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  • ADMINISTRAO (Itens III a VII) - BNDES PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

    Aula 2 - III - Administrao Geral (4. Administrao de Processos. 5.

    Administrao de projetos)

    Ol pessoal, vamos seguindo? Continuem com o foco neste concurso. Muita

    gente desiste no meio do caminho. Sei que cansa, mas depois vem a

    recompensa. Ento vamos que vamos.

    4. Administrao de Processos

    Processo pode ser definido como uma ao continuada, um procedimento,

    estados intermedirios de uma transformao. sempre bom diferenciar dos

    projetos, que so caracterizados por possuir tempo determinado de execuo.

    Os processos no, eles so contnuos, seqenciais.

    Segundo Idalberto Chiavenato, gesto de processos uma forma de

    administrao focada nos processos.

    Em uma organizao, podemos pensar os processos como uma sequncia de

    atividades que transforma insumos (inputs) em produtos (outputs), gerando

    valor para o cliente. Vejamos a ilustrao.

    Uma empresa funciona da seguinte forma: ela utiliza seus recursos (humanos,

    materiais e financeiros) para transformar a matria-prima ou a idia em um

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    produto acabado ou em um servio disponvel, respectivamente. Os inputs so

    os recursos de entrada e os outputs so as sadas da empresa, ou seja, o que

    a organizao produz e expede para o mercado.

    Se pegarmos o quadro "transformao" e dermos um zoom, veremos que ele

    composto por vrias etapas. Mas a, cada empresa possui a sua prpria

    sequncia, cada produto requer uma determinada ordem de produo, e por a

    vai. importante saber o seguinte: a cada etapa de produo, dentro do

    processo de transformao, so agregados valores ao produto.

    Explicando melhor. Se o produto ir passar por 3 processos diferentes antes de

    ser acabado, na 1 unidade, ele ir receber algum tipo de transformao. Essa

    transformao necessariamente agrega valor ao produto. A cana-de-acar, ao

    virar lcool, no est agregando valor? Qual mais caro? Isso, esse valor

    tambm financeiro.

    Voltando explicao, ao sair da unidade 2, o produto ter mais valor

    agregado do que na unidade de produo 1 e, no fim (3 unidade), ele atingir

    o mximo de valor que a empresa pretende agregar para ento comercializ-

    lo. Entendido?

    Outro tema importante em gesto de processos o mapeamento de

    processos. Podemos defini-lo como o estudo das atividades que compem um

    determinado processo a fim de orden-las. Com essa organizao, gera-se um

    fluxo das atividades, em um fluxograma.

    No mapeamento, possvel observar a sequncia das atividades, alm da

    especificao daqueles que executam cada tarefa.

    Fluxograma - Representao grfica da rotina de um processo de produo

    atravs de smbolos padronizados. Permite o mapeamento individualizado de

    cada etapa e, quando necessrio, o estudo e racionalizao de tempos e

    movimentos do processo.

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    O fluxograma difere do organograma (representao dos cargos de uma

    empresa) por ser dinmico. Veja a ilustrao sobre uma gesto de contratos.

    Uma coisa que podemos notar, a partir da figura, que todos os smbolos do

    fluxograma podem ter vrias entradas e sadas. O losango "requer licitao?"

    possui como entrada o crculo alongado "elaborar minuta de contrato" e como

    sadas o retngulo "elaborar justificativa de inexigibilidade ou dispensa" e o

    losango " prego?".

    Contudo, h duas excees nessa regra de entradas e sadas. O primeiro

    smbolo nunca ter entradas, j que o primeiro. Pela lgica tambm, o ltimo

    smbolo nunca ter sadas, j que representa o fim daquele determinado

    processo.

    Quando desenhamos um fluxograma, cada smbolo possui um significado

    especfico. Assim, temos:

    Crculo alongado: incio ou fim;

    Seta: sentido do processo;

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    Retngulo: aes;

    Losango: questes/alternativas, sempre com duas sadas.

    Quando mapeamos um processo e o representamos por meio de fluxograma,

    podemos identificar onde se situam possveis problemas. Esses problemas,

    tambm chamados de gargalos, uma vez identificados, podem ser

    solucionados para que os processos voltem ao seu curso (fluxo) normal.

    Exemplo: suponhamos que a empresa j conhece um problema que est

    tendo: o produto fabricado est com problemas de especificao (as suas

    caractersticas esto fora do padro estipulado). Assim, com o mapeamento

    dos processos, possvel detectar em que momento da fabricao a

    especificao no foi cumprida. Com a correta identificao desse momento, a

    soluo do problema fica mais clara.

    Notao

    Vamos falar sobre modelagem de processos. Essa modelagem utilizada para

    que se obtenha uma representao grfica de um processo em uma

    organizao.

    A notao pode ser definida como o material grfico que visto na modelagem

    de processos. ela que vai descrever os modelos de processos. Destacamos as

    seguintes notaes que tm sido utilizadas no mercado:

    Diagramas de fluxo da UML (Unified Modeling Language - Linguagem

    Unificada de Modelagem);

    Diagramas de atividades da UML;

    Notao de Modelagem de Processos de Negcio (em ingls: Business

    Process Modeling Notation - BPMN), mantido por um grupo chamado

    Object Management Group.

    Vejamos os elementos de notao:

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    Atividades: so os passos individuais ou partes de trabalho que devem ser

    completos para executar o processo, podendo ser simples tarefas ou

    decompostas em subprocessos.

    Decises: representam as bifurcaes em que o fluxo pode seguir para dois

    ou mais fluxos.

    Eventos: ocorrem fora do escopo* (contedo) de um processo, podendo ser

    fruto de aes tomadas, mensagens recebidas ou da passagem do tempo. Os

    eventos podem criar, interromper ou finalizar processos.

    *Escopo aquilo que contm o processo, so os limites do processo, contendo

    inclusive a misso do processo.

    Fluxo: demonstra a direo da sequncia do trabalho. um passo a passo.

    Geralmente, o desenho dos fluxos feito de cima para baixo ou na direo da

    leitura, indicando a passagem do tempo.

    Papis: so um tipo de pessoa ou grupo. Cada papel requer um conjunto

    determinado de habilidades e conhecimento, alm de possuir

    responsabilidades especficas, desempenhando certos tipos de trabalho. Os

    papis possuem diferentes tipos de relacionamento com outros papis dentro

    da organizao.

    Raias e Piscinas: raias so seces (verticais ou horizontais) que apresentam

    como as atividades so desempenhadas por um determinado papel. Quando o

    fluxo de trabalho ultrapassa uma raia, a responsabilidade daquele trabalho

    passa para outro grupo ou pessoa dentro da empresa.

    A piscina a fronteira da organizao, podendo conter vrias raias. comum

    que a "piscina do cliente" esteja inclusa nos processos.

    Pontos Terminais: so o incio ou o fim de um processo, ou de um fluxo de

    processo. Esse ponto, em geral, representa algum tipo de evento.

    Vejamos a figura abaixo:

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    Cadeia de valor

    Esse um conceito que possui estreita relao com a gesto de processos. A

    cadeia de valor, criada por Michael Porter, um conjunto de atividades que

    so desenvolvidas pela empresa, que se inicia na pesquisa e desenvolvimento

    (do produto) e finaliza-se no ps-venda desse produto.

    Trata-se de um modelo que permite uma viso do todo na empresa, com a

    demonstrao de que cada rea possui a sua importncia no lucro da empresa,

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    todos devendo trabalhar em conjunto, alinhados com os objetivos

    organizacionais.

    Dentro dessas duas etapas, devemos considerar as seguintes atividades

    (chamadas de primrias ou subprocessos) como componentes de uma cadeia

    de valor: logstica interna, operaes, logstica externa, marketing e vendas, e

    servios ao cliente. Todas essas atividades criam valor para a empresa, pois,

    medida que elas so executadas, o produto fabricado vai ganhando valor

    (financeiro), o que ser agregado ao preo de venda.

    Alm das primrias, temos tambm atividades de apoio (suporte). Vejamos:

    aquisio de recursos, desenvolvimento tecnolgico, administrao

    (infraestrutura) e administrao de recursos humanos.

    Vejamos a figura que representa a cadeia de valor, demonstrando que essas

    atividades geram margem (lucro) para a empresa.

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    importante notar que tanto clientes (sadas) quanto fornecedores esto

    abrangidos na figura, uma vez que eles se relacionam com a empresa. Os

    clientes esto presentes no marketing, vendas e no servio. Os fornecedores

    esto presentes na aquisio.

    Nveis de detalhamento dos processos

    Dentro da teoria que envolve os processos, podemos fazer uma separao

    didtica em 4 nveis de detalhamento. Vamos dar uma olhada nisso:

    Nvel 1 - Processos: so os macro-processos da empresa. So os

    maiores processos existentes na empresa. Ex.: Todo o processo de

    gesto da rea de recursos humanos.

    Nvel 2 - Subprocessos: trata-se da decomposio dos processos em

    seus componentes principais. Ex.: subprocesso de recrutamento e

    seleo de pessoal.

    Nvel 3 - Atividades: demonstra a decomposio dos subprocessos nas

    principais atividades. No h detalhamento das operaes. Ex.: atividade

    de entrevistar candidatos.

    Nvel 4 - Tarefas: detalhamento das operaes das atividades. Ex.:

    tarefa de perguntar sobre as experincias profissionais anteriores.

    Ferramentas de mapeamento

    Temos importantes ferramentas que auxiliam no mapeamento de processos.

    Primeiro, vamos tratar de trs que julgo essenciais: fluxograma (que j

    vimos), 5w2h e diagrama de causa e efeito.

