boletim clg 15

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Boletim CLG ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 27 de agosto a 02 de setembro de 2012 15 Greve dos docentes completa dias e governo não apresenta novidades No sábado, 25, os docentes federais completaram 100 dias de greve. Foram meses de manifestações públicas, marchas, atos, palestras, sempre procurando manter o diálogo com a sociedade, em especial os estudantes da UFS. Apesar de todo esse tempo, o governo apresentou apenas uma proposta de reestruturação da carreira, no dia 13 de julho, que foi rejeitada pelo sindicato nacional, o ANDES-SN. A segunda proposta, apresentada em 24 de julho, apenas repetiu as distorções da primeira. O sentimento de indignação com a postura intransigente do governo somente aumentou ao longo do tempo. Mas, a luta continua, e várias ativi dades ocorreram nacionalmente para pressionar o governo a reabrir a mesa de negociações. Na manhã da quarta-feira, 22, ocorreu em Aracaju um Ato Público intitulado “A Greve vai à Rua”, na Praça Fausto Cardoso, Centro da Cidade. Marcaram presença entidades federais em greve e o sindicato dos professores estaduais, o Sintese. Os estudantes também participaram da mobilização em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. O evento contou com apresentação de grupo folclórico de Maracatu do Sintese, medição de pressão arterial na tenda da saúde, exposição de trabalhos acadêmicos e distribuição de livros doados na tenda da ADUFS. Representações sindicais tomaram a palavra para explicar à população as reivindicações das categorias e a situação do serviço público brasileiro. Compareceram membros da ADUFS, Sintufs, Sindiprev, SINTSEP, Sinasefe, Sintese, Sindimisu, CUT, CSP-Conlutas, IBGE, PRF e INCRA. de trabalho para o professor”, disse o presidente da ADUFS, professor Antônio Carlos, que também criticou a postura do governo em não reabrir as negociações com os docentes. O diretor executivo do Sintese, Roberto Silva, considerou o Ato histórico na medida em que uniu servidores públicos estaduais e federais em um movimento por valorização da carreira. “Nós somos solidários ao movimento dos servidores federais porque o sentimento de revolta que eles estão vivendo hoje é o mesmo que os professores da rede estadual de Sergipe vivem”, afirmou. Outro destaque da semana foram as atividades em alusão aos 100 dias de greve, ocorridas no Centro de Cultura e Arte (Cultart), na sexta-feira (24). O evento teve início pela manhã, com oficina e mesa de debate no centro cultural. Pela tarde, houve concentração na Praça Fausto Cardoso para a “Manifestação das Capitais - Greve Nacional”, ato preparado pelas organizações estudantis em todo Brasil, inclusive Sergipe, com participação dos servidores públicos federais. Da praça, todos marcharam em direção ao Cultart para mais atividades culturais. Segundo o estudante Sillas Teixeira, do curso de Engenharia de Produção da UFS e um dos organizadores da manifestação estudantil da sexta-feira, o propósito do evento foi mostrar o descaso com a educação brasileira e denunciar a intransigência do governo. “Queremos conscientizar os estudantes sobre a greve e chamar atenção da mídia para pressionar o governo a reabrir as negociações com os professores”. Os professores da UFS estiveram presentes para somar forças ao movimento de luta. “Nós estamos aqui divulgando que a universidade precisa ser reformulada para oferecer melhores condições de estudo ao aluno e condições Artigo Avaliação Política do ANDES-SN p.4 Começa definição das eleições da ADUFS p.3

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O Boletim CLG é um periódico do Comando Local de Greve da ADUFS com informações sobre o movimento grevista dos professores federais da UFS

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Page 1: Boletim CLG 15

Boletim CLG

ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

27 de agosto a 02 de setembro de 201215

Grevedos docentes

completa

diase governo

não apresentanovidades

No sábado, 25, os docentes federais completaram 100 dias de greve. Foram meses de manifestações públicas, marchas, atos, palestras, sempre procurando manter o diálogo com a sociedade, em especial os estudantes da UFS. Apesar de todo esse tempo, o governo apresentou apenas uma proposta de reestruturação da carreira, no dia 13 de julho, que foi rejeitada pelo sindicato nacional, o ANDES-SN. A segunda proposta, apresentada em 24 de julho, apenas repetiu as distorções da p r ime i ra . O sen t imento de indignação com a postura intransigente do governo somente aumentou ao longo do tempo. Mas, a luta continua, e várias atividades ocorreram nacionalmente para pressionar o governo a reabrir a mesa de negociações.

