boletim informativo nº 23 a 32 julgados das turmas ... · de pessoa jurÍdica ou dela cessionÁria...

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BOLETIM INFORMATIVO Nº 23 A 32 JULGADOS DAS TURMAS RECURSAIS JURISPRUDÊNCIA CÍVEL SUMÁRIO “AÇÃO COMINATÓRIA - PEDIDO DE DESFAZIMENTO DE CONSTRUÇÃO - FALTA DE PROVA DO RISCO - IMPROCEDÊNCIA: ................................................................................... 8 “AÇÃO DE COBRANÇA - ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO - PROVA - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - POSSIBILIDADE: ............................................................................. 8 “ACIDENTE DE VEÍCULO - CULPA RECÍPROCA - MENOR VALOR ENTRE OS ORÇAMENTOS APRESENTADOS .............................................................................................. 8 “CONSUMIDOR - CLÁUSULA ABUSIVA: ................................................................................ 8 “CONTRATO BANCÁRIO - ABERTURA DE CONTA GARANTIDA - RELAÇÃO DE CONSUMO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: ...... 8 “FLUÊNCIA DO PRAZO RECURSAL HAVENDO ADVOGADO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NO JUÍZO DA SENTENÇA: ................................... 9 “INDENIZAÇÃO - DANO MATERIAL - PROVA: ..................................................................... 9 “INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - VALOR DA INDENIZAÇÃO: ........................................ 9 “JUIZADO ESPECIAL - COBRANÇA DE DÍVIDA REPRESENTADA POR CHEQUE - CAUSA DEBENDI - ÔNUS DA PROVA: ..................................................................................... 9 “JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL DIFERENTE DA JUSTIÇA COMUM - FALTA DE PREPARO - DESERÇÃO: .......................................................................................... 9 “JUIZADO ESPECIAL - REVELIA - ABRANDAMENTO: ...................................................... 10 “JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - ILEGITIMIDADE ATIVA - PESSOA FÍSICA INTERPOSTA DE PESSOA JURÍDICA OU DELA CESSIONÁRIA DE DIREITO: ......................................... 10 “LINHA TELEFÔNICA - PROPRIEDADE DE TERCEIRO - PROMESSA DE COMPRA E VENDA - ATO ILÍCITO - RESCISÃO DECRETADA: ............................................................. 10 “NULIDADE DA CITAÇÃO - ACIDENTE IMPUTADO A TRÊS ASSALTANTES - PROCEDÊNCIA: .......................................................................................................................... 10 “PEDIDO INICIAL - CITAÇÃO EFETUADA - MODIFICAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - JULGAMENTO EXTRA PETITA - NULIDADE: ...................................................................... 10 “PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 42 DA LEI N.º 9.099/95: ........................................................... 11 “RECURSO - AUSÊNCIA DE PREPARO: ................................................................................. 11 “RECURSO - INTEMPESTIVIDADE ......................................................................................... 11 “RECURSO - INTEMPESTIVIDADE: ........................................................................................ 11 “RECURSO - PRAZO - INTEMPESTIVIDADE - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - INDENIZAÇÃO DEVIDA: ....................................................................................................................................... 11 “RECURSO - PREPARO ALÉM DO PRAZO: ........................................................................... 11 “RECURSO - TEMPESTIVIDADE E PREPARO - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE: 12 1

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BOLETIM INFORMATIVO Nº 23 A 32

JULGADOS DAS TURMAS RECURSAIS

JURISPRUDÊNCIA CÍVEL

SUMÁRIO

“AÇÃO COMINATÓRIA - PEDIDO DE DESFAZIMENTO DE CONSTRUÇÃO - FALTA DE PROVA DO RISCO - IMPROCEDÊNCIA: ................................................................................... 8 “AÇÃO DE COBRANÇA - ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO - PROVA - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - POSSIBILIDADE: ............................................................................. 8 “ACIDENTE DE VEÍCULO - CULPA RECÍPROCA - MENOR VALOR ENTRE OS ORÇAMENTOS APRESENTADOS .............................................................................................. 8 “CONSUMIDOR - CLÁUSULA ABUSIVA: ................................................................................ 8 “CONTRATO BANCÁRIO - ABERTURA DE CONTA GARANTIDA - RELAÇÃO DE CONSUMO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: ...... 8 “FLUÊNCIA DO PRAZO RECURSAL HAVENDO ADVOGADO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NO JUÍZO DA SENTENÇA: ................................... 9 “INDENIZAÇÃO - DANO MATERIAL - PROVA: ..................................................................... 9 “INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - VALOR DA INDENIZAÇÃO: ........................................ 9 “JUIZADO ESPECIAL - COBRANÇA DE DÍVIDA REPRESENTADA POR CHEQUE - CAUSA DEBENDI - ÔNUS DA PROVA: ..................................................................................... 9 “JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL DIFERENTE DA JUSTIÇA COMUM - FALTA DE PREPARO - DESERÇÃO: .......................................................................................... 9 “JUIZADO ESPECIAL - REVELIA - ABRANDAMENTO: ...................................................... 10 “JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - ILEGITIMIDADE ATIVA - PESSOA FÍSICA INTERPOSTA DE PESSOA JURÍDICA OU DELA CESSIONÁRIA DE DIREITO: ......................................... 10 “LINHA TELEFÔNICA - PROPRIEDADE DE TERCEIRO - PROMESSA DE COMPRA E VENDA - ATO ILÍCITO - RESCISÃO DECRETADA: ............................................................. 10 “NULIDADE DA CITAÇÃO - ACIDENTE IMPUTADO A TRÊS ASSALTANTES - PROCEDÊNCIA: .......................................................................................................................... 10 “PEDIDO INICIAL - CITAÇÃO EFETUADA - MODIFICAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - JULGAMENTO EXTRA PETITA - NULIDADE: ...................................................................... 10 “PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 42 DA LEI N.º 9.099/95: ........................................................... 11 “RECURSO - AUSÊNCIA DE PREPARO: ................................................................................. 11 “RECURSO - INTEMPESTIVIDADE ......................................................................................... 11 “RECURSO - INTEMPESTIVIDADE: ........................................................................................ 11 “RECURSO - PRAZO - INTEMPESTIVIDADE - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - INDENIZAÇÃO DEVIDA: ....................................................................................................................................... 11 “RECURSO - PREPARO ALÉM DO PRAZO: ........................................................................... 11 “RECURSO - TEMPESTIVIDADE E PREPARO - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE: 12

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“RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - VERSÕES CONFLITANTES: ........................................................................................................................ 12 “SEGURO FACULTATIVO DE AUTOMÓVEL - PERDA TOTAL DO BEM - INDENIZAÇÃO - VALOR DA APÓLICE: ................................................................................. 12 “SPC - INSCRIÇÃO INDEVIDA - DANO PURAMENTE MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA: ....................................................................................................................................... 12 “SPC - INSCRIÇÃO INDEVIDA - DANO PURAMENTE MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA: ....................................................................................................................................... 12 Ação de cobrança - Acidente de veículo - Recurso - Prazo .......................................................... 12 Ação de cobrança - Cheque - Terceiro - Enriquecimento ilícito ................................................... 13 Ação de cobrança - Cheque - Terceiro - Enriquecimento ilícito ................................................... 13 Ação de cobrança - Contrato verbal - Revelia ............................................................................... 13 Ação de cobrança - Prova - Juros - Correção monetária ............................................................... 13 Ação de cobrança - Responsabilidade civil - Culpa - Dano .......................................................... 13 Ação de cobrança - Revelia - Citação ............................................................................................ 14 Ação de cobrança - Sindicato - Contribuição ................................................................................ 14 Ação de despejo – Pagamento – Competência .............................................................................. 14 Ação declaratória - Repetição de indébito ..................................................................................... 14 AÇÃO POSSESSÓRIA – LEGITIMIDADE PASSIVA – POSSIBILIDADE. ........................... 14 Acidente - Motocicleta - Defensor - Provas .................................................................................. 14 Acidente automobilístico - Culpa - Prova ..................................................................................... 15 Acidente automobilístico - Culpa recíproca - Compensação ........................................................ 15 Acidente de automóvel - Traseira - Lateral - Culpa ...................................................................... 15 Acidente de automóvel - Traseira - Lateral - Culpa ...................................................................... 15 Acidente de trânsito - BO - Presunção de verdade - Prova - Recurso ........................................... 16 Acidente de trânsito - Contramão direcional - Culpa .................................................................... 16 Acidente de trânsito - Cruzamento - Via preferencial ................................................................... 16 Acidente de trânsito - Culpa - Indenização .................................................................................... 16 Acidente de trânsito - Culpa - Indenização .................................................................................... 16 Acidente de trânsito - Freada brusca - Batida na traseira - Culpa ................................................. 17 Acidente de trânsito - Furto de veículo - Responsabilidade .......................................................... 17 Acidente de trânsito - Orçamento - Oficina idônea ....................................................................... 17 Acidente de trânsito - Sinal amarelo - Prudência .......................................................................... 17 Acidente de trânsito - Sinalização - Luz e triângulo ...................................................................... 17 Acidente de trânsito - Sinalização - Luz e triângulo ...................................................................... 17 Acidente de veículo - Conversão - Desrespeito à via preferencial ................................................ 18 Acidente de veículo - Preferencial - Indenização .......................................................................... 18 Acidente de veículos - BO - Provas - Consequência ..................................................................... 18 Acidente de veículos - Boletim de ocorrência - Provas ................................................................. 18 Acidente trânsito - Responsabilidade - Recurso - Tempestividade ............................................... 18 Acidente veículo - Conversão à direita .......................................................................................... 19 Acórdão - Força obrigatória - Coisa julgada formal ...................................................................... 19 Acordo - Locador e locatário - Fiadores - Novação ...................................................................... 19 Acordo homologado - Valor - Assistência - Advogado ................................................................ 19 Administração de imóvel - Despesas - Cláusula contratual .......................................................... 19 Advogado - Serviços profissionais - Honorários - Recurso .......................................................... 20 Advogado - Serviços profissionais - Honorários advocatícios ...................................................... 20

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Afirmações mentirosas - Objetivos ilegítimos - Litigante de má fé .............................................. 20 Agravo de instrumento - Inaplicabilidade - Fungibilidade ............................................................ 20 AIJ - Testemunhas - Prévio rol - Cerceamento de defesa ............................................................. 20 AIJ realizada antes do horário previsto - Revelia - Insubsistência ................................................ 21 Alienação fiduciária - Contrato - Vício do produto ....................................................................... 21 Ampla defesa - Prova pericial complexa ....................................................................................... 21 Apresentação antecipada - Cheque pré-datado - Dano .................................................................. 22 Assistência judiciária - Custas - Contravenção - Multa ................................................................. 22 Assistência judiciária - Fatos do processo - Situação do postulante ............................................. 22 Assistência judiciária - Impossibilidade - Advogado particular .................................................... 22 Assistência judiciária - Para recorrer - Advogado particular ......................................................... 23 Assistência judiciária - Recorrer - Advogado particular ............................................................... 23 Ato ilícito - Retenção coisa - Configuração .................................................................................. 23 Ato ilícito - Retenção da coisa ....................................................................................................... 23 Ausência de citação - Devido processo legal - Contraditório ........................................................ 23 Boletim de ocorrência - Embriaguez - Traseira de outro veículo .................................................. 24 Cartão de crédito - Cobrança indevida - Dano moral .................................................................... 24 CDC - Cobertura de seguro - Tratamento preventivo ................................................................... 24 CDC - Contrato misto - Peido contraposto .................................................................................... 24 CDC - Contrato misto - Peido contraposto .................................................................................... 24 CDC - Sentença - Confirmação - Fundamentos - Acórdão ........................................................... 25 Cheque pré-datado - Contrato ........................................................................................................ 25 Citação - Pessoa jurídica ................................................................................................................ 25 Citação e intimação - Réus - Conciliação - Instrução e julgamento .............................................. 25 Citação e intimação - Via postal - Recurso ................................................................................... 26 Citação por carta - Nulidade .......................................................................................................... 26 Citação via correio - Mãos próprias ............................................................................................... 26 Citação via postal - Pessoa jurídica ............................................................................................... 27 Cláusula contratual - Interpretação ................................................................................................ 27 CNT - Culpa - Direita da pista ....................................................................................................... 27 Código Defesa Consumidor - Art. 53, caput - Proibição ............................................................... 27 Comissão de corretagem - Contrato particular .............................................................................. 27 Comissão de corretagem - Verba devida ....................................................................................... 27 Comissões devidas - Justiça comum .............................................................................................. 28 Compensação de dívidas - Via judicial ......................................................................................... 28 Competência - Restituição - Parcelas pagas .................................................................................. 28 Complexidade - Extinção do processo - Mútuo bancário .............................................................. 28 Comprador - Inadimplente - Rescisão - Parcelas pagas ................................................................ 28 Compromisso de compra e venda - Rescisão ................................................................................ 29 Comprovação da necessidade - Corte do galho - Autorização judicial ......................................... 29 Concorrência de culpas - Colisão de veículo - Reses - Via pública .............................................. 29 Condenação - Insuficiência probatória - Recurso .......................................................................... 29 Condenação em custas e honorários .............................................................................................. 29 Condomínio - Assembléia - Matéria não constante da ordem do dia ............................................ 29 Condomínio - Moradores - Visitantes - Convenção - Ato lícito ................................................... 30 Consórcio - Afastamento - Restituição .......................................................................................... 30 Consórcio - Afastamento do consorciado - Parcelas pagas ........................................................... 30

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Consórcio - Desistência - Devolução - Prazo ................................................................................ 30 Consórcio - Desistência - Restituição de parcelas - Prazo ............................................................ 31 Consórcio - Desistência - Taxa de adesão - Devolução ................................................................ 31 Consórcio - Restituição das parcelas pagas ................................................................................... 31 Consumidor - Cláusula de não devolução ..................................................................................... 31 Consumidor - Defeito - Devolução do valor pago ......................................................................... 32 Consumidor - Telemig - Legitimidade .......................................................................................... 32 Contraditório - Discussão já preclusa - Direito de defesa ............................................................. 32 Contrato - Prestação de serviços médicos - Doença preexistente .................................................. 32 Contrato de financiamento - Anulação - Mercadoria .................................................................... 32 Contrato de financiamento - Juros ................................................................................................. 33 Contrato financiamento - Anulação - Entrega mercadoria ............................................................ 33 Corretagem - Comissão - Prova ..................................................................................................... 33 Corretor seguro - Pagamento prêmio - Responsável ..................................................................... 33 Culpa recíproca - Acidente automobilístico - Compensação ........................................................ 33 Custas processuais - Honorários - Condenação - Sentença ........................................................... 33 Custas processuais - Honorários - Condenação - Sentença ........................................................... 33 Dano - Aborrecimento passageiro - Tratamento deselegante ........................................................ 34 Dano moral - Ato ilícito - Indenização .......................................................................................... 34 Dano moral - Ato ilícito - Indenização .......................................................................................... 34 Dano moral - Atraso - Prazo concedido ........................................................................................ 34 Dano moral - Cheque - Erro do Banco .......................................................................................... 35 “PEDIDO CONTRAPOSTO - IMPROCEDÊNCIA: ................................................................... 35 Dano moral - Cheque pós-datado - Indenização ............................................................................ 35 Dano moral - Cheque pré-datado - Indenização ............................................................................ 35 Dano moral - Condenação ............................................................................................................. 35 Dano moral - Culpa - Furto do título ............................................................................................. 36 Dano moral - Devolução de cheque - Indenização - Critérios ....................................................... 36 Dano moral - Ficha creditícia imaculada ....................................................................................... 36 Dano moral - Indenização - Cheques ............................................................................................. 36 Dano moral - Indenização - Contrato de transporte ....................................................................... 36 Dano moral - Indenização - Sucumbência ..................................................................................... 37 Dano moral - Inicial - Advogado ................................................................................................... 37 Dano moral - Prova - Configuração ............................................................................................... 37 Dano moral - Prova - Culpa aquiliana - Sucumbência .................................................................. 38 Dano moral - Prova - Indenização ................................................................................................. 38 Dano moral - Prova - Indenização ................................................................................................. 39 Dano moral - Prova - Indenização ................................................................................................. 39 Dano moral - Prova - Indenização - Critério ................................................................................. 40 Dano moral - Registro indevido no SPC - Direito do autor - Prova .............................................. 40 Dano moral - SPC - Presunção ...................................................................................................... 41 Dano moral - SPC - Prova - Culpa ................................................................................................ 41 Dano moral - Valor de indenização ............................................................................................... 41 Danos - Acidente de veículos - Indenização - Colisão na traseira ................................................ 41 Danos morais - Duplicata - Protesto - Indenização ....................................................................... 41 Danos morais - Indenização - Critérios de fixação do valor ......................................................... 42 Danos morais - Indenização - Direitos personalíssimos ................................................................ 42

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Danos morais - Protesto indevido - Indenização ........................................................................... 42 Decisão ilíquida - Execução .......................................................................................................... 42 Defeito posterior no veículo - Culpa - Indenização ....................................................................... 42 Direito de vizinhança - Muro - Meação - Cobrança ...................................................................... 43 Dívidas de moeda - Correção - Índice ........................................................................................... 43 Doença pré-existente - Seguro - Exclusão do plano ...................................................................... 43 Duplicata - Protesto indevido - Indenização - Danos morais ........................................................ 43 Embargos à execução - Notas promissórias - Quitação parcial ..................................................... 43 Embargos de declaração - Extinção do processo - Sucumbência .................................................. 44 Embargos de declaração - Sucumbência - Conflitos inexistentes ................................................. 44 Embargos declaratórios - Reapreciação - Matéria já decidida ...................................................... 45 Embargos declaratórios - Suspensão do prazo recursal ................................................................. 45 Enriquecimento ilícito - Cheque previsto ...................................................................................... 45 Ensino superior - Instituição particular - Abono de faltas - Doença ............................................. 45 Entrega de coisa certa - Indenização - Ônus da prova ................................................................... 45 Estabelecimento de ensino - Matrícula - Desistência - Restituição ............................................... 46 Execução - Certidão - Bens penhoráveis - Extinção processo ...................................................... 46 Execução - Certidão - Extinção do processo ................................................................................. 46 Execução - Extinção do processo - Comparecimento - Audiência ................................................ 47 Execução de cheque - Embargos ................................................................................................... 47 Execução de sentença - Penhora - Audiência de conciliação ........................................................ 47 Execução por cheque - Valor da causa - Causa debendi ............................................................... 47 Ex-sócio - Dissolução de sociedade - Carecedor de ação .............................................................. 47 Extravio de bagagem - Constrangimento - Dano moral ................................................................ 48 Falta de citação - Nulidade ............................................................................................................ 48 Falta de preparo - Deserção do recurso ......................................................................................... 48 Fraude à execução - Alienação - Qualquer demanda .................................................................... 48 Furto - Caso fortuito - Dano moral ................................................................................................ 48 Furto - Trem de passageiros - Agência de viagem - Dano moral .................................................. 48 Imprudência - Motorista - Semáforo ............................................................................................. 49 Indenização - Acidente automobilístico - Prazo recursal .............................................................. 49 Indenização - Ato ilícito - Menores - Assistência advogado ......................................................... 49 Indenização - Culpa recíproca - Pedido contraposto ..................................................................... 49 Indenização - Dano - Ilegitimidade ............................................................................................... 49 Indenização - Dano material - Prova ............................................................................................. 50 Indenização - Dano moral - CDC - Ônus da prova ....................................................................... 50 Indenização - Dano moral - SPC ................................................................................................... 50 Indenização - Dano moral - SPC ................................................................................................... 50 Indenização - Dano moral - SPC - Prova ....................................................................................... 50 Indenização - Danos em veículo - Culpa - Orçamento único ........................................................ 51 Indenização - Danos morais - Prazo - Recurso .............................................................................. 51 Indenização - Dívida paga - SPC - Dano moral ............................................................................ 51 Indenização - Inscrição indevida - SPC - Danos morais ............................................................... 51 Indenização - Perda total do veículo segurado .............................................................................. 51 Indenização - SPC - Constrangimento - Recurso .......................................................................... 52 Indenização dano moral - CDC - Responsabilidade ...................................................................... 52 Indenizatória - Direito do consumidor - Culpa - Prova ................................................................. 52

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Intimação - Correio - Preparo - Acidente - Presunção - Sucumbência .......................................... 52 Intimação - Viagens aéreas - Direito a indenização ...................................................................... 53 Intimação da vítima - Audiência - Representação ......................................................................... 53 Intimações - Decisões -Audiência - Sessão de Julgamento ........................................................... 53 Lei posterior - Fatos anteriores - Benéfica para o agente .............................................................. 53 Leiloeiro - Intermediação - Danos morais - Lucros cessantes ....................................................... 54 Locação - Devolução do imóvel .................................................................................................... 54 Locação - Devolução do imóvel - Término do contrato ................................................................ 54 Locatícios - Corretor - Parte ilegítima ........................................................................................... 55 Lote de terreno - Promissário comprador - Restituição ................................................................. 55 Mandado de segurança - Competência - Trânsito em julgado ...................................................... 55 Mandado de segurança - Inadmissível - Coisa julgada ................................................................. 55 Motorista - Veículo que bate na traseira ........................................................................................ 55 Mudança do empregado - Determinação superior - Residência da família ................................... 56 Multa - Mudança de empregado - Determinação superior hierárquico ......................................... 56 Muro - Imóvel condominiado ........................................................................................................ 56 Nulidade de citação - Recurso ....................................................................................................... 56 Ocorrência policial - Perícia - Validade ........................................................................................ 56 Pagamento dos danos - Orçamentos - Impugnação fundamentada ............................................... 56 Parcelas - Preparo do recurso - Custas - Taxa judiciária - Acidente de trânsito - Batida pela traseira - Culpa ............................................................................................................................... 56 Petição inicial - Requisito essencial - Descrição ........................................................................... 57 Plano de saúde - Contrato de adesão - Cirurgia ............................................................................. 58 Prazo de recurso - Ciência da sentença - Fluência ........................................................................ 58 Prazo Recursal - Contagem ........................................................................................................... 58 Prazo recursal - Contagem - Deserção ........................................................................................... 58 Prazo recursal - Início - Deserção .................................................................................................. 58 Prazo recursal - Início - Deserção .................................................................................................. 59 Prazo recursal - Início - Deserção .................................................................................................. 59 Prazo recursal - Início - Deserção .................................................................................................. 59 Prazo recursal - Início - Deserção - Acidente de trânsito - Culpa ................................................. 59 Prazo recursal - Início da contagem ............................................................................................... 60 Preparo do recurso - Custas dispensadas - Deserção ..................................................................... 60 Preparo do recurso - Custas dispensadas - Primeiro grau - Deserção ........................................... 60 Processos conexos - Competência ................................................................................................. 61 Promissário comprador - Interesse processual - Restituição ......................................................... 61 Propaganda enganosa - CDC -Ônus .............................................................................................. 61 Protesto de duplicatas - Telemarketing - Dano moral ................................................................... 61 Prova da proposta de contrato - Reconhecimento do vínculo ....................................................... 61 Prova dos autos - Testemunhas ...................................................................................................... 62 Prova dos autos - Testemunhas ...................................................................................................... 62 Provas de pagamento - Grau de recurso - Possibilidade ................................................................ 62 Recibo - Teoria da aparência - Relação comercial ........................................................................ 62 Recurso - Ausência de preparo ...................................................................................................... 62 Recurso - Ausência de preparo - Deserção .................................................................................... 62 Recurso - Defensoria pública - Prazo ............................................................................................ 62 Recurso - Deserção - Preparo ........................................................................................................ 63

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Recurso - Intempestividade ........................................................................................................... 63 Recurso - Intempestividade ........................................................................................................... 63 Recurso - Intempestividade ........................................................................................................... 63 Recurso - Juízo da admissibilidade - Prazo recursal ..................................................................... 63 Recurso - Prazo .............................................................................................................................. 64 Recurso - Prazo - Ciência da sentença ........................................................................................... 64 Recurso - Prazo - Preparo .............................................................................................................. 64 Recurso - Preparo .......................................................................................................................... 64 Recurso - Preparo .......................................................................................................................... 64 Recurso - Preparo - Assistência judiciária ..................................................................................... 64 Recurso - Preparo - Assistência judiciária - Deserção ................................................................... 65 Recurso - Preparo - Consequências ............................................................................................... 65 Recurso - Preparo - Deserção ........................................................................................................ 65 Recurso - Preparo - Deserção ........................................................................................................ 66 Recurso - Preparo - Deserção ........................................................................................................ 66 RECURSO - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE ................................................................ 66 Recurso- Preparo- Erro - Responsabilidade - Apiário - Indenização ............................................ 66 Recursos - Ambas as partes - Preparo - Prazo legal ...................................................................... 66 Reintegração de posse - Concessão de liminar - Prova ................................................................. 66 Reintegração de posse - Imóvel - Diversas opções de acesso ....................................................... 67 Reintegração de posse - Legitimidade ........................................................................................... 67 Reivindicatória - Nome dado à ação .............................................................................................. 67 Reparação de dano - Abalroamento de veículo - Habilitação ....................................................... 67 Reparação de dano - Processo - Início antes Lei nº 9.099/95 ........................................................ 67 Reparação de danos - Custas - Preparo - Deserção ....................................................................... 68 Reparação de danos - Responsabilidade civil - Prova ................................................................... 68 Rescisão - Desistência de transação - Multa .................................................................................. 68 Rescisão de contrato - Cláusula penal - CDC ................................................................................ 68 RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - REQUISITOS - ÔNUS DA PROVA: ......................................................................................................................................... 68 Responsabilidade cívil - Prova dos autos ...................................................................................... 68 Responsabilidade civil - Sentença - Prova dos autos ..................................................................... 69 Responsabilidade civil - Testemunha - Prova da culpa ................................................................. 69 Ressarcimento - Banco - Senha - Uso indevido - CDC - Prova .................................................... 69 Ressarcimento de danos - Reposição de imóvel - Revelia ............................................................ 69 Restituição - Prova de prestação de serviço - Ônus ....................................................................... 70 Restituição de custas - Condenação ............................................................................................... 70 Revelia - Ausência - Audiência - Regularmente citado ................................................................. 70 Rito processual - Inobservância - Nulidade ................................................................................... 70 Seguro facultativo - Perda total - Indenização - Valor .................................................................. 70 Sentença - Caso concreto - Recurso .............................................................................................. 71 Sentença - Confirmação ................................................................................................................. 71 Sentença - Confirmação - Fundamentos - Súmula - Acórdão ....................................................... 71 Sentença - Confirmação - Próprios fundamentos - Súmula ........................................................... 71 Sentença - Prova dos autos ............................................................................................................ 71 Sentença - Prova dos autos - Confirmação .................................................................................... 72 Sentença - Revelia - Contestação .................................................................................................. 72

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Sentença de nulidade - Decretação ex officio ................................................................................ 72 Serviço 900 - Culpa - Danos - Secumbência ................................................................................. 72 Servidão de trânsito - Alteração mínima - Prejuízo ....................................................................... 73 SPC - Dano - Abalo moral - Negligência ...................................................................................... 73 Testemunhas - Preterição - Prejuízo comprovado ......................................................................... 73 Transporte aéreo - Bagagem desaparecida - Indenização .............................................................. 73 Valor da causa - Assistência - Advogado - Prova ......................................................................... 74 Veículo defeituoso - Responsabilidade objetiva - CDC - Dano .................................................... 74

“AÇÃO COMINATÓRIA - PEDIDO DE DESFAZIMENTO DE CONSTRUÇÃO - FALTA DE PROVA DO RISCO - IMPROCEDÊNCIA:

Improvado o risco efetivo da construção do vizinho, que edificou seu muro dentro dos padrões de resistência, improcede no todo a prestação do confrontante em ver desfeita a construção, a qual teria sido edificada sobre o muro de arrimo, o que foi desmentido pelo perito” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.177 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

“AÇÃO DE COBRANÇA - ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO - PROVA - JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - POSSIBILIDADE:

Não constitui cerceamento de defesa quando os elementos constantes dos autos permitem o esclarecimento de toda a matéria de fato e o Juiz profere o julgamento antecipado da lide.

