boletim informativo cntrv-cut || maio/junho de 2016

4
INÍCIO DA “ERA TEMER” É MARCADO POR CORTES NOS PROGRAMAS SOCIAIS E AMEAÇAS AOS DIREITOS TRABALHISTAS É GOLPE: áudio vazado de Romero Jucá com- prova que golpe foi um pacto para barrar Lava Jato pág. 04 pág. 03 e 04 Presidenta da CNTRV fala da Campanha Salarial Unificada do Ramo Vestuário da CUT pág. 02 Jornal da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT Edição de maio/junho de 2016 | fb.com/cntvcut | www.cntv.org.br

Upload: cntrv-cut

Post on 02-Aug-2016

217 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Boletim Informativo CNTRV-CUT || maio/junho de 2016

TRANSCRIPT

Page 1: Boletim Informativo CNTRV-CUT || maio/junho de 2016

INÍCIO DA “ERA TEMER” É MARCADO POR CORTES NOS PROGRAMAS SOCIAIS E

AMEAÇAS AOS DIREITOS TRABALHISTAS

É GOLPE: áudio vazado de Romero Jucá com-prova que golpe foi um pacto para barrar Lava Jato pág. 04

pág. 03 e 04

Presidenta da CNTRV fala da Campanha Salarial Unificada do Ramo Vestuário da CUT pág. 02

Jornal da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT Edição de maio/junho de 2016 | fb.com/cntvcut | www.cntv.org.br

Page 2: Boletim Informativo CNTRV-CUT || maio/junho de 2016

2 | Informativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT

A Campanha Salarial faz parte do calen-dário anual das entidades filiadas à CNTRV. Não se trata apenas de calcular índices e ne-gociá-los junto aos patrões. Uma campanha de verdade se traduz na execução de uma série de ações no sentido de mobilizar toda a categoria entorno da pauta de reivindica-ções. Sabemos que não é uma tarefa fácil e por esta razão a CNTRV realiza a Campanha Salarial Unificada.

Cada sindicato tem suas particularidades e elas devem ser respeitadas na pauta de rei-vindicações, contudo, existem pontos que interessam a todos os trabalhadores e traba-lhadoras do Ramo Vestuário, como aumento real, PLR, Vale Refeição/Cesta Básica, Au-xílio Creche e tantas outras reivindicações no campo social e econômico. A Campanha Salarial Unificada pretende trocar experiên-cias sobre as negociações e os avanços em cada acordo ou convenção coletiva. Outra questão fundamental é a unidade dos nos-sos sindicatos. Precisamos exercitar cada vez mais o princípio de solidariedade e pro-mover ações conjuntas nas regiões para ala-vancar ainda mais as Campanhas Salariais no nosso Ramo e construir no futuro a tão sonhada Convenção Nacional de Trabalho.

O período em que vivemos é, certamen-te, o mais difícil do novo milênio. Uma crise política forjada pela direita golpista afetou vários setores da economia e os trabalhado-res podem, literalmente, “pagar o pato”. Mas estamos preparados para continuar lutando pelos direitos e por mais conquistas para os trabalhadores e trabalhadoras e vamos bus-car realizar uma excelente Campanha Sala-rial, afinal “É PRA FRENTE QUE SE ANDA!”

Cida Trajano – Presidenta da Confederação Nacional do Ramo Vestuário da CUT - CNTRV

Unificar ações nas regiões e trocar experiências são os

principais objetivos da Cam-panha Salarial Unificada do

Ramo Vestuário da CUT

EXPEDIENTE:PRESIDENTA: Cida TrajanoSECRETÁRIA DE COMUNICAÇÃO: Márcia VianaPROFISSIONAOS RESP.: João Andrade; Giovani Vieira Miranda MTB: 76.831/SP

www.cntv.org.br || fb.com/cnrtv.cut

Page 3: Boletim Informativo CNTRV-CUT || maio/junho de 2016

Informativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT| 3

CORRUPÇÃO, CORTES NOS PROGRAMAS SOCIAIS E AMEAÇAS AOS DIREITOS TRABALHISTAS MARCA-

RAM AS PRIMEIRAS SEMANAS DA “ERA TEMER”

AO LADO DA CORRUPÇÃONo primeiro dia como presidente interino, Temer nomeou políticos sob sus-

peita para cargos-chave em sua gestão. Dos 23 ministros escolhidos pelo pee-medebista, pelo menos cinco tiveram seus nomes ligados à Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Há outros ministros que aparecem em planilhas sobre supostos financiamentos apreendidas pela Polícia Federal na casa de um ex-executivo da Odebrecht.

