nascente: CML; e Sul e Poente: Lote 31.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (31)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

(Parcela D):

Localização - Avenida Lusíada e Avenida Marechal TeixeiraRebelo.Área - 3526,80 m2.Confrontações - Norte: Lote 31; Sul: CML (Avenida Lusíada);Nascente: CML; e Poente: CML (Avenida Marechal TeixeiraRebelo).

(Processo privativo n.º 07/DPI/08.)

(Processo «E» n.º 54/02.)

(Aprovada por unanimidade.)

Protocolo

Entre:

(1) Município de Lisboa através da Câmara Municipal de Lisboa,representada neste acto pelo Vereador José Vitorino de SousaCardoso da Silva, com poderes para outorgar o presenteProtocolo, adiante designada por «Primeira Outorgante»;

e

(2) Espírito Santo - Unidades de Saúde e de Apoio à TerceiraIdade, S. A., com sede na Rua Carlos Alberto da Mota Pinto,17, 9.º andar, freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, pessoacolectiva número 505173840, registada na Conservatóriado Registo Comercial de Lisboa sob mesmo número de pessoacolectiva, com o capital social de 50 000 euros (cinquentamil euros), neste acto representada por . . ., na qualidadede . . ., na qualidade de administradores com poderesbastantes para o acto, adiante designada por «SegundaOutorgante»;

Em conjunto designadas por «Partes»,

é livremente e de boa-fé celebrado o presente «Protocolo»,o qual se rege pelas seguintes cláusulas:

Cláusula 1.ª

1 - A Câmara Municipal de Lisboa, na qualidade de PrimeiroOutorgante, autoriza a Espírito Santo - Unidades de Saúdee de Apoio à Terceira Idade, S. A., na qualidade de SegundoOutorgante, a usar a parcela de terreno municipal, designadapor Parcela D na cópia da Planta n.º 08/012/04 do Departamentodo Património Imobiliário, com a área total de 3526,80 m2,representada a cor amarelo riscado a trama de cor roxo,sita à Avenida Lusíada.

2 - O presente acordo tem por objecto a gestão e manutençãoda mesma Parcela D.

Cláusula 2.ª

A parcela de terreno objecto deste Protocolo é espaço verdepúblico e serve para fins exclusivos de uso como enqua-dramento paisagístico do Complexo Integrado de Saúdeconstituído por um hospital, centro residencial de apoio àterceira idade e equipamento de apoio à saúde, sito no lotedescrito na 6.ª Conservatória do Registo Predial de Lisboasob o n.º 601/20021111, da freguesia de Carnide, propriedadeda EPUL e de que a Segunda Outorgante é superficiária.

Cláusula 3.ª

1 - As Partes acordam em que, atenta a natureza públicada parcela e o facto desta servir como enquadramentopaisagístico do equipamento referido na cláusula anterior,constitui responsabilidade da Segunda Outorgante a realizaçãode todas as intervenções a executar em termos de obrasde paisagismo, instalação de equipamentos de rega e manutençãodos jardins plantados na aludida Parcela D.

2 - A Segunda Outorgante assume ainda a responsabilidadepelo fornecimento da água necessária à rega do espaço porforma que o mesmo se mantenha em perfeitas condições.

3 - A Segunda Outorgante não pode vedar ou por qualquerforma impedir a fruição e utilização pública da parcelaa que se refere o presente Protocolo.

Cláusula 4.ª

Atentas as despesas inerentes à manutenção do espaçoe as características da respectiva atribuição e uso, não é devidaqualquer contrapartida mensal.

Cláusula 5.ª

Todas os trabalhos de conservação ou beneficiação, executadosa partir da data de celebração do Protocolo, correrão semprepor conta e responsabilidade da Segunda Outorgantee carecem de projecto e autorização da Primeira Outorgante.

Cláusula 6.ª

1 - A Segunda Outorgante tem o dever de impedir a ocupaçãopor terceiros de todo ou parte do espaço e, caso tal ocorra,dar conhecimento imediato desse facto à Primeira Outorgante.

2 - A Segunda Outorgante compromete-se a avisar a PrimeiraOutorgante sempre que tenha conhecimento de que algumperigo ameaça o espaço ou que terceiros se arrogam direitossobre ele.

3 - A Segunda Outorgante responde, civil e criminalmente,por todos os prejuízos que sejam causados à parcela objectodo presente Protocolo.

Cláusula 7.ª

1 - A ocupação da referida Parcela D respeitará os termosconstantes da «Proposta de regularização patrimonial parao Complexo Integrado de Saúde», aprovada pela CâmaraMunicipal de Lisboa aos . . . descrito na Cláusula 2.ª,vigorando pelo prazo fixado para o direito de superfícieconstituído a favor da Segunda Outorgante, sem prejuízodo disposto no número seguinte e na Cláusula 9.ª.

