b.forest - a revista eletrônica do setor florestal
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Edição 11 - Ano 02 - n° 08 - 2015TRANSCRIPT
Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta.Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa novaSérie L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.
Ao longo dos últimos anos, temos visto nossas sugestões e ideias se transformarem em equipamentos com alto padrão de qualidade. Nós ajudamos a criar uma máquina mais durável, eficiente e confortável do que imaginávamos.
O jOgO mudOu.de nOvO.
Jack McFarland, CAG member McFarland Timber. Winnfield, Louisiana JohnDeere.com.br/Florestal
AF_6570 Game Changers - ANÚNCIO PÁG DUPLA SÉRIE L - B. Forest.indd 1 27/05/15 16:23
Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta.Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa novaSérie L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.
Ao longo dos últimos anos, temos visto nossas sugestões e ideias se transformarem em equipamentos com alto padrão de qualidade. Nós ajudamos a criar uma máquina mais durável, eficiente e confortável do que imaginávamos.
O jOgO mudOu.de nOvO.
Jack McFarland, CAG member McFarland Timber. Winnfield, Louisiana JohnDeere.com.br/Florestal
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2 EXPEDIENTEB. FOREST
Indíce04
07
14
28
38
46
54
58
EDITORIAL
ENTREVISTA
COLHEITA
SILVICULTURA
ABASTECIMENTO
MERCADO
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
73
74
FOTOS
VÍDEOS
3EXPEDIENTE B. FOREST
“A sociedade precisa compreender que as florestas são mais benéficas que as
proibições impostas ao setor florestal”
77 AGENDA
Deputado Federal
Newton Cardoso Júnior
Foto
: Div
ulga
ção
4 EXPEDIENTEB. FOREST
O fomento florestal é uma alternativa muito utilizada por empresas que precisam de
constante fornecimento de madeira e, por algum motivo, não têm terras próprias que
supram essa demanda. Sendo assim, terceirizam a atividade do plantio. No entanto,
algumas operações, como a colheita e o transporte, são complexas para serem
executadas por pequenos e médios produtores. Na matéria de capa dessa edição, veja
como é administrado o fomento florestal e a forma que algumas empresas administram
a colheita e o transporte da madeira proveniente dessas áreas.
Confira também em que nível o Brasil está quando o assunto é combate à
matocompetição. Novas tecnologias de aplicação, com sistemas de GPS e de
produtividade das máquinas já estão disponíveis no mercado. Além do glifosato,
tradicional princípio ativo, outros químicos específicos para cada etapa de plantio têm
sido desenvolvidos, no entanto esbarram nas certificações nacionais e internacionais.
O abastecimento de máquinas florestais é outro tema abordado nesta edição. Saiba
como ele é feito, os cuidados e tecnologias disponíveis para esta operação. Leia também
uma entrevista exclusiva com o deputado federal Newton Cardoso Júnior, presidente da
Frente Parlamentar de Silvicultura. Newton fala sobre a carreira política e como a Frente
pode contribuir para o desenvolvimento do setor florestal. Não perca!
Saudações florestais!
Administração florestal
4 EDITORIALB. FOREST
5EXPEDIENTE B. FOREST
Expediente:
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico:
Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas
para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Ope-
rações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),
Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da
Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Ju-
nior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da
John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu
Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal
Edição 11 - Ano 02 - N° 08 - Agosto 2015
Foto de Capa: Malinovski Florestal
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
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Foto
: Div
ulga
ção
7ENTREVISTA B. FOREST
Política no Sangue Newton Cardoso JúniorDeputado Federal
Newton Cardoso Júnior decidiu deixar
a carreira de administrador dos negócios
da família para concorrer a uma vaga no
Congresso. Assumiu como deputado fe-
deral no início de 2015 e logo articulou o
relançamento da FPS (Frente Parlamen-
tar da Silvicultura). Como trabalhou por
vários anos nas empresas da família, que
envolvem siderurgia, movelaria e outros
segmentos de base florestal, Newton sabe
da importância do setor para a economia
do país. Por esse motivo, se candidatou a
presidência da FPS e vai liderar os demais
parlamentares da Frente em busca de me-
lhorias para o setor. Veja, em entrevista ex-
clusiva, as propostas e planos que a Frente
Parlamentar de Silvicultura tem para auxi-
liar no crescimento do setor florestal.
É formado em administração. Como co-
meçou sua ligação com a política e como
chegou à FPS?
Digo que a política talvez tenha nas-
cido comigo. Venho de uma família tra-
dicional na política de Minas Gerais. Meu
pai, Newton Cardoso já foi governador do
Estado duas vezes. Minha mãe, Maria Lú-
cia, também foi deputada federal e secre-
tária de Estado. Então, cerca de dois anos
atrás, decidi abdicar da minha função de
gestor dos negócios da família e seguir a
carreira dos meus pais.
Já a minha ligação com a Frente Par-
lamentar de Silvicultura não tem relação
com a política, mas com a minha história
profissional. Minha família é proprietária
de empresas relacionadas ao setor flores-
tal, entre elas, a Siderúrgica Pitangui. Te-
mos a maior floresta de pinus em Minas
gerais e uma relevante área com plantios
de eucalipto no Norte e Centro-Oeste do
Estado.
Quando cheguei a Brasília, procurei
grandes lideranças e apoio do setor para
que pudéssemos trazer para o Congresso
o trabalho que já vinha desenvolvendo de
8 ENTREVISTAB. FOREST
Foto: Divulgação
“O Brasil e os Estados Unidos fizeram um acordo em que 20%
das fontes energéticas devem ser renováveis”
Newton Cardoso Júnior
9ENTREVISTA B. FOREST
10 SILVICULTURAB. FOREST
“Nosso objetivo não é vender o Brasil para os
estrangeiros, mas sim permitir que os grandes
fundos que investem em florestas no mundo
inteiro tenham a oportunidade de investir no
Brasil e fazer nosso país crescer”
forma privada.
De que forma a FPS irá auxiliar o setor
florestal?
Podemos contribuir diretamente com o
setor por meio de uma legislação benéfica.
A Frente entende que o Brasil precisa que as
leis nos ajudem a despontar cada vez mais
como referência internacional. Em termos
florestais já somos reconhecidos, mas
precisamos que nossa legislação também
seja. Não temos investimento com padrão
internacional e muito se deve aos entraves
legais. Esse é o nosso primeiro passo e a
Frente já tem alguns projetos para garantir
que esses investimentos possam ser
destravados.
Um exemplo é o licenciamento
ambiental. Queremos que ele seja
facilitado dentro das secretarias estaduais
e municipais. Vamos trabalhar para que
os deputados que acompanham a Frente
possam levar para suas regiões formas de
agilizar o licenciamento ambiental.
Outro pensamento que temos é o de
facilitar o financiamento para os pequenos
e médios produtores. A Frente quer que
estes empresários que desejam diversificar
ou fomentar suas atividades possam
ter acesso a financiamentos baratos e
condições econômicas possíveis.
Quais os principais objetivos da Frente
Parlamentar de Silvicultura?
Uma de nossas principais pautas é a terra
para estrangeiros. Hoje, um parecer da AGU
11ENTREVISTA B. FOREST
(Advocacia Geral da União), respaldado
pela Lei 5.709/71 de 1971, restringe a
aquisição de terras por estrangeiros. Esse
tema já está sendo bastante discutido nos
bastidores do Congresso e queremos que
ele volte à tona. Nosso objetivo não é
vender o Brasil para os estrangeiros, mas
sim permitir que os grandes fundos que
investem em florestas no mundo tenham
a oportunidade de investir no Brasil e fazer
nosso país crescer. Isso com base em
segurança jurídica, é claro!
Outro ponto que consideramos
de extrema importância é a retirada
da silvicultura da lista de atividades
potencialmente poluidoras. Por ela ser
de grande importância para a atividade
econômica do país não pode ser vista
com maus olhos. Além disso, após ser
transferido para o Ministério da Agricultura,
as florestas plantadas precisam ter as
mesmas facilidades e tratativas que outras
culturas, como soja, algodão e trigo. A
legislação não pode ser um impedimento
para que o plantio florestal gere valor,
empregos e tributos para o país.
Há mais de 10 anos uma Frente
Parlamentar de Silvicultura vem sendo
estruturada. Qual o diferencial da Frente
que se estabelece agora?
