BOLETIM INFORMATIVOJUNHO - Nº02/2016 - www.sifar.org.br

PRA UM SIFAR DIFERENTE, GRITE COM A GENTE!

PREFEITO, NO NADA?Confira os nossos passos até agora e quais os rumos da nossa

mobilização nas próximas páginas do jornal

Greve (30/03 até 06/04) Foi iniciada diante das negati-vas da prefeitura em abrir nego-ciação. Encerrada pelo agenda-mento de mesa de negociação do dia 18/05.

NEGOCIAÇÃO (dia 31/05)Prefeitura afirma que reajustará o vale-alimentação em R$200, depois do depósito do valor pela Câmara de Vereadores e se a Procuradoria Geral do Município (PGM) aprovasse o processo juridicamente.

Negociações com a Câmara e a Prefeitura (19/05) - Vereadores se comprometem a apoiar política e financeiramente o aumento do vale-alimentação;- Prefeitura reafirma sua oferta de reajuste anual de 3%, e se propõe a analisar a proposta dos sindicatos e da Câmara sobre o reajuste do vale-alimentação.

Ocupação do salão nobre (18 e 19/05)Exigência para desocupação é a abertura das ne-gociações. Ocupação consegue agendamento de reunião para o dia 19/05, mas sindicatos acabam sendo desocupados pela PM por ordem judicial.

Paralisação e negociação (18/05) - A Prefeitura se nega a receber os sindicatos, que de-cidem ficar no quarto andar até serem atendidos;- Reunião com vereadores discute o apoio financeiro da Câmara ao reajuste do vale-alimentação.

Ato na Câmara (16/05) Vereadores se comprometem a par-ticipar da negociação e pressionar a Prefeitura a conceder a reposição sa-larial da inflação do último ano e rea-justar o vale-alimentação.

DEPÓSITO, da Câmara dos Vereadores, no dia 09/06, do valor que sobra do orçamento para a Prefeitura começar a fazer o processo.

ESTAMOS AQUI!Não existe empecilho Jurídico para o reajuste do vale, já que ele não é considerado vencimento e sim contrato de terceiros!Portanto, só dependemos da boa vontade do prefeito para garantir nosso direito!

Avaliação da PGM se será possível juridicamente realizar o reajuste do vale-alimentação.

Encaminhamento do processo burocrático para implementação do reajuste do vale- alimentação.

REAJUSTE DO VALE ALIMENTAÇÃO PARA R$500,00A data que isso ocorrerá depende da vontade política da Prefeitura devido aos procedimentos para tal! Por isso, a pressão dos servidores é essencial!

Boletim Informativo - Junho de 20162

A decisão da continuidade ou não da greve é muito importante. O Sindicato não pode decidir sozinho. Por isso, a participação na Assembleia é fundamental. Quem cala consente e nós não podemos nos calar! As decisões sobre quais rumos devemos tomar devem ser retiradas em assembleia. E a assembleia decidiu, por respeito a população, pela não deflagração imediata da greve. Mas nos mantemos em estado de greve até agora para a negociação do reajuste no Vale Mais. Os vereadores se comprometeram em reunião com os sindicatos a repassarem verba da Câmara para a Prefeitura com o objetivo único e exclusivo de reajuste de 200 reais para o

vale-alimentação dos servidores.

Ainda estamos em Campanha Salarial e em negociação com a Prefeitura! Precisa-mos continuar mobilizados para que essa gestão realmente use esse dinheiro que nós conseguimos junto à Câmara para reajustar o nosso vale.

Antecipamos a luta para evitar que a Prefeitura usasse a desculpa de que não daria tempo devido aos prazos da Lei Eleitoral. E, mesmo assim, ouvimos da gestão que está muito em cima da hora para encaminhar o reajuste do vale-alimentação. Nossa mobilização é fundamental neste momento! A possibilidade de greve não está descartada.

Por fim, estamos com nossa consciência tranquila. Se nosso reajuste foi miserá-vel não é porque somos miseráveis e sim porque temos uma prefeitura miserável. Esse reajuste reflete apenas o caráter des-ta gestão e não o caráter da nossa luta!

Continuamos em Campanha Salarial, cumprindo o nosso papel!

Esse ano começamos nossa Campa-nha Salarial mais cedo. Isso ocorreu por conta do calendário eleitoral. Por ser um ano de eleições, a conquista de aumento real só poderia acontecer até o dia 06 de abril. Depois dessa data, pela Lei Eleitoral, a Prefeitura só poderia conceder o reajus-te da inflação. E, ainda assim, o reajuste só pode ocorrer até o dia 05 de julho. Mesmo sabendo que esta gestão é intransigente com os servidores, nosso papel enquan-to sindicato é o de lutar pelo aumento real. E foi isso que fizemos!