2 - À Primeira Outorgante assiste a faculdade de a todoo tempo ordenar a desocupação da referida Parcela D,em consonância com a necessidade da execução de obrasprevistas no PPEULB (Plano de Pormenor do Eixo UrbanoLuz-Benfica) em vigor ou outro projecto em que a Câmaratenha interesse e se proponha executar.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (32) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Cláusula 8.ª

Finda a ocupação, a Segunda Outorgante não terá direito a qualquer indemnização ou compensação nem poderá alegaro direito de retenção em relação a obras ou benfeitorias que tenha executado e obriga-se a entregar o espaço à Câmaralivre de quaisquer ónus ou encargos e em bom estado de conservação.

Cláusula 9.ª

1 - O incumprimento de qualquer das obrigações constantes do clausulado anterior, confere à Primeira Outorgante o direitode denunciar este Protocolo e ordenar a imediata desocupação do espaço cedido.

2 - A Segunda Outorgante reconhece à Primeira Outorgante o direito de, a qualquer momento, fiscalizar o exacto cumprimentodas condições do presente Protocolo.

Cláusula 10.ª

As dúvidas resultantes da interpretação ou execução do presente Protocolo, os casos omissos e os litígios decorrentes da imple-mentação dos mesmos, serão resolvidos por acordo entre as Partes.

Outorgado em Lisboa aos . . . dias do mês de . . . do ano de 2008, em 2 (dois) exemplares que depois de rubricados,são assinados pelas duas Partes, ficando cada uma com um exemplar.

Primeiro Outorgante,Câmara Municipal de Lisboa,O Vereador,(a) José Vitorino de Sousa Cardoso da Silva

Segundo Outorgante,Espírito Santo - Unidades de Saúde e de Apoio à Terceira Idade, S. A.,O Administrador,. . .

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (33)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (34) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Deliberação n.º 79/AM/2008 (Deliberação n.º 777/CM/2008):

Proposta n.º 777/2008

Oceanário de Lisboa - Classificação como Imóvel de InteresseMunicipal

Pelouro: Cultura.Serviços: DMC.

Considerando que:

- O Oceanário de Lisboa, localizado na Esplanada de DomCarlos I e Passeio de Neptuno, ao Cais Português, no Parquedas Nações, freguesia de Santa Maria dos Olivais, inauguradoem 1998, aquando da realização da última Exposição Mundialdo Século XX, a EXPO 98 de Lisboa, foi um dos componentesprincipais desta Exposição Mundial, subordinada ao tema«Os Oceanos, Um Património para o Futuro»;

- O Oceanário de Lisboa, projectado por uma equipacoordenada pelo arquitecto norte-americano Peter Chermayeff,de onde igualmente se destacou Ivan Chermayeff como autordo painel de azulejos com temas alusivos à vida marinha,constituiu um dos pólos estruturantes do Plano de Urbanizaçãoda Zona de Intervenção da EXPO, iniciado em 1993;

- A Expo 98 trouxe consigo a renovação urbanística e ambientalde uma das zonas mais degradadas e poluídas de Lisboae a mensagem de sensibilização para a importância prioritáriado conhecimento e da preservação ambiental, designadamentedo meio marinho, constituindo o Oceanário de Lisboa, implantadona antiga doca dos Olivais e totalmente dedicado aos oceanose à sua conservação, a obra mais emblemática da exposição,quer no que respeita à reabilitação daquela zona, quer no propósitode manter viva a mensagem inerente à exposição;

- A importância do Oceanário, pelo seu valor cientificoe humanístico, quer a nível da arquitectura, quer a nívelda engenharia, da biologia e do próprio conceito expositivo,bem como a qualidade da sua intervenção, têm merecidoo reconhecimento de todos, sendo mesmo considerado comoum dos melhores eventos científicos do Mundo;

- O Oceanário de Lisboa, denominado Pavilhão dos Oceanosdurante o decorrer da EXPO ’98, foi o primeiro aquáriona Europa e nos Estados Unidos a ser certificado segundoas normas reguladoras das práticas de gestão ambiental;

- Para além da sua qualidade enquanto objecto arquitectónico,o Oceanário assume no panorama cultural e cientificode Lisboa um importante significado, designadamenteno que respeita ao valor de exemplaridade, bem como nosplanos formal, espacial e funcional é também um objectoenquanto imagem urbana, uma marca qualificada de todaa área do Cais Português e da Esplanada de Dom Carlos I,assim como numa escala mais lata do Parque das Nações,da sua Frente Ribeirinha do Tejo e da própria cidade de Lisboa;