    5w 2h - Formulrio para execuo e controle de tarefas que atribui

    responsabilidades e determina as circunstncias em que o trabalho dever ser

    realizado. Recebeu esse nome devido primeira letra das palavras inglesas:

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    what (o que), who (quem), when (quando), where (onde), why (por que), e

    das palavras iniciadas pela letra H, how (como), how much (quanto custa).

    Diagrama de causa e efeito - O diagrama de causa e efeito, tambm

    chamado de diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe, uma ferramenta

    muito importante na administrao. Ishikawa foi o engenheiro que props o

    diagrama, mas essa espinha de peixe, como funciona? Vejam o desenho.

    Viram a razo do apelido? Essa ferramenta nos permite relacionar todos os

    problemas em uma organizao. um brainstorming (chuva de palpites) de

    problemas, que detecta suas causas e tambm os efeitos e o seu peso, ou

    seja, a sua contribuio para o problema. Da estruturao do diagrama,

    poderamos perguntar, por exemplo: de que forma o dficit de recursos

    humanos est influenciando no desempenho da empresa?

    Ainda sobre o brainstorming, imagine uma reunio de desenvolvedores de

    produto. H um momento no comeo da reunio em que as pessoas presentes

    comeam a "jogar" vrias idias para criar um produto. Nesse momento, no

    h limites nem restries. uma chuva de idias (brainstorming) que ocorre.

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    Numa etapa posterior, as pessoas iro ponderar aquilo que poder ser levado a

    efeito.

    Alm dessas ferramentas, temos tambm a FMEA (Failure Mode and Effect

    Analysis), que a anlise de modo e efeito de falhas. Trata-se de um estudo

    de falhas potenciais para que sejam determinados os provveis efeitos.

    Caso haja uma classificao extra pela gravidade da falha, temos a FMECA,

    sendo a letra "c" a criticidade. Vejamos cada elemento da FMECA:

    Modo de falha: as condies iniciais (condies antes da operao) so a

    base para o estudo do modo mais provvel, da localizao e do

    mecanismo de falhas do processo;

    Efeito da falha: o estudo das falhas que podem ocorrer ocorre para que

    sejam determinados os possveis efeitos no desempenho do processo;

    Criticidade da falha: as falhas potenciais so examinadas nas vrias

    partes do processo para que seja determinada a severidade do efeito de

    cada parte.

    Outra ferramenta a FTA (Fault Tree Analysis) a rvore de anlise de falhas.

    Trata-se de uma representao grfica que fornece bases objetivas para

    anlise de modos comuns de falhas.

    O nome dessa ferramenta justifica-se pelo seguinte: o mtodo comea a partir

    de uma falha especfica no processo, chamada de efeito ou evento de topo. A

    partir da, ela se desdobra em uma rvore lgica at as falhas mais bsicas,

    que so as causas ou eventos primrios.

    Conceitos Relacionados

    H outros conceitos que esto diretamente ligados a processos. Vejamos.

    PDCA - introduzido no Japo no perodo ps guerra, o ciclo PDCA tambm

    conhecido como ciclo de Shewhart (que o idealizou) ou de Deming (que o

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    divulgou e o aplicou). O PDCA um ciclo de desenvolvimento que tem foco na

    melhoria contnua.

    O ciclo se inicia pelo planejamento (Plan), passando pela ao ou conjunto de

    aes planejadas sendo executadas (Do). Em seguida, verificado e

    comparado aquilo que foi feito com o que foi planejado (Check). A partir da,

    uma nova ao executada com o intuito de eliminar ou ao menos mitigar

    defeitos na execuo (Act).

    E como so essas etapas?

    Plan (planejamento): estabelecer uma meta ou identificar o problema;

    analisar o fenmeno (analisar os dados relacionados ao problema);

    analisar o processo (descobrir as causas fundamentais dos problemas) e

    elaborar um plano de ao.

    Do (execuo): realizar/executar as atividades conforme o plano de

    ao.

    Check (verificao): monitorar e avaliar periodicamente os resultados,

    avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, com o

    estado desejado, consolidando as informaes.

    Action (ao): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os

    relatrios gerados na etapa de verificao; eventualmente determinar e

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    confeccionar novos planos de ao, de forma a melhorar a qualidade,

    eficincia e eficcia, aprimorando a execuo e corrigindo eventuais

    falhas.

    Programa 5s - relaciona-se com a fase inicial de um trabalho, sendo um

    programa baseado em 5 palavras japonesas: seiri (descarte), seiton

    (arrumao), seiso (limpeza), seiketsu (higiene) e shitsuke (disciplina). Trata-

    se da mobilizao da empresa como um todo, por meio da organizao e da

    disciplina no local de trabalho.

    aquele trabalhinho que quando entramos numa empresa como estagirio,

    seu novo chefe chega e fala para voc: vamos comear a arrumar tudo aqui,

    tem muita coisa desorganizada e tal. Da voc se pergunta: por que no tinha

    sido feito isso antes? Voc pode at perguntar para o chefe para fazer moral:

    voc quer implantar o programa 5s? Vejamos a figura.

    Reengenharia - sistema administrativo criado pelos autores americanos

    Michael Hammer e James Champy, no incio da dcada de 90. Por meio da

    reformulao da maneira de fazer negcios, de executar atividades, tarefas ou

    processos, esse sistema bastante utilizado pelas empresas, que o utilizam

    para se manterem competitivas e alcanarem suas metas,

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    Segundo Stair e Reynolds (2002, p.39), a reengenharia vista como

    "redesenho de processos, envolve a readequao dos processos empresariais,

    estruturas organizacionais, sistemas de informao e valores da organizao

    objetivando uma guinada nos resultados dos negcios da organizao".

    Nesse sentido, a reengenharia objetiva a melhoria em trs nveis: reduo de

    custos, reduo de tempo de execuo e melhoria da qualidade dos servios.

    A reengenharia no uma simples reforma ou uma evoluo natural, uma

    reinveno drstica, um divisor de guas nos processos da organizao

    Em suma, essa abordagem pe em questo toda a forma de trabalhar da

    organizao, com a redefinio total dos processos num corte claro com o

    passado. Representa um marco, um recomeo para a competitividade. A

    primeira coisa a fazer para implantar a reengenharia na organizao realizar

    um estudo para identificar as necessidades dos clientes para poder traar as

    alteraes que devero ser realizadas. A partir da, entra em cena a parte de

    anlise dos processos existentes para eventual eliminao de atividades que

    no gerem valor para a organizao e/ou cliente.

    Vejamos a metodologia de implementao de processos de reengenharia.

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    Um ponto importante que a reengenharia enfrenta obstculos nas empresas.

    As pessoas tendem a no gostar de mudanas, de revolues drsticas,

    temendo inclusive pelo prprio emprego, dada a reestruturao futura. Essa

    forte resistncia um desafio para os defensores da reengenharia.

    comum, de fato, relacionar a reengenharia com processos de downsizing, ou

    seja, com processos de reestruturao interna que passam por reduo do

    nmero de colaboradores nas organizaes.

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    6 Sigma - Desenvolvido pela Motorola, o seis sigma foi introduzido na dcada

    de 80. O nome dessa tcnica no por acaso. Sigma a letra do alfabeto

    greto que representa o desvio-padro. No contexto organizacional, seis sigma

    expressa a necessidade de se reduzir a variabilidade dos processos como meio

    para se atingir a melhoria da qualidade dos processos. O nmero seis

    representa a quantidade de desvio-padro, representando a disperso

    mensurvel em torno da mdia de um conjunto de dados.

    Vejamos algumas definies do seis sigma.

    Werkema: "estratgia gerencial disciplinada e altamente quantitativa,

    que tem como objetivo aumentar expressivamente a performance e a

    lucratividade das empresas, por meio da melhoria da qualidade de

    produtos e processos e do aumento da satisfao de clientes e

    consumidores".

    Rodrigues: "Rigorosa e disciplinada metodologia, com foco no negcio,

    que usa ferramentas, tcnicas e anlise estatstica para medir e melhorar

    o desempenho operacional de uma organizao...".

    A General Eletric (GE) o seis sigma se destaca pelo seguinte: "se for possvel

    medir quantos 'defeitos' existem em um processo, tambm ser possvel

    elimin-los e chegar o mais prximo possvel do 'zero defeito'.

    Agora vamos falar da implantao do seis sigma. As ferramentas estatsticas e

    as anlises na estratgia so aplicadas em meio a um modelo, o chamado

    DMAIC (Definir-Medir-Analisar-Implementar-Controlar). Vejamos a figura.

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    Definir (Define) - selecionar o processo a ser aprimorado;

    Medir (Measure) - levantar os dados de desempenho do processo;

    Analisar (Analyse) - avaliar os dados para identificar possibilidades de

    aprimoramento;

    Implementar/Aprimorar (Improve) - criar e implantar solues para os

    problemas identificados;

    Controlar (Control) - acompanhar o desempenho do novo processo.

    Kaizen - significa melhoria contnua, gradual. Conceito advindo do Japo nos

    anos 50 do sculo passado, o kaizen visa o bem tanto da empresa quanto do

    funcionrio que l trabalha. Nessa tcnica, sempre possvel fazer melhor,

    nenhum dia deve passar sem uma melhoria implantada, seja para a empresa

    ou para o indivduo.

    Benchmarking - O benchmarking pode ser definido como a verificao da

    qualidade dos produtos fabricados, dos servios prestados, ou dos processos

    da empresa em comparao com as melhores prticas dos competidores ou

    empresas de qualquer ramo que so referncia no mercado. Significa utilizar

    (com as devidas adaptaes) aquilo que h de melhor.