O pagamento só se comprova através de documento que preencha os requisitos dos artigos 939 e 940 do Código Civil, sendo a prova testemunhal insuficiente, por si só, para tal comprovação” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.134 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“ACIDENTE DE VEÍCULO - CULPA RECÍPROCA - MENOR VALOR ENTRE OS ORÇAMENTOS APRESENTADOS

Reconhecida a culpa recíproca, devem os danos ser divididos entre os litigantes, cabendo ao requerido, através de pedido contraposto, levar aos autos o prejuízo por ele sofrido - Apresentados vários orçamentos e inexistindo comprovação do pagamento, deve o valor do prejuízo ser calculado através dos menores preços indicados nos orçamentos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 975 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

“CONSUMIDOR - CLÁUSULA ABUSIVA:Nula é a cláusula no contrato de adesão que implique em limitação de direito do

consumidor, redigida em letra microscópica e que, aliada à propaganda enganosa não enseja a sua imediata e fácil compreensão, - inteligência do parágrafo 4º do artigo 54 e inciso III do parágrafo 1º do artigo 51, todos do Código de Defesa do Consumidor” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.259 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“CONTRATO BANCÁRIO - ABERTURA DE CONTA GARANTIDA - RELAÇÃO DE CONSUMO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:

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O contrato bancário de abertura de conta garantida se insere entre as operações de consumo protegidas pelo sistema jurídico do Código de Defesa do Consumidor, sujeitando o prestador de serviço à responsabilidade objetiva pelos danos causados ao consumidor e à inversão do ônus da prova” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.197 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Jul. 21/09/98).Boletim nº23

“FLUÊNCIA DO PRAZO RECURSAL HAVENDO ADVOGADO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NO JUÍZO DA SENTENÇA:

Havendo advogado representando a parte, o prazo processual só começa a fluir após a sua regular intimação.

O não conhecimento dos embargos declaratórios no juízo da sentença não inquina o ato sentencial de nulidade, em face do princípio processual que devolve ao juízo revisor todas as questões postas no juízo a quo” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.268 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“INDENIZAÇÃO - DANO MATERIAL - PROVA:Comprovado o dano sofrido pelo lesado, face à confissão do preposto da requerida, e face

à prova testemunhal, impõe-se acolher o pedido de indenização” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.489 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

“INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - VALOR DA INDENIZAÇÃO:Apelação interposta pela autora, irresignada com o valor fixado.Culpa concorrente reconhecida.Para fixar o quantum reparatório, não está adstrito o Juiz ao valor do pedido, podendo

arbitrá-lo segundo seu livre convencimento” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.283 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“JUIZADO ESPECIAL - COBRANÇA DE DÍVIDA REPRESENTADA POR CHEQUE - CAUSA DEBENDI - ÔNUS DA PROVA:

Na ação comum de cobrança de cheque cuja executividade já esteja vencida, necessária a indicação e prova da causa debendi.

Em não logrando provar a origem do débito após regularmente contestada a ação a improcedência do pedido se impõe” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.235/98 - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL DIFERENTE DA JUSTIÇA COMUM - FALTA DE PREPARO - DESERÇÃO:

No Juizado Especial Cível - ao contrário da Justiça Comum - artigo 508 do Código de Processo Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de dez dias, contados da data da ciência da sentença, inteligência do artigo 42 da Lei 9.099/95, de 26 de setembro de 1995, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal.

No Juizado Especial Cível, ocorrendo a hipótese preclusiva de deserção por absoluta falta de preparo - parágrafo 1º do artigo 42 da Lei 9.099/95, incumbe ao Juiz da sentença inacolher o recurso em homenagem ao princípio da celeridade e informalidade que sugere o procedimento nos Juizados Especiais.

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O preparo para recorrer é composto das custas de primeiro grau que foram dispensadas, das custas do segundo grau e da Taxa Judiciária - inteligência da Lei Estadual nº 6.673/75, com a alteração dada pela Lei nº 12.425, de 27.12.96 - artigo 101 inciso VI c.c artigo 102, - artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando deserto o recurso, desacompanhado do preparo em que a parte não esteja sob o pálio de assistência judiciária gratuita.

O recurso só é considerado regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, sob o patrocínio de advogado habilitado, com as razões, o pedido, o preparo completo no prazo determinado e a resposta do recorrido, se intimado o fizer, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi sonegado pelo recorrente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.295 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“JUIZADO ESPECIAL - REVELIA - ABRANDAMENTO:Réu que contesta regularmente o pedido mas não comparece à audiência de instrução e

julgamento - em face do disposto no final do artigo 20 da Lei 9.099/95.Em não provado o dano não há o que indenizar” (Turma Recursal de Belo Horizonte -

Rec. nº 1.343 - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - ILEGITIMIDADE ATIVA - PESSOA FÍSICA INTERPOSTA DE PESSOA JURÍDICA OU DELA CESSIONÁRIA DE DIREITO:

No Juizado Especial Cível é parte ilegítima a pessoa jurídica no polo ativo, mesmo que sob o biombo de interposta pessoa física; do mesmo modo, também, ilegítima no polo ativo é a pessoa física que seja ostensiva cessionária de direito de pessoas jurídicas. Inteligência do parágrafo 1º do artigo 8º da Lei 9.099/95” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.340 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“LINHA TELEFÔNICA - PROPRIEDADE DE TERCEIRO - PROMESSA DE COMPRA E VENDA - ATO ILÍCITO - RESCISÃO DECRETADA:

Se o alienante instala linha telefônica pertencente a terceiro, configura-se o ilícito e a inadimplência contratual, impondo-se a rescisão do contrato de promessa de compra e venda.

Sentença que se mantém por seus próprios fundamentos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.170 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“NULIDADE DA CITAÇÃO - ACIDENTE IMPUTADO A TRÊS ASSALTANTES - PROCEDÊNCIA:

Válida é a citação cuja correspondência foi entregue a um filho do citando, que a repassou posteriormente, mas em data posterior à da audiência, eis que a exigência da Lei tem por fulcro garantir a entrega da correspondência, o que foi confessado pelo requerido como tendo sido feito em tempo hábito - Á falta de prova de que o acidente tenha sido provocado pelo assalto de que foi vítima o réu, impõe-se o reconhecimento da procedência” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.186 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

“PEDIDO INICIAL - CITAÇÃO EFETUADA - MODIFICAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - JULGAMENTO EXTRA PETITA - NULIDADE:

Nosso sistema processual só permite a modificação do pedido antes de completada a citação.

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O pedido de natureza declaratória não comporta decisão condenatória.O Juiz deve decidir nos limites do pedido, sob pena de proferir decisão extra petita, cuja

conseqüência é a sua nulidade” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.215 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 42 DA LEI N.º 9.099/95:

Feita a intimação via postal, conta-se o prazo da ciência da sentença, ou data do recebimento do AR, não da juntada destes aos autos - precedentes.

Pessoa Jurídica - Condomínio - recebimento ao AR pelo zelador - presunção de regular intimação não desfeita.

Recurso intempestivo, que não se conhece” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.292 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“RECURSO - AUSÊNCIA DE PREPARO:A não comprovação do preparo do recurso sujeita-o à pena de deserção, dele não se

conhecendo” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.233 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“RECURSO - INTEMPESTIVIDADERecurso apresentado após o decurso do prazo de 10 dias contados da ciência da decisão,

não pode ser conhecido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.435 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

“RECURSO - INTEMPESTIVIDADE:Não se conhece do recurso interposto fora do decêndio legal” (Turma Recursal de Belo

Horizonte - Rec. nº 1.179 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“RECURSO - PRAZO - INTEMPESTIVIDADE - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - INDENIZAÇÃO DEVIDA:

Não se conhece do recurso interposto fora do decêndio legal.Caracterizada a má-fé do recorrente que opõe resistência injustificada ao andamento do

processo, é de se condená-lo a pagar indenização ao recorrido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.125 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“RECURSO - PREPARO ALÉM DO PRAZO:No Juizado Especial Cível o prazo estipulado pela lei é de natureza preclusiva, vale dizer

se não for realizado no prazo marcado não poderá sê-lo mais, e, mesmo assim se for realizado, considerar-se-á como inexistente, em face da cominação legal de deserção, especialmente à míngua de justo impedimento - inteligência do parágrafo 1º do artigo 42 da Lei nº 9.099/95 c.c o parágrafo 1º do artigo 138 do Código de Processo Civil.

O recurso é regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, com as razões, o pedido, o preparo no prazo determinado e a resposta do recorrido, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi efetivado além do prazo legal” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.232 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

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“RECURSO - TEMPESTIVIDADE E PREPARO - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE:

Não se conhece do recurso interposto fora do prazo legal e desacompanhado do comprovante de preparo” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.188 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - VERSÕES CONFLITANTES:

Não se desincumbindo do ônus probatório não podem prosperar as alegações da parte que as produziu”(Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.098 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Jul. 21/09/98).Boletim nº23

“SEGURO FACULTATIVO DE AUTOMÓVEL - PERDA TOTAL DO BEM - INDENIZAÇÃO - VALOR DA APÓLICE:

Em linha de princípio, o automóvel voluntariamente segurado que sofrer perda total haverá de ser indenizado pelo valor da apólice, pois sendo a perda total o dano máximo que pode sofrer um bem segurado, a indenização deve ser pelo seu limite máximo, que é o valor da apólice (STJ - REsp. 63.543-MG - 4ª T. - Rel. Min César Asfor Rocha - DJU 16/03/1998).

Para evitar a indenização da perda total do veículo pelo valor segurado na apólice, incumbe à seguradora fazer a prova de que o seu valor médio de mercado é menor, inteligência do artigo 333, inciso II, do Código de Processo Civil” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.304 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“SPC - INSCRIÇÃO INDEVIDA - DANO PURAMENTE MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA:

A inscrição do nome do Consumidor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) posteriormente à quitação da dívida constitui injusta agressão à sua honra e imagem, passível de indenização por dano moral.

O dano puramente moral é indenizável por si só, independentemente de comprovação de prejuízos materiais” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.260 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº23

“SPC - INSCRIÇÃO INDEVIDA - DANO PURAMENTE MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA:

A inscrição do nome do Consumidor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) posteriormente à quitação da dívida constitui injusta agressão à sua honra e imagem, passível de indenização por dano moral.

O dano puramente moral é indenizável por si só, independentemente de comprovação de prejuízos materiais” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.260 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 21/09/98).Boletim nº24

Ação de cobrança - Acidente de veículo - Recurso - Prazo“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – RECURSO – PRAZO – AÇÃO DE COBRANÇA DE

FRANQUIA EM ACIDENTE DE VEÍCULO – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 42 DA LEI Nº 9.099/95:

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O recurso será interposto no prazo de 10 dias, contados da ciência da sentença e não da juntada aos autos do respectivo AR. Recurso serôdio e desacompanhado de instrumento regular de procuração. Não conhecimento” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 004/99 – Rel. Juiz José Américo Martins da Costa – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Cheque - Terceiro - Enriquecimento ilícito“AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUE EMPRESTADO A TERCEIRO PARA

PAGAMENTO DE DÍVIDA DECORRENTE DE MÚTUO – ALEGAÇÃO DE USURA – IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO – USURA NÃO COMPROVADA – VALOR PRINCIPAL DEVIDO – JUROS MONETÁRIOS DEVIDOS A PARTIR DA CITAÇÃO – PENA DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – RECURSO PROVIDO:

O cheque, espontaneamente assinado e repassado a terceira pessoa, constitui-se em ordem de pagamento à vista, descabendo pretender invalidá-lo, exceto se por motivo capaz de viciar de forma irreversível a vontade do emitente” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 014/99 – Rel. Juiz Marcos Francisco Pereira – Julg. 15/06/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Cheque - Terceiro - Enriquecimento ilícito“AÇÃO DE COBRANÇA – CHEQUE ASSINADO EM BRANCO E EMPRESTADO A

TERCEIRO PARA PAGAMENTO DE DÍVIDA ORIUNDA DE MÚTUO – ALEGAÇÃO DE USURA – IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO – USURA NÃO COMPROVADA – VALOR PRINCIPAL DEVIDO – JUROS MORATÓRIOS DEVIDOS A PARTIR DA CITAÇÃO – PENA DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – RECURSO PROVIDO:

O empréstimo de cheque assinado em branco caracteriza verdadeiro mandato, autorizando o portador a preenchê-lo” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 018/99 – Rel. Juiz Renato Luís Dresch – Julg. 15/06/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Contrato verbal - Revelia“Ação de cobrança – Débito oriundo de aluguel de equipamento de som para campanha

política – Contrato verbal – Pedido de adiamento da audiência de conciliação indeferido – Revelia – Procedência da ação – Óbito do recorrente – Habilitação julgada – Sucessor habilitado recebe o processo no estado da data do óbito – Recurso improvido” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 010/97 – Rel. Juiz Renato Luís Dresch – Julg. 15/06/1999).

Ação de cobrança - Prova - Juros - Correção monetária“AÇÃO DE COBRANÇA – PROVA BEM ANALISADA – JUROS MORATÓRIOS A

PARTIR DA CITAÇÃO – CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE A DATA DA EMISSÃO DO TÍTULO – DECISÃO PARCIALMENTE MANTIDA:

Na ação de cobrança os juros moratórios são devidos apenas a partir da citação e não da data da emissão do título.

Quanto a correção monetária, esses sim, são devidos a partir da data em que foi constituída a dívida, pois se trata de mera atualização para manutenção do valor real da moeda” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 003/99 – Rel. Juiz Renato Luís Dresch – Julg. 27/05/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Responsabilidade civil - Culpa - Dano

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“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – LEI Nº 9.099/95 – AÇÃO DE COBRANÇA – RESPONSABILIDADE CIVIL – CULPA ADMITIDA – COMPROVAÇÃO DE DANO:

Deve prevalecer a presunção de culpa se o requerido, através de preposto, no local dos fatos, ou logo em seguida, admite a culpa, sem que o caderno probatório releve motivo para não fazê-lo.

Inexiste condenação do recorrido vencido no ônus da sucumbência, visto que a Lei nº 9.099/95, prevê tal condenação apenas em relação ao recorrente vencido” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 023/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Revelia - Citação“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – AÇÃO DE COBRANÇA – REVELIA –

INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CITAÇÃO VÁLIDA – NULIDADE:A revelia somente pode ser reconhecida e decretada se o suplicado não comparecer à

audiência inicial, embora regularmente citado” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 017/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Ação de cobrança - Sindicato - Contribuição“AÇÃO DE COBRANÇA - SINDICATO - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL -

RECUSA DO PAGAMENTO - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO:Tem direito à devolução de contribuição assistencial para Sindicato se o associado se

recusa a pagá-la, manifestando sua intenção a tempo e modo” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Ação de despejo – Pagamento – Competência“O Juizado Especial Cível, a teor do disposto no inciso III do artigo 3º da Lei nº 9.099/95,

é incompetente para as ações de despejo por falta de pagamento, sendo competente tão somente para as ações de despejo para uso próprio” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 792 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Ação declaratória - Repetição de indébito“AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO – INSTRUÇÃO

INCOMPLETA – CERCEAMENTO DE DEFESA – NULIDADE:Os critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia e celeridade processual

não podem contrariar o principio da ampla defesa”. (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 012/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 25/6/99).Boletim nº32

AÇÃO POSSESSÓRIA – LEGITIMIDADE PASSIVA – POSSIBILIDADE.A ação possessória pode ser ajuizada contra quem ofenda a posse de seu titular, pois

visa o ao restabelecimento de situação fática. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 002/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

Acidente - Motocicleta - Defensor - Provas“ACIDENTE - MOTOCICLETA - PICHE DERRAMADO EM VIA PÚBLICA POR

VEÍCULO CUJA PROPRIEDADE FOI ATRIBUÍDA, NO BOLETIM DE OCORRÊNCIA, DE

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MANEIRA VAGA, A DUAS EMPRESAS DIVERSAS, QUE ESTARIAM EXECUTANDO OBRAS NO LOCAL:

Nomeação de Defensor Público para o autor apenas na audiência de instrução e julgamento, quando não mais possível arrolar testemunhas.

Decisão que se embasou na ausência de provas. Ré pessoa jurídica, assistida por advogado.

Desequilíbrio processual - Falta de advertência ao autor sobre a conveniência do patrocínio de Advogado.

Inteligência dos parágrafo 1º e 2º do artigo 9º da Lei nº 9.099/95.Anulação dos atos processuais, a partir da audiência de conciliação” (2ª Turma Recursal

Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1436/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Acidente automobilístico - Culpa - ProvaACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO – AUSÊNCIA DE CULPA DO RECORRENTE –

INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL ACERCA DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO DO RECORRIDO – FALTA DE APRESENTAÇÃO DA CNH E COMPROVANTE DE PAGAMENTO DO SEGURO OBRIGATÓRIO POR PARTE DO AUTOR.

Culpa do recorrente comprovada – demais alegações efetuadas em desacordo com o mandamento legal - Inteligência do artigo 517 do CPP, aplicável subsidiariamente aos processos que seguem o rito da Lei nº 9.099/95. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 015/97 – Comarca de Matias Barbosa – Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro).Boletim nº25

Acidente automobilístico - Culpa recíproca - Compensação“Provada a culpa recíproca dos litigantes no acidente automobilístico, deve cada um deles

arcar com o pagamento da metade dos danos sofridos pelo outro, podendo ser feita compensação” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.528 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Acidente de automóvel - Traseira - Lateral - CulpaACIDENTE DE AUTOMÓVEL – CONDUTOR QUE NÃO CONSEGUE DESVIAR

DA TRASEIRA DE OUTRO VEÍCULO E BATE EM SUA LATERAL CULPA CARACTERIZADA.

Age com culpa o condutor de veículo que para evitar colisão com a traseira de um outro veículo, dela consegue desviar e bate na lateral do mesmo veículo. (2º Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1415 – Rel. Juiz Maurício Barros – Julg. 26/3/99).Boletim nº 30

Acidente de automóvel - Traseira - Lateral - Culpa“ACIDENTE DE AUTOMÓVEL – CONDUTOR QUE NÃO CONSEGUE DESVIAR

DA TRASEIRA DE OUTRO VEÍCULO E BATE EM SUA LATERAL – CULPA CARACTERIZADA:

Age com culpa o condutor de veículo que, para evitar a colisão contra a traseira de outro veículo, dela consegue desviar e colide contra a lateral do mesmo veículo” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1415 – Rel. Juiz Maurício Barros – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

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Acidente de trânsito - BO - Presunção de verdade - Prova - Recurso“Acidente de trânsito - Boletim de Ocorrência - Presunção de verdade - Ausência de

prova em sentido contrário - Recurso a que se nega provimento” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. 1535 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Acidente de trânsito - Contramão direcional - CulpaACIDENTE DE TRÂNSITO – CONTRAMÃO DIRECIONAL – FATO PREVISÍVEL –

CULPA "IN ELIGENDO" – INDENIZAÇÃO DEVIDA.Motorista que, sem as cautelas legais, invade a contramão de direção, colidindo com o

veículo que trafegava em sentido contrário – fato previsível - indenização devida pelo proprietário – culpa "in eligendo". (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 001/97 – Comarca de Matias Barbosa – Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro).Boletim nº25

Acidente de trânsito - Cruzamento - Via preferencialACIDENTE DE TRÂNSITO. CRUZAMENTO. SINAL DE PARADA OBRIGATÓRIA.

VIA PREFERENCIAL.O sinal estatigráfico de pare, é recomendação cogente, devendo o condutor do veículo

parar, efetivamente, não elidindo a culpa o fato de diminuir a velocidade ou a sua sinalização de conversão para a via que intercede, revelando a desobediência, arrematada imprudência. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 793 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Acidente de trânsito - Culpa - Indenização“ACIDENTE DE TRÂNSITO – CULPA – INDENIZAÇÃO COMPLETA.

IMPORTÂNCIA DO REEMBOLSO,Provada a culpa no acidente de trânsito e o dano da vítima, a indenização deve ser

completa, abrangendo não só o concerto do veículo sinistrado, mas também as perdas sofridas, diretamente ligadas ao fato danoso, como aluguel de outro até o conserto do sinistrado.

A indenização se limita ao real prejuízo da vítima com locação de outro veículo, materializado em documento hábil que comprova o desembolso” (2ª Turma Recursal Cível Belo Horizonte – Rec. nº 1403 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Sousa – Julg. 18/12/98).Boletim nº 30

Acidente de trânsito - Culpa - Indenização“ACIDENTE DE TRÂNSITO – CULPA – INDENIZAÇÃO COMPLETA –

IMPORTÂNCIA DO REEMBOLSO:Provada a culpa no acidente de trânsito e o dano da vítima, a indenização deve também

ser completa, abrangendo não só o conserto do veículo sinistrado, mas também as perdas sofridas, diretamente ligadas ao fato danoso, como aluguel de outro veículo até o conserto do sinistrado.

A indenização se limita ao real prejuízo da vítima com a locação de outro veículo, materializando em documento hábil que comprova o desembolso” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1403 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza – Julg. 18/12/98).Boletim nº32

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Acidente de trânsito - Freada brusca - Batida na traseira - Culpa“ACIDENTE DE TRÂNSITO - FREADA BRUSCA POR REPENTINO OBSTÁCULO

NA PISTA. VEÍCULO PROJETADO POR BATIDA NA TRASEIRA - AUSÊNCIA DE CULPA:

Freada brusca por repentino obstáculo na pista de rolamento não constitui ilícito civil para indenizar danos em veículo atingido pela projeção em face de batida na traseira por veículo que não guardava a distância de segurança.