- Uma visita ao Oceanário de Lisboa é um constante desafioao conhecimento na medida em que tem vindo a desempenharum importante papel na divulgação e sensibilização paraa importância vital que os oceanos exercem na saúdee na evolução planetária, quer através das visitas do públicoem geral, quer através de diversos programas de educaçãoambiental;

- O Oceanário de Lisboa é um dos pontos obrigatórios da passagempelo Parque das Nações, estando a sua imagem já associadaà cidade de Lisboa e em muito tem contribuído para a dinamizaçãoda sua oferta cultural e educacional;

- Compete aos Órgãos Municipais proceder à classificaçãode bens culturais considerados de interesse municipal,nos termos do n.º 1 do artigo 94.º da Lei n.º 107/2001,de 8 de Setembro, diploma que estabelece as bases da políticae do regime de protecção e valorização do património cultural,e da alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 159/99,de 14 de Setembro;

- Por despacho de 2007/05/09, do director municipalde Cultura, no uso das competências delegadas pelo Despachon.º 56/P/2007, de 9 de Fevereiro de 2007, publicadono Boletim Municipal n.º 679, de 22 de Fevereiro de 2007,exarado na Informação n.º 509/DPC/06, de 2006/10/11,e na sequência da proposta de classificação de Imóvel de InteresseMunicipal efectuada pelo Departamento de PatrimónioCultural/Divisão de Património Cultural, foi determinadaa abertura do procedimento administrativo relativo à eventualclassificação de Interesse Municipal do Oceanário de Lisboa;

- Nos termos e para os efeitos do n.º 5 do artigo 25.º da Lein.º 107/2001, de 8 de Setembro, e na sequência do Editaln.º 65/2007, publicado no Boletim Municipal n.º 701, de 26 deJulho de 2007, bem como após a notificação do referidodespacho de abertura do processo aos diversos interessados- Presidente da Parque Expo, director municipal de Projectose Obras, director municipal de Gestão Urbanística, directordo Departamento de Património Imobiliário, directora do Depar-tamento de Planeamento Estratégico, directora do Departamentode Informação Geográfica e Cadastro, Presidente da Juntade Freguesia de Santa Maria dos Olivais, Presidente do IGESPAR,I.P. - o Oceanário de Lisboa passou à situação de imóvelem vias de classificação como Imóvel de Interesse Municipal;

- Na análise da proposta de classificação foram tidos em consi-deração os critérios genéricos de apreciação constantesdo artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro,designadamente os critérios previstos nas alíneas e), f) e h),nos quais se destaca «o valor estético, técnico ou materialintrínseco do bem», «a concepção arquitectónica, urbanísticae paisagística» e «a importância do bem do ponto de vistada investigação histórica ou científica»;

- A inexistência de órgãos consultivos competentes designadospara o efeito, impede a efectivação por parte da Câmara Municipalda aplicabilidade do disposto no n.º 3 do artigo 26.º da referidaLei de Bases do Património Cultural;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

- Aprovar e submeter à aprovação da Assembleia Municipal,nos termos das disposições conjugadas da alínea m) don.º 2 do artigo 64.º e da alínea r) do n.º 1 do artigo 53.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacçãodada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e de acordocom os critérios previstos nas alíneas e), f) e h) do artigo 17.ºda Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, que o bem culturalconstituído pelo edifício do Oceanário de Lisboa seja classi-ficado como Imóvel de Interesse Municipal.

(Aprovada por unanimidade.)

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (35)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

- Deliberação n.º 80/AM/2008 (Deliberação n.º 794/CM/2008):

Proposta n.º 794/2008

Isenção do pagamento de taxas para a licença de ocupaçãodo espaço público e licença especial de ruído para a Festade Celebração do Aniversário da Associação «O Bacalhoeiro»

Pelouro: Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde.Serviços: DMAU - DAEV - DCA.

Considerando:

A - A necessidade da criação de espaços na cidade de Lisboaque associem actividades de animação e lazer destinadasao entretenimento da população em geral, contribuindo parauma oferta cultural mais forte na cidade de Lisboa;

B - Que O Bacalhoeiro - Colectivo Cultural, pretende come-morar 2 anos de actividade no cenário cultural de Lisboa,oferecendo uma noite à população em geral, num espaçoverde da cidade, aliando exposições, cinema musicadoao vivo e música;

C - Que o apoio a estas iniciativas promove uma interacçãoentre a cultura, o público e os espaços verdes de Lisboa,revalorizando e promovendo estes;

D - Que «O Bacalhoeiro», actualmente com 11 300 sócios inscritos,é uma associação cultural, sem fins lucrativos, fundadaem 2006 com o objectivo de criar um núcleo de expressãoartística em Lisboa, bem como de «conectar» pessoascom interesse nas artes performativas e visuais, atravésde uma rede de contactos sólida e solidária, já conhecidocomo um espaço de encontro e de expressão artísticada cultura urbana lisboeta com uma programação regular;

E - Que o evento é de acesso livre e gratuito;

F - Que a isenção do pagamentos das taxas devidas seráum contributo da Edilidade para o evento;

G - Que durante a montagem, realização e desmontagemdo evento fica devidamente salvaguardada a manutençãodas condições do espaço verde em que este acontece.

