interceptação telefônica

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Aula 14 Legislação Penal Extravagante p/ Polícia Civil - DF (Delegado) Professor: Paulo Guimarães 08428130981 - Karine Gonçalves Pereira

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Aula 14

Legislação Penal Extravagante p/ Polícia Civil - DF (Delegado)

Professor: Paulo Guimarães

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AULA 14: Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973).

Apresentação e uso de documento de

identificação pessoal (Lei nº 5.553/1968).

Interceptação telefônica (Lei nº 9.296/1996).

Observação importante: este curso é protegido por direitos

autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,

atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá

outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) 2 2. Apresentação e uso de documento de identificação pessoal (Lei nº 5.553/1968)

6

3. Interceptação telefônica (Lei nº 9.296/1996) 9 4. Resumo do Concurseiro 18 5. Questões comentadas 21 6. Questões sem comentários 33

Olá, futuro delegado!

Vamos continuar firmes rumo ao nosso objetivo. Nossa missão

hoje é estudar mais três leis diferentes. As duas últimas aparecem com

algum frequência em concursos públicos. De qualquer forma você precisa

prestar bastante atenção, pois essas questões podem ser o diferencial na

sua prova, ok?

Força! Bons estudos!

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1. ESTATUTO DO ÍNDIO (LEI Nº 6.001/1973)

Esta lei trata da situação jurídica dos índios, ou silvícolas, bem

como das comunidades indígenas. O objetivo da lei, declarado por ela

mesma, é preservar a cultura indígena e integrá-los, progressiva e

harmoniosamente, à comunhão nacional.

Primeiramente há alguns conceitos que é interessante que

você conheça, e que facilitarão seu entendimento acerca das normas

penais trazidas pelo Estatuto.

ÍNDIO OU SILVÍCOLA - É todo indivíduo de origem e ascendência pré-

colombiana que se identifica e é identificado como pertencente a um

grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade

nacional. Eles podem ser considerados nas seguintes situações:

a) Isolados: Quando vivem em grupos desconhecidos ou de que se

possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais

com elementos da comunhão nacional;

b) Em vias de integração: Quando, em contato intermitente ou

permanente com grupos estranhos, conservam menor ou maior

parte das condições de sua vida nativa, mas aceitam algumas

práticas e modos de existência comuns aos demais setores da

comunhão nacional, da qual vão necessitando cada vez mais para o

próprio sustento;

c) Integrados: Quando incorporados à comunhão nacional e

reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, ainda que

conservem usos, costumes e tradições característicos da sua

cultura.

COMUNIDADE INDÍGENA OU GRUPO TRIBAL - É um conjunto de

famílias ou comunidades índias, quer vivendo em estado de completo

isolamento em relação aos outros setores da comunhão nacional, quer em

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contatos intermitentes ou permanentes, sem contudo estarem neles

integrados.

Art. 2° Cumpre à União, aos Estados e aos Municípios, bem como

aos órgãos das respectivas administrações indiretas, nos limites de sua

competência, para a proteção das comunidades indígenas e a preservação

dos seus direitos:

I - estender aos índios os benefícios da legislação comum, sempre

que possível a sua aplicação;

II - prestar assistência aos índios e às comunidades indígenas ainda

não integrados à comunhão nacional;

III - respeitar, ao proporcionar aos índios meios para o seu

desenvolvimento, as peculiaridades inerentes à sua condição;

IV - assegurar aos índios a possibilidade de livre escolha dos seus

meios de vida e subsistência;

V - garantir aos índios a permanência voluntária no seu habitat,

proporcionando-lhes ali recursos para seu desenvolvimento e progresso;

VI - respeitar, no processo de integração do índio à comunhão

nacional, a coesão das comunidades indígenas, os seus valores culturais,

tradições, usos e costumes;

VII - executar, sempre que possível mediante a colaboração dos

índios, os programas e projetos tendentes a beneficiar as comunidades

indígenas;

VIII - utilizar a cooperação, o espírito de iniciativa e as qualidades

pessoais do índio, tendo em vista a melhoria de suas condições de vida e

a sua integração no processo de desenvolvimento;

IX - garantir aos índios e comunidades indígenas, nos termos da

Constituição, a posse permanente das terras que habitam, reconhecendo-

lhes o direito ao usufruto exclusivo das riquezas naturais e de todas as

utilidades naquelas terras existentes;

X - garantir aos índios o pleno exercício dos direitos civis e políticos

que em face da legislação lhes couberem.

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O art. 2o traz os deveres do Estado (encarado de maneira

ampla, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios)

em relação aos índios e às comunidades indígenas.

Além disso, o Estatuto traz disposições acerca dos direitos

civis e políticos, envolvendo o respeito aos usos, costumes e tradições das

comunidades indígenas e seus efeitos.

Os índios e comunidades ainda não integrados ficam sujeitos a

uma espécie de tutela, de competência da União, que deve exercê-la por

meio de um órgão específico, papel hoje desempenhado pela Fundação

Nacional do Índio (FUNAI).

É possível ainda que o próprio índio requeira sua liberação do

regime tutelar, bem como que seja declarada a emancipação da

comunidade indígena e de seus membros, por meio de decreto

presidencial.

Art. 17. Reputam-se terras indígenas:

I - as terras ocupadas ou habitadas pelos silvícolas, a que se referem

os artigos 4º, IV, e 198, da Constituição;

II - as áreas reservadas de que trata o Capítulo III deste Título;

III - as terras de domínio das comunidades indígenas ou de

silvícolas.

Lembre-se de que a lei que estamos estudando hoje é de

1973, e foi promulgada sob a vigência da Constituição de 1967, ok? Na

realidade, parte dos dispositivos desta lei não foram recepcionados pela

Constituição de 1988, mas isso não é importante para a sua prova.