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    Essas comparaes podem ser feitas, por exemplo, atravs de fruns, que se

    renem com o intuito de realizar intercmbio de informaes. Nesses fruns,

    os grupos de benchmarking trocam experincias e debatem situaes com o

    objetivo de difundir melhores prticas.

    O grande foco do benchmarking a gerao de aprendizado. possvel, por

    meio dele, detectar oportunidades e ameaas no mercado com mais facilidade.

    como se a empresa "pegasse uma atalho" para alcanar a excelncia nos

    negcios. Vejamos alguns princpios bsicos no benchmarking.

    Existem 4 tipos de benchmarking:

    1. Interno: dentro da prpria empresa, possvel efetuar comparaes

    entre processos ou operaes.

    2. Competitivo: a hora de ir ao mercado e comparar com o concorrente.

    "revirar o lixo" da concorrncia. Com esse tipo de comparao,

    possvel entender a posio da empresa frente aos concorrentes.

    3. Funcional: comparao de reas funcionais, independente do setor em

    que a empresa atua.

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    4. Genrico: comparao entre processos especficos que so comuns em

    determinadas empresas.

    Vejamos algumas questes.

    1) (CESGRANRIO ELETROBRS 2010) Com o aumento da

    competitividade no mercado, as empresas se viram obrigadas a

    incorporar, em suas prticas, tcnicas e ferramentas que tm como

    objetivo melhorar os processos realizados, incrementando a sua

    produtividade.

    Relacione as tcnicas para melhoria de processos, listadas na 1a

    coluna, respectiva descrio dentre as indicadas na 2a coluna.

    A relao correta

    a) I - P, II - Q, III - R.

    b) I - Q, II - P, III - R.

    c) I - Q, II - P, III - S.

    d) I - R, II - P, III - S.

    e) I - S, II - Q, III - R.

    Vejamos cada letra da segunda coluna.

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    P - Trata-se da ferramenta 5S.

    Q - Trata-se da ferramenta PDCA, que consiste no planejamento, execuo,

    verificao e ao corretiva.

    R - Essa a definio de brainstorming.

    S - Causa e efeito so representadas pelo Diagrama de Ishikawa, tambm

    conhecido como espinha de peixe.

    Gabarito: C

    2) (CESGRANRIO BACEN 2010) A necessidade de manter as

    organizaes em sintonia com as novas tecnologias e assegurar a

    possibilidade de acompanhar as inovaes do ambiente tem justificado

    a aplicao de tcnicas de mapeamento dos processos organizacionais

    com a perspectiva de melhoria, visando manuteno da

    competitividade e, consequentemente, a sobrevivncia organizacional.

    Nesse sentido, a utilizao das tcnicas de mapeamento, que tem

    como propsito especfico a identificao da situao atual em que se

    encontram os processos organizacionais, tem como principal objetivo

    a) avaliar os processos tal como so realizados na organizao e

    validar um modelo que sirva de base organizao na tomada de

    deciso visando melhoria contnua dos processos organizacionais.

    b) avaliar os processos tal como so realizados na organizao e

    validar um modelo que subsidie a tomada de deciso visando ao

    redesenho de todos os processos organizacionais.

    c) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na

    organizao e validar um modelo que subsidie a posterior definio da

    proposta de melhoria dos macroprocessos organizacionais.

    d) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na

    organizao e validar um modelo que subsidie a posterior tomada de

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    deciso visando ao alinhamento dos processos, aos objetivos e

    estratgias da organizao.

    e) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na

    organizao e validar um modelo que subsidie a definio da proposta

    de melhoria de todos os processos organizacionais.

    O mapeamento dos processos no pode se resumir simples identificao dos

    processos. preciso avali-los e definir um modelo/padro a ser adotado na

    empresa.

    Alm disso, no devemos tratar o mapeamento como algo isolado na empresa.

    Muito pelo contrrio, o foco alinhar a empresa com o mesmo pensamento,

    para que todos remem na mesma direo, com processos que sejam

    compatveis com os objetivos/estratgias da organizao.

    Gabarito: D

    3) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A cadeia de valor, criada por

    Michael Porter, em 1985, tem sido usada por muitas organizaes nas

    atividades de mapeamento de processos. Ela permite que se tenha

    uma macroviso dos processos organizacionais, o que significa romper

    com o paradigma de uma imagem antiga e limitada, a de que basta

    que cada parte cumpra seus objetivos, para que a organizao alcance

    os seus.

    Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir.

    Ao se usar o conceito de cadeia de valor, de Porter, a clssica

    separao entre meios e fins perde sentido aos olhos da anlise do

    valor agregado.

    PORQUE

    A macroviso dos processos organizacionais contm princpios de

    integrao e convergncia. A esse respeito, conclui-se que

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    (A) as duas afirmaes so verdadeiras e a segunda justifica a

    primeira.

    (B) as duas afirmaes so verdadeiras e a segunda no justifica a

    primeira.

    (C) a primeira afirmao verdadeira e a segunda falsa.

    (D) a primeira afirmao falsa e a segunda verdadeira.

    (E) as duas afirmaes so falsas.

    Apesar de ser importante conhecer o que meio e o que fim, o certo

    enxergar a empresa como um todo, sem separaes. Primeira assertiva est

    correta.

    Essa afirmao explicada pela segunda frase, j que a integrao e a

    convergncia dos processos que formam a cadeia de valor.

    Gabarito: A

    4) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A Gesto por Processos fornece a

    base para muitos modelos de gerncia, uma vez que ela serve de

    instrumento de ligao entre quase tudo que feito na organizao.

    Em decorrncia disso, a Gesto por Processos

    (A) obedece a um ciclo de gerenciamento aleatrio e dependente de

    outro.

    (B) simples de ser implementada, bastando, para isto, escolher o

    modelo de gesto mais adequado.

    (C) de difcil implementao e depende de um ciclo de atividades

    gerenciadas.

    (D) leva burocratizao por se tratar de atividades padronizadas.

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    (E) requer que os processos sejam automatizados, para melhorar a

    confiabilidade da informao.

    A gesto de processos fundamental para gerenciamento das empresas. No

    entanto, preciso entender que a implantao do gerenciamento por

    processos no um procedimento simples, pois pode representar uma quebra

    de paradigma.

    O ser humano, por sua natureza, prefere sempre manter o status quo

    (situao atual mais cmoda). A mudana sempre encarada como algo

    ruim. Por isso, a gesto de processos de difcil implementao, devendo ser

    devidamente coordenada.

    Gabarito: C

    5) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A Gesto por Processos lida com

    as interfaces existentes entre as diversas partes ou subsistemas da

    organizao, como, por exemplo, subsistema tcnico, subsistema de

    pessoal, subsistema administrativo-financeiro, etc. Dentre estas, a

    mais complexa e difcil de gerenciar, se refere gesto da interface

    (A) humana.

    (B) financeira.

    (C) tecnolgica.

    (D) da produo.

    (E) mercadolgica.

    Como acabamos de falar, a parte mais complexa na gesto de processos o

    aspecto humano.

    Gabarito: A

    6) (FCC TRE-RS 2010) Na gesto por processo,

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    I. a organizao otimiza a cadeia de processos e assegura o melhor

    desempenho do sistema integrado, a partir da mnima utilizao de

    recursos e do mximo ndice de acertos.

    II. identifica-se os processos crticos de negcio; para que a

    organizao existe; quais os recursos necessrios para gerar produtos

    que a organizao deseja produzir e ofertar ao mercado.

    III. identifica-se na organizao as categorias bsicas: 1) de

    processos de negcios ou de clientes; 2) organizacionais ou de

    integrao; e 3) gerenciais.

    IV. a hierarquia dos processos definida pelo seu grau de relevncia

    estratgica e operacional e so estruturados em macroprocessos,

    processos, atividades e tarefas.

    V. importante a modelagem dos processos organizacionais com base

    no conhecimento dos processos crticos da concorrncia.

    Est correto o que consta SOMENTE em

    a) I, III e IV.

    b) I, II e IV.

    c) III e V.

    d) II e IV.

    e) I e III.

    Item por item.

    I) Item certo. Na gesto por processos, a eficincia buscada.

    II) na misso que se identifica para que a organizao existe. Veremos com

    detalhe a misso quando falarmos em estratgia. Item errado.

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    III) Essa identificao fundamental para o mapeamento de processos. Item

    certo.

    IV) A hierarquizao dos processos, segundo o grau de relevncia, deve ser

    feita, com o intuito de estabelecerem prioridades. Item certo.

    V) A base no pode ser os processos da concorrncia, pois cada empresa

    possui uma realidade diferente.

    Gabarito: A

    7) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) O Diagrama de Ishikawa, tambm

    conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe,

    permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado

    problema ou oportunidade de melhoria. As causas de um problema

    podem ser agrupadas, a partir do conceito dos 6M, como decorrentes

    de falhas em materiais, em mo de obra, em mquinas, em meio

    ambiente, em

    (A) treinamento e em tecnologias

    (B) mtodos e em medidas

    (C) mtodos e em tecnologias

    (D) estratgias e em tecnologias

    (E) estratgias e em medidas

    Essa, pra quem no memorizou, s voltar na figura. O diagrama utiliza como

    causa as mquinas, a mo de obra, o meio ambiente, os mtodos, as medidas

    e os materiais.

    Gabarito: B

    8) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) O PDCA um mtodo que se

    baseia no controle de processos.

    As etapas do mtodo PDCA so, sucessivamente,

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    (A) prevenir, executar, verificar e agir

    (B) prevenir, dirigir, controlar e administrar

    (C) planejar, dirigir, controlar e administrar

    (D) planejar, executar, controlar e administrar

    (E) planejar, executar, verificar e agir

    Primeiro temos que planejar. Com o planejamento em mos, executamos.