Nós relançamos a Frente Parlamentar
de Silvicultura, que originalmente foi
criada pelo ex-deputado federal Paulo
Bial. Depois dele, outros parlamentares
deram sequência a Frente. Em 2015
chegou a minha vez. A novidade é
que agora aumentamos um pouco o
escopo, temos 220 parlamentares de
vários partidos. Além disso, pretendemos
criar uma sede onde a Frente possa se
reunir frequentemente para apresentar
propostas. Nosso pensamento é mais
audacioso e ambicioso, mas temos uma
pauta muito clara para não perdermos o
foco.
Quais os principais desafios que a FPS vai
enfrentar no Congresso Nacional? Como
irá superá-los?
Sabemos que vamos enfrentar
muitos entraves em relação a legislação
trabalhista e com as ONGs ambientais,
que têm grande representatividade no
Congresso. Respeitamos e valorizamos
12 ENTREVISTAB. FOREST
todas, por isso, queremos que elas sejam
nossas parceiras. Hoje, um desafio muito
grande é a comunicação. Precisamos que
os profissionais que estão a frente dos
veículos de comunicação entendam que
as florestas plantadas são uma atividade
legal, proveniente de áreas legais,
que respeita as áreas de preservação
permanente e a legislação ambiental. A
sociedade no geral precisa compreender
que as florestas são mais benéficas que as
proibições impostas ao setor florestal.
Você trabalha de forma próxima a
Ministra Kátia Abreu. Como isso pode
favorecer a FPS?
A Kátia Abreu é uma pessoa de fácil
trato, dinâmica e com posições muito
firmes. Isso ajuda muito quando levamos
assuntos sérios para a mão dela. Inclusive,
estamos com um novo projeto já
confirmado pela Presidência da República,
no qual o Brasil e os Estados Unidos
fizeram um acordo em que 20% das
fontes energéticas devem ser renováveis.
Isso sem incluir as hidroelétricas. Vejo que
essa é uma abertura para investimentos
em biomassa. É claro que veremos o
aumento dos investimentos em fontes
solares e eólicas, mas não é possível atingir
essa meta sem a relevante participação
da biomassa florestal. Acredito que, pelo
menos, metade dessa participação será de
biomassa. Nesse sentido, a Ministra será
uma grande fomentadora desse processo.
Como analisa o futuro das florestas
plantadas no Brasil? Quais segmentos
devem crescer nos próximos anos?
Enxergo um futuro muito promissor.
Acredito que temos que continuar
evoluindo na questão tecnológica, temos
que produzir mais com menos e garantir
a viabilidade econômica. Dessa forma,
o setor florestal só tende a crescer. Não
podemos deixar de falar também no setor
de celulose, afinal hoje ele é o principal
vetor de crescimento dos plantios
florestais do Brasil. Se não fosse a celulose
nós não teríamos o patamar atual. Depois
da celulose a geração de energia é outro
vetor relevante. O crescimento é nítido e
para os próximos 15 anos temos condições
e demanda para dobrar a área plantada.
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14 COLHEITAB. FOREST
O fomento florestal é uma opção interessante tanto para as empresas quanto para os
produtores rurais que aumentam suas opções de renda. Mas para garantir o abastecimen-
to, a segurança e a qualidade da madeira produzida, as empresas contratantes estão op-
tando por realizar a colheita o transporte da madeira nas áreas fomentadas.
Fomento em alta
14 COLHEITAB. FOREST
15COLHEITA B. FOREST
Foto: Divulgação / Fibria
16 COLHEITAB. FOREST
O desenvolvimento do setor
florestal e a crescente de-
manda por matéria-prima faz
com que as empresas precisem buscar
alternativas para suas necessidades. Uma
delas é o fomento, atividade que envol-
ve a contratação de produtores rurais
próximos à fabrica para o fornecimento
de madeira. As vantagens dessa solução
são inúmeras, tanto para os empresários
quanto para os produtores. Além da em-
presa garantir seu abastecimento de ma-
deira, as comunidades do seu entorno se
desenvolvem e têm uma nova opção de
renda. Mas como funciona essa relação
nas operações mais complexas da ativi-
dade florestal?
A colheita e o transporte de madei-
ra são operações que exigem atenção e
cuidados durante a execução para que
haja segurança e garantia de qualida-
de da madeira. Então surge a dúvida de
como essas operações são realizadas em
áreas fomentadas. A resposta é bastan-
te simples: com o suporte das empresas
contratantes.
A Klabin, por exemplo, realiza toda a
colheita nas áreas fomentadas. Já a Fibria
e a International Paper trabalham com
dois modelos de gestão, nos quais as
empresas fazem a colheita e o transporte
de algumas áreas e em outras o fomen-
tado tem a responsabilidade de entregar
a madeira na fábrica.
Escolha dos fomentos
Além dos pré-requisitos legais, Altair
Negrello Júnior, gerente de produção de
madeira da Klabin, explica que existem al-
guns critérios para a empresa assinar um
contrato de fomento, entre eles, está a
distância entre a área plantada e a fábrica.
“Geralmente, essa distância é de até 150
km, no entanto, este aspecto não é um
limitante. Se encontramos uma área que
esteja fora do nosso perímetro, passamos
as informações para um comitê que ana-
lisa o potencial produtivo”, explica.
A distância entre a fábrica e a área de
plantio também é um ponto importante
que a International Paper avalia no mo-
mento da escolha dos fomentos. Luis
Fernando Silva, gerente geral florestal da
17COLHEITA B. FOREST
18 COLHEITAB. FOREST
empresa, conta que atualmente as áreas
do programa de Parceria Florestal estão
situadas a um raio de até 50 km da uni-
dade fabril.
A Fibria, além da distância, tem outros
critérios. “Levamos em consideração o
custo total da operação. Avaliamos a ca-
pacidade produtiva das áreas, o aprovei-
tamento, a declividade e a oportunidade
de gerar renda para o produtor local”,
explica Rodrigo Zagonel, gerente de sil-
vicultura da empresa.
Para ambas as empresas, o tamanho
da terra não é um pré-requisito para a
escolha dos fomentos, elas têm contra-
to com áreas que vão de 2 ha até mais
de 200. “No Poupança, nosso programa
de fomento, não limitamos nossa esco-
lha pelo tamanho. Avaliamos mais a pro-
dutividade, se o nosso clone é adaptável
ao solo e se a declividade é adequada ao
nosso sistema de colheita”, completa o
gerente da Fibria.
Administração da colheita
As formas de administrar as áreas de
fomento levam em consideração a pro-
dutividade, os prazos da empresa contra-
tante e a estrutura dos fomentados. Por
esse motivo, planejamentos são desen-
volvidos para estruturar a relação fomen-
tador-fomentado.
Como a Klabin realiza 100% da colhei-
ta nas áreas fomentadas, a empresa faz
uma programação estratégica. “A maioria
dos nossos fomentados tem áreas pe-
quenas, com média de 5 a 10 ha, preci-
samos mapear todas elas e planejar para
que a colheita seja feita uma vez só em
cada região”, conta Altair. Ele explica que
esse mapeamento no momento de reali-
zar a operação é de extrema importância
para a produtividade e viabilidade. “Não
podemos fazer a colheita em uma área e
na mesma semana voltar para essa pro-
ximidade e colher em uma área vizinha.
Isso se torna inviável.” Por esse motivo, a
Klabin trabalha de forma a movimentar as
equipes que trabalham com fomento o
mínimo possível. “Fazemos uma espécie
de varredura. Isso otimiza bastante o pro-
cesso”, completa. O tamanho das áreas é
um problema para a produtividade, mas
19COLHEITA B. FOREST
Foto
:: Div
ulga
ção
“Quando as áreas são muito pequenas ou com declive acentuado não é possível passar com os caminhões de maior tonelagem, assim
precisamos adaptar o modelo e a malha viária”
20 COLHEITAB. FOREST
que é resolvido com o planejamento.
A empresa optou por primarizar a co-
lheita das áreas de fomento, para garantir
o abastecimento da fábrica. “Não pode-
mos ficar reféns da entrega da madeira
em nossos pátios. Os programas de fo-
mento são ótimos para a empresa, no
entanto nosso ritmo de atividade não
permite que fiquemos sem abastecimen-
to”, constata.
