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5 Boletim informativo do GIF Boletim informativo do GIF N.º de STRs 2016 2015 De instituições financeiras e companhias de seguros 696 (30.0%) 503 (27.8%) Das operadoras de jogo 1,546 (66.6%) 1,247 (69.0%) De outras instituições 79 (3.4%) 57 (3.2%) Total 2,321 1,807 Estatísticas dos STRs recebidos (2016 ) Edição No. 17 Maio de 2017 Estatísticas dos STRs recebidos 2016 5 Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006 5,6 Casos práticos 6 Tendência Internacional Cumprimento do “Regime de Execução de Congelamento de Bens” 7,8 Informação principal desta O número total de STRs recebidos pelo GIF no ano de 2016 aumentou 28.4%, quando comparado com o ano de 2015. Os STRs recebidos do sector financeiro e do sector do jogo eram, respectivamente, 30.0 % e 66.6 % do número total de STRs. As restantes instituições apresentaram 79 STRs, cuja maioria está associada à venda de objectos valiosos. Um total de 240 STRs foram enviados ao Ministério Público em 2016. Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006 A proposta de lei intitulada “Alteração às Leis n.º 2/2006 – Prevenção e repressão do crime de branqueamento de capitais e n.º 3/2006 Prevenção e repressão dos crimes de terrorismo” foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa em 11 de Maio, publicada no Boletim Oficial em 22 de Maio de 2017 e entrou em vigor em 23 de Maio de 2017. As leis em causa entram em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e são republicadas. Esta proposta de lei foi adoptada com a finalidade da protecção do contínuo desenvolvimento sustentável da economia da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), não só do mero cumprimento dos padrões internacionais. De facto, as Leis n.º 2/2006 e n.º 3/2006 entraram em vigor há dez anos, a economia tem-se desenvolvido a um ritmo célere nestes últimos dez anos, conduzindo a vicissitude do ambiente económico. Devido a esse facto, tem-se registado um elevado aumento do PIB de Macau e do investimento estrangeiro nestes últimos dez anos, tendo aumentado o risco de criminalidade decorrentes do célere desenvolvimento económico. Deste modo, o Governo da RAEM aperfeiçoou de forma activa os diplomas legais a fim de eliminar eventuais riscos previsíveis, que possam ter um impacto negativo no sistema económico, assegurando assim o desenvolvimento contínuo e estabilidade da economia da RAEM, criando assim um mercado económico seguro, confiável e apelativo a investimentos locais e estrangeiros. Enquanto cumprindo com os padrões internacionais, deve manter-se também a competitividade e o desenvolvimento sustentável da economia da RAEM, para que a RAEM ocupe um lugar de topo a nível mundial e se mantenha dentro dos padrões internacionais. Alteração às Lei n.º 2/2006 De acordo com a Lei n.º 2/2006 revista, os seguintes crimes são considerados crimes precedentes do crime de branqueamento de capitais sendo a prática do crime de branqueamento de capitais punída com pena máxima de prisão de 8 anos. Tendo em consideração as medidas CDD , que representam um meio importante na prevenção e repressão dos crimes de branqueamento de capitais e de financiamento ao terrorismo, todas as entidades devem identificar e verificar a identidade dos seus clientes. Caso as entidades não consigam obter as respectivas informações, estas devem recusar todas as transacções e comunicá-las. É necessário que todas as entidades reportantes instalem sistemas de fiscalização adequados , para detectarem transacções suspeitas relativas a branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. Leiloeiras passam a ser entidades reportantes Qualquer tentativa de prática de transacção suspeita, seja qual for o montante, deve ser comunicadaao Gabinete de Informação Financeira!

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As Instruções Sectoriais para a implementação do regime de congelamento de bens foram publicadas no Boletim Oficial

n.° 47 de 23 de Novembro de 2016.