Réu que teve seu veículo projetado para frente em virtude de forte colisão na traseira causada por veículo dirigido por terceiro, indenização não devida. Culpa de terceiro que, equiparável ao caso fortuito, exclui a responsabilidade do réu pelos danos causados ao carro do autor, situação de mero instrumento ou projétil da ação culposa causadora do dano” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.556 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Acidente de trânsito - Furto de veículo - Responsabilidade“Acidente de trânsito - Alegação de furto de veículo não comprovada satisfatoriamente -

Responsabilidade de proprietário pelos danos causados a terceiros” (Turma Recursal de Divinópolis - Rec. nº 005/99 - Rel. Juiz Wellington Antônio Ferreira - Julg. 28/06/99).Boletim nº 30

Acidente de trânsito - Orçamento - Oficina idôneaACIDENTE DE TRÂNSITO. ORÇAMENTO POR OFICINA IDÔNEA.Considera idônea a oficina mecânica, devidamente individualizada, com formulário e

timbre que a identifique, como fornecedora de serviço e eventual contribuinte de tributos devidos ao Erário Público. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 817 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Acidente de trânsito - Sinal amarelo - PrudênciaACIDENTE DE TRÂNSITO. SINAL AMARELO – ADVERTÊNCIA QUE

RECOMENDA PRUDÊNCIA. O sinal amarelo, significa atenção, cuidado, mudança de controle, recomendando assim

que o condutor prudente, a tal sinalização pare o veículo, porque é perfeitamente previsível que em fração diminuta de tempo o sinal estará verde para os veículos que cruzam, revelando a desobediência, arrematada imprudência.(Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 492 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Acidente de trânsito - Sinalização - Luz e triângulo“ACIDENTE DE TRÂNSITO - SINALIZAÇÃO COM LUZ E TRIÂNGULO:Age com culpa o motorista que, trafegando negligentemente, atropela triângulo de

sinalização e bate na traseira de veículo parado na pista, em face de anterior acidente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.430 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Acidente de trânsito - Sinalização - Luz e triângulo“ACIDENTE DE TRÂNSITO - SINALIZAÇÃO COM LUZ E TRIÂNGULO:

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Age com culpa o motorista que, trafegando negligentemente, atropela triângulo de sinalização e bate na traseira de veículo parado na pista, em face de anterior acidente” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1430 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Acidente de veículo - Conversão - Desrespeito à via preferencial“ACIDENTE DE VEÍCULO - CONVERSÃO EM DESRESPEITO À VIA

PREFERENCIAL:Aquele que faz conversão sem observar a preferência de passagem daqueles que seguem

em linha reta, vindo a causar danos a outrem, responde pelos prejuízos provocados” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1426 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Acidente de veículo - Preferencial - Indenização“ACIDENTE DE VEÍCULO - PREFERENCIAL - INDENIZAÇÃO:Desrespeitada a preferência de passagem estabelecida pela importância das vias, responde

pelos danos causados, aquele que causa danos ao veículo alheio” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.480 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Acidente de veículos - BO - Provas - Consequência“ACIDENTE DE VEÍCULOS - BOLETIM DE OCORRÊNCIA - VERSÃO DE CADA

CONDUTOR - AUSÊNCIA DE OUTRAS PROVAS - CONSEQÜÊNCIA:O Boletim de Ocorrência que se limita a registrar a versão dos condutores dos veículos

envolvidos na colisão, em que cada um atribuiu ao outro a conduta culposa provocadora do evento, não pode ser interpretado em proveito de apenas um deles.

Se nenhuma outra prova foi trazida aos autos, persiste a dúvida, e, assim, parece mais justo concluir-se pela culpa concorrente, com cada um suportando os prejuízos sofridos” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.548 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº 30

Acidente de veículos - Boletim de ocorrência - Provas“ACIDENTE DE VEÍCULOS - BOLETIM DE OCORRÊNCIA - VERSÃO DE CADA

CONDUTOR - AUSÊNCIA DE OUTRAS PROVAS - CONSEQUÊNCIA:O Boletim de Ocorrência que se limita a registrar a versão dos condutores dos veículos

envolvidos na colisão, em que cada um atribuiu ao outro a conduta culposa provocadora do evento, não pode ser interpretado em proveito de apenas um deles.

Se nenhuma outra prova foi trazida aos autos, persiste a dúvida, e, assim, parece mais justo concluir-se pela culpa concorrente, com cada um suportando os prejuízos sofridos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.548 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Acidente trânsito - Responsabilidade - Recurso - Tempestividade“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (LEI Nº 9.099/95_ - RECURSO - TEMPESTIVIDADE -

RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - ABALROAMENTO PELA TRASEIRA - CULPA PRESUMIDA - INDENIZAÇÃO DEVIDA:

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No Juizado Especial, sob a égide da Lei nº 9.099/95, o prazo recursal tem início da juntada do Aviso de Recebimento (AR), que dá ciência da sentença à parte ou ao seu advogado, a exemplo da sistemática adotada pelo Código de Processo Civil, como fonte subsidiária.

Em abalroamento de veículos, com colisão pela traseira, persiste a presunção de culpa” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 005/99 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Acidente veículo - Conversão à direita“ACIDENTE DE VEÍCULO - CONVERSÃO À DIREITA:Se o motorista pretende convergir à direita, deve tomar, com antecedência, a pista da

direita, para possibilitar a manobra, sem interceptar a trajetória dos outros veículos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 080/99 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Acórdão - Força obrigatória - Coisa julgada formal“ACÓRDÃO É UM ATO JURISDICIONAL COM FORÇA OBRIGATÓRIA, SUJEITO

A REVOGAÇÃO SOMENTE PELOS ÓRGÃOS SUPERIORES COMPETENTES PARA CONHECER DA CAUSA – COISA JULGADA FORMAL – FENÔMENO QUE TORNA IMPOSSÍVEL A AVERIGUAÇÃO DA JUSTIÇA OU INJUSTIÇA DO ARRESTO”. (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. 51/98 – Rel. Juíza Maria Aparecida de Oliveira Grossi Andrade).Boletim nº32

Acordo - Locador e locatário - Fiadores - Novação“Acordo entre locador e locatário sem participação dos fiadores importa em novação, que

extingue a fiança prestada” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.444 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Acordo homologado - Valor - Assistência - Advogado“JUIZADO ESPECIAL. ACORDO HOMOLOGADO DE VALOR INFERIOR A

VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS. DISPENSÁVEL A ASSISTÊNCIA DE ADVOGADO. Comparecendo as partes à audiência conciliatória, desacompanhadas de advogado, a cuja

ação, inicialmente, fora dado o valor de quatro mil reais e, entabulando acordo de valor inferior a vinte salários mínimos, deduz-se que, reconheceram ser este, o valor da causa, dispensando, por conseguinte, a assistência de advogado, revelando o acordo ato jurídico perfeito, devidamente homologado por juiz competente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 643 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 14/11/98).Boletim nº26

Administração de imóvel - Despesas - Cláusula contratual“ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEL - DESPESAS COM ANÚNCIO - CLÁUSULA

CONTRATUAL:Se o proprietário assumiu contratualmente a responsabilidade pelo pagamento das

despesas com o anúncio do imóvel, não pode fugir de sua obrigação fundado apenas no fato de ter sido estabelecido um aluguel mensal de valor inferior ao daquelas despesas” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 085/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

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Advogado - Serviços profissionais - Honorários - Recurso“Tendo o advogado efetivamente prestado seus serviços profissionais de forma inconteste

nos autos, tem o direito de receber honorários advocatícios o que, entretanto, não lhe permite reter documentos em seu poder e que pertencem ao constituinte. Recurso a que se deu provimento parcial para condenar o recorrido, em pedido contraposto, a pagar os mencionados honorários” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.546 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Advogado - Serviços profissionais - Honorários advocatícios“Tendo o advogado efetivamente prestado seus serviços profissionais de forma inconteste

nos autos, tem o direito de receber honorários advocatícios o que, entretanto, não lhe permite reter documentos em seu poder e que pertencem ao constituinte. Recurso a que se deu provimento parcial para condenar o recorrido, em pedido contraposto, a pagar os mencionados honorários” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.546 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Afirmações mentirosas - Objetivos ilegítimos - Litigante de má fé“Totalmente improcedente é o pedido calcado em afirmações mentirosas por parte do

autor, o qual ainda usou do processo para atingir objetivos ilegítimos, sendo, por isto mesmo, condenado como litigante de má fé” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1213 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº26

Agravo de instrumento - Inaplicabilidade - FungibilidadeJUIZADO ESPECIAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – INAPLICABILIDADE –

PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE – DEVIDO PROCESSO LEGAL.O agravo de instrumento não é aplicável no Juizado Especial, que só admite os recursos

inominados contra a sentença e os embargos de declaração. Neste caso, não é possível aplicar o princípio da fungibilidade dos recursos, pois trata-se de erro grosseiro, já que existe norma expressa na Lei nº 9.099/95 que exclui a interposição de agravo. O devido processo legal neste caso há que ser respeitado. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 009/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Flávio Antônio Gonçalves Dovizo).Boletim nº25

AIJ - Testemunhas - Prévio rol - Cerceamento de defesa“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO -

NÃO OITIVA DE TESTEMUNHAS LEVADAS PELO RÉU - EXIGÊNCIA DE PRÉVIO ROL PARA SUAS OITIVAS - DESNECESSIDADE - PRINCÍPIOS DA INFORMALIDADE E SIMPLICIDADE - CERCEAMENTO DE DEFESA CARACTERIZADO - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 34 - PROVA PERICIAL - PRINCÍPIO DA ORALIDADE:

Em sede de Juizado Especial Cível, desnecessário se mostra a apresentação de prévio rol de testemunhas pelo réu, pois a própria contestação pode ser apresentada na Audiência de Instrução e Julgamento, podendo o réu levar suas testemunhas, independentemente de intimação. Somente é exigível a apresentação de prévio rol, quando for requerido à Justiça a intimação das testemunhas. A prova pericial no Juizado Especial não é de rigor formal, podendo o Juiz valer da oitiva de técnico de sua confiança. O fundamento de que o Estado não dispõe de instrumentos para viabilizar a prova pericial, não denota preocupação do Poder Judiciário com a situação das partes, que às portas do Juizado Especial, clamam por Justiça mais rápida e segura” (Turma

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Recursal de Betim - Rec. nº 050/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

AIJ realizada antes do horário previsto - Revelia - Insubsistência“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

REALIZADA UMA HORA ANTES DO HORÁRIO PREVISTO - REVELIA E CONDENAÇÃO - INSUBSISTÊNCIA - DEVIDO PROCESSO LEGAL - CASSAÇÃO DA REVELIA COM NOVA AIJ:

Ocorrendo prejuízo manifesto à parte, que não foi intimada do ato e não deu causa ao evento, não pode ela suportar os ônus de uma condenação por revelia” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 023/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Alienação fiduciária - Contrato - Vício do produtoALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA RESCINDIDO

POR VÍCIO DO PRODUTO. PREVALÊNCIA DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO. RECORRIDO VENCIDO – CONDENAÇÃO NOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

Nesse tipo de operação com alienação fiduciária em garantia, o credor fiduciante paga ao vendedor o valor da compra do devedor fiduciário, passando este, daí para frente, com a posse direta da coisa, como depositário do bem adquirido, cuja propriedade resolúvel passa ao credor fiduciante. Em termos de débito e crédito, nada mais existe entre o comprador e o vendedor.

Sendo diferentes as relações de compra e venda de produto durável, entre o autor e o vendedor, pago com financiamento em alienação fiduciária, fornecido por entidade financeira, a rescisão do contrato de compra e venda, por vício no produto, em nada atinge o contrato de financiamento, porque o ente financeiro não se responsabilizou pelo bem, mas pela entrega do numerário.

Rescindido o contrato de compra e venda por vício do produto, sendo o autor atendido na última opção, ou seja no recebimento da quantia total que pagou com o financiamento, incumbe-lhe, retirar para si o valor das parcelas já quitadas à entidade financeira, e com o restante, quitar a obrigação do financiamento.

Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Apenas para exemplificação, não é justo, - porque o fim teleológico da jurisdição é a justiça, - que a parte tenha uma despesa para recorrer, maior que o seu pedido, obtenha êxito no juízo recursal, e ainda assim, sofra prejuízo, se o recorrido sucumbente não fosse obrigado a repor o seu patrimônio, providência que incumbe ao juiz tomar, - inteligência do artigo 6º da Lei nº 9.099/95. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 715 - Rel. Juíza Vanessa Verdolin - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Ampla defesa - Prova pericial complexa

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“CAUSAS CÍVEIS DE MENOR COMPLEXIDADE EM FACE DOS CRITÉRIOS NORTEADORES DO JUIZADO ESPECIAL. GARANTIA CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. COMPETÊNCIA.

No Juizado Especial Cível, mesmo as causas elencadas no artigo 3º, da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1.995, podem não ser consideradas de menor complexidade, se para garantia constitucional de ampla defesa, desvestir–se o procedimento dos critérios orientadores da simplicidade , informalidade, economia processual e celeridade, como no caso de produção de prova pericial complexa.

Revela cerceamento de defesa, impedir que o laboratório réu possa provar, com perícia cientifica, que o resultado de exame Beta HCG falso positivo possa originar de circunstância patológica hormonal da paciente.” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. n º 1421 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza – Julg. 18/12/98).Boletim nº 30

Apresentação antecipada - Cheque pré-datado - Dano“A apresentação antecipada de um cheque pré-datado, desde que seja o mesmo pago

regularmente pelo Banco, sem causar nenhuma restrição ao crédito do emitente, não provoca a este nenhum dano de ordem moral, posto que não atinge o fato a reputação, a sua autoridade, o seu pudor, a sua segurança, o seu amor próprio, a sua inteligência e suas afeições” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 738 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Assistência judiciária - Custas - Contravenção - Multa“Assistência judiciária gratuita - Direito do réu, assistido desde o início por defensor

público - Custas processuais indevidas em julgamento de 1ª instância - Inteligência do artigo 8º, I, da Lei Estadual nº 12.427/96, alterada pela Lei Estadual 17.732/97 - Prática contravencional prevista no artigo 32 da Lei de Contravenções Penais - correta aplicação da pena de multa imposta, à exceção do valor do dia-multa, fixado aquém do mínimo permitido pela Lei” (Turma Recursal de Juiz de Fora - Rec. nº 0008/98 - Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro - DJ 05/08/98).Boletim nº24

Assistência judiciária - Fatos do processo - Situação do postulante“Comprovado pelos fatos do processo que a situação do postulante não coaduna com a

declarada para fins de assistência judiciária, esta não há de ser deferida, sob pena de instituir a válvula de escape para a parte recorrer contra a expressa vontade de Lei” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 047/99 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Assistência judiciária - Impossibilidade - Advogado particular“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA APENAS PARA

RECORRER - IMPOSSIBILIDADE SE A PARTE JÁ ESTAVA ASSISTIDA OU REPRESENTADA POR ADVOGADO PARTICULAR:

É entendimento já sedimento nesta Turma Recursal que, se o autor já estava representado ou assistido no feito por advogado particular, sem antes declarar-se pobre e pedir os benefícios da Justiça Gratuita, estes não se concedem apenas para recorrer” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.460 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

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Assistência judiciária - Para recorrer - Advogado particular“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA APENAS PARA

RECORRER – IMPOSSIBILIDADE SE A PARTE JÁ ESTAVA ASSISTIDA OU REPRESENTADA POR ADVOGADO PARTICULAR:

É entendimento já sedimentado nesta Turma Recursal que, se o autor já estava representado ou assistido no feito por advogado particular, sem antes declarar–se pobre e pedir os benefícios da Justiça Gratuita, estes não se concedem apenas para recorrer” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1406 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 30/4/99).Boletim nº 30

Assistência judiciária - Recorrer - Advogado particular“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA APENAS PARA

RECORRER – IMPOSSIBILIDADE SE A PARTE JÁ ESTAVA ASSISTIDA POR ADVOGADO PARTICULAR:

É entendimento já sedimentado nesta Turma Recursal que, se o autor já estava representado ou assistido no feito por advogado particular, sem antes declarar-se pobre e pedir os benefícios da Justiça Gratuita, estes não se concedem apenas para recorrer” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1406 – Rel. Juiz Maurício Barros – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Ato ilícito - Retenção coisa - Configuração“ATO ILÍCITO - INJUSTA RETENÇÃO COISA PELO PRESTADOR DE SERVIÇOS

- CONFIGURAÇÃO.Configura ato ilícito, a reclamar eventuais danos dele decorrentes, condicionar o

prestador de serviços a entrega da coisa consertada ao consumidor, a recebimento de quantia que deve ser paga por terceiro, com quem contratou.” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1424 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Ato ilícito - Retenção da coisa“ATO ILÍCITO – INJUSTA RETENÇÃO DA COISA PELO PRESTADOR DE

SERVIÇO – CONFIGURAÇÃO:Configura ato ilícito, a reclamar indenização por eventuais danos dele decorrente,

condicionar o prestador de serviços a entrega da coisa consertada ao consumidor, a recebimento de quantia que deve ser paga por terceiro, com quem contratou” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1424 – Rel. Juiz Maurício Barros – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Ausência de citação - Devido processo legal - Contraditório“JUIZADO ESPECIAL – AUSÊNCIA DE CITAÇÃO QUANTO A UM DOS RÉUS –

OFENSA AO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CONTRADITÓRIO – NULIDADE ABSOLUTA:

Conquanto a Lei nº 9.099/95 prime pelos princípios da celeridade, economia processual e informalidade, é imprescindível que, em havendo mais de um réu, sejam todos regularmente citados, para que exerçam, individualmente seu direito de defesa. mesmo que os réus sejam marido e mulher, não concebe a idéia de citação presumida quanto a um e outro, devendo o feito ser declarado nulo desde seu nascedouro” (Turma Recursal de Barbacena – Rec. nº 077/99 – Rel. Juiz Wanderley Salgado de Paiva – Julg. 25/06/1999).Boletim nº31

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Boletim de ocorrência - Embriaguez - Traseira de outro veículo“O boletim de ocorrência, ante a ausência de prova em contrário, prevalece em favor do

autos: o estado de embriaguez demonstrado pela coleta de prova é suficiente para caracterizar a anormalidade da conduta do motorista que abalroa a traseira de outro veículo” (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. nº 37/99 – Rel. Juiz Carlos Roberto de Faria – Julg. 25/08/1999).Boletim nº32

Cartão de crédito - Cobrança indevida - Dano moral“JUIZADO ESPECIAL - CARTÃO DE CRÉDITO - COBRANÇA INDEVIDA -

RECUSA DO CARTÃO EM RESTAURANTE - PUBLICIDADE ADEQUADA - DANO MORAL:

É exposto a vexame quem tem ostensivamente recusado pela administradora, em público, o uso de cartão de crédito sabidamente pago.

A indenização concedida deve observar as condições particulares do ofendido e do ofensor e fixar o valor do acordo com essas circunstâncias.

Dá-se provimento ao segundo recurso a fim de elevar o valor da condenação, negando-se, conseqüentemente, provimento ao primeiro recurso” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

CDC - Cobertura de seguro - Tratamento preventivo“CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INTERPRETAÇÃO DE MANEIRA

MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR - CLÁUSULA QUE PREVÊ A COBERTURA DE SEGURO EM CASO DE TRATAMENTO CURATIVO - COBERTURA TAMBÉM DE TRATAMENTO PREVENTIVO DA MESMA MOLÉSTIA:

As cláusulas contratuais devem ser interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor, de sorte que, prevendo o contrato a cobertura do seguro em caso de tratamento curativo, deve o segurador pagar também as despesas relativas a tratamento preventivo relativo à mesma moléstia” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.559 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

CDC - Contrato misto - Peido contraposto“Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Contrato misto de compra e venda e

prestação de serviços. Não configuração de cláusula abusiva - Inocorrência de nulidade - possibilidade de pedido contraposto por pessoa jurídica” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 011/98 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

CDC - Contrato misto - Peido contraposto“Contrato misto de compra e venda com prestação de serviços que não ofende o Código

de Defesa do Consumidor. Possibilita sua rescisão. Apenas exige as parcelas relativas ao material didático adquirido, não havendo previsão contratual de a recorrente receber por serviços não prestados. A cobrança dos livros adquiridos é correta, em decorrência da reciprocidade das obrigações, devendo a recorrida solver o restante do preço, ao revés haverá enriquecimento ilícito por parte desta. Existe apenas proibição inaugural da pessoa jurídica de direito privado oferecer pedido contraposto. A partir do momento em que já se encontra nos autos, nada obsta que o formule, não só em nome da isonomia, mas também porque atendido o princípio da

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economia processual” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 022/98 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

CDC - Sentença - Confirmação - Fundamentos - Acórdão“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - SENTENÇA - CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS

FUNDAMENTOS SÚMULA DO JULGAMENTO - ACÓRDÃO - DIREITO DO CONSUMIDOR - RESSARCIMENTO INTEGRAL DE VALOR PAGO NA AQUISIÇÃO DE TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO - CLÁUSULAS ABUSIVAS. PACTA SUNT SERVANDA. INAPLICABILIDADE - CONTRATO DE ADESÃO - PRESUNÇÃO DE QUE O CONSUMIDOR NÃO VEIO A SE INTEIRAR DAS CONDIÇÕES IMPOSTAS:

Não só as cláusulas que inibem o consumidor de obter o reembolso da quantia paga são abusivas, mas também aquelas que estabelecem a redução da quantia paga, sem que tenham avençado qualquer remuneração pela administração dos títulos, a justificar a redução do reembolso. Não fora assim, teria a lei consagrado o enriquecimento ilícito, sendo certo que um dos direitos básicos do consumidor é o de proteção contra cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos ou serviços, conforme disposto no artigo 6º, IV, do Código.

Em se tratando de relação de consumo, o princípio da relatividade do contrato prevalece sobre o princípio pacta sunt servanda, a fim de assegurar a real concretização dos conceitos norteadores do equilíbrio da relação contratual, como da liberdade e da igualdade entre as partes.

Inatendidas as disposições do artigo 54, § 3º e 54, § 4º, do Código de Defesa do Consumidor, presume-se de que o consumidor não veio a se inteirar das condições impostas em contrato de adesão, pois não obedecidos os preceitos insculpidos no Código de Defesa do Consumidor” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 032/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Cheque pré-datado - Contrato“CHEQUE - CONTRATO ENTRE AS PARTES, QUANDO PRÉ-DATADO, QUE

DEVE SER OBSERVADO. NÃO OBSTANTE A NATUREZA DE ORDEM DE PAGAMENTO À VISTA EM RELAÇÃO AO BANCO SACADO:

O cheque é ordem de pagamento à vista em face do banco sacado, mas nada impede que possam as partes, concertar a sua apresentação ao sacado em data posterior à emissão, pré-datado, constituindo assim contrato entre as partes que deve ser observado, configurando ilicitude civil a apresentação antecipada que causa danos ao emitente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.342 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Citação - Pessoa jurídica“JUIZADO ESPECIAL - CITAÇÃO VÁLIDA DE PESSOA JURÍDICA:No Juizado Especial Cível, válida é a citação de Pessoa Jurídica mediante entrega de

carta citatória ao simples encarregado da recepção, devidamente identificado - inteligência do inciso II do artigo 18 da Lei nº 9.099/95 - e, com muito maior razão ainda, quando a correspondência é entregue a encarregado da administração que, além da identificação ainda apõe sob sua assinatura o carimbo da sucursal que representa” (2ª Turma Recursal de Cível Belo Horizonte - Rec. nº 111/99 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Citação e intimação - Réus - Conciliação - Instrução e julgamento

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“NULIDADE - CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DOS RÉUS PARA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO APENAS, PREVISTA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO CASO NÃO FIRMADO O ACORDO:

Presença de pessoa que se diz representante da empresa-ré, acompanhada de Advogado. Decisão que entendeu que a parte não estava representada, por não ter apresentado Contrato Social. Revelia não caracterizada.

Ausência de termo de audiência - Sentença lavrada de imediato - Omissão em relatar fatos essenciais.

Documentos juntados pela autora - Ausência de manifestação da outra parte (parágrafo único do artigo 29 da Lei nº 9.099/95).

Exclusão de uma ré da lide, sem que tenha constado sequer que esteve presente à audiência.

O comparecimento de quem se diz representante de uma empresa, acompanhada de Advogado, não pode levar ao entendimento de que a parte não se fez presente na audiência de tentativa de conciliação, não de instrução e julgamento, como constou da carta de citação. Documentos podem ser juntados até a audiência de instrução e julgamento. Revelia inexistente.

Necessidade de ser lavrado o termo de audiência, para registro das principais ocorrências.Cerceamento de defesa configurado, não sendo dada vista ao réu presente dos

documentos juntados pela parte autora, depois da citação.Direito ao devido processo legal que não pode ser atropelado em atenção ao princípio da

celeridade.Nulidades evidentes. Anulação do processo, desde a audiência de f.” (2ª Turma

Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.445 - Rel. Juiz Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 18/12/98).Boletim nº 30

Citação e intimação - Via postal - Recurso“Citação e intimação da sentença regulares, feitas via postal, sem que sequer conste

argumento de que não foram recebidas as cartas respectivas.Inexistência de nulidades.Recurso intempestivo, aviado na fase de execução já devidamente instaurada” (2ª Turma

Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1481/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Citação por carta - NulidadeCITAÇÃO POR CARTA. FALTA DE ENTREGA EM MÃOS PRÓPRIA. NULIDADE

RECONHECIDA.A teor do artigo 18 da Lei nº 9.099/95, sendo por correspondência a citação, exige-se a

entrega em mãos própria, assim comprovada no ‘Aviso de Recebimento’. Nulidade declarada, por inobservância de prescrição legal, - inteligência do artigo 247 do Código de Processo Civil. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 637 - Rel. Juíza Vanessa Verdolin).Boletim nº25

Citação via correio - Mãos próprias“A citação via correio deve ser feita através da entrega da correspondência em mãos

próprias da parte requerida, sob pena de ser considerada nula por desobediência expressa ao

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disposto no artigo 18, I, da Lei nº 9.099/95” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 684 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº32

Citação via postal - Pessoa jurídica“CITAÇÃO VIA POSTAL - PESSOA JURÍDICA - SEED ASSINADO POR

PORTEIRO DO PRÉDIO:Nulidade inocorrente, sem prova de que inexiste autorização para que a correspondência

seja entregue na Portaria do Edifício (Condomínio Vertical), nem se que é livre a entrada de carteiro no prédio.

