b.forest - a revista eletrônica do setor florestal - edição 09 ano 02 n° 06 2015

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Desenvolvimento Florestal: tecnologia e segurança tem tornado o Brasil mais competitivo.

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Page 2: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta.Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa novaSérie L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.

Ao longo dos últimos anos, temos visto nossas sugestões e ideias se transformarem em equipamentos com alto padrão de qualidade. Nós ajudamos a criar uma máquina mais durável, eficiente e confortável do que imaginávamos.

O jOgO mudOu.de nOvO.

Jack McFarland, CAG member McFarland Timber. Winnfield, Louisiana JohnDeere.com.br/Florestal

AF_6570 Game Changers - ANÚNCIO PÁG DUPLA SÉRIE L - B. Forest.indd 1 27/05/15 16:23

Page 3: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

1EXPEDIENTE B. FOREST

Na John Deere, sempre procuramos tornar mais eficiente o trabalho na floresta.Com esse objetivo e a visão especializada de nossos clientes, desenvolvemos a nossa novaSérie L de Skidders e Feller Bunchers de pneus. Suas grandes cabines possuem partida sem chave e opções adaptáveis de controle. Também contam com recursos de manutenção aprimorados, como o JDLink™ e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos para serem os melhores na floresta.

Ao longo dos últimos anos, temos visto nossas sugestões e ideias se transformarem em equipamentos com alto padrão de qualidade. Nós ajudamos a criar uma máquina mais durável, eficiente e confortável do que imaginávamos.

O jOgO mudOu.de nOvO.

Jack McFarland, CAG member McFarland Timber. Winnfield, Louisiana JohnDeere.com.br/Florestal

AF_6570 Game Changers - ANÚNCIO PÁG DUPLA SÉRIE L - B. Forest.indd 1 27/05/15 16:23

Page 4: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

2 EXPEDIENTEB. FOREST

Indíce04

07

14

28

38

52

82

95

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

SEGURANÇA

TRÊS LAGOAS FLORESTAL

LIGNA

MERCADO

102

106

NOTAS

FOTOS

Page 5: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

3EXPEDIENTE B. FOREST

“Minha indicação para a presidência do ICFPA

reflete o reconhecimento da importância do setor florestal brasileiro no cenário mundial”

107 VÍDEOS

Presidente executiva da Ibá

Elizabeth de Carvalhaes

Foto

: Div

ulga

ção

109 AGENDA

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4 EXPEDIENTEB. FOREST

O desenvolvimento das florestas plantadas está diretamente ligado ao combate de

pragas. Além das conhecidas formigas, outras têm se tornado um desafio para os pro-

dutores florestais. Na matéria principal, conheça quais são elas, como afetam o plantio

e as formas de combate e prevenção.

Como novidade da edição e, principalmente no setor, a B.Forest passa a publicar,

mensalmente, um Boletim Informativo mercadológico assinado pela STCP. Nele, serão

encontradas informações sobre mercado, índices econômicos e de produção, entre

outras informações que o setor estava carente.

Entre os outros temas abordados estão: a escolha adequada do caminhão para o

transporte de madeira e a importância da segurança nas operações florestais - tema do

Encontro Brasileiro de Segurança Florestal, realizado no final de maio, em Curitiba.

Além disto, confira o que as grandes marcas apresentaram durante a segunda edição

da Três Lagoas Florestal e os detalhes da Ligna, feira que aconteceu no último mês, na

Alemanha.

Para fechar a edição, fique por dentro dos novos desafios de Elizabeth de Carvalhaes,

presidente executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), que recentemente, assumiu

a presidência do ICFPA (International Council of Forest & Paper Associations).

Saudações florestais!

Novidades à vista!

4 EDITORIALB. FOREST

Page 7: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

5EXPEDIENTE B. FOREST

Expediente:

Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski

Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski

Editora: Giovana Massetto

Jornalista: Amanda Scandelari

Designer Responsável: Vinícius Vilela

Financeiro: Jaqueline Mulik

Conselho Técnico:

Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas

para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Ope-

rações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas),

Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da

Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Ju-

nior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da

John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu

Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).

B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal

Edição 09 - Ano 02 - N° 06 - Junho 2015

Foto de Capa: Roder

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) – CEP:80040-455

www.malinovski.com.br / [email protected]

© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.

Page 8: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

6 EXPEDIENTEB. FOREST

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7EXPEDIENTE B. FOREST

Foto

: Div

ulga

ção

7ENTREVISTA B. FOREST

Page 10: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

8 ENTREVISTAB. FOREST

Novos desafiosElizabeth de Carvalhaes Presidente executiva da Ibá

Formada em Letras com PhD em Língua

e Literatura alemã, Elizabeth de Carvalhaes

entrou no mundo florestal de uma forma

não convencional. Mulher, determinada e

respeitada no setor, a presidente executiva

da Ibá (Indústria Brasileira da Árvores) as-

sumiu recentemente a presidência ICFPA

(International Council of Forest & Paper

Associations). Em entrevista exclusiva para

a Revista B.Forest, Elizabeth fala sobre os

desafios de assumir um cargo internacio-

nal e conta como se destacou em uma

área maioritariamente masculina. Confira!

Sua ligação com o setor florestal se deu

de uma forma bem peculiar. Pode nos

contar essa história?

Iniciei minha carreira na Volkswagen.

Apesar de, no começo, não entender nada

sobre a fabricação de automóveis, fala-

va fluentemente alemão. Por isso, atuei

na área de exportação da companhia. E,

antes mesmo de completar um ano de

empresa, comecei a trabalhar com países

árabes, especialmente o Iraque, para onde

viajei em algumas ocasiões e conheci um

cenário bastante diferente do Brasil. Essa

experiência foi definitiva para minha car-

reira. Em menos de dois anos, fui promo-

vida e passei a atuar nas negociações com

governos, no Brasil e no exterior.

Depois de 26 anos lá, onde me espe-

cializei em negociações internacionais e

governamentais, e por minha atuação na

Anfavea (Associação dos Fabricantes de

Veículos Automotores), fui convidada a

assumir a presidência executiva da Bra-

celpa (Associação Brasileira de Celulose e

Papel), em 2007, onde fiquei até a criação

da Ibá, em 2014. O desafio era ampliar o

diálogo do setor com as autoridades pú-

blicas, o Congresso Nacional e os mais di-

ferentes públicos de interesse, além de re-

forçar a imagem dessa indústria e de seus

8 ENTREVISTAB. FOREST

Page 11: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

9ENTREVISTA B. FOREST9ENTREVISTA B. FOREST

Foto: Divulgação

“A determinação é fundamental para um profissional fazer a diferença no mundo

corporativo”

Elizabeth de Carvalhaes

Page 12: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

10 ENTREVISTAB. FOREST

“A participação do Brasil nesse conselho é importante por nos permitir interagir com outros países, debatendo temas comuns, e aprender

sobre as particularidades das diferentes regiões do mundo”

atributos, especialmente os de sustentabi-

lidade, no mercado internacional.

Já ocupou vários cargos importantes

em áreas fortemente masculinas. Como

você se sente em relação a isso?

Desde o início da minha carreira,

aprendi que a determinação é fundamental

para um profissional fazer a diferença

no mundo corporativo. Refletindo sobre

minha trajetória, aprendi que as mulheres

chegam aos resultados porque, muitas

vezes, são mais simples e vão direto ao

ponto. Nós conversamos mais e sabemos

a importância de ouvir o outro. Essa

postura tem efeitos fantásticos no nosso

dia a dia. Além disso, procuro falar na

primeira pessoa do plural, coletivizando o

poder e as decisões.

É Presidente Executiva da Ibá, que

desafios esse cargo proporcionou a sua

carreira?

A Ibá representa a cadeia produtiva de

árvores plantadas completa, da matéria-

-prima até o consumidor. São diferentes

segmentos – painéis de madeira, pisos

laminados, celulose, papel, carvão

vegetal e biomassa para fins energéticos,

entre outros – cada qual com as suas

particularidades e com demandas

específicas. Sem dúvida, este é o grande

desafio que estar à frente da Ibá me

proporciona diariamente: defender os

temas transversais a todos os segmentos,

assim como as questões específicas a

Page 13: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

11ENTREVISTA B. FOREST

cada um.

Recentemente assumiu a presidência

do ICFPA, além de ser uma mulher

presidindo, é a primeira vez que uma

associação do Hemisfério Sul assume o

comando da entidade. Como você avalia

isso?

A indicação para a presidência do ICFPA

reflete o reconhecimento da importância

do setor florestal brasileiro no cenário

mundial. A indústria brasileira de árvores

plantadas é uma das mais sustentáveis do

mundo, e investe continuamente na busca

por soluções inovadoras para o mercado

brasileiro e global.

É uma oportunidade para oferecer um

ponto de vista diferente. É uma relação

de ganha-ganha. Além disso, destaco

a importância de, pela primeira vez, a

América do Sul liderar a entidade o que

permitirá acrescentar novos temas às

discussões.

Qual o papel da entidade a nível

mundial? Qual a importância do Brasil

nesse conselho?

O ICFPA é um fórum global de indústrias

de base florestal que visa promover a

cooperação mundial em temas de interesse

comum para as empresas de seus países

membros. A organização representa 23

associações setoriais de 33 países.

A participação do Brasil nesse conselho

é importante por nos permitir interagir com

outros países, debatendo temas comuns,

e aprender sobre as particularidades das

diferentes regiões do mundo.

Quais serão os benefícios para o

setor florestal brasileiro em ter um

representante do país na presidência?

Ao assumir a presidência, teremos

grandes oportunidades de apresentar ao

mundo o modelo brasileiro da indústria

de base florestal, além de disseminar a

agenda do setor nos principais fóruns

internacionais, a exemplo da FAO

(Organização das Nações Unidas para

Alimentação e Agricultura) e o WBCSD

(World Business Council for Sustainable

Development).

O Brasil já é reconhecido mundialmente

Page 14: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

12 ENTREVISTAB. FOREST

pelas vantagens produtivas do setor

florestal e pelos resultados do setor de

celulose e papel. Acredita que ter sido

escolhida como representante do ICFPA

confirma essa importância?

Sim. O Brasil é reconhecido

mundialmente pela sua expertise em

árvores plantadas. Além de termos as áreas

mais produtivas, o país se destaca pelo

valor social desses plantios – a geração de

emprego e renda, a fixação do homem no

campo e a promoção do desenvolvimento

das comunidades no entorno das fábricas.