    Com a execuo realizada possvel verificar problemas para a agir e corrigir

    os defeitos.

    Gabarito: E

    9) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) Com respeito ao desenho inicial

    de um processo, analise as afirmativas abaixo.

    I - O escopo do processo apresenta a misso e o limite, ou seja, o

    contedo, o incio e o trmino.

    II - O diagrama da cadeia de valor do processo envolve fornecedores,

    entradas, subprocessos, sadas e clientes.

    III - O mapa do processo revela a sequncia atravs da qual as

    atividades so executadas e quem executa cada uma delas.

    Est correto o que se afirma em

    (A) I, apenas.

    (B) II, apenas.

    (C) I e III, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) I, II e III.

    Todos os itens esto corretos.

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    Escopo sempre o contedo, aquilo que contm um processo.

    A cadeia de valor retrata todo o fluxo da empresa, especificando aquilo que

    gera valor para a organizao.

    Em um mapeamento, as atividades so colocadas em sequncia. Alm disso,

    os responsveis por cada tarefa so especificados.

    Gabarito: E

    10) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A reengenharia, o redesenho de

    processos e o Seis Sigma so trs tcnicas bastante difundidas na

    gesto do desempenho empresarial. A propsito dessas tcnicas,

    analise as afirmaes abaixo.

    I - Tanto a reengenharia como o redesenho de processos buscam

    aumentar a eficincia ou reduzir o desperdcio.

    II - Na reengenharia, o principal meio de otimizao dos processos

    consiste na reduo de custos operacionais atravs do corte de

    pessoal.

    III - A reengenharia prope a substituio radical dos processos

    ineficientes por outros inteiramente reestruturados - com menor

    quantidade de etapas e de recursos, enquanto que a metodologia do

    Seis Sigma consiste na reduo radical de desperdcio atravs da

    eliminao de produtos defeituosos, implementada pelo mtodo

    DMAIC.

    IV - Enquanto a reengenharia e o redesenho concentram esforos em

    remediar processos que provoquem erros nos produtos, no Seis Sigma

    se procura otimizar os processos produtivos atravs do foco no fluxo

    de atividades.

    Esto corretas as afirmaes

    a) I e II, apenas.

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    b) I e III, apenas.

    c) II e IV, apenas.

    d) II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III e IV.

    Item por item.

    I - O redesenho pode ser confundido com a reengenharia. Mas, h autores que

    entendem que o redesenho de processos situa-se entre a reengenharia e o seis

    sigma, sendo tambm uma ferramenta que busca a melhoria da qualidade.

    Visando a melhoria da qualidade, o redesenho tambm busca a mxima

    eficincia nos processos. Item correto.

    II - O corte de pessoal caracterstica do downsizing. fato que no comeo

    do processo, alguns postos de trabalho podem ser cortados, mas esse no o

    foco. Item errado.

    III - Reengenharia sempre radical, drstica. O seis sigma visa, sobretudo,

    eliminar os defeitos, utilizando o mtodo DMAIC (definir, medir, analisar,

    implementar/melhorar e controlar).

    IV - O foco do seis sigma eliminar defeitos.

    Gabarito: B

    11) (CESGRANRIO INEA 2008) "Alterao radical nos processos,

    repensar e reinventar drasticamente as operaes nos negcios para

    atingir melhoramentos em medidas crticas de desempenho, como

    custos, qualidade, servios e velocidade" definio de:

    a) Kaizen.

    b) Reengenharia.

    c) Anlise de valor.

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    d) Seis sigma global.

    e) Benchmarking competitivo.

    Falou em radical, pensou em reengenharia. Pensar de novo/reinveno so

    palavras-chave nesse processo.

    Gabarito: B

    5. Administrao de projetos

    Antes de entrarmos na gesto de projetos propriamente dita, vamos entender

    o que o projeto. Projeto um esforo temporrio empreendido para criar um

    produto, servio ou resultado especfico. importante diferenciar os projetos

    das operaes/processos: os projetos so temporrios, enquanto as operaes

    so contnuas e repetitivas.

    Principais caractersticas dos projetos:

    temporrios, possuem um incio e um fim definidos;

    planejados;

    entregam produtos, servios ou resultados;

    desenvolvidos em etapas;

    realizados por pessoas;

    com restrio tripla: prazo, recursos e qualidade ou escopo.

    Conforme destacado acima, um projeto executado em etapas, tendo elas as

    seguintes caractersticas:

    Cada fase do projeto marcada pela entrega de um ou mais produtos*;

    *produto, nesse contexto, quer dizer qualquer resultado que gerado. Por

    exemplo: se a fase do projeto um estudo de viabilidade, o produto dessa

    fase seria o relatrio conclusivo sobre essa viabilidade.

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    No incio de cada fase, define-se o trabalho a ser feito e o pessoal

    envolvido na sua execuo;

    O fim de cada fase marcado por uma reviso dos produtos (lembrem-

    se da observao sobre produtos feita acima) e do desempenho do

    projeto at o momento;

    Geralmente, uma fase comea quando termina a outra. No obstante,

    possvel existir o overlapping entre as fases, ou seja, a sobreposio de

    etapas, conhecida tambm como a prtica de "fast tracking". Nesse caso,

    comea-se a trabalhar nas prximas fases do projeto antes do fim da

    fase corrente;

    Os custos so geralmente crescentes medida que a fase avana;

    Os riscos so geralmente decrescentes medida que a fase avana (No

    comeo, pouco se sabe a respeito do que vai acontecer. Com o decorrer

    do tempo, muitas variveis vo sendo conhecidas e o produto/resultado

    vai ficando mais tangvel);

    A habilidade das partes envolvidas para alterao dos produtos de cada

    fase decrescente medida que a fase avana (alteraes substanciais

    vo se tornando mais difceis pois o produto vai ficando mais pronto,

    sendo impossvel voltar ao passado;

    Medida de coincidncia significa que aquilo que foi planejado est sendo

    de fato colocado em prtica. A qualidade do produto est conforme o

    esperado.

    Como exemplo de projetos, podemos ter: construo de uma casa, instalao

    de uma nova planta industrial, elaborao de um plano de marketing,

    informatizao de um setor da organizao, etc.

    Um conceito importantssimo quando estudamos projeto o de stakeholders

    (partes interessadas): indivduos e organizaes ativamente envolvidos no

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    projeto, cujos interesses so afetados (positiva ou negativamente) por ele, ou

    que exercem influncia sobre o mesmo.

    Nessa definio, esto includos o gerente de projeto, o cliente, a organizao

    que far o projeto, os membros da equipe de projeto, o patrocinador

    (indivduo/grupo interno ou externo que prov os recursos financeiros para o

    projeto). Pode abarcar, tambm, atores externos, como fornecedores,

    agncias governamentais, comunidades afetadas pelo projeto e a sociedade

    em geral.

    Geralmente, as organizaes que organizam suas atividades em torno dos

    projetos possuem departamentalizao por projetos. O que isso quer dizer? Ao

    olharmos para a estrutura da empresa, veremos que ela se organiza em

    projetos. Vejamos o desenho:

    Agora sim, vamos para a gesto de projetos. A gesto de projetos a

    aplicao de conhecimentos, habilidades e tcnicas especficas na elaborao

    de atividades relacionadas, com a finalidade de se atingir um conjunto de

    objetivos pr-determinados, com prazo determinado, com estipulao de custo

    e qualidade, mobilizando-se recursos materiais, financeiros e humanos.

    Vejamos as definies de autores.

    Para Turner, a gesto de projetos um processo por meio do qual um

    projeto levado a uma concluso. Em sua abordagem, o autor elenca

    trs dimenses: objetivos (mbito, organizao, qualidade, custo e

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    tempo); processo de gesto (planejar, organizar, implementar e

    controlar); nveis (integrativo, estratgico e ttico);

    O PMI (Project Management Institute) define gesto de projetos,

    como sendo o processo atravs do qual se aplicam conhecimentos,

    capacidades, instrumentos e tcnicas s atividades do projeto de

    forma a satisfazer as necessidades e expectativas dos diversos

    stakeholders envolvidos.

    A gesto de projetos ou gerenciamento de projetos abrange uma srie de

    atividades, incluindo planejar, colocar em prtica o plano do projeto e

    acompanhar o progresso e o desempenho. O planejamento uma das

    atribuies mais importantes, j que nessa fase que so definidos os padres

    que sero acompanhados no andamento.

    PMBOK (Project Management Body of Knowledge)

    O PMBOK um conjunto de prticas relacionadas gesto de projetos, que

    publicado pela PMI (Project Management Institute). A PMI faz uma compilao

    de conhecimentos relacionados ao gerenciamento de projetos, padronizando

    procedimentos nessa rea.

    Mesmo sendo reconhecido internacionalmente, preciso sempre avaliar a

    aplicabilidade do PMBOK para cada organizao. Uma caracterstica importante

    no PMBOK a utilizao de um vocabulrio universal, o que facilita a discusso

    do tema.

    O PMBOK preocupa-se com a descrio dos processos e subprocessos que

    sero percorridos que subsidiaro a realizao de um trabalho de execuo de

    projeto.

    Dentre as padronizaes, destaca-se o OPM3 (Organizational Project

    Management Maturity Model), que um padro reconhecido

    internacionalmente como melhor prtica para avaliar e desenvolver as

    capacidades de gesto.

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    Estrutura Analtica do Projeto - EAP

    A Estrutura Analtica do Projeto ou Work Breakdown Structure (WBS) a

    decomposio do trabalho planejado em partes menores, ou seja, em pacotes

    de trabalho que sero executados para atender aos objetivos do projeto e criar

    as entregas (deliverables) necessrias.