Entre as vantagens de realizar a co-
lheita, Altair cita a estabilidade e garan-
tia de abastecimento. “Além disso, nossas
equipes são treinadas, dessa forma con-
seguimos garantir segurança e rapidez na
operação”, acrescenta.
Com um sistema misto, a Fibria rea-
liza a colheita na maior parte das áreas
do Programa Poupança. Rodrigo Zago-
nel, gerente de silvicultura da empresa,
explica que o corte das árvores não é
feito quando as áreas ficam em regiões
muito complicadas ou em circunstâncias
ocasionais que inviabilizam a operação.
“Sempre que possível, preferimos realizar
a colheita e os próprios produtores en-
tendem que isso é uma segurança maior
para eles e para nós. A velocidade com
que executamos as operações e a qua-
lidade que temos em nossas atividades
são fatores que tem atraído muitos pro-
dutores para esse modelo de fomento”,
constata.
Outro ponto que Rodrigo destaca é
o sistema de colheita. “Nossa colheita é
totalmente mecanizada e, geralmente,
o pequeno produtor não possui equipa-
mentos para a operação. Essa também é
uma justificativa para realizarmos a tare-
fa”, completa. Outra vantagem do fomen-
to, de acordo com Rodrigo, é a mão de
obra. “O pequeno produtor rural é uma
mão de obra disposta a trabalhar que está
cada vez mais escassa.”
A Fibria encontra a mesma dificulda-
de que a Klabin: o tamanho das áreas.
“Plantios pequenos penalizam um pouco
nossa logística e nossas equipes acabam
tendo que se deslocar muito para produ-
zir em áreas pequenas. Isso está nos le-
vando a desenvolver módulos para essas
áreas menores e declivosas”, ressalta o
21COLHEITA B. FOREST
22 COLHEITAB. FOREST
Foto:: Divulgação
22 COLHEITAB. FOREST
“Levamos em consideração o custo total da operação. Avaliamos a capacidade produtiva das áreas, o
aproveitamento, declive e a oportunidade de gerar renda
para o produtor local”
23COLHEITA B. FOREST
gerente.
O sistema misto de colheita também
é a escolha da International Paper. A em-
presa desenvolveu módulos de diferentes
capacidades que são alocadas de acordo
com o tamanho da área e o tipo da topo-
grafia do fomento. “Uma das vantagens
de fazermos a colheita nos programas
de fomento é a obtenção de uma pro-
gramação eficiente direcionada para os
períodos mais críticos, além de possuir
custos mais eficazes e garantir parte do
abastecimento”, explica Luis Fernando
Silva, gerente geral florestal da Interna-
tional Paper.
Já as desvantagens comentadas por
ele consistem na dificuldade de escoa-
mento no período de chuvas, em razão
da topografia, e no acesso a alguns lo-
cais, onde a largura da estrada é reduzida,
passando apenas um veículo por vez.
Transporte e estrutura
Rodrigo Zagonel conta que os anti-
gos contratos do programa de fomento
da Fibria se concentravam na entrega da
madeira no depósito da fábrica, mas que
esse sistema vem mudando e fazendo
com que a estrutura dos acessos às áre-
as fomentadas se tornasse um ponto im-
portante a ser considerado. “Hoje, como
estamos primarizando estas operações,
construímos algumas estradas para pro-
porcionar condições mínimas para o es-
coamento da madeira e o próprio transi-
to do produtor”, ressalta.
O gerente salienta que a Fibria segue os
mesmos critérios para as áreas próprias e
fomentadas. “Levamos em consideração
que o relacionamento é de longo pra-
zo. Os investimentos feitos no contrato
visam escoar a madeira por mais de um
ciclo.” No entanto, ele pondera que nem
sempre é possível adequar as estradas.
“Quando as áreas são muito pequenas
ou com declive acentuado não é possí-
vel passar com os caminhões de maior
tonelagem, assim precisamos adaptar o
modelo e a malha viária”, explica. Como
a empresa segue um padrão, algumas
vezes o custo benefício das estradas em
áreas pequenas fica impactado. E como
segue os mesmos critérios das áreas pró-
24 COLHEITAB. FOREST
prias para as fomentadas, algumas vezes
o transporte pode ficar inviável para a
equipe da Fibria.
Pensando nesse tipo de análise que a
Klabin faz apenas os ajustes necessários
para a viabilidade do transporte. “Temos
áreas que entram no programa e talvez
não sejam renovadas. Então, não faz sen-
tido realizar um investimento grande nes-
sas estradas se o objetivo não é retornar
a produzir ali”, explica Altair. Sendo assim,
a empresa procura retirar a madeira so-
mente com tempo bom e sem chuvas.
“Após retirá-la fazemos reparos mínimos
garantindo que as estradas fiquem em
condições viáveis”, complementa.
De acordo com Altair, quando o inte-
resse é voltar a trabalhar na área, é feita
uma base para a estrada e serviço de cas-
calhamento, assim as estradas duram por
mais tempo.
Assim como a colheita, a Klabin tam-
bém realiza o transporte da madeira da
área fomentada para o pátio industrial,
no entanto a empresa não tem uma fro-
ta própria para essa operação. Os ca-
minhões são terceirizados, mas estudos
para a aquisição de veículos próprios
estão sendo realizados. “Esse ano inicia-
mos uma análise econômica para avaliar
a viabilidade de uma frota própria. Temos
percebido que essa hipótese está se con-
firmando e o custo das operações pró-
prias se mostram inferiores em relação
ao transporte feito por terceiros”, avalia.
A International Paper também não tem
frota própria e terceiriza as operações de
transporte. Luis Fernando Silva explica
que o transporte é feito com caminhões
de grande e médio porte, dependendo da
quantidade de madeira a ser carregada.
Fomentar a atividade florestal é uma
boa opção para as empresas que pre-
cisam constantemente de um volume
grande de madeira. No entanto, algu-
mas operações não podem ser deixadas
como responsabilidade dos produtores
rurais, isso porque a maioria não tem re-
cursos e treinamento para executá-las.
Por esse motivo, as fomentadoras inves-
tem e assumem operações como colhei-
ta e transporte.
25COLHEITA B. FOREST
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26 COLHEITAB. FOREST
27EXPEDIENTE B. FOREST
28 EXPEDIENTEB. FOREST
Importante etapa na implantação de uma floresta, o combate à matocompetição tem
evoluído ao longo do tempo. Por volta dos anos 60, o único princípio ativo para o controle
das plantas daninhas era o glifosato, um herbicida pós-emergente e não seletivo que era
aplicado de forma manual nos plantios. Com o avanço das pesquisas foram desenvolvidas
novas moléculas e tecnologias que fizeram essa operação mais fácil, barata e eficaz.
Sem competição
28 SILVICULTURAB. FOREST
Foto: Divulgação
29EXPEDIENTE B. FOREST
30 SILVICULTURAB. FOREST
Assim como em outros cultivos agrí-
colas, a matocompetição é extre-
mamente prejudicial para o desen-
volvimento das florestas. Quando o controle
adequado não é feito as plantas daninhas
passam a interferir no desenvolvimento das
árvores, por competir por água, luz e nu-
trientes. Consequentemente, ocasiona uma
redução no rendimento da produção das
florestas jovens. Além disso, Rudolf Woch,
diretor da Apoiotec, destaca outros malefí-
cios do crescimento das plantas daninhas:
risco de incêndios e a dificuldade de loco-
moção dentro do plantio. “As plantas dani-
nhas impedem ou complicam o trânsito das
máquinas e prejudicam o corte e o baldeio
da madeira”, explica.
Existem trabalhos que mostram que a
matocompetição pode ocasionar perdas
de até 16% no volume final do plantio, pois
impacta diretamente na sobrevivência do
povoamento, no crescimento e na unifor-
midade das plantas, o que representa um
custo significativo na formação da floresta.
Custo de implantação
A implantação de uma floresta corres-
ponde a aproximadamente 35% de seu valor
total, somando plantio das mudas, aduba-
ção, controle de pragas e plantas daninhas,
mão de obra, etc. Estima-se que somente o
combate às ervas daninhas somem 25% dos
custos da implantação florestal. Mas muitas
vezes essa operação é deixada de lado nas
etapas iniciais, o que acarreta em mais cus-
tos.