Na manhã da quarta-feira, 22, ocorreu em Aracaju um Ato Público intitulado “A Greve vai à Rua”, na Praça Fausto Cardoso, Centro da Cidade. Marcaram presença entidades federais em greve e o sindicato dos professores estaduais, o S in tese. Os estudantes também participaram da mobilização em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

O evento contou com apresentação de grupo folclórico de Maracatu do Sintese, medição de pressão arterial na tenda da saúde, exposição de trabalhos acadêmicos e distribuição de livros doados na tenda da ADUFS. Representações sindicais tomaram a palavra para explicar à população as reivindicações das categorias e a situação d o s e r v i ç o p ú b l i c o b r a s i l e i r o . Compareceram membros da ADUFS, Sintufs, Sindiprev, SINTSEP, Sinasefe, Sintese, Sindimisu, CUT, CSP-Conlutas, IBGE, PRF e INCRA.

de trabalho para o professor”, disse o presidente da ADUFS, professor Antônio Carlos, que também criticou a postura do governo em não reabrir as negociações com os docentes.

O diretor executivo do Sintese, Roberto Silva, considerou o Ato

histórico na medida em que uniu servidores públicos estaduais e federais em um movimento por valorização da carreira. “Nós somos solidários ao

movimento dos servidores federais porque o sentimento de revolta que eles estão vivendo hoje é o mesmo que os professores da rede estadual de Sergipe vivem”, afirmou.

Outro destaque da semana foram as atividades em alusão aos 100 dias de greve, ocorridas no Centro de Cultura e Arte (Cultart), na sexta-feira (24). O

evento teve início pela manhã, com oficina e mesa de debate no centro

cultural. Pela tarde, houve concentração na Praça Fausto Cardoso para a “Manifestação das Capitais - Greve Nac iona l ” , a to p reparado pe las organizações estudantis em todo Brasil, inclusive Sergipe, com participação dos servidores públicos federais. Da praça, todos marcharam em direção ao Cultart

para mais atividades culturais.

Segundo o estudante Sillas Teixeira, do curso de Engenharia de Produção

da UFS e um dos organizadores da manifestação estudantil da sexta-feira, o propósito do evento foi mostrar o descaso com a educação brasileira e denunciar a intransigência do governo. “Queremos conscientizar os estudantes sobre a greve e chamar atenção da mídia para pressionar o governo a reabrir as negociações com os professores”.

Os professores da UFS estiveram presentes para somar forças ao movimento de luta. “Nós estamos aqui divulgando que a universidade precisa ser reformulada para oferecer melhores condições de estudo ao aluno e condições

de trabalho para o professor”, disse o presidente da ADUFS, professor Antônio Carlos, que também criticou a postura do governo em não reabrir as negociações com os docentes.

O diretor executivo do Sintese, Roberto Silva, considerou o Ato

histórico na medida em que uniu servidores públicos estaduais e federais em um movimento por valorização da carreira. “Nós somos solidários ao

movimento dos servidores federais porque o sentimento de revolta que eles estão vivendo hoje é o mesmo que os professores da rede estadual de Sergipe vivem”, afirmou.

Outro destaque da semana foram as atividades em alusão aos 100 dias de greve, ocorridas no Centro de Cultura e Arte (Cultart), na sexta-feira (24). O

evento teve início pela manhã, com oficina e mesa de debate no centro

cultural. Pela tarde, houve concentração na Praça Fausto Cardoso para a “Manifestação das Capitais - Greve Nac iona l ” , a to p reparado pe las organizações estudantis em todo Brasil, inclusive Sergipe, com participação dos servidores públicos federais. Da praça, todos marcharam em direção ao Cultart

para mais atividades culturais.

Segundo o estudante Sillas Teixeira, do curso de Engenharia de Produção

da UFS e um dos organizadores da manifestação estudantil da sexta-feira, o propósito do evento foi mostrar o descaso com a educação brasileira e denunciar a intransigência do governo. “Queremos conscientizar os estudantes sobre a greve e chamar atenção da mídia para pressionar o governo a reabrir as negociações com os professores”.