    Trata-se de um diagrama com nveis hierrquicos, formado pelos pacotes de

    trabalho que compem um projeto. Facilita o detalhamento dos processos e o

    gerenciamento do escopo, da equipe e dos recursos ao longo da realizao do

    projeto.

    Em suma, a EAP um instrumento para a gesto de um projeto, estruturando-

    o em forma de rvore. O foco evidenciar os itens mais importantes de um

    projeto. A EAP pode ser utilizada em atividades comuns, como reformar a rea

    externa de uma casa. A descrio seria mais ou menos assim:

    Providenciar materiais

    o Comprar ferramentas;

    o Comprar pincis / rolos;

    o Comprar removedor de papel de parede;

    o Comprar tijolos;

    Preparar o ambiente a ser reformado

    o Quebrar as paredes desnecessrias;

    o Tampar o cho com jornais;

    o Cobrir tomadas;

    o Retirar os mveis;

    Reformar

    o Colocar os tijolos nas partes novas;

    o Pintar as reas;

    o Pintar rodaps com pincel;

    Limpar o local

    o Jogar fora, ou guardar os produtos que sobraram

    o Limpar as ferramentas

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    o Remover as protees;

    o Limpar os mveis do local;

    o Jogar fora os protetores descartveis.

    Na prtica, o gerente de projetos rene-se com os membros de sua equipe

    para identificar os pacotes que precisam ser executados em cada uma das

    fases do projeto. A partir da, possvel entender e distribuir os pacotes,

    avaliando os custos, alocando os recursos e criando um cronograma.

    Um conceito importante o dicionrio da EAP, que uma ferramenta para

    descrever os elementos que compem essa estrutura, uma lista de atividades

    associadas, marcos, datas de incio e trmino, recursos necessrios e

    referncias tcnicas.

    Segundo o Guide to the PMBOK, a EAP um conjunto de componentes do

    projeto, estruturados com base nas entregas, que organiza e define o escopo

    total do projeto.

    Escopo

    Uma definio importante no contexto de projetos a de escopo (mira, alvo)

    de projeto: o trabalho que precisa ser feito para entregar o projeto, servio

    ou resultado com as caractersticas e funes especificadas.

    Caso o escopo no for corretamente definido nem bem gerenciado, bem

    provvel que o projeto no tenha xito nos seus objetivos.

    O escopo de um projeto pode ser dividido nos seguintes processos:

    Planejamento: nesse momento, criado o plano de gerenciamento,

    responsvel por documentar como o escopo ser definido, verificado e

    controlado. Nessa etapa, tambm reside a definio de como a EAP

    (Estrutura Analtica de Projeto) ser criada e definida e a coleta de

    requisitos do escopo.

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    Definio: etapa de desenvolvimento da declarao do escopo do

    projeto. Trata-se de um documento formal.

    Criar EAP: nesse momento, so subdividas as entregas do projeto em

    componentes menores, para facilitar o gerenciamento.

    Verificao: formalizao da aceitao das entregas do projeto.

    Controle: etapa de controle das mudanas que ocorrem na execuo.

    Ciclo de Vida do Projeto

    O ciclo de vida a diviso do projeto em fases de desenvolvimento. O ciclo

    fundamental, pois permite que seja avaliada uma srie de similaridades

    existentes nos projetos em geral, independente do seu contexto. A correta

    anlise do ciclo gera vrios benefcios, a saber:

    possvel determinar aquilo que foi feito pelo projeto;

    Possibilita a avaliao do projeto e se ele est progredindo;

    Permite identificar o ponto exato em que se encontra um projeto.

    A descrio do ciclo de vida do projeto pode se dar de forma genrica, sendo

    representada por um grfico isolado, ou mais detalhada, coexistindo vrios

    grficos, fluxogramas e tabelas, todos especficos de cada atividade do projeto.

    Uma considerao importante sobre o nvel de esforo. No incio do projeto,

    esse nvel praticamente zero, vai crescendo at atingir um pice, reduzindo-

    se depois at voltar ao marco zero, no trmino do projeto. Esforo a

    quantidade de pessoas envolvidas, o dispndio de trabalho e de recursos

    financeiros, as preocupaes, as complicaes, em suma, as dores de cabea

    do projeto.

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    Fases do Ciclo de Vida

    A natureza do projeto que ir determinar as fases do ciclo de vida do projeto.

    Em resumo, um projeto inicia-se a partir de uma idia, evoluindo-se para um

    plano, sendo este executado e concludo. Cada fase do projeto caracterizada

    pela entrega, ou finalizao, de um trabalho. Ressalta-se que essas entregas

    devem ser tangveis, ou seja, no mnimo, so gerados relatrios, um

    cronograma feito ou um conjunto de atividades realizado.

    De forma genrica, as fases do ciclo so definidas conforme a prxima figura,

    sendo que, em cada uma delas, sero definidos o trabalho tcnico que deve

    ser realizado e os atores envolvidos.

    Vamos tratar de cada fase isolada.

    Fase de Iniciao: o momento em que uma determinada necessidade

    detectada, uma idia surge. Essa necessidade transformada em um

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  • ADMINISTRAO (Itens III a VII) - BNDES PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

    problema a ser resolvido, sendo definidos, nesta fase, a misso e o objeto do

    projeto, identificando-se as melhores estratgias.

    Fase de Planejamento: responsvel por detalhar tudo que ser realizado

    pelo projeto. Devem constar, nesta fase, os cronogramas, a interdependncia

    das atividades, a forma de alocao dos recursos, o estudo dos custos, etc.

    momento em que se procura pensar no projeto para evitar

    surpresas/imprevistos ao longo da execuo. Planos auxiliares tambm fazem

    parte dessa etapa.

    Fase de Execuo: a materializao do que foi planejado. Erros cometidos

    nas fases anteriores so percebidos neste momento. Grande parte do esforo e

    do oramento do projeto consumida na execuo.

    Fase de Monitoramento e Controle: ocorre paralelamente ao planejamento

    e execuo. o acompanhamento e controle daquilo que est sendo

    executado/realizado. Nesse momento que so propostas aes corretivas e

    preventivas, caso sejam detectadas anormalidades.

    Fase de Encerramento: nesse momento ocorrem avaliaes, por meio de

    auditorias externas e internas, so encerrados os livros do projeto e so

    discutidas as falhas do projeto para evitar os mesmos erros no futuro.

    importante mencionar que, apesar do grfico ilustrado, com o desenrolar do

    projeto, praticamente todas as fases do projeto so realizadas

    concomitantemente. O ciclo, na verdade, dinmico.

    Nem todos os projetos vo seguir risca todos estes estgios, uma vez que

    alguns podem ser encerrados antes do inicialmente esperado. Outros projetos

    passaro pelos estgios 2, 3 e 4 mltiplas vezes. O projeto ou

    empreendimento objetiva a satisfao de uma necessidade ou oportunidade,

    sendo a fase inicial, na qual existem muitas reas e/ou pessoas envolvidas.

    Em geral sempre existe mais que uma soluo ou alternativas para atender s

    mesmas necessidades. A tcnica usada para definir a soluo final passa pelo

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  • ADMINISTRAO (Itens III a VII) - BNDES PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

    desenvolvimento de alternativas extremas. A primeira, de baixo custo, que

    atende as necessidades mnimas para ser funcional.

    A segunda tenta atender a maior parte das as exigncias das diversas reas

    envolvidas no escopo, que resulta num projeto com custo muito maior e pouco

    competitivo. A partir de ambas as alternativas, desenvolvida uma soluo

    intermediria entre as mesmas, que atende a uma boa parte das exigncias

    com um custo competitivo.

    PERT/CPM

    O Program Evaluation and Review Technique (Tcnica de Avaliao e Reviso

    de Projetos) ou PERT uma tcnica utilizada para planejamento e controle no

    campo de estudo da gesto de projetos, permitindo a calendarizao de um

    projeto. O mtodo permite representar graficamente uma rede de tarefas cujo

    encadeamento permite atingir os objetos almejados do projeto.

    A Tcnica de Avaliao desenvolve-se da seguinte maneira.

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    Vejamos os elementos da rede PERT:

    Tarefa (ou atividade): representada por uma flecha. A cada tarefa, h

    um cdigo e uma durao correspondente. Vale mencionar que o

    comprimento da flecha independe da durao.

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    Etapa (evento): o incio e o fim de uma tarefa. Cada tarefa possui uma

    etapa de incio e uma etapa de fim. Com exceo das etapas iniciais e

    finais, cada etapa de fim uma etapa de incio da tarefa seguinte. As

    etapas so geralmente numeradas e representadas por um crculo, mas

    podem s vezes ter outras formas (quadrado, retngulo, oval, etc.).

    Tarefa fictcia (fantasma), representada por uma flecha ponteada,

    permite indicar os limites na cadeia entre certas etapas.

    As tcnicas denominadas PERT e CPM (Critical Path Method - Mtodo do

    Caminho Crtico) foram desenvolvidas de forma independente na dcada 1950.

    No obstante, a grande semelhana entre as metodologias (ambas as tcnicas

    de rede baseadas na Teoria dos Grafos*) fez com que o termo PERT/CPM fosse

    utilizado corriqueiramente como apenas uma tcnica.

    *Teoria dos Grafos: um ramo da matemtica que estuda as relaes entre os

    objetos de um determinado conjunto

    Se, por um lado, o PERT o clculo a partir da mdia ponderada de 3 duraes

    possveis de uma atividade (otimista, mais provvel e pessimista), sendo um

    modelo probabilstico, de incerteza, o CPM utiliza valores determinsticos, em

    uma situao de certeza, apurando o caminho crtico dada uma sequncia de

    atividades, isto , quais atividades de uma sequncia no podem sofrer

    alterao de durao sem que isso reflita na durao total de um projeto.