Para esclarecimento, queira aceder à página da internet da Comissão ou contactar o Secretariado da Comissão:

Página da internet: http://www.ccrc.gov.mo/

Endereço: Av. Dr. Mário Soares, nos. 307-323, Edif. “Banco da China”, 22.º andar Macao.

E-Mail: [email protected] Número de telefone para contacto: 2852 3666

Maio de 2017

Edição No. 17

Boletim informativo do GIF

Info

rm

açõ

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sicas

Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondência

Nome ASHRAF MUHAMMAD YUSUF

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF

4: 'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman 'Abdal

-Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade N/A Jordânia(ausência de informação sorbe a

nacionalidade do suspeito)

X

N.º de Passaporte N/A a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

X

No. de Bilhete de Identidade Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

Ou

tra

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info

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria

Caso 3

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência

O nome e as informações do BI do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas do indivíduo,

disponibilizadas na lista de sanções, mas verifica-se uma ausência da informação acerca da nacionalidade e

informações do passaporte do suspeito. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a

naturalidade, o endereço, etc., correspondem aos dados acerca do indivíduo na lista de sanções. Com referência ao

caso acima mencionado, uma vez que todas as informações disponibilizadas na lista de sanções são

correspondentes, o indivíduo deve ser considerado como a mesma pessoa.

Publicado em Maio de 2017 Editor: Gabinete de Informação Financeira, Governo da RAEM

Endereço: Avenida Dr. Mário Soares, Nos. 307-323, Edificio “Banco da China”, 22º andar, Macau

Tel: (853) 2852 3666 Fax: (853) 2852 3777

E-mail: [email protected] Website: http://www.gif.gov.mo.

Para quaisquer sugestões

e esclarecimentos, ou para obter

mais cópias deste boletim informativo, queira por favor

contactar o GIF.

Info

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sicas

Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondênci

a

Nome ASHRAF MUHAMMAD YUSUF

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF 4:

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman 'Abdal-

Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade Jordânia Informação não encontrada na lista de

sanções

X

N.º de Passaporte K048787, emitido na Jordânia Informação não encontrada na lista de

sanções

X

No. de Bilhete de Identidade Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

Ou

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria (até Dezembro de

2014)

Caso 2

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência

O nome e as informações do BI do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas do indivíduo,

disponibilizadas na lista de sanções, mas verifica-se uma ausência da informação acerca da nacionalidade e

informações do passaporte do suspeito. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a

naturalidade, o endereço, etc., correspondem aos dados acerca do indivíduo na lista de sanções. Com referência

ao caso acima mencionado, uma vez que todas as informações disponibilizadas na lista de sanções são

correspondentes, o indivíduo deve ser considerado como a mesma pessoa.

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Boletim informativo do GIF

Boletim informativo do GIF

N.º de STRs 2016 2015

De instituições financeiras e

companhias de seguros 696

(30.0%) 503

(27.8%)

Das operadoras de jogo 1,546

(66.6%) 1,247

(69.0%)

De outras instituições 79

(3.4%) 57

(3.2%)

Total 2,321 1,807

Estatísticas dos STRs recebidos (2016 )

Edição No. 17 Maio de 2017

Estatísticas dos STRs recebidos 2016 5

Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006 5,6

Casos práticos 6

Tendência Internacional – Cumprimento do “Regime

de Execução de Congelamento de Bens” 7,8 In

form

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o

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nci

pa

l d

est

a

O número total de STRs recebidos pelo GIF no ano de 2016

aumentou 28.4%, quando comparado com o ano de 2015.

Os STRs recebidos do sector financeiro e do sector do jogo

eram, respectivamente, 30.0 % e 66.6 % do número total de

STRs.

As restantes instituições apresentaram 79 STRs, cuja maioria

está associada à venda de objectos valiosos.

Um total de 240 STRs foram enviados ao Ministério Público em 2016.

Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006

A proposta de lei intitulada “Alteração às Leis n.º 2/2006 – Prevenção e repressão do crime de branqueamento de capitais e n.º

3/2006 – Prevenção e repressão dos crimes de terrorismo” foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa em 11 de Maio,

publicada no Boletim Oficial em 22 de Maio de 2017 e entrou em vigor em 23 de Maio de 2017. As leis em causa entram em vigor no dia

seguinte ao da sua publicação e são republicadas. Esta proposta de lei foi adoptada com a finalidade da protecção do contínuo

desenvolvimento sustentável da economia da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), não só do mero cumprimento dos padrões

internacionais. De facto, as Leis n.º 2/2006 e n.º 3/2006 entraram em vigor há dez anos, a economia tem-se desenvolvido a um ritmo célere

nestes últimos dez anos, conduzindo a vicissitude do ambiente económico. Devido a esse facto, tem-se registado um elevado aumento do PIB

de Macau e do investimento estrangeiro nestes últimos dez anos, tendo aumentado o risco de criminalidade decorrentes do célere

desenvolvimento económico. Deste modo, o Governo da RAEM aperfeiçoou de forma activa os diplomas legais a fim de eliminar eventuais

riscos previsíveis, que possam ter um impacto negativo no sistema económico, assegurando assim o desenvolvimento contínuo e estabilidade

da economia da RAEM, criando assim um mercado económico seguro, confiável e apelativo a investimentos locais e estrangeiros. Enquanto

cumprindo com os padrões internacionais, deve manter-se também a competitividade e o desenvolvimento sustentável da economia da

RAEM, para que a RAEM ocupe um lugar de topo a nível mundial e se mantenha dentro dos

padrões internacionais.

Alteração às Lei n.º 2/2006

De acordo com a Lei n.º 2/2006 revista, os seguintes crimes são considerados crimes precedentes do

crime de branqueamento de capitais sendo a prática do crime de branqueamento de capitais punída

com pena máxima de prisão de 8 anos.

Tendo em consideração as medidas CDD, que representam um meio importante na prevenção e

repressão dos crimes de branqueamento de capitais e de financiamento ao terrorismo, todas as

entidades devem identificar e verificar a identidade dos seus clientes. Caso as entidades não consigam

obter as respectivas informações, estas devem recusar todas as transacções e comunicá-las.

É necessário que todas as entidades reportantes instalem sistemas de fiscalização adequados, para

detectarem transacções suspeitas relativas a branqueamento de capitais e financiamento ao

terrorismo.

Leiloeiras passam a ser entidades reportantes

Qualquer tentativa de prática de transacção suspeita, seja qual for o montante, deve ser

comunicadaao Gabinete de Informação Financeira!

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Caso prático 1 : Branqueamento de capitais através de re-exportação A Empresa X estabeleceu-se em 2014, tendo como actividade a venda de combustíveis navais e como os seus parceiros a Empresa Y

(importadora) do país M e a Empresa Z (exportadora) do país N.

Tendo em conta o elevado montante de transacções, a Empresa X pediu ao banco o serviço de cobrança documentária.

Empresa Y

Edição No. 17 Boletim informativo do GIF

Maio de 2017

Alteração às Lei n.º 3/2006 Para cumprir com os padrões internacionais, foi introduzida

uma nova definição:

Extenção do elenco dos crimes de terrorismo, por forma a

abranger todas as categorias de crimes, relativas a

combatentes terroistas estrangeiros; Extensão do elenco dos crimes de financiamento ao

terrorismo até a recursos económicos ou bens de qualquer

tipo, bem como produtos ou direitos susceptíveis de serem

transformados em fundos.

do país M

(importador)

produtos

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produtos

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Empresa Z

do país N

(exportador) Empresa X

No entanto, a Empresa X deixou de pedir o serviço de cobrança documentária ao banco desde meados de 2015, passando todas as operações a ser feitas por meio de transferência bancária através de online banking.