ArtigoAvaliação Política do

ANDES-SNp.4

Começa definição das eleições da ADUFS

p.3

Page 2: Boletim CLG 15

propostos pelo governo, e também reduz os degraus entre níveis remuneratórios de 5% para 4%, preservando a natureza do trabalho acadêmico.

Os dias que estão por vir serão decisivos para a classe dos professores. Nós não desistiremos da luta, apesar de toda pressão. A hora é de resistir e intensificar a greve para forçar o governo a ouvir as reivindicações dos servidores.

Editorial

Charge da semana

o que falta praatender as reivindicacoes

dos professores?

bom...eles ainda

nao pediramde joelhos...

ErrataAs tabelas da matéria publicada

na edição n° 14 do Boletim CLG,intitulada ‘‘Docentes definem

contraproposta para o governo’’, foram duplicadas. Seguiu em anexo

ao jornal folha avulsa com as tabelas restantes (Regime

de 40h e Regime DE)

A mídia nacional propaga uma visão da conjuntura de greve a partir dos olhos do governo. Enquanto o governo diz que aproximadamente 80 mil servidores estão paralisados, as categorias informam um número maior: 350 mil. O governo afirma que as negociações estão avançando: firmou acordo com o Proifes, uma entidade que não representa nem 5% dos professores. Das 59 universidades em greve, 53 continuam em greve na luta por uma educação de qualidade.

O governo omite e deturpa informações para confundir a população e colocar as categorias umas contra as outras, quando decide agendar reuniões em separado e em seu discurso afirma priorizar neste momento o investimento no serviço privado, que não dispõem de estabilidade no emprego. Como escreve Luiz Carlos Azenha, não há nada de errado em priorizar ao mesmo tempo os funcionários públicos e privados. Ao valorizar os funcionários públicos, o g o v e r n o e s t a r á , a i n d a q u e indiretamente, valorizando também os que recebem os serviços essenciais prestados por eles.

Em 100 dias de greve, as contradições do governo Dilma se acentuam. O anúncio de corte de ponto dos servidores, pressão em cima dos reitores, substituição de funcionários em greve são ações de uma política que segue um sistema alheio aos anseios da classe trabalhadora. Em seu discurso nas eleições para presidência, Dilma foi categórica ao dizer que educação seria prioridade em seu mandato, algo que não se percebe no momento atual.

Mas, as ações de greve estão se intensificando na mesma proporção da indignação dos professores. As últimas semanas foram preenchidas com atividades em todo Brasil para p r e s s i o n a r a r e a b e r t u r a d a s negociações.

O sindicato dos professores está aberto a negociação. Prova disso foi a entrega da contraproposta ao MEC/MPOG que prevê redução dos valores da malha salarial, aceitando o piso e teto

EXPEDIENTEDIRETORIA 2010-2012 - GESTÃO ‘‘A LUTA CONTINUA’’Presidente: Antônio Carlos Campos; Vice-presidente: Marcos Antônio da Silva Pedroso; Secretária: Manuela Ramos da Silva; Diretor Administrativo e Financeiro: Júlio Cesar Gandarela Resende;Diretor Acadêmico e Cultural: Fernando de Araújo Sá. Suplentes: Sonia Cristina Pimentel de Santana e Carlos Dias da Silva JuniorBoletim produzido pela ADUFS - Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino SuperiorEndereço: Av. Marechal Rondon, s/n, bairro Rosa Elze, São Cristóvão-SE Jornalismo: Raquel Brabec (DRT-1517) Estagiário em Design Gráfico e Charge: Fernando CaldasO conteúdo dos artigos assinados é responsabilidade dos autores e não corresponde necessariamente à opinião da diretoria da ADUFS Contato ADUFS: Tel.: (79) 3259-2021E-mail: adufs@infonet .com.br Site: http://www.adufs.org.brN° de Tiragem: 1000 exemplares

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Page 3: Boletim CLG 15

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Professores realizaram assembleia no dia 23 para iniciar as discussões sobre a eleição da gestão 2012-2014 da ADUFS. Foram debatidos os prazos, definição de calendário, comissão eleitoral e lançamento do edital para a inscrição das chapas. Confira abaixo o edital de convocação:

Começa definição das eleições da ADUFS

Nº15

Page 4: Boletim CLG 15

depoimentos e debates nas

assembleias expressavam uma

luta que resgatasse a autonomia

institucional, no sentido contrário

ao projeto de contrarreforma que

vem sendo implementado pelo

governo para estas Instituições. O

governo Dilma busca adequar,

cada vez mais, as IFE para os

i n t e r e s s e s m e r c a n t i s ,

es tabelecendo uma lóg ica

g e r e n c i a l , p r o d u t i v i s t a e

quantitativista.

