bioquÍmica dos carboidratos

52
Prof. Ms.: Serlyjane P. H. Nunes Departamento de Ciências Fisiológicas UFMA

Upload: elizael-de-jesus-goncalves

Post on 31-Dec-2015

28 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Prof. Ms.: Serlyjane P. H. Nunes Departamento de Ciências Fisiológicas

UFMA

Page 2: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 3: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Carboidratos Glucídeos

Sacarídeos

Hidratos de Carbono

Glicídios

Page 4: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 5: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Podem apresentar N, P ou S

Page 6: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Biomoléculas mais abundantes da biosfera

Há mais glicídeos que todas as outras matérias orgânicas juntas

Desviam o plano da luz polarizada

Desempenham uma ampla variedade de funções ◦ Fonte e reserva de energia

◦ Função estrutural

◦ Matéria-prima para a biossíntese de outras biomoléculas

Page 7: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 8: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Maiores produtores ◦ Plantas (fotossíntese)

Pequenos produtores Animais (a partir de gorduras e proteínas)

CO2 + H2O + luz açúcar

Page 9: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Alimentos naturalmente açucarados ◦ Mel, caldo de cana, beterraba, frutas, batata doce

Alimentos açucarados propriamente ditos ◦ Açúcar cristal, açúcar refinado, açúcar bruto, melaço, mel, xarope

de milho, rapadura, melado

Alimentos elaborados a base de açúcar ◦ Caldas (xarope), geléias, doces em massa, caramelos, balas, glacês,

"marshmallow”, frutas cristalizadas

Alimentos elaborados com adição de açúcar ◦ Bombons, sorvetes, compotas, leite condensado, biscoitos doces,

bolos, pudins, refrigerantes, licores, gelatina, roscas e pães doces

Page 10: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Homem 65Kg 1 Kg de glicídeos ◦ Fígado em torno de 350 g

◦ Músculo esquelético até 600 g

◦ Sangue restante

Page 11: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Açúcar e metabolismo de gorduras

Na ausência de carboidratos suficientes, quantidades maiores de gordura são utilizadas na produção de energia

Page 12: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Glicose no sangue: 4 min

Glicogênio no fígado: 18 min

Glicogênio no músculo: 70 min

Triglicerídeos no tecido adiposo ◦ 4000 min

Page 13: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Oses ◦ Monossacarídeos ou açúcares simples

Osídeos ◦ Derivados de monossacarídeos

◦ Dissacarídeos ou dímeros

◦ Trissacarídeos ou trímeros

◦ Oligossacarídeos

◦ Polissacarídeos ou glicanos

Page 14: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Unidades básicas de carboidratos

Não sofrem hidrólise

São carboidratos mais simples, dos quais derivam todas as outras classes

Seu esqueleto de carbono é não ramificado

Cada átomo de carbono, exceto um, possui um grupo hidroxílico

Page 15: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

A maioria possui sabor adocicado

Todos os monossacarídeos simples são sólidos cristalinos, brancos e livremente solúveis em água, mas insolúveis em solventes não polares

Em solução aquosa apenas 0,02% apresentam cadeia aberta, enquanto o restante apresenta forma ciclizada

99,98% - forma ciclizada ◦ Anel de 5 vértices – anel furanosídico

◦ Anel de 6 vértices – anel piranosídico

Page 16: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

O grupo carbonila pode reagir com um grupo hidroxila formando um hemiacetal (ou hemicetal, no caso das cetoses)

Page 17: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Gliceraldeído (Aldotriose)

Diidroxiacetona (Cetotriose)

Page 18: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Nomes genéricos Exemplos

3 carbonos: trioses Gliceraldeído

4 carbonos: tetroses Eritrose

5 carbonos: pentoses Ribose

6 carbonos: hexoses Glicose

7 carbonos: heptoses Sedoeptulose

9 carbonos: nonoses Ácido neuramínico

Page 19: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Projeção de Fischer

Linhas verticais – atrás do plano

Linhas horizontais – projetam-se para a frente do plano

Page 20: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Projeção de Haworth

Formas ciclizadas

Page 21: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Maior estabilidade

Page 22: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Capacidade de desviar o feixe de luz plano-polarizada

Dextrógiro (d ou +) ◦ Desvia para a direita

Levógiro (l ou -) ◦ Desvia para a esquerda

Exemplos: ◦ Sacarose dextro-rotatória (+65,5°) ◦ Glicose dextro-rotatória (+52,5º) ◦ Frutose levo-rotatória (-92º)

Page 23: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Panificação – maior poder adoçante que sacarose

Preparação de xaropes – aquecimento inverte a sacarose

(+65,5°)

meio ácido

(+52,5°) (-92°)

Page 24: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Um composto é a imagem especular do outro, originando assim 2

famílias ou séries para os carboidratos.