Devido à súbita mudança do modo de operação e ao reverso fluxo de capitais, o banco envolvido comunicou à unidade de informação financeira

local após análise da transacção em causa.

do país M

(importador)

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Empresa Z

do país N

(exportador) Empresa X

Empresa Y

Dúvidas: - Reverso fluxo de capitais (de um modo geral, os fundos são transferidos do importador para o exportador);

- Utilização do endereço do prestador de serviços como endereço de matrícula da empresa; - Mudança súbita do modo de operação (“o serviço de cobrança documentária” deu lugar a “remessa dos fundos via online banking”);

Sugestões:

- Devem ser reforçadas as medidas CDD, obtendo informações relativas ao importador e ao exportador através do banco da empresa intermediária;

- Devem ser pedidos documentos comprovativos ao cliente para verificar a racionalidade da transacção;

- Devem ser fixados limites para os montantes máximos das transferências de fundos efectuadas via internet banking (sobretudo transferências transfronteiriças de fundos).

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Edição No. 17 Boletim informativo do GIF

Maio de 2017

Tendência Internacional—Cumprimento do

“Regime de Execução de Congelamento de Bens”

A Lei n.º 6/2016 “Regime de Execução de Congelamento de Bens”, publicada no Boletim Oficial da RAEM

a 29 de Agosto de 2016, entrou em vigor a 30 de Agosto de 2016. Após a sua publicação, as “Instruções sectoriais

acerca do Regime de execução de congelamento de bens” foram publicadas no BO da RAEM a 23 de Novembro de

2016 e entraram em vigor no mesmo dia, com o objectivo de regulamentar as medidas operacionais deste Regime.

As Instruções supracitadas destinam-se às entidades previstas no artigo 6.º da Lei n.º 2/2006, sobretudo às

entidades que têm contas de cliente.

Critérios de correspondência:

A identificação deve conter as seguintes informações:

O nome, incluindo pseudónimos quando existam, a nacionalidade, o sexo e o número do passaporte ou do bilhete

de identidade, no caso de pessoas singulares;

O nome e o local, data e número de registo, no caso de pessoas colectivas.

Na ausência de informações, estas devem ser obtidas por todos os meios para determinar a correspondênc

Info

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Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondência

Nome ASHRAF YUSUF MUHAMMAD

UTHMAN AL-SALAM ABD

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF

4: 'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

(diferente

ordem)

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman

'Abdal-Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade Jordânia Jordânia

N.º de Passaporte a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

No. de Bilhete de Identi-

dade

Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria (até Dez de 2014)

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência:

A nacionalidade e as informações do passaporte do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas acerca do

indivíduo, disponibilizadas na lista de sanções, mas o nome aparece com uma ordem diferente. Com referência ao caso acima

mencionado, as informações básicas do suspeito tais como a nacionalidade, as informações do passaporte e do bilhete de

identidade são idênticas. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a naturalidade, o endereço, etc.,

correspondem às informações acerca do indivíduo na lista de sanções. Assim sendo, o indivíduo deve ser considerado como

a mesma pessoa.

Caso 1

Em relação aos casos de correspondência perfeita, aplicam-se as seguintes medidas:

Proceder-se imediatamente ao congelamento, proibir a disponibilização de bens e de prestação de

serviços.

Comunicar, dentro de 2 dias, a decisão de congelamento à Comissão, usando o formulário anexo

constante das“Instruções sectoriais acerca do Regime de execução de congelamento de bens”.

Além disso, apresentar STRs ao GIF nos termos do artigo 7.º do R.A. n.º 7/2006.

6

Caso prático 1 : Branqueamento de capitais através de re-exportação A Empresa X estabeleceu-se em 2014, tendo como actividade a venda de combustíveis navais e como os seus parceiros a Empresa Y

(importadora) do país M e a Empresa Z (exportadora) do país N.

Tendo em conta o elevado montante de transacções, a Empresa X pediu ao banco o serviço de cobrança documentária.