No cenário mais geral, os últimos

meses demonstraram o forte

movimento de várias categorias

dos servidores públicos federais

que, inegavelmente, impacta o

governo Dilma, mas não o debilita.

Tal fato demonstra a retomada da

luta e caracteriza a reação dos

trabalhadores em torno de uma

contrarreforma do Estado que se

coloca em curso, que impõe

perdas de direitos e aprofunda a

desestruturação das carreiras,

como no caso dos docentes. Com

o objetivo de garantir esse projeto,

o governo Dilma não responde às

reivindicações da categoria ao

m e s m o t e m p o q u e t e n t a

desarticular o movimento grevista.

A intensificação contínua do

mov imen to nas IFE , com

significativa participação de

docentes que vivem condições

precárias de trabalho, contribuiu

para a deflagração de uma forte

greve no dia 17 de maio.

Surpreendido pela força do

movimento docente o governo

D i lma vem empreendendo

diversas ações para isolar o

ANDES-SN, nesse cenário de luta

do funcionalismo público federal.

Docentes, estudantes e servidores

técnico-administrativos das IFE

construíram suas greves em nível

nacional. Reiteradamente, nas

mesas de negociação, o governo

Dilma manteve-se intransigente

frente à força coletiva desses

movimentos, ao condicionar a

abertura das negociações das

pautas dos técnico-administrativos

ao fim do processo negocial com os

docentes. A assinatura do “acordo”

com o Proifes, no dia 03 de agosto,

representou nesse palco, uma

encenação de conclusão da

discussão com os docentes.

Tal “acordo” impôs o projeto do

g o v e r n o D i l m a q u e ,

unilateralmente, numa atitude

antissindical, deu por encerrada a

negociação com os professores,

desconsiderando sua pauta. Na

tentativa de fazer garantir o seu

p r o j e t o d e p r i v a t i z a ç ã o ,

precarização, fragmentação e

hierarquização entre e intra

instituições e docentes, o governo

age para o esfacelamento do

movimento de oposição que essa

greve das IFE representou a essa

lógica distorcida.

Como elementos relevantes desse

processo, que reafirmam essa

linha de condução política, está o

próprio acordo assinado no dia 22

de agosto com a FASUBRA e a

repercussão dessa negociação

com os técnico-administrativos,

também representados pelo

SINASEFE, entidade sindical que,

até aqui, se colocou na luta

conjunta com o ANDES-SN, nas

m e s a s d e n e g o c i a ç ã o e ,

sobretudo, nas diretrizes políticas

constitutivas do movimento.

Também sobre o SINASEFE, o

governo Dilma vem incidindo, com

o o b j e t i v o d e n e g o c i a r

separadamente com essa entidade

um “aditivo” ao “acordo” relativo à

carreira docente. Para as demais

categorias dos SPF em greve, o

A greve dos docentes das

Instituições Federais de Ensino

(IFE) completou cem dias, no dia

24 de agosto de 2012, num dos

movimentos mais fortes de toda a

histór ia do ANDES-SN. A

declaração da greve ocorreu em

a s s e m b l e i a s l o t a d a s ,

demonstrando o profundo

descontentamento de nossa

c a t e g o r i a c o m a f o r m a

desrespeitosa com que o

governo trata da carreira docente

e das condições de trabalho e

ensino nas IFE, em particular nas

expansões desordenadas (como

REUNI, Expandir, criação de

novos campus...) realizadas sem

g a r a n t i a d a q u a l i d a d e

acadêmica.

O movimento paredista se

a m p l i o u r a p i d a m e n t e . A

mobilização mostrou que não se

aceitaria mais as postergações

do MPOG e do MEC, com

inúmeras promessas, reuniões,

mesas e oficinas, que foram

utilizadas principalmente a partir

de 2010, para adiar, manipular e

impedir que as necessárias

mudanças fossem efetivadas.