As terras indígenas estão sujeitas a um regime próprio, que

envolve a necessidade de demarcação por meio de decreto presidencial, e

não podem ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio

jurídico que restrinja o pleno exercício da posse direta pela comunidade

indígena ou pelos índios.

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Agora vamos passar à parte mais importante do Estatuto, que

trata das normas penais.

Art. 56. No caso de condenação de índio por infração penal, a pena

deverá ser atenuada e na sua aplicação o Juiz atenderá também ao grau

de integração do silvícola.

Além de tipificar algumas condutas, considerando-as como

crimes contra os índios, o Estatuto traz algumas regras relacionadas aos

crimes cometidos pelos indígenas.

A primeira regra é a atenuação da pena quando o agente

criminoso for índio, a depender do seu grau de integração. As penas

privativas de liberdade devem ser cumpridas, se possível, em regime de

semiliberdade, no local de funcionamento do órgão federal de

assistência aos índios mais próximo da habitação do condenado.

Além disso, o Estatuto autoriza a aplicação de sanções penais

ou disciplinares próprias por parte dos próprio grupos tribais em relação a

seus membros, desde que não haja caráter cruel ou difamante e sempre

proibida a pena de morte.

Art. 59. No caso de crime contra a pessoa, o patrimônio ou os

costumes, em que o ofendido seja índio não integrado ou comunidade

indígena, a pena será agravada de um terço.

Esta é uma agravante importante para a sua prova. Lembre-

se de que ela só se aplica aos crimes contra a pessoa, o patrimônio e os

costumes.

Art. 58. Constituem crimes contra os índios e a cultura indígena:

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I - escarnecer de cerimônia, rito, uso, costume ou tradição culturais

indígenas, vilipendiá-los ou perturbar, de qualquer modo, a sua prática.

Pena - detenção de um a três meses;

II - utilizar o índio ou comunidade indígena como objeto de

propaganda turística ou de exibição para fins lucrativos.

Pena - detenção de dois a seis meses;

III - propiciar, por qualquer meio, a aquisição, o uso e a

disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais ou entre índios não

integrados.

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. As penas estatuídas neste artigo são agravadas de

um terço, quando o crime for praticado por funcionário ou empregado do

órgão de assistência ao índio.

Você precisará memorizar as condutas típicas, ok? Tome

cuidado com as “pegadinhas” que a banca pode criar. Chamo sua atenção

para a conduta do inciso II, que só é criminosa se houver fins lucrativos.

A banca pode usar a expressão “com ou sem fins lucrativos” para tentar

enganar você.

2. APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO

PESSOAL (LEI Nº 5.553/1968)

Esta é uma lei muito pequena e de fácil entendimento. Vamos

lá!?

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Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa

jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer

documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por

fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de

quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira

profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de

casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade

de estrangeiro.

A conduta proibida é a retenção de documento de

identificação pessoal, e não a exigência de sua apresentação.

O dispositivo menciona ainda vários documentos que devem

ser considerados como equiparados a documento de identificação. Quero

chamar sua atenção para alguns que não estão presentes, a exemplo da

Carteira Nacional de Habilitação e do Passaporte.

A proibição de estende inclusive à cópia autenticada do

documento!

Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a

apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a

exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que

interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.

§ 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem

judicial poderá ser retirado qualquer documento de identificação pessoal.

§ 2º - Quando o documento de identidade for indispensável para a

entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados

anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado.

Este dispositivo constitui uma exceção à proibição genérica de

retenção. O prazo de até 5 dias certamente soa exagerado nos dias de

hoje, mas é nesse momento que precisamos lembrar que estamos lidando

com uma lei de 1968, não é mesmo?

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De qualquer forma, no período de até 5 dias devem ser

extraídos os dados necessários. O prazo é inflexível, e a retenção

extraordinária só pode ser realizada por ordem judicial. Essa exigência

de retenção do documento também deve obedecer ao princípio da

razoabilidade, somente ocorrendo quando for indispensável a identificação

do cidadão com considerável grau de detalhe.

Também não é possível a retenção de documento de

identificação quando houver exigência de sua apresentação para entrada

em locais públicos ou particulares. É comum que você precise se

identificar para entrar em edifícios, e essa é uma prática rotineira e

saudável, mas a pessoal responsável pela identificação pode apenas

anotar os dados constantes do documento, devolvendo-o logo em

seguida.

Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão

simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinqüenta

centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos), a retenção de qualquer

documento a que se refere esta Lei.

Parágrafo único. Quando a infração for praticada por preposto ou

agente de pessoa jurídica, considerar-se-á responsável quem houver

ordenado o ato que ensejou a retenção, a menos que haja, pelo

executante, desobediência ou inobservância de ordens ou instruções

expressas, quando, então, será este o infrator.

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A regra geral é a proibição de retenção de documentos de

identificação, mesmo quando apresentados em cópia autenticada. É

possível, porém, a retenção por até 5 dias para extração de dados,

quando for exigida a identificação para a realização de determinado ato.

3. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA (LEI Nº 9.296/1996)

A Lei n° 9.296/1996 regulamenta expressamente o art. 5°,

XII da Constituição de 1988.

Art. 5°, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das

comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,

salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma

que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução

processual penal.

Esta é uma garantia que tem por finalidade proteger o direito

à intimidade e à vida privada do cidadão contra ações investigativas

abusivas conduzidas pelas autoridades estatais.

A função da Lei n° 9.296/1996 é estabelecer as hipóteses e a

forma em que pode ser autorizada a quebra do sigilo das comunicações

telefônicas. Lembre-se que, de acordo com a Constituição, a

interceptação telefônica só pode ocorrer no decurso de investigação

criminal ou instrução processual penal.

