biologia 1

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Módulo 1 1 Capítulo 1 1 Biologia 1 • GENÉTICA

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  • Mdulo11Captulo 11

    Biologia 1

    GENTICA

  • Bio

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    Mdulo I

    Captulo1

    Mdulo I

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    Aplicarostermosbsicosemgentica.Relacionarasegregaoindependentecomeventoscro-mossmicosqueocorremnameiose.

    Demonstrargraficamenteasegregaodecaractereshere-ditrios,atravsdaconstruodeanlisesegenealogias.

    Aplicarnoesbsicasdeclculodeprobabilidadesleisgenticas.

    ResolverproblemassobreasleisdeMendel,codominn-cia,alelosmltiploseheranaligadaaosexo.

    ReconheceraimportnciadosgrupossangneosABOeRhnastransfusessanguneaseincompatibilidades.

    Relacionarerrosdameiosesaberraescromossmicasnumricas.

    1INTRODUO GENTICAI. CONCEITO:

    acinciaqueestudaummaterialqueligageraeseexplicaassimilaridadesediferenasentreindivduos.(PeterSnustad).

    II. TPICO DE LEITURA: OtermoGenticafoiaplicadopelaprimeiravezpelobilogoinglsWilliamBateson(1861-1926)em1905,para

    definirOCaptulodasCinciasBiolgicasqueestudaeprocuraexplicarosfenmenosrelacionadoscomaheredita-riedade.

    Nossculospassados,foramnumerosasastentativasdosfilsofosecientistasemencontrarumainterpretaosatisfatriaaosmecanismosdeheranapelosquaisoscaracteresfsicosefuncionaissetransmitemdepaisafilhos.

    Umadashiptesesmaisantigas registradasnahistriadabiologia foiadaPr-formaoouPrognese.Elaadmitiaque,nointeriordosgametas,jexistisseumamicroscpicaminiaturadeumnovoindivduo.Essaminsculacriatura,querecebeuonomedeHomnculo,deveriacrescer,apsafecundao,atoriginarumorganismocomasdimensesprpriasdaespcie.

    Nopassado,CharlesDarwin(1809-1882)propunha,naInglaterra,aocorrnciadaproduoemtodososrgosdocorpodediminutascpiasdosmesmos-asGmulasouPangenes,asquaisseriamlevadaspelosangueatasgnadas,ondesereuniriamparaaformaodosgametas.

    NofimdosculoXIX,FrancisGalton(Inglaterra,1822-1911)sugeriaqueaheranasedesseatravsdosangue.Crioua"LeidaHeranaAncestral",ondediziaqueosanguedecadaindivduoseriaumamisturadosanguedeseupaicomosanguedesuamenumaproporodemeioameio.Comocadaprogenitortambmtrariametadedoscaracte-

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    Captulo1

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    resdecadaumdeseuspais,entooindivduotomadocomoexemploteriaherdado1/4dosseuscaracteresdosanguedecadaumdeseusavs,1/8decadabisav,eassimpordiante.

    Posteriormente,AugustWeismann (Alemanha,1834-1914)propsumanovahiptesepelaqual,duranteodesen-volvimento embrionrio, as clulas dividir-se-iamemduaslinhagensougrupos:umacontendooplasmagerminativoeaoutra,no.Somenteaprimeiradelaspromoveriaaexpressodoscaractereshereditrios.

    AhiptesedaEpignese, lanadaporKarl Ernst vonBaer(Alemanha,1792-1876),foiaquemaisseaproximoudarealidade,servindo,inclusive,comobaseparaosconhecimentosatuaissobreahereditariedade.ParavonBaer,osgametasnotraziamnenhumaestruturadonovoser.Traziam,sim,apoten-cialidadeparafazercomqueumaintensareproduocelularlevasseatermoaformaodoembrio,comtaldistribuioefuncionamentodasclulasquefossepermitidoaonovoorga-nismoreproduzirascaractersticasdosseusancestrais.Logo,ascaractersticasdofuturoindivduossedeterminariamnomomentodafecundao,pela''combinao"daspotencialida-destrazidaspelosgametas.Masessas"potencialidades"noficarambemdefinidasnasexplicaesdevonBaer.

    Asconclusesdefinitivasparaexplicarsatisfatoriamen-teosmecanismosdeheranadoscaracteressvieramluzcomostrabalhosdeJohannMendel,austraco(1822-1884),que,ao ingressarnaOrdemdosMongesAgostinianos,emAltbrnn(atualBrno),naTchecoslovquia,adotouonomedeGregorMendel.

    (textoadaptadode:SOARES,JosLus.BiologianoTer-ceiroMilnio,SoPaulo:Scipione,1999,p.326).

    HojesabemosqueoveculodahereditariedadesoosgenessetoresdamolculadeDNA,presentesnoscromosso-mosdasclulas,masessaconclusosfoipossvelgraasaostrabalhosdeBridgeseMorgan,porvoltade1910,aocompro-varemaTeoriaCromossmicadaHerana.

    III. CONCEITOS BSICOS:

    A RELAO ENTRE CROMOSSOMOS E GENES:

    Quimicamente,oscromossomossofilamentosdecro-matinaformadospormolculasdeDNAeProtenas(histonas).Aolongodetodoocromossomoexistemosgenes(cadageneresponsvelpordeterminadacaractersticadoindivduo).

    1. CROMOSSOMO:umaestruturaformadaporumanicaelongamolculadeDNAassociadaavriasmolculasdeHistonas(protenabsica).Emumcromossomoosgenesestodispostosdemodolinear.

    2. GENE (CSTRON):umsegmento(pedao)deDNAcodifi-cantedeumpolipeptdio,sendo,portantoresponsvelporumacaractersticadoindivduo,normalmenterepresen-tadoporletrasdoalfabeto.

    3. LOCUS GNICO:umaposiofixaemumcromossomoqueocupadoporumdeterminadogene.

    (plural=loci);

    A

    B

    C

    D

    E

    GENE

    LOCUS GNIO

    LOCI

    CROMOSSOMO

    4. CROMOSSOMOS HOMLOGOS:Socromossomosdomesmotamanhoquepossuemgenescorrespondentes(alelos),equenamaioriadasvezesencontram-seaosparesemclulasdiplides,sendoumdeorigempaternaeoutrodeorigemmaterna.

    5. ALELOS OU ALELOMORFOS:Soformasalternativasdeummesmogenequeocorrememumdeterminadolocusemumcromossomo.Soresponsveispelamesmacaracters-tica,erepresentadospelomesmosmbolo(letra),masque,entretanto,nosoobrigatoriamenteiguais.

    6. HOMOZIGOTOS:Soindivduosqueapresentamgenesalelosiguais(duascpiasidnticas)paraumdeterminadocarter.SotambmdenominadosPurosporproduziremgametasiguais.

    Ex.:AAouaa=Homozigoto(puro)7. HETEROZIGOTOS:So indivduoscujosgenesalelospara

    umdeterminadocartersodiferentes.Sotambmde-nominadosdeHbridosporproduziremgametasdiferentes.

    Ex.:Aa=Heterozigoto(hbrido).

    A

    B

    C

    D

    E

    GENE ALELOS

    PARES HOMOZIGOTOS

    PAR HETEROZIGOTO

    CROMOSSOMO HOMLOGO

    A

    B

    C

    D

    E

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    Naespciehumana,diz-sequeas clulas somticassodiplides (2n)eas clulasgamticas so,haplides (n).Assim,enquantoasclulas somticas tm46cromossomos,asclulasgamticastm23cromossomos.Comocadaumdoscromossomoshomlogosprovmdeumdospais,asclulasgamticas(queatuamnareproduo)devemterametadedoscromossomosdasclulassomticas.Portanto,ozigoto,formadopelauniodessesgametas,contm46cromossomos.

    8. GENE DOMINANTE (EXPRESSO):aquelequemanifestaa sua caracterstica tatoemdosedupla comoemdosesimples.representadoporletramaiscula:A,B,C,D.

    Ex.:AAouAa9. GENE RECESSIVO (LATENTE):aquelequesseexpressa

    quandoestemdosedupla.representadoporletrami-nscula:a.

    Ex.:aa10. CROMOSSOMOS HETERLOGOS: So aquelesqueno

    possuem genes correspondentes; podem tambm serdenominadosdeno-homlogos.

    11. GENTIPO:aconstituiogenticadeumindivduo.Ex.:AA,Bb,CC,Dd,ee,etc.

    12. FENTIPO:Soascaractersticasdetectveisouobservveisdeumindivduo,podendoser: Morfolgicos:Tipodecabelo,cordapele,etc. Fisiolgicos:Tiposanguneo,hemofilia,etc. Comportamentais:Personalidade.

    ainteraodogentipocomomeioambiente

    FENTIPO=GENTIPO+MEIOAMBIENTEEx.:AcoloraodapelagememcoelhosdaraaHima-

    laia.Essescoelhosapresentamcoloraonegranoinvernoebrancanovero.Depilando-seumaregiodocorpodoanimale resfriando-acomgelo;apsalgumtempo,apelagemquesurgenegra.

    13. PERISTASE:Ocorrequandotemosamanifestaodeumfentipodiferentedaqueleprogramadopelogentipo,emdecorrnciadefatoresambientais.

    Ex.:Indivduoscomgentipoparapeleclarapodemt-labron-zeadaquandoexpostosaosolporumlongotempo.

    14. FENOCPIA: umorganismocujo fentipo (masnoogentipo)foialteradoparaseassemelharaofentipodeumorganismodiferente.

    Ex.:Tinturacapilar,lentesdecontato,silicone,diabticosquefazemusodeinsulina,etc.

    NOTA:Asfenocpiasnosohereditrias.15. ATAVISMO OU REVERSO:o fenmenogenticoonde

    umacaractersticavoltaamanifestar-seapsestarausentehmuitotempo(ocorresaltodegeraes).

    01. (UESC-BA)Correlacioneostermosutilizadosemgenticacomseusconceitos.I. LcusII. GentipoIII. CromossomoshomlogosIV. Fentipo1. Formacomoumcarterseexpressa2. Possuemamesmaseqnciagnica3. Localocupado4. Constituiogenticadeumindivduo

    Assinaleaalternativaquepossuiascorrelaescorretas.

    a) I-1;II-2;III-3;IV4 d)I-3;II-4;III-2;IV-1b) I-4;II-3;III-2;IV1 e)I-3;II-1;III-4;IV-2c) I-2;II-1;III-4;IV-3

    02. (UFMG)Algumaspessoasdemonstramumatranspiraoexcessivamesmoemcondiesambientaisnormais.EssecarterdeterminadoporumgenedominanteS.Comoserogentipodeumapessoanormal?

    a)ssb)SSc)Ssd)Se)s

    03. (UFF-RJ)Genesqueselocalizamnomesmolocusemambososcromossomosdeumparequerespondempelamani-festaodeumcertocarterdenominam-se:a) homlogos.b) alelos.c) co-dominantes.d) homozigticos.e) hbridos.

