trabalho algodão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS COLÉGIO AGRÍCOLA VIDAL DE NEGREIROS DISCIPLINA: CULTURAS REGIONAIS DOENÇAS DO ALGODOEIRO BANANEIRAS – PB 2015

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algodão

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Page 1: Trabalho Algodão

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS

COLÉGIO AGRÍCOLA VIDAL DE NEGREIROSDISCIPLINA: CULTURAS REGIONAIS

DOENÇAS DO ALGODOEIRO

BANANEIRAS – PB

2015

Page 2: Trabalho Algodão

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS

COLÉGIO AGRÍCOLA VIDAL DE NEGREIROSDISCIPLINA: CULTURAS REGIONAIS

DOENÇAS DO ALGODOEIRO

Trabalho acadêmico apresentado ao Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros Campus – III – Bananeiras – PB, como parte das exigências da disciplina de Culturas.

BANANEIRAS – PB

2015

Page 3: Trabalho Algodão

3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................5

2 FENOLOGIA E ECOFISIOLOGIA...................................................................7

2.1 FASE VEGETATIVA...............................................................................................................7

2.2 FASE FORMAÇÃO DE BOTÕES FLORAIS..............................................................................8

2.3 FLORESCIMENTO................................................................................................................8

2.4 ABERTURA DE CAPULHOS...................................................................................................8

2.5 SEMEADURA A EMERGÊNCIA.............................................................................................8

2.6 DA EMERGÊNCIA AO APARECIMENTO DO PRIMEIRO BOTÃO FLORAL:..............................9

2.7 APARECIMENTO DO PRIMEIRO BOTÃO FLORAL AO APARECIMENTO DA PRIMEIRA FLOR.9

2.8 APARECIMENTO DA PRIMEIRA FLOR AO PRIMEIRO CAPULHO.........................................10

2.9 ABERTURA DO PRIMEIRO CAPULHO À COLHEITA.............................................................10

3 RELAÇÕES ECOLÓGICAS..........................................................................12

3.1 PRAGAS DE OCORRÊNCIA GERAL......................................................................................12

3.1.1 Pulgão – Aphis Gossyppi – Hemiptera: Aphididae...................................................12

3.1.2 Curuquerê – Alabama Argillacea – Lepidóptera: Noctuidae....................................13

3.1.3 Bicudo – Anthonomus Grandis – Coleoptera: Curculionidae...................................13

3.1.4 Lagarta das Maçãs – Heliothis Virescens; Helicoverpa Zea – Lepidoptera: Noctuidae...........................................................................................................................14

3.1.5 Mosca Branca – Bemisia Tabaci – Homoptera: Aleurodidae...................................15

3.1.6 Percevejos – Percevejos de raízes - Scaptoris Castanea; Atarsocoris Brachiarae - Hemiptera: Cycanidae.......................................................................................................16

3.2 INIMIGOS NATURAIS........................................................................................................16

3.2.1 Orius spp. – Hemíptera: Anthocoridae.....................................................................17

3.2.2 Nabis spp. – Hemíptera: Nabidae.............................................................................17

3.2.3 Podisus spp. – Hemíptera: Pentatomídae................................................................17

3.2.4 Zellus spp. – Hemíptera: Reduviidaera.....................................................................17

3.2.5 Lixeiro – Neuroptera: Chrysopidae...........................................................................17

3.2.6 Joaninhas – Coleóptera: Coccinellidae.....................................................................18

3.2.7 Tesourinhas – Dermaptera: Forticulidae..................................................................18

3.2.8 Ceratosmicra intmaculata – Hymenóptera: Chalcidae.............................................18

3.2.9 Trichogramma spp. – Hymenóptera: Trichogrmmati-dae.......................................18

3.3 Doenças de ocorrência geral............................................................................................19

Page 4: Trabalho Algodão

4

3.3.1 Mancha- de- Ramulária............................................................................................19

3.3.2 Ramulose..................................................................................................................19

3.3.3 Mancha Angular........................................................................................................20

3.3.4 Mosaico das Nervuras..............................................................................................20

3.3.5 Tombamento............................................................................................................21

3.3.6 Podridão das Maçãs..................................................................................................21

4 CLIMA E SOLO.............................................................................................23

5 CONCLUSÃO................................................................................................26

REFERÊNCIAS................................................................................................27

Page 5: Trabalho Algodão

5

1 INTRODUÇÃO

O algodão é a matéria fibrosa que envolve as sementes do algodoeiro,

planta do gênero Gossypium, família das malváceas. As fibras crescem em

quantidade considerável, aderidas às sementes e protegidas por uma cápsula,

que se abre ao amadurecer. As espécies cultivadas são G. herbaceum, G.

arboreum, G. barbadense, G. hirsutum.

Segundo os documentos mais antigos, é originário da Índia, tendo-se

expandido, através do Irã e da Ásia ocidental, em direção ao norte e oeste. Sua

utilização na confecção de tecidos, na China, data de 2200 a.C. Foi introduzido

na Grécia por Alexandre o Grande, chegando até o Egito.