Tentamos iniciar as negociações já em março. Porém, o Olizandro parece não frequentar muito a Prefeitura. Agenda-mos reunião com ele para começarmos as negociações das pautas decididas pe-los servidores e nosso digníssimo prefeito

entrou em férias um dia antes da reunião com os sindicatos. Novamente reagen-damos e por aí foi... virou um festival de fugas sem nenhuma reunião.

Sem resposta da gestão e sabendo dos prazos eleitorais iniciamos uma greve no começo de abril. E mais fugas... o prefeito Olizandro não se presta nem a receber os sindicatos. Um desgoverno total!

Somente depois de oito dias de greve e com o fechamento da Rodovia do Xisto, a administração finalmente nos recebeu, garantiu o não desconto dos dias de gre-ve mediante reposição e agendou uma Mesa de Negociação. Assim, decidimos em assembleia pela suspensão da greve. Porém, nos mantivemos em estado de greve.

Infelizmente a Prefeitura não cumpre o seu papel faz tempo

Então, no dia 18 de maio, data da nova reunião agendada por esta Prefeitura, novamente o prefeito fugiu do seu compromisso! Estávamos em ato em frente à Prefeitura quando fomos informa-dos que não seríamos recebidos. Já que o Sr. Olizandro não apare-ce na Prefeitura e não ocupa seu lugar de prefeito no 4° andar, os dois sindicatos SIFAR E SISMMAR ocuparam a Prefeitura.

Dormimos e permanecemos no 4° andar até que a ordem de reintegração de posse fosse cumprida pela Policia Militar. Aliás, a Procuradoria Geral do Município (PGM) e o Judiciário de Araucá-ria juntos estão de parabéns pela agilidade! Torcemos para que seja assim sempre em todos os casos... Tomara que a PGM traba-lhe rápido assim também no parecer do reajuste do Vale Mais!

Saímos do 4° andar com dois compromissos: uma reunião com os vereadores sobre o vale- alimentação e uma mesa de nego-ciação com a Prefeitura. Dessa vez, fomos recebidos tanto pelos

vereadores quanto pela gestão.

Claro que o Sr. Olizandro Ferreira não deu as caras em nenhum momento. Mas seus subalternos foram na Mesa de Negociação e sem nenhum constrangimento reafirmaram a ridícula propos-ta de 3% de reajuste. Essa proposta foi divulgada no dia anterior pelo Facebook da Prefeitura. Nem o Olizandro teve coragem para fazê-la pessoalmente. Ainda bem que o prefeito tem quem faça esse tipo de trabalho para ele. Claro que não houve acordo! Essa proposta é ridícula e reflete toda a competência do governo Olizandro!

Paralisação e o famigerado reajuste de 3%

A luta continua!

Saudações a quem tem coragem!

3Boletim Informativo - Junho de 2016

Negociações com secretarias começaram em abril, mas tiveram poucos avanços

Desde março, o SIFAR busca iniciar as negociações das pautas específicas dos servido-res de Araucária. Conseguimos, após a greve e muita pressão nas secretarias, marcar reu-niões com quase todas as secretarias, apenas a secretária de Educação, Janete Schiontek, ainda não se reuniu com o Sindicato.

Consideramos um avanço termos essas negociações, mas além das reuniões, precisa-mos de respostas e soluções para os problemas dos servidores. Confira abaixo como tem sido a luta de cada segmento e a postura das secretarias.

O maior avanço nas negociações com a saúde é que teremos negociação permanente bimes-tral. Assim, conseguiremos estar mais próximos e levando as demandas concretas dos locais de trabalho. Para isso, o Sindicato precisa estar ainda mais junto dos servidores.

Como em todas as negociações, a resposta pa-drão é “estamos passando do limite prudencial com gastos da folha” e “não temos dinheiro”. En-tão, para todas as pautas que dependem disso a resposta foi NÃO.

Em relação às condições de trabalho, tivemos alguns avanços que agora deverão ser cobrados, como a falta de manutenção de instrumentos, máquinas e problemas na estrutura. A SMSA dis-

se que já existe licitação para isso e é necessário que seja feito o pedido formal dos serviçoes para a secretaria pela coordenação. Já a dedetização e a limpeza das caixas d´agua estão em processo de licitação.

Outro começo de avanço é que a Diretora de Saúde se comprometeu a escrever um projeto a ser enviado à PGM para incluir todos os profissio-nais que atuam nos serviços de urgência e emer-gência e não recebem o incentivo, por não esta-rem contemplados na lei já existente. Vamos ficar de olho e continuar cobrando!