    04. (Unisa-SP)Apalavrafentipoindicaamanifestao,numindviduo,desuascaractersticas:

    a) unicamentemorfolgicas.b) morfolgicasefisiolgicasapenas.c) herdveiseno-herdveis.d) hereditrias,congnitaseadquiridas.e) estruturais,funcionaisecomportamentais.

    05. (Vunesp) Certotipode anomalia aparece emfilhosdepaisnormaise,noentanto,trata-sedeumamanifestaohereditria.Comovocexplicaessefato?

    a) Ospaissohomozigticos.b) Osfilhosanormaissoheterozigticos.c) Aanomaliacondicionadaporgenedominante.d) Ogeneparaaanomaliarecessivo.e) Osfilhosanormaissomutantes.

    06. (FABRZIO)Devidoaofenmenodadominncia:

    a) doisgentiposdiferentespodemapresentaromesmofentipo.

    b) dois fentipos diferentes podem corresponder aomesmogentipo.

    c) acorrespondnciaentrefentiposegentiposmuitovarivel.

    d) cadafentipocorrespondesempreaumnicogen-tipo.

    e) doisgentiposdiferentescorrespondemsempreadoisfentiposdiferentes.

    07. (Unisa-SP)Docruzamentodeumcasalderatosdecaudacurtanasceramratinhosdecaudacurtaeumratinhodecaudalonga.Foram,ento,feitasvriassuposiesarespei-

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    todatransmissodessecarter.Assinaleaquelheparecermaiscorreta:a) caudacurtadominantesobreacaudalonga.b) ambosospaissohomozigotos.c) ambosospaissoheterozigotos.d) caudalongadominantesobrecaudacurta.e) assuposiesaecsoaceitveis.

    08. (FABRZIO)Genesdominantes:a) existememmaiornmeronapopulao.b) tendemadesaparecercomotempo.c) semprecondicionamcaractersticasfavorveis.d) sempreexpressamasuacaracterstica.e) nuncacondicionamanomaliashereditrias.

    09. (UFC-CE)Ostermosaseguirfazempartedanomenclaturagenticabsica.Assinale as alternativasque trazemosignificadocorretodecadaumdessestermos:01. GenesinnimodemolculadeDNA.02. Gentipoaconstituiogenticadeumindivduo.04. Dominanteumdosmembrosdeumpardealelosque

    semanifestainibindoaexpressodooutro.08. Fentipoaexpressodogeneemdeterminadoambiente.16. Genomaoconjuntodetodososalelosdeumindivduo.

    Someosnmerosdositenscorretos.

    10. (PUC-SP)Casaiscujapigmentaodapelenormalequeapresentamgentipo___(I)___podemterfilhosalbinos.Ogeneparaoalbinismo___(II)___enosemanifestanosindivduos___(III)___.Soalbinosapenasosindivduosdegentipo___(IV)___.

    Notrechoacima,aslacunasI,II,IIIeIVdevemserpre-enchidascorretaerespectivamente,por:

    a) AA,dominante,homozigotoseaa.b) AA,recessivo,homozigotoseAa.c) Aa,dominante,heterozigotoseaa.d) Aa,recessivo,heterozigotoseaa.e) aa,dominante,heterozigotoseAA.

    2Genealogias ou Heredogramas:I. CONSIDERAES:

    Sorepresentaes,pormeiodesmbolosconvenciona-dos,dosindivduosdeumafamlia,demaneiraaindicarosexo,aordemdenascimento,ograudeparentesco,etc.

    Exemplo:

    = Sexo Masculino.

    = Sexo Feminino.

    O smbolo para os homens representa o

    escudo de Marte, o deus romano da guerra,

    e o smbolo para as mulheres representa

    o espelho de Vnus, a deusa romana do amor.

    = Sexo Indeterminado.

    = Propsito / Probando / Caso-ndex

    (indivduo do qual partimos para a

    determinao de uma caracterstica).

    = Afetados.

    = Aborto ou Natimorto.

    = Falecidos.

    = Casamento ou Cruzamento.

    = Casamento ou Cruzamento

    Consanguneo ou

    = Irmandade ou Irmos (prole).

    = Gmeos Univitelinos ou

    Monozigticos (originados de

    um nico vulo, fecundado por

    um nico espermatozide).

    = Gmeos Bivitelinos ou Di-

    zigticos (originados de dois

    vulos, fecundados por

    esperma-tozides diferentes)

    NOTA1:OProbando(propsitooucaso-ndex)geralmenteoindivduoquemotivouamontagemdoheredograma,porapresentarumacertacaractersticagentica.

    NOTA2:Ocasamentoconsangneoouendogmico(entrepa-rentes),predispeaumamaiorpossibilidadedosurgimentodedescendentescomfalhasgenticas,emdecorrnciadecombinaesentregenesrecessivosdeletrios(prejudiciaisoudanosos);

    NOTA3:Emumheredograma,asgeraescostumamser re-presentadasporalgarismosromanos(I,II,III,IV,etc.)e,osindivduossoindicadosporalgarismosarbicos(1,2,3,4,5,etc.),daesquerdaparaadireita;

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    NOTA4:Umaoutramaneirade representarumagenealogianumerartodosos indivduosrepresentadosemordemcrescente,apartirdoprimeirodaesquerda.

    II. NOES DE PROBABILIDADE:1. FRMULAS E EXEMPLOS:

    Aprobabilidadedeumeventoocorrerdefinidapeloquocientedon.deeventosdesejadospelon.totaldeeventospossveis.

    APLICAES:

    a) Numlanamentodeumdado,qualaprobabilidadedeseobterafacecinco?

    b) Numbaralhode52 cartas,qual aprobabilidadedetirarmosumadamaqualquer?

    2. A REGRA DA ADIO (REGRA DO OU):

    Podehavercasosemqueaocorrnciadeumeventoimpedeaocorrnciadeoutro.Nessecasopromove-seasomadosacontecimentosisolados,poisosmesmossodependentes.

    APLICAES:

    a) Lanando-seumdado,qualaprobabilidadedeseobterafaceumouseis?

    b) Numbaralhode52cartas,qualaprobabilidadedeseextrairumadamaouumvalete?

    3. A REGRA DA MULTIPLICAO (REGRA DO E):

    Podehavercasosemqueaocorrnciadeumeventonoimpedeaocorrnciadeoutro.Nessecaso,obtemosoprodutoentreeles,poisoseventossoindependentes.

    APLICAES:

    a) Lanando-sesimultaneamenteumdadoeumamoeda,qualaprobabilidadedesaircaraeface5?

    b) Um casal deseja saber a probabilidadede ter trscrianas,sendooprimeiromeninoeasduasltimasmeninas.Qualaprobabilidadequeissoocorra?

    UM CASO ESPECIALNumajogadadetrsmoedas,qualaprobabilidadede

    tirarmosduascaraseumacoroa?Podemosobservarquenofoidadaaordemdosacon-

    tecimentos,logopararesolvermosesseproblema,aplicamostambmafrmula:

    T=nmerototaldeeventos;A=nmerodeocorrnciasdoprimeiroevento;B=nmerodeocorrnciasdosegundoevento.

    Emumafamliaquepretendetercincofilhos,qualaproba-bilidadedeseremtrshomenseduasmulheres?

    11. (Unirio-RJ)Amucoviscidoseumadoenagenticagravequeassociaproblemasdigestivoserespiratrios.Ospulmesdaspessoasafetadasapresentamummucoespessoquepromoveinfecesbacterianas.Observeeanaliseoesquemaaseguir,querepresentaarvoregenealgicadeumafamliaondealgunsindivduossoafetadospeladoena.

    QualaprobabilidadedeocasalII-1xII-2viraterumacrianacommucoviscidose?

    a)1/8b)1/4c)1/3d)e)2/3

    12. (UFPI)Oheredogramaadianterepresentaaheranadeumfentipoanormalnaespciehumana.Analise-oeassinaleaalternativacorreta.

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    a) Os indivduos II-3 e II-4 sohomozigotos, pois doorigemaindivduosanormais.

    b) Ofentipoanormalrecessivo,poisosindivduosII-3eII-4tiveramcrianasanormais.

    c) Os indivduos III-1e III-2soheterozigotos,poissoafetadospelofentipoanormal.

    d) Todososindivduosafetadossoheterozigotos,poisacaractersticadominante.

    e) OsindivduosI-1eI-4sohomozigotos.

    13. (FABRIZIO)Noheredograma,asfiguras6,10e12repre-sentam indivduosque,na faseadulta,desenvolveramamesmadoenahereditria.

    Examineasafirmaes.

    I. umadoenadecarterdominanteautossmica.II. Aspessoas1e2soheterozigotas.III. A mulher representada pelo nmero 5 tem

    possibilidadedeserhomozigota.IV. Sehouvercasamentoconsangneoentre9e11,com

    certeza,oseventuaisfilhosnasceroafetados.

    Socorretasasafirmaes:

    a) I,II,IIIeIV.b) apenasI,IIeIII.c) apenasIIeIII.d) apenasII,IIIeIV.e) apenasumadasafirmaes.

    14. (FABRIZIO)Nosheredogramasabaixo,os indivduosempreto so incapazesde enrolar verticalmente a lngua.Assinaleanicasituaoquenoslevaaconcluirqueessaumacaractersticadeterminadaporumpardegenesautossmicosrecessivos.

    15. (Fatec-SP)Oheredogramarefere-seaumacaractersticaA,controladaporumnicopardegenes.

    Emrelaoaoheredograma,pode-seafirmarque:

    a) acaractersticaAdominante.b) osindivduos1,2,3e8sohomozigotos.c) os indivduos 4, 9, 10 e 11 so obrigatoriamente

    heterozigotos.d) aprobabilidadedeocasal7x8viraterumfilhocom

    acaractersticaAserde0,5.e) aprobabilidadedeocasal7x8viraterumfilhocom

    acaractersticaAserde0,75.

    16. (FABRIZIO)Seoindivduon.7secasarcomumamulherportadoradocarter,aprobabilidadedeteremumacrian-atambmafetadaser:

    a) 1/2

    b) 1/6

    c) 1/3

    d) nula

    e) 1/16

    17. (FAAM-SP)Nagenealogiaabaixo,pode-sededuzirqueacaractersticaemnegritorecessiva,graasaocasal:

    18. (Vunesp)Nagenealogiaaseguir,osindivduosrepresenta-

    dosempretoapresentamumaanomaliacondicionadaporgeneautossmicorecessivo,enquantoosoutrosexibemfentiponormal.

    Examinandoagenealogia,soobrigatoriamentehe-terozi-gotososindivduos:

    a) I-1,I-4,II-3,II-4,III-2eIII-3.b) II-1,II-2,II-4,III-2eIII-3.c) I-1,I-4,II-2,II-5,III-2eIII-3.d) II-3,II-4,III-2eIII-3.e) II-1,II-2,II-3,II-4,II-5eII-6.

    19. (PUC-MG)Observeoheredogramaabaixo:

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    Ocruzamentoquenospermitediagnosticar,comcerteza,qualdosdoiscaracteresdominante:

    a) 1x2.b) 5x6.c) 3x4.d) 7x8.e) 11x12.

    20. (UFF-RJ)Oheredogramamostraaincidnciadeumaano-maliagenticaemumgrupofamiliar.