Estudiosos afirmam que o algodoeiro já era conhecido séculos antes de

Cristo. Segundo algumas fontes o algodoeiro americano tem origens no México

e no Peru. No Brasil não se tem notícias de quando exatamente o algodão

surgiu.

No século XVl os índios convertiam o algodão em fios no qual eram

feitos redes e roupas. Segundo alguns historiadores os indígenas faziam

mingau com caroço do algodão esmagado e utilizavam o sumo das folhas

maceradas para curar feridas.

Assim os primeiros colonos chegados ao Brasil passaram a cultivar e

utilizar o algodão nativo. As culturas algodoeiras da época não passavam de

pequenas roças em volta das moradias. Foi somente após a revolução

industrial no século XVIII que o algodão se tornou a principal fibra têxtil do

mundo e maior produto das Américas.

O Maranhão se destacou com grande produção, alavancando o cultivo

da fibra no nordeste, porém com a entrada dos Estados Unidos. no mercado

mundial e sua produção cada vez maior a produção brasileira entrou em

decadência. A produção brasileira só voltou a crescer por causa da guerra de

Secessão dos Estados Unidos em 1860, a qual paralisou as exportações norte

americanas.

Antes só era cultivado algodão arbóreo, o Brasil passou, então, a cultivar

o algodão herbáceo visando expandir rapidamente a produção. São Paulo se

destacou na cultura, mas com recuperação dos Estados Unidos voltou a

Page 6: Trabalho Algodão

6

regredir um pouco. A partir dos anos 30 São Paulo despontou como grande

produtor brasileiro de algodão, com a crise cafeeira a economia brasileira

girava em torno do produto. Com a expansão da cultura começaram a aparecer

pragas, as condições climáticas favoreceram as infestações. Rim de Boi e

Quebradinho eram tipos de algodão nativos do Brasil principalmente no

nordeste.

A partir de 1950 foram introduzidos novas variedades importadas dos

Estados Unidos. Com a seca de 1877 morreram a maioria da plantação da

região restando algumas raízes de uma espécie denominada Mocó. O Rim de

Boi o Quebradinho e o Mocó eram algodão arbóreo, perene os quais foram

plantados e misturados na lavoura. O cruzamento entre essas espécies

originou um híbrido com características entre os arbóreos e herbáceos

chamados de verdões, os quais rapidamente se espalharam pelo nordeste

dividindo a preferência entre os outros.

Page 7: Trabalho Algodão

7

2 FENOLOGIA E ECOFISIOLOGIA

O algodoeiro, por ser uma planta de crescimento indeterminado, possui

uma das mais complexas morfologias entre as plantas cultivadas. O

desenvolvimento do algodoeiro é influenciado principalmente pela temperatura.

A cultura precisa de acompanhamento constante, visando o controle de pragas

e doenças.

Na fenologia é melhor ler a planta de baixo para cima e do centro para a

periferia. No começo só crescem os nós cotiledonares. Depois de apresentar

quatro a cinco nós aparece o primeiro ramo reprodutivo. Em cada ramo

reprodutivo se indicam as posições frutíferas.

Durante o ciclo da planta de algodão há diversos eventos ocorrendo ao

mesmo tempo o crescimento vegetativo, aparecimento de gemas reprodutivas,

florescimento, crescimento e maturação dos frutos. Cada um destes é

importante para a produção final, mas é necessário que venha ocorrer em

equilíbrio.

Recentemente foi desenvolvida a “Escala do Algodão”, ou seja, um

sistema de identificação de estádios de desenvolvimento do algodoeiro, que

permite definir exatamente cada passo do desenvolvimento e crescimento da

planta (MARUR; RUANO, 2001).

Nessa escala o ciclo de vida da planta é dividido em 4 fases: fase

vegetativa (V), formação dos botões florais (B), abertura de flores (F) e a

abertura de capulhos (C).

2.1 FASE VEGETATIVA

V0- vai da emergência da plântula até o quando a primeira folha

verdadeira chega a 2,5 cm de comprimento.

V1- do final do V0 até a segunda folha verdadeira atinja o mesmo

tamanho

V2-Vn- segue o mesmo critério da anterior

Page 8: Trabalho Algodão

8

2.2 FASE FORMAÇÃO DE BOTÕES FLORAIS

B1- começa quando o primeiro botão floral se torna visível.

B2- primeiro botão floral do segundo ramo frutífero visível.

B3-Bn- segue o mesmo critério

2.3 FLORESCIMENTO

F1- primeiro botão floral do primeiro ramo se transforma em flor.

F2- primeiro botão floral do segundo ramo se transforma em flor.

F3-Fn- segue o mesmo critério.

2.4 ABERTURA DE CAPULHOS

C1- a primeira maçã do primeiro ramo se abre, transformando em

capulho.

C2- a primeira maçã do segundo ramo se abre.