Rudolf conta que é de costume, princi-
palmente nas florestas geridas por profissio-
nais mais experientes, combater as plantas
daninhas somente quando elas já nasceram
e são visíveis. “Por uma questão de paradig-
ma os produtores com o pensamento mais
tradicional acham desnecessário fazer o
tratamento pré-emergente. O que eles não
entendem é que quando as plantas dani-
nhas nascem elas já estão competindo por
água e nutrientes com as mudas das árvo-
res”, alerta.
Justamente por esse motivo, o custo do
combate à matocompetição é bastante re-
lativo. Rudolf explica que quando o manejo
é feito de forma correta, quase não é ne-
cessário fazer a reaplicação dos herbicidas,
precisando somente da manutenção nas
entrelinhas. Mas qual seria o manejo ade-
quado? Para começar, o diretor da Apoiotec
indica que o plantio seja feito em área limpa
ou com o mínimo de infestação possível. “O
ideal seria controlar as plantas daninhas que
31EXPEDIENTE B. FOREST
32 SILVICULTURAB. FOREST
existem no local antes de aplicar a muda e
isso pode ser feito com o uso de herbicidas
pré-plantio”, sugere.
Mas, como não existe herbicida nem
operação totalmente eficiente, é necessá-
ria mais que uma aplicação de químicos.
Assim, após o preparo do solo, quando ele
já estiver pronto para receber as mudas, é
aconselhada uma aplicação, em área total,
de químicos pré-emergentes, aqueles que
atuam antes do desenvolvimento da mato-
competição. “Essas aplicações são impor-
tantes porque todas as ações de controle
antes do plantio são mais fáceis de serem
executadas”, esclarece Rudolf.
Essas ações não deixam a floresta livre
das infestações por tempo indeterminado,
então é necessário fazer manutenções pe-
riódicas para mantê-la limpa por, pelo me-
nos, 120 dias após o plantio. “A partir des-
se momento a floresta, principalmente de
eucalipto, já toma outro porte. As mudas já
pegaram e estão com formato de copa de-
finido e o crescimento está adequado. As-
sim, a competição com as plantas daninhas
já não é mais tão prejudicial”, completa o di-
retor da Apoiotec. Mas é importante manter
o controle das entrelinhas, o que pode ser
feito com a aplicação de glifosato.
Tecnologias
As máquinas e equipamentos que fazem
a aplicação dos herbicidas têm sido objetos
de pesquisas e desenvolvimento para apri-
morar e otimizar o processo de aplicação
dos químicos nos plantios. A Ramires Re-
flortec S/A usa o método de aplicação de
herbicida mecanizada, por meio de trato-
res com sistema de computador de bordo
e GPS. Rogerio Rezende Malheiros, gerente
florestal da empresa, conta que os pulveri-
zadores utilizados na Ramires contam com
um sistema de agitação e mistura de pro-
dutos para garantir a homogeneidade; sis-
temas de filtragem; bombas; e também sis-
tema de GPS, que compensa as variações
de velocidade e controla automaticamente
as seções da barra em função de posicio-
namento geográfico, impedindo falhas de
aplicação e excesso de sobreposição. “Por
trabalharmos, na grande maioria das ve-
zes, em áreas de antigas pastagens, onde
ocorrem muitas infestações de gramíneas e
folhas largas, antes do preparo de solo fa-
zemos a primeira dessecação em área total
usando tanques com barra longa e herbici-
da para controle tanto de gramíneas como
folhas largas, além de adjuvante para au-
mentar a qualidade e eficiência da aplica-
33COLHEITA B. FOREST
Foto: Divulgação / Apoiotec
“Por uma questão de paradigma os produtores com o pensamento mais
tradicional acham desnecessário fazer o tratamento pré-emergente. O que eles não entendem é que quando as
plantas daninhas nascem elas já estão competindo por água e nutrientes com
as mudas das árvores”
34 SILVICULTURAB. FOREST
Foto
: Oku
bo F
ilho,
Alc
ides
ção. Esta operação ocorre bem próxima ao
plantio”, explica.
De acordo com Rogerio, a Ramires uti-
liza o SIG (Sistema de informações Geo-
gráficas), uma ferramenta para a gestão de
recursos florestais. “Atividades como mo-
nitoramento de povoamento pós-plantio e
o mapeamento espacial da produtividade,
usados em grande escala, podem ser feitas
por imagem de satélite de alta resolução”,
aponta. Rogerio também destaca a imple-
mentação de drones, que, segundo ele, au-
mentam a eficiência na aquisição de infor-
mações qualificadas.
Outro ponto citado pelo gerente flores-
tal é o monitoramento da eficiência das
máquinas. “As chamadas tecnologias em-
barcadas auxiliam a diagnosticar os princi-
pais pontos de melhoria em cada operação.
No caso da Ramires, é um sistema de GPS
associado a controladores eletrônicos ins-
talados nas máquinas”, explica Rogerio.
Entre tecnologias para o controle da ma-
tocompetição, os químicos também podem
ser incluídos, mais especificamente os her-
bicidas seletivos. “Eles podem ser aplicados
35SILVICULTURA B. FOREST
sobre a cultura e não causam nenhum dano
na árvore. Os não seletivos, são aplicados
em cima das folhas, causam danos”, explica
Guilherme Selici, gerente de negócios Brasil
da Basf.
Guilherme ressalta que, atualmente,
existem poucos herbicidas seletivos regis-
trados para os cultivos florestais, mas que
eles têm grande importância no manejo.
Ele recomenda que, nesse caso, a aplicação
seja feita em jatos dirigidos sobre a cultura
em faixas de 1 m.
Em termos químicos e de princípios
ativos, os herbicidas seletivos são os mais
tecnológicos. Entre eles, Guilherme desta-
ca dois: o Valeos, com o saflufenacil como
princípio ativo; e o Chopper, com o ima-
zapyr como princípio ativo.
O Valeos é indicado para o controle de
plantas daninhas de folhas largas. De acor-
do com o gerente de negócios da Basf, ele é
um inibidor de PPO (Protoporfirinogen oxi-
dase) que atua na síntese de clorofila e des-
trói as membranas celulares, ocasionando a
morte da planta. Também tem rápida me-
tabolização pelas plantas daninhas, o que
permite ação em 48 horas após a aplicação
e reduz o risco de ser eliminado pela chuva.
Já o Chopper pode ser aplicado no pré
e pós-plantio, sendo seletivo do pinus e não
seletivo para eucalipto. O princípio ativo
imazapyr atua sobre as enzimas AHAS. Ab-
sorvido e transportado por meio do xilema
e floema para as regiões meristemáticas da
planta, o herbicida reduz os níveis dos ami-
noácidos: valina, leucina e isoleucina, es-
senciais na síntese de DNA. Com a forma-
ção de aminoácidos sendo inibida, a planta
morre.
No pinus, o Chopper controla gramí-
neas anuais e perenes, plantas daninhas de
folhas largas, ciperáceas e arbustos e faz o
controle por até 400 dias. Já no eucalipto, o
produto controla a rebrota em mais de 95%,
além de não apresentar fitotoxidade na pol-
pa da celulose.
Entraves
Os princípios ativos desenvolvidos são
um grande avanço no combate às plantas
daninhas. Eles proporcionaram opções para
os produtores e alternativas para a produti-
vidade. No entanto, Guilherme ressalta que
os processos para o registro desses novos
químicos são complexos e demorados. De
acordo com ele, vários outros químicos já
poderiam estar disponíveis ao mercado se
esse processo fosse mais simples. “Estamos
em um caminho evolutivo. No passado, só
36 SILVICULTURAB. FOREST
existia o glifosato como princípio ativo, hoje
temos algumas novas moléculas surgindo,
mas ainda existe uma carência de produ-
tos para o setor florestal. Isso, em muito, se
deve pelo tempo de registro de um produto
no Ministério da Agricultura, que leva quatro
ou cinco anos”, alerta.
Para Guilherme, hoje, o Brasil é o país
em que se tem mais estudos na área de
matocompetição, somos destaque quando
se fala no combate às plantas daninhas. Por
nossas condições ímpares de clima, solo
e relevo temos formas e necessidades de
cultivo que outros países muitas vezes não
têm. Por esse motivo, esbarramos em outro
problema: a certificação. Como, muitas ve-
zes, as certificadoras são globais, elas aca-
bam sendo um pouco restritivas em relação
a utilização de novos produtos utilizados
somente aqui. “Talvez, esse seja um ponto
prejudicial que precisa ser mais bem anali-
sado pelas certificadoras, porque acaba fa-
zendo com que as empresas utilizem tec-
nologias mais antigas do que as disponíveis,
o que inibe o desenvolvimento de novas”,
acredita.