    Apsaanlisedesteheredograma,pode-seafirmarque:

    a) todososindivduosnormaissohomozigotosrecessivos.b) aanomaliacondicionadaporumgenerecessivo.c) aanomaliaocorreapenasemhomozigotosdominantes.d) todososindivduosnormaissohomozigotosdominantes.e) todosos indivduosnormais sohomozigotosdomi-

    nantesouheterozigotos.

    3A GENTICA DO MONGE GREGOR MENDEL O

    PAI DA GENTICA

    I. CONSIDERAES:

    Numa pequena aldeiadaMorvia, chamadaHyncice,provncia do imprio austro--hngaro, ondehojeo terri-trio tcheco,nasceuem1822,Gregor JohannMendel, que conhecidocomoopaidagenti-ca.EstetpicocientistadosculoXIXrealizounoperodode1857a 1865, uma srie extensa decruzamentoscomervilhas.

    Os cruzamentos feitosporMendel, eramplanejadoscuidadosamente e executadosmeticulosamente, seus expe-rimentosdemonstraramqueahereditariedade no funcionaatravsdemecanismosmist-riosos,massimdeumamaneiraprevisvel, lgicae consistente.InfelizmenteMendel foi, at asuamorte,anicapessoaquecompreendeueapreciouorealsignificadodoseutrabalho.

    Apesardepublicadoem1866,o trabalhodeMendelnoganhounotoriedadeantesde1900,quandoopensamento

    biolgicoprogrediuatalpontoqueoutrosbilogospuderamcompreenderaimportnciadotrabalhodeMendel.Eventual-mente,em1900,trsbotnicosHugoDeVries,CarlCorrenseErickVonTschermak,conceberamisoladamente,aidiadeexperimentossimilaresaosdeMendel,paratestarsuasprpriasteoriasdahereditariedade.

    Quandoestudaramaliteraturaantesdapublicaodeseusresultados,descobriramindependentementeapublicaocomos resultadosdeMendel.Apsuma longagestao, agenticacomocincia,nasceu.

    II. O TRABALHO DE MENDEL:1. PORQUEERVILHASDECHEIRO?

    OmaterialbiolgicoescolhidoporMendelfoiaplantadaervilhaPisumsativum,querenecertaspeculiaridadesparaqueumorganismosejaconsideradotilempesquisas.Soelas:

    Sodefcilcultivo;Cicloreprodutivocurto(muitasgeraesempoucotempo);Grandenmerodedescendentesemcadareproduo;Possuifloreshermafroditas(cleistogmicas),oquefacilitaaautofe-cundaoe,portantoodesenvolvimentodelinhagenspuras;

    Caractersticasbemvisveisetransmitidaspormecanismossimples.AadoodemtodosmatemticosnosseusexperimentosfoiumfatordesumaimportnciaparaosucessodeMendel.

    2. O MTODO EXPERIMENTAL DE MENDEL:

    OprocedimentodeMendelconsistiuemcruzarlinha-genspurasdeplantasparaumamesmacaracterstica.Osindi-vduosprogenitoresforamdenominadosdeGeraoParental(smboloGP).Osdescendentes foramdenominadosdeGF1,GF2eGF3,conformeaordemdenascimento.

    Cruzando-seplantasamarelaspurascomplantasverdespu-ras,ocientistaobservouqueasprimeirasgeraesprodu-ziramsomentedescendentesamarelas.

    PermitindoqueasplantasemF1seautofecundassem,foiobservadaaproduodeplantasverdesnaproporode25%.

    gerao P

    gerao F1

    gerao F2

    100% amarela

    3/4 amarelas 1/4 verde

    X

    Mendelchegouconclusoquequandosecruzamduasvariedadespuras,oaspectoquesemanifesta(expresso)emGF1dominanteeoaspectoquenosemanifesta(latente)recessivo.

    ObservenoquadroseguinteoscaracteresanalisadosporMendelemervilhas,esuaconclusoarespeitodosaspectosdominanteserecessivos:

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    Mendel constatouqueos caracteres estudadosma-nifestam-senaservilhasdescendentes, segundo regrasqueeleformuloumatematicamente,conhecidascomoAsLeisdeMendel.

    III. A PRIMEIRA LEI DE MENDEL:LeidaPurezadosGametas;LeidaSegregaodosFatores(disjuno);Mono-hibridismo(umaCaracterstica).

    1. ENUNCIADO:

    Cadacarterdeterminadoporumpardefatoresqueseseparamnaformaodosgametasduranteameiose,indoumfatorparacadagameta,que,portantopuro.

    Mendelconcluiuquecadacartereradeterminadoporumpardefatores(genes),existentesnasclulasdoorganismo;esses fatoreseram transmitidosaosdescendentes,havendoumadisjunodessesgametasdetalmodoquecadadescen-denteherdavaapenasumdecadaparental.

    2. PROPORO FENOTPICA E GENOTPICA NA GF2:

    EXEMPLO1:Cruzando-seplantasAMARELASPURAS (dominantes)

    complantasVERDESPURAS(recessivas):

    EXEMPLO2:

    Cruzando-seplantaspurasdeervilhasdesementeLISAS(dominantes)complantaspurasqueproduziamsementesRU-GOSAS(recessivas)foiobservado:

    NageraoF1100%deplantascomsementeslisas.RealizandoaautofecundaodosindivduosdeGF1,temos:

    ProporoFenotpica:3Lisas:1Rugosa(3:1).ProporoGenotpica:1RR:2Rr:1rr(1:2:1).

    A1LeideMendelfoiformuladaatravsdeumcasodemonoibridismo,quecompreendeoscruzamentosqueenvolvemsempreapenasumcarter,havendoatransmissodeumnicopardegenesdeumageraoparaaoutra.

    IV. VARIAOES NA PROPORO DO MONOIBRI-DISMO:

    1. AUSNCIA DE DOMINNCIA:

    Ocorrequandonohrelaodedominnciaereces-sividadeentredoisgenesresponsveisporumacaracterstica,ambososgenessemanifestamnoheterozigoto.Naausnciadedominncia aproporogenotpica igual a fenotpica,poiscadagentipomanifestaumfentipodiferente.Assim,docruzamentoentredoisheterozigotos,obtm-se:

    PROPOROGENOTPICA:1AA:2AB:1BB.PROPOROFENOTPICA:1A:2AB:1B.

  • Mdulo I

    10

    PODEM-SEDISTINGUIRDOISTIPOSDESITUAESEMQUESEVERIFICAAUSNCIADEDOMINNCIA:

    a) DOMINNCIA INCOMPLETA (SEMIDOMINNCIA):Ocorrequandoosgenesinteragementresidemaneiraqueohbridoouheterozigotoapresentaumfentipodiferenteeintermedirioemrelaoaosseusparentaishomozigotos.

    Exemplo:AheranadacordaflordaMirabilis jalapa(plantaMaravilha):

    Osfentipossofloresalbas(brancas)erubra(vermelhas).OgenequecondicionafloresbrancaschamadoBeoquedeterminaflores vermelhasV.Ohbrido (BV) apresentafloresrosas.

    b) CO-DOMINNCIA:Ocorrequandoosdois genes semanifestamenofentipodoheterozigotodetecta-seoprodutodecadaumdessesgenes(aparecemosdoisfentipossimultneos),nosurgindoumterceiropro-dutodecorrentedaatividadedecadaumdeles,comoacontecenadominnciaincompleta.

    Exemplo: A herana da cor da pelagem no gado da raaShorthon.

    NoshomozigotosRR,apelagemvermelha;noshomo-zigotosrr,apelagembranca;enosheterozigotosRr,plosbrancosalternam-secomplosvermelhos,surgindoumfen-tipodenominadoRuo.

    Um exemplo bem conhecido de co-dominncia naespciehumana aAnemia Falciforme, tambmchamadaAnemiaDrepanocticaouSiclemia,doenamuitocomumnafricaequatorial.

    Oportadordessadoenapossuiumahemoglobinaanor-malque,embaixatensodeO2,semostracomomolculasalongadas,deformandoashemcias.Porisso,osiclmicorevelahemciasemformadefoiceoumeia-lua.Esseproblemanaes-truturadahemoglobinatornaashemciasmuitosuscetveisdesofrerhemlise,justificandoaanemiadodoente.Seoindivduoforhomozigoto,terumaformamaisgravedadoena.Elaseapresentadeformabenignanosheterozigotos.

    2. GENES LETAIS:So genes queprovocamamortedos indivduos. A

    existnciadessesgenesfoisugeridaapartirdasexperinciasdogeneticistafrancsCunot,em1905,logoapsosdescobri-mentosdostrabalhosdeMendel.Essepesquisadorestudavaaheranadacordoplodecamundongos,quedeterminadaporumpardealeloscomdominnciacompleta.

    EleverificouquetodososcamundongosamareloseramheterozigotosequeosAgutis(selvagens)eramhomozigotosrecessivosequenohaviacamundongosamareloshomozigo-tos.Aocruzaramarelosentresi,Cunotsempreobtinhaumaproporofenotpicade2amarelospara1Aguti(2:1),noseverificandoaproporomendelianaesperadade3:1. Paraexplicaresseresultado,CunotpropsqueoespermatozideportadordogeneA,nofecundavaovuloportadordogeneA.

    Posteriormente,outrospesquisadoresverificaramqueoindivduoAAchegavaaseformar,masmorrianoteroantesdenascer.Props-se,ento,queogeneAemdoseduplaeraletal,ouseja,provocavaamortedosindivduos.Assim,essegene,apesardedominanteparacordoplo,recessivoparaaletalidade,poisapenasemhomozigosedeterminaamortedoindivduo.

  • Mdulo I

    Bio

    log

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    TIPOS:

    a) GENESLETAISDOMINANTES:Sogenesquemanifes-tama sua caracterstica tantoemhomozigose (AA)quantoemheterozigose(Aa).

    Exemplo:Epilia(caracteriza-seporumcrescimentoanormaldapele, tumoresmltiplos,debilidadementalebitodosindivduos).

    b) GENESLETAISRECESSIVOS:Sogenesqueemhomozi-gose(AAouaa),determinamamortedosindivduos.

    NOTA:Osgenesletaisquedeterminamamortedosindivduosantesqueatinjamasuamaturidadesexualsodenomina-dosLetaisCompletos.Existem,noentanto, letaisquesemanifestammaistardiamente,permitindoasobrevivnciadosindivduosalmdamaturidadesexual;estessodeno-minadosGenesSemi-letais.

    V. CRUZAMENTO-TESTE OU TESTE-CROSS:

    Consisteemcruzarum indivduoportadordecarterdominantecujogentiposedesejadeterminar,comumindi-vduorecessivo.

    Exemplo: Cruza-se umaplanta de semente lisa comumaplantadesementerugosa.Podemocorrerdoisresultadospossveisparaaprole:(1)indivduosheterozigotosdominanteseindivduosrecessivosnumaproporode1:1;(2)indivduosheterozigotosdominantesem100%.Determinemosogentipodosindivduosparentaisnosdoiscasos:

    Sementelisa(R?)xSementerugosa(rr)R?rr

    R_xRRRr,Rr,rr,rr

    50%=Lisa/50%=RugosaSementelisa(R?)xSementerugosa(rr)

    R?rrR_xRR

    Rr,Rr,Rr,Rr100%=Lisa

    VI. RETROCRUZAMENTOOUBACK-CROSS:

    Ocorrequandocruzamosum indivduodaprole comumprogenitor.