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

1 - Aprovar a minuta do Protocolo a celebrar entre o Municípiode Lisboa e O Bacalhoeiro - Colectivo Cultural, junta em anexoa esta proposta e que dela faz parte integrante, nos termosdo disposto nas alíneas a) e b) do n.º 4 do artigo 64.ºe do artigo 67.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,com a redacção resultante da Lei n.º 5-A/2002, de 11 deJaneiro;

2 - Aprovar submeter à Assembleia Municipal, ao abrigodo n.º 2 do artigo 12.º da Lei das Finanças Locais, aprovadapela Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, e da alínea a)do n.º 6 do artigo 64.º e da alínea h) do n.º 2 do artigo 53.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, para aprovaçãopor este órgão deliberativo, a isenção do pagamento de taxaspara a licença de ocupação do espaço público e licença especialde ruído relativas à realização do aniversário d’O Bacalhoeiro- Colectivo Cultural em 20 de Setembro de 2008.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Blocode Esquerda e PEV) e abstenções (PPD/PSD e CDS/PP).]

PROTOCOLO

Considerando:

A - A necessidade da criação de espaços na cidade de Lisboaque associem actividades de animação e lazer destinadasao entretenimento da população em geral, contribuindo parauma oferta cultural mais forte na cidade de Lisboa;

B - Que O Bacalhoeiro - Colectivo Cultural, pretende comemorar2 anos de actividade no cenário cultural de Lisboa, oferecendouma noite à população em geral, num espaço verde da cidade,aliando exposições, cinema musicado ao vivo e música;

C - Que o apoio a estas iniciativas promove uma interacçãoentre a cultura, o público e os espaços verdes de Lisboa,revalorizando e promovendo estes;

D - Que «O Bacalhoeiro», actualmente com 11 300 sóciosinscritos, é uma associação cultural, sem fins lucrativos,fundada em 2006 com o objectivo de criar um núcleo deexpressão artística em Lisboa, bem como de «conectar» pessoascom interesse nas artes performativas e visuais, atravésde uma rede de contactos sólida e solidária, já conhecidocomo um espaço de encontro e de expressão artísticada cultura urbana lisboeta com uma programação regular;

E - Que o evento é de acesso livre e gratuito;

F - Que a isenção do pagamentos das taxas devidas seráum contributo da Edilidade para o evento;

G - Que durante a montagem, realização e desmontagemdo evento fica devidamente salvaguardada a manutençãodas condições do espaço verde em que este acontece.

Assim:

O Município de Lisboa, Pessoa Colectiva n.º 500051070,com sede em Lisboa, na Praça do Município, representadapelo Sr. Vereador José Sá Fernandes, com poderes bastantespara o presente acto nos termos do Despacho n.º 474//P/2007, publicado no Boletim Municipal n.º 705, de 23 deAgosto de 2007, adiante designado por Primeiro Outorgante;

e

A Associação Bacalhoeiro - Colectivo Cultural, pessoa colectivanúmero 507783077, com sede na Rua dos Bacalhoeiros,125, 1.º e 2.º andares - 1100-068 Lisboa, matriculadana Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob onúmero 14209, com sede na Rua Vítor Cordon, 45-C, 4.º-F- 1200-483 Lisboa, representada pelo seu presidente PedroFidalgo, portador do bilhete de identidade n.º 9795263,emitido pelo Registo de Lisboa, morador na Rua Martim Vaz,7, 4.º andar, adiante designada por Segundo Outorgante;

celebram o presente Protocolo que se regerá pelas cláusulasseguintes:

Cláusula Primeira

(Objecto)

1 - Pelo presente Protocolo, o Primeiro Outorgante, atravésda Direcção Municipal de Ambiente Urbano, e o SegundoOutorgante, acordam os termos e condições necessárias

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (36) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

à concretização do evento cultural associado ao aniversárioda Associação O Bacalhoeiro - Colectivo Cultural a realizarno Jardim do Tourel em Lisboa, no dia 20 de Setembrode 2008.

2 - Os referido evento compreende exposição/venda de artesanato,teatro, cinema mudo musicado, um concerto e música tocadapor Dj, conforme Anexo I. Para a realização dos referidosespectáculos será necessária a instalação de dois palcos,quiosques e bancas (Anexo I), cuja instalação, montagem,desmontagem e exploração são da responsabilidade do SegundoOutorgante.