    O PERT utilizado em atividades de pesquisa e desenvolvimento, j o CPM

    utilizado em projetos cujo fluxo de trabalho bem definido, como na

    construo civil.

    A interdependncia entre as atividades de um projeto implica que algumas

    atividades devam ser executadas em srie, enquanto outras devam ser

    executadas de forma paralela.

    O PERT e o CPM possibilitam uma visualizao das relaes de

    interdependncia das atividades, por meio da rede, e tambm a determinao

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    do tempo total de durao e a magnitude e tipo das folgas (parada) entre as

    atividades.

    Exemplos de aplicao de PERT/CPM: o planejamento e gerenciamento da

    construo civil, pesquisa e desenvolvimento de um produto, construo de

    navios, etc.

    Veja que a EAP lida com a execuo e o PERT lida com a avaliao dos

    projetos. Outra diferena importante que o PERT possibilita visualizar a

    interdependncia das atividades.

    Escritrio de Projetos

    O Escritrio de Projetos uma estrutura formal dentro de uma empresa,

    possuindo uma srie de propsitos, a saber:

    Apoiar o Gerente de Projetos;

    Gerar treinamento para as equipes de projeto;

    Implantar software de controle de projetos;

    Estabelecer mtodos e padres;

    Tornar-se centro de excelncia em gerncia de projetos;

    Responsabilizar-se pelos resultados dos projetos

    O Escritrio de Projetos, ou Project Management Office - PMO, tem a funo

    de dar subsdios ao Gerente de Projetos, podendo inclusive atuar em um

    projeto especfico, executando tarefas administrativas do projeto.

    Segundo o PMBOK, a funo dos PMO nas empresas varia em abrangncia,

    influncia e autoridade, podendo ser bastante limitada, emitindo apenas

    recomendaes, ou podendo possuir autoridade formal garantida pela direo

    executiva.

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    reas de Gerenciamento

    Vejamos as 9 reas de Gerenciamento de Projetos segundo o Pmbok Guide

    (PMI):

    1. Integrao - consolidao dos diversos planos gerados em um plano

    nico, denominado Plano do Projeto;

    2. Escopo - abrangncia ou fronteiras do projeto;

    3. Tempo - diferente de uma atividade rotineira, os projetos se

    caracterizam por prazos, por terem comeo, meio e fim;

    4. Custo - o gerenciamento de um projeto deve levar em conta limites

    oramentrios existentes, atravs da administrao de fluxos de

    caixa;

    5. Qualidade - a satisfao dos stakeholders e o cumprimento de

    requisitos so fundamentais;

    6. Recursos humanos - projeto envolve pessoas, que devem ser bem

    gerenciadas e motivadas;

    7. Comunicaes - as falhas de comunicao podem garantir o

    insucesso dos projetos. preciso definir os melhores canais de

    comunicao;

    8. Riscos - as incertezas do futuro so tpicas dos projetos, sendo

    fundamental detectar as ameaas e oportunidades;

    9. Aquisies ou Suprimentos - lidar com os fornecedores de servios

    e materiais parte da tarefa da gesto de projetos.

    Essas reas interagem de forma integrada para cumprir as funes de

    planejamento, organizao, motivao, direo e controle da gesto de

    projetos. Vejamos a figura.

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    Mtodo de Kepner e Tregoe

    Trata-se de um mtodo para priorizao de projetos, que permite a interao

    dos envolvidos por meio da troca de idias. O mtodo, desenvolvido pelos

    consultores americanos Kepner e Tregoe, estabelece dois tipos de critrios de

    deciso:

    Must: so os deveres. So limites para as alternativas escolhidas.

    Wishes: so os desejos. Trata-se da diferenciao qualitativa das

    alternativas em jogo.

    Para aplicao do mtodo, so elencados 5 passos, a saber:

    Seleo dos critrios;

    Ponderao dos desejos (dar peso a cada desejo);

    Avaliao das alternativas que atendam aos deveres;

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    Pontuao dos desejos cujas alternativas atenderam aos deveres;

    Computao das alternativas para seleo da opo vencedora.

    Exemplo: Imagine que voc tenha vrios projetos alternativos e voc precisa

    fazer escolhas.

    1) Definindo critrios:

    Must: os projetos devem ser concludos em 180 dias.

    Wishes: 1) seria excelente que o projeto impactasse positivamente no

    lucro; 2) o projeto poderia melhorar a imagem da empresa; 3) o projeto

    poderia envolver o maior nmero de equipes da empresa.

    2) Dando peso aos desejos: aspecto 1 tem peso 4, aspecto 2 tem peso 2 e

    aspecto 3 tem peso 1.

    3) Verificando o atendimento aos deveres (must): h projetos que no so

    concludos no prazo, estando fora de cogitao.

    4) Pontuao de acordo com os critrios dos desejos (wishes): projeto A

    obteve 3 pontos, projeto C obteve 2 pontos e o projeto D obteve 7 pontos.

    5) Com tudo isso, o projeto D selecionado.

    Grfico de Gantt

    Trata-se de uma ferramenta de representao grfica das informaes que

    constam do cronograma de um projeto. Por meio do grfico, possvel

    detectar informaes relevantes no processo, como as dependncias de

    atividades e os caminhos crticos.

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    Metodologia de Anlise e Soluo de Problemas (MASP)

    Essa metodologia visa a soluo, de forma organizada, de problemas nas

    organizaes. um mtodo que subsidia a anlise dos problemas,

    determinando as suas causas e elaborando planos de ao para a soluo das

    questes colocadas.

    So 4 as etapas do MASP:

    Anlise crtica do problema, utilizando ferramentas como o fluxograma, o

    brainstorming, a lista (folha) de verificao*, etc.;

    Determinao das causas, por meio do Diagrama de Ishikawa, por

    exemplo;

    Aes, por meio da ferramenta 5W2H, por exemplo;

    Verificao da eficcia das aes.

    * Folha de verificao - Formulrio estruturado para viabilizar e facilitar a

    coleta e posterior anlise de dados, sobre a frequncia com que determinado

    fato ou problema ocorre.

    Questes.

    12) (CESGRANRIO IBGE 2010) Qual rea de gerenciamento definida

    pelo PMBOK inclui a Estrutura Analtica do Projeto - EAP e qual sua

    funo?

    a) De tempo - permite gerar o grfico de Gantt

    b) De custos - define o consumo financeiro ao longo de tempo.

    c) Da qualidade - determina o acompanhamento do desempenho das

    atividades executadas.

    d) De recursos humanos - especifica as habilidades necessrias para

    as tarefas do projeto.

    e) Do escopo - define a hierarquia das tarefas e subtarefas do projeto.

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    Como falamos, a EAP facilita o detalhamento dos processos e o gerenciamento

    do escopo. A rea de planejamento de escopo contm a EAP.

    Grfico de Gantt permite visualizar a comparao entre o trabalho planejado e

    o realizado.

    Gabarito: E

    13) (CESGRANRIO PETROBRS 2008)

    Considere um projeto c o m a s seguintes at ividades:

    Se a atividade II passar a durar 37 horas, o caminho critico

    a) passa a ser de 67 horas.

    b) incrementado de 12 horas.

    c) muda para Incio, II, IV, Fim.

    d) permanece Incio, I, III, V, VI, Fim.

    e) muda para Incio, I, III, V, IV, Fim, sendo incrementado de 7 horas.

    A melhor forma de aprender esse tpico com o exerccio. Vamos l.

    Vamos reproduzir esse quadro no diagrama do mtodo do caminho crtico.

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    H trs caminhos possveis. Vamos v-los:

    1) Incio - I - III - V - VI - Fim: total de 107 horas

    2) Incio - II - IV - Fim: total de 55 horas

    3) Incio - I - III - IV - Fim: total de 105 horas.

    O caminho crtico aquele em que no se pode ter folgas. Assim, o caminho

    maior (1) o caminho crtico.

    No enunciado, proposta a alterao no item II para 37 horas. Vejamos as

    alteraes decorrentes:

    Caminho 2 passa a ter: 67 horas.

    De qualquer forma, o caminho crtico continua o mesmo, que o maior, de

    107 horas.

    Gabarito: D

    14) (CESGRANRIO BNDES 2010) Existem alguns modelos de

    gerenciamento, cada vez mais utilizados, que tratam do grau de

    maturidade das organizaes em gerenciamento de projetos, como

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    o PMMM - Project Management Maturity Model e o OPM3 -

    Organizational Project Management Maturity Model. A adoo de

    modelos de gerenciamento ocorre porque as empresas entendem que

    0 aumento da maturidade pode trazer vantagens, como a(o)

    1 - diminuio de custos;

    II - aumento de produtividade;

    III - previsibilidade de prazos;

    IV - reestruturao dos stakeholders;

    V - otimizao de recursos.

    So vantagens para as empresas aquelas apresentadas em

    a) I e II, apenas.

    b) II e III, apenas.

    c) III e IV, apenas.

    d) I, II, III e V, apenas.

    e) I, II, III, IV e V.

    Com exceo do item IV, todas as alternativas relacionam-se com a melhora

    da eficincia na organizao, com o gerenciamento de projetos e a troca de

    experincias na rea.

    Os stakeholders no precisam ser reestruturados. Eles so as partes

    interesssadas.

    Gabarito: D

    15) (CESGRANRIO BNDES 2010) Alm do aspecto organizacional,

    relevante salientar o papel das diferentes etapas no gerenciamento de

    projetos. Procedimentos, processos, polticas e ferramentas mais

    formalizadas so vitais para o planejamento e o gerenciamento.