O Brasil é diferente dos países europeus,
por ser tropical, tem mais problemas com
plantas daninhas. Para Guilherme, muitas
vezes a liberação de novas tecnologias pe-
las certificadoras europeias, talvez pelo não
entendimento desse fator, acaba despen-
dendo de mais tempo e o processo produ-
tivo fica prejudicado.
Mesmo assim, novos princípios ativos
estão sendo pesquisados. Guilherme des-
taca que, há cerca de 10 anos, as empresas
químicas começaram a visualizar a impor-
tância do mercado florestal e hoje, quando
se estuda uma molécula, o cultivo florestal
já é colocado em pauta. “Quando um her-
bicida é desenvolvido, logo é testado para
a silvicultura, o que não acontecia anterior-
mente. Os testes eram feitos somente para
cana-de-açúcar, algodão e outras culturas”,
lembra.
Apesar dos entraves legais e de certifi-
cação, o Brasil está em um nível satisfatório
quando o assunto é o controle à matocom-
petição. O estágio ainda não é o ideal, mas
já está adequado. Além do problema com
os registros é preciso que outro obstácu-
lo seja superado, a quebra de paradigmas.
Os antigos costumes estão enraizados no
modo de pensar dos produtores e a mu-
dança para a adesão das novas tecnologias
e dos novos métodos de plantio é primor-
dial para o constante crescimento do setor.
37SILVICULTURA B. FOREST
38 SILVICULTURAB. FOREST
As operações tem uma regra básica: quanto menor for o tempo de parada das má-
quinas, maior será a produção. Por esse motivo, o abastecimento deve ser feito de forma
rápida e eficaz.
Tanque cheio
38 ABASTECIMENTO B. FOREST
39SILVICULTURA B. FOREST
Foto: Divulgação
40 ABASTECIMENTO B. FOREST
Como as máquinas florestais ficam
a maior parte do tempo dentro
das florestas, as empresas nota-
ram que é mais produtivo fazer o abaste-
cimento em campo e não realizar o trans-
lado até a fábrica ou base de apoio para
realizar essa operação. Sendo assim, téc-
nicas e tecnologias foram desenvolvidas
para tornar o abastecimento mais simples
e eficaz.
A Eldorado Brasil, por exemplo, reali-
za o abastecimento de suas máquinas em
operação por meio de caminhões com-
boio equipados com bombas, diretamente
no campo. Fábio Millei, gerente de con-
trole de ativos e mecanização da empre-
sa, explica que um planejamento de ope-
rações é feito considerando a autonomia
dos equipamentos. “O consumo especí-
fico e a capacidade dos tanques de cada
máquina é calculado, assim como a locali-
zação e distância das bases de apoio. Com
essas informações são definidas as rotas
dos caminhões comboio de combustível”,
explica Fábio.
Ele conta que a Eldorado opta pelo
abastecimento das máquinas em cam-
po quando elas não possuem a fábrica
em suas rotas de trabalho. “Quando pos-
sível, é preferível que elas abasteçam na
empresa. Dessa forma, evitamos o custo
do transporte do combustível”, completa
o gerente. Foi justamente o custo que fez
com que a Eldorado optasse por realizar
o abastecimento com equipamentos pró-
prios. “Todas as avaliações de terceirização
feitas não se mostraram economicamente
atrativas”, esclarece Fábio.
Já a Celulose Riograndense prefere
terceirizar essa operação. A empresa res-
ponsável por abastecer suas máquinas é a
Florestal Barra. Celestino Munari, diretor
administrativo da empresa, conta que a
operação é realizada em módulos, com-
postos, cada um, por um caminhão com-
boio e seis máquinas florestais. “Cada ca-
minhão tem um tanque com capacidade
para 5.000 l de óleo diesel, quantidade in-
dicada para abastecer até seis máquinas”,
explica.
De acordo com Celestino, a empresa
conta com um funcionário responsável
especificamente por fazer o planejamen-
to do abastecimento de toda a frota. “As
máquinas da Celulose Riograndense tem
autonomia média de 24 horas, então ge-
ralmente fazemos o abastecimento uma
vez por dia, pela manhã.” Caso o combus-
tível não seja suficiente, o funcionário res-
ponsável pela operação conversa com o
41SILVICULTURA B. FOREST
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42 ABASTECIMENTO B. FOREST
Foto: Divulgação
“Só é permitido a realização de qualquer operação com o uso de luvas nitrílicas,
avental e óculos herméticos, bota de cano de raspa e
macacão específico”
43ABASTECIMENTO B. FOREST
operador por rádio e ajusta a localização da máquina com a do caminhão tanque para
que o abastecimento seja realizado.
Abastecimento
O processo de abastecimento é uma tarefa simples. Os caminhões comboio ficam
em uma estrada da floresta e as máquinas vão ao seu encontro quando necessitam de
combustível ou outros óleos lubrificantes. “O abastecimento em campo é muito similar
ao que acontece em um posto tradicional, o veículo encosta próximo à bomba que tem
uma mangueira e um bico abastecedor”, explica. Mas ele ressalta que o funcionário que
faz o abastecimento deve tomar diversos cuidados para que a operação seja segura e
não tenha riscos, tanto para ele próprio quanto para a máquina. Assim, somente quem
tem o Curso MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos) está apto a
realizar a tarefa.
44 ABASTECIMENTO B. FOREST
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45ABASTECIMENTO B. FOREST
Além do curso de capacitação, Fábio
Millei, da Eldorado, acrescenta que o pro-
fissional responsável precisa utilizar os EPIs
adequados. “Só é permitido a realização de
qualquer operação com o uso de luvas ni-
trílicas, avental e óculos herméticos, bota
de cano de raspa e macacão específico”,
afirma. Além disso, para evitar riscos de in-
cêndio, ele precisa fazer o isolamento da
área, se certificar de que a máquina está
desligada e que não há vazamentos nas
bombas, mangueiras e gatilhos. Celestino
completa que é imprescindível que todos
os caminhões com combustíveis tenham
um kit anti-incêndio, com extintores e a
brigada treinada de combate ao fogo.
Outro ponto importante é a vedação
dos tanques, tanto da máquina quanto do
caminhão, para que não haja contamina-
ção no combustível, o que prejudicaria a
produtividade e causaria o risco de danos
para a máquina.
Tecnologia
Para garantir a qualidade do combus-
tível e a produtividade do abastecimento,
caminhões mais tecnológicos têm sido de-
senvolvidos por empresas especializadas.
Um exemplo é o Pressolub, um caminhão
comboio que viabiliza o abastecimento e a
lubrificação de veículos, tanto em campo
quanto em obras. Cássia Caroline Boccar-
do, gerente de marketing da Gascom, ex-
plica que ele proporciona vazão de 140 l/
min, quantidade até três vezes maior em
comparação aos “comboios pneumáti-
cos” convencionais. “Ele também apresen-
ta baixo índice de manutenção, devido ao
funcionamento a baixa pressão e robustez,
além da ausência de bombas e compo-
nentes que requerem frequentes repara-
ções”, destaca.
As funcionalidades do Pressolub in-
cluem abastecimento de diesel e/ou bio-
diesel e fornecimento de: óleos lubrifi-
cantes e hidráulicos, graxa, ar comprimido
para acionamento de propulsoras e bom-
bas d’água pneumáticas, limpeza geral de
filtros e peças, além de calibragem e en-
chimento de pneus.
O conjunto abastecedor de diesel é
composto por: tanque com capacidade
para até 12.000 l, bomba centrífuga, veda-
ção, selo mecânico, carretel retrátil, man-
gueira de 10 m e bico abastecedor. “Para
evitar a contaminação do combustível, o
caminhão contém um filtro para diesel tipo
cartucho eliminador de partículas e água.
Além de elemento de papel hidrofóbico
coalescente com dois estágios de filtragem,
dreno para água e indicador de saturação,
que determina quando o combustível foi
contaminado e não pode mais ser utiliza-
do”, explica Cássia. Além disso, também
com função de proteção dos componen-
tes contra poeira, sol, chuva, por exemplo,
os compartimentos são blindados.