Cláusula Segunda

(Obrigações do Primeiro Outorgante)

O Primeiro Outorgante obriga-se a:

1 - Facultar o espaço em causa com vista à realização dosespectáculos, sem comprometer as características dos locaise em função do cronograma de trabalhos a apresentarpela Segunda Outorgante e a aprovar pela Primeira;

2 - Definir as regras de utilização dos espaços verdes parao espectáculos e nos períodos de montagem e desmontagem,conforme Anexo II;

3 - Emitir, nos termos da lei e regulamentos aplicáveise com a urgência necessária a permitir a realizaçãodo evento na data determinada, as autorizações e licençasda sua competência necessárias à realização do espectáculos,nomeadamente as de ocupação do espaço e licença especialde ruído, cujos pedidos sejam atempadamente apresentadose que se encontrem devidamente instruídos com a documen-tação necessária para o efeito.

4 - Isentar do pagamento integral das taxas devidas pela ocupaçãode espaço e licença especial de ruído.

Cláusula Terceira

(Obrigações do Segundo Outorgante)

Pelo presente Protocolo o Segundo Outorgante obriga-se a:

1 - Fazer um uso prudente dos espaços verdes, nomeadamenteatravés do cumprimento das Regras de Utilização dos EspaçosVerdes (Anexo II);

2 - Realizar e suportar o custo da instalação e montageme desmontagem do equipamento dos Espectáculos;

3 - Realizar os espectáculos previstas no ponto 1 da CláusulaPrimeira;

4 - Adoptar todas as medidas necessárias a garantir a segurançade todos os equipamentos que fazem parte dos espectáculos;

5 - Com vista a assegurar a obrigação assumida no pontoanterior, contratar seguro de Responsabilidade Civil paraexecução de todos os trabalhos de montagem e desmontagemdas estruturas necessárias à realização dos espectáculos;

6 - Entregar todos os elementos necessários e cumprir todosos requisitos legalmente previstos com vista à obtençãode todos os licenciamentos necessários à realizaçãodos espectáculos;

7 - Contratar segurança privada e 1 agente gratificado da PSP;8 - Efectuar o pagamento integral das taxas de publicidade;9 - Promover, no prazo de 1 dia após o espectáculo, a reposiçãodas condições e infra-estruturas existentes no local anteriormenteà realização dos espectáculos, assegurando a limpezae a reposição de tudo quanto tenha sofrido qualquer tipode desgaste ou alteração decorrente da sua utilização,bem como suportar integralmente todos os encargosdaí advindos.

Cláusula Quarta

(Responsabilidade)

O Segundo Outorgante responde perante o Primeiro Outorgantee perante terceiros por quaisquer danos provocados ou acidentesocorridos durante o período em que se encontrar a ocuparo espaço objecto do presente Protocolo e que resultemde actos ou omissões relacionados com toda a actividadedesenvolvida no parque, seja por si próprio, seja por terceirosque se encontrem sob as suas ordens ou por si subcontratados.

Cláusula Quinta

(Validade)

1 - O presente Protocolo é valido desde a data da suaassinatura à total conclusão do evento.

2 - O Primeiro Outorgante reserva-se o direito de rescindirunilateralmente o presente Protocolo no caso de incumprimentopor parte do Segundo Outorgante de qualquer das obrigaçõesnele previstas, sem que a este último assista o direito a qualquerindemnização.

3 - O Segundo Outorgante reconhece ao Primeiro Outorganteo direito de dar por finda a ocupação, caso se verifique motivoimprevisto de interesse público, sem que lhe assista o direitoa qualquer indemnização.

4 - Finda a ocupação o Segundo Outorgante compromete-sea entregar ao Primeiro Outorgante o espaço objecto do presenteProtocolo livre e desocupado;

5 - Ambos os Outorgantes reconhecem e declaram expressamenteque o presente Protocolo é o único instrumento que regulaos espectáculos, com renúncia expressa a qualquer outro.

Cláusula Sétima

(Direito de denúncia)

1 - Qualquer dos Outorgantes pode invocar o direito de rescisãodo presente Protocolo, através de comunicação escritaa remeter à outra parte, nomeadamente nas seguintes situações:

a) Casos de força maior devidamente comprovados;b) Situações relacionadas com o interesse público do Município.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (37)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

O presente Protocolo, é feito em dois exemplares de igualteor e forma, e de 5 páginas cada todas devidamenterubricadas e a última assinada, ficando cada Outorgantena posse de um exemplar.

Pelo Município de Lisboa,O Vereador,(a) José Sá Fernandes

Pela Associação Bacalhoeiro - Colectivo Cultural,(a) Pedro Fidalgo

ANEXO I

2.º Aniversário do Bacalhoeiro - Colectivo Cultural - 20 de Setembrode 2008

Programação

16 horas - Abertura: Feira de artesanato, alfarrabistas, vendade cd´s.