Também ressalto que esta indústria

promove a geração de serviços ambientais,

a absorção de carbono e a manutenção da

biodiversidade. E, por fim, destaco que esta

indústria é altamente inovadora e detém

grande conhecimento em biotecnologia,

transgenia e nanotecnologia.

Acredita que assumindo esse cargo, o

setor florestal brasileiro poderá fortalecer

sua imagem em nível mundial?

Sim, queremos apresentar ao mundo

o potencial das árvores plantadas para

fabricar produtos essenciais no dia a dia

da população, ao mesmo tempo em que

contribuem com a conservação ambiental

e o desenvolvimento de capital humano

das comunidades ao redor do mundo.

Quais são suas principais metas como

presidente do ICFPA? E quais serão os

desafios?

À frente do ICFPA, o grande desafio

para a Ibá e para mim será equilibrar

interesses distintos em uma única agenda

global, diante de um cenário econômico

adverso. Em 2015, o foco da atuação

será a colaboração das indústrias de base

florestal na mitigação dos efeitos das

mudanças climáticas, com destaque para

a participação do ICFPA, na Conferência

das Nações Unidas, a COP21, que, em

dezembro, deverá estabelecer um novo

Acordo Climático Mundial. Entre os outros

desafios desta indústria, que serão tratados

com prioridade nos próximos anos,

destaco a importância das certificações, a

eficiência no uso de recursos naturais, o

combate ao desmatamento e um debate

mais aprofundado sobre biotecnologia

arbórea.

Page 15: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

13ENTREVISTA B. FOREST

Page 16: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

14 PRINCIPALB. FOREST

Estre as pragas florestais que mais devastam os plantios de pinus e eucalipto estão as

formigas cortadeiras, mas os intrusos prejudiciais às florestas vão além delas. Para comba-

tê-los é preciso saber como identificá-los e as formas de controlá-los

Pragas florestais: muito além das formigas

14 PRINCIPALB. FOREST

Page 17: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

15PRINCIPAL B. FOREST

Percevejo bronzeado Foto: Francisco Santana

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16 PRINCIPALB. FOREST

A praga de florestas plantadas mais

conhecida é a formiga cortadeira

do gênero Atta. Segundo alguns

pesquisadores, um formigueiro adulto

precisa de uma tonelada de folhas para

sobreviver durante um ano, o que signifi-

ca 86 eucaliptos e 161 pinus adultos. No

entanto, as formigas não são as únicas

pragas que causam prejuízos às florestas

plantadas. A Embrapa Florestas destaca,

entre várias outras, mais três relevantes

para pinus e cinco para o eucalipto.

Propagação

Geralmente, quando uma espécie de

planta é introduzida em um novo ambien-

te ela permanece, por um período, livre do

ataque de pragas. Porém, com o passar

do tempo, pode ocorrer uma adaptação

tanto de pragas nativas, como a introdu-

ção e estabelecimento de pragas exóticas,

geralmente da mesma região de origem

de seu hospedeiro. Em ambos os casos, o

alimento abundante, associado à ausência

de inimigos naturais (para as pragas exó-

ticas), favorece o aumento populacional

destes organismos e, consequentemente,

a ocorrência de danos e prejuízos ao pro-

dutor.

A propagação vai depender do tipo da

praga. Por exemplo, brocas de madeira

podem ser propagadas por meio de ma-

deira infestada pelas larvas; insetos suga-

dores, como os pulgões e psilídeos, como

também podem ser disseminados pelo

vento.

Pinus

O cultivo de pinus pode ser atacado

por vespa-da-madeira (Sirex noctilio), pul-

gão-gigante-do-pínus (Cinara atlântica),

gorgulho-do-pínus (Pissodes castaneus) e

o macaco-prego (Cebus apella).

De acordo com Susete do Rocio Chia-

rello Penteado, pesquisadora da Embrapa

Florestas, o ataque da vespa-da-madeira

ocorre, geralmente, em plantios com ida-

de acima de 7 anos que estejam estressa-

dos. “Os sintomas são respingos de resina

no tronco; amarelecimento da copa; orifí-

cios de emergência na casca; e galerias no

interior da madeira, provocadas pelas lar-

vas e manchas azuladas, dispostas radial-

mente, ocasionadas pelo fungo secundá-

rio do gênero Botriodiplodia”, explica. Esta

praga causa a morte das árvores ao inserir,

durante a postura, uma muco-secreção

e esporos do fungo simbionte Amyloste-

reum areolatum.

Susete esclarece que no Brasil, a ves-

Page 19: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

17PRINCIPAL B. FOREST

“As fêmeas do pulgão-do-pinus vivem em média trinta dias,

originando cerca de 30 ninfas. O ciclo biológico pode variar em função da temperatura e nutrição da planta, tendo sido observados insetos com ciclo de 18 a até 46

dias”

Pulgão-do-pinus Foto: Francisco Santana

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18 PRINCIPALB. FOREST

pa-da-madeira apresenta um ciclo bioló-

gico de um ano, com revoada de outubro

a meados de janeiro e picos populacionais

entre novembro e dezembro. Em árvo-

res de diâmetros menores, bifurcadas ou

na copa das árvores mais desenvolvidas,

pode ocorrer uma geração de ciclo cur-

to, de três a quatro meses, cujos adultos

voam entre março e maio. No período de

revoada, os insetos acasalam e a fêmea, ao

efetuar a postura, deposita na árvore, além

dos ovos, um mucofitotóxico e esporos

de um fungo simbionte, o Amylostereum

areolatum. “Cada fêmea pode depositar na

madeira entre 300 e 500 ovos, em aproxi-

madamente cinco dias de vida”, destaca.

Os ovos dão origem a larvas que, ao se ali-

mentarem do fungo, constroem as gale-

rias, afetando a qualidade da madeira. Já o

muco fitotóxico, altera os processos fisio-

lógicos da planta, debilitando sua capaci-

dade de defesa, enquanto o fungo obstrui

os vasos de condução de seiva. “O efei-

to de ambos ocasiona a morte da planta”,

determina.

No início de 1989, pela portaria 031/89

do Ministério da Agricultura e do Abasteci-

mento, foi instituído o Programa Nacional

de Controle à Vespa-da-Madeira e tam-

bém criado o Fundo Nacional de Contro-

le à Vespa-da-Madeira. O programa visa,

fundamentalmente, o manejo integrado

da praga, pela adoção de medidas preven-

tivas (manejo florestal, medidas quaren-

tenárias e monitoramento para detecção

precoce) e medidas de controle biológico,

pela utilização dos inimigos naturais (ne-

matoides e insetos parasitóides). A produ-

ção do nematóide, Deladenus siricidicola,

o mais importante inimigo natural da ves-

pa-da-madeira, é realizada pela Embrapa

Florestas. O nematóide é distribuído aos

produtores de pinus, na forma de doses de

20 ml, contendo, cada uma, cerca de um

milhão de nematoides, suficiente para o

tratamento de aproximadamente 10 árvo-

res. Os nematóides são inoculados nas ár-

vores infestadas e irão esterilizar as fêmeas

do inseto, com uma média de controle de

70%. Além do nematóide a vespa-da-ma-

deira tem outros inimigos como os parasi-

toides, Ibalia leucospoides, Rhyssa persu-

asoria e Megarhyssa nortoni.

Em viveiros e plantios de até dois anos

de idade, a praga que mais atinge a floresta

é o pulgão-gigante-do-pinus. De acordo

com Susete, os sintomas são: clorose das

acículas, com alguns ponteiros ou ramos

que se tornam marron-avermelhados; afi-

lamento de ramos e o entortamento do

Page 21: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

19PRINCIPAL B. FOREST

caule; presença de um fungo, responsável

pelo aparecimento da fumagina, que dá

um aspecto enegrecido à planta; e a pre-

sença de formigas associadas.

“As fêmeas vivem em média 30 dias,

originando cerca de 30 ninfas. O ciclo bio-

lógico pode variar em função da tempera-

tura e nutrição da planta, tendo sido ob-

servados insetos com ciclo de 18 a até 46

dias”, explica a pesquisadora da Embrapa

Florestas. A ocorrência do pulgão é mais

frequente durante o outono e inverno,

porém é encontrada também na prima-

vera e verão. O controle é realizado pelo

parasitoide Xenostigmus bifasciatus, que

irá parasitar tanto ninfas como adultos do

inseto.

Finalizando as pragas de pinus, o gor-

gulho-do-pinus ataca plantios jovens e

estressados. “Entre os sintomas estão ra-

mos amarelados, respingos de resina no

caule, devido à postura. Os ponteiros ata-

cados ficam tortos e apresentam murcha

e clorose progressiva das acículas”, conta

Susete.

Ela explica que o desenvolvimento do

ovo à fase adulta dessa praga pode variar

em até 12 meses, dependendo da tem-

peratura. Os adultos podem sobreviver

até 20 meses. “Os picos populacionais de

Vespa da MadeiraFoto: Francisco Santana

Page 22: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

20 PRINCIPALB. FOREST

emergência dos adultos ocorrem na pri-

mavera e verão. O monitoramento e con-

trole de P. castaneus têm sido feito com

toretes armadilha, que atraem os adultos,

que posteriormente são eliminados pelo

uso de inseticidas aplicados nos toretes

armadilha”, destaca.

Eucalipto

Entre as pragas que afetam os plantios

de eucalipto, os mais importantes são:

vespa-da-galha (Leptocybe invasa), per-

cevejo bronzeado (Thaumastocoris pe-

regrinus), psilídeo-de-concha (Glycaspis

brimblecombei), gorgulho-do-eucalipto

(Gonipterus platensis) e besouro amarelo

(Costalimaita ferruginea vulgata).

De acordo com o pesquisador Leo-

nardo Rodrigues Barbosa, a vespa-da-ga-

lha ataca as folhas do eucalipto forman-

do galhas nas nervuras centrais, pecíolos

e ramos finos. “Essas galhas causam de-

formação nas folhas, quando presentes

na nervura central e pecíolo; e desfolha e

seca de ponteiros, quando presentes nos

ramos mais finos”, completa. Segundo

ele, a fêmea da vespa-da-galha deposita

os ovos nas gemas apicais, onde se inicia

o processo de formação da galha, que se

torna visível após algumas semanas. “São

cinco os estágios de desenvolvimento. O

primeiro começa de uma a duas semanas

após a oviposição e o ciclo total dura cer-

ca de 130 dias”, observa Leonardo. Entre as

medidas preventivas está o transporte de

mudas e material vegetativo somente com

certificação de garantia de ausência do in-

seto. “Além disso, pesquisas estão sendo

conduzidas para avaliar a eficiência do pa-

rasitoide Selitrichodes neseri introduzido.

