boas prÁticas fitossanitÁrias do algodÃo · culturas de inverno na resteva do algodão (foto 8)....
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Informativo Nº 151 – Segunda Quinzena de Junho de 2017
BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS DO ALGODÃO
Núcleo 1 – Chapadão do Sul e Cassilândia
Mais da metade das propriedades produtoras de algodão iniciaram os trabalhos de colheita,
enfardamento e transporte do algodão safra. As prévias de produtividades até o momento são
razoáveis, 285 arrobas por hectare, mas a expectativa da maioria das áreas é ficar próxima a 300
arrobas para o algodão safra (Foto 1).
As características da pluma estão boas (Foto 2). O clima seco tem favorecido esta qualidade
e a umidade no momento da colheita está sendo controlada de forma sistemática para não ocorrerem
problemas no momento do beneficiamento. As equipes de campo das
unidades produtoras acompanham de perto a evolução da colheita
para ficar atentas às boas práticas de colheita.
Com o final do ciclo da cultura, as áreas que houve baixa
eficiência no controle do bicudo durante o ciclo apresentam uma
população final da praga alta em alguns pontos dos talhões (Foto 3 e
4). A situação escapou do controle principalmente naquelas áreas
próximas aos refúgios da praga e outras em que a pulverização aérea
ou terrestre não conseguiu realizar uma boa aplicação do produto (às
Foto 1. Algodão safra pronto para ser colhido.
Foto 2. Plantas com bom aspecto nas
plumas a serem colhidas no campo.
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vezes por descuido), são estas: margens de cerca e postes, bordaduras próximas às vias de trânsito,
principalmente rodovia e ferrovia, área próximas a plantações de eucalipto, onde o avião geralmente
aplica mais alto ou fecha antes a pulverização, sem fazer os arremates finais. Sendo assim, é de suma
importância que as equipes de campo fiquem atentas para que nestas áreas seja feito algum controle
adicional (catação de botão e estruturas atacadas caídas, pulverização costal (atomizador) se
necessário, uso de tecnologias atrai-e-mata, super armadilhamento com feromônio também pode ser
uma opção de retirada de adultos do ambiente, e ficar atento a saída da praga para os refúgios, assim
então controlar as mesmas no momento após a roçada.
Pulgões não controlados adequadamente provocaram o aparecimento de melado e fumagina
na pluma de algumas cultivares de ciclo mais tardio, que rebrotaram no ponteiro; inclusive, houve
deposição de substância açucarada na pluma dos capulhos do terço inferior já abertos. O ideal é
prevenir este problema que afeta a qualidade da fibra, com a realização do controle da praga, para
evitar problemas na comercialização.
Em Chapadão do Sul, o campo
demonstrativo de cultivares da AMPASUL
está localizado na fazenda Indaiá, neste
núcleo o campo foi semeado na
modalidade safra (Foto 5). Sua semeadura
foi realizada em dezoito de dezembro e
está com aproximadamente 190 DAE (dias
após emergência). No campo são
comparadas dez cultivares com diferentes
tecnologias, onde produtores, técnicos,
Foto 3 e 4. Larva e pupa de bicudo encontrado em áreas próximas a ferrovia e divisa com eucalipto.
Foto 5. Campo Demonstrativo de Cultivares Safra.
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gerentes, agrônomos e pessoas ligadas ao setor puderam acompanhar o desenvolvimento e
características de cada cultivar ao longo do ciclo.
Nesta semana foi realizada a aplicação de desfolhante e maturador para acelerar o processo
de abertura das maçãs, estima-se que a colheita do campo seja realizada na segunda quinzena de julho.
Ao longo do ciclo da cultura foram necessárias dezessete aplicações para o controle do bicudo; em
relação ao complexo de lagartas, nas cultivares que não expressam tecnologia Bt foram necessárias
dezoito aplicações para o controle de lepidópteros, já nas cultivares que apresentam tecnologias
Bollgard II e TwinLink não foi necessário realizar intervenções química, já nas cultivares Bollgard I
e WideStrike foram necessárias quatro aplicações. Em relação ao complexo de doenças, foram
realizadas seis aplicações específicas para o controle de Ramulária.
Núcleo 2 – Costa Rica e Alcinópolis
Segue o processo de colheita do algodão safra no município de Costa Rica (no Informativo
anterior tinha sido anunciado o início da colheita regional). Entretanto, até o momento apenas
quarenta por cento dos cotonicultores iniciaram tal operação (Foto 6). A colheita segue em ritmo
lento, sendo que algumas propriedades estão realizando os ajustes finais nos maquinários para darem
início a colheita. Até o momento foi colhido doze por cento da área semeada com algodão safra e a
produção média está torno de 340 arrobas de algodão em caroço por hectare.