18 às 20 horas - Animações diversas: Teatro de marionetese malabaristas.

21,30 horas - Cinema mudo com música ao vivo.

22,30 horas - Concerto/Performance: «Tocha Pestana».

00,00 horas - DJ set com projecção de imagens em directo.

02 horas - Encerramento.

Equipamentos:

1 palco grande (6 mts x 4 mts).

1 palco pequeno (4 mts x 2 mts).

3 quiosques de bebidas (2,5 mts x mts).

1 quiosque de informação (2 x 2 mts).

8 bancas de artesanato (2 x 2 mts).

1 maquete da Vereação dos Espaços Verdes com o projectode reabilitação para o Jardim do Torel.

Todos os equipamentos são feitos, ou revestidos, com materiaisnaturais (palhinhas, bambus, estopa, coco e madeiras), de formaa estabelecer uma harmonia com o jardim.

- Deliberação n.º 81/AM/2008 (Deliberação n.º 841/CM/2008):

Proposta n.º 841/2008

Considerando que por Deliberação da Assembleia Municipaln.º 63/AM/2006, de 2006/10/03, foi autorizado o lançamentodo procedimento, por concurso público, para adjudicaçãoda prestação de serviços de «Aluguer Operacional de 348 veículosligeiros pelo período de 48 meses» (Processo 19/DMSC-DA/06);

Considerando que na sequência da Deliberação de Câmaran.º 614/CM/2006, de 2006/12/21, foi adjudicada à LeaseplanPortugal, Ltd.ª, a proposta apresentada para a Parte I, do referidoconcurso, correspondendo ao fornecimento de serviços de aluguerde 18 veículos automóveis ligeiros de passageiros marcaToyota, modelo Avensis Sedan D-40D, pelo período de 48 meses,no valor total de 439 773,06 euros, com a retoma no valorde 214 000 euros, para o conjunto das 22 viaturas constantesdo Anexo V do CPI n.º 19/DMSC-DA/06;

Considerando que a referida adjudicação foi contratualizadaencontrando-se neste momento o referido instrumentocontratual em execução, com ressalva para a retoma quenão foi ainda concretizada. por a adjudicatária ter propostoagora um valor diferente;

Considerando que daquelas, não se configura possível a entregade 2 viaturas, uma vez que se verificou existir divergênciaentre o modelo referenciado e as viaturas municipais, valendocada uma delas 12 450 euros (valor eurotax em Julho/2008);

Considerando que não se configura economicamente vantajosaa entrega de outras 2 viaturas, numa das situações devidoa na sequência de acidente da responsabilidade de terceirosse ter obtido proposta superior a título de indemnizaçãopara o Município de Lisboa enquanto que na segundasituação, o valor da reparação é similar ao valor a receberem retoma, valendo cada uma delas 2200 euros (valor eurotaxem Julho/2008);

Considerando que as restantes 18 viaturas carecem de pequenasreparações cuja execução não se mostra viável com recursosinternos, no valor de 12 508 euros;

Considerando que o valor apresentado para a retoma constanteda proposta adjudicada foi de 214 000 euros (correspondeao valor eurotax, em Nov/2006, acrescido de cerca de 20 %)e que pelo decurso de um ano civil, o valor a ser tomadopor base deverá ser de 113 593,65 euros (correspondeao valor eurotax, em Nov/2008, acrescido do mesmo diferencialde cerca de 20 %) e que a adjudicatária propõe um valorsuperior em 11 548,35 euros a este, numa proposta totalde 125 142 euros;

Considerando que qualquer alteração à Deliberação inicialdeve ser aprovada pela mesma entidade.

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal deliberesubmeter à aprovação da Assembleia Municipal, ao abrigodo artigo 64.º, n.º 7, alínea d) da Lei n.º 169/99, de 18 deSetembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002,de 11 de Janeiro e cumprimento do disposto nos termosdo artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junhoe do artigo 12.º do Regulamento de Orçamento, para:

1 - A autorização para alterar o valor de retoma da Parte I,do CPI n.º 19/DMSC-DA/06, relativo ao fornecimento de serviçosde aluguer de 18 veículos automóveis ligeiros de passageirosmarca Toyota, modelo Avensis Sedan D-40D, para o montantede 140 392 euros, resultante da:

a) Desvalorização ao valor da retoma aprovado pela Deli-beração da Câmara n.º 614/CM/2006, de 2006/12/21,de 41 094,48 euros, correspondente ao decurso de umano civil; da

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (38) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

b) Dedução ao valor da retoma aprovado pela Deliberaçãoda Câmara n.º 614/CM/2006, de 2006/12/21,correspondente ao valor da viaturas não entregues,no montante de 35 255,52 euros; e da

c) Dedução ao valor da retoma aprovado pela Deliberaçãoda Câmara n.º 614/CM/2006, de 2006/12/21, corres-pondente ao recondicionamento das viaturas entregues,no valor de 12 508 euros.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PCP).]

