boletim da be holocausto jan 2015

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O Dia Internacio causto é uma data in Assembleia Geral das N aprovada mediante a re que designa a data 27 de comemoração anual em vítimas do Holocausto. O dia 27 de Janeiro porque nesta data, em 19 soviético liberou o mai extermínio nazi, localizad (AuschwitzBirkenau). Os horrores da se mundial deram lugar a u mentos da Carta dos Dire que menciona no artigo 2: tem todos os direitos e li clamados nesta Declaraçã ção alguma de raça, cor, religião, opinião política o outra índole, origem nacio posição económica, na qualquer outra condição ”. 70115 Holocausto dio executado pelo regi- zi contra minorias étnico sas, deficientes, homos- s e opositores políticos gime, através de perse- e extermínio sistemáti- ime Nazi é responsável imes contra a HUMANI- AUSCHWITZ Em nome da Memória 27 de Janeiro de 1945. O exército russo chega a Auschwitz, principa extermínio nazi. Os nazis já tinham abandonado o campo quando as t chegaram. Os fornos crematórios tinham sido dinamitados para não res gios da aberração criminosa. Levaram consigo cerca de 58 mil prisioneir -os a percorrer inúmeros quilómetros a pé, em condições desumanas. N da, que ficou conhecida por “Marcha da morte”, morreram muitos pris que não conseguiam caminhar eram imediatamente fuzilados. Outros de exaustão. No campo, ficaram nove mil prisioneiros doentes, abandonados a comida nem medicamentos. Os primeiros soldados russos pareciam n no que viam: esqueletos vivos que se arrastavam como sonâmbulos. O Primo Levi escreveu, mais tarde, na sua obra mais conhecida: “(…) a todos era extrema; no campo nenhum doente se curava; muitos, pe adoeciam de pneumonia e diarreia; os que não estavam em condições d ou não tinham a energia para o fazer, jaziam entorpecidos nas camas, frio, e ninguém se apercebia do momento em que morriam.” (“Se homem”). 27 de Janeiro de 2015. Foi há 70 anos. Auschwitz é hoje símbolo de um singular. Seres humanos foram aniquilados como se fossem objetos Lembrar o que aconteceu e como se realizou é dever de quem está a que se passa à sua volta. Também é sinal de decência. O mundo em q é a confluência do passado a que chamamos história. A sombra qu

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Page 1: Boletim da BE Holocausto jan 2015

BIBLIOTECA ESCOLAR /CRE

Agrupamento de Escolas de Idanha-a-Nova Newsletter especial 270115

O Dia Internacional do Holo-

causto é uma data instituída pela

Assembleia Geral das Nações Unidas,

aprovada mediante a resolução 60/7,

que designa a data 27 de Janeiro para a

comemoração anual em memória das

vítimas do Holocausto.

O dia 27 de Janeiro foi escolhido,

porque nesta data, em 1945, o exército

soviético liberou o maior campo de

extermínio nazi, localizado na Polónia

(Auschwitz–Birkenau).

Os horrores da segunda guerra

mundial deram lugar a um dos funda-

mentos da Carta dos Direitos Humanos,

que menciona no artigo 2: “Toda pessoa

tem todos os direitos e liberdades pro-

clamados nesta Declaração, sem distin-

ção alguma de raça, cor, sexo, idioma,

religião, opinião política ou de qualquer

outra índole, origem nacional ou social,

posição económica, nascimento ou

qualquer outra condição”.

270115

Holocausto

Genocídio executado pelo regi-

me Nazi contra minorias étnico

religiosas, deficientes, homos-

sexuais e opositores políticos

do regime, através de perse-

guição e extermínio sistemáti-

co.

