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BO LE TIM EDITORIAL Outubro | 2018 POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA O verão se aproxima, e com ele nossas responsabilidades A aproximação do verão, estação quente e chuvosa, e, portanto, propícia à proliferação de insetos vetores, nos obriga a redobrar as atenções em relação à maior incidência de arboviroses em nosso país. Dengue, Zika vírus, Chikungunya e Febre Amarela entre outras, constuem gravíssimos problemas de saúde pública, provocando mortes, afetando a produvidade ou comprometendo o futuro de crianças e adultos. Nós, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não podemos nos furtar do dever de, em conjunto com o poder público e sociedade civil organizada, alertar e conscienzar a população a respeito da prevenção, diagnósco e tratamento destas doenças. Dentre estes alertas, é indispensável que connuemos a alertar pacientes a respeito do perigo dos focos de água parada no lares e estabelecimentos comerciais, já que tais focos constuem reservatório ideal de ovos e larvas do Aedes aegyp – vetor da Dengue, Zika vírus e Chikungunya. Já quanto à Febre Amarela, temos de reforçar a importância da vacinação como mais eficaz e segura forma de prevenção da doença. Lutamos também contra a onda de nocias falsas, as “fake news”, que infelizmente parecem conspirar cada vez mais para manter boa parte da população longe das vacinas. Contra esta força obscura, nada melhor do que a voz da ciência e da medicina, esclarecendo dúvidas e eliminando as desconfianças infundadas. Preparavos Os trabalhos de organização de nosso próximo Congresso Brasileiro, o Infecto 2019, em Belém (PA), seguem em andamento. O evento, organizado pela primeira vez em uma cidade da Região Norte do país, será realizado no mês de setembro. Além de nossa federada paraense, toda a diretoria da SBI está envolvida nos processos de organização, para que este seja mais um evento cienfico de sucesso. Em breve, vamos acionar nossos comitês a fim de desenharmos toda a programação, alinhada com a comissão cienfica do congresso. Um grupo da atual diretoria esteve em Belém realizando visitas técnicas para adequar as necessidades do Infecto 2019 e conhecer a infraestrutura local. Hotéis, centro de eventos, restaurantes e outros locais esveram na programação do grupo. Além disso, fizemos reuniões muito produvas com infectologistas do Pará, os quais foram extremamente recepvos, e vemos a oportunidade de trocar muitas informações e comparlhar nosso “experse” em eventos médicos desse porte. Ainda há muito a fazer, mas a largada já foi dada. Agora queremos contar com a colaboração e parcipação de todos para angir a nossa meta: um Infecto 2019 de grande sucesso. Um abraço e até a próxima edição! Sergio Cimerman

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Page 1: BO LE TIM · alertar pacientes a respeito do perigo dos focos de água parada no lares e estabelecimentos comerciais, ... vetor da Dengue, Zika vírus e ... Controle de Infecção

BOLETIM

EDITORIAL

Outubro | 2018

POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTEDA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA

O verão se aproxima, e com ele nossas responsabilidades

A aproximação do verão, estação quente e chuvosa, e, portanto, propícia à proliferação de insetos vetores, nos obriga a redobrar as atenções em relação à maior incidência de arboviroses em nosso país. Dengue, Zika vírus, Chikungunya e Febre Amarela entre outras, constituem gravíssimos problemas de saúde pública, provocando mortes, afetando a produtividade ou comprometendo o futuro de crianças e adultos. Nós, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não podemos nos furtar do dever de, em conjunto com o poder público e sociedade civil organizada, alertar e conscientizar a população a respeito da prevenção, diagnóstico e tratamento destas doenças.

Dentre estes alertas, é indispensável que continuemos a alertar pacientes a respeito do perigo dos focos de água parada no lares e estabelecimentos comerciais, já que tais focos constituem reservatório ideal de ovos e larvas do Aedes aegypti – vetor da Dengue, Zika vírus e Chikungunya. Já quanto à Febre Amarela, temos de reforçar a importância da vacinação como mais eficaz e segura forma de prevenção da doença. Lutamos também contra a onda de notícias falsas, as “fake news”, que infelizmente parecem conspirar cada vez mais para manter boa parte da população longe das vacinas. Contra esta força obscura, nada melhor do que a voz da ciência e da medicina, esclarecendo dúvidas e eliminando as desconfianças infundadas.

PreparativosOs trabalhos de organização de nosso próximo Congresso Brasileiro, o Infecto 2019, em Belém (PA), seguem em andamento. O evento, organizado pela primeira vez em uma cidade da Região Norte do país, será realizado no mês de setembro.

Além de nossa federada paraense, toda a diretoria da SBI está envolvida nos processos de organização, para que este seja mais um evento científico de sucesso. Em breve, vamos acionar nossos comitês a fim de desenharmos toda a programação, alinhada com a comissão científica do congresso.

Um grupo da atual diretoria esteve em Belém realizando visitas técnicas para adequar as necessidades do Infecto 2019 e conhecer a infraestrutura local. Hotéis, centro de eventos, restaurantes e outros locais estiveram na programação do grupo.