C3- segue o mesmo critério

A temperatura influencia o crescimento da planta sendo determinada a

exigência para cada fase. O estudo das fases de crescimento das plantas é a

fenologia. As do algodoeiro são analisadas as seguintes fases: semeadura a

emergência; Da emergência ao aparecimento do primeiro botão floral;

Aparecimento do primeiro botão floral ao aparecimento da primeira flor;

Aparecimento da primeira flor ao primeiro capulho e a abertura do primeiro

capulho à colheita.

2.5 SEMEADURA A EMERGÊNCIA

Quando a semente é colocada no solo o primeiro evento que acontece é

a embebição. A semente precisa de 52% de umidade para iniciar o processo

de germinação. Em condições favoráveis a emergência ocorre entre 5 a 10

dias. A velocidade da emergência radícula varia de acordo com a temperatura.

Se a temperatura for menor que 20°C e maior que 34°C não haverá

emergência.

Page 9: Trabalho Algodão

9

2.6 DA EMERGÊNCIA AO APARECIMENTO DO PRIMEIRO BOTÃO FLORAL:

Esta fase pode demorar de 27 a 38 dias. O crescimento da parte da

parte aérea é lento, mas em compensação o sistema radicular é vigoroso. Nos

primeiros dias após a germinação o crescimento das plântulas não é sensível,

portanto a partir da 3ª semana ficam bastante sensíveis as mudanças de

temperatura. A raiz penetra rapidamente no solo com profundidade de 25

cm. Quando a parte aérea está com 35 cm a raiz deverá estar a 90 cm

de profundidade. O comprimento total das raízes continua até a planta

atingir sua altura máxima e os frutos começam a se formar. A partir deste

o comprimento radicular entra em declínio.

O crescimento do algodoeiro é monopodial. Desenvolvem-se

nesse momento os nós e internos, podendo haver início de crescimento

de um ou mais ramos vegetativos. Possui dois tipos de ramos:

reprodutivos e vegetativos. Cada nó se desenvolve um ramo reprodutivo.

Os primeiros 4 e 5 nós da haste principal são vegetativos e as

folhas tem curta duração. O primeiro botão floral aparece entre o quinto e

sexto nó.

2.7 APARECIMENTO DO PRIMEIRO BOTÃO FLORAL AO APARECIMENTO

DA PRIMEIRA FLOR

Esta fase há o crescimento em altura e o acumulo de matéria seca pela

planta. Também é regulada pela temperatura tendo duração de 25 a 35 dias.

Com a temperatura média de 22° a 25°C começa a produção de um novo ramo

frutífero (simpodial). Após o aparecimento da primeira flor, devem ter

desenvolvido entre 14 e 16 nós acima do nó cotiledonar. De acordo com

(KERBY; KEELEY; 1987) em média a cada três dias deva aparecer um botão

floral em ramos sucessivos e a cada seis dias aparecem um novo botão floral

no mesmo ramo.

Page 10: Trabalho Algodão

10

O crescimento vegetativo é essencial para gerar grande número de

posições frutíferas. A falta de água fará com que a planta fique menor do

deveria.

2.8 APARECIMENTO DA PRIMEIRA FLOR AO PRIMEIRO CAPULHO

Nesta fase estão acontecendo vários eventos. A competição entre o

crescimento vegetativo e o reprodutivo aumenta, as plantas continuam

crescendo e é atingida a altura máxima.

A vida média de uma folha é de 65 dias, porém o auge da fotossíntese

acontece nos primeiros 20 dias de abertura da folha. A máxima fotossíntese

ocorre quando o fruto está no início do desenvolvimento. Por isso os primeiros

frutos são mais desenvolvidos que os demais.

A exigência de água passa de 4 mm para 8 mm por dia acompanhando

o desenvolvimento foliar. Para obter altas produtividades são necessários 700

mm de água durante o ciclo do algodão. O maior problema é que onde se

cultiva algodão, quanto mais água disponível haverá maior incidência de

nuvens e assim pouca luz disponível. A falta de luminosidade é mais limitante

que a disponibilidade de água.

A queda dos botões florais e maçãs jovens acontecem nesta época,

sendo considerado um fenômeno natural, o qual pode ser acentuado pelas

condições adversas. A queda de até 60% das estruturas é considerada normal.

Qualquer fator que determine uma queda na fotossíntese ou aumento no gasto

metabólico resulta na queda das estruturas reprodutivas.

As altas temperaturas tendem a desequilibrar o crescimento reprodutivo

e vegetativo da planta.

Nesta fase algumas maçãs já estão maduras. Na segunda metade

desta, qualquer alteração na fotossíntese resultará em prejuízo em função da

maior porcentagem de fibras imaturas.

2.9 ABERTURA DO PRIMEIRO CAPULHO À COLHEITA

Começa com a abertura do primeiro capulho e termina com a aplicação

dos desfolhantes ou maturadores. Dura de 4 a 6 semanas, dependendo da

Page 11: Trabalho Algodão

11

produtividade, do suprimento de água, nutrientes principalmente da

temperatura. A melhor temperatura para as maçãs atingirem a maturidade está

entre 21° e 23°C. As temperaturas mais baixas favorecem a formação de

maçãs mais pesadas.