O STF e o STJ também já decidiram que a prova obtida por

meio de interceptação telefônica pode ser usada em outros processos. É

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hipótese de prova emprestada, que já foi autorizada inclusive em

processo administrativo disciplinar (processo administrativo).

Vamos agora analisar os dispositivos da lei?

Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer

natureza, para prova em investigação criminal e em instrução

processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de

ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.

Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do

fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática.

O conceito de comunicação telefônica é ampliado pela

interpretação do parágrafo único, que inclui no escopo da lei também a

interceptação de comunicações em sistemas de informática e

telemática. A telemática é o conjunto de tecnologias da informação e da

comunicação resultante da junção entre os recursos das telecomunicações

(telefonia, satélite, cabo, fibras ópticas etc.) e da informática

(computadores, periféricos, softwares e sistemas de redes) Deve-se

considerar incluída aqui também a comunicação por meio de ondas de

rádio, transmissão eletromagnética, etc.

Alguns Doutrinadores entendem que o art. 1° é

inconstitucional porque a Constituição menciona apenas as comunicações

telefônicas, mas eu não tive ainda notícia de nenhuma questão de banca

organizadora que tenha adotado esse entendimento.

Você já sabe que a interceptação pode ser autorizada para

fins de investigação criminal ou instrução processual penal. A ordem de

interceptação, entretanto, não pode ser exarada por qualquer juiz, mas

somente pelo juiz competente para conhecer da ação penal

principal.

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A interceptação de comunicações telefônicas dependerá de

ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça

Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações

telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:

I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em

infração penal;

II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo,

com pena de detenção.

A interceptação telefônica deve ser utilizada apenas em

situações urgentes, como meio de prova subsidiário, e apenas quando

houver fortes razões para acreditar que alguém cometeu um crime grave

e não houver outros meios de prova.

Vemos, portanto, que há três requisitos: deve haver indícios

de que o investigado realmente tomou parte em crime punido com pena

de reclusão, e, por último, não deve haver outros meios disponíveis para

produzir a prova necessária.

O STJ já aceitou a inclusão na denúncia de crime que foi

descoberto por causa de escuta instalada para investigar outro ilícito,

inclusive quando o segundo crime era penalizado apenas com pena de

detenção.

A descrição da situação que está sendo investigada deve ser

feita da melhor forma possível, delimitando o fato investigado, de

preferência com a indicação e qualificação dos investigados. Não devem

ser autorizadas interceptações genéricas ou abertas.

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A interceptação telefônica só será autorizada quando

estiverem presentes as seguintes circunstâncias:

- Indícios razoáveis de autoria ou participação do investigado;

- Não houver outros meios disponíveis para produzir a prova;

- O crime investigado for punível com pena de reclusão.

Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser

determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento:

I - da autoridade policial, na investigação criminal;

II - do representante do Ministério Público, na investigação

criminal e na instrução processual penal.

Perceba que há 3 situações em que a interceptação pode ser

autorizada pelo juiz: de ofício, a requerimento da autoridade policial, ou a

requerimento do Ministério Público.

É importante lembrar, entretanto, que a autoridade policial

(você, em breve!) somente pode requerer a medida durante a

investigação criminal, ou seja, somente durante a fase do inquérito

policial. Na realidade, não faria sentido o delegado solicitar a

interceptação depois que o inquérito já foi concluído, não é mesmo?

Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá

a demonstração de que a sua realização é necessária à apuração de

infração penal, com indicação dos meios a serem empregados.

§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja

formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos

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que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será

condicionada à sua redução a termo.

§ 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá

sobre o pedido.

Agora vamos estudar o procedimento relacionado ao pedido

de interceptação. Obviamente, o pedido deve demonstrar que os

requisitos que estudamos foram atendidos, mas sua prova pode

perfeitamente cobrar a possibilidade de pedido verbal. Essa

possibilidade é excepcional, e se a interceptação for autorizada será

necessário reduzir o pedido a termo, ou seja, produzir o documento

escrito.

O prazo para decisão do juiz acerca do pedido é de 24h.

O prazo curto reforça o caráter urgente da medida.

Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade,

indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá

exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez

comprovada a indispensabilidade do meio de prova.

ATENÇÃO! Esse dispositivo já foi cobrados algumas vezes em

provas anteriores! Primeiramente, a decisão que concede a medida

precisa ser fundamentada, assim como toda e qualquer decisão judicial,

mas você precisa lembrar que a lei estabelece um prazo máximo para a

interceptação: 15 dias. Esse prazo, entretanto, pode ser renovado.

Perceba que o dispositivo não foi muito bem escrito, não

deixando claro se o prazo só pode ser prorrogado uma vez ou se é

possível prorroga-lo várias vezes indefinidamente. A Jurisprudência, por

outro lado, já se consolidou no sentido de que a renovação pode ser feita

mais de uma vez, de forma sucessiva.

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A interceptação telefônica não poderá exceder o prazo de

quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a

indispensabilidade do meio de prova. A Jurisprudência do STJ é no sentido

de que a renovação pode ser feita mais de uma vez, desde que seja

comprovada a necessidade.

Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os

procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público,

que poderá acompanhar a sua realização.

§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação

interceptada, será determinada a sua transcrição.

§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o

resultado da interceptação ao juiz, acompanhado de auto circunstanciado,

que deverá conter o resumo das operações realizadas.

Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta

Lei, a autoridade policial poderá requisitar serviços e técnicos

especializados às concessionárias de serviço público.

A decisão judicial que autorizar a interceptação deve

determinar também como a medida será conduzida. A interceptação deve

ser realizada pela autoridade policial, que deverá sempre comunicar o

Ministério Público acerca do andamento dos trabalhos.

As concessionárias mencionadas pelo art. 7° são aquelas que

prestam serviços telefônicos, de comunicação de dados, informática, etc.