Outra estratégia importante é a seleção de

materiais genéticos resistentes”, comple-

Vespa-da-galhaFoto: Divulgação

Page 23: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

21PRINCIPAL B. FOREST

Outro entrave encontrado no plantio do pinus é o macaco-prego, um animal que ata-

ca a copa das árvores. Alguns especialistas o consideram uma praga silvicultural, outros

defendem que ele não pode ser considerado dessa forma. O fato é que ele descasca o

terço superior do tronco para se alimentar da seiva, que tem sabor adocicado. Letícia Du-

ron Cury, pesquisadora da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, salienta

que a medida que a superfície exposta pelo descascamento aumenta, aumenta também

a dificuldade de recobrimento do xilema por novos crescimentos da casca. O que leva a

deterioração da madeira e, no caso de anelamento, morte e queda da copa. “As árvores

atacadas ficam mais suscetíveis ao ataque da vespa-da-madeira, uma praga de pinus que

causa ainda mais prejuízos”, acrescenta.

Para o controle do ataque do macaco, são recomendadas medidas como a abertura da

floresta e limpeza da área, de forma que o ambiente torne-se menos atrativo aos animais.

Manter em dia o desbaste, fazer aceiros para evitar pontes naturais (galhos) entre a área

de pinus e a área de floresta nativa e criar barreiras de proteção às florestas de pinus com

outras culturas, tais como eucaliptos e araucárias, ou outras espécies que não sejam de

interesse do animal, são algumas das possíveis soluções para combater o macaco.

Macaco-prego

Foto: Divulgação

Page 24: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

22 PRINCIPALB. FOREST

menta o pesquisador.

O percevejo bronzeado é outro inseto

que prejudica a produtividade do eucalip-

to. Como resultado do ataque, as folhas

ficam prateadas e, na sequência, bronze-

adas. “Os danos associados a altas infes-

tações desse percevejo promovem uma

redução na taxa fotossintética, causando

desfolha, e em alguns casos, morte das

árvores”, menciona Leonardo. De acor-

do com o pesquisador, o ciclo de vida do

inseto varia com as condições climáticas,

podendo chegar a 60 dias. O controle é

feito por meio de um inimigo natural, o

parasitoide de ovos Cleruchoides noackae

(Hymenoptera: Mymaridae), apresentando

níveis de parasitismo próximos a 60%.

Outro inseto que preocupa os produ-

tores de eucalipto é o psilídeo-de-con-

cha. A infestação é apresentada por meio

de conchas brancas nas folhas, ramos e

troncos; a presença de um fungo respon-

sável pelo aparecimento da fumagina, que

proporciona aspecto preto à planta; e a

presença de formigas associadas. A pes-

quisadora da Embrapa Florestas, Dalva

Luiz de Queiroz, aponta que cada fêmea

dessa espécie coloca entre 45 e 700 ovos,

durante o período embrionário, que tem

duração de 10 a 20 dias. “O ciclo biológico

varia de 25 a 45 dias, dependendo da tem-

peratura”, completa.

O monitoramento da praga e dos ini-

migos naturais deve ser feito por meio do

uso de armadilhas amarelas adesivas. “É

recomendada vistoria em todas as áre-

as florestais, principalmente, em plantios

com idade de até um ano e meio”, alerta

a pesquisadora. O controle biológico é re-

alizado com a vespinha parasitóide Psylla-

Gorgulho-do-pinusFoto: Divulgação

Page 25: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

23EXPEDIENTE B. FOREST

Leptocybe invasaFoto: Divulgação

“A vespa-da-galha ataca as folhas do eucalipto formando galhas nas nervuras centrais, pecíolos e ramos finos. “Essas galhas

causam deformação nas folhas, quando presentes na nervura

central e pecíolo; desfolha e seca de ponteiros, quando presentes

nos ramos mais finos”, completa.”

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24 PRINCIPALB. FOREST

ephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrti-

dae).

Assim como o pinus, o eucalipto tam-

bém sofre com o ataque do gorgulho. O

inseto se alimenta das folhas deixando

rastros de desfolhamento nos ramos ter-

minais e cápsulas castanhas na superfície

das folhas novas. Os ovos do insetos são

depositados em cápsulas que contém de

8 a 10 unidades, que eclodem em três ou

quatro semanas. O ciclo de vida, em mé-

dia, dura de 50 a 90 dias, dependendo da

época do ano.

Para a detecção do ataque deve-se ve-

rificar a presença de adultos, larvas e ovos

nas plantas; folhas ásperas e devoradas.

Os adultos, larvas e ovos podem ser car-

regados em partes de plantas usadas para

propagação vegetativa e mudas. Já as

larvas e pupas podem estar presentes no

solo destes materiais. O controle biológi-

co tem sido realizado com a distribuição

de ovos do parasitoide Anaphes nitens e

seleção de variedades de eucalipto resis-

tentes à praga.

Por fim, os besouros amarelos também

causam prejuízo aos plantios de eucalip-

to. Os adultos se alimentam do limbo fo-

liar devorando as folhas e perfurando-as.

Quando o ataque é intenso, os insetos

prejudicam o desenvolvimento das plan-

tas. Já os besouros jovens vivem no solo

destruindo raízes. Segundo a Embrapa

Florestas, o ataque intenso do besouro em

eucaliptos provoca alteração na tendência

natural de crescimento apical, estimulan-

do a brotação e a retenção excessiva de

galhos basais. Desta forma, ocorre uma

diminuição na qualidade das árvores de

eucaliptos e dificuldades no processo de

colheita, principalmente a mecanizada.

Cada fêmea produz em média 90 ovos

e os surtos ocorrem entre setembro e mar-

ço, com picos da população ocorrendo

entre outubro e dezembro. O controle dos

adultos pode ser feito utilizando os per-

cevejos Supputius cincticeps, Tynacantha

marginata e Arilus carinatus, bem como as

aranhas Misumenops pallens, Peucetia sp.

e os fungos entomopatogênicos Beauve-

ria bassiana e Metharizium anisopliae, ini-

migos naturais dos besouros amarelos.

Como as pragas são um problema real

e muito presente nas florestas plantadas,

existem instituições que, em pesquisas

próprias ou em parceria com outras em-

presas, estudam fortemente para desco-

brir formas de combater os invasores, seja

por meio de agrotóxicos ou inimigos na-

turais.

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Page 27: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

25EXPEDIENTE B. FOREST

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Page 28: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

26 EXPEDIENTEB. FOREST

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27EXPEDIENTE B. FOREST

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28 PRINCIPALB. FOREST

O transporte de madeira tem diversos complicadores, o alto peso da carga, trajetos per-

corridos em terrenos adversos, declividades, entre outros. Por esse motivo, é preciso que o

caminhão utilizado no transporte tenha as especificações técnicas necessárias

Caminhão ideal

28 ESPECIALB. FOREST

Foto: Divulgação / Scania

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29EXPEDIENTE B. FOREST

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30 ESPECIALB. FOREST

A madeira proveniente de florestas

plantadas, seja qual for o fim a que

se destine, necessita ser transpor-

tada entre as áreas de plantio e o ponto de

processamento. Nesse tema, muito se dis-

cute sobre os complementos ideais para o

transporte desse tipo de carga, mas e o ca-

minhão, ele deve ter diferenciais para rea-

lizar essas operações pesadas? O conjunto

de características técnicas e operacionais

dos veículos reflete diretamente na produ-

tividade e custo final da operação de trans-

porte. Então, como é que se faz a escolha

da frota para o transporte de madeira?

Basicamente, o veículo para aplica-

ção florestal precisa ter uma combinação

de característica off road e rodoviária. De

acordo com Emílio Fontanello, engenheiro

de pré-vendas da Scania no Brasil, quando

o caminhão está na operação off road ele

precisa de recursos para vencer rampas, pi-

sos escorregadios, patinação, entre outros

fatores adversos. Por outro lado, quando

ele está na rodovia, precisa, também, de

um conjunto de fatores que o permita tra-

fegar em velocidade média de 80 km/h e

dentro da faixa econômica do motor.

Nemésio de Carvalho, gerente de ma-

nutenção da transportadora Expresso Ne-

pomuceno, explica que a escolha da frota

para a transportadora deve seguir vários

quesitos de avaliação. “Em cada projeto

levamos em conta: percentual de estra-

da de asfalto e de terra, tipo de terreno da

estrada de terra, número e nível de aclives

e declives, velocidades permitidas, tipo de

implemento (Bi Trem, Tri Trem, Romeu e

Julieta, Carreta 3 eixos, etc.), peso e densi-

dade da madeira a ser transportada, entre

outros de igual importância”, exemplifica.

O profissional conta que a empresa atua

com veículos de tração 6x4, 440 a 540

CV de potência, torque médio de 2300 a

2500 Nm, câmbio manual ou automático.

E pneus mistos 295/80 R22,5 ou 11.00R22.

Para determinar a escolha do caminhão

ideal é necessário conhecer um pouco so-

bre as características técnicas, ergonomia,

tecnologias disponíveis e a relação entre

caminhão e implemento.

Especificações técnicas

De acordo com as montadoras Volvo e

Scania, os veículos devem ter tração míni-

ma 6x4 para que consigam transitar de for-

ma tranquila em terrenos adversos, como

são, na maioria dos casos, as áreas flores-

tais. Emílio conta que os caminhões Scania

são equipados com botões de controle de

tração, para que o motorista consiga ajus-

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31PRINCIPAL B. FOREST

Foto: Gustavo Castro/MF

“Em cada projeto levamos em conta: percentual de estrada de asfalto e de terra, tipo de terreno da estrada de terra, número e nível de aclives e declives, velocidades permitidas, tipo

de implemento, peso e densidade da madeira a ser transportada, entre

outros de igual importância”.

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32 ESPECIALB. FOREST

tar o veículo e ultrapassar qualquer obstá-

culo. “Para facilitar a vida do motorista, há

na caixa de mudanças automatizada Sca-

nia Opticruise, modos de operação que

podem ser escolhidos de acordo com a

necessidade, no momento da operação:

balanço, manobra e escolha da marcha

de partida. Há também os modos potên-

cia, padrão, econômico e fora de estrada”,

destaca o engenheiro. Ele explica que, na

estrada, o motorista deve usar o modo

econômico e quando precisar vencer um

aclive pode acionar a potência; e nas es-

tradas de uso florestal escolher o off road,

por exemplo.