Neste Núcleo, em cinquenta e
cinco por cento da área de algodão safra
foram realizadas aplicações com
desfolhantes e/ou maturadores. Vale
lembrar que o uso de inseticidas no
momento da desfolha é fundamental para
a diminuição da população de bicudo de
final de safra.
Os algodoais semeados na modalidade de segunda safra estão na fase final de seu ciclo,
iniciando o processo de abertura de maçãs.
No município de Alcinópolis está localizado o campo demonstrativo de cultivares de segunda
safra da AMPASUL (Foto 7). A semeadura do campo demonstrativo de segunda safra foi realizada
em dezoito de janeiro e está com aproximadamente 170 DAE (dias após emergência). No campo são
comparadas dez cultivares com diferentes tecnologias, onde produtores, técnicos, gerentes,
Foto 6. Início colheita algodão safra no município de Costa Rica.
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agrônomos e pessoas ligadas ao setor também puderam acompanhar o desenvolvimento e
características de cada cultivar ao longo do ciclo.
Neste campo, em relação ao bicudo
do algodoeiro já foram realizados onze
tratamentos para seu controle; em relação ao
complexo de lagartas, nas cultivares que não
expressam tecnologia Bt foram necessárias
dez aplicações para o controle de
lepidópteros, já nas cultivares que
apresentam tecnologias Bollgard II e
TwinLink não foi necessário realizar
intervenções química. Em relação ao
complexo de doenças, foram realizadas cinco aplicações específicas para o controle de Ramulária.
Núcleo 3 – Centro (São Gabriel do Oeste).
Não ocorreu a semeadura de algodão nesta região para a safra 2016/17.
Núcleo 4 – Sul (Sidrolândia, Aral Moreira e Campo Grande).
Em Aral Moreira e Sidrolândia
está finalizada a colheita e também a
destruição dos restos culturais, em
obediência a Boa Prática Agrícola e às
normas legais, através da roçagem das
plantas, nestas áreas já foram semeadas
culturas de inverno na resteva do algodão
(Foto 8).
A média alcançada nestes dois
municípios que finalizaram a colheita foi de 270 arrobas por hectare.
Colheita e Transporte
Durante o processo de colheita, devemos realizar algumas ações para otimizar o operacional,
como: regulagem adequada das máquinas para evitar perdas acentuadas ou superior a três por cento;
Foto 7. Campo demonstrativo de cultivares de segunda safra.
Foto 8. Aveia semeada na resteva do algodão com bom controle das
plantas de algodão tiguera e rebrotas.
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monitorar a umidade da pluma, pois se colhida com umidade superior a 8% podem ocorrer danos na
qualidade da mesma; e, realizar uma colheita rápida e bem-feita preservando as qualidades intrínsecas
da pluma. Durante e após a colheita, o transporte do algodão em caroço do campo para a usina de
beneficiamento deve ser realizado com cuidado, quando deve-se realizar o enlonamento correto dos
rolinhos e fardões evitando a contaminação do mesmo por poeira e o derramamento do algodão em
caroço nas estradas e rodovias (Foto 9 e 10).
Manejo de Solo
Nesse momento a AMPASUL já contabiliza 1673 hectare de área analisada e processadas
entre 7 propriedades no estado, as informações são interpretadas através de software específicos para
esse trabalho, que geram mapas em camadas (Foto 11) onde se pode localizar com maior facilidade
as áreas compactadas, mostrando as
zonas específicas com maior resistência
no solo, esse tipo de informação ajuda o
produtor na tomada de decisão com
maior precisão, pois a partir da grade
amostral pode se obter vários outros
tipos de informação de um local
específico dentro de um talhão, além da
compactação. Nesse momento estamos
trabalhando somente com informações
de resistência do solo, mas com outras ferramentas também podemos fazer análises químicas, físicas,
de matéria orgânica, nematoide, NDVI, entre outras, podendo então sobrepor todas essas informações
coletadas no mapa de produtividade, sendo a maneira correta para identificação de problemas
diferentes que limitam o potencial produtivo.
Foto 11. Mapa em formato Kmz, facilita a visualização dos mapas na
propriedade.
Foto 9 e 10. Imagens ilustrativas de como deve ser realizado o transporte do algodão em caroço.