As concessionárias são obrigadas a conceder o apoio necessário à

autoridade policial.

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Art. 8° A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer

natureza, ocorrerá em autos apartados, apensados aos autos do

inquérito policial ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das

diligências, gravações e transcrições respectivas.

Para resguardar o sigilo, o procedimento de interceptação

telefônica deve ser feito em autos próprios, separados dos autos do

inquérito policial ou da ação penal principal.

O sigilo obviamente é indispensável na interceptação, sob

pena de frustrar todo o procedimento. Todavia, cessada por completo a

interceptação, o investigado, no inquérito policial, ou o acusado, no

processo criminal, tem o direito de ter acesso a todas as informações

colhidas.

É importante saber também que o STF já decidiu que não é

possível obrigar o investigado ou acusado a fornecer padrões vocais

para subsidiar prova pericial com o fim de autenticar as gravações obtidas

por meio da interceptação.

Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por

decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após

esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte

interessada.

Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo

Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu

representante legal.

Se um investigado conseguir provar que é inocente, por

exemplo, ele deve ter o direito de certificar-se que as gravações serão

destruídas, resguardando-se seu direito à intimidade e à vida privada.

Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações

telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça,

sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

A conduta criminalizada é a de quem intercepta as

comunicações de outras pessoas. Se uma pessoa grava uma conversa da

qual é interlocutor, não há crime.

A interceptação telefônica ilegal é crime, mas se uma pessoa

grava uma conversa da qual é interlocutor, não há ilícito penal.

Por último, vamos aprender alguns conceitos que tem sido

aplicados pela Doutrina e pelos Tribunais acerca desse tema.

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Captação da comunicação telefônica

alheia por terceiro, sem o conhecimento

dos comunicadores.

ESCUTA TELEFÔNICA

Captação da comunicação telefônica

por terceiro, com o conhecimento de

um dos comunicadores e

desconhecimento do outro.

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA

Gravação da comunicação por um

dos comunicadores (autogravação).

É feita sem o conhecimento do outro,

por isso clandestina;

INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL

Captação da comunicação no próprio

ambiente, por terceiro, sem

conhecimento dos comunicadores

ESCUTA AMBIENTAL

Captação da comunicação, no

ambiente dela, feita por terceiro,

com o consentimento de um dos

comunicadores;

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GRAVAÇÃO AMBIENTAL

Captação no ambiente da

comunicação feita por um dos

comunicadores (com gravador ou

câmeras).

Apenas a interceptação telefônica e a gravação telefônica

seguem as diretrizes da Lei n° 9.296/1996. Esses conceitos já foram

abordados em provas, ok?

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4. RESUMO DO CONCURSEIRO

Art. 58. Constituem crimes contra os índios e a cultura indígena:

I - escarnecer de cerimônia, rito, uso, costume ou tradição culturais

indígenas, vilipendiá-los ou perturbar, de qualquer modo, a sua prática.

Pena - detenção de um a três meses;

II - utilizar o índio ou comunidade indígena como objeto de

propaganda turística ou de exibição para fins lucrativos.

Pena - detenção de dois a seis meses;

III - propiciar, por qualquer meio, a aquisição, o uso e a

disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais ou entre índios não

integrados.

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. As penas estatuídas neste artigo são agravadas de

um terço, quando o crime for praticado por funcionário ou empregado do

órgão de assistência ao índio.

A regra geral é a proibição de retenção de documentos de

identificação, mesmo quando apresentados em cópia autenticada. É

possível, porém, a retenção por até 5 dias para extração de dados,

quando for exigida a identificação para a realização de determinado ato.

A interceptação de comunicações telefônicas dependerá de

ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça

A interceptação telefônica só será autorizada quando

estiverem presentes as seguintes circunstâncias:

- Indícios razoáveis de autoria ou participação do investigado;

- Não houver outros meios disponíveis para produzir a prova;

- O crime investigado for punível com pena de reclusão.

08428130981

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A interceptação telefônica não poderá exceder o prazo de

quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a

indispensabilidade do meio de prova. A Jurisprudência do STJ é no sentido

de que a renovação pode ser feita mais de uma vez, desde que seja

comprovada a necessidade.

A interceptação telefônica ilegal é crime, mas se uma pessoa

grava uma conversa da qual é interlocutor, não há ilícito penal.

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA Captação da comunicação telefônica alheia por

terceiro, sem o conhecimento dos comunicadores.

ESCUTA TELEFÔNICA

Captação da comunicação telefônica por terceiro,

com o conhecimento de um dos comunicadores e

desconhecimento do outro.

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA

Gravação da comunicação por um dos

comunicadores (autogravação). É feita sem o

conhecimento do outro, por isso clandestina;

INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL

Captação da comunicação no próprio ambiente,

por terceiro, sem conhecimento dos

comunicadores

ESCUTA AMBIENTAL

Captação da comunicação, no ambiente dela, feita

por terceiro, com o consentimento de um dos

comunicadores;

GRAVAÇÃO AMBIENTAL

Captação no ambiente da comunicação feita por

um dos comunicadores (com gravador ou

câmeras).

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Concluímos aqui a parte teórica de mais uma aula e do nosso

curso. A seguir, como de costume, estão nossas questões. Se tiver

dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também no e-

mail.

Quero agradecer pela confiança depositada em mim e pela

oportunidade de contribuir no seu sucesso rumo à aprovação. Se precisar

é só chamar!

Grande abraço!

Paulo Guimarães

[email protected]

www.facebook.com/pauloguimaraesfilho

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5. QUESTÕES COMENTADAS

1. TRF 1ª Região – Juiz Federal – 2013 – Cespe (adaptada). O

Estatuto do Índio, ao tipificar crimes contra os índios e contra a cultura

indígena, não define um tipo especial de homicídio contra o índio, mas

prevê causa especial de aumento da pena no caso de crime contra a

pessoa, o patrimônio ou os costumes, no qual o ofendido seja índio não

integrado ou comunidade indígena.