    Formas de gerenciamento que adotaram o modelo sistmico ou por

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    processo consideram que eles devem ser organizados a partir de uma

    srie de aes para obteno dos resultados desejados. O

    gerenciamento de projetos realizado pela execuo de etapas

    processuais que podem ser definidas como:

    I - Planejamento

    II - Execuo

    III - Monitoramento

    IV - Controle

    V - Encerramento

    So etapas de gerenciamento de projetos aquelas indicadas em

    a) I e II, apenas.

    b) I e IV, apenas.

    c) II e III, apenas.

    d) I, II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III, IV e V.

    Alm dessas etapas, temos tambm a iniciao.

    Gabarito: E

    16) (CESGRANRIO BNDES 2010) Gerenciamento de projetos a

    aplicao de conhecimentos, habilidades, ferramentas e tcnicas nas

    atividades a serem realizadas para atender s necessidades e

    expectativas do projeto. Tendo em vista a definio acima de

    gerenciamento de projetos, afirma-se que o(a)

    a) fluxo de trabalho e a coordenao devem ser administrados

    verticalmente.

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    b) excesso de regras e regulamentos facilita as atividades da equipe

    tcnica.

    c) modelo de gerenciamento de projetos precisa ser constantemente

    aperfeioado e adaptado s necessidades particulares de cada

    empresa.

    d) gesto de projetos realizada por meio de um nico processo

    definido como uma srie de aes para obteno dos resultados

    desejados.

    e) melhoria do gerenciamento de projetos se d a partir da gesto do

    conhecimento organizacional e da concentrao de informaes.

    Vejamos item por item.

    a) Um projeto administrado por equipes. Sendo assim, no h muita

    hierarquia (verticalizao nesse tipo de estrutura).

    b) O excesso de regras pode engessar os trabalhos.

    c) Essa a nossa resposta.

    d) H vrios processos, na verdade.

    e) As informaes devem ser descentralizadas, passadas a todos.

    Gabarito: C

    17) (CESGRANRIO BNDES 2010) A temporalidade e a elaborao

    progressiva dos projetos exigem a adoo de um ciclo de vida, que

    pode ser definido como o espao finito de tempo no qual as atividades

    dos projetos esto circunscritas. O ciclo de vida geralmente dividido

    em fases. De acordo com as etapas do projeto, afirma-se que

    a) o nvel de atividade, a quantidade de pessoas envolvidas e os custos

    so altos no incio, diminuem gradativamente durante a execuo e

    caem rapidamente quando o projeto se aproxima do final.

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    b) o produto ou resultado final do projeto pode ser mudado mais

    facilmente no final.

    c) o custo e o prazo, quando se trabalha com consultores externos,

    sero funo indireta do tempo estimado para a execuo do projeto.

    d) a previsibilidade do projeto relativamente alta no incio e diminui

    com o desenrolar das atividades e o equacionamento dos riscos.

    e) as mudanas vo ficando cada vez mais difceis e custosas conforme

    o projeto avana, j que o resultado construdo progressivamente.

    Item por item.

    a) As pessoas envolvidas aumentam com o decorrer do projeto. O nvel de

    atividade e os custos tambm.

    b) No final, quando est quase pronto, as mudanas so menores.

    c) A funo direta.

    d) A previsibilidade aumenta com o decorrer do projeto.

    e) Esse o nosso gabarito.

    Gabarito: E

    18) (FCC DNOCS 2010) Pela dinmica do mtodo de Kepner e Tregoe,

    entre os critrios de seleo de priorizao de projetos

    I. esto os "must", que estabelecem limites para as solues

    alternativas apontadas.

    II. esto os wishes, que permitem diferenciar qualitativamente as

    alternativas participantes.

    III. est o ranking de projetos, que possibilita a verificao dos custos

    dos projetos e os benefcios financeiros, tcnicos e operacionais.

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    IV. est a tabela de pontuao amostrai do projeto, que emprega

    fatores tcnicos de mercado.

    correto o que consta APENAS em

    a) I e II.

    b) I, II e III.

    c) II e IV.

    d) II e III.

    e) I, III e IV.

    Dentro desse mtodo, s h dois critrios: must (deveres), que limitam as

    alternativas; e o wishes (desejos), que diferenciam qualitativamente as

    alternativas possveis.

    Gabarito: A

    19) (FCC AL-SP 2010) Na aplicao da Metodologia de Anlise e

    Soluo de Problemas (MASP), a fase mais importante a

    a) da observao.

    b) da anlise.

    c) da identificao do problema.

    d) do plano de ao.

    e) da padronizao.

    fundamental que se faa a correta identificao do problema. Somente a

    partir da que o trabalho pode ser bem desenvolvido.

    Gabarito: C

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    20) (CESGRANRIO TRANSPETRO 2011)

    O grfico de Gantt uma importante ferramenta que consiste em uma

    representao grfica de informaes relacionadas ao cronograma, a

    partir do qual possvel inferir vrias informaes relevantes sobre as

    tarefas, tais como: dependncias e pertinncia ao caminho crtico.

    Analisando-se o grfico de Gantt dado na figura acima constata-se que

    a) o caminho A-B crtico, pois B est designado para terminar junto

    com o projeto.

    b) o caminho A-E crtico, pois possui folga total igual a zero.

    c) o caminho A-C-D crtico, pois o que contm mais atividades

    neste projeto.

    d) a atividade A no pode estar no caminho crtico, pois o caminho A-B

    tem folga.

    e) as atividades B, C e D tm que ser executadas simultaneamente,

    pois dependem da atividade A.

    Devemos ter em mente que algo crtico algo que no pode atrasar, que no

    tem folga. Olhando para o grfico, percebemos folga (espaos vazios) entre a

    atividade A e B. Isso ocorre tambm entre C e D.

    Sendo assim, o caminho crtico aquele representado por A-E.

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    Gabarito: B

    21) (CESGRANRIO TRANSPETRO 2011) A preparao adequada da

    declarao de escopo com a participao de partes interessadas, tais

    como clientes e patrocinadores, crtica para o sucesso de um projeto.

    PORQUE

    A declarao de escopo fornece um entendimento comum do projeto, o

    que ser realizado, e permite o incio do processo de planejamento

    mais detalhado, alm de servir como documento base para avaliao

    sobre a pertinncia ao projeto de solicitaes de mudana e/ou

    trabalho adicional.

    Analisando-se as afirmaes acima, conclui-se que

    a) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda justifica a

    primeira.

    b) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda no justifica a

    primeira.

    c) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.

    d) a primeira afirmao falsa, e a segunda verdadeira.

    e) as duas afirmaes so falsas.

    O envolvimento dos stakeholders fundamental na declarao do escopo. Essa

    declarao essencial para o xito do projeto, j que o entendimento gerado

    guiar a execuo do projeto.

    Gabarito: A

    Exerccios Trabalhados

    1) (CESGRANRIO ELETROBRS 2010) Com o aumento da competitividade no

    mercado, as empresas se viram obrigadas a incorporar, em suas prticas,

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    tcnicas e ferramentas que tm como objetivo melhorar os processos

    realizados, incrementando a sua produtividade.

    Relacione as tcnicas para melhoria de processos, listadas na 1a coluna,

    respectiva descrio dentre as indicadas na 2a coluna.

    A relao correta

    a) I - P, II - Q, III - R.

    b) I - Q, II - P, III - R.

    c) I - Q, II - P, III - S.

    d) I - R, II - P, III - S.

    e) I - S, II - Q, III - R.

    2) (CESGRANRIO BACEN 2010) A necessidade de manter as organizaes em

    sintonia com as novas tecnologias e assegurar a possibilidade de acompanhar

    as inovaes do ambiente tem justificado a aplicao de tcnicas de

    mapeamento dos processos organizacionais com a perspectiva de melhoria,

    visando manuteno da competitividade e, consequentemente, a

    sobrevivncia organizacional. Nesse sentido, a utilizao das tcnicas de

    mapeamento, que tem como propsito especfico a identificao da situao

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    atual em que se encontram os processos organizacionais, tem como principal

    objetivo

    a) avaliar os processos tal como so realizados na organizao e validar um

    modelo que sirva de base organizao na tomada de deciso visando

    melhoria contnua dos processos organizacionais.

    b) avaliar os processos tal como so realizados na organizao e validar um

    modelo que subsidie a tomada de deciso visando ao redesenho de todos os

    processos organizacionais.

    c) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na organizao e

    validar um modelo que subsidie a posterior definio da proposta de melhoria

    dos macroprocessos organizacionais.

    d) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na organizao e

    validar um modelo que subsidie a posterior tomada de deciso visando ao

    alinhamento dos processos, aos objetivos e estratgias da organizao.

    e) identificar e avaliar os processos tal como so realizados na organizao e

    validar um modelo que subsidie a definio da proposta de melhoria de todos

    os processos organizacionais.

    3) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A cadeia de valor, criada por Michael

    Porter, em 1985, tem sido usada por muitas organizaes nas atividades de

    mapeamento de processos. Ela permite que se tenha uma macroviso dos

    processos organizacionais, o que significa romper com o paradigma de uma

    imagem antiga e limitada, a de que basta que cada parte cumpra seus

    objetivos, para que a organizao alcance os seus.

    Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir.

    Ao se usar o conceito de cadeia de valor, de Porter, a clssica separao entre

    meios e fins perde sentido aos olhos da anlise do valor agregado.

    PORQUE

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    A macroviso dos processos organizacionais contm princpios de integrao e

    convergncia. A esse respeito, conclui-se que

    (A) as duas afirmaes so verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

    (B) as duas afirmaes so verdadeiras e a segunda no justifica a primeira.