Além disso, fizemos reuniões muito produtivas com infectologistas do Pará, os quais foram extremamente receptivos, e tivemos a oportunidade de trocar muitas informações e compartilhar nosso “expertise” em eventos médicos desse porte. Ainda há muito a fazer, mas a largada já foi dada. Agora queremos contar com a colaboração e participação de todos para atingir a nossa meta: um Infecto 2019 de grande sucesso.

Um abraço e até a próxima edição!

Sergio Cimerman

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Com a chegada do verão, há risco real de novo surto de Febre Amarela no Brasil?

O que a SBI poderia fazer para seus associados?

Caso não haja uma cobertura vacinal adequada, há risco, sim, de uma epidemia, principalmente com a chegada do verão na região Sudeste. Hoje, percebemos uma “litoralização” de circulação do vírus, e, diante de casos esporádicos já notificados, já há uma importante sinalização neste sentido. Precisamos ficar atentos e o que deve ser priorizado é, sem dúvida, a vacinação contra a Febre Amarela. Temos que conscientizar a população de que o vírus está presente, principalmente na região citada para evitarmos epidemias como a que ocorreu há meses, causando um grave problema de saúde pública.

Antônio Bandeira – coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia

“Atualmente, a SBI já faz muitas atividades, em especial eventos por todo o Brasil, além de pro-jetos de educação continuada e ações de conscientização. Isso nos ajuda muito, principalmente para nos atualizar, compartilhar conhecimentos e tirarmos dúvidas dentro de todas as áreas da Infec-tologia. Intensificar cada vez mais tudo isso, incluindo redes sociais integradas, e manter congressos regionais e nacionais são pontos que destacaria como importantes para o futuro da SBI.”Regina Prestes Severino,Belo Horizonte (MG)

“Se tivermos mais aulas virtuais e eventos frequentes das subes-pecialidades, seriam ações im-portantes e que nos auxiliariam muito. Outra possibilidade é saber os principais tópicos de eventos internacionais, discutido por es-pecialistas dos comitês da SBI, que nos trariam as novidades e analisa-las, já que nem sempre podemos comparecer a congressos, princi-palmente os internacionais.”Marcel Dantas Valle,Taguatinga (DF)

“Gosto muito de participar das ati-vidades e aulas virtuais. São cur-sos muitos bons e com profissio-nais qualificados e bem didáticos. O que queria sugerir é que sejam feitos minicursos em diferentes ci-dades, pois assim conseguiríamos debater com colegas nossos pro-blemas locais. Afinal, saúde públi-ca não é algo tão simples.”Joanne Lell Brinn,São José (SC)

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PERGUNTE AO ESPECIALISTA

PALAVRA DO LEITOR

SBI EM PAUTA

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O BJID vem recebendo um grande número de submissões de artigos científicos provenientes de várias instituições do mundo. Com apoio de um corpo editorial aprimorado e submissões de artigos cientificamente qualificados, o BJID se encontra entre as 10 melhores revistas científicas brasileiras da atualidade. Nesse sentido, e como incentivo para que nossos associados submetam seus artigos científicos, o BJID oferece descontos de 50% nas taxas de publicação para os sócios da SBI.

Seguem os resumos dos artigos recentemente aceitos para publicação no Brazilian Journal of Infectious Diseases.

Luciano Z. GoldaniEditor Chefe – BJID

PREZADOS ASSOCIADOS,

BJID

INCIDENCE OF SURGICAL SITE INFECTION AFTER CRANIOTOMY: COMPARISON BETWEEN THREE MONTHS AND TWELVE MONTHS OF EPIDEMIOLOGICAL SURVEILLANCESilvana Torres, Luciana Baria Perdiz, Eduardo Alexandrino MedeirosUniversidade Federal de São Paulo, Hospital São Paulo, Departamento de Doenças Infecciosas, São Paulo, SP, BrazilUniversidade Federal de São Paulo, Hospital São Paulo, Comitê de Epidemiologia Hospitalar, São Paulo, SP, Brazil

AbstractObjective: To determine the incidence of surgical site infection (SSI) in patients undergoing craniotomy and to compare 12-month and 3-month post-discharge surveillance periods in terms of their impact on the incidence of SSI in those patients.

Methods: This was a retrospective cohort study involving 173 adult patients submitted to “clean” craniotomy (without previous contamination of the surgical site), with or without implants, who were followed for six months at a university hospital in the city of São Paulo, Brazil. Patients were screened for SSIs during the first 12 postoperative months.

Results: Of the 173 patients undergoing craniotomy during the study period, 20 developed an SSI during the first 12 months after discharge, the overall incidence of SSI therefore being 11.56%, compared with a 1-month incidence of 8.67% and a 3-month incidence of 10.98%. Among the 106 patients who received implants, the 1-, 3-, and 12-month incidence of SSI was 7.54% (n = 8), 8.49% (n = 9), and 9.43% (n = 10), respectively. Among the 67 patients who did not receive implants, the 1-, 3-, and 12-month incidence of SSI was 10.44% (n = 7), 14.92% (n = 10), and 14.92% (n = 10), respectively.