Até a prova em contrário, presume-se que o Porteiro do Prédio de Condomínio seja o “encarregado da recepção”.

Inteligência do artigo 18 da Lei nº 9.099/95” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1526 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Cláusula contratual - Interpretação“CLÁUSULA CONTRATUAL - INTERPRETAÇÃO:Seja pela interpretação gramatical simplória do enunciado da cláusula, seja pela

interpretação mais favorável ao consumidor, em caso de dúvida - artigo 47 da Lei nº 8.078/90, o agravamento da franquia foi indevido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.324 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

CNT - Culpa - Direita da pista“Não age com culpa aquele que conduz motocicleta pela direita da pista, junto à guia da

calçada, em local em que não há faixa especial a ele destinada, se atropela pedestre que atravessa a via pública correndo, em meio a veículos em movimento. - Inteligência do artigo 87, alínea “a”, do Código Nacional de Trânsito” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 330 - Rel. Juiz Maurício Barros).Boletim nº26

Código Defesa Consumidor - Art. 53, caput - Proibição“A proibição contida no artigo 53, caput, do Código de Defesa do Consumidor alcança

somente as prestações pagas, não alcançando a quantia paga a título de sinal ou arras, eis que expressamente previstas no Código Civil e visam manter o equilíbrio contratual e cláusula geral da boa-fé” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.222 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Comissão de corretagem - Contrato particular“Comissão de corretagem. Verba devida se houve aproximação entre vendedor e

comprador, resultando em contrato particular de promessa de compra e venda” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte- Rec. nº 125/99 – Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Comissão de corretagem - Verba devida“COMISSÃO DE CORRETAGEM:

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Verba devida se houve aproximação entre vendedor e comprador, resultando em contrato particular de promessa de compra e venda” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 125/99 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Comissões devidas - Justiça comum“COMISSÕES DEVIDAS POR VENDAS FEITAS POR EMPREGADO -

INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM:Comissões sobre vendas feitas por empregado são verbas devidas em razão de relação de

emprego, cujo pagamento deve ser buscado em reclamação deduzida perante a Justiça do Trabalho, por força do artigo 114 da Constituição Federal” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1487 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Compensação de dívidas - Via judicial“COMPENSAÇÃO DE DÍVIDAS CERTAS E INCERTAS - IMPOSSIBILIDADE:De acordo com o artigo 1.010 do Código Civil, só é possível a compensação entre dívidas

líquidas, vencidas e de coisa fungível. Assim, se um dos débitos foi ilíquido, a compensação somente será possível de efetuar-se através da via judicial. É certo que de acordo com o artigo 1.015 do Código Civil a diferença de causa nas dívidas não impede a compensação. Entretanto, o mesmo dispositivo (inciso II), veda a compensação de dívidas se uma se originar de alimentos” (Turma Recursal de Conselheiro Lafaiete - Rec. nº 25/98 - Rel. Juiz Francisco Eclache Filho - Julg. 26/11/98).Boletim nº26

Competência - Restituição - Parcelas pagas“COMPETÊNCIA. O Juizado Especial de Pequenas Causas é competente para discussão

acerca de contrato que extrapole o valor de quarenta salários mínimos, desde que o pedido não se refira à totalidade do contrato.

RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS. A rescisão do contrato impõe a devolução das parcelas pagas, de imediato, devidamente atualizadas, descontando-se 10% do respectivo valor, a título de cláusula penal” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 030/98 - Rel. Juiz Paulo Batista Braga - Julg. 30/04/98).Boletim nº28

Complexidade - Extinção do processo - Mútuo bancário“Juizado Especial Cível – Complexidade para instrução de causa – Extinção do processo

sem julgamento de mérito conforme previsão do art. 51, inciso II, da Lei nº 9.099/95. – Contrato de mútuo bancário com refinanciamento da dívida originária em julho de 95, refoge da alçada do Juizado Especial, porque na discussão do valor do débito se depreende a complexidade da questão provocada pela extensão do tempo das prestações sucessivas e pelas constantes oscilações das regras do sistema financeiro nacional impostas pelo Bacen e por legislação extravagante, sempre sujeitas a diversas alterações”. (Turma Recursal de Betim – Rec. n.º 010/99 – Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni – Julg. 25/6/99).Boletim nº32

Comprador - Inadimplente - Rescisão - Parcelas pagas“O promissário comprador, mesmo que inadimplente, tem interesse processual para

buscar em Juízo a rescisão contratual e restituição das parcelas pagas.Tratando-se de compromisso de compra e venda de imóveis junto à construtoras,

rescindindo o contrato, as parcelas pagas devem ser restituídas imediatamente e de uma só vez,

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decotando-se 10% do valor restituível em favor da construtora” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 033/98 - Rel. Juíza Márcia Cristina de Melo Breves Alves Peixoto - Julg. 30/04/98).Boletim nº28

Compromisso de compra e venda - Rescisão“COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - RESCISÃO:Rescindindo o compromisso de compra e venda, deve-se ser reconhecido o direito do

promitente vendedor à cláusula penal, porém limitada a 10% daquilo que lhe foi pago, incumbindo-lhe restituir o restante” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.453 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Comprovação da necessidade - Corte do galho - Autorização judicial“A falta de comprovação da necessidade do corte do galho da centenária Flamboyant não

permite que autorização judicial seja dada nesse sentido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.357 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Concorrência de culpas - Colisão de veículo - Reses - Via pública“Concorrência de culpas - compensação integral dos danos sofridos em vista do pedido

contraposto. Colisão de veículo com reses em via pública. Condutor que dirigia imprudentemente imprimindo velocidade incompatível com estrada de terra. Ausência de guarda e vigilância necessária sobre os animais” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 028/98 - Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Condenação - Insuficiência probatória - Recurso“Condenação com base na palavra da vítima e de seus pais - Insuficiência probatória, por

ausência de prova induvidosa acerca da autoria do fato delituoso - Recurso provido - Aplicação do artigo 386, VI, do Código de Processo Penal” (Turma Recursal de Juiz de Fora - Rec. nº 012/98 - Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro - DJ 02/09/98).Boletim nº24

Condenação em custas e honorários“PRETENÇÃO DE CONDENAÇÃO EM CUSTAS E HONORÁRIOS APLICANDO–

SE SUBSIDIARIAMENTE O CPC E DE DECLARAÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS – IMPOSSIBILIDADE – INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS PREVISTOS NO ART. 48, DA LEI N.º 9.099/95 – DESNECESSIDADE DE REABRIR–SE A ATIVIDADE DECISÓRIA PARA A INTEGRAÇÃO DO ACÓRDÃO”. (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. n.º 37/99 – Rel. Juíza Maria Aparecida de Oliveira Grossi Andrade – Julg. 30/06/98).Boletim nº32

Condomínio - Assembléia - Matéria não constante da ordem do dia“CONDOMÍNIO - ASSEMBLÉIA - APROVAÇÃO DE MATÉRIA NÃO

CONSTANTE DA ORDEM DO DIA:Nulidade da deliberação da Assembléia, na parte em que aprovou matéria que não

constava da Ordem do Dia. A matéria constante da ordem do dia serve para orientação aos condôminos para discussão e deliberação” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.538 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

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Condomínio - Moradores - Visitantes - Convenção - Ato lícitoCONDOMÍNIO. RELAÇÃO DE MORADORES. IDENTIFICAÇÃO DE VISITANTES.

COERÊNCIA COM A CONVENÇÃO. ATO LÍCITO. RECORRIDO VENCIDO – CONDENAÇÃO NOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

No condomínio horizontal, lícita é a cláusula da convenção que determina a relação, além dos proprietários e ocupantes de apartamento a relação dos que com eles residem – inteligência do art. 9º, parágrafo 3º, letra “c”, da Lei nº 4.591, de 16.12.64.

Lícita é a identificação das pessoas visitantes, seguindo orientação da assembléia de condôminos, a que todos se obriga, em prol da segurança dos moradores, especialmente nos condomínios populosos, mesmo porque o livre trânsito nas áreas comuns é dedicado aos moradores e condôminos e não a eventuais visitantes.

Há que se distinguir nos condomínios de edifício de apartamento a propriedade individual, particular, daquela coletiva, que pertence a todos, portanto sujeita à restrição imposta pelo conjunto, de sorte que, a exigência de identificação de terceiro para transitar pelas áreas comuns e ir ter a qualquer apartamento, precisa primeiro da autorização do síndico, representado pelo porteiro, que depois de identificado, só autoriza o ingresso após a autorização do morador do apartamento identificado, não constituindo a primeira exigência restrição ao direito da propriedade individual.

Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Apenas para exemplificação, não é justo, - porque o fim teleológico da jurisdição é a justiça, - que a parte tenha uma despesa para recorrer, maior que o seu pedido, obtenha êxito no juízo recursal, e ainda assim, sofra prejuízo, se o recorrido sucumbente não fosse obrigado a repor o seu patrimônio, providência que incumbe ao juiz tomar, - inteligência do artigo 6º da Lei nº 9.099/95. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 470 - Rel. Juíza Vanessa Verdolin - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Consórcio - Afastamento - Restituição“Consórcio - Afastamento do consorciado do grupo - Restituição imediata das parcelas

pagas com juros e correção monetária” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1534 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Jul. 30/04/99).Boletim nº 30

Consórcio - Afastamento do consorciado - Parcelas pagas“CONSÓRCIO - AFASTAMENTO DO CONSORCIADO DO GRUPO -

RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS COM JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.534 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Consórcio - Desistência - Devolução - Prazo

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“CONSÓRCIO EM ANDAMENTO - DESISTÊNCIA DE CONSORCIADO - DEVOLUÇÃO DE PARCELAS PAGAS - PRAZO - INCLUSÃO DE NOVO CONSORCIADO:

A devolução das parcelas deve ser feita imediatamente ao consorciado desistente (decotadas as taxas de administração e o seguro), antes do termo (término do grupo), quando tenha havido a transferência da cota para terceiros ou ingresso de outro consorciado, no lugar do desistente.

Prazo para devolução previsto no Regulamento Geral (até 60 dias após o encerramento) que se aplica apenas em caso de não ter havido substituição do consorciado” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1490/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Consórcio - Desistência - Restituição de parcelas - Prazo“CONSÓRCIO EM ANDAMENTO - DESISTÊNCIA DE CONSORCIADO -

RESTITUIÇÃO DE PARCELAS PAGAS - PRAZO DE DEVOLUÇÃO:Em se tratando de desistência de consórcio em andamento, das parcelas pagas a serem

restituídas deve decotar-se o valor correspondente à taxa de administração e seguro. O prazo para devolução se estende até o trigésimo dia após o encerramento do grupo” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 019/98 - Rel. Juíza Márcia Cristina de Melo Breves Alves Peixoto - Julg. 26/03/99).Boletim nº26

Consórcio - Desistência - Taxa de adesão - Devolução“CONSÓRCIO – DESISTÊNCIA – TAXA DE ADESÃO – DEVOLUÇÃO – MULTA:Não se desconhece o entendimento jurisprudencial no sentido de que inexiste óbice legal

a que o consorciado desistente proponha imediatamente, e mesmo antes do encerramento do grupo, a ação para reaver o que pagou ao consórcio, abatidas as parcelas relativas à taxa de administração e seguro, desde, porém, que a sentença seja proferia a termo, nos termos do artigo 572 do Código de Processo Penal.

Paga apenas a taca de adesão, e ocorrendo desistência, o destinante tem direito à imediata restituição da importância que pagou, devidamente corrigida, descontada apenas a multa de 2% (dois por cento) sobre o valor a ser devolvido” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 195/99 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 03/05/99).Boletim nº32

Consórcio - Restituição das parcelas pagas“CONSÓRCIO – AFASTAMENTO DO CONSORCIADO DO GRUPO –

RESTITUIÇÃO IMEDIATA DAS PARCELAS PAGAS COM JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1417 – Rel. Evangelina Castilho Duarte – Julg. 28/12/98).Boletim nº 30

Consumidor - Cláusula de não devoluçãoCONSUMIDOR. CONTRATO COM CLÁUSULA DE NÃO DEVOLUÇÃO NO CASO

DE INADIMPLÊNCIA – CLÁUSULA PENAL. – APLICAÇÃO DO ARTIGO 924 DO CÓDIGO CIVIL.

Inadimplemento parcial do promitente comprador. Cláusula penal prevendo perda total das quantias já pagas. Possibilidade de redução em parte das multas, de acordo com a faculdade conferida ao Juiz pelo art. 924 do CC. Pena convencional devida nos limites dos prejuízos

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sofridos, evitando o enriquecimento injusto (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 733 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 14/11/97).Boletim nº25

Consumidor - Defeito - Devolução do valor pagoCONSUMIDOR – BEM ADQUIRIDO COM DEFEITO. OPÇÃO DO CONSUMIDOR

À DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO OU A TROCA POR OUTRO BEM.Ao consumidor é que se concede a opção entre receber um outro bem em substituição, ou

optar pela devolução do que pagou, - inteligência do parágrafo 1º do art. 18 do Código de Defesa do Consumidor, - já que não mais acredita no fornecedor, que teve tempo suficiente para resolver a questão administrativamente, mas aguardou que o consumidor tivesse o trabalho de ajuizar ação visando restabelecer o seu direito. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 631 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 17/10/97).Boletim nº25

Consumidor - Telemig - LegitimidadeCONSUMIDOR. TELEMIG. CONCESSIONÁRIA DE TELECOMUNICAÇÃO.

LEGITIMIDADE. SERVIÇO NÃO CONTRATADO.A TELEMIG é parte legítima para responder à ação de repetição de indébito por serviço

não contratado com o usuário mas cobrado pela concessionária de telecomunicação, ainda que destinado a terceiro com quem contratou, sendo o objeto do contrato res inter allios em relação ao usuário.

Contraria o artigo 39, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço.

Recurso a que se nega provimento (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 321/96 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Contraditório - Discussão já preclusa - Direito de defesa“Não pode o recorrente pretender reativar o contraditório para discussão já preclusa

quando, comparecendo em audiência, não exercitou o seu direito de defesa, deixando escoar “in albis” que a lei confere” (Turma Recursal de Cataguases – Rec. n.º 008/99 – Relator Juiz José Maria do Nascimento).Boletim nº32

Contrato - Prestação de serviços médicos - Doença preexistente“Nos contratos de prestação de serviços médicos, a doença preexistente, há de ser

detectada e registrada quando da avença, sob pena de, em assim não procedendo, ser a prestadora obrigada a arcar com o tratamento geral, sem qualquer ressalva, uma vez que as cláusulas são interpretadas favoravelmente ao consumidor” (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. nº 40/99 – Rel. Juiz Carlos Roberto de Faria – Julg. 25/08/1999).Boletim nº32

Contrato de financiamento - Anulação - Mercadoria“CONTRATO DE FINANCIAMENTO - ANULAÇÃO - FALTA DE ENTREGA DA

MERCADORIA FINANCIADA:Havendo interligação entre a compra e venda e o financiamento, não sendo entregue a

mercadoria, não pode prevalecer o segundo contrato” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.543 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 14/04/99).Boletim nº 30

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Contrato de financiamento - Juros“CONTRATO DE FINANCIAMENTO - PAGAMENTO DE JUROS:Cheque pré-datado que teria desaparecido e que impossibilitou o pagamento pela

devedora. Ausência de prova nesse sentido e de recusa da empresa em receber o valor do cheque, que tinha sido devolvido por insuficiência de fundos” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.553/98 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Contrato financiamento - Anulação - Entrega mercadoria“CONTRATO DE FINANCIAMENTO - ANULAÇÃO - FALTA DE ENTREGA DA

MERCADORIA FINANCIADA:Havendo interligação entre a compra e venda e o financiamento, não sendo entregue a

mercadoria, não pode prevalecer o segundo contrato” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.543 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Corretagem - Comissão - Prova“CORRETAGEM - COMISSÃO PELA VENDA - AUSÊNCIA DE PROVA DA

INTERMEDIAÇÃO:Sem a prova da intermediação do negócio, a cargo do corretor, não tem este direito à

comissão pela venda da coisa, se o negócio vier a ser concluído diretamente entre vendedor e comprador” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.505 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Corretor seguro - Pagamento prêmio - Responsável“O Corretor de Seguro, sendo o intermediário legalmente autorizado a angariar e a

promover contratos de seguros entre as seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas, não é o responsável pelo pagamento do prêmio a que teria direito o contratante” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.141 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Culpa recíproca - Acidente automobilístico - Compensação“Provada a culpa recíproca dos litigantes no acidente automobilístico, deve cada um deles

arcar com o pagamento da metade dos danos sofridos pelo outro, podendo ser feita compensação” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1528 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Custas processuais - Honorários - Condenação - SentençaCUSTAS PROCESSUAIS E VERBA HONORÁRIA – CONDENAÇÃO EM

SENTENÇA DE 1º GRAU INDEVIDA – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 55 DA LEI Nº 9.099/95.

De acordo com o disposto no artigo 55 da Lei nº 9.099/95, é indevida a condenação em custas processuais e honorários advocatícios. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 010/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro).Boletim nº25

Custas processuais - Honorários - Condenação - Sentença

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CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - CONDENAÇÃO EM SENTENÇA DE 1º GRAU INDEVIDA – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 55 DA LEI Nº 9.099/95.

No Juizado Especial Cível, com base nos arts. 54, parágrafo único e 55 da Lei nº 9.099/95, não há possibilidade de condenação em custas processuais e honorários advocatícios. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 014/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Flávio André Gonçalves Dovizo).Boletim nº25

Dano - Aborrecimento passageiro - Tratamento deselegante“Havendo aborrecimento passageiro e nem tanto acentuado causado por tratamento

deselegante e pouco profissionalismo, não enseja dano moral. Só deve ser reputado como dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar” (Turma Recursal de Cataguases – Rec. nº 022/99 – Rel. Juiz José Ricardo de Oliveira).Boletim nº31

Dano moral - Ato ilícito - Indenização“DANO MORAL - ATO ILÍCITO - DANOS INEXISTENTES - INDENIZAÇÃO

INDEVIDA:O registro feito pelo credor de cliente devedor inadimplente constitui exercício regular do

direito, porque o rol de devedores constantes em instituição pública e de proteção ao crédito é procedimento lícito previsto nos artigos 42 e 43 do Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8.078/90.

Quem não mantém um comportamento ilibado junto a seus credores não pode se sentir moralmente abalado, ofendido, pela manutenção de registro, concomitantemente a outros três registros de débitos seus com outras empresas e não pagos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.493 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Dano moral - Ato ilícito - Indenização“DANO MORAL - ATO ILÍCITO - DANOS INEXISTENTES - INDENIZAÇÃO

INDEVIDA:O registro feito pelo credor de cliente devedor inadimplente constitui exercício regular do

Direito, porque o rol de devedores constantes em instituição pública e de proteção ao crédito é procedimento lícito previsto nos artigos 42 e 43 do Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8.078/90.

Quem não mantém um comportamento ilibado junto a seus credores não pode se sentir moralmente abalado, ofendido, pela manutenção de registro, concomitantemente a outros três registros de débitos seus com outras empresas e não pagos” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1493 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Dano moral - Atraso - Prazo concedido“DANO MORAL - PAGAMENTO COM ATRASO, DENTRO, PORÉM DE PRAZO

CONCEDIDO EM CARNÊ EMITIDO PELO CREDOR:

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Inscrição no cadastro de devedores antes de expirado tal prazo - Dano configurado” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 062/99 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Dano moral - Cheque - Erro do Banco“JUIZADO ESPECIAL - CHEQUE REGULARMENTE COMPENSADO

DEVOLVIDO AO CREDOR POR ERRO DO BANCO - NOVA COBRANÇA EXTRAJUDICIAL PELO CREDOR - DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO:

Cheque já compensado e devolvido, por erro do banco, ao credor que volta a cobrá-lo extrajudicialmente, por si só não gera direito à indenização por dano moral.

A indenização por dano moral, quando se trata de cobrança indevida, deve preceder de efetivo constrangimento, o que não o caracteriza a simples remessa de carta, dado o seu caráter particular” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.271 - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

“PEDIDO CONTRAPOSTO - IMPROCEDÊNCIA:A perda do valor destinado aos serviços, decorrente de sua imprestabilidade, e a

condenação imposta como conseqüência dos danos sofridos pela autora pela má prestação dos serviços da ré, impedem a procedência do pedido contraposto para pagamento do serviço judicialmente considerado imprestável” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.277 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

Dano moral - Cheque pós-datado - Indenização“DANO MORAL - CHEQUE PÓS-DATADO - INDENIZAÇÃO - INOCORRÊNCIA:Para que haja indenização por dano moral, deve-se, pelo menos demonstrar o fato e a

culpa dos causadores do dano.Não se desencumbindo o autor desse ônus, que cabe a quem alega, não há o que

indenizar” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Dano moral - Cheque pré-datado - Indenização“DANO MORAL - APRESENTAÇÃO ANTECIPADA DE CHEQUE PRÉ-DATADO -

INDENIZAÇÃO:Reconhece-se o ato ilícito na apresentação antecipada do cheque pré-datado, ensejando

indenização por danos morais” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.399 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Dano moral - Condenação“DANO MORAL - ALCANCE DA CONDENAÇÃO:Não se busca com a condenação o enriquecimento da vítima, mas, sopesadas as

circunstâncias, conceder-lhe uma importância que amenize a sua dor, o injusto vexame sofrido e inquietação íntima que atormenta, mas que por outro lado, seja suficiente a inibir que o infrator, especialmente quando se trata de empresa que especula com lucro, a continuar naquela prática indesejável e injurídica” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1511 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

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Dano moral - Culpa - Furto do título“Dano moral. Não configuração. Desconhecimento do credor da origem viciada do título.

Inocorrência de culpa do pretenso credor, a quem não foi comunicado a respeito do furto do título” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1516 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Dano moral - Devolução de cheque - Indenização - Critérios“DEVOLUÇÃO INDEVIDA DE CHEQUE - DANO MORAL - INDENIZAÇÃO

DEVIDA - FIXAÇÃO DO QUANTUM - CRITÉRIOS:Conforme entendimento já pacificado na Jurisprudência de nossos Tribunais, a devolução

indevida de cheque, sob a equivocada alegação de insuficiência de provisão na conta corrente do cliente, acarreta a responsabilidade de indenizar o dano moral, que em tal circunstância se presume e prescinde de prova de prejuízo.

Se as circunstâncias que devem balizar o arbitramento dos danos morais não restam bem esclarecidas nos autos, é razoável que a indenização seja fixada em valor mais simbólico, cujo objetivo é o de satisfazer o desconforto experimentado pela vítima” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 025/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Dano moral - Ficha creditícia imaculada“Não pode se dizer ofendido na sua moral aquele que não apresenta uma ficha creditícia

imaculada, idônea, sendo acostumado a sempre pagar com atraso as suas prestações” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.348 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Dano moral - Indenização - Cheques“JUIZADO ESPECIAL - INDENIZAÇÃO - DESCONTO INDEVIDO DE CHEQUES

DADOS EM GARANTIA DE NEGÓCIO NÃO REALIZADO. SE NÃO HÁ PEDIDO EXPRESSO POR INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL A REPARAÇÃO SERÁ A MEDIDA DO PREJUÍZO SOFRIDO:

Se o pedido de indenização é genérico e não se refere a dano moral, não há como a sentença individualizá-lo.

Em demonstrada a vinculação de que os cheques foram dados em garantia de um negócio a ser concretizado, e em não o sendo, deve responder por danos quem o descontou indevidamente na medida do prejuízo sofrido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.244/98 - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

Dano moral - Indenização - Contrato de transporte“CONTRATO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIRO. OBRIGAÇÃO DA

TRANSPORTADORA QUE ESQUECE O PASSAGEIRO NO PONTO COMBINADO. DANO MORAL – IDENTIFICAÇÃO. INDENIZAÇÃO.

A empresa transportadora de passageiro é responsável pela indenização do passageiro, que esquece no local combinado.

A indenização deve ser completa, abrangendo não só o prejuízo material, como o prejuízo moral, consubstanciado, no aborrecimento, na decepção, no desgaste pessoal do passageiro, pelo desprezo da transportadora, deixando-o passar a noite no local contratado, revelando módico o

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pedido do recorrido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 597 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/98).Boletim nº26

Dano moral - Indenização - Sucumbência“DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. OBJETIVO DA INDENIZAÇÃO. CRITÉRIO DE

QUANTIFICAÇÃO. SUCUMBÊNCIA DO RECORRIDO EM SEDE RECURSAL.Quando se trata de indenizar por dano a direito extra físico, na sede do sentimento que

reflete a individualidade, a personalidade, como a dor moral, provocada pela vergonha da humilhação, pela injúria sofrida, que conduz o indivíduo a se subestimar, - por maior que seja o preço em pecúnia, por mais abrangente que for a indenização, ainda assim, a tentativa de recompensa nunca se revelaria completa. O que se tenta fazer é amenizar o sofrimento da vítima, auxiliá-la a reconquistar o seu ânimo, a sua auto estima, tentando assim, substituir um patrimônio lesado por outro.