Empresa Y

Edição No. 17 Boletim informativo do GIF

Maio de 2017

Alteração às Lei n.º 3/2006 Para cumprir com os padrões internacionais, foi introduzida

uma nova definição:

Extenção do elenco dos crimes de terrorismo, por forma a

abranger todas as categorias de crimes, relativas a

combatentes terroistas estrangeiros; Extensão do elenco dos crimes de financiamento ao

terrorismo até a recursos económicos ou bens de qualquer

tipo, bem como produtos ou direitos susceptíveis de serem

transformados em fundos.

do país M

(importador)

produtos

$

produtos

$

Empresa Z

do país N

(exportador) Empresa X

No entanto, a Empresa X deixou de pedir o serviço de cobrança documentária ao banco desde meados de 2015, passando todas as operações a ser feitas por meio de transferência bancária através de online banking.

Devido à súbita mudança do modo de operação e ao reverso fluxo de capitais, o banco envolvido comunicou à unidade de informação financeira

local após análise da transacção em causa.

do país M

(importador)

$ $

Empresa Z

do país N

(exportador) Empresa X

Empresa Y

Dúvidas: - Reverso fluxo de capitais (de um modo geral, os fundos são transferidos do importador para o exportador);

- Utilização do endereço do prestador de serviços como endereço de matrícula da empresa; - Mudança súbita do modo de operação (“o serviço de cobrança documentária” deu lugar a “remessa dos fundos via online banking”);

Sugestões:

- Devem ser reforçadas as medidas CDD, obtendo informações relativas ao importador e ao exportador através do banco da empresa intermediária;

- Devem ser pedidos documentos comprovativos ao cliente para verificar a racionalidade da transacção;

- Devem ser fixados limites para os montantes máximos das transferências de fundos efectuadas via internet banking (sobretudo transferências transfronteiriças de fundos).

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Edição No. 17 Boletim informativo do GIF

Maio de 2017

Tendência Internacional—Cumprimento do

“Regime de Execução de Congelamento de Bens”

A Lei n.º 6/2016 “Regime de Execução de Congelamento de Bens”, publicada no Boletim Oficial da RAEM

a 29 de Agosto de 2016, entrou em vigor a 30 de Agosto de 2016. Após a sua publicação, as “Instruções sectoriais

acerca do Regime de execução de congelamento de bens” foram publicadas no BO da RAEM a 23 de Novembro de

2016 e entraram em vigor no mesmo dia, com o objectivo de regulamentar as medidas operacionais deste Regime.

As Instruções supracitadas destinam-se às entidades previstas no artigo 6.º da Lei n.º 2/2006, sobretudo às

entidades que têm contas de cliente.

Critérios de correspondência:

A identificação deve conter as seguintes informações:

O nome, incluindo pseudónimos quando existam, a nacionalidade, o sexo e o número do passaporte ou do bilhete

de identidade, no caso de pessoas singulares;

O nome e o local, data e número de registo, no caso de pessoas colectivas.

Na ausência de informações, estas devem ser obtidas por todos os meios para determinar a correspondênc

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Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondência

Nome ASHRAF YUSUF MUHAMMAD

UTHMAN AL-SALAM ABD

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF

4: 'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

(diferente

ordem)

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman

'Abdal-Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade Jordânia Jordânia

N.º de Passaporte a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

No. de Bilhete de Identi-

dade

Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria (até Dez de 2014)

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência:

A nacionalidade e as informações do passaporte do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas acerca do

indivíduo, disponibilizadas na lista de sanções, mas o nome aparece com uma ordem diferente. Com referência ao caso acima

mencionado, as informações básicas do suspeito tais como a nacionalidade, as informações do passaporte e do bilhete de

identidade são idênticas. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a naturalidade, o endereço, etc.,

correspondem às informações acerca do indivíduo na lista de sanções. Assim sendo, o indivíduo deve ser considerado como

a mesma pessoa.

Caso 1

Em relação aos casos de correspondência perfeita, aplicam-se as seguintes medidas:

Proceder-se imediatamente ao congelamento, proibir a disponibilização de bens e de prestação de

serviços.