Conclusion: The incidence of SSI after craniotomy is high. Reducing the duration of the post-discharge surveillance period from 12 months to 3 months did not cause significant losses in the numbers of SSIs identified or a substantial decrease in their incidence.

INCREASING PREVALENCE AND DISSEMINATION OF INVASIVE NONTYPHOIDAL SALMONELLA SEROTYPE TYPHIMURIUM WITH MULTIDRUG RESISTANCE IN HOSPITALIZED PATIENTS FROM SOUTHERN BRAZILRafael Oliveira dos Reis, Margarida Neves Souza, Maria Cristina Piccoli Cecconi, Loeci Timm, Nilo Ikuta, Daniel Simon, Jonas Michel Wolf, Vagner Ricardo Lunge

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Universidade da Região da Campanha (URCAMP), Bagé, Rio Grande do Sul, BrazilPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Canoas, Rio Grande do Sul, BrazilLaboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, BrazilSimbios Biotecnologia, Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, Brazil

AbstractIntroduction: Nontyphoidal Salmonella serotypes are the main cause of human food-borne infection, including several hospitalization cases in the developing countries.

Aim: To detect the main serotypes and to characterize the antibiotic resistance of human non-enteric and enteric nontyphoidal Salmonella from clinical isolates in Brazil.

Methods: Salmonella serotypes were identified by microbiological and molecular methods. Susceptibility testing to antibiotics was performed by agar disk diffusion. Real-time PCRs were carried out for the detection of the genus Salmonella as well as serotypes Typhimurium and Enteritidis.

Results: A total of 307 nontyphoidal Salmonella were isolated from 289 different patients in a reference laboratory (LACEN-RS) from Southern Brazil in a six-year period (2010–2015). There were 45 isolates from emerging cases and 244 from sporadic cases in hospitalized patients. Non-enteric isolates were detected in 42.6% of the patients from sources such as urine, blood and other clinical fluids. Serological and PCR-specific tests demonstrated that Typhimurium (48.4%) and Enteritidis (18.3%) were the most frequent serotypes. Typhimurium isolates were generally resistant to three or more antibiotic classes, while Enteritidis isolates to one or two classes. Typhimurium was the most frequent serotype in all samples (48.4%), mainly among the hospitalized patients (55.6%), and presented the highest rates of multidrug-resistance (59.3% of the isolates of this serotype). Further, the prevalence of this serotype increased along the years of the study in comparison to other nontyphoidal Salmonella serotypes.

Conclusion: Greater public health attention should be given to prevent salmonellosis in the community and in hospital settings to reduce the rates of Typhimurium strains with multi-drug resistance.

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DEFINIDOS TEMAS PRINCIPAIS DA PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DO INFECTO 2019Para o INFECTO 2019, que vai ocorrer em Belém (PA), de 10 a 13 de setembro, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) terá como presidente da comissão científica o infectologista Clovis Arns da Cunha, diretor da SBI.

Depois de uma primeira reunião em Belém e com discussão inicial entre os médicos envolvidos nesse evento, foram pré-definidos os mais os importantes temas da Infectologia, que foram divididos em dezesseis tópicos, que vão contemplar as diversas áreas de atuação da especialidade. Entre os itens estão:

De acordo com Clovis Cunha, tudo está sendo analisado com muitos empenho, rigor e com detalhes a fim de contemplar as expectativas dos participantes do evento. “Como será o primeiro Congresso Brasileiro de Infectologia a se realizar na região Norte do Brasil, haverá destaque especial tanto em Curso Pré-Congresso como na programação do Infecto 2019, de temas de especial interesse para essa região com foco na Medicina Tropical. Além disso, haverá temas de interesse e nível de apresentação para acadêmicos de Medicina, residentes de Clínica Médica e Infectologia, Clínica geral e para o infectologista ‘generalista’”, diz ele.

Até o final de 2018, a SBI ainda fará novos encontros entre os participantes da comissão científica a fim de definir a maioria dos temas, palestrantes, tanto nacionais como internacionais. “Vamos debater a fundo todos os aspectos e abordagens para tornar o evento interessante, interativo e que possa ser um marco para a SBI”, completa Cunha.

HIV/AIDS;

Hepatites virais;

Infecções bacteriana;

Infecções fúngicas;

Infecções comunitárias: a) infecções de vias aéreas (incluindo gripe); b) PAC (pneumonia comunitária); c) ITU (infecção urinária); d) Infecção da pele/tecidos moles e) GECA (gastroenterite aguda);

Bacteremia e endocardite;

Infecções osteoarticulares;

Infecções do sistema nervoso central;

Infecções hospitalares / IRAS (infecções relacionadas à assistência à saúde): a) Pneumonia; b) ITU (urinária); c) Infecções da corrente sanguínea; d) Infecções do sítio cirúrgico: pele/tecidos moles; intra-abdominal; SNC (sistema nervoso central) e) Infecções osteoarticulares e f) diarreia por Clostridium difficile;

SBI EM PAUTA

Controle de Infecção Hospitalar;

Medicina Tropical: Arboviroses, Doença de Chagas, malária, leptospirose, leishmanioses entre outras;

Infecções em imunodeprimidos não-AIDS: a) TCTH (transpl de células-tronco hematopoiéticos);

TOS (transplante de órgãos sólidos) e imunobiológicos;

Vacinas;

ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)

Tuberculose e micobactérias não-tuberculose

Medicina de viagem;

Antimicrobial stewardship;

Infectopediatria;

Sepse, toxoplasmose, brucelose, raiva, herpes vírus, outras viroses, verminoses e outras parasitoses.