Os veículos Scania possuem suspensão

a mola no chassi devidamente dimensio-

nada e suspensão a mola também na ca-

bine. Já os caminhões Volvo, destinados

ao transporte florestal, como o FMX, têm

suspensão traseira semielíptica com dois

amortecedores de dupla ação e suspen-

são dianteira parabólica, também com dois

amortecedores de dupla ação.

Cabine

Para Emílio, a cabine dos veículos para a

aplicação off road deve possuir suspensão

a mola em quatro pontos. “As molas pos-

suem regulagem de pressão que conferem

Foto: Gustavo Castro/MF

Page 35: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

33ESPECIAL B. FOREST

a mesma maciez que a suspensão pneu-

mática e com grande durabilidade, mesmo

em condições de estradas com deficiência

de conservação”, explica.

A grade frontal e o para-choque tam-

bém devem ser diferenciados, com maior

resistência e robustez. Isso por causa dos

impactos da severa operação fora de es-

trada. Nos caminhões Scania, um reforço

é o escudo protetor. Localizado logo abai-

xo do para-choque, ele é construído com

chapa que protege o cárter e o motor.

“Para ultrapassar com maior facilidade os

terrenos não pavimentados, nas aplicações

mais severas, a linha Off Road da Scania

passou por elevação tanto do chassi quan-

to do para-choque”, ressalta o engenheiro.

A linha também disponibiliza o novo ângu-

lo de ataque de 25 graus, resultado da ele-

vação do chassi e do para-choque. Com

ele, o caminhão ganha força fundamental

para transpor diversos obstáculos, como,

por exemplo, entrar em um rio, em uma

vala, ou trafegar por subidas ou descidas

íngremes.

Os caminhões Scania Off Road Euro 5,

segundo Emilio, também recebem um pino

de reboque de tração para 35 toneladas.

“Ele tem papel importante nas operações

severas. Alguns cenários podem explicar

melhor sua utilidade. No caso do setor

madeireiro, sua presença ajuda a rebocar

o caminhão, mesmo carregado, caso ele

atole dentro da floresta na época de chu-

vas, sem a necessidade de usar trator de

esteira”, explica.

Nemésio, da Expresso Nepomuceno

destaca que, para frota da empresa, fo-

ram escolhidos caminhões cujas cabines

não tenham muitos acessórios externos,

visto que a probabilidade de quebras ou

danos por impacto da madeira, ou outros

materiais do campo, aumentam significati-

vamente os custos de manutenção. “Caso

não seja possível evitar os acessórios, estes

devem ser mais robustos do que os pa-

drões”, completa.

Ainda no quesito cabine, as montadoras

tem levado em consideração o conforto do

motorista, já que o transporte de madei-

ra é um trabalho pesado. A Volvo oferece

cabines com banco com suspensão a ar,

ajustes na coluna de direção, controles no

volante, visibilidade ampla, climatização,

baixo nível de ruído e suspensão pneumá-

tica ou mecânica.

Caminhão x Implemento

No que diz respeito a transporte, o seg-

mento de madeira pode ser dividido em

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34 ESPECIALB. FOREST

“Os veículos devem ter tração 6x4 para que consigam transitar de forma tranquila em terrenos adversos, como são, na maioria dos casos, as áreas florestais”.

Foto: Divulgação / Volvo

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35ESPECIAL B. FOREST

duas atividades: madeira para celulose e

papel e madeira para serraria. Na ativida-

de de celulose são usados veículos do tipo

trator tracionando com implementos do

tipo Bitrem, Tritrem e Rodotrem. No seg-

mento de serraria pode-se destacar os ve-

ículos chamados rígidos ou plataforma em

operação do tipo Romeu e Julieta.

De acordo com Emílio, os modelos

Scania G 440 e G 480 6x4 são indicados

para operações com Bitrem, Tritrem e Ro-

dotrem levando em consideração a ne-

cessidade de maior ou menor potência.

Enquanto que o modelo P 360 é indicado

para operação tracionando um reboque,

conjunto denominado Romeu e Julieta.

Já na Volvo, os caminhões mais utiliza-

dos para o transporte florestal são os mo-

delos VM e FMX. De acordo com a empre-

sa, o VM 6x4 é indicado para composição

com Romeu e Julieta de 5 eixos. Já o FMX

6x4 é indicado em vários tipos de compo-

sições como: Romeu e Julieta 6 e 7 eixos,

Semirreboque 3 eixos, Bitrem, Tritrem, Ro-

dotrem e Treminhão. A equipe de enge-

nharia da empresa destaca que, devido aos

implementos mais curtos, os Tritrens tem

maior facilidade de trafegar em caminhos

tortuosos, mas devem ser tracionados por

veículos 6x4.

Tecnologias disponíveis

Como destaque em tecnologia, a Volvo

tem o I-Shift, uma caixa de câmbio inteli-

gente na qual a necessidade de troca de

marchas é avaliada pelo sistema eletrôni-

co em função da velocidade, torque, carga

do motor e outros parâmetros que buscam

a otimização da condução dentro da fai-

xa econômica. Com 12 marchas à frente

e 4 à ré, o I-Shift otimiza trocas em bai-

xas velocidades, oferecendo engates rápi-

dos e macios durante a condução em dois

modos: no econômico, cada mudança de

marcha é medida para que o motor traba-

lhe na sua mais alta eficiência ou é possível

utilizar a sua melhor performance.

Já a Scania apresenta em termos de

tecnologia um computador de bordo

com recurso Driver Support, uma espécie

de “professor” dentro do painel que ofe-

rece dicas em tempo real para melhorar

a condução. A montadora disponibiliza

também válvulas de freio específicas para

proporcionar mais segurança quando o

veículo parar em locais de piso de barro

ou ainda quando esvaziar os reservatórios

de ar. “Outra tecnologia é o freio hidráu-

lico Retarder, opcional com alta potência

de frenagem, sem contato metálico e que

aumenta a segurança da composição eco-

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36 ESPECIALB. FOREST

nomizando freio e lonas de freio”, comple-

ta Emilio.

As opções são várias. É necessário o

conhecimento de cada uma delas e um

estudo para que a tecnologia disponível

se adeque com as condições e tarefas a

serem realizadas. Um ponto fundamental

na decisão da compra do caminhão é o

atendimento pós-venda, a oferta de trei-

namento e acompanhamento na opera-

ção, bem como atualização de softwares

de aplicação no veículo.

Foto: Divulgação

Page 39: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

37ESPECIAL B. FOREST

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38 ESPECIALB. FOREST

A conscientização da importância da segurança do trabalho e das técnicas de preven-

ção foi o objetivo do primeiro evento sobre segurança florestal do país. Palestrantes de

renome no setor apresentaram dados e cases de empresas que serviram de exemplo para

os participantes.

Encontro Brasileiro de Segurança Florestal reuniu profissionais do setor em Curitiba

Page 41: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

39ESPECIAL B. FOREST

Foto: Divulgação

39SEGURANÇA B. FOREST

Page 42: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

40 SEGURANÇA B. FOREST

O Encontro Brasileiro de Seguran-

ça Florestal, primeiro evento na-

cional sobre o tema, organizado

pela Malinovski Florestal, teve como obje-

tivos principais: a preservação da vida em

um ambiente seguro e a discussão sobre o

que tem sido feito, hoje, nas empresas flo-

restais para melhorar a segurança em to-

das as operações. Os mais de 200 partici-

pantes assistiram palestrantes experientes

abordarem temas relevantes relacionados

às operações florestais.

Realizado em Curitiba (PR), nos dias 21

e 22 de maio, o Encontro começou pas-

sando para os profissionais, a importância

de se transformar a segurança em valor. A

abertura feita pelo Dr. Rafael A. Malinovski,

diretor de negócios da Malinovski Florestal

destacou a importância da reflexão e iden-

tificação dos perigos e a diminuição dos

riscos de acidentes no setor florestal, além

de observações para criar ambientes mais

seguros para os trabalhadores. “Um am-

biente de trabalho seguro não é possível

sem a presença intensiva das lideranças das

empresas, sem trabalhar a confiança inter-

pessoal dos funcionários e sem ter uma

equipe capacitada. Por isso, é importante

discutir o assunto e tornar os trabalhadores

do setor florestal capacitados. Essa é real

importância do Encontro Brasileiro de Se-

gurança Florestal”, salientou.

Dividido em quatro blocos, a primei-

ra palestra foi ministrada pelo engenheiro

Bruno C. Bilbao Adad, consultor do Senai.

Com o tema “O Paradigma da Consciência

de Segurança”, Bruno destacou que a pre-

venção de acidentes deve estar presente a

cada momento do dia a dia. “É muito difícil

criar o hábito da prevenção, mas é muito

fácil destruí-lo”.

Para ele, o ponto de partida é a quebra

de paradigmas. “Precisamos desconstruir

a ideia de que os acidentes são imprevisí-

veis. Sabemos que não existem fatalidades,

o que existe são ações. Alguém fez o que

não deveria ou deixou de fazer algo re-

levante”, destacou. Ele afirma que os aci-

dentes ocorrem devido a uma interação

de vários fatores que estão presentes no

ambiente ou situação de trabalho muito

antes do seu desencadeamento. Sendo,

portanto, eventos previsíveis e preveníveis.

“Temos sempre a possibilidade de mudar e

fazer tudo de forma mais segura. Prevenir

é sempre o melhor caminho.”

Luciano Nadolny, analista técnico na

gerência de qualidade de vida do SESI-PR,

destacou a importância de se falar sobre

segurança, ainda mais no setor florestal,

Page 43: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

41SEGURANÇA B. FOREST

“Um ambiente de trabalho seguro não é possível sem a presença intensiva das lideranças das empresas, sem trabalhar a confiança interpessoal dos funcionários e sem ter uma

equipe capacitada”.

Foto: Gustavo Castro / MF

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42 SEGURANÇA B. FOREST

que tem se tornado cada vez mais impor-

tante para a economia nacional. Luciano

abordou a psicologia, fisiologia e a pro-

pensão a acidentes. Salientou que a segu-

rança no trabalho deve ser aprendida, por-

que para que ela seja desempenhada nas

atividades diárias é preciso ‘saber fazer’.