A indenização deve ter para a vítima, um efeito de terapia, quando não para cessar em definitivo, pelo menos para amenizar ou auxiliar na diminuição da dor moral.

Em relação ao infrator, especialmente quando se trata de pessoa jurídica, empresa que especula com o lucro, a indenização funciona como medida pedagógica, lição, que recomenda se observe o direito do cidadão, o respeito à dignidade humana, não importando esteja o homem vestido com traje a rigor, ou simplesmente coberto por rotos trapos, - sob pena de se ver desfalcado no lucro que persegue. É necessário, que a condenação, tenha repercussão, nas tomadas de decisões comportamentais da empresa.

O critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável, gravame patrimonial.

O artigo 55 da Lei nº 9.099/95 ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência, no caso de improvimento do seu recurso, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação e, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 419 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/98).Boletim nº26

Dano moral - Inicial - Advogado“INICIAL NÃO SUBSCRITA POR ADVOGADO.Pedido de Justiça Gratuita formulado quando do recurso e deferido, pelo que não

caracterizada a deserção. Indenização por dano moral - Devolução de Cheques pelo Banco - Falta de lançamento

de depósito efetuado - Existência de diversos outros cheques devolvidos, mesmo antes da data do depósito não registrado - Pedido improcedente. Recurso a que se nega provimento. Ressalva de ajuizamento de outro pedido de indenização por dano material” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.004 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 28/08/98).Boletim nº26

Dano moral - Prova - Configuração“DANO MORAL - PROVA - CONFIGURAÇÃO:

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Enquanto alguns danos morais se presumem, de modo que ao autor basta a alegação, ficando a cargo da outra parte a produção de provas em contrário, outros existem que devem ser provados, não bastando a mera alegação, como a que consta da petição inicial.

Só deve ser reputado como dano moral a dor, o vexame, sofrimento, humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe aflição, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar, não bastando mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada, como acontece na hipótese sob apreciação” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 049/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Dano moral - Prova - Culpa aquiliana - Sucumbência“DANO MORAL. PROVA DA CULPA AQUILIANA OU CONTRATUAL.

RECORRIDO VENCIDO - CONDENAÇÃO NOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.Não havendo prova da culpa aquiliana ou contratual, não há que falar em danos morais.Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao

advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Apenas para exemplificação, não é justo, - porque o fim teleológico da jurisdição é a justiça, - que a parte tenha uma despesa para recorrer, maior que o seu pedido, obtenha êxito no juízo recursal, e ainda assim, sofra prejuízo, se o recorrido sucumbente não fosse obrigado a repor o seu patrimônio, providência que incumbe ao juiz tomar, - inteligência do artigo 6º da Lei 9.099/95” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 787 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/98).Boletim nº26

Dano moral - Prova - Indenização“DANO MORAL. PROVA. INDENIZAÇÃO. OBJETIVO DA INDENIZAÇÃO.

CRITÉRIO DE QUANTIFICAÇÃO.Em sede de danos morais, cuja reação está no âmbito do sentimento, da emoção, basta a

prova do ilícito para que redunde em dano moral, incumbindo ao réu, fazer a prova em contrário, como v.g., de que o autor é useiro e vezeiro na inadimplência e que o ato praticado não constitui ilícito de qualquer natureza.

Quando se trata de indenizar por dano a direito extra físico, na sede do sentimento que reflete a individualidade, a personalidade, como a dor moral, provocada pela vergonha da humilhação, pela injúria sofrida, que conduz o indivíduo a se subestimar, - por maior que seja o preço em pecúnia, por mais abrangente que for a indenização, ainda assim, a tentativa de recompensa nunca se revelaria completa. O que se tenta fazer é amenizar o sofrimento da vítima, auxiliá-la a reconquistar o seu ânimo, a sua auto estima, tentando assim, substituir um patrimônio lesado por outro.

A indenização deve ter para a vítima, um efeito de terapia, quando não para cessar em definitivo, pelo menos para amenizar ou auxiliar na diminuição da dor moral.

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Em relação ao infrator, especialmente quando se trata de pessoa jurídica, empresa que especula com o lucro, a indenização funciona como medida pedagógica, lição, que recomenda se observe o direito do cidadão, o respeito à dignidade humana, não importando esteja o homem vestido com traje a rigor, ou simplesmente coberto por rotos trapos, - sob pena de se ver desfalcado no lucro que persegue. É necessário, que a condenação, tenha repercussão, nas tomadas de decisões comportamentais da empresa.

O critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável, gravame patrimonial” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 757 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/98).Boletim nº26

Dano moral - Prova - Indenização“DANO MORAL - PROVA - INDENIZAÇÃO - OBJETIVO DA INDENIZAÇÃO -

CRITÉRIO DE QUANTIFICAÇÃO:Em sede de danos morais, cuja reação está no âmbito do sentimento, da emoção, basta a

prova do ilícito para que redunde em dano moral, incumbindo ao réu, fazer prova em contrário, como v.g., de que o autor é useiro não constitui ilícito de qualquer natureza.

Quando se trata de indenizar por dano a direito extra físico, na sede do sentimento que reflete a individualidade, a personalidade, como a dor moral, provocada pela vergonha da humilhação, pela injúria sofrida, pela decepção, que conduz o indivíduo a se subestimar, por maior que seja o preço em pecúnia, por mais abrangente que for a indenização, ainda assim, a tentativa de recompensa nunca se revelaria completa. O que se tenta fazer é amenizar o sofrimento da vítima, auxiliá-la a reconquistar o seu ânimo, a sua auto estima, tentando assim, substituir um patrimônio lesado por outro.

A indenização deve ter para a vítima, um efeito de terapia , quando não para cessar em definitivo, pelo menos para amenizar ou auxiliar na diminuição da dor moral.

Em relação ao infrator, especialmente quando se trata de pessoa jurídica, empresa que especula com o lucro, a indenização funciona como medida pedagógica, lição, que recomenda se observe o direito do cidadão, o respeito à dignidade humana, não importando esteja o homem vestido com traje a rigor, ou simplesmente coberto por rotos trapos, sob pena de se ver desfalcado no lucro que persegue. É necessário, que a condenação, tenha repercussão, nas tomadas de decisões comportamentais da empresa.

O critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável, gravame patrimonial” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.475 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Dano moral - Prova - Indenização“DANO MORAL – PROVA – INDENIZAÇÃO – OBJETIVO DA INDENIZAÇÃO –

CRITÉRIO DE QUALIFICAÇÃO:Em sede de danos morais, cuja reação está no âmbito do sentimento, da emoção, basta a

prova do ilícito para que redunde em dano moral, incumbindo ao réu, fazer prova em contrário, como v.g., de que o autor é useiro e vezeiro na inadimplência e que o ato praticado não constitui ilícito de qualquer natureza.

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Quando de trata de indenizar por dano a direito extra físico, na sede do sentimento que reflete a individualidade, a personalidade, como a dor moral, provocada pela vergonha da humilhação, pela injúria sofrida, que conduz o indivíduo a se subestimar, por maior que seja o preço em pecúnia, por mais abrangente que for a indenização, ainda assim, a tentativa de recompensa nunca se revelaria completa. O que se tenta fazer é amenizar o sofrimento da vítima, auxiliá-la a reconquistar o seu ânimo, a sua auto estima, tentando assim, substituir o patrimônio lesado por outro.

A indenização deve ter para a vítima, um efeito de terapia, quando não para cessar em definitivo, pelo menos para amenizar ou auxiliar na diminuição da dor moral” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 103/99 – Rel. Juiz Tibúrcio Marques Rodrigues – Julg. 17/08/1999).Boletim nº31

Dano moral - Prova - Indenização - Critério“DANO MORAL - PROVA - INDENIZAÇÃO - OBJETIVO DA INDENIZAÇÃO -

CRITÉRIO DE QUANTIFICAÇÃO:Em sede de danos morais, cuja reação está no âmbito do sentimento, da emoção, basta a

prova do ilícito para que redunde em dano moral, incumbindo ao réu, fazer a prova em contrário, como v.g., de que o autor é useiro e vezeiro na inadimplência e que o ato praticado não constitui ilícito de qualquer natureza.

Quando se trata de indenizar por dano a direito extra físico, na sede do sentimento que reflete a individualidade, a personalidade, como a dor moral, provocada pela vergonha da humilhação, pela injúria sofrida, pela decepção, que conduz o indivíduo a se subestimar, por maior que seja o preço em pecúnia, por mais abrangente que for a indenização, ainda assim, a tentativa de recompensa nunca se revelaria completa. O que se tenta fazer é amenizar o sofrimento da vítima, auxiliá-la a reconquistar o seu ânimo, a sua auto-estima, tentando assim, substituir um patrimônio lesado por outro.

A indenização deve ter para a vítima, um efeito de terapia, quando não para cessar em definitivo, pelo menos para amenizar ou auxiliar na diminuição da dor moral.

Em relação ao infrator, especialmente quando se trata de pessoa jurídica, empresa que especula com o lucro, a indenização funciona como medida pedagógica, lição, que recomenda se observe o direito do cidadão, o respeito à dignidade humana, não importando esteja o homem vestido com traje a rigor ou simplesmente coberto por rotos trapos, sob pena de se ver desfalcado no lucro que persegue. É necessário, que a condenação, tenha repercussão, nas tomadas de decisões comportamentais da empresa.

O critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável gravame patrimonial” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1475 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Dano moral - Registro indevido no SPC - Direito do autor - Prova“PROVA DE FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR - REGISTRO

INDEVIDO NO SPC:A teor do inciso I do artigo 333 do Código de Processo Civil, incumbe ao autor que

demanda por indevida inscrição no SPC, fazer tal prova, mediante certidão ou expediente passado pelo órgão, contemporâneo ao alegado dano moral” (Turma Recursal de Belo

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Horizonte - Rec. nº 1.351 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Dano moral - SPC - Presunção“DANO MORAL - INJUSTA MANUTENÇÃO DO NOME DO CONSUMIDOR NO

CADASTRO DO SPC - PRESUNÇÃO - CONFIGURAÇÃO:A injusta manutenção do nome do consumidor em cadastro negativo dos chamados

serviços de proteção ao crédito causa, por si só, constrangimento, e gera direito à indenização por dano moral, que é presumido” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.541 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Dano moral - SPC - Prova - Culpa“INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – LANÇAMENTO ILEGAL DE

CONSUMIDOR NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC) – NECESSIDADE DA PROVA DO NEXO DE CAUSALIDADE E A CULPA DE ADMISSIBILIDADE:

É legitimado ativamente para exigir indenização visando a reparação de danos puramente morais decorrentes de lançamento indevido do nome no órgão de proteção ao crédito – SPC, aquele que prova o nexo de causalidade do fato e o efeito do ato praticado, assim entendido a extensão do dano decorrente do ato ilícito” (Turma Recursal de Barbacena – Rec. nº 083/99 – Rel. Juiz Wanderley Salgado de Paiva – Julg. 25/06/1999).Boletim nº31

Dano moral - Valor de indenização“O valor da indenização por dano moral cujo ato foi reconhecido e parcialmente reparado

extrajudicialmente pela parte ofensora, deve ser fixada no mínimo possível à repressão da culpa leve e a não ensejar enriquecimento sem causa, aplicando-se, quando compatível, o parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 187/99 – Rel. Juíza Selma Maria Marques de Souza - Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Danos - Acidente de veículos - Indenização - Colisão na traseira“REPARAÇÃO DE DANOS – ACIDENTE DE VEÍCULOS – MONTANTE DA

INDENIZAÇÃO – SENTENÇA ULTRA PETITA – COLISÃO NA TRASEIRA – RESTITUIÇÃO DA FRANQUIA E VALOR DA DEPRECIAÇÃO DO VEÍCULO – RECURSOS PARCIALMENTE PROVIDOS:

A sentença ultra petita não gera nulidade na decisão, que pode perfeitamente ser adequada à realidade, considerando-se especialmente o fato de se tratar de feito de competência do Juizado Especial, onde se exige o mínimo de formalismo.

O fato de ter havido freada brusca por parte do condutor do veículo da frente, não exclui a responsabilidade, pois a freada brusca é fato previsível, razão pela qual, deve ser tomada distância razoável com o veículo conduzido na dianteira” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 009/99 – Rel. Juiz Renato Luís Dresch – Julg. 27/05/1999).Boletim nº31

Danos morais - Duplicata - Protesto - Indenização“DUPLICATA - EMISSÃO IRREGULAR - PROTESTO INDEVIDO -

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E CANCELAMENTO DO PROTESTO - SENTENÇA MANTIDA:

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Não restando comprovada a regularidade da emissão da duplicata, que é título de crédito dependente da relação jurídica subjacente, outra solução não cabia senão a se assegurar ao devedor o direito ao cancelamento do protesto indevido e à indenização pelos danos morais causados pelo simples ato do protesto” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.512 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Danos morais - Indenização - Critérios de fixação do valor“DANOS MORAIS - INDENIZAÇÃO - CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DO VALOR:O valor arbitrado a título de danos morais deve guardar perfeita correspondência com a

gravidade objetiva do fato de seu efeito lesivo, bem como com as condições sociais e econômicas da vítima e do autor da ofensa, em tal medida que, por um lado, não signifique enriquecimento do ofendido e, por outro lado, produza no causador do mal impacto bastante para dissuadi-lo de nova prática ilícita.

Deve prevalecer o quantum fixado, se a parte não demonstra que o julgador extrapolou os limites da razoabilidade e nem aponta critérios objetivos capazes de convencer da necessidade da redução do valor arbitrado” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 040/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Danos morais - Indenização - Direitos personalíssimos“Imputações ofensivas à honra e boa fama de terceiro. Danos morais, indenização devida,

quando verificada ofensa a direitos personalíssimos do ofendido” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.462 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Danos morais - Protesto indevido - Indenização“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – DANOS MORAIS – PROTESTO INDEVIDO DE

TÍTULO – DENUNCIAÇÃO À LIDE – NÃO CABIMENTO – INDENIZAÇÃO DEVIDA:Não cabe denunciação à lide em processos do Juizado Especial Cível (artigo 10, da Lei nº

9.099/95).É devida a indenização por danos morais, pelo protesto indevido de título, e conseqüente

inscrição do nome do ofendido em cadastro negativo de serviços de proteção ao crédito.O valor da indenização deve ser fixado com prudência, não para servir como causa de

enriquecimento, mas para reparar a dor, o sofrimento, o aborrecimento do ofendido e como forma de fazer lembrar ao causador que deve ser mais cuidadoso no exercício de suas funções” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 722 – Rel. Juiz Antônio Sérvulo - Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Decisão ilíquida - Execução“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – DECISÃO ILÍQUIDA – NULIDADE:A sentença condena na restituição de ferramentas relacionadas nas notas fiscais, dispondo

que as peças de reposição não estão inclusas. Ao não definir quais são enseja perplexidade por ocasião de sua execução, inviabilizando-a no juizado. Nulidade ex officio decretada – Inteligência do parágrafo único do artigo 38 da Lei nº 9.099/95” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 024/99 – Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Defeito posterior no veículo - Culpa - Indenização

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“Não comprovado que o defeito posterior no veículo do consumidor tenha sido causado por serviços executados pelo fornecedor, não se deve impor a devolução do preço ou a reexecução do trabalho.

Sem comprovação de culpa na execução de serviços, não se pode impor o pagamento de indenização” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.552 - Rel. Juíza Evangelina castilho Duarte - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Direito de vizinhança - Muro - Meação - Cobrança“DIREITO DE VIZINHANÇA – MURO DIVISÓRIO – MEAÇÃO – PAGAMENTO –

AÇÃO DE COBRANÇA:Provado que apenas um dos vizinhos arcou com as despesas de reconstrução do muro

divisório, deve ser compelido o outro a pagar a metade, pena de enriquecimento ilícito” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 135/99 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Dívidas de moeda - Correção - ÍndiceDÍVIDAS DE MOEDA - CORREÇÃO ALEATÓRIA - INAPLICABILIDADE -

NECESSIDADE DE ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA.Dívidas de moeda não podem ser corrigidas aleatoriamente e sim mediante aplicação de

um índice de correção monetária. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 002/96 - Comarca de Teixeiras - Rel. Juíza Sônia de Castro Alvim).Boletim nº25

Doença pré-existente - Seguro - Exclusão do plano“A doença pré-existente à contratação do seguro, se não revelada pelo contratante, deve

ser comprovada pelo contratado, para fins de exclusão do plano escolhido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 945 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Duplicata - Protesto indevido - Indenização - Danos morais“DUPLICATA - EMISSÃO IRREGULAR - PROTESTO INDEVIDO -

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E CANCELAMENTO DO PROTESTO - SENTENÇA MANTIDA:

Não restando comprovada a regularidade da emissão da duplicata, que é título de crédito dependente da relação jurídica subjacente, outra solução não cabia senão a de assegurar ao devedor o direito ao cancelamento do protesto indevido e à indenização pelos danos morais causados pelo simples ato do protesto” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1512 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº 30

Embargos à execução - Notas promissórias - Quitação parcial“Embargos a execução – Notas promissórias – Quitação parcial do débito reconhecida

pelo exeqüente na audiência de conciliação – Inicial recebida e atermada no Juizado Especial – Má-fé não comprovada – descabimento da pena do artigo 1.531 do Código de Processo Civil – Procedência parcial para exclusão da importância paga – Recurso improvido – Sentença mantida” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 021/98 – Rel. Juiz Marcos Francisco Pereira – Julg. 15/06/1999).Boletim nº31

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Embargos de declaração - Extinção do processo - Sucumbência“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ACOLHIMENTO DA PRIMEIRA

PRELIMINAR COM EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM APRECIAÇÃO DAS DEMAIS. MOTIVO DA DECISÃO QUE DESPREZA ALEGAÇÕES IMPERTINENTES. SUCUMBÊNCIA DO RECORRIDO, VENCIDO, NA TURMA RECURSAL – OMISSÃO E CONFLITO INEXISTENTES:

Não revela omisso o acórdão que acolhendo a primeira das três preliminares argüidas declara extinto o processo, porque despiciendo a apreciação das demais.

Se o acórdão declarou a incompetência do Juizado Especial, restou prejudicada a arguição de ilegitimidade passiva e impossibilidade jurídica do pedido, que só o juízo competente pode apreciar.

O Juiz não está obrigado a responder todas as alegações das partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas e tampouco a responder um a um todos os seus argumentos.

Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55, da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, a jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e aprovou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Os embargos declaratórios não se prestam a conferir justiça gratuita não pedida na inicial e nem na tramitação do processo e que por isso mesmo não foi objeto de julgamento.

Os embargos declaratórios só se justificam a esclarecer, se existentes, dúvidas, omissões ou contradições no julgado, mas não para que se adeqúe a decisão ao entendimento do embargante” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1.421 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

Embargos de declaração - Sucumbência - Conflitos inexistentes“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ACOLHIMENTO DA PRIMEIRA

PRELIMINAR COM EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM APRECIAÇÃO DAS DEMAIS. SUCUMBÊNCIA DO RECORRIDO, VENCIDO, NA TURMA RECURSAL. OMISSÃO E CONFLITOS INEXISTENTES.

Não revela omisso o acórdão que acolhendo a primeira de três preliminares argüidas declara extinto o processo, porque despiciendo a apreciação das demais.

Se o acórdão declarou a incompetência do Juizado Especial, restou prejudicada a arguição de ilegitimidade passiva e impossibilidade jurídica do pedido, que só o juízo competente pode apreciar.

O juiz não está obrigado a responder todas as alegações das partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão, nem se obriga a ater–se aos fundamentos indicados por elas e tampouco responder um a um todos os seus argumentos.

Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o principio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição do recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por

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outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou sua tese, e que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, principio constitucional das partes no processo.

Os embargos declaratórios não se prestam a conferir justiça não pedida na inicial e nem na tramitação do processo e que por isso mesmo não foi objeto de julgamento.

Os embargos declaratórios só se justificam a esclarecer, se existentes, dúvidas, omissões e ou contradições no julgado, mas não para que se adeqúe a decisão ao entendimento do embargante.” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1421 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Sousa – Jul. 26/03/99).Boletim nº 30

Embargos declaratórios - Reapreciação - Matéria já decidida“EMBARGOS DECLARATÓRIOS - REAPRECIAÇÃO DE MATÉRIA JÁ

DECIDIDA:Não ocorrendo omissão no acórdão, não se admite no seu âmbito a reapreciação da

matéria decidida” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.349 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Embargos declaratórios - Suspensão do prazo recursal“Sendo intempestivos os embargos declaratórios, sua interposição não acarreta a

suspensão do prazo recursal, pelo que também será intempestivo o recurso aviado depois dos dez dias previstos no artigo 42 da Lei nº 9.099/95” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 310/99 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas – Julg. 08/09/1999).Boletim nº31

Enriquecimento ilícito - Cheque previsto“Ação de enriquecimento ilícito. O cheque prescrito não se reveste das garantias normais

da cambial como certeza, liquidez, exigibilidade da dívida que nele se contém. Mas, serve de início de prova feita contra o emitente em prol do portador em ação de enriquecimento ilícito, pois lógico que com o pagamento haveria o seu resgate ou documento comprovando a quitação” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 025/98 - Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Ensino superior - Instituição particular - Abono de faltas - Doença“Ensino Superior - Instituição Particular. Abono de faltas por motivo de doença e

reposição de provas. Antecipação de tutela deferida - Situação consolidada, com aprovação do aluno e matrícula no semestre subseqüente. Aplicação do artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil e artigo 6º da Lei nº 9.099/95” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1517/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Entrega de coisa certa - Indenização - Ônus da prova“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - AÇÃO OBRIGANDO A ENTREGA DE COISA

CERTA CONVERTIDA EM INDENIZAÇÃO DECORRENTE DA PERDA E DE SEU EXTRAVIO - POSSIBILIDADE - APLICAÇÃO DO ARTIGO 6º, INCISO VIII, DA LEI Nº 8.078/90, COM INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, EM VISTA DA VEROSSIMILHANÇA DO ALEGADO:

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A guarda do bem extraviado no pátio da ré foi essencialmente decorrente de relação entre consumidor e fornecedor para prestação dos serviços, sendo improvável que agindo em confiança e boa fé existisse documento escrito. Provimento parcial do recurso para reduzir a verba indenizatória em decorrência de despesas feitas com o depósito da coisa ainda em atendimento ao artigo 6º da Lei nº 9.099/95” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 006/99 - Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Estabelecimento de ensino - Matrícula - Desistência - Restituição“ESTABELECIMENTO DE ENSINO - MATRÍCULA - DESISTÊNCIA - DIREITO À

RESTITUIÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA:A despeito de ser válida a estipulação de arras penitenciais nos contratos de consumo,

pode aquela cláusula ser considerada abusiva e, portanto, nula de pleno direito, quando seus efeitos forem excessivamente onerosos para o consumidor, como ocorre, por exemplo, quando estabelece a perda total da quantia já paga.

A correção monetária, por seu turno, deve mesmo incidir desde a data do pagamento da matrícula, e não da citação, pois de outra maneira não haveria efetiva devolução da parcela paga, quando, como sabido, a correção monetária importa apenas em manter o poder aquisitivo da moeda, ou seja, não é um plus que se acrescenta ao crédito, mas um minus que se evita” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.539 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 08/03/99).Boletim nº24

Execução - Certidão - Bens penhoráveis - Extinção processo“EXECUÇÃO – CERTIDÃO DE INEXISTÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS –

EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM OUVIR O EXEQÜENTE. DECISÃO AFOITA - RECURSO PROVIDO.

É certo que frustra a execução se não forem encontrados bens penhoráveis, hipótese em que o processo será extinto, devolvendo–se ao autor os documentos que instruíram a inicial, como expressamente previsto no § 4º do artigo 53 da Lei nº 9.099/95.

Entretanto, ao exeqüente há de se abrir oportunidade para investigar a existência de bens do devedor passíveis de serem penhorados, apresentado como inteiramente afoita a decisão que se contenta apenas com a certidão do meirinho e extingue o processo sem aquela providência”. (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1422 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 28/12/98).Boletim nº 30

Execução - Certidão - Extinção do processo“EXECUÇÃO – CERTIDÃO DE INEXISTÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS –

EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM OUVIR O EXEQÜENTE – DECISÃO AFOITA – RECURSO PROVIDO:

É certo que frustra-se a execução quando não foram encontrados bens penhoráveis, hipóteses em que o autor do processo será extinto, devolvendo-se ao autor dos documentos que instruíram a inicial, como expressamente previsto no § 4º do artigo 53 da Lei nº 9.099/95.