Comunicar, dentro de 2 dias, a decisão de congelamento à Comissão, usando o formulário anexo

constante das“Instruções sectoriais acerca do Regime de execução de congelamento de bens”.

Além disso, apresentar STRs ao GIF nos termos do artigo 7.º do R.A. n.º 7/2006.

8 8

As Instruções Sectoriais para a implementação do regime de congelamento de bens foram publicadas no Boletim Oficial

n.° 47 de 23 de Novembro de 2016.

Para esclarecimento, queira aceder à página da internet da Comissão ou contactar o Secretariado da Comissão:

Página da internet: http://www.ccrc.gov.mo/

Endereço: Av. Dr. Mário Soares, nos. 307-323, Edif. “Banco da China”, 22.º andar Macao.

E-Mail: [email protected] Número de telefone para contacto: 2852 3666

Maio de 2017

Edição No. 17

Boletim informativo do GIF

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Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondência

Nome ASHRAF MUHAMMAD YUSUF

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF

4: 'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman 'Abdal

-Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade N/A Jordânia(ausência de informação sorbe a

nacionalidade do suspeito)

X

N.º de Passaporte N/A a) K048787, emitido na Jordânia b) 486298, emitido na Jordânia

X

No. de Bilhete de Identidade Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

Ou

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria

Caso 3

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência

O nome e as informações do BI do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas do indivíduo,

disponibilizadas na lista de sanções, mas verifica-se uma ausência da informação acerca da nacionalidade e

informações do passaporte do suspeito. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a

naturalidade, o endereço, etc., correspondem aos dados acerca do indivíduo na lista de sanções. Com referência ao

caso acima mencionado, uma vez que todas as informações disponibilizadas na lista de sanções são

correspondentes, o indivíduo deve ser considerado como a mesma pessoa.

Publicado em Maio de 2017 Editor: Gabinete de Informação Financeira, Governo da RAEM

Endereço: Avenida Dr. Mário Soares, Nos. 307-323, Edificio “Banco da China”, 22º andar, Macau

Tel: (853) 2852 3666 Fax: (853) 2852 3777

E-mail: [email protected] Website: http://www.gif.gov.mo.

Para quaisquer sugestões

e esclarecimentos, ou para obter

mais cópias deste boletim informativo, queira por favor

contactar o GIF.

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Informações acerca do suspeito de

transacções irregulares

Informações na lista de sanções Corre-

spondênci

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Nome ASHRAF MUHAMMAD YUSUF

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

1: ASHRAF 2: MUHAMMAD 3: YUSUF 4:

'UTHMAN 'ABD AL-SALAM

Pseudónimo N/A a) Ashraf Muhammad Yusif 'Uthman 'Abdal-

Salam b) Ashraf Muhammad Yusuf 'Abd-al-Salam

c) Ashraf Muhammad Yusif 'Abd al-Salam

X

Nacionalidade Jordânia Informação não encontrada na lista de

sanções

X

N.º de Passaporte K048787, emitido na Jordânia Informação não encontrada na lista de

sanções

X

No. de Bilhete de Identidade Qatar 28440000526, emitido no Qatar Qatar 28440000526, emitido no Qatar

Ou

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Data de nascimento 1984 1984

Naturalidade Iraque Iraque

Endereço República Á rabe da Síria República Á rabe da Síria (até Dezembro de

2014)

Caso 2

Fundamentos da decisão sobre o nível de correspondência

O nome e as informações do BI do suspeito correspondem perfeitamente às informações básicas do indivíduo,

disponibilizadas na lista de sanções, mas verifica-se uma ausência da informação acerca da nacionalidade e

informações do passaporte do suspeito. Além disso, as demais informações, incluindo a data de nascimento, a

naturalidade, o endereço, etc., correspondem aos dados acerca do indivíduo na lista de sanções. Com referência

ao caso acima mencionado, uma vez que todas as informações disponibilizadas na lista de sanções são

correspondentes, o indivíduo deve ser considerado como a mesma pessoa.