“Outros fatores também devem ser segui-

dos para que o trabalho seja seguro: o po-

der fazer, é preciso que a empresa ofereça

condições de trabalho seguras; e os fatores

motivacionais, ou seja, a vontade de agir

de forma segura”, acrescentou.

“Recrutamento e Seleção, Segurança

e Produtividade nas Atividades Florestais”

foi o tema da palestra de Luciano San-

tos, psicólogo, administrador de empre-

sas e colaborador da Malinovski Florestal.

Ele destacou a importância de selecionar

corretamente os funcionários. “É preciso

escolher o perfil certo para a necessidade

da vaga”, afirmou. Desta forma, para ele,

existem ganhos como elevação de curva

de aprendizagem, de desligamentos por

desmotivação e de índice de quebras de

equipamentos, além da melhora no clima

organizacional.

O FSC e as NRs (Normas Regulamenta-

doras) foram o tema da palestra de Rodrigo

Meister de Almeida, coordenador técnico

Foto: Gustavo Castro / MF

Page 45: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

43SEGURANÇA B. FOREST

de negócios do SESI-PR, e Fernanda Rodri-

gues, coordenadora técnica do FSC (Forest

Stewardship Council) Brasil. Rodrigo desta-

cou que os objetivos das NRs são garantir

a segurança e saúde do trabalhador, mas

acredita que elas são muito rígidas e não

adaptadas à realidade brasileira. “A norma

precisa trazer objetivos. Precisamos pensar

mais na realidade de vida do trabalhador

para proporcionar a saúde e a segurança

da forma certa”, avaliou.

Finalizando as palestras da manhã, o

doutor alemão, Leif Nutto, fez uma com-

paração da segurança nas operações flo-

restais no Brasil e Europa. Contou que no

continente, existe uma preocupação com

a sanidade psicológica dos trabalhadores,

no sentido de não serem submetidos à

trabalhos muito monótonos ou repetitivos

para que haja a satisfação profissional.

Para Leif, o Brasil é teórico, o que falta

é a implementação prática, como treina-

mentos mais elaborados e bem trabalha-

dos e capacitação mais contextualizada.

“Com 8 horas de treinamento nenhum

fazendeiro se torna capacitado para ope-

rar uma motosserra em sua propriedade.

O sistema de educação pública influencia

diretamente na capacidade de cognição e

discernimento do trabalhador”, avaliou.

Foto: Gustavo Castro / MF

Page 46: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

44 SEGURANÇA B. FOREST

“A norma precisa trazer objetivo e os fatores que serão avaliados

também. Precisamos pensar mais na realidade de vida do

trabalhador para proporcionar a saúde e a segurança da forma

certa”.

Foto: Gustavo Castro / MF

Page 47: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

45SEGURANÇA B. FOREST

No período da tarde, Paulo Salamuni,

gerente operacional da Klabin foi o mode-

rador do bloco dois – Segurança, Produti-

vidade e Custos em Operações Florestais.

Ele destacou o desenvolvimento do setor

florestal e como o conceito de segurança

tem evoluído e se concretizado, tornando-

-se uma realidade aplicada.

Iniciando os trabalhos, Murilo Galvão

Teixeira, instrutor do SENAR-PR, abordou

a aplicação de agrotóxicos. Em sua fala,

explicou que a intoxicação por agrotóxi-

cos tem aumentando, mas não é possível

estimar um real valor por falta de meios

de controle. Para ele, a falta de eficiência

dos químicos faz com que uma quantida-

de maior que a necessária seja aplicada,

tornando assim a exposição do aplicador

maior. O profissional recomendou que os

operadores que estão em contato dire-

to com os agrotóxicos precisam fazer um

curso específico para saber a forma certa

de lidar com os produtos.

Bruno Ricardo Fernandes, coordena-

dor de colheita florestal da Cenibra, des-

tacou as técnicas de segurança durante o

processo de colheita. Apresentou um case

da empresa e ressaltou a importância do

microplanejamento e da sinalização ope-

racional de campo. “Na Cenibra, temos o

costume de fazer sinalizações orientativas

que auxiliam os operadores na percepção

de riscos. Quando elas são vistas, o ope-

rador sabe que precisa descer ancorado”,

exemplificou.

O planejamento operacional e o micro-

planejamento foi o tema tratado na pales-

tra do supervisor de colheita e transpor-

te florestal da International Papel, Renato

Melman. Ele contou que a IP tem mais de

70 mil funcionários e “trabalhar com um

número tão grande de profissionais e não

pensar em segurança é inviável”. Atualmen-

te, a segurança já é vista como um valor na

IP. “Focamos no acidente zero e esse resul-

tado depende de programas sólidos, me-

todologia, microplanejamento operacional

e liderança”, destacou. Para Melman, o mi-

croplanejamento não é uma receita igual

para todos, mas algo que deve ser customi-

zado e varia de acordo com cada situação.

Ele salientou que sempre que acontece um

acidente é preciso fazer uma avaliação do

ocorrido, estudar e acrescentar os resulta-

dos no microplanejamento, para que me-

didas sejam tomadas e a mesma situação

não ocorra novamente.

O custo da segurança para as empresas

florestais foi assunto da apresentação de

Manoel Francisco Moreira, sócio-gerente

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46 SEGURANÇA B. FOREST

“Trabalho seguindo as normas de segurança pelo meu filho

de dois anos. Preciso trabalhar com segurança por mim e pela minha família, não porque a

empresa manda”.

Foto: Gustavo Castro / MF

Page 49: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

47SEGURANÇA B. FOREST

da ARS Silvae Assessoria Florestal. Ele res-

saltou que não existe segurança sem custo

e apresentou casos em que as normas de

segurança só serviram para onerar a em-

presa e acabaram prejudicando as ativida-

des pela dificuldade que elas apresentaram.

Para Chico Moreira, como é conhecido, é

preciso pensar não somente na seguran-

ça do trabalhador, mas no conforto dele

também. Isso porque não adianta ter vá-

rias normas de segurança, se o operador

não ficar confortável em segui-las, o que,

consequentemente, faz com que ele burle

essas normas. Por isso, para ele, o funda-

mental é ter bom senso em relação às nor-

mas e suas aplicações.

Para finalizar o primeiro dia do Encon-

tro Brasileiro de Segurança Florestal, Luiz

Geraldo Groessler, gerente de logística

florestal da Fibria falou sobre segurança

e produtividade no transporte de madei-

ra. Contou que a empresa criou o Manual

Estrada Segura, o qual usa como referên-

cia para todas as operações relacionadas

às estradas. “Dessa forma, deixamos claro

para todos os nossos parceiros o que nós

fazemos e esperamos em relação a se-

gurança”, explicou. Neste manual, alguns

passos são seguidos para que os acidentes

sejam evitados, entre eles, estão planeja-

mento, controles operacionais e de com-

portamento.

Abrindo o segundo dia, Alison D’Andréa

e Douglas Santos, da New Holland trata-

ram do tema: “Parâmetros Construtivos na

Adaptação de Tratores e Implementos para

Operações Silviculturais”. Eles afirmaram

que as operações realizadas manualmente

oferecem alto risco à integridade física do

trabalhador e que a substituição das ope-

rações manuais pelas mecanizadas diminui

consideravelmente o riso de acidentes.

Manoel Carvalho, professor titular da

FABET (Fundação Adolpho Bósio de Edu-

cação no Transporte), abordou a formação

de condutores no transporte de madei-

ra. Para ele, a capacitação dos motoristas

resulta em responsabilidade profissional,

mais postura, domínio do veículo em mo-

mentos adversos, conhecimento e aplica-

ção das tecnologias disponíveis, ganho de

eficiência e produtividade, entre outros.

A palestra de Nínive Maia, engenhei-

ra florestal da Veracel teve como tema a

NR12 e as implicações florestais. Ela des-

tacou que o operador deve trabalhar den-

tro das normas de segurança não porque a

legislação exige, mas porque existem pes-

soas na vida dele que se importam com

sua saúde. “Trabalho seguindo as normas

Page 50: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

48 SEGURANÇA B. FOREST

de segurança pelo meu filho de dois anos.

Preciso trabalhar com segurança por mim

e pela minha família, não porque a empre-

sa manda”, constata.

Emilio Paulo Fontanello, engenheiro

mecânico da Scania, falou sobre a segu-

rança no desenvolvimento de veículos au-

tomotores. Em sua apresentação demons-

trou que é possível observar detalhes de

segurança antes mesmo do motorista en-

trar na cabine. “São pequenos itens, como

o degrau escamoteável auxiliar; a trava de

grade frontal; alças laterais de cima até em

baixo, que auxiliam no embarque seguro;

entre outros, que quase ninguém percebe

como o trabalho que os engenheiros tive-

ram para proporcionar segurança ao mo-

torista.”

Finalizando o bloco 3, Douglas Lazaretti

Siebert e José Teófilo Júnior, da Gerdau de

Minas Gerais, abordaram o gerenciamen-

to de riscos. “A gestão requer a avaliação

do contexto em que estamos inseridos,

ou seja, a realização de um diagnóstico

de como estamos atendendo as expecta-

tivas de prevenção e controle de perdas”,

afirmou Douglas. Para ele, dominando o

cenário atual, é possível definir as metas

futuras e o caminho para alcançá-las, prio-

rizando as ações mais relevantes de cada

etapa.

Para abrir as palestras do bloco 4 – Pro-

gramas de Segurança – Cases das empre-

sas Florestais, Adriano Thiele, diretor de

Operações da JSL, falou sobre transpor-

te seguro. Destacou as ações da empresa

para garantir a segurança florestal: recru-

tamento e seleção, treinamento e capaci-

tação, mapeamento de risco, controle de

jornada, inspeções e blitz de segurança e

controle de peso transportado são algu-

mas delas.

Jorge Cavassin, coordenador de segu-

rança e meio ambiente da MWV Rigesa,

abordou em sua palestra a importância da

disseminação do conceito de segurança do

operador à presidência. Cavassin destacou

a importância do exemplo e boa liderança.

“Não basta apenas transmitir aos funcioná-

rios as regras da empresa, é preciso dar o

exemplo. Um bom líder é o exemplo dos

funcionários.”