Entretanto, ao exeqüente há de se abrir oportunidade para investigar a existência de bens do devedor passíveis de serem penhorados, apresentando-se como inteiramente afoita a decisão que se contenta apenas com a certidão do meirinho e extingue o processo sem aquela providência” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1.422 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 28/12/1998).Boletim nº32

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Execução - Extinção do processo - Comparecimento - Audiência“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (LEI Nº 9.099/95) - EXECUÇÃO - EXTINÇÃO DO

PROCESSO POR NÃO COMPARECIMENTO DO EXEQÜENTE À AUDIÊNCIA - POSSIBILIDADE - DESENTRANHAMENTO DO TÍTULO PARA ENTREGA AO EXEQÜENTE:

O não comparecimento do exeqüente à audiência acarreta a extinção do processo, facultando-se o desentranhamento do título executivo, para entrega ao exeqüente” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 001/99 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Execução de cheque - Embargos“Execução de cheque - Alegação de pagamento parcial e existência de negócio subjacente

que lhe serviu de causa não comprovado. Prevalência da autonomia ou abstração. Embargos improcedentes quanto a estas alegações. Lei 7.357/85, art. 13” (Turma Recursal de Conselheiro Lafaiete - Rec. nº 35/98 - Rel. Juiz Francisco Eclache Filho - Julg. 26/11/98).Boletim nº26

Execução de sentença - Penhora - Audiência de conciliação“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - EXECUÇÃO DE SENTENÇA:Tanto na execução por título judicial como na de título extra-judicial a realização da

penhora válida e imediata convocação para a audiência de conciliação são atos de essência do procedimento especial do juizado. Não há penhora enquanto não se deposita o bem. E só se aperfeiçoa o depósito em mãos do executado com a aceitação, por este, do encargo. Nulidade decretada ex officio por falta de penhora válida a ensejar o início do procedimento executivo” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 002/99 - Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Execução por cheque - Valor da causa - Causa debendi“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - EXECUÇÃO POR CHEQUE - O VALOR DA

CAUSA NA EXECUÇÃO DO TÍTULO EXTRA-JUDICIAL É O DO MONTANTE DO DÉBITO E QUANDO SUPERIOR A 20 SALÁRIOS MÍNIMOS DEVE HAVER ASSISTÊNCIA OBRIGATÓRIA DE ADVOGADOS:

Cheque em poder do credor de emissão do devedor, não prescrito, é prova bastante de seu débito contra o emitente, somente sendo ilidida através de prova escrita do pagamento. A investigação da causa debendi é permitida quando o título ainda se encontra em poder do beneficiário originário da transação, ou de terceiro de má fé. A origem da dívida ou seu pagamento total ou parcial são ônus da prova que incumbe ao devedor e assim responde pela obrigação quando não cumpre com êxito tal mister” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 043/98 - Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni - Julg. 16/04/99).Boletim nº26

Ex-sócio - Dissolução de sociedade - Carecedor de ação“É CARECEDOR DE AÇÃO O EX-SÓCIO QUE PRETENDE DISSOLUÇÃO DE

SOCIEDADE JÁ DISSOLVIDA:Carecedor também de ação é o réu que em pedido contraposto, pleiteia condenação do

autor em litigância de má fé e condenação em custas processuais e honorários advocatícios, por falta de conexão com o pedido inaugural feito pelo autor” (1ª Turma Recursal Cível de Belo

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Horizonte - Rec. nº 1.540 - Rel. Juíza Selma Maria Marques de Souza - Julg. 06/03/99).Boletim nº 30

Extravio de bagagem - Constrangimento - Dano moral“JUIZADO ESPECIAL - EXTRAVIO DE BAGAGEM - CONSTRANGIMENTO,

ANGÚSTIA E DESCONTENTAMENTO - DANO MORAL:Se reconhecido na sentença que a recorrente foi exposta a constrangimento, angústia e

desconforto pelo fato de sua bagagem reconhecidamente extraviada em ônibus interestadual, no qual viajava como passageira, há dano moral a ser indenizado.

Indenização que se fixa de acordo com os fatos, com as condições particulares da ofendida e do ofensor” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Falta de citação - NulidadeCONSTITUCIONAL. FALTA DE CITAÇÃO. NULIDADE RECONHECIDA.Em qualquer processo, de conhecimento, cautelar ou de execução, a relação processual só

conclui após regular citação. De sorte que nula é a sentença proferida contra réu não citado – inteligência do inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal. Nulidade declarada, por expressa inobservância de prescrição constitucional. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 685 - Rel. Juiz Maurício Barros).Boletim nº25

Falta de preparo - Deserção do recurso“A falta de preparo, a teor do parágrafo 1º, do artigo 42, da Lei 9.099/95, acarreta a

deserção do recurso” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.267/98 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Fraude à execução - Alienação - Qualquer demanda“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. FRAUDE À EXECUÇÃO. CONSIDERA–SE EM

FRAUDE DE EXECUÇÃO QUANDO , A TEMPO DA ALIENAÇÃO, CORRIA CONTRA O DEVEDOR QUALQUER DEMANDA, SEJA EM PROCESSO DE CONHECIMENTO, CAPAZ DE REDUZI-LO À INSOLVÊNCIA:

Incidente julgado permanente, mormente quando a alienação foi realizada três dias após a citação da ré, em processo de conhecimento, operando–se a transferência do vínculo para o nome do filho, na mesma residência tratando–se de único bem que poderia satisfazer a execução. (Turma Recursal de Betim – Rec. n.º 011/99 – Rel. Juiz José Américo Martins da Costa – Julg. 25/6/99).Boletim nº31

Furto - Caso fortuito - Dano moral“O furto em um trem de passageiros constitui caso fortuito que não gera para a agência de

viagem o dever de indenizar por dano moral” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.501 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Furto - Trem de passageiros - Agência de viagem - Dano moral“O furto em um trem de passageiros constitui caso fortuito que não gera para a agência de

viagem o dever de indenizar por dano moral” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1501 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

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Imprudência - Motorista - Semáforo“Age com imprudência o motorista que, aproximando do semáforo acelera o seu veículo

com o objetivo de aproveitar o restante do sinal verde, colidindo com outra unidade que acabava de adentrar o cruzamento porque o semáforo já lhe permitia passagem” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 157 – Rel. Juiz Tibúrcio Marques Rodrigues – Julg. 08/09/1999).Boletim nº31

Indenização - Acidente automobilístico - Prazo recursal“AÇÃO DE INDENIZAÇÃO EM VIRTUDE DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO.PROCESSUAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO - CONDIÇÕES DE

ADMISSIBILIDADE DO RECURSO:Marcada data, na audiência, para a publicação e ciência da sentença, o prazo recursal flui

a partir dessa data, pois houve intimação regular.É de dez dias o prazo recursal, no Juizado Cível Especial (artigo 41, da Lei nº 9.099/95)”

(2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.508/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Indenização - Ato ilícito - Menores - Assistência advogado“COMPETÊNCIA - INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO PRATICADO POR

MENORES - FALTA DE ASSISTÊNCIA POR ADVOGADO:Competente é o Juizado Especial Cível para processar e julgar, contra os representantes

legais, pedido de indenização por ato ilícito praticado por menores. A incompetência é para o menor figurar como autor ou réu - inteligência do artigo 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1.995.

No Juizado Especial, nulo é o processo, cujo pedido é superior a vinte salários mínimos e que tramitou sem a assistência ao réu de advogado habilitado - inteligência do artigo 9º da Lei nº 9.099/95" (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. Nº 1.333 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Indenização - Culpa recíproca - Pedido contraposto“INDENIZAÇÃO – CULPA RECÍPROCA – NÃO FORMULAÇÃO DO PEDIDO

CONTRAPOSTO – AÇÃO AUTÔNOMA DO REQUERIDO PLEITEANDO RESSARCIMENTO – POSSIBILIDADE – PEDIDO CONTRAPOSTO CONSTITUI FACULDADE, NÃO OBRIGATORIEDADE – INEXISTÊNCIA DE RENÚNCIA TÁCITA DO DIREITO DE RESSARCIMENTO – INOCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO LÓGICA.

O requerido que não formulou o pedido contraposto em ação de indenização, e tendo esta sido julgada procedente com reconhecimento de culpa recíproca, pode ajuizar ação autônoma pleiteando indenização de seu prejuízo.

Formular pedido contraposto constitui faculdade, não obrigatoriedade. Sua falta não impede o referido de vir pleitear o seu direito em ação autônoma contra o autor.

A falta de formulação de pedido contraposto não constitui renúncia tácita do direito do requerido exigir indenização do autor pelo mesmo fato, nem caracteriza preclusão lógica do exercício desse direito”. (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. nº 36/99 – Rel. Juiz Ronaldo Claret de Moraes – Julg. 25/08/99).Boletim nº32

Indenização - Dano - Ilegitimidade

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“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – REPARAÇÃO DO DANO CONFIRMADA:

Em ato ilícito promovido pelo agente, não há como imputar-lhe a reparação do dano, senão como na condição da pessoa física demandada. Alegação de que a ação devia ser proposta contra a sua empresa insubsistente. Afastada a ilegitimidade de parte, pois sempre permaneceu silente até a sentença, abdicando de ser demandado assim. Aplicação por analogia da desconsideração da pessoa jurídica” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 018/99 – Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Indenização - Dano material - Prova“INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS E MATERIAIS - AUSENTE A PROVA DE

DANOS MATERIAIS, POR FALTA DE COMPROVAÇÃO DE VALORES GASTOS COM TRATAMENTO MÉDICO, IMPÕE-SE O INDEFERIMENTO DESSA VERBA:

Acidente que causa lesão à vítima enseja indenização por danos morais” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.408 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Indenização - Dano moral - CDC - Ônus da prova“INDENIZAÇÃO – DANO MORAL E DANO MATERIAL. CÓDIGO DE DEFESA

DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE DE TODOS OS COMPONENTES DA CADEIA DE CONSUMO.

Ônus da prova. Inversão. Presunção de veracidade do Boletim de Ocorrência.Incêndio em aparelho de som, que se espalha pela residência. Autora despedida do

emprego em razão do sinistro” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1418 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Indenização - Dano moral - SPC“INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – INSCRIÇÃO NO SPC– EXERCÍCIO

REGULAR DO DIREITO– ART. 160, I, DO C. CIVIL – DÉBITO EXISTENTE E RECONHECIDO PELO DEVEDOR:

Apenas a indevida inscrição do devedor no cadastro dos inadimplentes gera dever de indenizar, não a inscrição que retrata a verdadeira existência do débito não quitado.” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1409 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Indenização - Dano moral - SPC“INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – INSCRIÇÃO NO SPC – EXERCÍCIO

REGULAR DE DIREITO – ARTIGO 160, I, DO CÓDIGO CIVIL – DÉBITO EXISTENTE E RECONHECIMENTO PELO DEVEDOR:

Apenas a indevida inscrição do devedor no cadastro dos inadimplentes gera dever de indenizar, não a inscrição que retrata a verdadeira existência de débito não quitado” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1409 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat).Boletim nº32

Indenização - Dano moral - SPC - Prova

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“INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. LANÇAMENTO ILEGAL DE CONSUMIDOR NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – SPC - NECESSIDADE DA PROVA DO NEXO DE CAUSALIDADE E A CULPA. ADMISSIBILIDADE:

É legitimado ativamente para exigir indenização visando a reparação de danos morais decorrente de lançamento indevido do nome no órgão de proteção ao crédito – SPC, aquele que prova o nexo de causalidade do fato e o efeito do ato praticado, assim entendido a extensão do dano decorrente do ato ilícito” (Turma Recursal de Barbacena – Rec. nº 086/99 – Rel. Juiz Wanderley Salgado de Paiva – Julg. 25/06/1999).Boletim nº31

Indenização - Danos em veículo - Culpa - Orçamento único“Juizado Especial Cível. Ação de indenização por danos em veículo. Comprovação da

culpa. Orçamento único. Validade. Extensão do quantun indenizatório. Oficina mecânica idônea. Inexistência de qualquer outro elemento de convicção a contrapor ao orçamento apresentado. Ação procedente”(Turma Recursal de Betim - Rec. nº 019/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Indenização - Danos morais - Prazo - Recurso“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – PRAZO – RECURSO – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO

POR DANOS MORAIS – INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 42 DA LEI Nº 9.099/95:O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença e não da

juntada aos autos do respectivo AR” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 025/99 – Rel. Juiz José Américo Martins da Costa – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Indenização - Dívida paga - SPC - Dano moral“INDENIZAÇÃO - DÍVIDA PAGA - MANUTENÇÃO DO NOME DO DEVEDOR NO

SPC - DANO MORAL CARACTERIZADO:Ainda que não exista prazo definido em lei para o cancelamento da inscrição no cadastro

de devedores inadimplentes, tenho sustentado que o credor, responsável pela registro, deve agir com a mesma diligência observada na ocasião de sua iniciativa, uma vez que a manutenção indefinida do nome do devedor aquele cadastro representa, sem sombra de dúvida, restrição ao seu crédito e à sua credibilidade, caracterizadora, por si só, de dano moral passível de indenização” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 168/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 03/05/99).Boletim nº 30

Indenização - Inscrição indevida - SPC - Danos morais“JUIZADO ESPECIAL - INDENIZAÇÃO - INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SERVIÇO

DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANOS MORAIS:Tem direito a indenização por danos morais quem tem injustamente inscrito seu nome no

SPC.Indenização que deve corresponder na proporção do ato ilícito e do dano experimentado

pela vítima” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rel. Juiz Francisco Batista de Abreu - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Indenização - Perda total do veículo segurado“A indenização decorrente da perda total do veículo segurado, deve ser a máxima prevista

na apólice e não a correspondente ao valor do veículo no mercado, sendo este inferior, haja vista

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a abusividade da ressalva da cláusula que impõe de modo contrário, e que dispensa a prova inerente.

A força da quitação expressa em recibo imposto ao segurado, não pode fazer letra morta à Constituição Federal que atribui ao Poder Judiciário a competência para apreciação a lesão a direitos individuais” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 475/99 – Rel. Juíza Selma Maria Marques de Souza – Julg. 17/08/99).Boletim nº31

Indenização - SPC - Constrangimento - Recurso“INDENIZAÇÃO – NEGATIVAÇÃO INDEVIDA JUNTO AO SPC –

CONSTRANGIMENTO – PEDIDO PROCEDENTE – FIXAÇÃO DO VALOR CONFORME PEDIDO NA INICIAL – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA:

Não há como deixar de conviver com tais medidas (negativação de inadimplência) para a efetiva proteção do crédito e a segurança dos negócios; contudo, é preciso rigor para que se evitem abusos ou para que pessoas se vejam lesionadas no seu principal patrimônio, que é o bom nome na cidade em que vivem” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 005/99 – Rel. Juiz Marcos Francisco Pereira – Julg. 15/06/1999).Boletim nº31

Indenização dano moral - CDC - Responsabilidade“INDENIZAÇÃO DANO MORAL E DANO MATERIAL. CÓDIGO DO

CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE DE TODOS OS COMPONENTES DA CADEIA DE CONSUMO:

Ônus da prova. Inversão. Presunção de veracidade do Boletim de Ocorrência.Incêndio em aparelho de som, que se espalhou pela residência. Autora despedida do

emprego em função do sinistro.” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1418 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 30/4/99).Boletim nº 30

Indenizatória - Direito do consumidor - Culpa - ProvaINDENIZATÓRIA. DIREITO DO CONSUMIDOR. CULPA OBJETIVA DO

FABRICANTE. DESNECESSIDADE DE ADVERTÊNCIA PARA PRODUÇÃO DA PROVA.Fornecimento de produto em que se reconheceu a existência de defeitos, caracterizados

como fato do produto, enseja responsabilidade do fabricante, independentemente de culpa, visto que este não provou ter sido culpado o autor consumidor, em caráter exclusivo, - inteligência do (art. 12, § 3º, do CDC), e nem comprovou ter indicado os cuidados especiais a serem tomados na conservação do produto (art. 12, caput, do CDC).

Havendo expressa disposição legal quanto ao ônus da prova, não cabe ao juiz advertir a parte do que lhe incumbe. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 661 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Intimação - Correio - Preparo - Acidente - Presunção - Sucumbência“INTIMAÇÃO DA SENTENÇA VIA POSTAL- RECEBIMENTO POR TERCEIROS -

A INTIMAÇÃO DEVE SER RECEBIDA EM MÃOS PRÓPRIAS - ALEGAÇÃO DE INTEMPESTIVIDADE NÃO ACATADA.

Preparo recursal - Suspensão do prazo de 48 horas nos sábados e domingo - Regularidade - Recurso aviado a tempo, pelo que conhecido.

Acidente de trânsito - Causa sem maior complexidade - Competência do Juizado Especial confirmada.

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Presunção de veracidade do Boletim de Ocorrência não elidida - Conjunto probatório que favorece a tese do recorrido.

Recurso a que se nega provimento.Ônus da sucumbência (art. 55, Lei 9.099/95)” (Turma Recursal de Belo Horizonte -

Rec. nº 1.000 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 28/08/98).Boletim nº26

Intimação - Viagens aéreas - Direito a indenização“A intimação, no âmbito da Lei nº 9.099/95, se faz da mesma forma prevista para a

citação, e, sendo, por correspondência, deve ser com aviso de recebimento em mão própria.Os atrasos em viagens aéreas, sendo rotineiros e perfeitamente previsíveis, não geram, via

de regra, direito a indenização. O transporte aéreo tem na Convenção de Varsóvia o seu limite máximo de reparação devida em função da responsabilidade objetiva, não podendo nenhuma outra responsabilidade ser criada, sob pena de se negar vigência à mesma” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 744 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Intimação da vítima - Audiência - Representação“INTIMAÇÃO DA VÍTIMA PARA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO - NÃO

COMPARECIMENTO DA MESMA - EVIDENTE RENÚNCIA TÁCITA DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE DE COMPOSIÇÃO AMIGÁVEL - NÃO APLICAÇÃO DO ARTIGO 76 DA LEI 9.099/95 - PREJUÍZO EVIDENTE ACARRETADO AO ARGUÍDO:

A ausência da vítima na audiência de conciliação, para tal intimada regularmente, equivale à renúncia tácita ao direito de queixa ou representação, posto que ela não desejou participar de possível composição de danos civis que, se ocorrente, possibilitaria a sua homologação, que teria força de título executivo. A ausência da vítima impossibilitou a proposta de acordo que, homologado, acarretaria a renúncia ao direito de queixa ou representação, a teor do artigo 74 da Lei nº 9.099/95.

Conseqüentemente, o acordo homologado culminaria com o arquivamento dos autos. Mas, com sua ausência, a vítima causou evidente prejuízo ao argüido” (Turma Recursal de Conselheiro Lafaiete - Rec. nº 026/98 - Rel. Juiz José Aluísio Neves da Silva - Julg. 26/11/98).Boletim nº26

Intimações - Decisões -Audiência - Sessão de Julgamento“As intimações das decisões proferidas em audiência ou durante a sessão do Tribunal

Recursal, consideram-se efetivadas no próprio ato, ainda que ausente a parte, desde que para ele devidamente intimada” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 013/97 - Rel. Juiz Paulo Batista Braga - Julg. 30/04/98).Boletim nº28

Lei posterior - Fatos anteriores - Benéfica para o agente“Dirigir veículo automotor em via pública, sem possuir carteira de habilitação ou

permissão para dirigir configura apenas infração de caráter administrativo, sancionada com multa e apreensão do veículo, artigo 162, I, do CTB. Se o fato é anterior à vigência do novo CTB opera-se a extinção da punibilidade, nos termos do artigo 107, III, do Código Penal” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 10.312 - Rel. Juiz Eli Lucas de Mendonça - Julg. 20/04/99).

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“A direção inabilitada que não gerar perigo de dano, tornou-se ilícito administrativo, por atipicidade de conduta, consoante o disposto no artigo 309, da Lei nº 9.503/97, Código de Trânsito Brasileiro, com tácita derrogação do artigo 32 da Lei de Contravenções Penais” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 10.314 - Rel. Juiz Francisco Kupidlowski - Julg. 20/04/99).

“A Lei Posterior só se aplica a fatos anteriores se for benéfica para o agente e favorecer o mesmo, caso contrário, não podendo retroagir” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 10.293 - Rel. Juiz Francisco Kupidlowski - Julg. 20/04/99).Boletim nº 29

Leiloeiro - Intermediação - Danos morais - Lucros cessantes“COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL. LEILOEIRO - ATO DE

INTERMEDIAÇÃO, ENTRE O PROPRIETÁRIO DO BEM E O LICITANTE. PARTE ILEGÍTIMA PARA EFETIVAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE. DANOS MORAIS E LUCROS CESSANTES:

É coisa julgada formal e não material a extinção do processo por ilegitimidade de parte, podendo ser repetido, após o trânsito em julgado, e em novo processo, o mesmo pedido, com a mesma causa e contra o mesmo réu.

Em pedido cominatório visando a transferência de propriedade de bem leiloado, o leiloeiro é parte ilegítima, cujo ato praticado é de intermediação entre o proprietário do bem e o licitante.

O simples desconforto, que provoca ira ou insônia, decorrente de incidente em negócio, para o qual também concorreu o autor, não autoriza indenização por danos morais.

A diminuição ou perda de lucros cessantes deve ser provada, cabalmente, desde o juízo singular, a ensejar indenização, sob pena de supressão de instância” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1529 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Locação - Devolução do imóvel“LOCAÇÃO – DEVOLUÇÃO DO IMÓVEL LOCADO AO TÉRMINO DO

CONTRATO:Direito do locador de recebê-lo no estado em que o entregou, inclusive com os bens

móveis relacionados na primeira vistoria.Recibo provisório das chaves, emitido pela Administradora, sem a vistoria, não tem efeito

liberatório.Inexistência de prazo legal para a vistoria, que interessa também ao locatário, e poderia

ter sido exigida pelo mesmo” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1400/99 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

Locação - Devolução do imóvel - Término do contrato“LOCAÇÃO. DEVOLUÇÃO DO IMÓVEL LOCADO AO TÉRMINO DO

CONTRATO:Direito do locador de recebê–lo no estado no estado em que o entregou, inclusive com os

bens móveis relacionados na primeira vistoria,Recibo provisório das chaves, emitido pela Administradora, sem a vistoria, não tem efeito

liberatório.

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Inexistência de prazo legal para a vistoria, que interessa também ao locatário, e poderia ter sido exigida pelo mesmo” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1400/99 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 26/3/99).Boletim nº 30

Locatícios - Corretor - Parte ilegítima“LOCATÍCIOS - CORRETOR OU IMOBILIÁRIA QUE INTERMEDIOU A

LOCAÇÃO - PARTE ILEGÍTIMA EM FACE DO INADIMPLEMENTO DO LOCATÁRIO:Se o inquilino não cumpre com sua obrigação de locatário, faculta-se ao locador, exercer

contra ele, a ação própria, sendo o corretor que intermediou a locação parte ilegítima para responder pelos locatícios se para tanto não se obrigou” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.547/98 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Lote de terreno - Promissário comprador - Restituição“Tratando-se de lote de terreno de loteamento, o promissário comprador tem direito à

restituição das parcelas pagas, mesmo que a rescisão do contrato advenha de sua inadimplência, de uma só vez e imediata, devidamente corrigida” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 044/98 - Rel. Juiz Antônio Coletto - Julg. 26/03/99).Boletim nº26

Mandado de segurança - Competência - Trânsito em julgadoMANDADO DE SEGURANÇA. COMPETÊNCIA DA TURMA RECURSAL DO

JUIZADO ESPECIAL. ACÓRDÃO COM TRÂNSITO EM JULGADO.A Turma Recursal é o órgão revisor das decisões monocráticas e, por conseguinte, com

competência para conhecer e julgar mandado de segurança tanto contra ato do juízo singular, assim mesmo como da decisão proferida pelo próprio Colegiado do Juizado Especial, porque nem o Tribunal de Justiça e nem o Tribunal de Alçada possuem competência originária, nem recursal, para rever as decisões do Colégio Recursal.

Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado - inteligência do artigo 59 da Lei nº 9.099 de 25.9.95 e Súmula nº 268 do STF (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº. 1.124 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Mandado de segurança - Inadmissível - Coisa julgada“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA - NÃO

CONHECIMENTO. INADMISSÍVEL É O MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA COISA JULGADA MATERIAL, A MENOS QUE O JULGADO SEJA SUBSTANCIALMENTE INEXISTENTE OU NULO DE PLENO DIREITO:

Não cabe Mandado de Segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado (STF - Súmula 268).