O governo golpista decretou o fim da CGU (Controladoria-Geral da União), órgão responsável, entre outras coisas, por fiscalizar o governo federal. Eles veem riscos à independência e possíveis ameaças ao combate à cor-rupção no país. O órgão, cujo chefe tinha status de ministro, agora integra o novo Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle.

FIM DOS PROGRAMAS SOCIAISTemer revogou a decisão do governo Dilma Rousseff que au-

torizava a Caixa Federal a contratar a construção de até 11.250 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

Na mesma linha, o governo golpista de Temer está estudanto ajustes para o Bolsa Família, e já decretou o encerramento do FIES e do ProUni em vários estados brasileiros.

Outro corte decretado por Temer atingiu os médicos estrangei-ros que estavam no país pelo programa ‘Mais Médicos‘. De acor-do com as novas medidas, o governo deve diminuir o números de contratações nos próximos meses.

E OS TRABALHADORES?O governo do golpista Michel Temer não tem o mínimo apreço pelos tra-

balhadores do país, mas sim pelos empresários. Uma série de medidas estão sendo tramadas para que seja, enfim, legalizada toda e qualquer forma de ter-ceirização.

Por outro lado, já se inicia uma reforma drástica na Previdência Social, come-çando pela exclusão do Ministério da Previdência, um patrimônio do trabalha-dor brasileiro para que sejam asseguradas suas garantias trabalhistas. As ne-gociações realizadas pelo governo golpista com centrais sindicais simpáticas ao golpe não são reconhecidas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, por consequência, pela CNTRV.

Page 4: Boletim Informativo CNTRV-CUT || maio/junho de 2016

4 | Informativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT

EXCLUSÃO DE MINISTÉRIOSO presidente golpista reduziu o número de pastas de 32 para 23. A economia provocada por essa medida, porém, será simbólica. Isso porque funcionários públicos e ór-gãos ligados aos ministérios extintos serão colocados sob o chapéu das pastas que ficaram, algumas delas ago-ra com superpoderes. Movimentos sociais também não gostaram nada de ver a pasta de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos ser agregada à da Justiça e Ci-dadania. Reportagem do jornal espanhol “El Pais” apon-tou retrocesso de 22 anos em relação às discussões de iguldade de gênero em apenas uma semana do governo golpista de Temer.

Servidores protestaram contra o fim da CGU, órgão responsável pelo com-bate independente da corrupção. Decisões de Temer são questionáveis e

não representam mudanças significativas

O MACHISMO DE TEMERCom a posse de Temer, é a primeira vez desde 1979, quan-do o país ainda era governado pelo general Ernesto Geisel, que somente homens formam o gabinete de um presidente. A decisão de se rodear por auxiliares apenas do sexo mas-culino provocou fortes críticas ao peemedebista. Isso tam-bém representa uma quebra de paradigma quando compa-rado com o governo de Dilma, que, além de ser a primeira presidente mulher do país, nomeou 15 ministras ao longo de seus dois mandatos. Alvo de críticas, a falta de diversi-dade não se restringe à ausência completa de mulheres na Esplanada. Todos os ministros são homens brancos.

UM PACTO BARRAR A LAVA JATOO jornal Folha de São Paulo publicou trechos de uma conversa te-

lefônica entre Romero Jucá, que até então ocupava o Ministério do Planejamento de Temer, e Sérgio Machado, ex-presidente da Petro-bras, em que os dois, citados na operação Lava Jato, discutem sobre a necessidade de afastar a presidenta Dilma para por fim as inves-tigações. Romero, citado por delatores, chega a afirmar literalmen-te: “Com Dilma não dá”. E ambos são categóricos: “Tem que ter im-peachment”. “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”, afirma Jucá. Mais adiante, o diálogo entre os dois é mais revelador. Machado afirma: “Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]. (…) É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional”. Jucá reforça e prevê o STF no acordo: “Com o Su-premo, com tudo”. Machado arremata: Com tudo, aí parava tudo.”

As conversas vazadas comprovam que o Impechament da presi-denta Dilma foi um pacto para barrar a Lavo Jato e facilitar a vida dos corruptos que tomaram o poder.