O regime Nazi é responsável

por crimes contra a HUMANI- AUSCHWITZ

Em nome da Memória

27 de Janeiro de 1945. O exército russo chega a Auschwitz, principal campo de extermínio nazi. Os nazis já tinham abandonado o campo quando as tropas russas chegaram. Os fornos crematórios tinham sido dinamitados para não restarem vestí-gios da aberração criminosa. Levaram consigo cerca de 58 mil prisioneiros, forçando-os a percorrer inúmeros quilómetros a pé, em condições desumanas. Nesta retira-da, que ficou conhecida por “Marcha da morte”, morreram muitos prisioneiros. Os que não conseguiam caminhar eram imediatamente fuzilados. Outros sucumbiram de exaustão. No campo, ficaram nove mil prisioneiros doentes, abandonados ao frio, sem comida nem medicamentos. Os primeiros soldados russos pareciam não acreditar no que viam: esqueletos vivos que se arrastavam como sonâmbulos. O prisioneiro Primo Levi escreveu, mais tarde, na sua obra mais conhecida: “(…) a fraqueza de todos era extrema; no campo nenhum doente se curava; muitos, pelo contrário, adoeciam de pneumonia e diarreia; os que não estavam em condições de se mexer, ou não tinham a energia para o fazer, jaziam entorpecidos nas camas, rígidos pelo frio, e ninguém se apercebia do momento em que morriam.” (“Se isto é um homem”). 27 de Janeiro de 2015. Foi há 70 anos. Auschwitz é hoje símbolo de um momento singular. Seres humanos foram aniquilados como se fossem objetos a destruir. Lembrar o que aconteceu e como se realizou é dever de quem está atento(a) ao que se passa à sua volta. Também é sinal de decência. O mundo em que vivemos é a confluência do passado a que chamamos história. A sombra que Auschwitz estende sobre os nossos dias só pode ser desvanecida pela memória.

Texto do professor de Filosofia, Mário Raposo

Page 2: Boletim da BE Holocausto jan 2015

Mapa dos Campos de Concentração Nazis

Campo de Concentração de AUSCHWITZ

Entrada

Instala-

ções dos

fornos

cremató-

rios

«A única maneira de sair daqui é pela chaminé». Esta foi a frase que milhão e meio de pessoas ouviram antes de irem

para a câmara de gás. «Arbeit macht Frei» ( o trabalho liberta ) é outra frase célebre de Auschwitz escrita numa tabuleta pelos

nazis à entrada do campo.

Foi o primeiro campo de extermínio. Foi construído na Polónia onde conseguiram juntar cerca de 155 mil pessoas e onde

se criou um complexo de morte.

Os primeiros 20.000 que foram recebidos eram criminosos alemães. Dois outros campos foram construídos na sequência

de uma visita realizada por Himmler em 1 de Março de 1941, que decidiu elevar a capacidade para 30.000 e mandar projectar o

campo para 100.000 pessoas. Este último campo acabou por ser construído pelos próprios prisioneiros da guerra. Na visita,

Himmler anuncia que será construída uma fábrica de armamento para que os prisioneiros participem no esforço da guerra.

Page 3: Boletim da BE Holocausto jan 2015

Fábrica de armamento

Próximo dos campos existentes funcionavam dezenas de oficinas metalúrgicas, fábricas e minas da região.

As execuções em massa de judeus começaram na Primavera de 1942 em Maio, altura em que 1.200 judeus encolhidos nos

comboios recém-chegados da Alemanha, Eslováquia e França, foram gaseados. Tinha-se descoberto que para cada quilo de

peso era necessário cerca de 1 miligrama de Zyklon. Entre 1942/43 usaram 20.000 kg do produto.

Interior de câma-

ra de gás em

Aushwitz, à

esquerda.

À direita, próte-

ses, óculos, brin-

cos, colares,

alianças e dentes

de ouro retirados

às vítimas.

Um esquadrão especial de presos eram

os responsáveis pela limpeza dos corpos, reti-

ravam-lhes as próteses, os óculos, os brincos,

colares, alianças, dentes de ouro e rapavam-

lhes o cabelo, e só depois eram levados para

os fornos para serem queimados. As cinzas

eram deitadas nos rios ou usadas como estru-

me.

Aos sobreviventes eram-lhes atribuídos

símbolos próprios que os identificavam: os

judeus usavam a estrela de David amarela, os

prisioneiros políticos um triângulo vermelho, os

ciganos um triângulo negro, as testemunhas de

Jeová o violeta, os homossexuais o cor-de-

rosa, e para os criminosos o verde.

Os médicos do campo seleccionavam quem morreria

nas 2 horas seguintes e quem iria trabalhar nos 6 meses

futuros.