A carga deve ser suficiente para inibir o crescimento vegetativo. Ocorre

porque a grande quantidade de maçãs oferece competição ao crescimento

vegetativo, esperando que o mesmo seja menor. Nesta época o sistema

radicular já está em declínio e a fotossíntese diminuída.

A ocorrência de estresse nessa fase acarretará prejuízo na qualidade da

fibra e as baixas temperaturas resultam em fibras imaturas e má abertura dos

capulhos. A qualidade da fibra também das temperaturas noturnas. Esse risco

acontece normalmente quando a semeadura é tardia.

Neste ponto de desenvolvimento a exigência de água cai rapidamente.

Seria bom que não chovesse durante a abertura dos capulhos para as fibras

para as fibras continuarem sendo preservadas. Água em excesso favorecerá o

apodrecimento dos capulhos e maçãs da parte de baixo da planta.

Page 12: Trabalho Algodão

12

3 RELAÇÕES ECOLÓGICAS

O algodão tem muitas relações com diversas pragas e doenças que

serão definidas a seguir. Isso por ser uma cultura bastante suscetível ao

ataque das mesmas.

3.1 PRAGAS DE OCORRÊNCIA GERAL

A planta do algodoeiro atrai, alimenta e reproduz muitas pragas. As

quais atacam as raízes, o caule as folhas, botões florais, maçãs e capulhos.

Podendo ocasionar grandes prejuízos na produção. Para ter uma lavoura de

algodão o agricultor deve elaborar um plano eficiente de medidas fitossanitárias

que sejam capazes de garantir lucros.

3.1.1 Pulgão – Aphis Gossyppi – Hemiptera: Aphididae

São pequenos insetos de corpo mole. Os adultos e os jovens são

sugadores de seiva. Tem corpo segmentado, sua coloração varia do amarelo

claro até o verde escuro. As formas aladas e ápteras ocorrem nas populações

dos pulgões. As aladas são responsáveis por disseminar a espécie nas

lavouras, e as ápteras colonizam as folhas e os brotos atacados. Ao sugarem a

seiva, picam a planta produzindo o encarquilhamento das folhas e deformação

dos brotos.

Os pulgões ficam no lado inferior das folhas das plantas e brotos. As

infecções ocasionadas paralisa o crescimento das plantas. Quando as

populações ultrapassam 30 pulgões/folha a mela se torna visível nas

superfícies foliares. São transmissores de doenças de vírus para o algodoeiro.

O vermelhão que apresenta áreas vermelhas entre as nervuras e o mosaico

das nervuras apresenta um crescimento paralisado com as bordas foliares

curvadas para baixo e rugas no limbo. Quando a incidência é inicial e severa

provoca perda total da produção.

A rotação de cultura e a manutenção das lavouras no limpo favorecem o

manejo com os pulgões. Os inseticidas são as ferramentas mais utilizadas para

Page 13: Trabalho Algodão

13

o controle de pulgões. Há vários inimigos naturais, como predadores,

parasitoides e fungos, reduzem as populações dos mesmos. Mas, esses

agentes apresentar uma ação reguladora não é suficiente. Os lixeiros, as

joaninhas também são inimigos naturais dos pulgões.

3.1.2 Curuquerê – Alabama Argillacea – Lepidóptera: Noctuidae

É uma das pragas frequentes e prejudiciais à lavoura. Atacam os limbos

das folhas devorando-o quase todo. O Alabama argillacea é uma espécie

exclusiva da fauna americana e sua dispersão abrange todos os países do

continente.

O inseto adulto é uma mariposa de cor acinzentada clara com manchas

circulares no centro das asas anteriores. Ao nascerem as lagartas são

incolores com pontos escuros no dorso, localizam-se embaixo das folhas

adquirindo ao se alimentarem uma tonalidade esverdeada.

As lagartas recém-nascidas raspam o parênquima foliar, aparecendo a

seguir manchas nas folhas. As maiores devoram todo tecido foliar deixando

apenas as nervuras. Nas grandes infestações podem danificar os brotos,

botões florais, flores e maçãs. As condições de umidade e temperatura

elevadas favorecem o crescimento populacional da praga.

O curuquerê deve ser combatido no início do ciclo evitando a

proliferação. Os inimigos naturais predadores, parasitos, fungos, e vírus atuam

na eliminação de ovos, lagartas e pupas.

3.1.3 Bicudo – Anthonomus Grandis – Coleoptera: Curculionidae

O adulto do bicudo é um besouro de coloração marrom avermelhado a

cinza escuro variando sua coloração de acordo com a idade do inseto. As

larvas são brancas e depois se transformam em pupas, onde pode ser visto os

vestígios dos diferentes membros do corpo.

É a praga que causa mais prejuízos na cotonicultura brasileira. Pode

reduzir a produção em até 70%. Aparecem após uns 50 dias de plantio e ataca

a plantação de algodão até o final do cultivo.