Os carboidratos da série D são definidos como sendo aqueles que

possuem a configuração do último átomo de carbono assimétrico*

(centro quiral) idêntico ao do D-gliceraldeído, ou seja, a hidroxila

voltada para o lado direito. São os mais abundantes na natureza

Os açúcares que tiverem a hidroxila (-OH) para o lado esquerdo são

ditos da série L

D e L são enantiômeros ou quirais

*Carbono assimétrico = possui todos os 4 ligantes diferentes entre si

Page 25: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

D-gliceraldeído L-gliceraldeído

espelho

Page 26: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 27: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Oses que diferem na configuração de apenas um centro de assimetria

Page 28: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 29: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Estereoisômeros α e β O carbono anomérico

Para as oses D: α significa OH de C1 está em

lado oposto em relação ao CH2OH no centro quiral; β significa que OH está do mesmo lado.

Page 30: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 31: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Carbono que passa a ser quiral ou assimétrico (faz 4 ligações diferentes) depois de ocorrer a ciclização da molécula

O átomo de carbono da carbonila ou hemiacetal é chamado de carbono anomérico

Nas aldoses, o anomérico será o carbono 1 e nas cetoses corresponde ao carbono 2

Page 32: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

O rompimento da ligação hemiacetálica por adição de álcali rompe o anel e a molécula fica aberta com um grupamento redutor

Poder redutor é a capacidade que a hidroxila anomérica tem, por ser altamente instável, de ceder juntamente com o H+, o seu elétron

O íon Cu+ (íon cuproso) produzido em condições alcalinas forma um precipitado vermelho de óxido cuproso

reduziu

oxidou

Page 33: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 34: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Monossacarídeo Fonte Importância

D-ribose Ácidos nucléicos ou

derivado da glicose

Componente dos

nucleotídeos energéticos

(ATP) e dos ácidos nucléicos

(DNA e RNA)

D-glicose Hidrólise do amido,

glicogênio, sacarose,

maltose, lactose e

outros

Principal combustível celular

D-frutose Frutas, mel, sacarose

e outros

Convertido em glicose é

utilizado como combustível

celular

D-galactose Leite e derivados Convertido em glicose é

utilizado como combustível

celular

Page 35: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Única fonte de energia aceita pelo cérebro

Importante para o coração

Combustível universal dos fetos

Forma com que os carboidratos são absorvidos pela corrente sanguínea

É a partir da glicose que quase todos os carboidratos do organismo são formados

Produto da digestão do amido e, em certos casos, da celulose (ruminantes)

Meninges

Cerebrum

Cerebral cortex

Page 36: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Podem ser modificados naturalmente ou em laboratório

Inclui compostos que possuem mesma configuração básica embora possuam diferentes grupos funcionais

• Glicosídeos

• n-glicosilaminas

• Derivados O-acílicos

• Derivados O-metílicos

• Osazonas

• Açúcares-álcoois

• Açúcares-ácidos

• Açúcares-fosfato

• Desoxiaçúcares

• Aminoaçúcares

Page 37: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Redução do C2

Redução do C2

Page 38: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

União de aminoácidos com monômeros de açúcar

Funcionam como marcadores na superfície celular para serem reconhecidos por outras biomoléculas

Essa característica de reconhecimento é de suma importância nas transfusões, pois a compatibilidade dos tipos sangüíneos depende das glicoproteínas

Page 39: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Ligação que ocorre entre os açúcares para formar os polímeros (dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos)

glicose glicose

hidrólise desidratação

Maltose: açúcar redutor presente na cerveja Ligação glicosídica a (1,4)