COMENTÁRIOS: O art. 59 do Estatuto do Índio determina que, no caso

de crime contra a pessoa, o patrimônio ou os costumes, em que o

ofendido seja índio não integrado ou comunidade indígena, a pena será

agravada de um terço.

GABARITO: C

2. TRF 1ª Região – Juiz Federal – 2013 – Cespe (adaptada).

Impedir o acesso de alguém ou recusar-lhe atendimento em restaurantes,

bares, confeitarias ou locais semelhantes abertos ao público, pelo único

motivo desse alguém ser indígena, é crime previsto no Estatuto do Índio.

COMENTÁRIOS: A conduta aqui mencionada é crime, mas se enquadra

na Lei nº 7.716/1989, e não no Estatuto do Índio.

GABARITO: E

3. PC-PA – Delegado de Polícia – 2009 – Movens (adaptada). Será

tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições

próprias, de sanções penais ou disciplinares contra os seus membros,

inclusive, em casos devidamente justificados, da pena de morte.

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COMENTÁRIOS: Há tolerância quanto à aplicação de sanções

disciplinares pelos grupos tribais, desde que não revistam caráter cruel ou

infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte.

GABARITO: E

4. MPF – Procurador da República – 2013 – PGR (adaptada).

Segundo o Estatuto do Índio, penas de reclusão e detenção do indígena

devem ser cumpridas, sempre que possível, em regime de semiliberdade,

em órgão federal de assistência aos índios.

COMENTÁRIOS: É verdade. Esta é a regra do art. 56, parágrafo único,

do Estatuto do Índio.

GABARITO: C

5. DENTRAN-DF – Agente de Trânsito – 2012 – Universa. Acerca da

Lei n.º 5.553/1968, no que se refere à apresentação e ao uso de

documento pessoal, assinale a alternativa correta.

a) A nenhuma pessoa física, assim como a nenhuma pessoa jurídica, de

direito público ou privado, é lícito reter algum documento de identificação

pessoal, exceto se apresentado por fotocópia autenticada ou pública-

forma, incluindo comprovante de quitação com o serviço militar, título de

eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão

de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de

estrangeiro.

b) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público poderá ser

retirado documento de identificação pessoal, exigido em determinado ato,

fora do prazo estabelecido para devolução.

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c) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a

apresentação de documento de identificação, a pessoa responsável pela

exigência fará extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que

interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de

pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no

ato e devolvido o documento ao interessado até sua saída do local.

e) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de um a três

meses ou com multa, a retenção de qualquer documento a que se refere

essa lei.

COMENTÁRIOS: A única alternativa correta aqui é a letra C, nos termos

do art. 2º da Lei nº 5.553/1968. A alternativa A está incorreta porque a

retenção do documento de identificação não é lícita mesmo que seja

apresentado por fotocópia. A alternativa B está incorreta porque essa

retirada somente pode ocorrer por ordem judicial, e não do MP. A

alternativa D está incorreta porque a devolução nesse caso deve dar-se

imediatamente, e não no momento da saída. A alternativa E está

incorreta porque a conduta mencionada constitui contravenção penal.

GABARITO: C

6. PM-DF – Soldado– 2013 – Fundação Universa. Nos termos da Lei

n.º 5.553/1968, a retenção injustificada de qualquer documento de

identificação pessoal

a) constitui contravenção penal.

b) constitui crime.

c) constitui infração administrativa, apenas.

d) constitui crime e infração administrativa.

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e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia

autenticada.

COMENTÁRIOS: O art. 3º da Lei nº 5.553/1968 trata a retenção

indevida de documento de identificação como contravenção penal,

inclusive se o documento for apresentado por meio de fotocópia

autenticada.

GABARITO: A

7. TRF 2ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC. Josimar

pretende entrar em prédio público, em que é indispensável a

apresentação de documento de identidade e exibe ao funcionário

responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o funcionário

a) poderá reter o documento, que será devolvido ao interessado prazo

máximo de dez dias.

b) deverá reter o documento do interessado durante todo o período em

que estiver no interior do prédio.

c) deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o

documento ao interessado.

d) só poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado fotocópia

autenticada.

e) poderá reter o documento por até oito dias, se verificar que Josimar

ainda não está cadastrado.

COMENTÁRIOS: A Lei nº 5.553/1968 não prevê a possibilidade de

retenção do documento de identificação como requisito para entrada em

prédio público ou particular. Nesse caso, o responsável pela identificação

poderá apenas anotar os dados e deve devolver imediatamente o

documento.

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GABARITO: C

8. PC-ES – Escrivão – 2011 – Cespe. A nenhuma pessoa física, bem

como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado,

é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que

apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive

comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira

profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento,

comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro,

exceto para a prática de determinado ato em que for exigida a

apresentação de documento de identificação, ocasião em que a pessoa

que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados que

interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

COMENTÁRIOS: A assertiva reproduz quase integralmente o teor dos

arts. 1º e 2º da Lei nº 5.553/1968, exceto por um pequeno detalhe: o

prazo para retenção do documento de identificação para extração de

dados é de no máximo 5 dias.

GABARITO: E

9. PCDF – Agente – 2009 – Universa. A Constituição Federal de 1988

assegurou como direito fundamental a inviolabilidade do sigilo de

comunicação como regra (art. 5º, XII) e, excepcionalmente, a

interceptação da comunicação telefônica, regulamentada pela Lei n.º

9.296, de 1996. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.

a) O juiz poderá ordenar a interceptação telefônica quando sua

destinação for para instruir o processual penal e o civil.