Isto também se mostrou evidente

no descumprimento do acordo

assinado em 2011 com o

movimento docente. A greve

expressa o repúdio consciente da

categoria, que não admite mais

assistir à precarização do

trabalho nas IFE, o que se reflete

nos pontos listados na pauta de

reivindicações (reestruturação da

carreira e valorização e melhoria

das condições de trabalho) e na

denúncia da forma irresponsável

com que governo Dilma vem

agindo com os professores das

IFE e com os servidores públicos

de forma geral.

Já no início das paralisações, os

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Comunicado Especial - Avaliação PolíticaCNG/ANDES-SN

Page 5: Boletim CLG 15

Nº15

governo apresenta propostas de

reajuste salarial, com o objetivo

de construir acordos à toque de

caixa para pôr fim às greves,

afirmando que enviará projetos

de lei para o Congresso Nacional

até o dia 31 de agosto.

O governo Dilma é contraditório

ao oferecer uma proposta para a

FASUBRA, em que reafirma a

estrutura de carreira para os

técnico- administrativos com

steps constantes entre os níveis

de carreira, reconhecendo desta

forma que esta questão é de

máxima importância para os

servidores públicos federais. Já

em relação aos docentes, o

governo Dilma é insistente em

negar o resgate deste mesmo

princípio, o qual inclusive era

originalmente garantido no

PUCRCE, emblemando então

que o interesse do governo neste

momento é aprofundar a

desestruturação da carreira do

magistério na educação federal.

Sendo assim, é preciso dizer que

o governo age de forma

perniciosa, autoritária e ilegítima,

utilizando-se de manobras para

confundir os docentes sobre o

próprio sentido dessa greve, a

reestruturação da carreira e o

próprio conceito de instituição de

ensino pelo qual lutamos.

Na última semana, a ofensiva dos

setores governistas no interior

das IFE coloca-se nos mesmos

marcos. Ela se materializou tanto

nas manobras e golpes que

puseram fim à greve na UNB e

UFC, quanto nos movimentos em

d i r e ç ã o a o s c o l e g i a d o s

superiores, em diversas IFE,

visando o retorno do calendário

acadêmico, iniciativas que têm

sido prontamente respondidas

pelo movimento docente, o que

demonstra a força da greve.

O fato novo da semana que se

r e c u s a n d o - s e a r e a b r i r

negociações.

A semana que segue tende a

colocar na ordem do dia o

p r o t a g o n i s m o a t u a l d o s

trabalhadores do serviço público

federal no cenário polí t ico

brasileiro. Os docentes, através

dos resultados das assembleias

gerais, de atos e mobilizações

seguem afirmando a força da

greve e a disposição da categoria

em intensificá-la. A correlação de

forças atual apresenta o impasse

entre um governo refratário às

nossas reiv indicações e o

movimento, de fôlego, organizado

em que nos encontramos.

O governo se propõe a ampliar a

desestruturação da carreira,

submetendo os docentes a

avaliações controladas pelo MEC,

fora do âmbito da autonomia das

IFE. Assim como não garante a

melhoria das condições de

trabalho, reivindicação presente

no segundo ponto de pauta, que

sequer foi considerado.

O governo Dilma aposta que os

professores desistirão da luta no

dia 31/08, por ser o prazo definido

na LDO para que o executivo envie

ao congresso nacional projetos de

lei que tratem de modificações nas

carreiras de servidores públicos

federa is com repercussão

financeira em 2013. Os docentes,

por sua vez, respondem que o

momento é de resistir e intensificar

a greve. Mesmo com o envio do

projeto de lei orçamentária ao

C o n g r e s s o N a c i o n a l , a s

possibilidades de conquistas pela

g r e v e d o c e n t e c o n t i n u a m

dependendo centralmente de

nossa capacidade de luta e

resistência para forçar o governo a

reabrir negociações..

CNG/ANDES-SN 25/8/12

encerra foi a apresentação,

divulgação e protocolização da

contraproposta referendada nas

a s s e m b l e i a s d e b a s e d a

categoria. Esta foi marcada por

intensa atividade em Brasília – no

legislativo, no executivo, na

imprensa e nas ruas, com a

realização das seguintes ações: a)

apresentação da contraproposta

na Comissão de Educação e

Cultura da Câmara Federal,

s o l i c i t a n d o q u e e s s e s

parlamentares atuem como

intermediários na reabertura das

negociações, bem como diversas

c o n v e r s a s c o m o u t r o s

parlamentares para que também

a j a m n e s t e s e n t i d o ; b )

protocolização da contraproposta

do CNG/ANDES-SN na Secretaria

Geral da Presidência, nos

min is té r ios (MEC, MPOG,

SRT/MPOG), sol ic i tando a

reabertura de negociação com o

governo; c) concessão de coletiva

na imprensa para dar visibilidade

ao conteúdo da contraproposta do

movimento; d) realização de atos

de rua que demarcaram todas as

ações relatadas nos i tens

anteriores. Assim, utilizamos de

diferentes canais para pressionar

o governo Dilma no sentido de

reabr i r as negoc iações e

considerar nossas reivindicações.