O case do programa de saúde e segu-

rança da Vale foi apresentado por Lucia-

no Assis, gerente de exploração mineral

de ferrosos da empresa. “Nossa Política de

Saúde e Segurança tem como valor: vida

em primeiro lugar. E segue em dois aspec-

tos: compromissos e princípios de atua-

ção”, contou. De acordo com ele, valorizar

Page 51: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

49SEGURANÇA B. FOREST

Os diretores da Malinovski Florestal e idealizadores do Encontro Jorge R. Malinovski e Rafael A. Malinovski Foto: Gustavo Castro/ MF

Page 52: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

50 SEGURANÇA B. FOREST

a saúde e a segurança significa valorizar as

pessoas, para isso passos, como analisar

os riscos e cumprir medidas de prevenção,

são seguidos.

Darlon Orlamünder, gerente de logísti-

ca florestal de Monte Alegre da Klabin, dis-

correu sobre a segurança nas operações

próprias e terceirizadas. Para ele, é impor-

tante trabalhar junto com os líderes dos

segmentos. “Eles criam e mudam a cultura

de uma empresa por meio de seus funcio-

nários”, acredita. Ele também salientou que

trabalhar com segurança é responsabili-

dade de cada um, mas os líderes tem res-

ponsabilidade em dobro, já que precisam

cuidar de si mesmos e se certificar que os

funcionários também estão trabalhando

da forma correta.

Para encerrar o Encontro Brasileiro de

Segurança Florestal, os serviços de manu-

tenção foram abordados por Marcio Kir-

chmeyer Vieira, gerente geral de contratos

de manutenção da Komatsu Forest. Con-

forme o profissional, os acidentes reduzem

na mesma proporção da redução das ma-

nutenções corretivas. “Quando as máqui-

nas tem a manutenção correta, o risco de

um acidente é consideravelmente menor”,

finalizou.

O Encontro Brasileiro de Segurança

Florestal reuniu na capital paranaense, 243

profissionais, que buscaram mais informa-

ção em relação a aspectos de segurança.

A segunda edição do evento já está sendo

programada e sua data será divulgada em

breve.

Foto: Divulgação

Page 54: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

52 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

A capital mundial da celulose recebeu, durante 01 a 04 de junho, a segunda edição da

Feira da Cadeia Produtiva da Indústria de Base Florestal Sustentável da região de Três La-

goas (MS).

Por: Amanda Scandelari

Três Lagoas Florestal - ponto de encontro do setor

52 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Foto: Amanda Scandelari / MF

Page 55: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

53SEGURANÇA B. FOREST

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54 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

A cidade de Três Lagoas, no Mato

Grosso do Sul foi o ponto de en-

contro do setor florestal no início

de junho. A segunda edição da Feira Três

Lagoas Florestal, reuniu 110 empresas e, de

acordo com a organização do evento, re-

cebeu mais de 13 mil pessoas nos 3 dias do

evento. Além disso, ainda segundo a orga-

nização, o volume de negócios superou os

R$ 60 milhões. A abertura ocorreu no dia

primeiro com um coquetel e homenagens

à personalidades da cidade. Durante a ceri-

mônia, o diretor executivo do Painel Flores-

tal, Robson Trevisan, destacou que a indús-

tria de base florestal tem feito a diferença

na vida de muitas pessoas, em Três Lagoas.

A prefeita da cidade, Márcia Moura, fri-

sou que o objetivo do evento foi a interação

dos participantes com o que há de mais

moderno no setor florestal. Márcia Moura

relembrou a primeira edição da feira, reali-

zada em 2012, e destacou a transformação

que a cidade passou nesse tempo, além de

ressaltar que esta segunda edição também

aconteceu em um período de suma impor-

tância: o centenário do município.

A Malinovski Florestal esteve presente

em Três Lagoas, divulgando suas áreas de

atuação: eventos, treinamentos, consulto-

ria e comunicação & marketing. A B.Forest

também esteve lá e fez a cobertura da fei-

ra, que teve uma variedade de produtos e

marcas em exposição. Lançamentos, mar-

cas de renome nacional e internacional,

grandes máquinas estáticas e em operação,

combate à pragas e incêndios e soluções

tecnológicas e de iluminação foram os

destaques as segunda edição da feira.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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55TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Penzsaur

Os autocarregáveis com tração são o

grande lançamento deste ano. Durante a

Feira Três Lagoas Florestal ficou em des-

taque a Metric Crane, uma grua específica

para trabalhar com madeira de metro, para

queima e para os segmentos industriais que

utilizam caldeiras.

Como lançamento também grua 778W

da Penzsaur, que pode ser adaptada a um

trator ou usada de forma estacionária. “Ela

é fabricada com aços e arames especiais.

A solda é feita com equipamentos contro-

lados via computador, então proporciona

melhor estabilidade e controle de solda.

Depois desse processo, a matéria-prima

passa por fornos de alívio de tensão, nos

quais o material é aquecido e resfriado len-

tamente. Dessa forma, o equipamento fica

mais resistente, sem trincas ou quebra”,

afirma Rodrigo Gonzatto Rubin, represen-

tante da Pezsaur.

Foto: Amanda Scandelari / MF

Page 58: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

56 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Komatsu

Seguindo a tendência de mercado, da

mecanização da silvicultura, a Komatsu

Forest lançou em Três Lagoas, o trator de

esteira de 32 toneladas, o D85EX, equipa-

mento destinado à reforma de áreas de

plantio. Edson Martini, diretor da Komatsu

Forest, salientou que a tecnologia de ali-

nhamento de plantio foi mudando com o

tempo. “Para as atividades que tem o toco

presente, no preparo do solo, é necessá-

rio o uso de equipamentos adequados. A

Komatsu está trabalhando para adequá-los

para esse tipo de atividade”, afirmou. De

acordo com Martini, os tratores de estei-

ra foram desenvolvidos para outro tipo de

trabalho, mas a realidade florestal requer

algumas modificações. “Estamos traba-

lhando agora para fazer as modificações

necessárias para que essa máquina tenha a

performance necessária para se tornar viá-

vel na área florestal. Isso proporcionará um

salto tecnológico na silvicultura, não só em

equipamentos de preparo, mas também

referente a operação. Nos próximos anos,

vamos passar por uma mudança nesse

mercado para tentar transformar as tecno-

logias disponíveis”, constatou.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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57TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

John Deere

A John Deere lançou dois equipamen-

tos das novas Séries L e M: o Feller Buncher

de esteira 903M e o Skidder 948L. O equi-

pamento da Série M tem como novidades

o aumento de 30% na faixa de corte, cabi-

ne ergonômica e economia de combustí-

vel. Já o Skidder 948L tem como destaque

o motor mais potente em relação aos mo-

delos anteriores, maior conforto na cabi-

ne com assento giratório e controles por

joystick e garra em tamanho maior.

“Depois de unir as valiosas informações

de nossos clientes testamos as máquinas

por mais de 11 mil horas. O resultado é

uma nova frota de máquinas que redefi-

nem os significados de disponibilidade,

produtividade e baixos custos operacio-

nais diários”, salientou Rodrigo Junqueira,

gerente de vendas da John Deere Flores-

tal. De acordo com ele, o lançamento das

Séries L e M marcaram a celebração dos

50 anos de fabricação de Skidders pela

empresa.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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58 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

TMO

As novidades da TMO são voltadas para o corte de eucalipto, a grua 770 e a mesa tra-

çadora. De acordo com a empresa, mesas traçadoras muito já são usadas em escavadei-

ras de grande e médio porte, mas o diferencial do lançamento da TMO é a possibilidade

de adaptação ao pequeno e médio produtor. Outra novidade é destinada ao segmento

de lenha de metro, um autocarregável destinado ao produtor que processa a madeira em

campo e precisa fazer o transporte.

A TMO participou da Três Lagoas Florestal em uma parceria com a Shark.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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59TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Caterpillar

Em seu estande, a Caterpillar expôs diversas máquinas, incluindo lançamentos, como

a escavadeira hidráulica 318D2 L e a escavadeira florestal de nova série: 320D2 FM.

A 318D2 L é uma atualização da conhecida escavadeira hidráulica 315DL, um equipa-

mento utilitário, dedicado ao carregamento de menores volumes, áreas estreitas, logísti-

ca complexa e alimentação de picadores.

Já a escavadeira florestal 320D2 FM é uma evolução do modelo 320D FM, com motor

mais potente, maior torque de giro e redução no consumo de combustível.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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60 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Minusa

Além do cabeçote Logset destinado ao processamento de eucalipto, a Minusa lançou,

na feira Três Lagoas Florestal, o Raptor, um fueiro com painel e barrote. De acordo com

o coordenador comercial da Minusa, Giuseppe Rosa, o Raptor é produzido em aço com

resistência mecânica, adequado às normas ISO 9001-2008 em todos os processos de

fabricação, atende a norma internacional de segurança EM 12642 X e, por ser mais leve,

economiza combustível e pneus.

Foto: Amanda Scandelari / MF

Page 63: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

61SEGURANÇA B. FOREST

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62 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

J de Souza

Os lançamentos da J de Souza foram o Carregador Frontal CFRJ com capacidade de

12 toneladas e a garra traçadora TJPG com estrutura robusta, compacta, com sistema

hidráulico de fácil entendimento. Essa garra pode ser acoplada a uma escavadeira de 25

toneladas. O equipamento é apresentado em 12 versões, nas quais variam o tamanho da

garra, comprimento de sabre, tamanho do motor, entre outros componentes, depen-

dendo da aplicação.

Foto: Amanda Scandelari / MF

Page 65: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

63NOTAS B. FOREST

Page 66: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

64 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Ponsse

O Scorpion continua sendo o destaque da Ponsse, mas a grande novidade é sua che-

gada ao Brasil. Segundo Camila Takikawa, analista de marketing da empresa, o Harves-

ter desembarcará no Brasil no final de junho. No Scorpion o foco é o operador. A nova

solução de grua oferece visibilidade em todas as direções, permitindo trabalho suave e

flexível em qualquer condição. A visibilidade adequada nos dois lados da cabine permite

operação eficiente e ilimitada. A estabilidade do modelo é proveniente de suas oito rodas

e do sistema de estabilização ativa. Esse sistema é baseado na detecção da direção e

posição da grua e pressionamento do chassi traseiro na direção de trabalho.

Foto: Divulgação / Ponsse

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65TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Timber Forest e Palfinger

A parceria entre a Timber Forest e a Palfinger não é de hoje. As empresas já desen-

volveram alguns produtos para atender alguns nichos de mercado diferentes. Durante a

Três Lagoas Florestal, as empresas montaram um estande em conjunto e colocaram em

exposição uma gama de máquinas e equipamentos. A Timber Forest mostrou a grua pa-

ralela instalada em máquina de esteira modelo Z, um carregador para instalação traseira

que não se posiciona sobre a carga, o que facilita o descarregamento dentro da fábrica.