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b) A interceptação telefônica somente poderá ser determinada pelo juiz

ex officio.

c) A interceptação telefônica será autorizada ainda que seja possível

colher a prova por outros meios disponíveis.

d) A gravação de uma conversa entre dois interlocutores, feita por um

deles sem conhecimento do outro, é ilícita.

e) O juiz de direito pode, excepcionalmente, admitir que o pedido de

interceptação telefônica seja feito verbalmente.

COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque a Lei nº

9.296/1996 regulamenta a interceptação telefônica para prova em

investigação criminal e em instrução processual penal. A alternativa B

está incorreta porque a interceptação poderá ser determinada pelo juiz,

de ofício ou a requerimento da autoridade policial ou do representante do

Ministério Público. A alternativa C está incorreta porque a interceptação

não será admitida quando houver outros meios para produção da prova. A

alternativa D está incorreta porque a gravação de uma conversa na qual

se é interlocutor não é considerada interceptação, e não é crime.

GABARITO: E

10. PC-BA – Delegado de Polícia – 2013 – Cespe. A conversa

telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada

interceptação telefônica.

COMENTÁRIOS: O STF já aceitou a prova obtida por meio da gravação

realizada por um dos interlocutores. Nesse caso não há interceptação

telefônica, e, portanto, não há ofensa à Constituição Federal.

GABARITO: C

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11. MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-SC. A interceptação

telefônica ou interceptação em sentido estrito consiste na captação da

comunicação telefônica por um terceiro, sem o conhecimento de nenhum

dos comunicadores; enquanto a escuta telefônica reveste-se na captação

da comunicação telefônica por terceiro, com o conhecimento de um dos

comunicadores e desconhecimento do outro.

COMENTÁRIOS: Perceba que para responder essa questão bastava

conhecer os conceitos utilizados pela Doutrina e pela Jurisprudência.

Vamos relembrar?

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Captação da comunicação telefônica

alheia por terceiro, sem o conhecimento

dos comunicadores.

ESCUTA TELEFÔNICA

Captação da comunicação telefônica

por terceiro, com o conhecimento de

um dos comunicadores e

desconhecimento do outro.

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA

Gravação da comunicação por um

dos comunicadores (autogravação).

É feita sem o conhecimento do outro,

por isso clandestina;

INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL

Captação da comunicação no próprio

ambiente, por terceiro, sem

conhecimento dos comunicadores

ESCUTA AMBIENTAL

Captação da comunicação, no

ambiente dela, feita por terceiro,

com o consentimento de um dos

comunicadores;

GRAVAÇÃO AMBIENTAL

Captação no ambiente da

comunicação feita por um dos

comunicadores (com gravador ou

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câmeras).

GABARITO: C

12. DPU – Defensor Público – 2007 – Cespe. Dados obtidos em

interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais,

judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação

criminal ou em instrução processual penal, podem ser usados em

procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas

pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores

cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa prova.

COMENTÁRIOS: Tanto o STJ quanto o STF já se manifestaram no

sentido da possibilidade de utilizar prova emprestada, inclusive em

processo administrativo disciplinar, desde que a prova tenha sido

produzida de forma lícita.

GABARITO: C

13. ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – 2010 – Cespe. Constitui

crime realizar interceptação de comunicações, sejam elas telefônicas,

informáticas, ou telemáticas, ou, ainda, quebrar segredo da justiça sem

autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

COMENTÁRIOS: A assertiva cobra diretamente o teor do art. 10 da Lei

n° 9.296/1996. Lembre-se, porém, que a gravação telefônica

(autogravação) não constitui crime.

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Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações

telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça,

sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

GABARITO: C

14. AGU – Procurador Federal – 2007 – Cespe. A interceptação das

comunicações telefônicas somente pode ser autorizada se outros meios

de prova mostrarem-se insuficientes para a elucidação do fato criminoso e

se existirem indícios razoáveis de autoria ou participação em crime punido

com reclusão. Entende o STF, todavia, que, uma vez realizada a

interceptação telefônica de forma fundamentada, legal e legítima, as

informações e provas coletadas dessa diligência podem subsidiar

denúncia com base em crimes puníveis com pena de detenção, desde que

conexos aos primeiros tipos penais que justificaram a interceptação.

COMENTÁRIOS: Essa questão é excelente! Perceba que o STF autoriza a

utilização das informações obtidas por meio de interceptação telefônica

lícita inclusive para subsidiar denúncia por crime punível com pena de

detenção. Você também já sabe que os Tribunais Superiores ampliaram

esse entendimento, permitindo a utilização da prova emprestada inclusive

em processo administrativo.

GABARITO: C

15. AGU – Advogado – 2009 – Cespe. É possível a prorrogação do

prazo de autorização para a interceptação telefônica, mesmo que

sucessiva, especialmente quando se tratar de fato complexo que exija

investigação diferenciada e contínua.

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COMENTÁRIOS: A interceptação telefônica não poderá exceder o prazo

de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a

indispensabilidade do meio de prova. A Jurisprudência do STJ é no sentido

de que a renovação pode ser feita mais de uma vez, desde que seja

comprovada a necessidade.

GABARITO: C

16. AGU – Advogado – 2009 – Cespe. Considere que, após realização

de interceptação telefônica judicialmente autorizada para apurar crime

contra a administração pública imputado ao servidor público Mário, a

autoridade policial tenha identificado, na fase de inquérito, provas de

ilícitos administrativos praticados por outros servidores. Nessa situação

hipotética, considerando-se que a interceptação telefônica tenha sido

autorizada judicialmente apenas em relação ao servidor Mário, as provas

obtidas contra os outros servidores não poderão ser usadas em

procedimento administrativo disciplinar.

COMENTÁRIOS: Já deu pra perceber que o Cespe se apega a certos

aspectos relacionados à interceptação telefônica, não é mesmo? Espero

que tenha ficado bem claro para você que a utilização da prova

emprestada é possível, inclusive em processo administrativo disciplinar,

mesmo contra outros servidores.