O comandante de Auschwitz formou entre os presos

uma orquestra de instrumentos de corda obrigando-os a

tocar «Barcarolle» para os acalmar. Depois deu-lhes pos-

tais ilustrados para escreverem para casa dizendo que

estavam bem instalados num campo de trabalho imaginário.

Os SS prometiam-lhes banhos reconfortantes, pediam-lhes

que pendurassem as roupas em cabides numerados e que

entrassem numa sala cheia de chuveiros e torneiras mas

que eram falsas. Mal a porta da sala se fechava militares

SS com máscaras de gás subiam ao terraço e introduziam

Zyklon B pelas frestas que actuava em 20 minutos. Os mais

novos eram os primeiros a morrer devido ao gás se espa-

lhar mais depressa em baixo.

Page 4: Boletim da BE Holocausto jan 2015

As refeições eram constituídas por: ao peque-no-almoço meio litro de uma aguada a que os nazis chamavam café, ao almoço uma sopa sem carne preparada normalmente com legu-mes estragados, e à noite um pão mal cozido com margarina ou queijo e uma nova tisana.

Os prisioneiros eram punidos por todas e nenhuma razão, por fazer e por não fazerem. Josef Mengele era um médico do campo e escolheu cerca de 1500 gémeos para usar como cobaias, servindo um de controle e experimentando no segundo. Mandava matar muitos só para os estudar na autópsia. Utilizou também como cobaias sete dos dez anões ciganos que obrigou a dan-çar nus para as tropas SS. O único que tentou ajudar os prisioneiros foi o bacteriologista Wilhelm Hans Munch, dando-lhes medicamentos e alimentos, correndo assim risco de vida.

Milhares de cadáveres de seres humanos reduzi-

dos a ossos e farrapos, numa vala comum, ainda

por enterrar… Crianças usadas em experiências

Sendo uma alimentação inadequada levava a que muitos dos detidos fossem parar à enferma-ria, conhecida com «antecâmara da morte», pois normalmente o seu sofrimento era aliviado por uma injecção letal ou por um passeio até à câmara de gás.

Page 5: Boletim da BE Holocausto jan 2015

Em 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de 3.000 homens e mulheres pesando entre 23 e 35Kg.

Para o século XXI

in http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/index.htm, 18/01/2011

Page 6: Boletim da BE Holocausto jan 2015

CONTRA O ESQUECIMENTOCONTRA O ESQUECIMENTO

11

• A vida nos campos da morte….Maus tratos, falta de privacidade e higiene, doenças, castigos, fome,…

O HOLOCAUSTO

12

O HOLOCAUSTO

• A vida nos campos da morte….Maus tratos, falta de privacidade e higiene, doenças, castigos, fome,…

13

• A vida nos campos da morte….Experiências Médicas…

O HOLOCAUSTO

14

• A vida nos campos da morte….Trabalhos Forçados, Violência...

O HOLOCAUSTO

15

• A vida nos campos da morte….Extermínio em Massa – A SOLUÇÃO FINAL

O HOLOCAUSTO

16

• A vida nos campos da morte….Extermínio em Massa – A SOLUÇÃO FINAL

O HOLOCAUSTO

Page 7: Boletim da BE Holocausto jan 2015

Filmes e Livros na Biblioteca

BIOGRAFIAS:BIOGRAFIAS:

ANNE FRANKANNE FRANK

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anne_Frankhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Anne_Frank

ARISTIDES SOUSA MENDESARISTIDES SOUSA MENDES

http://www.eb23http://www.eb23--diogodiogo--cao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/portug/arist.htmcao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/portug/arist.htm

OSCAR SCHINDLEROSCAR SCHINDLER

http://www.eb23http://www.eb23--diogodiogo--cao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/schind/schin.htmcao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/schind/schin.htm

MUSEUS:MUSEUS:

AUSCHWITZAUSCHWITZ--BIRKENAUBIRKENAU

http://www.pbs.org/auschwitz/

USA HOLOCAUST MUSEUMUSA HOLOCAUST MUSEUM

http://www.ushmm.org/http://www.ushmm.org/

MUSEU ANNE FRANK (AMSTERDÃO)MUSEU ANNE FRANK (AMSTERDÃO)

http://www.annefrank.org/splashpage.asphttp://www.annefrank.org/splashpage.asp

CONTRA O ESQUECIMENTO

Trabalho de articulação História/ Filosofia/BE