Outra solução apresentada foi o trator agrícola com grua e cabeçote LogMax 4000.

Equipamento indicado para colheita de madeira para energia e operações de primeiro

desbaste.

Já a Palfinger apresentou um guindaste C80Z73, que pode ser acoplado na traseira do

caminhão e uma Julieta. Um guindaste para um volume baixo de madeira, mas com um

bom alcance de capacidade de carga. Também o guindaste M70R59 para movimentar o

cabeçote LogMax 4000, que está instalado no trator A67350, com reversão automática

para atender o produtor que está na transição do corte manual para o mecanizado.

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67TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Denis Cimaf

A Denis Cimaf levou para Três Lagoas o equipamento DAH150E, uma escavadeira

destinada a fazer supressão vegetal em geral, rebroto de eucalipto e rebaixo de tocos

para o replantio. Esse equipamento é feito com bomba hidráulica que trabalha com sis-

tema de facas em V, as quais direcionam toda a parte de vegetação para o centro, não

para as laterais. Tem motor hidráulico de pistão axial de deslocamento variável, facas de

aço forjado temperado que podem ser afiadas ser serem desacopladas e rotor acionado

por correia dentada industrial, que impede deslizamento.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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68 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Rotobec

A garra traçadora com conjunto traçador e rotator Heavy-Duty, fabricados no Brasil

em parceria com a MSU, foi o lançamento da Rotobec. A garra traçadora tem como op-

ções motores de serra com 60 ou 80, sempre com serra ¾ 11H e sabres de tamanhos

variados. Os tamanhos de garras oferecidos são 0.64, 0.80 e 1.00 m², na versão para

serviços pesados da garra para feixes. Mas a principal novidade da empresa, segundo o

gerente de vendas, Fernando Strobel, são os novos prazos de garantia. “A partir do início

de junho, a Rotobec está oferendo garantia de 18 meses ou 3.000 horas.”

Foto: Amanda Scandelari / MF

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69TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

HFort

A HFort apresentou um autocarregável com carreta coberta. A empresa pretende,

com esse lançamento, atingir mais mercados, não só o florestal. A carreta aberta é utili-

zada para o transporte de madeira em toras, mas com ela fechada as opções aumentam

e permitem o carregamento de outros produtos como animais, sacos, sementes, o que

o produtor precisar. Dessa forma, a HFort criou também uma garra que permite o trans-

porte de diversos materiais. A carreta tem capacidade de carga de 10 toneladas.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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70 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

K2on

A K2on expôs, em Três Lagoas, toda a sua gama de produtos. Com destaque para o

farol de 40 watts com 3500 lumens e, em média, 50 mil horas de vida útil. A empresa é

especializada em soluções de iluminação de acordo com a necessidade do cliente.

Noma

A Noma apresentou ao mercado sua nova linha cavaqueira, com soluções de trans-

porte de biomassa. De acordo com Rodrigo Fernandes, gerente de marketing da Noma,

a nova linha também atenderá os setores de carvão vegetal, carvão coque e outros. O

implemento está disponível nas configuração semirreboque 3 eixos juntos e espaçados

1+1+1 (Vanderléia), e ainda nas opções Rodotrem e Bitrens 7 e 9 Eixos. Como diferencial

é possível escolher entre a carreta de piso fixo ou móvel. A empresa apresentou também

o Tritrem Florestal 7500. Um implemento com tara reduzida.

Foto: Amanda Scandelari / MF

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71TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Bruno

A Bruno Industrial apresentou o picador Forest King. De acordo com Anderson Kaiser,

diretor comercial da empresa, o picador produz cerca de 100 toneladas por hora e é au-

topropelido. “Somos especializados em mudança de granulometria, desde microchips,

que estão tendo grande procura para substituir o bagaço nas usinas de cana-de-açúcar,

e também cavacos especiais para a queima em caldeiras convencionais, para fazer car-

vão”, afirmou. Anderson também destacou que a máquina é fabricada no Brasil, o que

reduz os prazos de entrega e possibilitam, que em algum casos, o cliente tenha o picador

de imediato.

Fezer

A Fezer lançou o Rodochipper 10100, um equipamento com rotor com 1000 mm de

diâmetro para madeira dura. Gustavo Renê Mostiack, diretor da empresa, explicou que

um diferencial desse equipamento, que tem capacidade produtiva de 50 toneladas por

hora, é o chassi rodoviário. “Por já estar preparado, a mudança de ambiente do picador é

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72 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Foto: Amanda Scandelari / MF

rápida, o que interfere é apenas o tempo de deslocamento.” Outro ponto que ele salien-

tou, foi a hélice reversível presente no radiador para fazer a limpeza do mesmo.

“O problema de queda de cavaco também foi solucionado nessa máquina. Com um

estudo da equipe de engenharia e conversas com clientes, conseguimos desenvolver a

saída e a coleta do cavaco de forma diferente para que nada se perca”, destacou.

Vermeer

A Vermeer Brasil levou para a feira Três Lagoas Florestal suas principais soluções que

atendem os segmentos: florestal, manejo de árvore e de reciclagem de resíduos de ma-

deira, o que inclui o Picador florestal WC2300, Triturador horizontal HG6000TX, Picador

de galhos BC1000XL, além da Minivaletadeira RTX250.

O WC2300 processa materiais de até 58 cm de diâmetro por intermédio de um rotor

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73TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

de corte de alta velocidade e uma embreagem a disco. O sistema de alimentação tem

mesa de 3 m de comprimento. O Triturador horizontal autopropelido HG6000TX é um

equipamento móvel para as operações de reciclagem de resíduos de madeiras. Diferente

dos modelos rebocáveis, que necessitam de equipamentos auxiliares como tratores, o

HG6000TX permite ao operador autonomia de movimentação ao redor do campo de

trabalho.

O BC1000XL possui tanque de combustível com capacidade para 94,6 litros. O siste-

ma de controle SmartFeed® monitora o desempenho do motor e reverte automatica-

mente o rolo de alimentação quando necessário. Com boca de alimentação de 30 cm

de altura, o equipamento é capaz de picar galhos retorcidos e copas de árvores inteiras,

sem a necessidade de cortá-las previamente.

A minivaletadeira RTX250 é um equipamento compacto, com esteiras, e direcionado

para a construção de infraestrutura em obras de irrigação. A máquina é indicada para

substituir as retroescavadeiras, adotadas para esse tipo de serviço no Brasil.

Page 76: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

74 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

CBI

A maior novidade da CBI já foi anunciada em abril, a venda da empresa para a Terex

Corporation dos Estados Unidos. Björn Rasmusson, diretor geral da CBI do Brasil, acre-

dita que essa venda será muito produtiva para o mercado brasileiro. “A negociação será

benéfica e irá fortalecer a empresa aqui no Brasil. Atualmente, não conseguimos colo-

car nossas máquinas à disposição do mercado com rapidez. O cliente precisava fazer o

pedido e esperar até cinco meses para receber a máquina. Isso não funciona no Brasil,

a maioria do mercado quer a máquina à pronta entrega. Agora nós teremos a opção de

fazer essa entrega imediata”, declarou.

Hidramav

A Hidramav é especializada em mangueiras hidráulicas, montadas com componentes

produzidos com tecnologia da marca italiana Intertraco, e vedações hidráulicas e pneu-

máticas. Em Três Lagoas, a empresa expôs as mangueiras 4ST com espirais para baixa,

média, alta e super alta pressão obedecendo as normas internacionais SAE e DIN. Além

das capas e os terminais hidráulicos prensáveis para as mangueiras hidráulicas.

Entre as empresas que tem como área de atuação o combate às pragas, algumas

novidades interessantes foram apresentadas ao mercado. Produtos, dosadores e até pro-

gramas e aplicativos para melhorar a produtividade foram destacados.

Mirex

Focado no plantio de eucalipto, a Mariex-S apresentou um programa que capitaliza os

recursos que podem ser envolvidos no sucesso do manejo da iscas formicidas. “O Result

é um programa que busca gerenciar os resultados principais e objetivos que cada cliente

tem. Ele trabalha de forma customizada nos programas e serviços para que se capitali-

zem os melhores resultados e a melhor eficiência que se pode ter dentro das exigências

e necessidades de cada cliente”, explicou Augusto Tarozzo, gerente comercial e marke-

Page 77: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

75TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

ting da Mirex.

Outra novidade que a empresa lançou foi o Attaquímetro, uma régua dosadora que

envolve a dosificação para formigueiros que não são visíveis, formigueiros grandes sub-

terrâneos. Essa régua determina, por meio do tamanho do carreiro, a quantidade de isca

que deve ser jogada para esse formigueiro em específico.

Dinagro

Além de estreitar relacionamentos e encontrar os clientes, a Dinagro lançou um apli-

cativo para smartphone. “Ele faz o monitoramento e acompanhamento de formigas.

Também tem uma função que identifica espécies de formigas. Para isto, basta tirar uma

foto que o programa faz a identificação”, destacou Mauricio Romano, diretor comercial

da empresa. Por enquanto, o aplicativo está disponível apenas para o sistema Android.

Foto: Divulgação

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76 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Syngenta

A empresa, que já trabalha no mercado agrícola, teve como objetivo o lançamento

de produtos voltados para o segmento florestal, como o Touchdown. Um herbicida vol-

tado para as florestas de eucalipto, controlando plantas daninhas, tanto anuais quanto

perenes. A fórmula é à base de sal de glifosato potássico. Outro produto apresentado

pela empresa é o Priori Xtra, fungicida composto por azoxistrobina e ciproconazol. Azo-

xistrobina é um componente que inibe o transporte de elétrons na respiração do fungo.

Ele afeta o processo de geração de energia nas mitocôndrias, resultando na morte das

células. Já o ciproconazol inibe a biossíntese do ergosterol, lipídio da membrana plasmá-

tica do fungo, que exerce importante papel na integridade e manutenção da função da

membrana celular dos fungos.

Basf

A Basf apresentou o Comet, um fungicida para eucalipto que atua como inibidor do

transporte de elétrons nas mitocôndrias das células dos fungos, inibindo a formação de

ATP, essencial para a sobrevivência do fungo. O produto atua também na inibição da

germinação dos esporos, no desenvolvimento e penetração dos tubos germinativos. De

acordo com a empresa, o Comet proporciona maior atividade metabólica da planta, po-

tencializando a enzima nitrato redutase e reduzindo a queda prematura das folhas.