    (C) a primeira afirmao verdadeira e a segunda falsa.

    (D) a primeira afirmao falsa e a segunda verdadeira.

    (E) as duas afirmaes so falsas.

    4) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A Gesto por Processos fornece a base

    para muitos modelos de gerncia, uma vez que ela serve de instrumento de

    ligao entre quase tudo que feito na organizao.

    Em decorrncia disso, a Gesto por Processos

    (A) obedece a um ciclo de gerenciamento aleatrio e dependente de outro.

    (B) simples de ser implementada, bastando, para isto, escolher o modelo de

    gesto mais adequado.

    (C) de difcil implementao e depende de um ciclo de atividades

    gerenciadas.

    (D) leva burocratizao por se tratar de atividades padronizadas.

    (E) requer que os processos sejam automatizados, para melhorar a

    confiabilidade da informao.

    5) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A Gesto por Processos lida com as

    interfaces existentes entre as diversas partes ou subsistemas da organizao,

    como, por exemplo, subsistema tcnico, subsistema de pessoal, subsistema

    administrativo-financeiro, etc. Dentre estas, a mais complexa e difcil de

    gerenciar, se refere gesto da interface

    (A) humana.

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    (B) financeira.

    (C) tecnolgica.

    (D) da produo.

    (E) mercadolgica.

    6) (FCC TRE-RS 2010) Na gesto por processo,

    I. a organizao otimiza a cadeia de processos e assegura o melhor

    desempenho do sistema integrado, a partir da mnima utilizao de recursos e

    do mximo ndice de acertos.

    II. identifica-se os processos crticos de negcio; para que a organizao

    existe; quais os recursos necessrios para gerar produtos que a organizao

    deseja produzir e ofertar ao mercado.

    III. identifica-se na organizao as categorias bsicas: 1) de processos de

    negcios ou de clientes; 2) organizacionais ou de integrao; e 3) gerenciais.

    IV. a hierarquia dos processos definida pelo seu grau de relevncia

    estratgica e operacional e so estruturados em macroprocessos, processos,

    atividades e tarefas.

    V. importante a modelagem dos processos organizacionais com base no

    conhecimento dos processos crticos da concorrncia.

    Est correto o que consta SOMENTE em

    a) I, III e IV.

    b) I, II e IV.

    c) III e V.

    d) II e IV.

    e) I e III.

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    7) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) O Diagrama de Ishikawa, tambm

    conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, permite

    estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou

    oportunidade de melhoria. As causas de um problema podem ser agrupadas, a

    partir do conceito dos 6M, como decorrentes de falhas em materiais, em mo

    de obra, em mquinas, em meio ambiente, em

    (A) treinamento e em tecnologias

    (B) mtodos e em medidas

    (C) mtodos e em tecnologias

    (D) estratgias e em tecnologias

    (E) estratgias e em medidas

    8) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) O PDCA um mtodo que se baseia no

    controle de processos.

    As etapas do mtodo PDCA so, sucessivamente,

    (A) prevenir, executar, verificar e agir

    (B) prevenir, dirigir, controlar e administrar

    (C) planejar, dirigir, controlar e administrar

    (D) planejar, executar, controlar e administrar

    (E) planejar, executar, verificar e agir

    9) (CESGRANRIO PETROBRS 2011) Com respeito ao desenho inicial de um

    processo, analise as afirmativas abaixo.

    I - O escopo do processo apresenta a misso e o limite, ou seja, o contedo, o

    incio e o trmino.

    II - O diagrama da cadeia de valor do processo envolve fornecedores,

    entradas, subprocessos, sadas e clientes.

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    III - O mapa do processo revela a sequncia atravs da qual as atividades so

    executadas e quem executa cada uma delas.

    Est correto o que se afirma em

    (A) I, apenas.

    (B) II, apenas.

    (C) I e III, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) I, II e III.

    10) (CESGRANRIO PETROBRS 2010) A reengenharia, o redesenho de

    processos e o Seis Sigma so trs tcnicas bastante difundidas na gesto do

    desempenho empresarial. A propsito dessas tcnicas, analise as afirmaes

    abaixo.

    I - Tanto a reengenharia como o redesenho de processos buscam aumentar a

    eficincia ou reduzir o desperdcio.

    II - Na reengenharia, o principal meio de otimizao dos processos consiste na

    reduo de custos operacionais atravs do corte de pessoal.

    III - A reengenharia prope a substituio radical dos processos ineficientes

    por outros inteiramente reestruturados - com menor quantidade de etapas e

    de recursos, enquanto que a metodologia do Seis Sigma consiste na reduo

    radical de desperdcio atravs da eliminao de produtos defeituosos,

    implementada pelo mtodo DMAIC.

    IV - Enquanto a reengenharia e o redesenho concentram esforos em remediar

    processos que provoquem erros nos produtos, no Seis Sigma se procura

    otimizar os processos produtivos atravs do foco no fluxo de atividades.

    Esto corretas as afirmaes

    a) I e II, apenas.

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    b) I e III, apenas.

    c) II e IV, apenas.

    d) II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III e IV.

    11) (CESGRANRIO INEA 2008) "Alterao radical nos processos, repensar e

    reinventar drasticamente as operaes nos negcios para atingir

    melhoramentos em medidas crticas de desempenho, como custos, qualidade,

    servios e velocidade" definio de:

    a) Kaizen.

    b) Reengenharia.

    c) Anlise de valor.

    d) Seis sigma global.

    e) Benchmarking competitivo.

    12) (CESGRANRIO IBGE 2010) Qual rea de gerenciamento definida pelo

    PMBOK inclui a Estrutura Analtica do Projeto - EAP e qual sua funo?

    a) De tempo - permite gerar o grfico de Gantt

    b) De custos - define o consumo financeiro ao longo de tempo.

    c) Da qualidade - determina o acompanhamento do desempenho das

    atividades executadas.

    d) De recursos humanos - especifica as habilidades necessrias para as tarefas

    do projeto.

    e) Do escopo - define a hierarquia das tarefas e subtarefas do projeto.

    13) (CESGRANRIO PETROBRS 2008)

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    Considere um projeto com as seguintes at ividades:

    Qbs: As a t iv idades !V e Vt sao as u l t imas at iv idades do

    projeto.

    Se a atividade II passar a durar 37 horas, o caminho critico

    a) passa a ser de 67 horas.

    b) incrementado de 12 horas.

    c) muda para Incio, II, IV, Fim.

    d) permanece Incio, I, III, V, VI, Fim.

    e) muda para Incio, I, III, V, IV, Fim, sendo incrementado de 7 horas.

    14) (CESGRANRIO BNDES 2010) Existem alguns modelos de gerenciamento,

    cada vez mais utilizados, que tratam do grau de maturidade das organizaes

    em gerenciamento de projetos, como o PMMM - Project Management Maturity

    Model e o OPM3 - Organizational Project Management Maturity Model. A

    adoo de modelos de gerenciamento ocorre porque as empresas entendem

    que o aumento da maturidade pode trazer vantagens, como a(o)

    I - diminuio de custos;

    II - aumento de produtividade;

    III - previsibilidade de prazos;

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    IV - reestruturao dos stakeholders;

    V - otimizao de recursos.

    So vantagens para as empresas aquelas apresentadas em

    a) I e II, apenas.

    b) II e III, apenas.

    c) III e IV, apenas.

    d) I, II, III e V, apenas.

    e) I, II, III, IV e V.

    15) (CESGRANRIO BNDES 2010) Alm do aspecto organizacional, relevante

    salientar o papel das diferentes etapas no gerenciamento de projetos.

    Procedimentos, processos, polticas e ferramentas mais formalizadas so vitais

    para o planejamento e o gerenciamento. Formas de gerenciamento que

    adotaram o modelo sistmico ou por processo consideram que eles devem ser

    organizados a partir de uma srie de aes para obteno dos resultados

    desejados. O gerenciamento de projetos realizado pela execuo de etapas

    processuais que podem ser definidas como:

    I - Planejamento

    II - Execuo

    III - Monitoramento

    IV - Controle

    V - Encerramento

    So etapas de gerenciamento de projetos aquelas indicadas em

    a) I e II, apenas.

    b) I e IV, apenas.

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    c) II e III, apenas.

    d) I, II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III, IV e V.

    16) (CESGRANRIO BNDES 2010) Gerenciamento de projetos a aplicao de

    conhecimentos, habilidades, ferramentas e tcnicas nas atividades a serem

    realizadas para atender s necessidades e expectativas do projeto. Tendo em

    vista a definio acima de gerenciamento de projetos, afirma-se que o(a)

    a) fluxo de trabalho e a coordenao devem ser administrados verticalmente.

    b) excesso de regras e regulamentos facilita as atividades da equipe tcnica.

    c) modelo de gerenciamento de projetos precisa ser constantemente

    aperfeioado e adaptado s necessidades particulares de cada empresa.

    d) gesto de projetos realizada por meio de um nico processo definido como

    uma srie de aes para obteno dos resultados desejados.

    e) melhoria do gerenciamento de projetos se d a partir da gesto do

    conhecimento organizacional e da concentrao de informaes.

    17) (CESGRANRIO BNDES 2010) A temporalidade e a elaborao progressiva

    dos projetos exigem a adoo de um ciclo de vida, que pode ser definido como

    o espao finito de tempo no qual as atividades dos projetos esto circunscritas.

    O ciclo de vida geralmente dividido em fases. De acordo com as etapas do

    projeto, afirma-se que

    a) o nvel de atividade, a quantidade de pessoas envolvid