    NOTA: Retrocruzamento e Cruzamento-teste so si-nnimosapenasquando se cruzam indivduosdaprolequeapresentam fentipodominante com indivduosdageraoparentalqueapresentamfentiporecessivo.

    t

    21. (FABRIZIO)Seumhomemforheterozigotoparaalbinismo:

    I. Qualaproporoentreosespermatozidesquecon-teroo genedominanteeosque conteroo generecessivo?

    II. Esecasarcomumamulheralbina,quaisprovveistiposdefilhos?

    III. Esecasarcomumamulherheterozigota,qualapossi-bilidadedenascimentodeumacrianaalbina?

    a) I.100%Ad) I.50%Ae50%aII.todosnormais II.normaisoualbinos III.25% III.25%b) I.50%Ae50%a e) I.50%Ae50%a II.todosnormais II.normaisoualbinos III.25% III.50%c) I.50%Ae50%a

    II.todosalbinos III.50%

    22. (Fuvest-SP)Emumafamlia,hvriasgeraes,aparecemindivduosafetadosporumdefeitoconhecidocomoectro--dactilia,quesecaratcterizaporumafendaquedsmosdosindivduosafetadosoaspectodegarradelagosta.Aec-trodactiliatemheranaautossmicadominante.Achancedeumindivduoheterozigoto,afetadoporectrodactilia,terumacrianacomectrodactilia,sesecasarcomumamulhernormalde:a) 10% c)40% e)80%b) 20% d)50%

    23. (FABRIZIO)Retinoblastoma (tumormalignona retina)umaanomaliacondicionadaporumgenedominante.Umamulhercujopainormalapresentouretinoblastomaefoioperada.Essamulhercasou-secomumhomemnormaleteve3filhosnormais.Aprobabilidadedeo4filhoapre-sentaraanomaliade:a) 100% c)50% e)0%b) 75% d)25%

    24. (FABRIZIO)Emumdeterminadopssaro,oaleloAdeter-minapenaspretasnacauda.Oalelorecessivoadeterminapelagembranca.Uma fmeapretaaoacasalar comummachopreto, colocou4ovos.Oprimeiropassarinhoanascer,nasceubranco.Qualaprobabilidadedeosegundopassarinhoanascer,independentedosexo,serpretohe-terozigotoparaoreferidopardealelos?a)2/3b)1/4c)1/3d)2/4e)0

    25. (Fafifor-CE)Acapacidadedesentirogostodeumasubs-tnciaamargachamadafeniltiocarbamida(PTC)deve-seaumgenedominante.Aprobabilidadedeumcasal(sensvelaessa substnciaeheterozigtico) terumfilhode sexofemininoesensvelaoPTC:a)1/4b)1/8c)d)3/8

    26. (Unifor-CE) Emcertaespcie vegetal, a cordasfloresdeterminadaporumpardealelosentreosquaisnohdo-minncia.Umjardineirofezosseguintescruzamentosdeplantasde:I. florvermelhaXflorrosa.II. florvermelhaXflorbranca.III. florrosaXflorrosa.IV. florrosaXflorbranca.

    Soesperadasplantas comfloresbrancas somentenoscruzamentos:

    a) IeII c)IeIV e)IIIeIVb) IeIII d)IIeIII

    27. (UFRGS-RS)Camundongoscomgentipohomozigotorecessi-votmcoloraocinzenta.Osheterozigotossoamarelos,eoshomozigotosdominantesmorremnoinciododesenvolvi-mentoembrionrio.Deumexperimentodecruzamentoentreanimaisamarelos,resultaram120descendentes.Onmeroprovveldedescendentescinzentos:

    a)30 d)80b)40 e)120c)60

  • Mdulo I

    12

    28. (UFC-CE)Aheranada cordaflordeMirabilis jalapaumexemplodeausnciadedominncia.Docruzamentoentreduasplantasmvmb,qualaporcentagemesperada,respectivamente,dedescendentescomfloresvermelhas,rosaebrancas?a) 100%,0%,0%b) 0%,0%,100%c) 0%,100%,0%d) 50%,0%,50%e) 25%,50%,25%

    29. (Vunesp)Atalassemiaumadoenahereditriaqueresultaemanemia.IndivduoshomozigotosTMTMapresentamaformamaisgrave,identificadacomotalassemiamaior,eosheterozigotosTMTNapresentamumaformamaisbrandachamadatalassemiamenor.IndivduoshomozigotosTNTNsonormais.Sabendo-sequetodososindivduoscomta-lassemiamaiormorremantesdamaturidadesexual,qualdasalternativasabaixorepresentaafraodeindivduosadultos,descendentesdo cruzamentodeumhomemeumamulherportadoresdetalassemiamenor,queseroanmicos?a) 1/2b) 1/4c) 1/3d) 2/3e) 1/8

    30. (UFBA)Deacordocomasindicaesaseguir,espera-se,naF2,aocorrnciadofentiporuonaporcentagemde:

    a) 0%

    b) 25%

    c) 50%

    d) 75%

    e) 100%

    4Polialelia Alelos Mltiplos.

    I. CONSIDERAES:

    FalamosemPolialelia,ouseja,deumasriedeAlelosMltiplos,quandoocorrer casosemqueumacaractersticafordeterminadaportrsoumaisgenesalelos(resultantesdemutaes).

    Apesardaexistnciadavriosalelosparaummesmolocus,nadeterminaodeumcartereles interagemdoisadois,poisamaioriadosindivduosdiplide,havendoapenasdoiscromossomoshomlogos.

    ComoexemplodePolialelia,consideremosacoloraodapelagememcoelhoseosgrupossangneoshumanos.

    II. A COLORAO DA PELAGEM EM COELHOS:Noscoelhos,existemquatrogenesalelosqueparticipam

    dacoloraodapelagem.Soeles:GeneC:CondicionaapelagemAgutiouSelvagem,ondecadaploapresentatrsfaixascoloridas:cinza,amareloemarron;

    Genecch:CondicionaapelagemChinchilaqueapresentacorcinzaprateada;

    Genech:CondicionaapelagemHimalaia,queapresentaplosbrancosnamaioriadocorpoepretosnofocinho,nasorelhas,naspatasenacauda;

    Geneca:CondicionaapelagemAlbina,queapresentaausn-ciadepigmentos,osplossototalmentebrancoseosolhosvermelhos.

    Aordemdedominnciadeumgenesobreoutroocorredaseguintemaneira:

    C>CCH>CH>CAOAgutiodominantesobretodososoutros,eoAlbino

    orecessivo.Agrupando-seessesgenesdoisadois,podemosobterdezdiferentesgentiposparaquatrodiferentesfentipos:

    Parasabermosquantosgentiposaparecememumproble-madePolialelia,bastarecolheron.degenesenvolvidosepromovermosadescriodeseusantecedenteseefetuarmosasomadototalparaacharmosoresultado,ouusamosase-guintefrmula:

    n(n+1)2

    n=nmerodealelos.EXEMPLOS:

    Emcoelhos,temosquatrogenesenvolvidos,logo:P=n/P=4

    n=4:3:2:1n=4+3+2+1=10

    NaheranadosistemaABOtemostrsgenesenvolvidos,logoon.degentiposser:

    P=n/P=3n=3:2:1n=3+2+1=6

    II. GRUPOS SANGNEOS:

    1. HISTRICO:

    Naustriano inciodo sculoXX,opesquisadorKarlLandsteiner,misturouosanguedediferentespessoas.

    Landsteiner conclui quenaespciehumanaexistemquatrotipossangneosbsicos,queconstituemochamadosistemaABO.

    a) AREAOANTGENOXANTICORPO:Osanguehumanoumtecidoconjuntivodetransportequeseapresentadivididoemtrspartes:

    Plasma:apartelquida[gua+protenas(albumina,fibri-nognio,imunoglobulinas)];

    Partegasosa:O2eCO

    2;

    Elementos figurados: So clulas ou pedaos de clulas,classificam-seem:

    HemciasouEritrcitos5.000.000p/mm3(transpor-tedeO

    2eCO

    2);

  • Mdulo I

    Bio

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    Leuccitos5.000a10.000p/mm3[GlbulosBrancos(defesaorgnica)];

    PlaquetasouTrombcitos150.000a300.000p/mm3(coagu-laodosangue).

    nasHemciasenoPlasmaqueselocalizamasprote-nasqueparticipamdadeterminaodosgrupossangneos.

    Asprotenasencontradasnashemcias(emsuasmem-branas) sodenominadasAntgenosouAglutinognios,easqueseencontramnoplasmasodenominadasAnticorposouAglutinnas.

    OsAntgenossodoiserecebemonomedeAglutino-gnioAeAglutinognioB.OsAnticorpossodoisetambmpossuemnomes,soelesAglutininasAnti-AeAnti-B.

    Antgenosexternos soconsideradosprotenasestra-nhasacertoorganismo.Napresenadeantgenosestranhos,oorganismoelaboraprotenasdedefesa(anticorpos).Oanticorpoentosecombinaquimicamentecomoantgenoneutralizandoseuefeitogeralmenteatravsdeaglutinaes.

    b) IMUNIZAO:acapacidadequeumorganismoapresen-tadesetornarinvulnervelaagentesinfecciosos.Assim,porexemplo,os antgenosbacterianos (toxinas)podemprovocaramortedeumindivduo.Paraneutraliz-los,oslinfcitosproduzemanticorpos.Aimunizaopodeserativaoupassiva.

    ImunizaoAtiva:Nessetipo,osanticorpossoproduzidospeloorganismoquerecebeuagenteinfeccioso.Aimunizaoativapodeser:

    Natural:Ocorrequandooantgenointroduzidonoorganismoporumagenteinfeccioso,comoumvrusouumabactria.

    Artificial:Ocorreatravsdevacinas.Aoservacinado,o in-divduo recebeantgenos, contraosquais seuorganismo,ativamente, fabricaanticorpos.Avacinaoumamedidaprofiltica,pois,quandoomicroorganismopenetranapes-soa jvacinada,nelaencontraanticorpos,que inativamosantgenosporeleproduzidos.

    ImunizaoPassiva:feitaatravsdesorosteraputicos.Osorocontmanticorposproduzidosporoutroorganismo.Asoroterapiaumamedidacurativaouteraputica,utilizadaduranteafaseagudadeumainfeco.

    ImunizaoPassiva:feitaatravsdesorosteraputicos.Osorocontmanticorposproduzidosporoutroorganismo.Asoroterapiaumamedidacurativaouteraputica,utilizadaduranteafaseagudadeumainfeco.

    2. HERANA DO SISTEMA ABO:

    NosistemaABO,temostrsgenesenvolvidos:GENEIA:CondicionaasntesedoAglutinognioA;GENEIB:CondicionaasntesedoAglutinognioB;GENEi:CondicionaanoproduodeAglutinognios.