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Foi realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, entre os dias 3 e 7 de outubro, o ID Week 2018, um dos mais importantes eventos de Infectologia em todo o mundo. Com foco especialmente em resistência antimicrobiana, e sobretudo nos avanços sobre o tema, o evento conta com reconhecidos pesquisadores de diversos países para debater as estudos e novidades. No dia 6 de outubro, a Sociedade Brasileira de Infectologia teve participação especial no ID Week, apresentando uma mesa própria, composta por médicos brasileiros que fizeram relevantes apresentações no evento.

A partir de 2019, a Sociedade Brasileira de Infectologia retoma a parceria com a European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID) para realização de eventos médicos. Em outubro, o presidente da SBI, Sergio Cimerman, se reuniu com Jesus Rodrigues-Baño, presidente da ESCMID, e assinaram documento que prevê a realização de simpósios conjuntos em congressos das duas instituições, além de incentivos para realização de intercâmbios.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) vem, por meio deste informativo, comunicar a relação dos candidatos aprovados para o estágio no hospital Curry Cabral, em Lisboa (POR). Segue a lista completa de todos os candidatos por ordem de classificação. Os aprovados são os 5 (cinco) primeiros da lista, e os demais são suplentes, para reclassificação caso haja alguma desistência dos aprovados.

Os candidatos aprovados devem enviar à SBI, por e-mail, o bilhete aéreo emitido, a fim de que possamos enviar para a organização em Portugal.

Em caso de não ser apresentado o bilhete aéreo, a SBI tem a prerrogativa de chamar o suplente até o preenchimento adequado das vagas oferecidas.

A SBI agradece pelo número expressivo de candidatos inscritos. Temos certeza que esta experiência será importante na formação do nosso infectologista brasileiro.

Atenciosamente,Dr. Sergio Cimerman - Presidente da SBIDr. Alberto Chebabo - Presidente da Comissão Julgadora

LINK com a relação dos aprovados. E-mail da SBI: [email protected]

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SBI CONDUZ MESA PRÓPRIA NO ID WEEK 2018

PARCERIA COM A ESCMID

SBI DIVULGA RELAÇÃO DOS APROVADOS PARA ESTÁGIO EM LISBOA

SBI EM PAUTA

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Para que esse processo tivesse o rigor e a seriedade técnica-científica necessária, a SBI contou com o trabalho árduo de muitos colegas (listados abaixo). Agradecemos e homenageamos a todos eles, em especial ao infectologista Leonardo Weissmann, que, por motivos de saúde, se afastou nos momentos finais do exame, mas teve contribuição fundamental para o sucesso de mais uma edição.

COMISSÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM INFECTOLOGIA

Coordenador: Marcelo Simão Ferreira

Membros: Alexandre Naime BarbosaCarla Sakuma de OliveiraLeonardo Weissmann Ralcyon Francis Azevedo Teixeira

Colaboradores: Clovis Arns CunhaJuvêncio José Duailibe FurtadoMarcos Antônio Cyrillo Renato Grinbaum

Candidatos Aprovados:CATEGORIA REGULAR | CATEGORIA ESPECIAL

A obtenção do Título de Especialista é uma das certificações médicas mais exigidas e necessárias hoje no Brasil, pois atesta a competência técnica do profissional de forma padronizada, além de contar com as chancelas das Sociedades Médicas e da Associação Médica Brasileira.

A SBI já há muitos anos realiza o Exame de Suficiência Para a Obtenção do Título, e promove a valorização dessa modalidade de certificação com o intuito de garantir a qualidade da assistência junto à população. Com isso, colaboramos para a criação de uma relação de infectologistas atestados, em um processo que exige também atualização técnico-científica periódica para a manutenção da titulação. A SBI leva aos infectologistas certificados pelo exame programas de educação continuada, informações e demandas nas mais diferentes esferas de nossa área, para garantir que o especialista em infectologia esteja amplamente presente no mercado de trabalho.

No atual ano, a prova foi realizada no dia 17 de outubro, durante o Congresso Paulista de Infectologia. Os candida-tos da prova regular, após comprovarem residência médi-ca em infectologia ou atuação na área por seis anos, fo-ram submetidos a uma prova teórica com 100 testes, e mais análise de currículo. A taxa de aprovação foi de 52% (12/23). Na categoria especial, os dois candidatos inscritos foram aprovados.