- Deliberação n.º 82/AM/2008 (Deliberação n.º 897/CM/2008):

Proposta n.º 897/CM/2008

Considerando que a «Empreitada n.º 4/DGML/2004- Remodelação da peixaria do Mercado de Campo de Ourique»,adjudicada em 9 de Maio de 2006, teve início em Novembrode 2006, sendo o prazo de execução de 91 dias;

Considerando que devido a diferendo com o empreiteiro,relacionado com incumprimento do caderno de encargos,a obra encontra-se suspensa desde Julho de 2007, estandolargamente ultrapassado o citado prazo de execução, poisos trabalhos deveriam ter sido concluídos em finais de Janeirodo mesmo ano;

Considerando que esta situação é prejudicial para o negóciodos comerciantes abrangidos, na medida em que ficaramimpossibilitados de abrir a porta que permite o acessoàs lojas pelo interior do mercado, devido à zona em obraestar vedada e, portanto, as suas lojas deixaram de estarvisíveis por demasiado tempo;

Considerando o disposto na alínea a) do n.º 4 do artigo 64.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro.

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere:

- Aprovar submeter à Assembleia Municipal, ao abrigoda alínea c) do artigo 10.º da Lei n.º 2/2007, de 15 deJaneiro e da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lein.º 169/99, de 18 de Setembro, para aprovação por esteórgão deliberativo, ao abrigo do disposto na alínea e)do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,a redução em 50 % da taxa de ocupação mensal a cobraraos comerciantes do Mercado de Campo de Ourique cujaslojas estejam no perímetro da obra, até à conclusãodos trabalhos que impossibilitam a utilização da portade acesso pelo interior do mercado.

(Aprovada por unanimidade.)

- Deliberação n.º 83/AM/2008 (Deliberação n.º 898/CM/2008):

Proposta n.º 898/2008

Considerando que por Deliberação da Assembleia Municipaln.º 63/AM/2006, de 2006/10/03, foi autorizado o lançamentodo procedimento, por concurso público, para adjudicação

da prestação de serviços de «Aluguer Operacional de 348veículos ligeiros pelo período de 48 meses» CPI n.º 19/DMSC--DA/06;

Considerando que na sequência das Deliberações n.os 614//CM/2006, de 2006/12/21 e 174/CM/2007, de 2007//05/22, foram adjudicadas as Partes II e IV à SGALDAUTOMOTIVE - Sociedade Geral de Comércio e Aluguerde Bens, S.A., correspondendo, respectivamente ao forne-cimento de serviços de aluguer de 45 veículos auto-móveis ligeiros de passageiros marca Peugeot, modelo 307Premium 1.6 Hdi, pelo período de 48 meses, no valor totalde 742 241,45 euros, com a retoma no valor de 19 500 euros,para o conjunto das 4 viaturas constantes do Anexo Vdo CPI n.º 19/DMSC-DA/06, e ao fornecimento de serviçosde aluguer de 70 veículos automóveis ligeiros de passageirosmarca Renault, modelo Kangoo VP Pack 1.5 Dci, pelo períodode 48 meses, no valor total de 1 079 050,56 euros,com a retoma no valor de 139 300 euros, para o conjuntodas 49 viaturas constantes do Anexo V do CPI n.º 19/DMSC--DA/06;

Considerando que a referida adjudicação foi contratualizadaem 05/Junho/2007 e o contrato visado pelo Tribunal de Contasem 13/Setembro/2007, encontrando-se neste momentoo referido instrumento contratual em execução, com ressalvapara a retoma que não foi ainda concretizada, devido à análise,estudos e proposta, anteriormente efectuados, sobre a manu-tenção destas viaturas na frota municipal e pelo factoda adjudicatária ter proposto agora um valor diferente;

Considerando que o valor apresentado para a retomadas 4 viaturas afectas à Parte II, constante da propostaadjudicada foi de 19 500 euros (inferior em 9,1 % ao valoreurotax de Novembro/2006), é razoável que o valor paraa retoma não seja o equivalente ao valor eurotax de Agosto//2008, diminuído dos 9,1 %, ou seja, de 12 470 euros, peloque, no âmbito da boa-fé das relações contratuais, tendodecorrido cerca de dois anos civis, existindo um acréscimoconsiderável de quilometragem e de danos nas viaturas,o que consubstancia um valor superior a suportar pela adjudi-catária, em matéria de recondicionamentos;