5

Boletim informativo do GIF

Boletim informativo do GIF

N.º de STRs 2016 2015

De instituições financeiras e

companhias de seguros 696

(30.0%) 503

(27.8%)

Das operadoras de jogo 1,546

(66.6%) 1,247

(69.0%)

De outras instituições 79

(3.4%) 57

(3.2%)

Total 2,321 1,807

Estatísticas dos STRs recebidos (2016 )

Edição No. 17 Maio de 2017

Estatísticas dos STRs recebidos 2016 5

Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006 5,6

Casos práticos 6

Tendência Internacional – Cumprimento do “Regime

de Execução de Congelamento de Bens” 7,8 In

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O número total de STRs recebidos pelo GIF no ano de 2016

aumentou 28.4%, quando comparado com o ano de 2015.

Os STRs recebidos do sector financeiro e do sector do jogo

eram, respectivamente, 30.0 % e 66.6 % do número total de

STRs.

As restantes instituições apresentaram 79 STRs, cuja maioria

está associada à venda de objectos valiosos.

Um total de 240 STRs foram enviados ao Ministério Público em 2016.

Alteração às Leis n.º 2/2006 e Leis n.º 3/2006

A proposta de lei intitulada “Alteração às Leis n.º 2/2006 – Prevenção e repressão do crime de branqueamento de capitais e n.º

3/2006 – Prevenção e repressão dos crimes de terrorismo” foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa em 11 de Maio,

publicada no Boletim Oficial em 22 de Maio de 2017 e entrou em vigor em 23 de Maio de 2017. As leis em causa entram em vigor no dia

seguinte ao da sua publicação e são republicadas. Esta proposta de lei foi adoptada com a finalidade da protecção do contínuo

desenvolvimento sustentável da economia da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), não só do mero cumprimento dos padrões

internacionais. De facto, as Leis n.º 2/2006 e n.º 3/2006 entraram em vigor há dez anos, a economia tem-se desenvolvido a um ritmo célere

nestes últimos dez anos, conduzindo a vicissitude do ambiente económico. Devido a esse facto, tem-se registado um elevado aumento do PIB

de Macau e do investimento estrangeiro nestes últimos dez anos, tendo aumentado o risco de criminalidade decorrentes do célere

desenvolvimento económico. Deste modo, o Governo da RAEM aperfeiçoou de forma activa os diplomas legais a fim de eliminar eventuais

riscos previsíveis, que possam ter um impacto negativo no sistema económico, assegurando assim o desenvolvimento contínuo e estabilidade

da economia da RAEM, criando assim um mercado económico seguro, confiável e apelativo a investimentos locais e estrangeiros. Enquanto

cumprindo com os padrões internacionais, deve manter-se também a competitividade e o desenvolvimento sustentável da economia da

RAEM, para que a RAEM ocupe um lugar de topo a nível mundial e se mantenha dentro dos

padrões internacionais.

Alteração às Lei n.º 2/2006

De acordo com a Lei n.º 2/2006 revista, os seguintes crimes são considerados crimes precedentes do

crime de branqueamento de capitais sendo a prática do crime de branqueamento de capitais punída

com pena máxima de prisão de 8 anos.

Tendo em consideração as medidas CDD, que representam um meio importante na prevenção e

repressão dos crimes de branqueamento de capitais e de financiamento ao terrorismo, todas as

entidades devem identificar e verificar a identidade dos seus clientes. Caso as entidades não consigam

obter as respectivas informações, estas devem recusar todas as transacções e comunicá-las.

É necessário que todas as entidades reportantes instalem sistemas de fiscalização adequados, para

detectarem transacções suspeitas relativas a branqueamento de capitais e financiamento ao

terrorismo.

Leiloeiras passam a ser entidades reportantes

Qualquer tentativa de prática de transacção suspeita, seja qual for o montante, deve ser

comunicadaao Gabinete de Informação Financeira!