Page 14: Trabalho Algodão

14

As fêmeas colocam, cerca de 150 ovos, em geral um ovo por botão

floral. Após a postura ela recobre o orifício com uma cera. Essa cera tem como

função, proteger o ovo no interior do botão contra os inimigos naturais. O

período de incubação é de três dias. Em torno de 5 a7 dias após o ataque, os

botões caem ao solo, contendo as larvas em desenvolvimento elas são

brancas, de cabeça marrom clara e sem pernas, as quais se tornam pupas e

assim transformam em adultos.

A fase de pupa dura em média 5 dias. Sob condições favoráveis a

população de bicudos crescem entre 5 a 10 vezes por geração. Os adultos se

alimentam de botões, mas na ausência destes as maçãs também serão

atacadas. A presença dos botões florais estimula o acasalamento, pois os

machos emitem feromônios e assim há uma maior movimentação do inseto na

área.

Com os componentes dos feromônios foram produzidos armadilhas que

atraem e capturam os adultos. As armadilhas são indispensáveis para

identificar e quantificar a presença do bicudo nas áreas a serem cultivadas com

algodão. A instalação deve ocorrer 50 dias antes da semeadura.

Durante a maturação da cultura eles passam a acumular gordura, isso

possibilita que sobrevivam por longos períodos. As condições do clima

determinam as taxas de mortalidade das pragas. Mas sempre sobreviverá uma

quantidade suficiente de besouros que poderá reinfestar as safras posteriores.

Quando período de entressafra é longo afeta diretamente na

sobrevivência da praga. As populações infestantes dependerão da presença de

soqueiras após o período de colheita.

O controle cultural da praga é muito importante. A destruição de todos os

restos culturais é fundamental para que não haja reinfestações dos bicudos. O

solo deve ser preparado antes para que desaloje os adultos que ficaram na

área cultivada. A rotação de cultura não seja hospedeira do bicudo do

algodoeiro, reduz suas populações pela falta da planta hospedeira,

contribuindo para quebra do ciclo da praga.

Page 15: Trabalho Algodão

15

3.1.4 Lagarta Das Maçãs – Heliothis Virescens; Helicoverpa Zea –

Lepidoptera: Noctuidae

As lagartas são de cor verde e as mariposas apresentam a coloração castanha. O

período crítico da lagarta da maçã vai da fase de botões florais até o

aparecimento dos primeiros capulhos. Os danos causados pela lagarta são

caracterizados pelo ataque aos tecidos novos, folhas e botões florais. Quando

ela ataca os botões florais, elas ocasionam sua queda. Quando o ataque é nas

maçãs destroem as fibras e sementes em formação.

As mariposas têm hábitos noturnos. As fêmeas colocam em média 600

ovos, distribuídos de forma isolada nos brotos, folhas e botões florais. Eclodem

após 3 dias. A condição de umidade favorece o crescimento do inseto. Ao

nascer alimentam se das folhas novas e das brotações. Os botões atacados

caem no solo e as maçãs apodrecem. Os períodos chuvosos e as

temperaturas elevadas auxiliam no desenvolvimento da praga.

Para tomar decisões de controle adequado é preciso fazer a

identificação e conhecer o crescimento populacional das pragas. Isso só é

possível realizando o diagnóstico através das amostragens a campo. O MIP

(Manejo Integrado de Pragas) constitui a melhor estratégia para o controle de

pragas, sendo um método ecologicamente correto. Utiliza diversas técnicas de

controle combinadas com um sistema de manejo. As amostragens são

bastante importantes quando a cultura está exposta a ação de pragas. A

qualidade da amostragem depende do tamanho da amostra, dos períodos de

inspeção e da forma como é realizada. O monitoramento coleta e reúne as

informações para a tomada de decisões de controle.

3.1.5 Mosca Branca – Bemisia Tabaci – Homoptera: Aleurodidae

É um inseto sugador de seiva. Plantas jovens infectadas podem mostrar

redução no porte e redução na capacidade fotossintética. Em grandes

infestações há a presença de mela nas folhas inferiores e posterior queda de

folhas, podendo afetar gravemente a produção. São responsáveis pela

transmissão da doença do mosaico comum do algodão.

Page 16: Trabalho Algodão

16

As lagartas são verdes amareladas e quando estão na fase adulta

apresentam a coloração branca, com dois pares de asas membranosas, corpo

amarelo e três pares de pernas. Vivem em plantas hospedeiras, cultivadas e

silvestres durante todo o ano.

O período de invasão da mosca ocorre durante o aparecimento dos

primeiros capulhos. Segundo Araújo et al. (2000) a medida cultural para o

manejo da mosca branca é a instalação de barreiras vegetais com sorgo ou

milho implantadas perpendiculares a direção dos ventos.

Além disso, a rotação de cultura, a semeadura na época correta, a

destruição das soqueiras e a eliminação de plantas hospedeiras ainda são as

melhores formas de manejo da mosca branca.

3.1.6 Percevejos – Percevejos De Raízes - Scaptoris Castanea;

Atarsocoris Brachiarae - Hemiptera: Cycanidae

O percevejo castanho suga as raízes da planta de algodão e injetam

toxinas, as quais fazem as plantas ficarem amareladas e depois secas. Pode

ser encontrado tanto nas raízes de plantas cultivadas quanto em plantas

silvestres. Os adultos têm coloração marrom e a sua forma jovem são de cor

branca. Durante o preparo do solo, exalam cheiro desagradável que denotam

sua presença.