    Arelaodedominnciaentreosgenespodeserexpres-sadaseguintemaneira:

    IA=IB>Ia) GENTIPOSEFENTIPOS:

    b) AFREQUNCIADOSGRUPOSSANGUNEOS:Naespciehumana,adistribuiodosgrupossangu-

    neosaproximadamente:

    c) TRANSFUSESSANGNEAS:importantelembrarquesoashemciasdodoadorquesoaglutinadaspelaaglutininadoreceptor.Ocontrrionoseobserva,umavezqueasaglutininasdodoadorsoemmenorquantidadeesediluemnacorrentesanguneadore-ceptor,poisamassasangunearecebidanatransfusomenordoqueamassasanguneadoorganismo(taxadeAglutinogniosnashemcias>taxadeAglutinnasnoplasma). Comoficambastantediludasno sosuficientementeativasparaaglutinarashemciasdoreceptor.

    SeosanguedoadoapresentaAglutinogniosA,osanguedoreceptornopodeconterAglutinnasAnti-A;

    SeosanguedoadoapresentaAglutinogniosB,osanguedoreceptornopodeconterAglutinnasAnti-B.

    Pornoapresentaraglutininasnoplasma,ogrupoABincapazdeaglutinarqualquerhemcia,sendochamadodereceptoruniversal.OgrupoOdoadoruniversal,porquesuashemcias,desprovidasdeaglutinognios,nuncaseaglutinam.

  • Mdulo I

    14

    d) TIPAGEMSANGNEA(DoadoreseReceptoresUniversais):Otesteparasaberqualogruposangneodeumapessoa,feitoatravsdeumapequenaamostradesanguecolhidadodedodamo.Duasgotasdesanguesocolocadas,umaemcadaextremidadedeumalminademicroscopia.Emseguida,adiciona-sesorocontendoaglutininaAnti-AnumadasgotasesoroAnti-Bnaoutra(osoroapartelquidadosanguequeseobtmapssuacentrifugao).

    3. FATOR RHESUS OU RH:

    a) HISTRICO:Em1940,LandsteinereWiener,descobriramapartirdosanguedomacacoRhesus(macacamulata),umoutrosistemadegrupossangneos.

    b) ORH+eoRH-:Osanguedessemacacoquandoinjetadoemcobaiasprovocavaasntesedeanticorposquepromoviamaaglutinaodosanguedoado.

    Esse fato levoua conclusodequeomacacoRhesustinhaemsuashemciasumAglutinognio(Antgeno)aoqualdenominaramFatorRh.OsanticorposproduzidospelosanimaisreceptoresforamdenominadosAglutinnasAnti-Rh.

    Analisandoosanguedemuitosindivduosdaespciehu-mana,essespesquisadoresverificaramqueaomisturargotasdesanguedosindivduoscomsorocontendoAnti-Rh,cercade85%doscasosexaminadosapresentaramaglutinao.Concluramqueashemciasde85%dosindivduosapresentavamofatorRh.

    Aspessoasqueosangueaglutinava-seforamdenomi-nadasRh+easpessoasqueashemciasnoapresentavamaglutinaoforamdenominadasRh-.

    OsindivduosportadoresdosangueRh-nopossuem,normalmente, asAglutinnasAnti-Rh.No entanto, quandorecebemsangueRh+, tornam-se capazesdeproduzir essasAglutinnas.

    Entretantoessaproduomuitopequena,paramani-festar-seemumaprimeiratransfuso,masemumasegundatransfusojteremosumnmerosuficientementegrandedeAglutinnasAnti-Rh,podendolevaroindivduoamorte.

    c) AHERANADOFATORRH:NosistemaRh,temosdoisgenesenvolvidos:

    GENERouD:CondicionaaproduodoAntgenodenominadoFatorRh;

    GENEroud:CondicionaanoproduodofatorRh.Arelaodedominnciaentreosgenes:

    R>ROUD>DAnti-DAnti-D

    PodemosdeterminararelaoFentipoeGentipo,comonoquadroabaixo:

    d) TRANSFUSESSANGNEASDENTRODOFATORRH:

    e) ERITROBLASTOSE FETALOUDOENAHEMOLTICADORECM-NASCIDO(DHRN):

    CONDIES PARA QUE O FETO MANIFESTE A DHRN:

    PAI=RH+ME=RH-

    1FILHO=RH+2FILHO=RH+(AFETADO)

    AmesendoRh-nopossuiofatorRh.Entretantocomoocorreorompimentodevasossangneosduranteagestao,eporocasiododescolamentodaplacenta,humapassagemdeantgenos(fatorRh)dacrianaparaamequepassaapro-duziraglutinnasAnti-Rh.Pormcomoarespostaprimriapequena,nohavermanifestaonaprimeiragestao.Masnasegundagestaoasaglutinnaspassamparaosanguedofetoondeeliminamassuashemcias.

    EstadestruiomaciadehemciaslevaaAnemiaHe-moltica.Oorganismotentacompensarlanandonacirculaohemcias jovense imaturas,osEritroblastos,daonomedeEritroblastoseFetal.

  • Mdulo I

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    SINTOMATOLOGIA:

    AnemiaHemoltica:Baixoteordehemcias;Hiperbilirrubinemia;IcterciaPatolgica:PeleamareladadevidoaodepsitodeBilirrubina,resultantedadestruiodashemcias;

    Hepatoesplenomegalia:AumentodovolumedoFigadoedoBao;

    RCIU:Retardodocrescimentointra-uterino;PIG:Pequenoparaaidadegestacional;Hidrocefalia:Aumentodovolumedelquidocefelorraquidia-no;

    HIC:Hipertensointracraniana;Macrocefalia;Coma;bito.

    NOTA1:AinjeodeanticorposAnti-Rh(Matergan)emumamu-lherRh-queacaboudedaraluzaumacrianaRh+,destriashemciasfetais,impedindoqueelassensibilizemame;

    ________________________________________________

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    NOTA2:AEritroblastosefetalnormalmentenoocorrena1agestao,anoserqueamejtenhasidosensibilizadaanteriormentenumatransfusosangunea;

    NOTA3:NocasodamepertenceraogrupoOeacrianaaosgruposA,BouAB,ashemciasdofetoquepenetraremnacirculaomaternaserodestrudas,emgrandeparte,pelos anticorposmaternos (Anti-A eAnti-B) antes quepossamsensibilizarame,isto,antesqueestaproduzaanticorposAnti-D;

    NOTA4:Normalmente,oscuidadoscomorecm-nascidoafeta-dopeladoenaenvolvemafotossensibilizao(luzdenon,quedestri abilirrubina) e a transfusoexo-sangunea(substituiodosangueRh+dacrianaporsangueRh-).

    4. OSISTEMAMN:a) HISTRICO: Em1927, Landsteiner e Levine, desco-

    briramdoisAglutinognios(Antgenos)nashemciashumanas,queforamdenominadosMeN.

    b) FENTIPOSEGENTIPOSDOSISTEMAMN:AproduodessesAglutinognioscondicionadaporumpardegenesalelos:

    GeneLM=CondicionaaproduodoAglutinognioM;GeneLN=CondicionaaproduodeAglutinognioN.

    NOTA1:NosistemaMN,osgrupossangneossodeterminadosporumpardealelossemrelaodedominnciaentresi(co-dominncia),nosetratandodeumcasodePolialelia.

    OS GENTIPOS E OS RESPECTIVOS FENTIPOS SO:

    NOTA2:Astransfusessangneasefetuadascomincompatibili-dadeentregruposdosistemaMNnooferecemproblemas,anoserquandosorepetidasmuitasvezes.

  • Mdulo I

    16

    5. FALSO O O EFEITO BOMBAIMPaisdogruposanguneoOtiveramumfilhoA. Isso

    possvel?A repostamais lgicaaestaperguntano.Essarespostaentretanto,nemsemprepodeserabsoluta.Deve-seinvestigarseospaissorealmentedogrupoO,ousepertencemaumapequenaporcentagemdapopulao(menosde1%)quedosfalsosO.

    EstespodemtergentiposIAIA,IAi,IBIB,IBiouIAIB,massosempreidentificadoscomodogrupoOatravsdastcnicastradicionaisdedeterminaodosgrupossanguneos.

    TantooantgenoAquantooantgenoBsoproduzidosapartirdeumaglicoprotenaprecursorachamadasubstnciaH.Esta,porsuavez,condicionadaaodeumgenedominan-teH(HHouHh).Oalelorecessivodessegene(h)rarssimo.Quandoeleocorreemhomozigose (hh), os indivduosnoproduzemasubstnciaHe,portanto,nopossuemantgenosdosistemaABO.

    Taisindivduos,contudo,podemtransmitiraosdescen-dentesotipodesangue(dentrodosistemaABO)deacordocomogrupoaque,narealidade,pertencem.

    O locusdogeneHestemumparde cromossomoshomlogosdiferentesdeondeesto locusdosistemaABO.Logo, eles segregam-se independentementenameiose, deacordocomaSegundaLeideMendel.

    AincidnciadefalsosOmaiornandia,especialmenteemBombaim,falando-se,porisso,emefeitoBombaim.

    31. (Cesgranrio-RJ)Emcoelhos,conhecem-sealelosparaacordoplo:C (selvagem),cch(chinchila),ch (himalaia)eca(albino).Aordemdedominnciadeumgenesobreoutroououtrosamesmaemqueforamcitados.Cruzando-sedoiscoelhosvriasvezes,foramobtidasvriasninhadas.Aofinaldealgunsanos,asomadosdescendentesdeu78coelhoshimalaiase82coelhosalbinos.Quaisosgentiposdoscoelhoscruzantes?

    a) Cchxcchca b)CCxcacac) cchcaxcaca d)chcaxcacae) cchchxcaca

    32. (UFSCar-SP)EmrelaoaosistemasangneoABO,umga-roto,aosesubmeteraoexamesorolgico,revelouausnciadeaglutininas.Seuspaisapresentaramgrupossangneosdiferentesecadaumapresentouapenasumaaglutinina.Osprovveisgentiposdospaisdomeninoso:

    a) IBi-ii. b)IAi-ii.c) IAIB-IAi. d)IAIB-IAIA.e) IAi-IBi.

    33. (UFSM-RS)Paraos grupos sangneosdo sistemaABO,existem trsalelos comunsnapopulaohumana.Dois(alelosAeB)soco-dominantesentresiooutro(aleloO)recessivoemrelaoaosoutrosdois.Deacordocomessasinformaes,pode(m)-seafirmar:I. SeospaissodogruposangneoO,osfilhostambm

    serodogruposangneoO.II. SeumdospaisdogruposangneoAeooutro

    dogruposangneoB,todososfilhosserodogruposangneoAB.

    III. SeospaissodogruposangneoA,osfilhospoderoserdogruposangneoAouO.

    Est(o)correta(s):

    a) apenasI. b)apenasII.c) apenasIII. d)apenasIeIII.e) I,lIeIII.