Não cabe Mandado de Segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição (STF - Súmula 267)” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 029/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Motorista - Veículo que bate na traseira“Presume-se culpado o motorista de veículo que bate na traseira do que vai à sua frente. É

verdade que essa presunção que é relativa, pode ser destruída por prova em contrário que,

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entretanto, não veio aos autos” (3ª Turma Rec. Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 447/99 – Rel. Juiz Tibúrcio Marques Rodrigues – Julg. 17/08/99).Boletim nº31

Mudança do empregado - Determinação superior - Residência da família“Confirmada a mudança do empregado para outra localidade por determinação de seu

superior hierárquico, mas mantendo o mesmo a residência da família na cidade de origem, e no mesmo prédio onde morava, não haverá a dispensa da multa a que se refere o parágrafo único do artigo 4º da Lei do Inquilinato” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1483 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Multa - Mudança de empregado - Determinação superior hierárquico“Confirmada a mudança do empregado para outra localidade por determinação de seu

superior hierárquico, mas mantendo o mesmo a residência da família na cidade de origem, e no mesmo prédio onde morava, não haverá a dispensa da multa a que se refere o parágrafo único, do artigo 4º, da Lei do Inquilinato” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.483 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Muro - Imóvel condominiado“Edificado muro em imóvel condominiado com inobservância do disposto no artigo 628

do Código Civil, deve o condômino responsável pela construção ser compelido a demoli-lo” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.096 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Nulidade de citação - Recurso“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - NULIDADE DE CITAÇÃO A QUE O

RECORRENTE NÃO DEU CAUSA:Tratando de objeção processual que deve ser conhecida ex officio, por si só já impõe o

conhecimento e provimento do recurso (artigo 301, § 4º, do Código de Processo Civil), quando devidamente preparado” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 034/98 - Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Ocorrência policial - Perícia - ValidadeOCORRÊNCIA POLICIAL - PERÍCIA – PRESUNÇÃO RELATIVA DE VALIDADE.A ocorrência e a perícia da polícia de trânsito gozam de presunção relativa de validade

que somente pode ser afastada por prova em contrário a cargo daquele que contra tais documentos se injúria. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 008/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

Pagamento dos danos - Orçamentos - Impugnação fundamentada“Incontroversa a prova da culpa do recorrente pelo acidente, deve o mesmo arcar com o

pagamento dos danos, sendo irrelevante, para sua fixação, que apenas dois orçamentos tenham sido apresentados, se não houve impugnação fundamentada dos valores” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 696 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº32

Parcelas - Preparo do recurso - Custas - Taxa judiciária - Acidente de trânsito - Batida pela traseira - Culpa

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JUIZADO ESPECIAL CÍVEL- PARCELAS QUE COMPÕEM O PREPARO DO RECURSO. INCLUSÃO DAS CUSTAS DISPENSADAS NO PRIMEIRO GRAU, CUSTAS DO RECURSO E MAIS TAXA JUDICIÁRIA. RECURSO INOMINADO - PREPARO COM BASE NO MENOR VALOR. ACIDENTE DE TRÂNSITO. BATIDA PELA TRASEIRA. PRESUNÇÃO DE CULPA SE NÃO HÁ PROVA EM CONTRÁRIO. RECORRIDO VENCIDO – CONDENAÇÃO NOS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

No Juizado Especial Cível o preparo para recorrer é composto, das custas de primeiro grau que foram dispensadas, das custas do segundo grau e da Taxa Judiciária, - inteligência da Lei Estadual nº 6673/75, com a alteração dada pela Lei 12.425, de 27.12.96 – art. 101 inciso VI c/c art. 102, - art. 42 da Lei nº 9.099/95, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi incompleto, o que não é o caso dos autos.

Aplica-se no caso a tabela de menor valor, que beneficia o procedimento, mesmo porque o recurso é inominado. O recurso só é considerado regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, sob o patrocínio de advogado habilitado, com as razões, o pedido, o preparo completo no prazo determinado e a resposta do recorrido, se intimado o fizer, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi efetivado, de forma incompleta, o que não é o caso dos autos.

Presume-se culpado o motorista de veiculo que bate na traseira do que vai à sua frente. É verdade que essa presunção, que é relativa, pode ser destruída por prova em contrario que, por si só, demonstre que a causa do acidente foi manobra indevida do motorista do veiculo da dianteira, tão imprudente e tão grave, que seja capaz de excluir a culpa do motorista da traseira, no tocante à inobservância do seu dever regulamentar de guardar a distancia de segurança Não tendo sido ministrada tal prova em contrario à presunção, conclui-se que o motorista da retaguarda foi imprudente.

Esta Turma Recursal, por maioria, vem decidindo, que o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Apenas para exemplificação, não é justo, - porque o fim teleológico da jurisdição é a justiça, - que a parte tenha uma despesa para recorrer, maior que o seu pedido, obtenha êxito no juízo recursal, e ainda assim, sofra prejuízo, se o recorrido sucumbente não fosse obrigado a repor o seu patrimônio, providência que incumbe ao juiz tomar, - inteligência do artigo 6º da Lei nº 9.099/95. (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 613 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Petição inicial - Requisito essencial - DescriçãoPETIÇÃO INICIAL – REQUISITO ESSENCIAL – DESCRIÇÃO SUFICIENTE DO

FATO QUE DÁ ORIGEM AO DIREITO PLEITEADO – OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.

Constitui requisito da petição inicial, inclusive nos feitos sujeitos aos Juizados Especiais, a descrição suficiente do fato que dá origem ao direito pleiteado, de modo a permitir defesa à parte contrária. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 013/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

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Plano de saúde - Contrato de adesão - Cirurgia“PLANO DE SAÚDE - CONTRATO DE ADESÃO - EXAME ADMISSIONAL

INEXISTENTE - CONTRATO FIRMADO HÁ MAIS DE DOIS ANOS - CIRURGIA DE VARIZES:

Doença preexistente não configurada, pelo fato de ter havido cirurgia semelhante, seis anos antes, em outro membro do corpo.

Não tendo sido feito exame no usuário, antes de ser admitido no Plano de Saúde, não pode a empresa escusar-se da contraprestação, alegando omissão de informação do usuário.

Inteligência dos artigos 47, 51 e 54, do Código do Consumidor” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.454 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Prazo de recurso - Ciência da sentença - Fluência“JUIZADO ESPECIAL – PRAZO DE RECURSO CONTADOS DA CIÊNCIA DA

SENTENÇA – APLICABILIDADE DO ARTIGO 42 DA LEI Nº 9.099/95. FLUÊNCIA DO PRAZO. RECURSO INTEMPESTIVO:

A Lei nº 9.099/95 inaugurou o prazo de dez dias contados da ciência da sentença, para a interposição do recurso, havendo distinção do prazo ordinário.

Ocorrendo a fluência do prazo, sem que a parte tenha aviado o recurso, ante o princípio da celeridade e informalidade processual, importa em não conhecimento daquele que foi aviado extemporaneamente” (Turma Recursal de Barbacena – Rec. nº 089/99 – Rel. Juiz Wanderley Salgado de Paiva – Julg. 25/06/1999).Boletim nº31

Prazo Recursal - Contagem“Juizado Especial – Prazo recursal – Início da contagem é da ciência da sentença por

inteligência do art. 42, da Lei nº 9.099/95. No Juizado Especial o prazo para interpor recurso é de 10 (dez) dias contados da data da ciência da sentença. Feita a intimação por via postal o termo “a quo” se inicia na data do recebimento do AR e não da juntada destes aos autos – precedentes das turmas recursais”. (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 013/99 – Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni – Julg. 25/6/99).Boletim nº32

Prazo recursal - Contagem - Deserção“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO

- DESERÇÃO:No Juizado Especial, ao contrário da Justiça Comum, artigo 508 do Código de Processo

Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de dez dias, contados da data da ciência da sentença, inteligência do artigo 42 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1.995, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 520/97 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Prazo recursal - Início - Deserção“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO

- DESERÇÃO - ARRAS - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - APLICAÇÃO DO DIREITO COMUM:

No Juizado Especial, ao contrario da Justiça Comum - artigo 508 do Código de Processo Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de 10 dias, contados da data da ciência da

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sentença - inteligência do artigo 42, da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1.995, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal.

Feita a prévia intimação em audiência, para ciência da sentença na secretaria em dia determinado, é daí que flui o prazo recursal, despicienda qualquer anotação posterior feita nos autos.

Recurso a que não se conhece.O artigo 1.097 do Código Civil não está revogado pelo artigo 53 do Código de Defesa do

Consumidor. Aquele dispositivo da relação de consumo não cuida de arras, mas de prestações pagas, de sorte que a perda do sinal pago pelo promitente comprador é conseqüência legal da rescisão, sejam as arras confirmatórias ou penitenciais (aplicação do artigo 1.097 do Código Civil)” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.439/98 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Prazo recursal - Início - Deserção“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO

- DESERÇÃO:No Juizado Especial, ao contrário da justiça comum - artigo 508 do Código de Processo

Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de 10 dias, contados da data da ciência da sentença, inteligência do artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.448 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Prazo recursal - Início - Deserção“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO

- DESERÇÃO:No Juizado Especial, ao contrário da Justiça Comum, artigo 508 do Código de Processo

Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de dez dias, contados da data da ciência da sentença - inteligência do artigo 42, da Lei nº 9.099/95, de 26 de setembro de 1.995, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 520/97 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Prazo recursal - Início - Deserção“JUIZADO ESPECIAL PRAZO RECURSAL . AUSÊNCIA, DO ADVOGADO À

AUDIÊNCIA INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO. DESERÇÃO:A audiência do advogado, regularmente intimado, à audiência, de forma injustificada não

obsta a fluência do prazo recursal, a teor do § 1º do artigo 242 do Código de Processo Civil.No Juizado Especial - ao contrário da Justiça Comum, art. 5508 do CPC - o prazo para

interpor e responder recurso é de dez dias , contados da datada ciência da sentença – inteligência do artigo 42 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, revelando–se deserto apresentado fora do prazo legal”. (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1412 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza – Julg. 26/3/99).Boletim nº 30

Prazo recursal - Início - Deserção - Acidente de trânsito - Culpa“JUIZADO ESPECIAL - PRAZO RECURSAL - INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO

- DESERÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CULPA CONCORRENTE. PETIÇÃO INICIAL OMISSA:

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No Juizado Especial, ao contrário da Justiça Comum - artigo 508 do Código de Processo Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de 10 dias, contados da ciência da sentença, inteligência do artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal.

Concorre também com culpa, o motorista de veículo provindo de via secundária e que começa a ingressar em via preferencial, desatento e num sintoma de excesso de velocidade, resultando em abalroamento.

O Juiz não pode substituir a omissão do autor, buscando e escolhendo em jornais, mesmo naqueles juntados aos autos, o valor que pudesse ser adaptado ao seu veículo, para efeito de perdas e danos pela depreciação, por se tratar de direito disponível - inteligência do artigo 282, IV, do Código de Processo Civil” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.457/99 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 30/04/99).Boletim nº 30

Prazo recursal - Início da contagem“JUIZADO ESPECIAL – PRAZO RECURSAL – AUSÊNCIA DO ADVOGADO À

AUDIÊNCIA – INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO – DESERÇÃO:A ausência do advogado, regularmente intimado à audiência, de forma injustificada, não

obsta a fluência do prazo recursal, a teor do parágrafo primeiro do artigo 242 do Código de Processo Civil.

No Juizado Especial, ao contrário da Justiça Comum, artigo 508, do Código de Processo Civil, o prazo para interpor e responder recurso é de dez dias, contados da data da ciência da sentença – inteligência do artigo 42, da Lei nº 9.099/95, revelando-se deserto aquele apresentado fora do prazo legal” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1412 – Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

Preparo do recurso - Custas dispensadas - Deserção“PREPARO DO RECURSO - JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - INCLUSÃO DAS

CUSTAS DISPENSADAS NO PRIMEIRO GRAU - DESERÇÃO:No Juizado Especial Cível o preparo para recorrer é composto, das custas de primeiro

grau que foram dispensadas, das custas do segundo grau e da Taxa Judiciária - inteligência da Lei Estadual nº 6.673/75, com a alteração dada pela Lei nº 12.425, de 27/12/96 - artigo 101, VI, c.c artigo 102 e artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando deserto o recurso, desacompanhado do preparo em que a parte não esteja sob o pálio da assistência judiciária gratuita.

O recurso só é considerado regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, sob o patrocínio de advogado habilitado, com as razões, o pedido, o preparo completo no prazo determinado e a resposta do recorrido, se intimado o fizer, revelando deserto o recurso, cujo preparo efetivado foi sonegado pelo recorrente” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.466 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Preparo do recurso - Custas dispensadas - Primeiro grau - Deserção“PREPARO DO RECURSO - JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - INCLUSÃO DAS

CUSTAS DISPENSADAS NO PRIMEIRO GRAU. DESERÇÃO:No Juizado Especial Cível, o preparo para recorrer é composto das custas de primeiro

grau que foram dispensadas, das custas do segundo grau e da Taxa Judiciária - inteligência da Lei Estadual nº 6.673/75, com alteração dada pela Lei 12.425, de 27 de dezembro de 1996 -

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artigo 101 inciso VI c.c artigo 102, artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando deserto o recurso desacompanhado do preparo em que a parte não esteja sob o pálio de assistência judiciária gratuita.

O recurso só é considerado regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela Lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, sob o patrocínio de advogado habilitado, com as razões, o pedido, o preparo completo no prazo determinado e a resposta do recorrido, se intimado o fizer, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi efetivado foi sonegado pelo recorrente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.466 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza - Julg. 26/03/99).Boletim nº27

Processos conexos - Competência“A reunião de processos conexos é faculdade e não obrigação do Juiz, não devendo

ocorrer quando dela possa resultar prejuízo às partes, mormente se o valor dos pedidos reunidos extrapola aquele da competência dos Juizados Especiais, impondo-se o julgamento em separado.

A reforma da decisão recorrida somente se aplica ao recorrente, uma vez que operou-se a res judicata inter partes quanto ao sucumbente que não manejou recurso” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 022/98 - Rel. Juíza Márcia Cristina de Melo Breves Alves Peixoto - Julg. 30/04/98).Boletim nº28

Promissário comprador - Interesse processual - Restituição“O promissário comprador, mesmo que inadimplente, tem interesse processual para

buscar em juízo a rescisão contratual e a restituição das parcelas pagas.É competente o Juizado Especial para conhecer da causa cujo contrato extrapole os

quarenta salários mínimos, desde que o provimento principal buscado não seja o valor do contrato.

Tratando-se de compromisso de compra e venda de imóveis junto à construtora, rescindido o contrato, as parcelas pagas devem ser restituídas imediatamente e de uma só vez, descontando-se 10% do valos restituível em favor da construtora” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 038/98 - Rel. Márcia Cristina de Melo Breves Alves Peixoto - Julg. 26/03/99).Boletim nº26

Propaganda enganosa - CDC -Ônus“PROPAGANDA ENGANOSA. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR -

ARTIGO 37, § 1º - ÔNUS DO FORNECEDOR DO SERVIÇO EM PROVAR QUE NÃO HOUVE ARDIL:

Promessa de concessão de registro profissional. Registro que não é fornecido pela escola, mas por outros órgãos” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.544 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 09/04/99).Boletim nº 30

Protesto de duplicatas - Telemarketing - Dano moral“Protesto de Duplicatas - Telemarketing - Demonstração de que a aquisição de bens foi

feita por terceiro, usando dados do sacado. Cancelamento. Dano moral. Responsabilidade daquele que deu causa ao protesto” (Turma Recursal de Divinópolis - Rec. nº 070/98 - Rel. Juiz Wellington Antônio Ferreira - Julg. 28/06/99).Boletim nº 30

Prova da proposta de contrato - Reconhecimento do vínculo

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“Ante a prova da proposta de contrato e a efetiva venda efetuada pelo requerente, impõe-se o reconhecimento do vínculo e o dever de pagar comissões por parte da contratante” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 672 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº32

Prova dos autos - Testemunhas“Sendo a prova dos autos muito mais favorável ao autor, cujas testemunhas gravaram a

placa do veículo do réu e uma delas chegou a reconhecê-lo, deve o pedido ser julgado procedente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 714 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Prova dos autos - Testemunhas“Sendo a prova dos autos muito mais favorável ao autor, cujas testemunhas gravaram a

placa do veículo do réu e uma delas chegou a reconhecê-lo, deve o pedido ser julgado procedente” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 714 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº32

Provas de pagamento - Grau de recurso - PossibilidadePROVAS DE PAGAMENTO EM GRAU DE RECURSO – AFIRMAÇÃO PELO RÉU

DA QUITAÇÃO DA OBRIGAÇÃO NO MOMENTO DA RESPOSTA – POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO.

É de ser apreciada a questão relativa a pagamento quando os recibos foram juntados em grau de recurso e o réu afirmou haver quitado a obrigação quando da resposta, dadas as características do caso concreto. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 005/97 – Comarca de Mar de Espanha – Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

Recibo - Teoria da aparência - Relação comercial“Um simples recibo em que consta, junto de outros nomes, o da empresa de Consórcio,

não pode ser considerado isoladamente, com base na “teoria da aparência”, para incluir uma parte no polo passivo da demanda, se não foi firmado nenhum contrato que induza, pelo menos, a participação da parte na relação comercial” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.059 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Recurso - Ausência de preparo“Falta de condição de admissibilidade do recurso - Ausência de preparo - Deserção -

Recurso que não se conhece - Ônus da sucumbência - Artigo 55 da Lei nº 9.099/95” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1.463/98 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Recurso - Ausência de preparo - Deserção“Falta de condição de admissibilidade do recurso - Ausência de preparo - Deserção -

Recurso que não se conhece - Ônus da sucumbência - Artigo 55 da Lei nº 9.099/95” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1472/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Recurso - Defensoria pública - Prazo

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“RECURSO - DEFENSORIA PÚBLICA - PRAZO EM DOBRO - INTEMPESTIVIDADE:

Não se conhece do recurso que, mesmo em se contando o prazo em dobro para o Defensor Público, foi juntado ao processo já depois de expirado o prazo legal” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.332 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Recurso - Deserção - Preparo“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - RECURSO - DESERÇÃO POR FALTA DE

PREPARO:O preparo do recurso no Juizado Especial, para aqueles que não estão litigando sob

assistência judiciária ou que não formulem pedido desta natureza em suas razões recursais, deve ser feito no prazo de 48 horas contados de sua interposição, considerando como interposto na data e hora do protocolo. Sendo automática a deserção, independendo de qualquer pronunciamento judicial, não efetuando o preparo no prazo legal, não tem seguimento o recurso e não se abre oportunidade para o apelado apresentar suas contra-razões - § 2º do artigo 42 da Lei nº 9.099/95” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 788 - Rel. Juiz Bráulio Stivanin - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Recurso - Intempestividade“O prazo para interposição de recurso no Juizado Especial Cível, a teor do disposto no

artigo 42 da Lei 9.099/95, é contado da ciência da decisão, não se usando, no caso, a regra do Código de Processo Civil que marca a contagem do prazo a partir da juntada do comprovante nos autos” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.114 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Recurso - Intempestividade“RECURSO - INTEMPESTIVIDADE:Recurso apresentado após o decurso do prazo do dez dias contados da ciência da decisão,

não pode ser conhecido” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 017/99 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Recurso - Intempestividade“RECURSO. INTEMPESTIVIDADE:Recurso apresentado após o decurso do prazo de dez dias contados da ciência da decisão

não pode ser conhecido” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 116 – Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

Recurso - Juízo da admissibilidade - Prazo recursal“No Juízo da Admissibilidade do Recurso há de verificar-se a concorrência dos

pressupostos objetivos (previsão legal, adequação e tempestividade) e subjetivos (legitimidade e interesse). À ausência de pressuposto objetivo ou subjetivo, o recurso não pode ser conhecido e, portanto, julgado.

Proferida decisão na sessão de julgamento a que esteve representado, o Ministério Público fica desde então intimado, cuja data é o marco inicial do curso do prazo recursal”

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(Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 10.216 - Rel. Juiz Eli Lucas de Mendonça - Julg. 20/04/99).Boletim nº 29

Recurso - Prazo“Não se conhece de recurso aviado com oito dias depois de ultrapassado o prazo recursal,

por extemporaneidade. Poderia o julgador de primeiro, se lhe fosse requerido, estender o prazo recursal ante a não localização do processo na secretaria” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 750 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Recurso - Prazo - Ciência da sentença“JUIZADO ESPECIAL - RECURSO - PRAZO DE 10 DIAS - DATA DA CIÊNCIA DA

SENTENÇA - ARTIGO 42 DA LEI Nº 9.099/95:Sentença prolatada em audiência, presentes às partes e seus advogados, que assinaram a

ata.Intimação posterior, por carta, sem qualquer validade e sem determinação do Juízo.Recurso intempestivo, pelo que não preenchia condição de admissibilidade” (2ª Turma

Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1427/99 - Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Recurso - Prazo - PreparoJUIZADO ESPECIAL CÍVEL (LEI Nº 9.099/95) - RECURSO - CONTAGEM DE

PRAZO - RECURSO SERÔDIO - FALTA DE PREPARO - NÃO CONHECIMENTO:A não observância do prazo recursal e a falta do preparo respectivo, enquanto

pressupostos de admissibilidade do recurso, forçosamente conduzem ao não conhecimento da irresignação” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 045/98 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 16/04/99).Boletim nº26

Recurso - PreparoRECURSO – LEI Nº 9.099/95 – PREPARO - PRESSUPOSTO LEGAL

INDISPENSÁVEL.Em não ocorrendo o devido preparo, ao teor do que dispõe o art. 42, § 1º, da Lei nº

9.099/95, deserto está o recurso, o qual não poderá ser recebido pela Turma Recursal, embora encaminhado pelo Juízo "a quo". (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 003/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Flávio André Gonçalves Dovizo).Boletim nº25

Recurso - PreparoRECURSO – LEI Nº 9.099/95 – PREPARO - PRESSUPOSTO LEGAL

INDISPENSÁVEL.Não se conhece de recurso desacompanhado de preparo regular. (Turma Recursal de

Juiz de Fora - Recurso nº 012/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

Recurso - Preparo - Assistência judiciária“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - RECURSO - AUSÊNCIA DE PREPARO

OBRIGATÓRIO - LEI ESTADUAL 6.763/75, ALTERADA PELA LEI 12.425/96 - NÃO CONHECIMENTO DO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA PARA

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REGULARIZAÇÃO DO RECURSO - NÃO CABIMENTO - FUNDAMENTAÇÃO ESCRITA DO RECURSO - INDISPENSABILIDADE:

Nos temos dos artigos 42, § 1º, e 54, parágrafo único, da Lei 9.099/95, é indispensável o preparo do recurso sob pena de deserção. A assistência judiciária gratuita não deve ser deferida pelo Juiz somente para fins recursais, quando, comprovadamente, a parte perdeu o prazo de 48 horas para o preparo. Incabível se torna tal deferimento para regularização do recurso. A forma de interposição do recurso é escrita, não se admitindo sua oralidade em sede de Turma Recursal, pois, ferir o princípio do contraditório, com a surpresa da parte ex-adversa, é defeso” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 044/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 16/04/99).Boletim nº26

Recurso - Preparo - Assistência judiciária - Deserção“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (LEI Nº 9.099/95) - RECURSO - FALTA DE

PREPARO - PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA FORMULADO APENAS NO RECURSO - DESERÇÃO:

Não merece acolhida o pedido de concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita somente para fins de recurso, mormente se o recorrente contrata advogado particular, impondo-se o reconhecimento da deserção, diante da falta de preparo” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 042/98 - Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior - Julg. 16/04/99).Boletim nº26

Recurso - Preparo - Consequências“RECURSO - NÃO COMPROVAÇÃO DO PREPARO - CONSEQÜÊNCIAS:Não se conhece do recurso cujo preparo não foi comprovado nos autos” (Turma

Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 004/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Recurso - Preparo - Deserção“PREPARO DO RECURSO - JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - JUÍZO DE

ADMISSIBILIDADE - INCLUSÃO DAS CUSTAS DISPENSADAS NO PRIMEIRO GRAU - DESERÇÃO:

No Juizado Especial Cível ocorrendo a hipótese preclusiva de deserção por absoluta falta de preparo - parágrafo 1º do artigo 42 da Lei nº 9.099/95 - incumbe ao Juiz da sentença inacolher o recurso em homenagem ao princípio de celeridade e informalidade que sugere o procedimento nos Juizados Especiais.

O preparo para recorrer é composto, das custas de primeiro grau que foram dispensadas, das custas do segundo grau e da Taxa Judiciária - inteligência da Lei Estadual nº 6.673/75, com a alteração dada pela Lei nº 12.425, de 27.12.96 - artigo 101 inciso VI c.c artigo 102, - artigo 42 da Lei nº 9.099/95, revelando deserto o recurso, desacompanhado do preparo em que a parte não esteja sob o pálio de assistência judiciária gratuita.

O recurso só é considerado regular, quando aviado no tempo, isto é, no prazo assinado pela lei e, além disso, pelo modo próprio, ou seja, petição escrita, sob o patrocínio de advogado habilitado, com as razões, o pedido, o preparo completo no prazo determinado e a resposta do recorrido, se intimado o fizer, revelando deserto o recurso, cujo preparo foi sonegado pelo recorrente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.241 - Rel. Juiz Sebastião pereira de Souza - Julg. 27/11/98).Boletim nº23

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Recurso - Preparo - Deserção“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - RECURSO - FALTA DE PREPARO - DESERÇÃO:No Juizado Especial Cível não se conhece de recurso sem que o preparo seja feito nas

quarenta e oito horas seguintes à sua interposição. Inteligência do artigo 42, § 1º, da Lei nº 9.099/95” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte - Rec. nº 1496 - Rel. Juiz Maurício Barros - Julg. 26/03/99).Boletim nº 30

Recurso - Preparo - Deserção“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – RECURSO – PREPARO INCOMPLETO -

DESERÇÃO – NÃO CONHECIMENTO:No Juizado Especial Cível, o preparo do recurso compreende a taxa judiciária e as custas

de primeiro e segundo graus, nos termos do artigo 54, parágrafo único, da Lei 9.099/95, configurando-se deserto o apelo cujo preparo foi feito a menor” (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 608 – Rel. Juiz Maurício Barros – Julg. 26/03/99).Boletim nº32

RECURSO - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADENão se conhece do recurso interposto e preparado já depois de ultrapassado o prazo legal”

(Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.503 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 08/03/99).Boletim nº24

Recurso- Preparo- Erro - Responsabilidade - Apiário - Indenização“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (LEI Nº 9.099/95) - RECURSO - TEMPESTIVIDADE -

JUNTADA TARDIA DO COMPROVANTE DE PREPARO - ERRO ESCUSÁVEL - ADMISSIBILIDADE:

RESPONSABILIDADE CIVIL - APIÁRIO - ATAQUE DE ABELHAS - MORTE DE RÊS - CULPA IN OMITTENDO E IN VIGILANDO - INDENIZAÇÃO DEVIDA:

É admissível a juntada extemporânea do comprovante de preparo recursal, em razão de erro escusável.