46 ABASTECIMENTO B. FOREST
A valorização do dólar em relação ao Real fez com que o volume de exportações dos
produtos brasileiros aumentasse. Confira esses e outros dados econômicos no boletim
mercadológico feito pelos profissionais da STCP
Análise Mercadológica
46 MERCADOB. FOREST
Foto
: Div
ulga
ção
47MERCADO B. FOREST
Indicadores Macroeconômicos
• Perspectivas Econômicas: Estima-se que a recuperação da economia brasileira será
mais lenta do que a anteriormente prevista. As projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) de
2015 ainda indicam retração em cerca de -1,97%, conforme relatório do BCB (Banco Central
do Brasil). Em 2016, a estimativa é que o PIB brasileiro apresente estagnação. Assim, com o
ajuste na política fiscal e monetária em andamento, espera-se que somente em 2017 a eco-
nomia apresente sinais de recuperação do crescimento.
• Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou varia-
ção positiva de 0,62% em Julho, inferior ao índice do mês anterior (0,79%). O IPCA acumulado
no ano (Jan-Jul) está em 6,83%, recorde para o período desde 2003, quando atingiu 6,85%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,56%. Para este ano, em que a inflação sentiu
o choque de reajustes das tarifas reguladas pelo Governo, principalmente de energia, o IPCA
está apresentando índices bem acima do teto da meta de inflação do BCB, que é de 6,5%.
• Taxa de Juros: Em Julho, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BCB elevou a
taxa Selic em mais 0,5 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. Trata-se da sétima alta
consecutiva, atingindo o maior patamar desde Agosto de 2006. Desta forma, com a taxa de
juros mais alta, o BCB tenta controlar a oferta de crédito e o nível de consumo, na expectativa
de segurar os níveis de inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito mais caro, os juros eleva-
dos prejudicam os níveis de investimento, aumentam o desemprego e, consequentemente, o
crescimento da economia brasileira.
• Taxa de Câmbio: Em Jul/2015 a taxa média cambial fechou em BRL 3,22/USD, resul-
tando em alta de 3,6% em relação à média do mês anterior. Na primeira semana deste mês, a
taxa atingiu BRL 3,53/USD. A alta taxa cambial gera efeitos positivos e negativos na economia
brasileira. Em linhas gerais, para a indústria nacional, significa estímulo ao aumento das expor-
tações, o que favorece na melhoria da balança comercial brasileira. Por outro lado, insumos
importados, para abastecer a indústria brasileira, tornam-se mais caros com a taxa valorizada.
Além disso, a contínua valorização da moeda norte-americana frente ao Real pressiona a
inflação, que já está alta, para cima, visto que produtos importados (insumos/produto final)
sofrem com o reajuste de preços em função da taxa cambial.
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48 MERCADOB. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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Tora de Pinus:
49ABASTECIMENTO B. FOREST
“Taxa cambial favorável e baixa demanda por
compensado e serrados no Brasil reforçam a
tendência de exportação”
Foto: Divulgação
50 MERCADOB. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: >
35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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Tora de Pinus:
51MERCADO B. FOREST
• Comentários - Tora de Eucalipto: Em função da atual conjuntura econômica no
país, a expectativa é que os preços de madeira em tora não apresentem grandes oscila-
ções nos próximos meses, à exceção de repasse gradual dos custos relativos aos reajus-
tes em tarifas de energia elétrica, água e transporte, bem como, aumento em custos de
mão de obra. No entanto, para alguns sortimentos, este repasse pode não ser integral em
função da menor atividade econômica em algumas regiões.
Devido à queda generalizada da demanda por produtos no país, a indústria brasileira
está produzindo menos, fazendo com que algumas metas de investimento na aquisição
de novas máquinas, por parte de empresas do setor florestal-madeireiro, tenham sido
adiadas, porém, sem horizonte pré-definido de retomada.
Em contra partida, empresas do setor que estão orientando sua produção para o co-
mércio internacional de produtos florestais manufaturados têm como aliada a taxa cam-
bial favorável. Esse comércio tem movimentado indiretamente o mercado de madeira
em tora (matéria-prima). Como exemplo, as exportações brasileiras de celulose aumen-
taram 10,5% (em volume) em Jul/2015 frente ao mês anterior. Alguns tipos de painéis,
como o MDF, que não eram exportados até o início do ano, estão sendo orientados ao
mercado externo. Este segmento, que tradicionalmente produz para o mercado interno,
exportou o total de 289 mil m³, no 1º semestre de 2015, segundo dados do Ibá (Industria
Brasileira de Árvores), representando crescimento de 48,2% frente ao mesmo período do
ano anterior (195 mil m³).
• Comentários - Tora de Pinus: O mercado de tora de pinus ainda reflete o ex-
cedente de oferta de toras finas em alguns Estados, com empresas consumidoras de
madeira em tora do mercado limitando suas cotas de compra, o que pode refletir nos
preços do produto. De qualquer forma, os repasses dos custos relativos aos reajustes em
tarifas de energia elétrica, água e transporte, bem como, aumento em custos de mão de
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52 MERCADOB. FOREST
obra, deverão ocorrer de forma gradual.
Por outro lado, a volatilidade do câmbio somada ao redirecionamento de mercado
pode trazer pressão sobre os preços de tora para processo/celulose nos próximos meses.
As exportações de compensado de coníferas (pinus) vêm aumentando a cada mês. Com
a contínua valorização do dólar e a construção civil norte-americana aquecida, a ten-
dência é que os volumes exportados de compensado e serrados, aumentem em Agosto,
assim como, nos próximos meses. O mercado externo aquecido com uma taxa cambial
favorável, além da baixa demanda por compensados e serrados no Brasil, em função da
menor demanda pelo setor da construção civil, reforça a tendência das empresas em
orientar seus produtos a outros países. No entanto, as empresas estão efetivamente pre-
paradas para este mercado?
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53MERCADO B. FOREST
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54 MERCADOB. FOREST
Minusa oferece soluções completas para o sistema de colheita CTL com o know-how
da Logset
Tecnologia finlandesa no Brasil
Foto
: Div
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54 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST
55MOMENTO EMPRESARIAL B. FOREST
A Finlândia é um país mundialmente conhecido pela atividade florestal. Lá, foram de-
senvolvidas várias máquinas e equipamentos com tecnologia de ponta que fazem suces-
so em todo o mundo. Do outro lado do globo, o Brasil também é referência quando o
assunto é floresta plantada. Para fazer essa ligação e pensando em fortalecer ainda mais
o mercado brasileiro a Minusa trouxe para o país as máquinas da empresa finlandesa Lo-
gset, que está presente no mercado mundial há mais de 25 anos e em mais de 30 países.
Graças à parceria, a Minusa disponibiliza em seu portfólio soluções completas para
o sistema de colheita CTL (Cut-to-Lenght). De acordo com Alberto Vilamaior Junior,
gerente de importação e exportação da Minusa, o CTL é o principal sistema de colheita
utilizado nos países escandinavos, onde teve sua origem, devido ao manejo das florestas
europeias, além de possibilitar o transporte da madeira processada do interior da flores-
ta diretamente para as laterais das estradas. “Este também é o sistema de colheita mais
empregado no Brasil atualmente, correspondendo a aproximadamente a 70% de todo o
sistema mecanizado para colheita de eucalipto”, afirma.
Entre a gama de produtos da Logset disponibilizados pela Minusa no Brasil estão: seis
modelos de cabeçotes - TH45, TH55, TH65,TH75 TH75X e TH85; cinco modelos de Har-
vesters de pneus - 5HP GT, 6HP GT, 6HP GTE, 8H GT E 8H GTE; sete modelos de Fo-
rwarders 8x8 - 4F, 5F, 5FP, 6F, 8F,10F e 12F; e um acessório multifuncional, o TH Xtender.
Entre os equipamentos citados, Alberto destaca o cabeçote TH65 e o Forwarder 8F
GT. “O TH65 é versátil e foi desenvolvido para aplicação desde o desbaste até o corte
raso. Compacto para operações de desbastes, mas também potente para cortar árvores
com até 65 cm de diâmetro”, detalha.
Alberto ressalta que a grande potência e pouco peso do implemento, torna-o ade-
quado para gruas de longo alcance. “Estão disponíveis muitas opções para as diferentes
necessidades dos clientes, como por exemplo, rolos de alimentação alternativos, kits de
processamento de galhos, bioenergia, sortimento e tratamento de cepo”, acrescenta.