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As análises de compactação feitas pelo
aparelho Penetrolog, captura dados de
resistência, cm a cm, e fornece informação
segura em uma profundidade de 400 mm como
podemos ver na foto 12. Essa informação é
cruzada com os pontos georreferenciados e são
transformados através de cálculos
matemáticos, gerando mapas de zonas de
compactação em 8 camadas de até 50 mm,
facilitando a leitura da análise, como podemos
ver foto 13.
As propriedades que ainda não foram
atendidas podem solicitar uma visita direto ao
monitor de campo da associação ou na própria AMPASUL, algumas fazendas já foram mapeadas e
estão aguardando a capacidade de campo ideal e a liberação
dessas áreas que no momento se encontravam com milho ou
algodão.
Esse trabalho e contínuo e os meios de reversão de
compactação são de alto custo ou limitados, assim também
como os parâmetros de resistência amplamente discutido na
comunidade agronômica para cada região, cultura ou textura de
solo, no entanto essa ferramenta deve ser utilizada pois o
modelo de agricultura que se empregou nos últimos anos
principalmente o plantio direto tente a deixar o solo um pouco
mais compactado, causas do constante trânsito de máquinas
pesadas nas lavouras.
Visita Técnica aos Campos Demonstrativos
Na quarta-feira, 28 de junho, a AMPASUL realizou, com parceiros, Visita Técnica em seus
campos demonstrativos no Município de Chapadão do Sul e de Costa Rica (foto 14).
AMPASUL mantêm anualmente campos demonstrativos com materiais de algodão em
lançamento no mercado, cultivados em duas etapas distintas, primeira safra e segunda safra.
Foto 12. Informação do Penetrolog de ponto especifico.
Foto 13. Mapa de compactação interpolado.
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Conforme relatado anteriormente, neste ano agrícola, o campo demonstrativo da primeira safra foi
instalado na Fazenda Indaiá, de Otávio Ciro Boff e Darci Augustinho Boff, no Pouso Frio, em
Chapadão do Sul e da segunda safra na Fazenda Garrote, dos irmãos Bürgel, no Baús, Município de
Costa Rica.
O diretor executivo da AMPASUL, Adão
Hoffmann participou da Visita Técnica e
agradeceu os parceiros que contribuíram para a
implantação dos campos demonstrativos, entre
eles, as fazendas e as empresas produtoras de
sementes; Bayer, J&H e TMG. Elas enviaram
seus representantes técnicos de vendas e gerentes
de desenvolvimento de produtos, que
acompanharam a implantação dos estandes e
palestraram para os produtores, consultores, gerentes de fazendas e universitários que participaram
da Visita Técnica.
Durante as apresentações ocorreram debates, trocas de informações e de experiências,
contribuindo com importante conteúdo técnico aos participantes.
São materiais com várias tecnologias que contribuem para o aumento da produtividade,
qualidade do fio e a diminuição do custo, quando implantadas na época correta, com o uso das demais
técnicas recomendadas pelas empresas produtoras, para cada um deles.
Foram demonstrados no evento novos materiais de algodão que vem de encontro com as
necessidades dos cotonicultores da região, que expressaram os seus potenciais produtivos, mesmo
com as dificuldades na condução dos campos demonstrativos, que a complexidade natural da cultura
impõe.
Na abertura dos trabalhos os técnicos do Projeto de Sustentabilidade da AMPASUL falaram
a respeito dos trabalhos realizados e que nessa safra 74% da área plantada no MS foi certificada pelo
programa “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR).
O diretor Adão Hoffmann falou da importância dos cuidados que se deve ter neste momento
da colheita, para que os produtores observem os cuidados necessários que a operação requer para se
evitar a perda, que promove a disseminação de pragas e doenças, com destaque para o bicudo. Esta
Foto 14. Visita aos campos demonstrativos.
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praga está sob controle, graças às iniciativas da AMPASUL e a adesão dos produtores nas medidas
técnicas adotadas.
Durante o evento foram distribuídos folhetos das campanhas; “Plano de ação para transporte
de algodão” e “Procedimentos para uma colheita com qualidade e segurança”, desenvolvidos pela
AMPASUL e apoio do IBA, Instituto Brasileiro do Algodão. “Neste ano agrícola observa-se uma
diminuição drástica na infestação do bicudo que está controlado e com expressiva diminuição do
número de aplicações, uma conquista que devemos preservar mantendo a vigilância e as medidas
recomendadas”, destacou Adão Hoffmann.
- Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca -
Redação e Elaboração: Danilo S. Moraes, Robson Santos, Marcelo Caires e Andressa Marks