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SBI REALIZA EDIÇÃO 2018 DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM INFECTOLOGIA (TEI-2018)

SBI EM PAUTA

A SBI divulgou, no início de novembro, as listas de aprovados nos exames do Título de Especialização em Infectologia (TEI), “Categoria Regular” e “Categoria Especial”. O presidente da SBI, Sergio Cimerman, os coordenadores e membros das Comissões dos Títulos de Especialista em Infectologia parabenizam a todos! Também fazem um agradecimento especial ao médico infectologista Leonardo Weissmann, que tanto trabalhou pelo sucesso do TEI 2018 que e com certeza estará em plena atividade, com todos, nas próximas edições!

LINK para o ofício da “Categoria Regular”LINK para o ofício da “Categoria Especial”

SBI DIVULGA LISTA DE APROVADOS NOS EXAMES DO TEI 2018

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SBI EM PAUTA

A SBI esteve presente no 11º Congresso Paulista de Infectologia, organizado pelos colegas da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) entre os dias 17 e 20 de outubro, em São Paulo-SP. O evento contou com 1.298 inscritos, entre médicos, estudantes e profissionais da Saúde. Antes mesmo do início oficial do evento, foram realizados 12 cursos pré-congresso, direcionados a alunos de ligas acadêmicas com casos clínicos. A abertura oficial do Congresso ocorreu no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e contou com a presença do presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sérgio Cimerman. Também compareceram José Luiz Gomes do Amaral (Presidente da Associação Paulista de Medicina), Fernanda Rick (DIAHV-Ministério da Saúde), Marcos Antônio Ferlin (Departamento da Autarquia Municipal Hospitalar) e Rodrigo Souto de Carvalho (Conselho Regional de Medicina de SP).

Durante os dias de realização do 11º Congresso Paulista de Infectologia dezenas de profissionais de ampla experiência e formação técnica e científica (dentre eles, dez estrangeiros) conduziram palestras e mesas de discussão. Também foram realizados simpósios satélites com temas atuais sobre: novos tratamentos para HIV/Aids; hepatites virais; vacina para dengue; antimicrobianos e resistência microbiana; metagenômica; novos métodos laboratoriais para o diagnóstico das infecções; infecção de sítio cirúrgico (simpósio da APECIH) e em transplantes (simpósio da ABTO) e um organizado pelo Ministério da Saúde sobre ISTs e HIV.

MESA DA SBINo dia 19 de outubro, a SBI foi responsável por apresentar e conduzir a mesa-redonda “Terapia Antirretroviral na Atualidade”. A mesa foi coordenada pelo presidente da SBI, Sergio Cimerman, e teve como secretário o médico infectologista Edgar de Bortholi Santos. Na primeira explanação, o médico José Valdez Ramalho Madruga, do Comitê de HIV/Aids da entidade, falou sobre as evidências científicas para recomendar a terapia inicial com duas drogas para pessoas que vivem com HIV.

Logo depois, a médica Roberta Schiavon Nogueira apresentou o tema “Inibidores de integrase: o que estamos aprendendo com o uso na prática”. Em seguida, o infectologista Alexandre Naime Barbosa concluiu a mesa ao discorrer sobre a questão “Existe ainda espaço para os inibidores de protease?”.

SBI APRESENTA MESA-REDONDA NO 11º CONGRESSO PAULISTA DE INFECTOLOGIA

O médico e professor Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, agradeceu a presença da SBI e comemorou os resultados do congresso. “Tivemos uma programação científica de alto nível, com palestrantes nacionais e internacionais ministrando aulas excelentes”, analisou. “O balanço foi positivo. Ampliamos nossas raízes e a Sociedade Paulista de Infectologia saiu mais forte, construindo novas estruturas para ampliar nossa especialidade.”

A SBI também parabeniza a Sociedade Paulista de Infectologia pelo sucesso de mais um congresso, e nos sentimos gratos e honrados com o espaço para que pudéssemos contribuir com a comunidade da infectologia.

Até o próximo!

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NOVIDADES

A resistência antimicrobiana é uma grande ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. Devido a esta resistência, o tratamento para um número crescente de infecções tornou-se menos eficaz em muitas regiões do mundo. O custo dos cuidados de saúde para pacientes com infecções causadas por bactérias resistentes é maior por conta de múltiplos fatores, tais como: maior duração da doença; necessidade da realização de exames complementares; tratamento frequentemente com medicamentos mais caros e perda de dias de trabalho. O aumento da resistência não apenas impede nossa capacidade de tratar infecções, mas também tem efeitos sociais e econômicos e coloca em risco a conquista do Projeto Sustentável de Metas de Desenvolvimento. Além disso, o impacto direto e indireto da resistência antimicrobiana será maior nos países de baixa e média renda, onde em muitas vezes faltam infraestrutura, recursos humanos e financeiros para combater adequadamente o problema.

Existe uma forte associação entre os níveis de resistência antimicrobiana e o consumo de antimicrobianos, sugerindo que a redução do consumo desnecessário poderia afetar os níveis de resistência. No entanto, a informação sobre o uso de antimicrobianos em países de baixa renda é escassa.