O ato de elaborar e apresentar

uma contraproposta revela a

disposição da categoria para

negociar, mas reafirmando os

princípios de reestruturação da

carreira docente, elemento

fundamental para superar a lógica

fragmentária contida na proposta

salarial do governo Dilma. A

postura do governo tem sido

marcada pela intransigência. Por

meio da mídia e em nota nos sites

oficiais do executivo, sem

nenhuma resposta direta ao

CNG/ANDES-SN, o governo age

em uma tentativa de desqualificar

a iniciativa do movimento,

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Page 6: Boletim CLG 15

Sociedades afiliadas à SBPC pedem abertura de canal de comunicação para pôr fim à greve

Para garantir a educação e combater o atraso no setor, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e s u a s 1 0 5 s o c i e d a d e s a f i l i a d a s encaminharam no último dia 22, uma carta ao ministro Aloízio Mercadante a favor da abertura de um canal de comunicação para pôr fim à greve que afeta centenas de estudantes e professores. (Jornal da Ciência)

Servidores de institutos federais aceitam encerrar greve caso pedidos de docentes sejam atendidos

Os funcionários dos IFs (Institutos Federais) de educação super ior representados pelo Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Prof issional e Tecnológica) decidiram nesta quinta-feira (23) indicar a seus filiados a aceitação da proposta de reajuste salarial do governo federal caso demandas feitas por professores também sejam levadas em conta. O sindicato representa tanto servidores quanto docentes dos IFs. (Educação Uol)

Docentes contrários ao fim da greve das federais do CE fazem petição

23/08 - Um grupo de professores da Universidade Federal do Ceará e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) tentam agendar uma nova assembleia para debater a reunião decidiu pelo fim da greve das federais, que ocorreu na quarta-feira (22). Os professores contrários ao fim da greve coletaram 500 assinaturas em uma petição para uma nova assembleia, que seria realizada na terça-feira (28). Nesta quinta-feira a Adufc notificou as un ivers idades federa is sobre a assembleia que decidiu pelo fim da greve. (G1)

Receita, PF e PRF rejeitam oferta e mantêm greve

23/08 - O ultimato da presidente Dilma Rousseff, que mandou cortar o ponto e até demitir os grevistas que cometerem excessos, produziu efeito contrário entre os servidores da Receita, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF), chamados de "sangue azul" por receberem os salários mais altos. As três categorias recusaram a proposta de 15,8% de reajuste, a mesma feita pelo Ministério do Planejamento ao conjunto dos servidores e decidiram ampliar o movimento em todo o País. A previsão é de mais caos nos próximos dias nos setores de importação e exportação, nas estradas federais, postos de fronteira e aeroportos. (Estadão)

NotíciasRápidas

AGENDA DE GREVE DOS DOCENTES DA UFS

CONVITECINE GREVE UNIFICADO

DATA: 29 de agosto (quarta-feira)HORA: 15h

LOCAL: Auditório ADUFS

Laura (Júlia Lemmertz) é uma documentarista que, após 20 anos de casamento, se separou recentemente. Percebendo que ainda possui questões mal resolvidas em relação à sua sexualidade, ela decide realizar um f i lme que aborde a sexualidade feminina nos dias atuais. Nesse mesmo período, ela se envolve com um novo amor.

FILME:

(Euclydes Marinho, 2008)

Seguido de debate com Sônia Meire (UFS) e Catarina Nascimento (UFS)

MULHERES SEXO VERDADES MENTIRAS

CINE GREVE

O Cine Greve agendado para o dia 22/08foi cancelado em virtude de problemaspessoais de uma das debatedoras. Por issoo Cine Greve com o filme ‘‘Mulheres Sexo Verdades Mentiras’’ acontecerá no dia 29/08.