    34. (Fuvest-SP)UmamulherdesanguetipoA,casadacomumhomemdesanguetipoB,teveumfilhodesanguetipoO.Seocasalvierateroutros5filhos,achancedeelesnasceremtodoscomsanguedotipoO:

    a) igualchancedenasceremtodoscomsanguedotipoAB.b) menorqueachancedenasceremtodoscomsangue

    dotipoAB.c) maiorqueachancedenasceremtodoscomsanguedotipoAB.d) menorquea chancedenascerem, sucessivamente,

    comsanguedotipoAB,A,B,AeB.e) maiorqueachancedenascerem,sucessivamente,com

    sanguedotipoAB,B,B,AeA.

    35. (Mackenzie-SP)Umhomemsofreuumacidenteeprecisoudetransfusosangnea.Analisandooseusangue,verificou-seapresenadeanticorposanti-Aeausnciadeanti-B.

    Nobandodesanguedohospital,haviatrsbolsasdispo-nveis,sendoqueosanguedabolsa1apresantavatodosostiposdeantgenosdosistemaABO,osanguedabolsa2possuaanticorposanti-Aeanti-Beabolsa3possuasanguecomantgenossomentedotipoB.

    Essehomempoderecebersangue:

    a) apenasdabolsa1.b) apenasdabolsa3.c) dabolsa2oudabolsa3.d) dabolsa1oudabolsa2.e) apenasdabolsa2.

    36. (Vunesp)Osmdicosinformaramqueopai,gravementeferidoemumacidentedeautomvel,precisavadetrans-fusodesangue.AesposaeradetiposanguneoARh.Entreostrsfilhos,todosRh+,snohaviaotipoO.

    Esposaefilhosseapresentaramparadoao,masotiposangneodopaislhepermitiarecebersanguedeumdeseusfamiliares.

    Dentreesposaefilhos,odoadorescolhidoapresentava:

    a) aglutinogniodotipoBeaglutininaantiA.b) aglutinogniodotipoAeaglutininaantiB.c) aglutinogniodostiposAeB.d) aglutininasantiAeantiB.e) Rh,ouseja,suaesposa.

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    37. (PUC-MG)IndivduossemantgenoRhnashemciassoconsideradosrecessivos.Carlos,quetemRh+ehomozi-goto,casou-secomElaine,quetemRh.Ambospossuemomesmogruposangneo.Fazendoumexamepr-natalerelatandoessefatoaomdico,omesmoficou:

    a) despreocupado e no fez qualquer recomendaorelativaaofato.

    b) despreocupado,nofezqualquerrecomendao,ape-nassolicitandoaocasalqueoprocurassenomomentodasegundagestao.

    c) preocupado,recomendandoque,logoapsoparto,amerecebessesoroanti-Rh.Numasegundagravidez,entretanto,dissequeesseprocedimentonoseriamaisnecessrio.

    d) bastantepreocupado, inclusivepela informaodecompatibilidadedegruposangneo,recomendandobastanteatenoemcadagravidez,demaneiraque,apscadaparto,amerecebessesoroanti-Rh.

    e) bastantepreocupado,dizendoaocasalqueagravidezeradealtssimoriscoeelesnopoderiammaisteroutrofilho.

    38. (Fuvest-SP)Umcasaltevequatrofilhoscujosfentipos,emrelaoaosgrupossangneosABOeRh,soosseguintes:

    1criana:A,Rhpositivo 2criana:B,Rhnegativo3criana:AB,Rhpositivo 4criana:O,Rhnegativo

    Sabendo-sequeosistemaABOdeterminadopelosalelosIA, IB,e i,econsiderandoqueofatorRhdeterminadopelosalelosDed,podemosconcluir,que,provavelmente,ospaisso:

    a) IAi,DdeIAi,Dd b)IAi,DdeIBi,Ddc) IAIB,Ddeii,dd d)IAi,ddeIBi,dde) IAIB,ddeii,DD

    39. (Mackenzie-SP)OquadroabaixomostraosresultadosdastipagensABOeRhdeumcasaledeseufilho.Osinal+indicareaopositivaeosinalindicareaonegativa.

    Considereasseguintesafirmaes:I. Essamulherpoderdarluzumacrianacomeritro-

    blastosefetal.II. Emcasode transfuso sangnea, a crianapoder

    recebersanguetantodamequantodopai.III. OgentipodopaipodeserIAIARR.Assinale:a) sesomenteIIIestivercorreta.b) sesomenteIIestivercorreta.c) sesomenteIestivercorreta.d) sesomenteIeIIIestiveremcorretas.e) sesomenteIIeIIIestiveremcorretas.

    40. (Vunesp)Mrcia desconhecia qual era o seu fator Rh,emborasoubessequenaopoderiarecebertransfusodesangueRhpositivo;sabia,ainda,queumdosseusirmos,aonascer,haviaapresentadoeritroblastosefetalequeseupaieraRhpositivo,filhodemeRhnegativo.

    Combasenasinformaes,pode-seadmitirque,emtermosdofatorsangneoRh,Mrcia:a) pertenceaomesmogrupodame,emboraelaseja

    homozigotaesuame,heterozigota.b) necessariamentehomozigota, a exemplodoque

    acontececomofentipodeseupai.c) poderiarecebertransfusosangneadeseupai,mais

    nuncapoderiareceb-ladesuame.d) pertenceaumgrupodiferentedeseupai,masnoentanto

    apresentagentipoefentipoiguaisaosdesuame.e) necessariamenteheterozigota, aexemplodoque

    acontececomogentipodesuame.

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    11. CONCEITO DE ECOLOGIA

    A palavra ecologia deriva de duas palavras gregas: oikos (casa) e logos (estudo). Assim, ecologia significa literalmente o estudo da casa. Essa palavra foi usada pela primeira vez pelo bilogo alemo Ernst Haekel para designar o estudo das relaes dos organismos entre si e com os demais componentes do ambiente.

    Ultimamente a ecologia vem ganhando destaque em funo dos desequilbrios ecolgicos provocados pelo homem e, tal desordem, s pode ser evitada a partir do momento que tivermos o conhecimento exato da estrutura e funcionamento dos ecossistemas.

    Didaticamente podemos dividir a ecologia em dois ramos tcnicos. O primeiro estuda e relao dos seres vivos com o meio em que eles vivem e denominado ecobiose. O segundo ramo se preocupa com a interao entre os seres vivos e recebe o nome de alelobiose. Porm, em um ecossistema, a interao entre os seres pode envolver indivduos da mesma espcie (cenobiose) ou a relao pode ser mantida entre indivduos de espcies distintas (aloiobiose).

    Dessa forma temos:

    Aplicar corretamente os termos bsicos em Eco-

    logia.

    Reconhecer os nveis de organizao em Ecologia.

    Identificar os principais fatores ambientais (clim-

    ticos, fsicos e qumicos) e suas relaes com as

    adaptaes e diversificao dos seres vivos.

    Descrever os ciclos biogeoqumicos (carbono,

    nitrognio e gua).

    Identificar e caracterizar os diferentes nveis tr-

    ficos em cadeias e teias alimentares.

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    2. NVEIS DE ORGANIZAO

    O maior nvel de complexidade da ecologia a biosfera. E como as demais esferas do nosso planeta, no uma cama-da homognea, pois as condies ambientais variam de uma regio para outra.

    O menor nvel de organizao da ecologia o individuo (organismo). Entre o individuo e a biosfera, temos uma escala crescente de complexidade onde encontramos populao, comunidades, ecossistemas. Diante disso, temos a seguinte ordem de complexidade da ecologia:

    Individuo Populao Comunidade Ecossistemas Biosfera.

    POPULAO: Conjunto de indivduos da mesma espcie, que vive na mesma rea e no mesmo intervalo de tempo.

    COMUNIDADE: Conjunto de populaes diferentes encontra-das em uma mesma rea no mesmo intervalo de tempo.

    ECOSSISTEMA: Interao entre os componentes biticos (co-munidade ou biocenose) com os fatores abiticos (condies e recursos ambientais) de um determinado lugar.

    3. HABITAT E NICHO ECOLGICO

    Considerando qualquer um dos ecossistemas existentes no planeta, os organismos neles presentes esto constante-mente interagindo uns com os outros e com atores ambientais (fatores abiticos), estabelecendo um grande numero de re-laes. Cada organismo tem o seu lugar e sua funo nessas redes de interaes.

    O lugar onde o organismo vive o seu hbitat, e o modo de vida, ou forma de interagir com os demais componentes do ecossistema, constitui o seu nicho ecolgico. Dessa forma teramos por exemplo:

    Os anfbios anuros, como os sapos, por exemplo, apresentam fecundao externa, desenvolvimento indireto apresentando um estgio larval (girino) adaptado a um ambiente aqutico. na forma larval respira atravs de brn-quias, porm na forma adulta, aps a metamorfose, respira atravs de pulmes e principalmente, pela pele (cutnea). estes animais so encontrados, preferencialmente, em am-bientes midos, como os charcos, formados prximos aos leitos dos rios, comuns na regio amaznica e no pantanal.

    A palavra nicho comeou a ganhar conotao cientifica atual quando Charles Elton escreveu, em 1953, que o nicho de um organismo o seu modo de vida no sentido que falamos de ocupaes ou empregos ou profisses em uma sociedade humana. O nicho de um organismo comeou a ser usado para descrever como, em vez de onde, o organismo vive.

    O conceito moderno de nicho foi proposto por Evelyn Hutchinson em 1957 e se refere s maneiras pelas quais a to-lerncia e a necessidade interagem na definio das condies e recursos necessrios a um individuo ou a uma espcie, a fim de cumprir o seu modo de vida. A temperatura, por exemplo, limita o crescimento e a reproduo de muitos organismos. Porm organismos distintos toleram faixas de temperaturas diferentes. Porm existem muitas dimenses do nicho de uma espcie sua tolerncia a varias outras condies (umidade relativa, pH, velocidade do vento, fluxo de gua, etc.) e sua necessidade de recursos variados.

    Desde que um local seja caracterizado por condies dentro de limites aceitveis e, alm disso, contenha todos os recursos necessrios a uma espcie, esta pode potencial-mente nele ocorrer e persistir. De qualquer modo, para que isso acontea, devem ser considerados dois outros fatores. Primeiro a espcie deve ser capaz de chegar ao local, e isso depende do seu poder de colonizao e da distncia de local. Segundo, sua ocorrncia pode ser impossibilitada pela ao de indivduos de outras espcies que competem com ela ou so seus predadores.

    Em geral uma espcie tem um nicho ecolgico mais amplo na ausncia de competidores e de predadores que na presena deles. Em outras palavras, a espcie pode manter uma populao vivel sob certas combinaes de condies e recursos, desde que estas no sejam afetadas por inimigos de forma adversa. Isso levou Hutchinson a fazer a distino de nicho fundamental e efetivo. O primeiro descreve as potencialidades totais de uma espcie; o segun-do, o espectro mais limitado de condies e recursos que permitem a permanncia da espcie mesmo na presena de competidores e predadores.