A resposta completa da SMSA pode ser vista no Facebook do SIFAR.

Negociações com Secretaria de Saúde serão permanentes e bimestrais

Em maio, como mais uma mostra da falta de respeito com os servidores, os trabalhadores da saúde não receberam as horas-extras trabalhadas em abril. Segundo a Secretaria de Saúde, o pro-blema foi o corte do orçamento feito pela Secre-taria de Planejamento. Independente de quem foi a culpa, o fato é que a PMA solicita que os tra-balhadores façam horas-extras e, com os nossos salários defasados, esse valor pago pelo nosso tra-balho a mais já faz parte do planejamento finan-ceiro dos servidores.

Além disso, com quase 500 servidores faltando na área de saúde, as horas-extras são essenciais para que o serviço não seja prejudicado. Os tra-balhadores acabam gastando sua própria saúde para cobrir essa falta, que é responsabilidade da Prefeitura.

Frente à insegurança de receber o valor devi-

do e um decreto, do dia 04 de maio, que proíbe as horas-extras na Prefeitura e que não foi divulgado, o SIFAR orienta os servidores a não fazer novas horas-extras, como forma de pressão e valori-zação do nosso trabalho. Além disso, com esse decreto, estamos sem a segurança jurídica de que receberemos por novas horas trabalhadas. Como sempre temos nossos direitos negligenciados e a culpa é do Prefeito!

Prefeitura corta horas-extras dos servidores da saúde

Trabalhadores do UPA conseguem vitória com mobilização

No início do ano, os servido-res da UPA viram na prática que é só a luta que muda a vida! Eles fizeram paralisa-

ções e atos exigindo mais segurança na unidade. A

reivindicação era a garantia de guardas municipais 24h

por dia. E foi graças à mobi-lização que eles garantiram

essa importante vitória! Atu-almente na UPA, há guardas

municipais protegendo trabalhadores e usuários.

SMUR coloca câmeras na porta dos banheiros dos funcionários

A Secretaria Municipal de Urbanismo foi uma das se-cretarias mais resistentes em receber o SIFAR. Também pudera, pois, além de alterar as escalas dos servidores grevistas nos pós-greve, segundo denúncia encaminha-da ao Sindicato, um dos seus diretores mandou instalar câmeras na porta dos banheiros da sede. Queremos crer que essa denúncia é um engano e que não há nenhum diretor assim tão assediador. Já fizemos duas mesas de negociação com a SMUR e denunciamos as câmeras ao Ministério Público. Aguardamos providências e nova reunião de negociação.

No dia 03 de maio, em reunião com a secretária de Obras, Marion Cabral, o SIFAR repassou os proble-mas dos locais de trabalhos relata-dos pelos trabalhadores do Obras, tanto da sede quanto das subpre-feituras. Dentre as pautas coloca-das, em relação aos problemas dos EPIs, a secretária se comprometeu a cobrar da CPA qualidade e trei-namento para o uso adequado dos equipamentos.

Já em relação às condições de trabalho, como falta de refeitórios adequados, ausência de ferramen-tas, problemas no abastecimento, condições insalubres que colocam em risco a saúde e a segurança do trabalhador, a secretária ficou de fazer levantamentos e já executar o que for possível, já que a SMOP possui mão de obra própria. Aguar-damos nova mesa de negociação e o início das melhorias.

SMOP se compromete a iniciar melhorias nos locais de trabalho

Boletim Informativo - Junho de 20164

As servidoras e servidores da educação têm diversas reivindicações específicas e históricas, como o reconhecimento das atendentes infantis, a regulamentação da profissão dos auxiliares administrativos e a abertura de concurso público para todos os segmentos. Porém, mesmo com diversas pautas, a secretária de educação, Janete Schiontek, ainda não recebeu o Sindicato e a comissão de negociação eleita pelas trabalhadoras. Agora, após três meses do primeiro pedido de reunião, ela acena que irá sentar para debater os problemas com a categoria.

Sobre o reconhecimento das atendentes infantis, parece ter tido um

avanço com a mudança de denominação para educadores, pela lei aprovada na Câmara. Porém, não houve nenhuma discussão com a categoria ou com o Sindicato para a construção dessa legislação. Com isso, a modificação parece ser superficial e não traz reais avanços ao segmento. A partir dessa postura, vemos que há um grande desrespeito dessa gestão em relação a esses trabalhadores que fazem um trabalho de grande importância nos CMEIs desta cidade, pois o cuidado não é dissociado do aprender e educar.