Além destas características físicas e mecânicas, o cabeçote conta com o sistema de
medição TOC-MD, que otimiza todo o processo garantindo a qualidade da medição. O
pré-descasque automático, juntamente com o controle de tração e o descasque auto-
mático, garantem resultados finais de qualidade.
56 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST
Os níveis de automação flexível e o modo de sequência ajudam o operador a obter
uma maior produtividade. “As sequências se adaptam às fases de trabalho, proporcio-
nando ao operador a liberdade de interromper a operação ou continuar o processo”,
completa Alberto. De acordo com o gerente, o cabeçote forma um excelente par com o
Harvester 8H GT.
Projetado para operar em terrenos acidentados e florestas densas, seja no transporte
de árvores pesadas, desbastes ou cortes rasos, o gerente de importação e exportação da
Minusa explica que, o Forwarder 8F GT foi desenvolvido com componentes de alta qua-
lidade que prolongam sua vida útil e reduzem os custos de manutenção. Já as soluções
técnicas proporcionam durabilidade e economia, reduzindo a manutenção.
Durante 20 anos, a Logset pesquisou e desenvolveu o chassi dos Forwarders GT, o
resultado foi maior robustez e melhor distribuição de peso para um deslocamento mais
suave em terrenos difíceis. Alberto ressalta que o 8F GT tem uma cabine moderna e es-
paçosa, com boa disposição dos joysticks de controle, o que diminui o esforço no alcan-
Foto: Divulgação / Malinovski Florestal
57MOMENTO EMPRESARIAL B. FOREST
ce. “Além disso, o assento do operador possui um sistema de suspensão a ar podendo
ser equipado com nivelamento automático e sistema de ventilação. A visão pela cabine é
ampla, seja na condução ou no carregamento”, acrescenta. “Por fim, ainda vale lembrar
que os Forwarders Logset possuem mais de 180 opcionais disponíveis para configurar o
equipamento de acordo com a necessidade do cliente”, assevera Giuseppe Rosa, coor-
denador comercial da Minusa.
Por ter o posicionamento de proximidade com o cliente, além de fornecer serviços,
máquinas, peças e implementos, a Minusa também disponibiliza uma série de programas
para garantir o bom funcionamento de seus produtos. “Temos o programa Sua Máquina
Não Para, Monitoramento Técnico e também os Treinamentos On The Job”, conta Al-
berto. Esses programas, segundo ele, nivelam o conhecimento, facilitam o uso das tec-
nologias e aumentam a produtividade das máquinas e componentes, minimizando assim
paradas não programadas.
Mais informações: www.minusa.com.br
58 NOTASB. FOREST
A pedido dos clientes, a Rayco lançou o Mulcher C160, uma evolução da linha já
disponibilizada pela marca. A máquina, que tem motor a diesel de 160 cv, é indicada
para operações que exigem um Mulcher potente em um chassi compacto.
O C160 pesa menos de 8.000 kg e tem uma largura total de 211 cm, o que facilita
o transporte, mas ao mesmo tempo proporciona agilidade em operações nas quais
trituradores maiores não operam.
A cabine tem porta de entrada lateral, boa altura de elevação, assento com sus-
pensão aquecida e ar-condicionado. Além disso, todos os medidores e controles
estão localizados em um display LCD que inclui uma câmera retrovisora.
Mulcher Rayco C160
59TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST
60 NOTASB. FOREST
Visando a segurança do operador florestal, a Stihl lançou
os macacões Advance X-Treem. Especialmente desenvolvi-
dos para as operações florestais, eles apresentam inovações
para melhorar a mobilidade e segurança. Entre as novidades
estão o ProElast, um sistema de distensão que proporciona
liberdade de movimentos e respirabilidade, com várias aber-
turas de zíper para a regulagem da temperatura corporal.
Mesmo confeccionado com tecido maleável, a tecnologia
AVERTIC™ proporciona proteção contra cortes e possui cer-
tificação EM 381.
A silvicultura pode sair da lista de atividades poluidoras e ficar isenta da Taxa de Con-
trole e Fiscalização Ambiental. É o que prevê projeto do senador Alvaro Dias (PSDB-PR)
aprovado no início de agosto na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. A proposta
já seguiu para a Comissão de Meio Ambiente.
“A atividade de plantio florestal é reconhecida por sua capacidade de proporcionar
benefícios ambientais e sociais. De acordo com informações da Ibá (Indústria Brasileira
de Árvores), o país precisa aproveitar e incentivar de maneira eficaz o potencial do setor
de florestas plantadas – que gera 4,5 milhões de empregos – eliminando as principais
barreiras que atrapalham o avanço do setor cuja cadeia produtiva compreende uma di-
versidade de produtos como madeira para construção civil, papel e celulose, painéis de
madeira, carvão vegetal e biomassa, entre outros”, justificou o senador. Ele completou
dizendo que a silvicultura ainda contribui com geração de emprego e renda, produção
de diversos benefícios ambientais e não deveria ser mantida como com o rótulo de
atividade poluidora e submetida a licenciamento ambiental burocrático e dispendioso.
Macacões de trabalho florestal
Projeto de lei tenta tirar a silvicultura da lista de atividades poluidoras
61NOTAS B. FOREST
62 NOTASB. FOREST
A nova opção de grua oferecida pela Komatsu Forest torna a máquina capaz de
realizar, de forma mais eficaz, operações como a coleta de resíduos quando a ma-
deira está mais longe do Forwarder. O 895 é o maior modelo da Komatsu e, quando
combinado com a grua Combi, aumenta a força de elevação e alcance. A versão
com um lança telescópica tem um alcance de 8,5 m, enquanto a lança telescópica
dupla oferece 10 m alcance. A grua tem alto torque de elevação para também dar
boa resistência em pleno alcance, isso permite que as cargas tenham apoio integral.
A cabine tem novo design com novidades como blocos deslizantes ajustáveis
para evitar jogo entre as seções da barra, amortecimento hidráulico em ambas as
posições finais do cilindro e rolamentos individuais para todas as mangueiras e ca-
deia de rodas de um mesmo eixo.
Komatsu Forest introduz uma nova opção de grua para o Forwarder 895
Foto: Divulgação / Komatsu
63NOTAS B. FOREST
Um novo método de aplicação para combate biológico à vespa da madeira pode
reduzir os custos desta atividade quase pela metade. A inovação é a utilização de
um hidrogel para aplicar o nematoide Deladenus (Beddingia) siricidicola, inimigo
natural dessa vespa que é considerada a principal praga do pinus no Brasil. O méto-
do simplificou a aplicação convencional que utiliza uma gelatina e demanda muito
mais mão de obra, tempo e estrutura.
Esse novo tipo de aplicação, que possibilita uma redução de 46,5% nos custos
e 66,7% no tempo de execução da atividade, foi desenvolvido por pesquisadores
da Embrapa Florestas (PR) com apoio do Funcema (Fundo Nacional de Controle
de Pragas Florestais), que desde 1989, investigam métodos de combate à vespa da
madeira pelo manejo integrado de pragas.
A pesquisadora da Embrapa Florestas, Susete do Rocio Chiarello Penteado, con-
ta que o desenvolvimento da nova tecnologia para a substituição da gelatina por
outro espessante objetivou a facilitar o preparo, com uma otimização do processo
de inoculação e padronização da atividade. Aliado a essas características, o novo
espessante deveria proporcionar, também, a redução dos custos do processo e
manter a eficácia no controle da praga. Segundo Susete, entre os diversos espes-
santes testados, o hidrogel revelou o menor custo, não afetou a sobrevivência do
nematoide e apresentou maior estabilidade quando armazenado em geladeira.
Nova técnica torna o combate à vespa da madeira mais simples
Foto: Vespa da Madeira
64 NOTASB. FOREST
Representantes da diretoria da APRE (Associação Paranaense de Empresas de
Base Florestal) entregaram ao governador Beto Richa, um documento com as con-
tribuições e demandas para desenvolvimento do setor florestal no Estado do Para-
ná. Entre os pontos levantados pela APRE, estão: minigeração distribuída de energia
usando madeira de floresta plantada, que é, hoje, uma das melhores alternativas
para a crise energética, porque agrega sustentabilidade ao desenvolvimento social;
apoio dos poderes constituídos para minimizar e barrar movimentos ideológicos
contrários à atividade, pois o plantio florestal vem se desenvolvendo a passos largos
no Estado; e uma posição firme e justa do poder público para garantir a segurança
jurídica da manutenção da ordem no campo e do direito à propriedade com relação
às invasões de terra que vêm acontecendo no Paraná.