    (Begon, et al. Ecologia: de indivduos a ecossistemas. Artmed. 4 edi-

    o.2007. cap. 2. Pg. 31)

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    21. COMPONENTES ESTRUTURAIS DE UM ECOSSISTEMA

    Os ecossistemas apresentam dois componentes estru-turais bsicos e intimamente relacionados.

    a) COMPONENTES ABITICOS: Podem ser fsicos (radiao so-lar, temperatura, luz, umidade, ventos), qumicos (nutrientes presentes nas guas e nos solos) ou geolgicos (solo).

    b) COMPONENTES BITICOS: So os seres vivos.

    Em um ecossistema podem se reconhecer dois tipos de componentes biticos:

    c) ORGANISMOS AUTOTRFICOS (autos = prprio; tro-fos alimento): sintetizam seus prprios alimentos a partir de substncias inorgnicas, como gs carbnico e a gua, e uma fonte de energia, por exemplo, a energia luminosa.

    d) ORGANISMOS HETEROTRFICOS (hetero = diferente; trofos = alimento): no so capazes de sintetizar seus prprios alimentos como fazem os auttrofos; os hetertrofos dependem direta ou indiretamente da matria orgnica sintetizada pelos auttrofos para ob-ter a matria-prima para seu crescimento, reproduo e reparao de perdas, e a energia necessria para a realizao de seus processos vitais.

    Os organismos auttrofos so chamados de produtores. Entre eles, os mais importantes em termos ecolgicos so os que realizam a fotossntese. Por esse processo, molculas de gs carbnico e de gua participam de reaes qumicas, que dependem direta ou indiretamente de energia luminosa cap-tada pelo pigmento verde clorofila, dando origem a molculas orgnicas, no caso os acares. Na fotossntese, portanto, a energia luminosa transformada em energia qumica, que fica armazenada nas molculas orgnicas. Praticamente todo o oxi-gnio na atmosfera e dissolvido na gua provm da fotossntese.

    Os organismos hetertrofos podem ser:

    e) CONSUMIDORES alimentam-se de outros organismos ou restos de organismos (detritos). Todos os animais so consumidores. Os animais que se alimentam de produtores so chamados consumidores primrios. Os herbvoros, animais que se alimentam de plantas, so consumidores primrios (ou de primeira ordem). Os animais que se alimentam de herbvoros so chamados de consumidores secundrios. Os animais que se ali-mentam de consumidores secundrios (ou de segunda ordem) so chamados consumidores tercirios (ou de terceira ordem), e assim por diante. Com exceo dos consumidores primrios, que so herbvoros, os demais consumidores de matria orgnica viva so car-nvoros (alimentam-se de outros animais) ou onvoros (alimentam-se de plantas ou animais). Consumidores de detritos so chamados de detritvoros. Em um ecossistema, no entanto, todos esses consumidores nem sempre esto presentes.

    f) DECOMPOSITORES: Organismos hetertrofos que degradam matria orgnica contido em produtores ou em consumidores mortos, utilizando alguns produtos da decomposio como alimentos e liberando, para o meio ambiente, minerais e outras substncias (processo chamado de mineralizao do solo ou remineralizao) que podem ser novamente utilizados pelos produtores. Os decompositores so representados por certas algas e fungos.

    Os limites de um ecossistema nem sempre so fceis de serem estabelecidos. A biosfera pode ser considerada um gran-de ecossistema. Partes da biosfera, tais como oceanos, florestas e lagos, tambm so ecossistemas. Eles podem ser encontrados em espaos muito pequenos, como poas dgua, onde vivem espcies. Independentemente das dimenses, pode-se consi-derar um ecossistema qualquer unidade funcional da biosfera que se verificam fluxo de energia e ciclo de matrias.

    31. CADEIA E TEIA ALIMENTAR

    O alimento produzido pelos produtores utilizado por eles e pelos consumidores.

    O processo mais importante de sntese de matria or-gnica a fotossntese, na qual a energia luminosa captada e transformada em energia qumica pelos auttrofos. Esta energia fica armazenada em suas molculas orgnicas.

    O processo mais importante de liberao de energia contida nas molculas orgnicas a respirao aerbica. Atravs dela, a molcula orgnica, em presena de oxignio, totalmen-te degradada em gs carbnico (CO2) e gua (H2O).

    O auttrofo degrada, atravs da respirao, matria orgnica produzida por ele mesmo. O hetertrofo, por outro lado, degrada matria orgnica produzida diretamente ou in-diretamente por um auttrofo. direta quando o hetertrofo alimenta-se diretamente do produtor (herbvoros) e indireta, quando o hetertrofo alimenta-se de um herbvoro, como acontece com os carnvoros.

    Nos ecossistemas, a energia qumica convertida a partir da energia luminosa, contida nas molculas orgnicas dos pro-dutores, podem ser transferidas para os demais seres vivos ao longo de uma cadeia alimentar, em que um ser vivo serve de alimento para outro ser vivo.

    Essa seqncia de organismos, na qual um serve de alimento para o outro, denominada de cadeia alimentar, que pode ser de dois tipos: de pasteio ou de detritos.

    Quando a cadeia alimentar comea com um produtor chamada de cadeia alimentar de pasteio. Nesse caso, o produtor pode ser um fotossintetizante, como acontece na ilustrao acima, ou por quimiossintetizantes, como acontece nas comu-nidades das fontes termais marinhas.

    As cadeias alimentares aquticas podem ser represen-tadas da seguinte forma:

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    Em todas as cadeias alimentares, a energia ao longo dos consu-midores, vais diminuindo, pois uma parte utilizada para a realizao das funes vitais dos organismos e outra liberada como energia trmica, restando apenas uma frao de energia disponvel para o nvel seguinte. Como na transferncia de energia no h reaproveitamen-to, por outros seres vivos, diz-se que a transferncia unidirecional, constituindo, assim, um fluxo de energia. A matria, no entanto, pode ser reutilizada, falando-se em ciclo da matria.

    Em um ecossistema, porm, as relaes alimentares so complexas. Existem diversas cadeias alimentares interligadas, formando uma complexa rede de transferncia de energia e matria, que chamamos teia alimentar.

    Nos casos em que a matria orgnica inicial, ao invs de constituir o corpo do produtor, est sob a forma de matria orgnica finamente particulada, folhas cadas, partes maiores de plantas mortas e corpos de animais mortos, ou seja, detritos, fala-se em cadeia alimentar de detritos.

    2. OS NVEIS TRFICOS

    Cada ecossistema contem varias espcies de organismos produtores, consumidores e decompositores. O conjunto de todos os organismos de um ecossistema com o mesmo tipo de alimentao constitui um nvel trfico ou alimentar.

    Os produtores de um ecossistema formam, por defini-o, o primeiro nvel trfico. Os consumidores primrios ou de primeira ordem, formam o segundo nvel trfico; consumidores secundrios ou de segunda ordem constituem o terceiro nvel trfico; os consumidores tercirios ou de terceira ordem formam o quarto nvel trfico e assim por diante.

    Em uma teia alimentar, alguns organismos como os onvoros, ocupam mais de um nvel trfico. Os decomposito-res ocupam o ultimo nvel trfico de transferncia de energia entre os organismos de um ecossistema. Formam um grupo especial, nutrindo-se de elementos mortos provenientes de diferentes nveis trficos, mineralizando tanto produtores como consumidores.

    Nos ecossistemas o nmero de nveis trficos limitado em virtude da limitao de energia disponvel para o nvel tr-fico seguinte, uma vez que a energia, ao longo de uma cadeia alimentar, vai diminudo paulatinamente.

    3. PIRMIDES ECOLGICAS

    As transferncias de matria e energia nos ecossistemas so freqentemente representadas importncia do conheci-mento ecolgico acompanha o de forma grfica, mostrando as relaes entre os diferentes nveis trficos em termos de quantidade. Como h perda de matria e de energia em cada nvel trfico, as representaes adquirem a forma de pirmide.

    As pirmides ecolgicas podem ser de nmero, de bio-massa ou de energia. Nelas, cada nvel trfico representado por um retngulo, cujo comprimento proporcional: ao nmero de indivduos na pirmide de nmero; biomassa na pirmide de biomassa; energia na pirmide de energia. A altura da pirmide sempre a mesma para os diversos nveis trficos.

    a) PIRMIDE DE NMEROS

    Indica o numero de indivduos em cada nvel trfico. Por exemplo: em um campo, 5000 plantas de capim so necess-rias para alimentar 300 gafanhotos, que serviro de alimento a apenas uma ave.

    Dependendo do ecossistema, a pirmide de nmeros vai ter o pice para cima (pirmide direta) ou para baixo (pirmide invertida). No exemplo dado, a pirmide tem o pice voltado para cima: necessrio grande nmero de produtores para alimentar uns poucos herbvoros que, por sua vez, serviro de alimento para uma numero menor ainda de carnvoros. Entretanto, em uma floresta, uma nica arvore pode sustentar grande nmero de gafanhotos, que so comidos por um menor nmero de pssaros. Nesse caso, a pirmide ser invertida. A pirmide de nmeros pode ser totalmente invertida quando so consideradas redes alimentares parasitas.

    A pirmide de nmeros no muito utilizada pelos ecologistas, pois no representa adequadamente a quantidade de matria orgnica existente em diversos nveis trficos. Ela considera o nmero de indivduos, ignorando o seu tamanho. As pirmides mais utilizadas so as de biomassa e de energia.

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    b) PIRMIDE DE BIOMASSA

    A biomassa expressa em termos de quantidade de matria orgnica por unidade de rea, em um dado momento.

    A forma da pirmide de biomassa tambm pode variar, dependendo do ecossistema. De um modo geral, a biomassa dos produtores maior que a dos herbvoros que maior que a de carnvoros. Nesses casos, a pirmide apresenta o pice voltado para cima (pirmide direta). Isso ocorre em ecossistemas terres-tres, nos quais os produtores geralmente tem grande porte. A pirmide de biomassa apresenta-se invertida em ecossistemas onde os produtores so de pequeno porte e rapidamente so comidos pelos consumidores primrios, como pode ocorrer nos oceanos e nos mares. Nestes ecossistemas, o equilbrio da comunidade se d em funo da taxa de reproduo dos produtores (fitoplncton) que superior dos herbvoros (zo-oplncton), permitindo com isso a reposio constante e rpida do estoque de matria nutritiva para os consumidores primrios.

    c) PIRMIDE DE ENERGIA

    A pirmide de energia construda levando-se em consi-derao a quantidade de energia existente em cada nvel trfico.

    Como a energia diminui quando passa de um nvel trfico para o outro, a pirmide de energia nunca representada de forma invertida. Alem disso, pelo fato do fluxo de energia ser decrescente, as cadeias alimentares no costumam ter nor-malmente mais que quatro ou cinco nveis trficos sucessivos.

    41. PRODUTIVIDADE

    a) BRUTA (PPB): a quantidade de energia que os fotos-sintetizantes conseguem converter em biomassa em um determinado intervalo de tempo.

    b) PRODUTIVIDADE PRIMRIA LQUIDA (PPL): a quanti-dade de energia armazenada na biomassa dos produ-tores que realmente est disponvel para o nvel trfico seguinte, uma vez que j foi descartada a parcela de energia perdida durante a respirao (R). Portanto: PPL= PPB R.

    c) PRODUTIVIDADE SECUNDRIA LQUIDA (PSL): quanti-dade de matria orgnica armazenada no corpo de um animal herbvoro em determinado intervalo de tempo, j desprezando-se a energia utilizada na realizao de suas funes vitais.