O Atarsocoris brachiarae apresenta cor amarelada. Possuem hábitos

subterrâneos e passam pelas fases de ovo, ninfas e adultos. Também exalam

odor característico.

As medidas de controle são preventivas. Preparo eficiente do solo com

arações profundas e gradagens posteriores e correção da acidez do solo são

de grande eficiência.

3.2 INIMIGOS NATURAIS

As pragas do algodoeiro têm seus inimigos naturais, podendo apresentar

maior ou menor importância. A eficiência de cada depende da especificidade,

da capacidade de reprodução e do potencial de dispersão na região. Eles são

classificados em predadores, parasitos e patógenos.

Page 17: Trabalho Algodão

17

Os predadores são:

3.2.1 Orius spp. – Hemíptera: Anthocoridae

É um percevejo agressivo, o qual ataca o pulgão, a tripés e vários tipos

de lagartas. Tem a coloração preta e branca, sendo o mesmo um dos primeiros

predadores da lavoura.

3.2.2 Nabis spp. – Hemíptera: Nabidae

Aparece no segundo mês da cultura. Possui a cor marrom clara, com a

cabeça estreita dotada de um bico. Alimentam se de vários insetos, dentre eles

os pulgões, as cigarrinhas, os percevejos, os ácaros e lagartas de mariposas.

Podem ser encontrados em todas as partes da planta.

Geocoris spp. – Hemíptera: Lygaeidae

Aparecem logo após a emergência das plantas. Alimentam-se dos ovos

e larvas da lagarta mede palmo, da lagarta das maçãs, pulgões e ácaros.

3.2.3 Podisus spp. – Hemíptera: Pentatomídae

É uma espécie de percevejos grandes. Eles alimentam-se das larvas de

Triclopusia, Alabama e Heliothis. Atacam os percevejos do algodoeiro.

3.2.4 Zellus spp. – Hemíptera: Reduviidaera

Tem a semelhança do barbeiro, sendo menor. É um percevejo que ataca

as lagartas como o curuquerê. Pode inclusive predar outros inimigos naturais.

3.2.5 Lixeiro – Neuroptera: Chrysopidae

É um dos principais predadores do algodoeiro. Alimenta-se dos ovos e

larvas da lagarta da maçã, Alabama, pulgão e os ácaros. Aparecem logo após

Page 18: Trabalho Algodão

18

a implantação da cultura e permanece até o final. Algumas espécies carregam

lixo no dorso.

3.2.6 Joaninhas – Coleóptera: Coccinellidae

As joaninhas são grandes aliadas no combate às pragas do algodoeiro.

Aparecem logo que surgem os pulgões e permanecem em todo o ciclo de vida

da planta. Tanto as formas jovens como a adulta alimentam-se de pulgões,

mosca branca, tripes, ovos e lagartas da cultura. Elas são os melhores

predadores dos pulgões.

3.2.7 Tesourinhas – Dermaptera: Forticulidae

Ocorrem em grande quantidade nas lavouras algodoeiras. São ótimas

predadoras de ovos e lagartas da cultura. Vivem entre as pétalas e as maçãs.

Os parasitas mais conhecidos são:

3.2.8 Ceratosmicra intmaculata – Hymenóptera: Chalcidae

É um tipo de inseto, o qual parasita a lagarta curuquerê no meio do seu

estádio de desenvolvimento mumificando-a.

3.2.9 Trichogramma spp. – Hymenóptera: Trichogrmmati-dae

É um tipo de vespinha parasitoide de ovos. A fêmea oviposita no ovo do

hospedeiro. Assim não haverá lagartas na lavoura. Vespinha Trichogramma é

muito utilizada no mundo e já é produzida no Brasil.

Dentre os patógenos os que se destacam é:

Doença branca – Nomurea rileyi

Têm bastante importância para controlar naturalmente as lagartas de

lepidópteros pragas. Quando estão infeccionadas param de se alimentarem e

morrem. Dias depois se mumificam apresentando a coloração esbranquiçada.

Doença preta

Page 19: Trabalho Algodão

19

Causada por vírus. Depois de afetada a lagarta não se alimenta, e assim

doente e em seguida morre. Também há a mumificação, mas dessa vez fica

enegrecida.

Para controlar o bicudo do algodoeiro, tripes, mosca branca e pulgões,

temos que utilizar inseticidas tradicionais.

3.3 Doenças de ocorrência geral

As doenças do algodão podem ser causadas por fungos, bactérias ou

vírus.

O cultivo do algodoeiro por vários anos com pouca variação genética

proporciona o aumento de diversos patógenos.

3.3.1 Mancha- de- Ramulária

Ocupa a posição de maior importância entre as doenças do algodoeiro.

È causada por fungo, os sintomas iniciais da doença são, desfolha precoce,

redução de a área folhear fotossintetizante.