Com relação à invasão de terras, tema sobre o qual o governador foi questio-
nado a tomar um posicionamento, Richa disse que desde o início, o governo tem
tentado segurar os conflitos agrários, trazendo tranquilidade para os produtores e
mantendo a relação de diálogo entre os produtores e os movimentos sociais. Ago-
ra, o Estado está buscando apoio do Governo Federal para resolver o mais rápido
possível e de forma pacífica possíveis situações.
Demandas do setor florestal paranaense
Foto: Agência Estadual de Notícias
65ABASTECIMENTO B. FOREST
66 NOTASB. FOREST
No início de agosto, foram registrados focos de incêndio nas áreas da Araupel.
O incêndio foi determinado como criminoso e atingiu uma reserva legal. De acordo
com a empresa, os focos de incêndio começaram, durante a madrugada, em uma
área de floresta plantada devastada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) e se alastrou durante o dia.
Foram três focos de incêndio, nas proximidades do acampamento Herdeiros da
terra de 1.º de maio, que fica na divisa dos municípios de Rio Bonito do Iguaçu e
Quedas do Iguaçu, região Centro-Sul do Paraná. Ao todo, 186 ha ficaram em cha-
mas. A Araupel acusa o MST, que refuta a acusação.
Como a propriedade das terras já foi legitimada, por determinação jurídica, para
a Araupel, é inadmissível que vândalos que se dizem trabalhadores rurais continuem
a destruir propriedades privadas e o que nelas é produzido. A Revista B.Forest con-
dena as atitudes e cobra uma postura rígida das autoridades.
Invasões da Araupel continuam
67NOTAS B. FOREST
Pela primeira vez na história o setor florestal participou de uma reunião da ABAG
(Associação Brasileira do Agronegócio). Com o tema “Sustentar é integrar”, o 14º
Congresso Brasileiro do Agronegócio destacou que a agricultura brasileira vem
dando uma lição ao mundo e que o setor florestal é parte importante disto. De
acordo com Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Indústria Brasi-
leira de Árvores), a agricultura brasileira vem dando bons exemplos, principalmente
por conta da criatividade do produtor rural brasileiro em lidar com sérios problemas
de infraestrutura logística. No entanto, ela apresentou informações florestais que
o setor agrícola não conhecia, como, por exemplo, o fato de o Brasil ter a maior
produtividade do mundo, de ter os melhores e mais avançados estudos genéticos e
de ter apresentado, este ano, o primeiro eucalipto modificado geneticamente, além
de bem sucedidas produções e comercializações de celulose e papel para todo o
mundo.
O esperado é que o setor florestal passe a ser valorizado nacionalmente assim
com outras culturas agrícolas.
Setor florestal participa pela primeira vez de um congresso da Abag
Foto: Divulgação
68 NOTASB. FOREST
Siebert realiza demonstração do Urraco 75, um triturador de cascas, raízes, ga-
lhos e copadas de árvores
A Siebert, em parceria com a Lindner Mobile Shredder GmbH, fornece ao merca-
do brasileiro, trituradores primários de grande porte que são indicados para prepa-
ração de resíduos para as próximas etapas de co-processamento, como a geração
de energia, compostagem ou redução de volume para transporte.
Para demonstrar o triturador Urraco 75, a Siebert organizou uma série de exibi-
ções da máquina em funcionamento. O evento denominado “Transforme Resíduos
em Resultados” reuniu profissionais interessados na casca do eucalipto. A Revista
B.Forest esteve presente e cobriu com exclusividade o evento. De acordo com Udo
Siebert, proprietário da empresa, o público convidado para as demonstrações foi
selecionado pela área de atuação. “O Urraco 75 é bem aceito por fabricantes de
painel, fábricas de celulose e reciclagem.” Entre os materiais picados estavam casca
de eucalipto molhadas, toras inteiras de várias espécies.
Segundo Udo, os trituradores Urraco se diferenciam pelas inovações tecnológi-
cas que apresentam. “Isto se deve a tradicional qualidade alemã”, afirma. A produti-
vidade média do Urraco 75 é de 55 toneladas de madeira por hora. Além disso, ele
tem baixo consumo de combustível e homogeneidade granulométrica, garantindo
um resultado padrão do resíduo triturado.
“Além da tora inteira, é possível triturar cascas (inclusive de eucalipto), raízes,
galhos e copadas de árvores, possibilitando maior rendimento da matéria-prima, o
que propicia maior economia com a gestão dos resíduos”, explica Udo.
No vídeo a seguir, veja o vídeo do Urraco 75 em operação, triturando casca de
eucalipto molhada.
Transforme Resíduos em Resultados
69NOTAS B. FOREST
70 NOTASB. FOREST
A Secretaria da Agricultura e do Abas-
tecimento e o Instituto de Florestas do
Paraná lançaram o livro “Mapeamento
dos Plantios Florestais do Estado do Pa-
raná”. A publicação traz o levantamen-
to completo de todas as áreas plantadas
com pinus e eucalipto no Estado, que
somam 1.066.479 hectares.
“O levantamento da área plantada de
florestas é um valioso instrumento que
irá orientar a execução e planejamen-
to das políticas públicas para fomentar
e auxiliar esse setor, que é fundamen-
tal para economia. Com a precisão das
informações, será possível fazer mais e
melhor”, avaliou o governador Beto Ri-
cha.
A tiragem é de mil unidades para dis-
tribuição entre o público interessado e
estará também disponível em PDF para
download no site do Instituto de Flores-
tas. O objetivo é disponibilizar as infor-
mações necessárias para a constituição
de base técnica para atrair mais investi-
dores e também direcionar linhas de fi-
nanciamento.
De acordo com o secretário da Agri-
cultura e do Abastecimento, Norberto
Ortigara, o levantamento servirá para
atração de novos investimentos. “Este é
um setor importante que, diferente dos
outros, está contratando e investindo”,
afirmou. Ele ressaltou que o levanta-
mento não se esgota com a publicação
do livro.
Para baixar o livro: clique aqui
Governo do Paraná lança livro sobre florestas plantadas
71NOTAS B. FOREST
A equipe da Malinovski Florestal presta sua homenagem a Anderson Kaiser, dire-
tor comercial da Bruno Industrial. Anderson residia em Curitiba (PR) e seguia para
o trabalho em Campos Novos (SC), na manhã do dia 27 de julho, quando seu carro
colidiu com outro veículo. O acidente aconteceu na BR116, em Mafra (SC). Ander-
son deixa a esposa e dois filhos.
Além de grande profissional, Anderson era um amigo e uma pessoa muito res-
peitada no setor. A equipe da Malinovski Florestal lamenta esta perda.
Perda para o setor
Foto: Kaiser
72 VÍDEOSB. FOREST
73VÍDEOS B. FOREST73FOTOS B. FOREST
74 VÍDEOSB. FOREST 74 VÍDEOSB. FOREST
75VÍDEOS B. FOREST75VÍDEOS B. FOREST
77AGENDA B. FOREST
2015
2015
SET
SET
23
07
SETEMBRO
Florestar 2015
Quando: 23 e 24 de setembro de 2015
Onde: Cuiabá (MT)
Informações: https://eventioz.com.br/e/florestar-2015-11-encontro-de-reflores-tadores-no-e
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde: Durban (África do Sul).
Informações: www.fao.org/forestry/wfc
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Linz (Áustria).
Informações: www.formec.org
2015
OUT
06
OUTUBRO
Austrofoma
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Hochficht (Áustria).
Informações: www.austrofoma.at
2015
OUT
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.apreflorestas.com.br
78 AGENDAB. FOREST
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde: Concepción (Chile).
Informações: www.expocorma.cl
2016
MAR
09
MARÇO
Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção.
Feiras do Setor Madeireiro.
Quando: 09 a 11 de Março de 2016
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.lignumbrasil.com.br
2015
OUT
22
OUTUBRO
5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máqui-
nas Florestais
Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.malinovski.com.br
79AGENDA B. FOREST