Page 40: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Mais comuns ◦ Maltose (2 resíduos de D-glucose) – presente na cerveja

◦ Lactose (D-galactose e D-glucose) – presente no leite

◦ Sacarose (D-glucose + D-frutose) – presente em plantas

maltose lactose sacarose

Page 41: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 42: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Ocorrem livremente e em grande número na natureza

Rafinose (açúcar da beterraba) ◦ [O-α-D-galactopiranosil-(16)-O-

α-D-glucopiranosil-(12)-B-D-frutopiranosídeo]

Page 43: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Carboidratos que por hidrólise formam 2 a 10 unidades de monossacarídeos

Ex: Maltotriose

Participam de interações célula-célula e no reconhecimento imune

Cadeias de oligossacarídeos codificam considerável informação biológica

Podem ser ◦ Simples: no máximo uma ramificação na cadeia ◦ Complexos: de 2 a 5 ramificações (antenas)

Page 44: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Macromoléculas formadas por milhares de unidades de monossacarídeos unidas por ligações glicosídicas

Mais da metade de todo C orgânico na Terra está armazenada em apenas 2 moléculas de carboidratos: amido e celulose

Maioria dos carboidratos encontrados na natureza: polissacarídeos de alto peso molecular

São biopolímeros

Hidrólise completa com ácidos ou enzimas produz monossacarídeos ou derivados de monossacarídeos

Unidade monossacarídica predominante é D-glucose

São comuns os polissacarídeos de D-manose, D-frutose, D e L-galactose, D-xilose e D-arabinose

Page 45: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Homopolissacarídeos ◦ Nomes de classes indicando a natureza dos monômeros

primários

Glucanos: amido, glicogênio, celulose

Mananos: manose

◦ Exemplo: Amido (D-glucose)

Heteropolissacarídeos ◦ Ácido hialurônico: ácido glucurônico e N-acetil-D-

glucosamina

Page 46: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Quanto à função ◦ De reserva

Amido

Glicogênio

◦ Estrutural

Celulose

Page 47: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Reserva energética animal

Encontrado em grânulos semelhantes ao amido das células vegetais

Polímero de cadeia ramificada

Molécula é uma esfera, resultante do arranjo de cadeias ramificadas e lineares em 12 camadas concêntricas de unidades de glicose

Formado exclusivamente por moléculas de α-D-glicose ligadas entre si por ligações glicosídicas

do tipo α-1,4 em sua cadeia linear e α-1,6 nas ramificações.

Page 48: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Ligações glicosídicas b 1,4

10.000 a 15.000 D-glicose cadeias lineares alinhadas lado a lado e estabilizadas por ligacões de H intra- e intercadeias

Principal constituinte das células vegetais conferindo-lhes resistência e proteção.

Apresenta somente cadeias lineares

Formado exclusivamente por moléculas de β-D-glicose unidas por ligações β-1,4

Suas cadeias retas são interligadas por ligações cruzadas com o hidrogênio, o que

confere uma estrutura helicoidal muito resistente.

Page 49: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Amilose: linear, ligações glicosídicas (a14)

Amilopectina: ramificado; ligações glicosídicas (a14)

e (a16) a cada 24 a 30 resíduos

Polissacarídeo de reserva dos vegetais

Mais abundante e rica fonte alimentar de carboidratos para os animais

Encontrado nos cereais, batatas e outros vegetais

Formado exclusivamente por moléculas de α-D-glicose unidas por ligações α-1,4 (cadeia linear) e α-

1,6 (ramificações)

Page 50: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Ácido glucurônico N-acetilgalactosamina

Galactose N-acetilglucosamina

Polímeros lineares constituídos por unidades dissacarídicas repetitivas formadas alternadamente por N-acetilglucosamina ou N-acetilgalactosamina unidas através de ligação glicosídica a um ácido urônico

Alta densidade de compostos negativos força uma conformação estendida;

Formam a matriz extracelular junto com proteínas

Ácido glucurônico N-acetilglucosamina

Page 51: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS
Page 52: BIOQUÍMICA DOS CARBOIDRATOS

Prof. Ms.: Serlyjane P. H. Nunes Departamento de Ciências Fisiológicas

UFMA