O Sindicato mantém a pressão para que seja atendido pela Secretaria de Educação

e consiga debater as reivindicações dos servidores. Enquanto isso, buscamos fazer reuniões com os trabalhadores e encaminhar algumas ações, como, por exemplo, a criação de uma comissão para resgatar um estudo já feito sobre o avanço do reconhecimento das atendentes e atualizar os dados relativos a essa pauta.

Após três meses, secretária de Educação diz que agora vai receber Sindicato

A regulamentação das remoções dentro da Secretaria Municipal de Assistência Social é uma reivindicação histórica. Muitas vezes as mudanças de local de trabalho são usadas como forma de perseguição a funcionários que questionam a gestão. No dia 16 de maio, o SIFAR fez sua primeira mesa de negociação com a SMAS. Apresentamos a pauta de reivindicação dos trabalhadores e, dentre os pontos discutidos, dois se destacam: a regulamentação dos cargos de coordenação e a regulamentação das remoções.

O cargo de coordenador deve ter critérios técnicos e não políticos. Queremos critérios claros que envolvam: experiência na área, especialização, cursos, habilidades interpessoais e identificação com o serviço. Uma boa forma de garantir que esses critérios sejam respeitados é que, além da qualificação como critério para pleitear o cargo, o coordenador seja eleito por seus pares.

Quanto à regulamentação das remoções, a secretária garantiu que o documento sairá ainda estre ano e que os trabalhadores e o Sindicato participarão da sua elaboração. Uma nova reunião está agendada para que o SIFAR apresente as propostas.

Em reunião com o SIFAR, SMAS garante que irá regulamentar as remoções

SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS E/OU SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIARua João Pessoa, 145 – 3º andar, sala 34 - Centro – Araucária/PR – Contato: (41)3642-0952 - www.sifar.org.br - Gestão “O Grito da Base” (2015-2018)Diretoria Liberada: Sarita Malaguty, Maria Luiza F. de Souza, Ana Patrícia de Oliveira Diretoria que permanece nos locais de trabalho: Rodolfo Luís da Silva, Jair Antônio Zanin, Andréa Aparecida Faustino, Gilson Jeri Favetti, Alan Furman, Márcia de Souza Silva, Fernanda Lima do Amaral, Cristiene P. dos Santos, Emanuela G. de Angêlis, Eva Bernadete Batista, Fátima Cupini, Silvério Strugala, Ana Sofia de Medeiros, Jocelena Carvalho, Jorgeth A. Gonçalves, Luiz Fernando Farias, Marcelo Salomão Góis, Jean Carlo dos Anjos Rosa, Josiane Correa, Jusara Gracia PanekEquipe de Comunicação: Dalane Santos (DRT 10051/PR) e Giovanna Jambersi

Os guardas municipais reivindicam a regularização das suas escalas de trabalho, dando direito à hora de almoço, a chamada intrajornada, e que os feriados sejam reconhecidos como horas-extras. Direitos que deveriam ser básicos tem que ser reivindicados! Para isso, o SIFAR está organizando um abaixo-assinado para que essas reivindicações sejam atendidas. Se você ainda não assinou, procure o Sindicato e assine!

Além disso, outra importante pauta deste segmento é o cumprimento da lei 13011/14, que garante o direito dos guardas municipais a terem um Plano de Carreira próprio, por conta das especificidades da função que desempenham. O município tem até o dia 11/08/2016 para aprovar o novo PCCV para a categoria. Porém, o processo está paralisado desde o dia 11/05/2015 e a administração do município não dá respostas sobre o assunto.

Guardas municipais reivindicam direito ao almoço e às horas-extras nos feriados

Expediente

Como vimos, as servidoras e servidores de Araucária ainda têm diversas lutas a travar para terem seus direitos garantidos e melhores condições de trabalho. No dia-a-dia, sofremos com a falta de funcionários, de materiais básicos, de equipamentos, com o assédio moral das chefias, dentre outros problemas. Não podemos naturalizar isso!

Os inúmeros problemas que temos no nosso local de trabalho são frutos da falta de prioridade dessa gestão nos serviços públicos da cidade. Além de ser um desrespeito aos funcionários, que ficam abandonados e muitas vezes não conseguem fazer adequadamente o seu trabalho, é uma falta de respeito à população da cidade que não tem garantia da qualidade dos serviços que necessita.

Por conta de todas essas questões, a nossa organização e mobilização na luta pelos nossos direitos é essencial! Vamos

juntos lutar pelas condições de trabalho, por contratações, por regulamentações de escalas, remoções e funções, dentre tantos outros direitos que nos negam.

Vamos ter que continuar as lutas para garantir nossos direitos!A união e participação de toda a categoria é essencial para pressionar a gestão e conseguir melhores condições de trabalho

Só podemos conseguir vitórias quando a categoria se mobiliza e vem junto com o Sindicato!