Os danos causados vão até o final do ciclo da cultura, sendo mais

expressivo no inicio do florescimento e na abertura dos primeiros capulhos.

Ocasionam perda de até 35% do rendimento. O patógeno é disseminado pelo

vento na própria semente e no maquinário agrícola.

É difícil identificar as primeiras lesões antes de ocorrer à esporulação.

Ela sobrevive aos restos culturais, à temperatura ótima para reprodução do

fungo varia entre 25 e 30ºC. As medidas de controle da doença baseiam- se na

rotação de cultura, destruição dos restos culturais e rebrotas, respeitar a época

ideal da semeadura.

3.3.2 Ramulose

Doença causada por fungo. Ela ataca a planta m todas as partes a partir

dos 40 dias até 100 a 120 dias do plantio. Os primeiros sintomas ocorrem nas

folhas mais novas, na forma de manchas. Atinge também os ponteiros

impedindo o crescimento normal da planta.

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O fungo é transmitido por sementes infectadas e de restos culturais,

principalmente onde o algodão é implantado ano após ano. As medidas de

controle da doença é o mesmo citado anteriormente.

3.3.3 Mancha Angular

É causada por uma bactéria, que se da bem nos ambientes úmidos e de

baixa temperatura. Ela afeta o algodoeiro em todas as fases de seu

desenvolvimento.

Os sintomas são lesões angulares, com aspecto encharcado ficando

pardas depois. Rasgaduras no limbo foliar que pode estender até o tecido

vascular, afetando o pecíolo e o caule, e em caso mais severos pode infectar

as maçãs. O importante meio de transmissão da bactéria é a semente. Essa

doença é difícil de ser controlada.

O manejo da doença deve ser implementado com o uso de cultivares

resistentes a bacteriose e sementes sadias. Os dias de muita luminosidade são

ideais para o combate da doença. A prática mais recomendada consiste no

arrancamento e queima das soqueiras, evitando assim o risco de novas

contaminações.

3.3.4 Mosaico das Nervuras

É conhecida também por doença azul ou mosaico azul, devido aos

sintomas acentuados nas folhas mais novas de cor verde escuro a azulado.

Quando ocorre em plantas novas elas ficam estéreis e as perdas podem

chegar 100%.

È característica da enfermidade a redução do porte das plantas

afetadas, causando encurtamento dos entrenós. Os sintomas são

encurtamento nas folhas mais novas, rugosidade no limbo foliar, em casos

mais severos a coloração fica arroxeada ou azulada ao longo do pecíolo,

nervuras e limbo foliar.

O vírus é transmitido pelo pulgão e desenvolve os sintomas cerca de 18

dias após a contaminação. Ele permanece em plantas nativas ou cultivadas de

um ano para o outro. As medidas de controle recaem no arrancamento e

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queima dos restos culturais, na rotação de cultura e destruição das plantas

contaminadas.

3.3.5 Tombamento

É uma doença que pode ocasiona sérios prejuízos na cultura em função

do efeito de redução o estande. Ocorre desde a semeadura até 40 dias após a

emergência. Quando as condições ambientais são favoráveis ao

desenvolvimento da doença, as perdas são significativas, sendo necessário o

replantio.

O tombamento ocorre por um complexo de fungos aos quais atacam

sozinhos ou em combinação afetando a emergência das plantas e reduzindo o

numero delas por unidade de área. Os patógenos relacionados estão ligados

ao solo e a semente, pois neles habitam.

Os sintomas são observados após a emergência das plântulas, na forma

de lesões com coloração parda avermelhada a parda escura, isso induz o

tombamento e morte da planta. Os problemas mais graves acontecem se o

solo não estiver na condição adequada de semeadura.

3.3.6 Podridão das Maçãs

É responsável por perdas significativas na cultura, principalmente onde a

umidade é alta. É causada por complexa de patógenos e são divididas em três

grupos, de acordo com o modo de infecção: aqueles que são capazes de entrar

diretamente nas maçãs, os introduzidos por insetos e os que são introduzidos

após a maçã ser danificada por insetos.

As maiorias dos patógenos penetram nas maçãs após ferimentos

causados por insetos. Os principais agentes de podridão de maçãs em

algodoeiro são:

Diplodia gossypina

Causam pequenas lesões marrons nas brácteas e nas maçãs, com

umidade elevada as manchas afetam toda a maçã.

Colletotrichum spp.

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Causam manchas marrons avermelhadas que crescem e escurecem

com tempo. A infecção faz com que os capulhos se abram parcialmente

deixando fibra escurecida e difícil de ser retirada.

Fusarium spp.

As podridões causadas por ele ocorrem pequenas manchas necróticas

com coloração de azul escura ou marrom. Nesse caso o capulho não se abre.

Xanthomonas axonopodis PV.malvacearum

A podridão causada por essa bactéria são manchas verdes escura na

superfície da maçã as quais necrosam e enegrecem. Podem acontecer o

apodrecimento e secamento de todas as maçãs.