Por Ana Gales, coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da Sociedade Brasileira de Infectologia

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE DIVULGA RELATÓRIO SOBRE O CONSUMO GLOBAL DE ANTIMICROBIANOS

Em novembro de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um relatório sobre o panorama mundial do consumo de antimicrobianos. Neste relatório foram apresentados dados sobre o consumo de antibióticos prescritos para o tratamento de infecções em 65 países, o que contribui para a nossa compreensão de como os antibióticos são usados nessas regiões. Todos os países forneceram dados relativos ao ano de 2015, com exceção da Bolívia, do Brasil, da Costa Rica, do Paraguai, do Peru e da Tanzânia, que contribuíram com os dados do ano 2016. Além disso, o relatório documenta os primeiros esforços da OMS e dos países participantes em prol do monitoramento do consumo de antimicrobianos, descreve a metodologia global da OMS para coleta de dados e destaca os desafios e as etapas futuras do monitoramento de consumo.

Neste relatório, 64 países e Kosovo contribuíram com dados sobre o consumo de antibióticos, mas somente 16 dos 57 países de média e baixa-renda que têm recebido apoio da OMS para construção de um sistema de monitoramento de consumo de antimicrobianos foram capazes de enviar os seus dados nacionais. Portanto, a maior parte dos dados reportados foram provenientes da região europeia, onde os sistemas de monitoramento já são consolidados.

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CONSUMO GLOBAL DE ANTIMICROBIANOS

De acordo com a Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS elaborada em 2017, os antibióticos foram agrupados em três categorias: ACESSE (“Access”), OBSERVE (“Watch”) e RESERVE (Reserve).

CATEGORIAS AwaRe DOS ANTIBIÓTICOS (WHO, 2017)

Antibióticos recomendados como primeira ou segunda-linha no tratamento das doenças infecciosas mais comuns, e devem estar disponíveis em todos os países.

Antibióticos que devem ser utilizados com cautela devido ao seu alto potencial para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana e/ou ocorrência de efeitos colaterais. Fazem parte desse grupo as cefalosporinas terceira geração, as quinolonas e os carbapenêmicos.

Antibióticos que devem ser usados apenas para indicações específicas, como infecções por bactérias multirresistentes.

A interpretação dos dados de cada país deve levar em consideração as fontes selecionadas para obtenção dos dados, a carga de doenças infecciosas, o acesso a medicamentos, a estrutura cuidados de saúde e a taxa de resistência antimicrobiana dos principais patógenos existentes em cada país. Apesar disso, os principais resultados do relatório da OMS foram:

1. Houve uma importante variação inter-regional na quantidade e no tipo de antibiótico consumido;

2. O consumo geral de antibióticos variou de 4,4 a 64,4 Doses Diárias (DDD) por 1000 habitantes por dia;

3. Na maioria dos países, a amoxicilina e a amoxicilina/ácido clavulânico foram os antibióticos mais frequentemente consumidos. Estes antibióticos fazem parte da categoria ACESSE da Lista de Medicamentos Essenciais (WHO, 2017).

4. Em 49 países, os antibióticos pertencentes à categoria ACESSE representaram mais de 50% dos antibióticos consumidos;

5. O relatório mostrou uma grande diversidade quanto ao nível de consumo de antibióticos pertencentes a categoria OBSERVE, que representaram menos e 20% do consumo total de antibióticos em alguns países, mas mais de 50% em outros.

6. Os antibióticos classificados na categoria RESERVE representaram menos de 2% do total de antibióticos consumidos na maioria dos países de alta renda e não foram relatados pelos países de baixa e média renda.

ACESSE (“Access”)

OBSERVE (“Watch”)

RESERVE (“Reserve”)

7. Antibióticos tais como cefalosporinas de segunda geração e algumas tetraciclinas, que até agora não haviam sido classificados nas categorias ACESSE, OBSERVE e RESERVE, representaram uma proporção substancial no consumo total, sendo relatado em mais de 10% na maioria dos países.

Consumo de Antibióticos no BrasilDe acordo com o relatório da OMS, no Brasil foram utilizadas 2.225,47 toneladas de antibióticos no ano de 2016. Estes dados foram obtidos diretamente dos próprios fabricantes e de dados comerciais, que englobavam o consumo total, tanto em hospitais quanto na comunidade. Ao utilizar a metodologia da WHO, foi calculado que a taxa de utilização de antimicrobianos no país foi de 22,75 DDD por 1000 habitantes por dia. O grupo de antimicrobianos mais utilizado foi o da penicilina (53,4%; 12,15 DDD/1000 habitantes por dia), seguido pelo grupo composto por macrolídeos, estreptograminas e lincosaminas (16.2%; 3,69 DDD/1000 habitantes por dia) e pelas quinolonas (2,83 DDD/1000 habitantes por dia; 12,4%). Mais de 90% dos antibióticos foram administrados oralmente. A proporção do consumo total de antibióticos por categoria de antibióticos AWaRE no Brasil foi: Categoria ACESSE: 14,72 DDD/1000 habitantes por dia (64,7%); categoria OBSERVE: 6,72 DDD/1000 habitantes por dia (29,5%); categoria RESERVE 0,08 DDD/1000 habitantes por dia (0,4%) e outros: 1,23 DDD/1000 habitantes por dia (5,4%).