GABARITO: E

17. DPE-ES – Defensor Público – 2009 – Cespe. Não se admite a

interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado

constitui infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

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COMENTÁRIOS: A interceptação só pode ser autorizada para investigar

crime punível com pena de reclusão, mas, caso numa interceptação

legítima seja obtida informação acerca de fato criminoso punível com

detenção, não há empecilho à utilização dessa informação para subsidiar

denúncia.

GABARITO: C

18. MPE-SP – Analista de Promotoria – 2013 – IBFC. Com relação ao

pedido de interceptação telefônica previsto na Lei Federal n° 9.296/1996,

assinale a alternativa CORRETA:

a) Será feito, apenas, por escrito, e deverá ser decidido em 48 (quarenta

e oito) horas.

b) Como regra, será feito verbalmente ao juiz, para preservar o sigilo das

investigações, e deverá ser decidido em 48 (quarenta e oito) horas.

c) Será feito, apenas, por escrito, contendo a demonstração de sua

necessidade para a apuração da infração penal, indicando os meios a

serem empregados, e deverá ser decidido em 24 (vinte e quatro) horas.

d) Como regra, será feito por escrito e, em casos excepcionais, o juiz

poderá admitir seja formulado verbalmente e, em ambos os casos, deverá

ser decidido em 24 (vinte e quatro) horas.

e) Como regra, será feito por escrito e, em casos excepcionais, o juiz

poderá admitir seja formulado verbalmente e, em ambos os casos, deverá

ser decidido em 48 (quarenta e oito) horas.

COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 4o, o pedido pode ser admitido

excepcionalmente de forma verbal, desde que estejam presentes os

pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão

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será condicionada à sua redução a termo, devendo o pedido ser decidido

no prazo de 24h.

GABARITO: D

19. MPE-SP – Analista de Promotoria – 2013 – IBFC. Analise as

assertivas abaixo:

I. Admite-se a interceptação telefônica se o fato investigado constituir

infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

II. Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando

a prova puder ser feita por outros meios disponíveis.

III. A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza,

destina-se à obtenção de prova em investigação criminal.

IV. Admite-se a interceptação telefônica ainda que não hajam indícios

razoáveis de autoria ou participação em infração penal, já que a medida

visa, justamente, o esclarecimento dos fatos.

Com relação às disposições da Lei de Interceptação Telefônica, está

CORRETO, apenas, o que se afirma em:

a) II e III.

b) I e II.

c) I e IV.

d) II.

e) III e IV.

COMENTÁRIOS: A assertiva I está incorreta porque o crime deve ser

punido com reclusão. A assertiva IV está incorreta porque para admitir-se

a interceptação telefônica deve haver indícios razoáveis de autoria ou

participação em infração penal.

GABARITO: A

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6. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. TRF 1ª Região – Juiz Federal – 2013 – Cespe (adaptada). O

Estatuto do Índio, ao tipificar crimes contra os índios e contra a cultura

indígena, não define um tipo especial de homicídio contra o índio, mas

prevê causa especial de aumento da pena no caso de crime contra a

pessoa, o patrimônio ou os costumes, no qual o ofendido seja índio não

integrado ou comunidade indígena.

2. TRF 1ª Região – Juiz Federal – 2013 – Cespe (adaptada).

Impedir o acesso de alguém ou recusar-lhe atendimento em restaurantes,

bares, confeitarias ou locais semelhantes abertos ao público, pelo único

motivo desse alguém ser indígena, é crime previsto no Estatuto do Índio.

3. PC-PA – Delegado de Polícia – 2009 – Movens (adaptada). Será

tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições

próprias, de sanções penais ou disciplinares contra os seus membros,

inclusive, em casos devidamente justificados, da pena de morte.

4. MPF – Procurador da República – 2013 – PGR (adaptada).

Segundo o Estatuto do Índio, penas de reclusão e detenção do indígena

devem ser cumpridas, sempre que possível, em regime de semiliberdade,

em órgão federal de assistência aos índios.

5. DENTRAN-DF – Agente de Trânsito – 2012 – Universa. Acerca da

Lei n.º 5.553/1968, no que se refere à apresentação e ao uso de

documento pessoal, assinale a alternativa correta.

a) A nenhuma pessoa física, assim como a nenhuma pessoa jurídica, de

direito público ou privado, é lícito reter algum documento de identificação

pessoal, exceto se apresentado por fotocópia autenticada ou pública-

forma, incluindo comprovante de quitação com o serviço militar, título de

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eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão

de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de

estrangeiro.

b) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público poderá ser

retirado documento de identificação pessoal, exigido em determinado ato,

fora do prazo estabelecido para devolução.

c) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a

apresentação de documento de identificação, a pessoa responsável pela

exigência fará extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que

interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de

pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no

ato e devolvido o documento ao interessado até sua saída do local.

e) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de um a três

meses ou com multa, a retenção de qualquer documento a que se refere

essa lei.

6. PM-DF – Soldado– 2013 – Fundação Universa. Nos termos da Lei

n.º 5.553/1968, a retenção injustificada de qualquer documento de

identificação pessoal

a) constitui contravenção penal.

b) constitui crime.

c) constitui infração administrativa, apenas.

d) constitui crime e infração administrativa.

e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia

autenticada.

7. TRF 2ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC. Josimar

pretende entrar em prédio público, em que é indispensável a

apresentação de documento de identidade e exibe ao funcionário

responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o funcionário

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a) poderá reter o documento, que será devolvido ao interessado prazo

máximo de dez dias.

b) deverá reter o documento do interessado durante todo o período em

que estiver no interior do prédio.

c) deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o

documento ao interessado.

d) só poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado fotocópia

autenticada.

e) poderá reter o documento por até oito dias, se verificar que Josimar

ainda não está cadastrado.