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4 CLIMA E SOLO

O manejo do solo constitui na prática mais importante e indispensável de

uma cultura. A qualidade do preparo do solo reflete na germinação, no

desenvolvimento, na incidência de pragas e doenças. Um bom manuseio do

solo proporciona ótimas condições para a planta, além disso, mantém o mesmo

conservado.

A cultura do algodão é suscetível a erosão, que inutiliza grandes

extensões de terras e devem ser contidas, antes de se tornarem irreversíveis.

Por isso devem ser cultivado em um solo plano ou levemente ondulado, não

ultrapassando 12% de declividade. O algodão necessita de solos profundos,

pois sua raiz é pivotante. A textura do solo mais indicadas devem ser a arenosa

ou a argilosa, as silíco argilosa. Devem ser evitadas as regiões úmidas.

As operações e os métodos necessários variam de acordo com a

vegetação do ano anterior, do tipo e condições do solo e da declividade do

terreno. Devem ser eliminados todos os restos culturais da área. Essa prática

é exigida em alguns estados do Brasil e visa diminuir a taxa de sobrevivência

do bicudo, controlar a lagarta rosada e as brocas e reduzir as infestações

iniciais dos pulgões.

Como o algodoeiro é uma cultura exigente em elementos minerais e

disponibilidade em macronutrientes e micronutrientes, desenvolvendo seu

máximo potencial produtivo em solos férteis, ricos em matéria orgânica, bem

estruturada, permeável e bem drenada.

Os macronutrientes são:

Nitrogênio - o seu fornecimento em quantidade adequada estimula o

crescimento, o florescimento e o aumento da produtividade. Já a sua

deficiência atrasa o crescimento, causa perda da cor verde em toda

planta, pois o nitrogênio está presente na molécula de clorofila. Também

ocorre à queda anormal dos botões florais, flores e frutos novos.

Fósforo - é o responsável por toda as transferência de energia na planta,

estimula o crescimento radicular, o florescimento da planta, o

desenvolvimento dos frutos, favorece a maduração dos capulhos e

assim acelera a abertura dos mesmos. Na falta dele a planta reduz a

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fotossíntese, apresentando o amarelecimento das folhas. e em seguida

a queda delas, dos botões florais, redução to tamanho das maças e o

resultado final é a diminuição da produtividade.

Potássio – Desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da

planta, na produção e na qualidade das fibras. A ausência dele provoca

necrose nas folhas e em seguida a queda.

Cálcio – a sua presença no solo é essencial para a germinação da

semente e o desenvolvimento radicular. É fundamental na neutralização

dos ácidos.

Magnésio – faz parte da molécula de clorofila, sendo a necessário para

a fotossíntese, sem ele as plantas se desenvolvem lentamente e há a

queda prematura dos frutos.

Enxofre – também faz parte da clorofila, na sua deficiência a

fotossíntese é reduzida provocando redução do crescimento dos ramos

vegetativos e reprodutivos.

Já os micronutrientes (ferro, boro, manganês, zinco, cobre, molibdênio e cloro),

embora sejam absorvidos em menores quantidades, desempenham funções

essenciais nas plantas. Funciona como sistema integrado, a falta de um deles

afetam direta ou indiretamente o crescimento e o desenvolvimento do

algodoeiro.

A calagem deve ser feita metade antes da aração, e a outra metade

entre a aração e a gradagem. É uma alternativa mais barata para suprir a

deficiência de cálcio, magnésio no solo e para auxiliar na disponibilidade de

outros macronutrientes e micronutrientes. Tem como objetivo corrigir a acidez e

elevar o pH.

O clima para o cultivo de algodão deve ter em média 180 dias sem

geadas, e uma temperatura média acima de 20ºC e abaixo de 30ºC. Precisa de

dias curtos, e ensolarados e a precipitação de chuva deve ser de 500 à 1500

mm anuais.Seu florescimento se dá no fim da época chuvosa e quente. A

escassez da chuva não interfere no cultivo, mas o excesso inutiliza a produção.

A baixa temperatura do solo retarda a germinação, por isso é

indispensável que esteja na média acima citada. Com isso as plantas emergem

em maior numero e no tempo certo, aumentando a produtividade. O calor

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excessivo provoca a abertura precoce dos frutos e influencia a qualidade das

fibras

Os solos mais indicados são os de média e alta fertilidade. O pH é outro

fator importante, o ideal vai de 5,8 a 6,8.

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5 CONCLUSÃO

Sabemos que existem diversos tipos de relações entre os seres vivos,

algumas benéficas e outras prejudiciais, sendo classificadas como positivas ou

negativas. Na primeira há ganho para um dos envolvidos ou para ambos, já na

outra há prejuízo pelo menos para um.

No algodoeiro, as relações são denominadas interespecíficas, pois há

uma associação entre espécies diferentes.

O estudos das relações ecológicas são muito importante pela função de

garantir a sobrevivência de diferentes seres no planeta, ajudando assim a

combater o acumulo de populações em um mesmo território, favorecendo o

equilíbrio ecológico.

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REFERÊNCIAS

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