    5CICLOS BIOGEOQUMICOS

    A biogeoqumica a cincia que estuda a troca de materiais entre os componentes biticos e abiticos dos ecossistemas.

    Os seres vivos esto em constante troca de matria com o ambiente, utilizados pelos organismos e novamente devolvidos ao ambiente. Tais processos constituem os ciclos biogeoqumicos.

    1. CICLO DA GUA OU HIDROLGICO

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    Aproximadamente 97,5% do total de gua do nosso planeta gua salgada. Os restantes, 2,5%, correspondem ao depsito de gua doce.

    Desta porcentagem de gua doce, 68,9% correspondem gua encontrada nas calotas polares e geleiras; 29,9%, gua subterrnea; 0,9% correspondem a outros reservatrios, que inclui gua na forma de vapor da atmosfera e a gua presente no corpo dos seres vivos; e o restante (0,3%) corresponde gua dos rios e lagos.

    A pequena quantidade de gua na forma de vapor presente na atmosfera tem duas origens: a evaporao da gua lquida (salgada ou doce) e a transpirao dos animais e vegetais. Os dois processos, quando tratados juntos, recebem o nome de evapotranspirao.

    A evapotranspirao depende de vrios fatores, que so os mesmos responsveis pelo clima de qualquer regio: temperatura, presso, umidade e ventilao, etc. dessa forma, algumas classi-ficaes de clima baseiam-se diretamente na evapotranspirao por ser um parmetro que traduz a influncia de todos os outros.

    A gua esta constantemente mudando de estado fsico e h troca permanente dessa substncia entre rios, lagos, mares, atmosfera e seres vivos.

    A gua lquida na superfcie da Terra est sofre evapora-o e passa para a atmosfera. Com o resfriamento nas camadas mais altas da atmosfera, os vapores da gua condensam, for-mam nuvens e depois voltam ao continente e mares sob a forma de chuva, neve ou granizo. Nos continentes, parte dessa gua vai para rios e lagos, parte penetra atravs das camadas permeveis do solo e se acumula em reservatrios subterrneos.

    Os seres vivos absorvem ou ingerem gua, pois ela fundamental para sua sobrevivncia.

    Os vegetais liberam uma grande quantidade da gua que absorveram do solo para a atmosfera durante a transpirao. Este processo de fundamental importncia para resfriar o corpo da planta e para permitir o transporte de seiva bruta para as folhas.

    Os animais, atravs da excreo, das fezes e transpirao, liberam parte da gua que absorvem ou ingerem.

    2. CICLO DO CARBONO

    Quase todo o carbono presente nos organismos vem do dixido de carbono (CO2) da atmosfera ou de ons bicarbonato (HCO3

    -) dissolvidos na gua. O ciclo do carbono inicia-se com a fixao dele elemento

    pelos seres auttrofos, principalmente por meio da fotossntese. Nesse processo, o carbono das molculas de CO2 do meio usado para a sntese de molculas orgnicas que ficam dispon-veis para os produtores e, atravs da cadeia alimentar, para os consumidores e decompositores. O gs carbnico retorna para o meio ambiente pelos diferentes processos de degradao de matria orgnica e pela queima de combustveis fsseis, repre-sentados pelo carvo mineral e derivados de petrleo, como gasolina e leo diesel.

    NOTA: OS COMBUSTVEIS FSSEIS

    Os combustveis fsseis so representados pelo pe-trleo, carvo e gs natural. Todos so hidrocarbonetos (substncias formadas por hidrognio e carbono) derivados de restos de seres vivos pr-histricos

    Petrleo e gs natural so formados a partir de restos de organismos marinhos, principalmente do fitoplncton, depositado no fundo dos antigos oceanos, em locais muito especiais, onde a gua no apresentava muita movimenta-o, o sedimento era pobre em oxignio e a taxa de acmulo de sedimentos era alta, de modo a recobrir rapidamente os restos mortais dos organismos, antes que eles fossem completamente decompostos ou comidos por animais ne-crfagos. Em funo da alta taxa de sedimentao, esses detritos orgnicos foram sucessivamente enterrados e submetidos a presses cada vez mais elevadas. medida que a presso aumenta, aumenta tambm a temperatura, provocando a transformao da matria orgnica primei-ramente em petrleo e depois, com aumento da presso e temperatura, em gs natural.

    O carvo por outro lado deriva de restos de plantas terrestres, no sendo formados em regies marinhas e sim em ambientes terrestres que eram, no passado, pantanosos, lodosos. Esses so ambientes estagnados, com sedimentos encharcados e pobres em oxignio, caractersticas que propiciaram acmulo de detritos vegetais e impediram que eles fossem completamente decompostos. Esses detri-tos vegetais, constantemente recobertos por sedimentos, foram se acumulando, dando origem inicialmente turfa, usada atualmente em muitos locais como combustvel. medida que esses materiais so soterrados, h o aumento de presso e temperatura, convertendo, ao longo do tempo, turfa em carvo. Nesse processo, a gua presente na turfa removida, ocorre liberao de metano, fazendo com que esse material fique mais rico em carbono.

    Portanto, os combustveis fsseis so formados a par-tir da decomposio de seres que viviam no planeta em outros perodos geolgicos. Eles contem o carbono que foi removido da atmosfera do passado pelos seres fotossinte-tizantes daquela poca. Ao queimarmos esses combustveis liberamos CO2, o que uma das causas do aumento desse gs na atmosfera atual, um dos responsveis pelo aumento do efeito estufa.

    3. CICLO DO OXIGNIO

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    O oxignio na faz parte apenas da molcula de gua e de gs carbnico, mas tambm de numerosos compostos orgnicos e inorgnicos. Na atmosfera e na hidrosfera ele encontrado tambm sob a forma de substancia pura, simples, de formula O2, um gs liberado por organismos fotossintetizantes, por meio da fotossntese, sendo utilizado para a respirao de plantas, animais e outros organismos aerbicos. Desse processo resulta a produo de gs carbnico.

    A manuteno da concentrao de oxignio e de gs carbnico no ambiente depende da fotossntese e respirao. O primeiro realizado pelos seres clorofilados, na dependncia de luz; a respirao um processo realizado continuamente pelos seres aerbicos.

    O oxignio uma substancia que garante a vida na Terra, mas tem origem a partir da atividade biolgica. Praticamente todo o oxignio livre da atmosfera (aproximadamente 21%) e da hidrosfera tem origem a partir da fotossntese. Neste processo, a gua decomposta, sendo o O2 liberado para a atmosfera e o hidrognio utilizado para a sntese de matria orgnica.

    O O2 produzido tambm participa da formao da ca-mada de oznio (O3) da atmosfera, que se encontra entre 20 e 40 km e altitude acima do nvel do mar. Nessa regio, uma forma de radiao solar, a ultravioleta curta, provoca a quebra de molculas de O2. Cada tomo liberado pode reagir com outra molcula de O2 em presena de um catalisador, formando o O3.

    A presena do oznio na alta atmosfera extremamente importante para a manuteno da vida, pois exerce papel de filtro de outro tipo de radiao ultravioleta, chamada ultravioleta longa, capaz de aumentar a taxa de mutao dos genes e uma das principais responsveis pelo cncer de pele.

    No entanto, a camada de O3 vem progressivamente sendo destruda, principalmente pela ao de gases conhecidos como clorofluorcarbonos, tambm designados CFCs. H vrios tipos de CFC. Um dos exemplos o gs freon, utilizado em aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. Outros exemplos so os gases utilizados em espuma plstica, na indstria de eletrnicos e em aerossis.

    Os CFCs so pouco densos e atravessam a troposfera, atingindo a estratosfera, onde se situa a camada de oznio. Nesta regio, o cloro presente nos CFCs, reage com o oznio transformando-o em oxignio. H estimativas de que a vida til do CFC de 74 anos de vida e que o cloro presente no CFC pode reagir com 100 mil molculas de O3, destruindo-as.

    Por causar srios danos atmosfera foi estabelecido em 1987, o protocolo de Montreal que objetiva reduzir a eliminao de CFCs, protegendo dessa forma a camada de oznio.

    Porm, o oznio prximo atmosfera prejudicial sade, causando problemas respiratrios. Nesse caso, a formao de oznio potencializada principalmente pela liberao, pelos escamentos dos veculos, de gases como xidos de nitrognio e hidrocarbonetos.

    4. CICLO DO NITROGNIO

    Aproximadamente 79% da atmosfera constituda de nitrognio molecular ou gs nitrognio (N2). Mesmo em grande quantidade, o N2 no utilizado diretamente pela maior parte dos seres vivos.

    O aproveitamento do nitrognio pelos seres vivos se d a partir da sua fixao, que pode ser feita por radiao ou por biofixao, sendo este ultimo processo o mais importante.

    A fixao biolgica do nitrognio feita por algumas bactrias e cianobactrias, que podem viver livres no solo ou, no caso das bactrias, associadas a razes de plantas, formando as bacteriorrizas. Esses organismos transformam o nitrognio em ons amnio. Quando produzidos pelos biofixadores associados a razes, so transferidos diretamente para as plantas, que os utiliza na sntese dos aminocidos, unidades de protenas, e dos nucleotdeos, unidades de cidos nuclicos.

    Os ons amnio produzidos pela fixao do N2 so transformados em nitrito e depois em nitrato, por ao das bactrias nitrificantes (ou nitrobactrias) dos gneros Nitroso-monas e Nitrobacter. Tais bactrias so auttrofas, mas no so fotossintetizantes. Elas realizam a quimiossntese, processo no qual no h utilizao de energia solar. A substncia orgnica formada a partir de gua e de gs carbnico, graas a energia gerada em outra reao qumica em que participam substncias inorgnicas. As nitrobactrias utilizam a energia qumica prove-niente da reao entre os ons amnio ou nitrito e o oxignio.

    Nessas reaes as nitrobactrias Nitrosomonas ou Nitro-sococcus transformam ons amnio em nitrito e as nitrobactrias Nitrobacter ou Nitrococcus transformam o on nitrito em nitrato.

    Tanto os ons amnio como os ons nitrato so absorvi-dos diretamente pelos vegetais, e o nitrognio neles contido utilizado na sntese de aminocidos e nucleotdeos. Os animais por sua vez, obtm o nitrognio a partir da alimentao.

    O nitrognio retorna ao ambiente pela excreo e, quan-do os organismos morrem, pela decomposio.

    As excretas nitrogenadas uria e cido rico so transfor-madas em amnia por bactrias e fungos decompositores. Esses organismos tambm degradam as substncias nitrogenadas contidas no corpo de organismos mortos, transformando-as em amnia e em outros compostos. A partir da amnia so produzidos nitrito e nitrato pelas bactrias nitrificantes.

    O nitrognio retorna ao ambiente pela ao de bact-rias desnitrificantes que convertem o nitrato a nitrito e depois em nitrognio molecular. Este pode entrar novamente na fase biolgica do ciclo por meio da fixao.

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