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Principais mensagens do relatório da OMS

A OMS ainda descreve as principais mensagens do relatório:

Os dados sobre o consumo de antimicrobianos constituem uma base importante para que os países possam melhor compreender os padrões e a quantidade de antibióticos utilizados a nível nacional, para que intervenções, políticas e regulamentações possam ser empregadas para otimizar o uso de antibióticos;

Foi observada grande variação na quantidade e no tipo de antibióticos consumidos entre os países incluídos. Embora essa variação possa ser atribuída à seleção e a cobertura das fontes de dados, ela também reflete uma diferença real no uso de antibióticos;

O consumo de antibióticos parece ser muito alto em al-gumas regiões do mundo, sugerindo seu uso excessivo, enquanto que é baixo em outras, podendo indicar que o acesso a esses medicamentos ainda é limitado;

Os resultados deste relatório confirmam a necessidade de tomarmos medidas para garantir que os antibióticos se-jam usados apropriadamente, como aplicar políticas de prescrição e implementação programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos;

Governos e a comunidade internacional também devem garantir acesso igualitário aos antibióticos, por exemplo, através de fortalecimento dos marcos regulatórios, de sis-temas de compras e das cadeias de suprimentos;

O processo de implementação de um sistema nacional de monitoramento do consumo de antimicrobianos levou os pa-íses a reverem as regulamentações, os sistemas de compras e as cadeias de suprimentos de medicamentos como ponto de partida para fortalecer os sistemas farmacêuticos globais;

A falta de dados de várias regiões do mundo salienta a necessi-dade de prosseguirmos com a gestão financeira, o apoio técni-co e os recursos humanos para ampliar ainda mais os sistemas nacionais de monitoramento do consumo de antimicrobianos, especialmente em países de baixa e média renda;

Relatar e compartilhar dados sobre consumo de antimi-crobianos nacionalmente e internacionalmente é um ele-mento essencial de vigilância e fornece importantes infor-mações na luta global contra resistência antimicrobiana.

Referência 1. WHO report on surveillance of antibiotic consumption: 2016-2018 early implementation ISBN 978-92-4-151488-0. Disponível AQUI.2. WHO Model of List of Essential Medicines. Disponível em AQUI.

CONSUMO GLOBAL DE ANTIMICROBIANOS

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Em 2014, o vírus Chikungunya chegou de forma simultânea a duas regiões do Brasil: Oiapoque-AP, com o vírus asiático, e em Feira de Santana-BA, com o vírus Africano (ECSA. Por conta da localização geográfica destas cidades, o vírus asiático ficou restrito, e o ECSA se espalhou por vários estados do país. Ao chegar, encontrou uma população sem imunidade prévia, causando epidemias, inicialmente no Nordeste, com grande impacto na sociedade e no sistema de saúde. No ultimo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde consta que até a semana epidemiológica 42 (31/12/2017 a 20/10/2018) foram registrados no país 80.010 casos prováveis da doença, com redução no Nordeste e aumento da incidência no Sudeste e Centro-Oeste.

Nas cidades afetadas, a epidemia chega ao fim, mas o impacto populacional persiste devido ao grande número de pacientes que evoluem para forma crônica, que se caracteriza, principalmente, por uma dor articular incapacitante e intermitente, mas também pode estar associada à dor muscular, dor neuropática, depressão, insônia e dificuldade de concentração. As queixas articulares podem assumir os padrões de outras doenças inflamatórias crônicas, podendo levar, se não tratadas adequadamente, a deformidades permanentes.O tratamento da fase aguda é baseado em repouso, hidratação oral, analgesia com dipirona, paracetamol e/ou analgésicos opioides. Não deve ser feito uso de corticóide na fase de viremia (primeiros 8 dias de doença) e AINE pelo risco de tratar-se de um caso de dengue.

O tratamento da Chikungunya crônica representa um grande desafio para os médicos infectologistas, pois além da diversidade das manifestações, há algumas

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ATUALIZAÇÕES EM CHIKUNGUNYA

NOVIDADES

vezes a necessidade de uso de drogas antirreumáticas modificadoras de doença (DMARDs), que são medicamentos com os quais não temos costume de lidar na nossa prática clínica. O manual de Manejo Clínico de Chikungunya de 2017 recomenda a hidroxicloroquina como primeira escolha, enquanto a Sociedade Brasileira de Reumatologia recomenda o metotrexato. Assim como na artrite reumatóide, há uma tendência de, nos casos mais intensos, iniciar com o metotrexato devido à resposta mais rápida e mais significativa, deixando a hidroxicloroquina para os casos mais leves. Antes de iniciar o uso de metotrexato é importante afastar tuberculose, hepatites virais, infecções fúngicas graves, herpes zoster e infecção bacteriana ativa.

Além do tratamento medicamentoso, é importante manter a mobilidade articular e aptidão física com fisioterapia motora, pilates e exercícios físicos de baixa intensidade.A ausência de resposta clínica, com manutenção da dor, estimula os pacientes à automedicação, aumentando assim os riscos de efeitos colaterais relacionados com as doses utilizadas e o uso prolongado de medicações, como por exemplo, corticoide. Os objetivos do tratamento são: limitar o resultado potencialmente destrutivo nas articulações, diminuir o impacto funcional e psicossocial e melhorar a qualidade de vida do paciente.