Demonstrada a culpa, o dono do apiário responde civilmente pelo ataque de abelhas à animal, causando-lhe a morte” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 048/98 - Rel. Juiz Edson Almeida Campos Júnior - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Recursos - Ambas as partes - Preparo - Prazo legal“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. RECURSOS DE AMBAS AS PARTES. PREPARO

OBRIGATÓRIO NO PRAZO LEGAL. ART. 42, §1º, DA LEI Nº 9.099/95. AUSÊNCIA DE PREPARO – DESERÇÃO NÃO CONHECIMENTO. – IGNORANTIA LEGIS EXCUSAT. JULGAMENTO – SENTENÇA – CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – SÚMULA. ART. 46, DA LEI Nº 9.099/95:

O acórdão que confirmar a sentença pelos próprios fundamentos servirá como súmula do julgamento, sem necessidade de novo conteúdo decisório. (Turma Recursal de Betim – Rec. n.º 008/99 – Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/6/99).Boletim nº31

Reintegração de posse - Concessão de liminar - Prova“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – REINTEGRAÇÃO DE POSSE – LEGITIMIDADE

DE PARTE PROCESSUAL – INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 6º DO CÓDIGO DE

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PROCESSO CIVIL” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 020/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Reintegração de posse - Imóvel - Diversas opções de acessoREINTEGRAÇÃO DE POSSE – IMÓVEL COM DIVERSAS OPÇÕES DE ACESSO –

MERA AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA NÃO INDUZ POSSE – AÇÃO IMPROCEDENTE.Imóvel não encravado que dispõe de outras opções de acesso, inclusive via oficial –

Trânsito permitido por mera autorização provisória que não induz posse – Reintegração improcedente. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 004/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro).Boletim nº25

Reintegração de posse - Legitimidade“A prova exclusivamente do domínio, acompanhada de abaixo-assinado e fotografias,

não autoriza a concessão de liminar de reintegração de posse, exigindo-se o processamento da justificação prévia do alegado.

Ao instruir a inicial de forma a antever o dano irreparável, caso não concedida a liminar guerreada, ao magistrado de primeiro grau deve ser dada a oportunidade de decidir com base em seu livre convencimento, à vista das provas até então ofertadas (voto vencido)” (Turma Recursal de Cataguases – Rec. nº 001/99 – Rel. Juiz Jorge Druda Gomes).Boletim nº31

Reivindicatória - Nome dado à ação“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – LEI Nº 9.099/95 – REIVINDICATÓRIA –

IRRELEVANTE O NOME DADO À AÇÃO:No Juizado Especial, assim como na Justiça Comum, deve ser considerado o princípio

segundo o qual o Juiz deve aplicar o direito com base na exposição do fato, ainda que não alegado o dispositivo legal, especialmente quando se trata de atermação” (Turma Recursal de Betim – Rec. nº 026/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 10/09/1999).Boletim nº31

Reparação de dano - Abalroamento de veículo - HabilitaçãoREPARAÇÃO DE DANO – ABALROAMENTO DE VEÍCULO – FALTA DE

HABILITAÇÃO – IRRELEVÂNCIA.Falta de habilitação do condutor do veículo abalroado não inibe propositura da Ação de

Ressarcimento de Danos – Questão administrativa que não influi no mérito do pedido. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 011/97 – Comarca de Juiz de Fora – Rel. Juiz Flávio André Gonçalves Dovizo).Boletim nº25

Reparação de dano - Processo - Início antes Lei nº 9.099/95REPARAÇÃO DE DANO – PROCESSO COM INÍCIO ANTES DA VIGÊNCIA DA

LEI Nº 9.099/95 – INCOMPETÊNCIA DA TURMA RECURSAL PARA APRECIAÇÃO DO RECURSO.

Não é competente a Turma Recursal do Juizado Especial para apreciar recurso interposto de processo com início antes da vigência da Lei nº 9.099/95. Ademais, ainda que fosse durante a vigência da referida lei, é defeso ao Juiz, de ofício, determinar qual procedimento deve ser seguido, cabendo à parte fazer a opção. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 006/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Flávio André Gonçalves Dovizo).Boletim nº25

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Reparação de danos - Custas - Preparo - Deserção“Reparação de danos – Recolhimento das custas – Falta de preparo do recurso – Deserção

decretada – Justificativa – Relevação pelo Juiz a quo – Impropriedade da decisão. Justificativa inconvincente. Ausência de preparo. Preliminar acolhida. Recurso não conhecido” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 005/98 – Rel. Juiz Guilherme Fraga – Julg. 27/05/1999).Boletim nº31

Reparação de danos - Responsabilidade civil - Prova“Ação de reparação de danos - Apelação restritiva - Devolvendo a apelação ao Tribunal

apenas o conhecimento da matéria impugnada (tantum devolutum quantum appellatum), ressalvadas as hipóteses de matéria apreciável de ofício, fica vedada decisão em desconformidade com a postulação por ofender a regra sententia debete esse conformis libello. Na responsabilidade civil a prova do nexo de causalidade entre a conduta antijurídica e o dano é ônus do autor” (Turma Recursal de Betim. Rec. nº 031/98 - Rel. Juiz Dirceu Wallace Baroni - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Rescisão - Desistência de transação - Multa“Proposta de rescisão por desistência de transação, aplica-se ao desistente a multa

pactuada no contrato, tendo a mesma sido expressamente reconhecida e aceita no pedido” (1ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 448 – Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas).Boletim nº32

Rescisão de contrato - Cláusula penal - CDC“Rescisão de contrato c/c declaratória de nulidade de cláusula contratual abusiva e

devolução de valor pago. Cláusula penal constante do contrato para o caso de inadimplemento em 20% sobre o valor do bem. Manutenção da sentença. Procedência para incidir sobre o valor da restituição das parcelas pagas. Ofensa ao Código de Defesa do Consumidor. Contrariedade ao princípio da razoabilidade” (Turma Recursal de Passos – Rec. nº 022/98 – Rel. Juiz Guilherme Fraga – Julg. 27/05/1999).Boletim nº31

RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - REQUISITOS - ÔNUS DA PROVA:

A responsabilidade civil, no sistema de nosso direito, assenta-se na tríplice concorrência do prejuízo da vítima, do ato culposo do agente e do nexo de causalidade entre o dano e a conduta do agente, só se configurando o dever de indenizar quando o prejuízo da vítima tenha decorrido diretamente da culpa do agente.

Tratando de responsabilidade subjetiva, incumbe ao autor do pedido indenizatório fundado em ato ilícito o ônus de provar os três requisitos acima especificados, já que são eles, no seu conjunto, o fato constitutivo do direito que se pretende exercitar contra o réu (artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil).

Na dúvida quanto à culpabilidade, não há como se atribuir ao réu a responsabilidade indenizatória” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.458 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 08/03/99).Boletim nº24

Responsabilidade cívil - Prova dos autos

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RESPONSABILIDADE CIVIL – SENTENÇA CONFORME – A PROVA DOS AUTOS. MANUTENÇÃO:

Deve ser mantida a sentença que examina com minúcias a participação de cada um dos motoristas envolvidos no acidente, repartindo–lhes, com critério e solidariedade, a responsabilidade pela indenização dos prejuízos reclamados na inicial”. (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 1413 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 5/4/99).Boletim nº 30

Responsabilidade civil - Sentença - Prova dos autos“RESPONSABILIDADE CIVIL – SENTENÇA CONFORME A PROVA DOS AUTOS

– MANUTENÇÃO:Deve ser mantida a sentença que examina com minúcias a participação de cada um dos

motoristas envolvidos no acidente, repartindo-lhes, com critério e solidariamente, a responsabilidade pela indenização dos prejuízos reclamados na inicial” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº - 1413 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 05/04/99).Boletim nº32

Responsabilidade civil - Testemunha - Prova da culpa“RESPONSABILIDADE CIVIL - TESTEMUNHA PRESENCIAL - PROVA DA

CULPA - SENTENÇA MANTIDA:Deve ser mantida a sentença que se ateve ao quadro probatório desenvolvido nos autos e

concluiu pela culpabilidade de um dos motoristas envolvidos no acidente” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 058/99 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Ressarcimento - Banco - Senha - Uso indevido - CDC - Prova“RESSARCIMENTO DE IMPORTÂNCIA – ESTABELECIMENTO BANCÁRIO –

TRANSFERÊNCIA DE SALDO – SENHA – USO INDEVIDO – DEVER DE GUARDA – CULPA DO CORRENTISTA – RESPONSABILIDADE OBJETIVA EXCLUÍDA – CÓDIGO DEFESA DO CONSUMIDOR – ÔNUS DA PROVA – INVERSÃO – HIPÓTESE NÃO CONFIGURADA.

O estabelecimento bancário não pode ser responsabilizado por transferência irregular de saldo pelo sistema telecheque, sem que tenha concorrido para isso.

Manter segredo de sua senha é dever do correntista. Se ela for indevidamente utilizada por outrem, cabe–lhe demonstrar que tal fato não ocorreu por sua culpa não incidindo, em tal hipótese, a inversão do ônus da prova prevista no CDC.

A responsabilidade objetiva não implica em automática obrigação de indenizar dano por parte do prestador de serviços, podendo este se exonerar caso haja culpa do consumidor”. (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. nº 42/99 – Rel. Juiz Ronaldo Claret de Moraes – Julg. 25/08/99).Boletim nº32

Ressarcimento de danos - Reposição de imóvel - Revelia“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – (LEI N.º 9.099/95) – AÇÃO DE RESSARCIMENTO

DE DANOS. CUMULADA COM REPOSIÇÃO DE IMÓVEL – REVELIA – SENTENÇA PROFERIDA ANTES DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO – NULIDADE:

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A revelia somente pode ser reconhecida e decretada se o suplicado não comparecer a audiência inicial, embora regularmente citado.

Frustrada a tentativa de conciliação e se o suplicado desejar produzir prova, poderá apresentar contestação na audiência de instrução e julgamento.

Somente desta forma se ajusta a norma à função própria do processo, que é a de servir de forma instrumental à aplicação do direito e não ensejar que o direito subjetivo seja criado no processo. (Turma Recursal de Betim – Rec. n.º 009/99 – Rel. Juiz Edson de Almeida Campos Júnior – Julg. 25/6/99).Boletim nº31

Restituição - Prova de prestação de serviço - Ônus“Restituição da quantia depositada em conta-corrente, atribuído o valor como pagamento

feito em nome de terceiro, pelo beneficiário.Ausência de prova de prestação de algum serviço, nem de que o pagamento se deu em

nome de terceiro. Ônus do beneficiário.Existência de negócios habituais entre o beneficiário e o terceiro. Devolução

determinada”. (2ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 117/99 – Rel. Juíza Heloísa Helena de Ruiz Combat – Julg. 30/04/99).Boletim nº32

Restituição de custas - Condenação“PRETENSÃO DE RESTITUIÇÃO DE CUSTAS APLICANDO–SE O ARTIGO 55 DA

LEI 9.099/95 – IMPOSSIBILIDADE – SOMENTE HAVERÁ CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS, NO CASO EM QUE O RECORRENTE FOR O VENCIDO NO RECURSO”. (Turma Recursal de Ipatinga – Rec. n.º 07/99 – Rel. Juíza Maria Aparecida de Oliveira Grossi Andrade – Julg. 25/08/99).Boletim nº32

Revelia - Ausência - Audiência - Regularmente citado“REVELIA - AUSÊNCIA INJUSTIFICADA DO REQUERIDO À AUDIÊNCIA PARA

A QUAL FOI REGULARMENTE CITADO:Ausência não elidida por qualquer comprovação, torna impossível relevar-se os efeitos da

revelia” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.336 - Rel. Juíza Evangelina Castilho Duarte - Julg. 30/04/99).Boletim nº27

Rito processual - Inobservância - NulidadeINOBSERVÂNCIA DE RITO PROCESSUAL PRÓPRIO – NULIDADE ABSOLUTA.Os atos processuais praticados no procedimento criminal são perfeitamente aproveitáveis

na esfera civil, como peças processuais que são. Jamais em substituição ao procedimento próprio, inerente a cada um dos direitos. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 007/97 – Comarca de Teixeiras – Rel. Juiz Márcio Welson Gonçalves de Castro).Boletim nº25

Seguro facultativo - Perda total - Indenização - Valor“CIVIL – SEGURO FACULTATIVO DE AUTOMÓVEL – PERDA TOTAL DO BEM.

INDENIZAÇÃO. VALOR DA APÓLICE:Quando o objeto do contrato de seguro voluntário tiver valor determinado e o seguro se

concretizar por esse valor, e vindo o bem segurado a sofrer perda total, a indenização será correspondente ao valor da apólice, salvo se a seguradora, antes do evento danoso, tiver

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postulado redução a que reza o artigo 1.438 do Código Civil, ou se ela comprovar, que o bem segurado por qualquer razão já não tinha mais aquele valor estipulado, ou que houve má-fé, o que não se deu na espécie. É que, em linha de princípio, o automóvel voluntariamente segurado que sofrer perda total haverá de ser indenizado pelo valor da apólice, pois sendo a perda total o dano máximo que pode sofrer o bem segurado, a indenização deve ser pelo seu limite máximo, que é o valor da apólice” (Turma Recursal de Barbacena – Rec. nº 080/99 – Rel. Juiz Wanderley Salgado Paiva – Julg. 25/06/1999).Boletim nº31

Sentença - Caso concreto - Recurso“SENTENÇA FUNDADA EM PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO –

RECURSO IMPROVIDO:Mantém-se por seus próprios fundamentos a sentença que levou em conta as

particularidades do caso concreto e, fundada nelas, deu correto desate ao litígio” (3ª Turma Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 130/99 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 03/05/99).Boletim nº32

Sentença - ConfirmaçãoÉ de ser confirmada, por seus próprios fundamentos, a sentença que examinou com

acuidade a prova produzida, dando correto desate ao litígio” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.530 - Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz - Julg. 08/03/99).Boletim nº24

Sentença - Confirmação - Fundamentos - Súmula - Acórdão“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - SENTENÇA - CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS

FUNDAMENTOS - SÚMULA DO JULGAMENTO - ACÓRDÃO EMBARGOS À EXECUÇÃO. ILEGITIMIDADE ORDINÁRIA - ARTIGO 6º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PENHORABILIDADE DE BEM DE EMPRESA - ARTIGO 649, VI DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:

A impenhorabilidade, no caso, não compreendeu as máquinas e utensílios de sociedade industrial, pois abrange apenas as máquinas e utensílios indispensáveis à profissão do executado. Assim, os bens móveis e imóveis de uma empresa são penhoráveis. A penhora não priva a empresa de continuar com suas atividades. O artigo 649, VI, do Código de Processo Civil só se refere àqueles que vivem do trabalho pessoal próprio não se aplicando a firma comercial, seja individual ou coletiva” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 026/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 25/09/98).Boletim nº23

Sentença - Confirmação - Próprios fundamentos - Súmula“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - JULGAMENTO - SENTENÇA - CONFIRMAÇÃO

PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS - SÚMULA, ARTIGO 46, DA LEI Nº 9.099/95:O acórdão que confirmar a sentença pelos próprios fundamentos servirá como Súmula do

julgamento, sem necessidade de novo conteúdo decisório” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 047/98 - Rel. Juiz José Américo Martins da Costa - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Sentença - Prova dos autos“SENTENÇA – PROVA DOS AUTOS – CONFIRMAÇÃO:É de ser mantida, por seus próprios e jurídicos fundamentos, a sentença que examina com

minúcia a prova dos autos e conclui pela procedência do pedido indenizatório” (3ª Turma

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Recursal Cível de Belo Horizonte – Rec. nº 121/99 – Rel. Juiz Márcio Gabriel Diniz – Julg. 05/04/99).Boletim nº32

Sentença - Prova dos autos - Confirmação“SENTENÇA - PROVA DOS AUTOS - CONFIRMAÇÃO:É de ser mantida, por seus próprios fundamentos, a sentença que examina com minúcia a

prova dos autos e conclui pela procedência do pedido indenizatório” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 121/99 - Rel. Márcio Gabriel Diniz - Julg. 05/04/99).Boletim nº28

Sentença - Revelia - Contestação“Anulada deve ser a sentença que reconheceu a revelia do réu quando sua contestação,

oferecida a tempo e modo, só foi acostada aos autos após a decisão” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.105 - Rel. Juiz Mauro Soares de Freitas - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Sentença de nulidade - Decretação ex officio“JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - DECRETAÇÃO DE NULIDADE EX OFFICIO DE

SENTENÇA CITRA E EXTRA PETITA:Pedidos distintos e cumulativos de pagamento de indenização com valor certo por

conserto de aparelho celular, reposição de uma nova unidade celular, obrigação de o réu quitar serviços de terceiros a ser executado em suas instalações telefônicas e de cancelamento de débito indevido.

Sentença que se concede apenas indenização em montante superior ao pedido e ainda incompleta, por não enfrentar e resolver os outros pedidos distintos em forma cumulativa, objetivando obrigações de naturezas diversas versando sobre obrigação de entregar coisa certa, de fazer, e outra reparatória, não pode o Juiz adaptar a sentença exclusivamente para de índole reparatória de danos materiais, sob pena de julgamento extra petita. Nas hipóteses de citra e de ultra petita, a nulidade atingiria apenas as parcelas porventura transbordantes” (Turma Recursal de Betim - Rec. nº 046/98 - Rel. Juiz Dirceu Walace Baroni - Julg. 16/04/99).Boletim nº28

Serviço 900 - Culpa - Danos - SecumbênciaSERVIÇO 900 VIA TELEFONE. CONTRATO DA EMPRESA COM O USUÁRIO.

DEVER DE VIGILÂNCIA, CULPA IN VIGILANDO. OBRIGAÇÃO DE PAGAR. DANOS MORAIS. SUCUMBÊNCIA DO RECORRIDO EM SEDE RECURSAL.

O chamado serviço 900 via telefone, sem contrato com o usuário, constitui numa invasão indevida na privacidade dos usuários, que têm filhos menores, empregados ou prepostos, que não interessam por aquele tipo de prestação, e, não têm como evitar que as pessoas usem, à sua revelia, o telefone, porque não detêm um código, uma senha, para só acessar pessoa autorizada.

Não há espaço para o argumento de culpa in vigilando, porque não tendo o usuário feito contrato com a recorrida, não tinha a obrigação de se postar de atalaia junto ao aparelho telefônico para impedir que dele fizessem mau uso e nem tinha o dever de adquirir equipamento para bloqueá-lo.

Não está o consumidor obrigado a pagar, bens ou serviços, inclusive do código 900, colocados, sem a sua ordem, à disposição de seus filhos menores, empregados ou prepostos, inteligência do artigo 39, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor.

O ato de emissão de boleta bancária para cobrança, por si só, não revela desgaste ao patrimônio moral da recorrente.

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O artigo 55 da Lei nº 9.099/95 ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação e, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 366 - Rel. Juiz Sebastião Pereira de Souza).Boletim nº25

Servidão de trânsito - Alteração mínima - Prejuízo“SERVIDÃO DE TRÂNSITO HÁ MAIS DE 70 ANOS - ANTES USADA PARA

PASSAGEM DE PESSOAS E ANIMAIS - HOJE USADA PARA PASSAGEM DE VEÍCULOS AUTOMOTORES - ALTERAÇÃO MÍNIMA DA SERVIDÃO PARA PASSAR VEÍCULOS AUTOMOTORES - ADMISSIBILIDADE:

A servidão de trânsito existe no local há mais ou menos setenta anos. Evidente que os tempos mudaram e a necessidade do uso permaneceu, porém não mais só para a passagem de pessoas, animais, veículos de tração animal, mas, agora, também para automotores. Informações do requerente demonstram não se tratar de ampliação da servidão, mas, sim, de alteração mínima, de molde a não causar prejuízo ao prédio serviente” (Turma Recursal de Conselheiro Lafaiete - Rec. nº 28/98 - Rel. Juiz José Aluísio Neves da Silva - Julg. 26/11/98).Boletim nº26

SPC - Dano - Abalo moral - Negligência“Tendo a empresa recorrente, efetuado acordo com a recorrida, no qual foi novada a

dívida, e não providenciando a exclusão do nome da devedora junto ao SPC, provado que tal comportamento provocou dano á recorrida, deve indenizá-la pelo “abalo moral”, eis que cessado o motivo da anotação, restando configurada negligência” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 1.477 - Rel. Juíza Selma Maria Marques de Souza - Julg. 26/02/99).Boletim nº24

Testemunhas - Preterição - Prejuízo comprovadoTESTEMUNHAS INTIMADAS - PRETERIÇÃO - FALTA DE DISPENSA PELAS

PARTES - PREJUÍZO COMPROVADO - NULIDADE DECRETADA.As testemunhas, no Juizado Cível, devem ser ouvidas no Foro onde residem, através de

Precatória ou solicitação a ela equivalente. A decisão proferida com preterição do depoimento de testemunhas intimadas, sem dispensa pelas partes é nula, especialmente ante a prova do prejuízo. (Turma Recursal de Juiz de Fora - Recurso nº 001/96 - Comarca de Teixeiras - Rel. Juiz Jorge Franklin Alves Felipe).Boletim nº25

Transporte aéreo - Bagagem desaparecida - IndenizaçãoTRANSPORTE AÉREO DE PASSAGEIRO INTERNACIONAL. BAGAGEM

DESAPARECIDA. INDENIZAÇÃO NOS TERMOS DA CONVENÇÃO DE VARSÓVIA. CONDENAÇÃO DO RECORRIDO VENCIDO NO JUÍZO RECURSAL.

Aplica-se no caso de transporte aéreo internacional não o Código de Defesa do Consumidor, mas a Convenção de Varsóvia (transporte internacional dos Estados Unidos da América do Norte para Belo Horizonte), ratificada pelo Decreto Legislativo nº 20.701, de 24-1-31, com as modificações do Protocolo de Haia, à sua vez ratificado pelo Decreto Legislativo nº 31/1963 e Decreto nº 56.543, de 15-6-65.

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Não tendo o passageiro declarado a relação das mercadorias e o seu respectivo valor e remunerado, com taxa suplementar, à companhia de aviação, não faz jus a indenização por valor superior mínimo tarifado.

O artigo 55 da Lei nº 9.099/95, ao advertir o recorrente de que será condenado nos ônus da sucumbência se perder, está a respaldar o princípio de celeridade do procedimento, evitando assim, em jurisdição do Juizado Especial, a interposição de recurso, simplesmente por emulação, para protelar a execução do julgado. Por outro lado, aquele dispositivo legal, não veda a condenação do recorrido sucumbente a arcar com o ônus do processo em sede recursal, restituindo ao vencedor que acreditou e provou a sua tese, o que eventualmente adiantou, inclusive a verba do advogado que teve de contratar para recorrer, princípio constitucional da igualdade das partes no processo.

Apenas para exemplificar, não é justo, - porque o fim teleológico da jurisdição é a justiça, - que a parte tenha uma despesa para recorrer, maior que o seu pedido, obtenha êxito no juízo recursal, e ainda assim, sofra prejuízo, se o recorrido sucumbente não fosse obrigado a repor o seu patrimônio, providência que incumbe ao juiz tomar, - inteligência do artigo 6º da Lei nº 9.099/95. Daí a recomendação do artigo 6º da Lei nº 9.099/95, que instituiu o Juizado Especial: “Art. 6º. O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum.” (Turma Recursal de Belo Horizonte - Rec. nº 516 - Rel. Juíza Vanessa Verdolim - Julg. 19/12/97).Boletim nº25

Valor da causa - Assistência - Advogado - Prova“JUIZADO ESPECIAL - CAUSA INFERIOR A VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS -

DESNECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA OBRIGATÓRIA POR ADVOGADO - APURAÇÃO DOS FATOS COM BASE NA PROVA PRODUZIDA:

Tratando-se de causa com valor inferior a quantia de vinte salários mínimos, não é obrigatória a assistência do réu por advogado, nos termos do artigo 9º da Lei 9.099/95. Confirmação da sentença que apreciou devidamente as provas produzidas quanto às alegações iniciais” (Turma Recursal de Uberlândia - Rec. nº 005/97 - Rel. Márcia Cristina de Melo Breves Alves Peixoto - Julg. 26/03/99).Boletim nº26

Veículo defeituoso - Responsabilidade objetiva - CDC - Dano“Comete ato ilícito a empresa que coloca à venda veículo defeituoso, nem mesmo

necessitando comprovar, dada à sua responsabilidade objetiva nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

O aborrecimento, a intranqüilidade e o desgaste emocional não têm a profundidade necessária para configurar o dano moral, já que o sofrimento deve ser contundente, caso contrário, qualquer pretensão resistida e ao final julgada procedente, implicaria em tal ressarcimento, o que toca às raias do absurdo” (Turma Recursal de Cataguases – Rec. nº 013/99 – Rel. Juiz Jorge Druda Gomes).Boletim nº31

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