Considerando que o valor apresentado para a retomadas 49 viaturas afectas à Parte IV, constante da propostaadjudicada foi de 139 300 euros (superior em cerca de 31,7 %ao valor eurotax de Novembro/2006), é razoável queo valor para a retoma não seja o equivalente ao valoreurotax de Agosto/2008 acrescido dos 31,7 % ou seja,de 89 223,36 euros, pelo que, no âmbito da boa-fé dasrelações contratuais, tendo decorrido cerca de dois anoscivis, existindo um acréscimo considerável de quilometrageme de danos nas viaturas, o que consubstancia um valorsuperior a suportar pela adjudicatária, em matéria de recon-dicionamentos;

Considerando que do lote das 53 viaturas de retoma, cercade 87 % já têm uma idade superior a 9 anos e 48 delassão comerciais de 2 lugares, cujo valor comercial traduziráuma desvalorização superior ao valor de referência eurotax;

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (39)N.º 766 23 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Considerando que estamos próximos do último trimestrede 2008, pelo que o valor dos usados baixará substan-cialmente, dado que em 2009, cerca de 87 % deste lotede viaturas terá 10 anos e nem a Tabela eurotax já terávalores indicativos para estas viaturas;

Considerando que no decurso deste período, entre Novembrode 2006 e Agosto de 2008, as viaturas tiveram um acréscimosubstancial de quilometragem e agravaram o seu estado geral;

Considerando que, no concerne ao lote de viaturas de retomada parte II a SGALD AUTOMOTIVE - Sociedade Geral de Comércioe Aluguer de Bens, S. A., apresenta um valor de 13 610 euros,valor este superior ao expectável por este Município,que seria de 12 470 euros, anulando, desta forma o diferencialnegativo de 9,1 %, em relação ao valor eurotax, que apresentouaquando adjudicação.

Considerando que relativamente ao lote de viaturas de retomapara a parte IV a SGALD AUTOMOTIVE - Sociedade Geralde Comércio e Aluguer de Bens, S. A., apresenta um valorde 67 750 euros, valor este inferior ao expectável por esteMunicípio, que seria de 89 223,36 euros, anulando, destaforma o diferencial positivo de cerca de 31,7 %, em relaçãoao valor eurotax, que apresentou aquando adjudicação,mas que se nos afigura aceitável, em função dos argumentossupra-expostos.

Considerando que qualquer alteração à Deliberação inicialdeve ser aprovada pela mesma entidade;

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal deliberesubmeter à aprovação da Assembleia Municipal, ao abrigodo artigo 64.º, n.º 7, alínea d) da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002,de 11 de Janeiro e ponto 4.2 do artigo 12.º do Regulamentode Orçamento em vigor:

1 - Autorização para alterar o valor de retoma da Parte II,do CPI n.º 19/DMSC-DA/06, relativo ao fornecimentode serviços de aluguer de 45 veículos automóveis ligeirosde passageiros marca Peugeot, modelo 307 Premium 1.6 Hdi,para o montante de 13 610 euros, resultante da:

a) Desvalorização de 5890 euros em relação ao valor da retomaaprovado pela Deliberação de Câmara n.º 614/CM/2006,de 2006/12/21, e que corresponde ao decurso de cercade dois anos civis, à quilometragem acrescida e à degradaçãodo estado geral das viaturas.

2 - Autorização para alterar o valor de retoma da Parte IV,do CPI n.º 19/DMSC-DA/06, relativo ao fornecimentode serviços de aluguer de 70 veículos automóveis ligeirosde passageiros marca Renault, modelo Kangoo VP Pack1.5 DCI, para o montante de 67 750 euros, resultante da:

b) Desvalorização de 71 550, euros, em relação ao valorda retoma aprovado pela Deliberação de Câmara n.º 614//CM/2006, de 2006/12/21, e que corresponde ao decursode cerca de dois anos civis, à quilometragem acrescidae à degradação do estado geral das viaturas.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS,Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV) e abstenções (PCP).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1840 (40) N.º 76623 Q U I N T A - F E I R A

OUTUBRO 2008

Publica-se às 5.as-feirasISSN: 0873-0296 Depósito Legal n.o 76 213/94 Tiragem 11

O Boletim Municipal está disponível no sítio da Internet oficial da Câmara Municipal de Lisboa (http://boletimmunicipal.cm-lisboa.pt).

O Boletim Municipal pode ser adquirido nos Serviços Municipais através de impressão/fotocópia e pago de acordo com o preço definido na Tabelade Taxas e Outras Receitas Municipais

[Deliberação n.º 35/CM/2008 (Proposta n.º 35/2008) - Aprovada na Reunião de Câmara de 30 de Janeiro de 2008]

Composto e Impresso na Imprensa MunicipalToda a correspondência relativa ao Boletim Municipal deve ser dirigida à CML - Divisão de Imprensa MunicipalEstrada de Chelas, 101 – 1900-150 Lisboa Telef. 21 816 14 20 Fax 21 812 00 36 E-mail: [email protected]