BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTAO DA BAHIA

SUBGERÊNCIA DE ATIVIDADES ESPECIAIS

SETOR DOCUMENTAÇÃO BAIANA

Prezada Usuária,

O Dique é uma lagoa feita a pás e picaretas por escravos, comandados

pelos invasores holandeses, no século XVII, que pretendiam cercar o palácio

Rio Branco com um fosso que o tornasse inacessível aos portugueses.

É uma pequena mostra desta história que Setor Documentação Baiana tem o prazer de trazer até você com imagens

repletas de emoção e nostalgia.

“Eu fui ao TororóBeber água e não

acheiEncontrei bela

morenaQue no Tororó

deixei..."

Desde a época colonial, a população de Salvador tinha por hábito se abastecer nas águas do Dique. Uma

tradicional quadrinha popular canta:

O Dique do Tororó é uma lagoa artificial limitada atualmente pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo bairro do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte, pelo Estádio Octávio Mangabeira, conhecido por Fonte Nova, e, ao Sul, pelo bairro do Garcia. É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama, que ao Sul convergem para a avenida Centenário e o Vale dos Barris.

Os holandeses, visando fortificar Salvador, iniciam a construção do dique, resultante do represamento do Rio das Tripas, no seu vale, a partir de São Bento. Este dique foi conhecido como Dique dos Holandeses, tinha por finalidade criar um obstáculo aquático à penetração dos portugueses pelo lado leste da cidade.

Ao lado do Dique dos Holandeses (situado onde hoje localiza-se a Baixa dos Sapateiros), foi construído um novo dique, denominado dique do Tororó, resultante do represamento do Rio Lucaia, com enorme extensão, indo desde as proximidades do Campo Grande até a vizinhança do Forte do Barbalho, com a finalidade de inundar e tornar incacessível aquele extenso vale.

Em meados do século passado, no governo provincial de Soares Andréa e, posteriormente, no de Francisco Gonçalves Martins, fFoi construída a Rua da Vala (atual Dr. J.J. Seabra), ,através da canalização do Rio das Tripas, no trecho compreendido entre a Barroquinha e o Primeiro Arco, mediante galeria subterrânea, tendo por finalidade melhorar as condições de saneamento e facilitar a comunicação viária da capital da província. Com a construção desta via, desaparece o Dique dos Holandeses.

O Dique do Tororó foi sendo gradativamente aterrado, quer por particulares e, pelo poder público, principalmente a partir da década de 40, com a realização das obras do complexo esportivo da Fonte Nova e do sistema viário de vales do Salvador (Avenidas Vasco da Gama, Costa e Silva que o margeiam, e a Avenida de Vales do Barris), assim como as modificações efetuadas para dar acesso à Estação da Lapa/ Ròtula dos Barris.

No ano de 1998, prefeitura de Salvador fez uma ampla reforma. As plantas aquáticas foram retiradas. Atualmente a área verde do Dique do Tororó é de 25mil m², sua flora apresenta pau-brasil e palmeira imperial. As esculturas dos Orixás, obras do escultor Tati Moreno, são uma das marcas do local.

Totalmente despoluído, o Dique tem vida nova e abre-se ao esporte, o lazer e à cultura. O Parque conta com anfiteatro ao ar livre, espaços comunitários, raias para a prática de remo, decks para pesca e píers para pequenas embarcações. Um centro de atividades abriga dois restaurantes, praça de eventos com palco flutuante, cinco play-grounds e pista de cooper.

PROJETO, ELABORAÇÃO Raquel de Ávila e Rita Almeida

REVISÃORita Almeida