8. PC-ES – Escrivão – 2011 – Cespe. A nenhuma pessoa física, bem

como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado,

é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que

apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive

comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira

profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento,

comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro,

exceto para a prática de determinado ato em que for exigida a

apresentação de documento de identificação, ocasião em que a pessoa

que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados que

interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

9. PCDF – Agente – 2009 – Universa. A Constituição Federal de 1988

assegurou como direito fundamental a inviolabilidade do sigilo de

comunicação como regra (art. 5º, XII) e, excepcionalmente, a

interceptação da comunicação telefônica, regulamentada pela Lei n.º

9.296, de 1996. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.

a) O juiz poderá ordenar a interceptação telefônica quando sua

destinação for para instruir o processual penal e o civil.

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b) A interceptação telefônica somente poderá ser determinada pelo juiz

ex officio.

c) A interceptação telefônica será autorizada ainda que seja possível

colher a prova por outros meios disponíveis.

d) A gravação de uma conversa entre dois interlocutores, feita por um

deles sem conhecimento do outro, é ilícita.

e) O juiz de direito pode, excepcionalmente, admitir que o pedido de

interceptação telefônica seja feito verbalmente.

10. PC-BA – Delegado de Polícia – 2013 – Cespe. A conversa

telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada

interceptação telefônica.

11. MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-SC. A interceptação

telefônica ou interceptação em sentido estrito consiste na captação da

comunicação telefônica por um terceiro, sem o conhecimento de nenhum

dos comunicadores; enquanto a escuta telefônica reveste-se na captação

da comunicação telefônica por terceiro, com o conhecimento de um dos

comunicadores e desconhecimento do outro.

12. DPU – Defensor Público – 2007 – Cespe. Dados obtidos em

interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais,

judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação

criminal ou em instrução processual penal, podem ser usados em

procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas

pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores

cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa prova.

13. ABIN – Oficial Técnico de Inteligência – 2010 – Cespe. Constitui

crime realizar interceptação de comunicações, sejam elas telefônicas,

informáticas, ou telemáticas, ou, ainda, quebrar segredo da justiça sem

autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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14. AGU – Procurador Federal – 2007 – Cespe. A interceptação das

comunicações telefônicas somente pode ser autorizada se outros meios

de prova mostrarem-se insuficientes para a elucidação do fato criminoso e

se existirem indícios razoáveis de autoria ou participação em crime punido

com reclusão. Entende o STF, todavia, que, uma vez realizada a

interceptação telefônica de forma fundamentada, legal e legítima, as

informações e provas coletadas dessa diligência podem subsidiar

denúncia com base em crimes puníveis com pena de detenção, desde que

conexos aos primeiros tipos penais que justificaram a interceptação.

15. AGU – Advogado – 2009 – Cespe. É possível a prorrogação do

prazo de autorização para a interceptação telefônica, mesmo que

sucessiva, especialmente quando se tratar de fato complexo que exija

investigação diferenciada e contínua.

16. AGU – Advogado – 2009 – Cespe. Considere que, após realização

de interceptação telefônica judicialmente autorizada para apurar crime

contra a administração pública imputado ao servidor público Mário, a

autoridade policial tenha identificado, na fase de inquérito, provas de

ilícitos administrativos praticados por outros servidores. Nessa situação

hipotética, considerando-se que a interceptação telefônica tenha sido

autorizada judicialmente apenas em relação ao servidor Mário, as provas

obtidas contra os outros servidores não poderão ser usadas em

procedimento administrativo disciplinar.

17. DPE-ES – Defensor Público – 2009 – Cespe. Não se admite a

interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado

constitui infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

18. MPE-SP – Analista de Promotoria – 2013 – IBFC. Com relação ao

pedido de interceptação telefônica previsto na Lei Federal n° 9.296/1996,

assinale a alternativa CORRETA:

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a) Será feito, apenas, por escrito, e deverá ser decidido em 48 (quarenta

e oito) horas.

b) Como regra, será feito verbalmente ao juiz, para preservar o sigilo das

investigações, e deverá ser decidido em 48 (quarenta e oito) horas.

c) Será feito, apenas, por escrito, contendo a demonstração de sua

necessidade para a apuração da infração penal, indicando os meios a

serem empregados, e deverá ser decidido em 24 (vinte e quatro) horas.

d) Como regra, será feito por escrito e, em casos excepcionais, o juiz

poderá admitir seja formulado verbalmente e, em ambos os casos, deverá

ser decidido em 24 (vinte e quatro) horas.

e) Como regra, será feito por escrito e, em casos excepcionais, o juiz

poderá admitir seja formulado verbalmente e, em ambos os casos, deverá

ser decidido em 48 (quarenta e oito) horas.

19. MPE-SP – Analista de Promotoria – 2013 – IBFC. Analise as

assertivas abaixo:

I. Admite-se a interceptação telefônica se o fato investigado constituir

infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

II. Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando

a prova puder ser feita por outros meios disponíveis.

III. A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza,

destina-se à obtenção de prova em investigação criminal.

IV. Admite-se a interceptação telefônica ainda que não hajam indícios

razoáveis de autoria ou participação em infração penal, já que a medida

visa, justamente, o esclarecimento dos fatos.

Com relação às disposições da Lei de Interceptação Telefônica, está

CORRETO, apenas, o que se afirma em:

a) II e III.

b) I e II.

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c) I e IV.

d) II.

e) III e IV.

GABARITO

1. C 11. C

2. E 12. C

3. E 13. C

4. C 14. C

5. C 15. C

6. A 16. E

7. C 17. C

8. E 18. D

9. E 19. A

10. C

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