É importante ressaltar que a abordagem do paciente com Chikungunya requer o auxilio de equipes multiprofissionais, com médicos generalistas, especialistas, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e gestores na elaboração de diretrizes e organização de serviço para atender as diferentes complexidades.

Por Melissa Barreto Falcão, membro do Comitê de Arboviroses da SBI

Uma nova nota técnica divulgada aponta que há um maior conhecimento do Ministério da Saúde a respeito da importância da distribuição gratuita para o tratamento da toxoplasmose aos Estados, que devem repassar aos municípios e regionais. “Agora o tratamento está padronizado, mas ainda falta o ácido folínico, que terão que resolver como distribuir também”, informa Cléa Bichara, infectologista e diretora da Rede Brasileira de Pesquisa de Toxoplasmose. Clique AQUI.

TRATAMENTO DA TOXOPLASMOSE

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www.infectonortenordeste.com.br

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29/NOV a 1/DEZ, 2018JOÃO PESSOA, PB

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• O Novo Protocolo Brasileiro (PCDT) José Valdez Ramalho Madruga

• Genotipagem pré-tratamento Tânia R. C. Vergara

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• Podemos falar da cura do HIV? Estamos perto? Ricardo Diaz

• Avaliação

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Dados da OMS de 2016 já apontam para uma epidemia global de HIV, onde mais de 37 milhões de pessoas convivem com o vírus. A estimativa é que 1 milhão venha a óbito por ano.

No Brasil, a epidemia é concentrada principalmente em grupos de homens que fazem sexo com homens e a população trans.

Confira estes e outros importantes dados na aula apresentada pelo Dr. Valdez Madruga.

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EM FOCO

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EM FOCO

Durante quatro dias, a Infectologia esteve em foco no Rio de Janeiro, mais especificamente no Centro de Convenções SulAmérica. Do dia 12 ao dia 15 de setembro, mais de duas mil pessoas estiveram presentes nesse evento, que teve centenas de atividades (palestras, simpósios, mesas redondas etc.) e marcaram o Infecto 2017.

Esse foi o XX Congresso da Sociedade Brasileira de Infectologia e, de acordo com os organizadores, foi um dos eventos mais bem-sucedidos, com todas as subáreas da Infectologia.

Ao todo foram 2115 congressistas (médicos, estudantes

TÍTULO

Curso de Atualização em Infectologia realizado pela Sociedade Brasileira

de Infectologia (SBI).

Coordenação

Dr. Clóvis Arns da Cunha (professor de Infectologia/UFPR)

Curso amplo, abrange diversas especialidades médicas.

Aborda diagnóstico, terapêutica e prevenção das principais infecções comunitárias e as relacionadas à assistência à saúde (IRAS).

Aulas com duração de, aproximadamente, 40 minutos, envolvendo abertura sobre o tema e discussão de casos clínicos.

www.cursodeinfectologia.com.br

www.genmedicina.com.br grupogensaude

GEN.Saude

Realização

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)Rua Teixeira da Silva - cj. 42 - Paraíso - 04002-033 (11) 5572-8958 / (11) 5575-5647e-mail: [email protected]

Presidente: Sergio CimermanVice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum1ª Secretário: José David Urbaéz Brito 2º Secretário: Alberto Chebabo 1º Tesoureiro: Marcos Antônio Cyrillo2º Tesoureira: Maria do Perpétuo Socorro Costa Corrêa Coordenador Científico: Clovis Arns da Cunha Coordenador de Informática: Kleber Giovanni LuzCoordenadora de Comunicação: Lessandra Michelin

Assessor da Presidência: Leonardo WeissmannSecretária: Givalda Guanás

Produção do Boletim SBI: Primeira Letra - Gestão de Conteúdo

Contato: [email protected]

Jornalista Responsável: Danilo Tovo - Mtb. 24585/SP

Revisores: Alexandre Naime Barbosa e Priscila Rosalba Domingos de Oliveira

Design Gráfico e Diagramação: Juliana Tavares Geraldo

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APOIO

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NO BRASILV JORNADA BAIANA DE INFECTOLOGIA, II JORNADA BAIANA DE PREVENÇÃO DE IRAS E I JORNADA BAIANA EM IST E HIVData: 5/12/2018Local: Anfiteatro da Universidade do Estado da Bahia – Salvador (BA)Informações: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfs0qwUIUXETyBQz68SvV5rUP3S2jo6skgimioUeIwRANeYsg/viewform?vc=0&c=0&w=1

VIII JORNADA DE INCFECÇÕES ORTOPÉDICASData: 1 e 2/8/2019Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo (SP)

PRÓXIMOS EVENTOS

XX CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIAData: 10 a 13/9/2019Local: Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia – Belém (PA)Informações: www.infecto2019.com.br

NO MUNDOHTLV PERU 2019Data: 24 a 26/4/2019Local: Lima – PeruInformações: www.htlvperu2019.com