Outro produto apresentado foi o Valeos, um herbicida que atua no controle das prin-

cipais plantas daninhas das folhas largas. Segundo a Basf, o produto inibe a produção de

PPO, um componente fundamental para a síntese da clorofila, o que destrói as membra-

nas celulares da planta daninha e ocasiona sua morte.

FMC

A FMC, mostrou na feira um novo manejo para implantação e manutenção em flo-

resta, com os herbicidas e inseticidas. “Estamos mostrando um manejo, que chamamos

de floresta no limpo, com herbicida solar associado a outros produtos”, contou Gustavo

Page 79: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

77TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Canato, gerente de marketing florestas FMC, que explicou os benefícios das tecnologias:

“A Linha Floresta FMC é composta por soluções utilizadas durante o manejo da cultura.

Destacamos o herbicida Solara 500 (pré-emergente, pré-plantio de amplo espectro que

promove excelente residual); complementando a linha de herbicidas temos o Savana

(aplicado em pré-plantio, para controle de folhas estreitas e folhas largas), para desse-

cação temos Spotlight (aplicado em pós-emergência das invasoras) auxiliando o Preciso

(glifosato WG) no controle de folhas largas, potencializando a dessecação. O inseticida

Warrant 700 WG (para imersão de mudas) indicado para controle de pragas e o insetici-

da biológico Dipel que controla lagartas, principalmente a Lagarta parda do eucalipto”,

revelou.

Unibrás – Atta Mex-s

Em junho a Unibrás completou 43 anos e, de acordo com Felipe Alves, do departa-

mento de marketing da empresa, objetivo em Três Lagoas foi fazer o contato direto com

as indústrias, tanto os produtores pequenos quanto grandes. “Às vezes o pequeno pro-

dutor precisa de pouca quantidade e nós conseguimos oferecer isso por vender direto

da fábrica”, explicou Felipe.

Apoiotec

A empresa levou para a feira soluções completas para manejo de ervas daninhas,

com herbicidas, tecnologias de aplicação, peças e acessórios, consultoria e treinamento

de equipe. “Nossa novidade foi o pulverizador com barra pendular, para fazer aplicação

em área total”, destacou Rudolf Woch, diretor da Apoiotec. Esse produto tem sistema de

estabilidade de altura da pulverização, reservatório de 600L, faixa de aplicação de 9 a 12

metros, regulagem de altura e levante das barras manual ou hidráulico com acionamento

elétrico, bomba acoplada na TDP ou motor hidráulico, com opção de injetor proporcio-

nal na linha de aplicação.

Além do pulverizador, a empresa também apresentou o misturador e incorporador de

Page 80: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

78 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

defensivo. Rudolf explica que no geral as pessoas quando vão para o campo fazer aplica-

ção ficam preocupadas se o bico está na vasão certa, se o espaçamento e a velocidade

estão adequados, mas na hora de preparar a mistura não se preocupam com o produto

que resta no tanque. “Pensando nisso, desenvolvemos um misturador com fluxômetro

de carga digital com precisão na concentração de calda e um incorporador com capaci-

dade de 20 litros, o que auxilia a preparar uma calda homogênea”, salienta.

Foto: Amanda Scandelari / MF

Guarany

A pulverização florestal e o combate a incêndios foram os destaques da Guarany. O

pulverizador costal com capacidade de 12 litros tem filtragem progressiva, filtros de metal

e cobre, mangueira com trama de ar reforçada, correias com material reforçado e almo-

fadado para proporcionar maior ergonomia e descarga com válvula de cobre.

O outro equipamento é um kit para combate a incêndios. “Estamos expondo um kit

com tanque rígido, que já vem acoplado um carretel. Esse conjunto tem um abastecedor

Page 81: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

79TRÊS LAGOAS FLORESTAL B. FOREST

Foto: Amanda Scandelari / MF

Argus

A Argus está entrando no mercado florestal com o equipamento de proteção para os

veículos off road. De acordo com José Assunção, presidente da empresa, grande parte

dos incêndios em florestas acontece por causa das ignições das máquinas. “A partir desta

informação fizemos um kit com acionamento automático que é instalado nas máquinas.

rápido, que permite o autoabastecimento do tanque com a mesma bomba que você faz

a descarga de água no fogo. Ele é equipado com mangueira de 7 m e pode ser instala-

dos em qualquer tipo de picape, pois tem duas versões, uma de 400 e outra de 600L. É

um kit para a chegada rápida e o primeiro combate, kit pronta resposta”, contou Cândido

Simões, engenheiro florestal e gerente da divisão de proteção contra incêndios da Gua-

rany.

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80 TRÊS LAGOAS FLORESTALB. FOREST

Ele é composto por um sistema de detecção e supressão automático, concebido para

reconhecer e extinguir o incêndio no início, antes que o mesmo atinja maiores propor-

ções.” Assunção explica que quando o sistema percebe que a temperatura está elevada,

o painel de controle recebe essa informação e dispara automaticamente o extintor para

que haja a extinção do fogo. O kit é certificado, desenvolvido e concebido a partir das

normas internacionais, a NFPA 17.

Completando o ciclo da cadeia produtiva da madeira, empresas de serraria também

marcaram presença, na capital mundial da celulose. Entre elas, a Mill Indústrias e a Woo-

d-Mizer

Mill Indústrias

A Mill Indústrias teve como objetivo principal mostrar para o produtor as vantagens da

verticalização da linha florestal. De acordo com Bem Hur José Taborda, representante

comercial da Mill, industrializar a matéria-prima melhora os resultados da floresta. “Indi-

camos que o produtor monte uma fábrica e produza biomassa e madeira serrada.” Ele

explicou que a Mill Indústrias oferece serviços personalizados, isso porque cada cliente

tem uma necessidade. “Temos que conversar e ver as especificações do trabalho para,

então, sugerirmos a melhor solução”, esclareceu.

Wood-Mizer

A Wood-Mizer é uma empresa que comercializa serrarias móveis e estacionárias, afia-

dores, lâminas e similares do pequeno ao grande produtor. A sua especialidade é planejar

a serraria de acordo com a necessidade do cliente. Durante a Três Lagoas Florestal, ela

mostrou para os visitantes as opções para industrializar o processo.

A organização do evento confirmou a próxima edição da Feira da Cadeia Produtiva da

Indústria de Base Florestal Sustentável da Região de Três Lagoas (MS), ela acontecerá em

2017 com uma novidade, a horário da feira. Em 2015, a feira começava às 14h e terminava

às 22h, mas na próxima começará às 9h e terminará às 18h.

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Page 83: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

81NOTAS B. FOREST

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Page 84: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

82 NOTASB. FOREST

Qualquer profissional florestal, acostumado a visitar grande feiras do setor, no Brasil ou

em outros países, se surpreende com a magnitude da Ligna, feira realizada em Hannover

(Alemanha) a cada dois anos. Na edição 2015, realizada entre os dias 11 e 15 de maio, a

equipe da Revista B.Forest acompanhou as novidades apresentadas para o setor florestal.

Por: Giovana Massetto

A Imponência Alemã

82 LIGNAB. FOREST

Page 85: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

83NOTAS B. FOREST

Foto: Divulgação / Ligna

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84 LIGNAB. FOREST

Mais de 96.000 visitantes caminharam pelos 11 pavilhões da Ligna e tiveram

acesso às soluções, tecnologias e inovações apresentadas por 1.567 expo-

sitores, em aproximadamente 120 mil metros quadrados. No centro nervoso

do complexo da Deutsche Messe, as tecnologias disponíveis para as operações flores-

tais abrilhantavam o evento. Nesta área, estavam disponíveis os lançamentos da Ponsse,

John Deere, Palfinger, Stihl, Doppstadt, Sennebogen, CBI, Serra, Combilift, entre outras.

A Ponsse apresentou o lançamento, que está chegando ao mercado florestal brasilei-

ro, o Havester Scorpion. A nova máquina tem foco o operador. Este diferencial permite

mais eficiência e produtividade nas operações de colheita graças a maior visibilidade,

estabilidade e posicionamento da cabine. O posicionamento da grua também permite

um trabalho mais preciso e seguro.

O diretor de marketing da Ponsse Latin America, Fernando Campos com o Harvester Scorpion Foto: Divulgação

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85LIGNA B. FOREST

O ForestSight™, sistema de monitoramento remoto de máquinas foi o grande desta-

que da John Deere. O software, foi desenvolvido para produtores que desejam manter

as máquinas operando por mais tempo e com maior produtividade. O sistema, ainda não

disponível ao mercado brasileiro, é composto por um pacote formado por: JDLink (dá

acesso remoto a localização e utilização da frota gerando dados de diagnóstico), Machi-

ne Health Prognostics (realiza a inspeção da máquina e análise de dados fluido) e Remote

Diagnostics and Programming (com apoio do dealer, o sistema ajuda a reduzir o tempo

de inatividade, lendo códigos de diagnóstico à distância, bem como gravando o desem-

penho da máquina). Também estavam em exposição HV 1270 E.

Foto: Divulgação

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86 LIGNAB. FOREST

A apresentação das máquinas das duas empresas confirma a tendência dos Harves-

ters de oito rodas, que ajudam a minimizar os impactos causados no solo, graças a dis-

tribuição do peso da máquina em uma maior superfície. Esta característica gera menor

desgaste nas trilhas, erosão e compactação do solo.

A empresa irlandesa Combilift, chamou atenção com exposição do Combilift-SC, um

movimentador de cargas. A solução desenvolvida inicialmente para manuseio de contai-

ners mostrou que também pode ser utilizada pela indústria madeireira, habitação modu-

lar e construção. O modelo tem capacidade de carga superior a 50 toneladas.

Foto: Divulgação

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87LIGNA B. FOREST

Quem visitou a área externa também teve acesso as serrarias móveis e processadoras

de lenha, amplamente utilizadas na Europa, que aos poucos chegam no Brasil com as

tecnologias apresentadas pela Serra, Wood-Mizer, Tajfun.

Foto: Divulgação

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88 LIGNAB. FOREST

Competições

A Sithl animou a área externa dos pavilhões com as clássicas disputas da Stihl Tim-

bersports, onde competidores corriam contra o relógio para desempenhar atividades

como serrar toras sozinhos ou em dupla e até mesmo talhar toras utilizando os clássicos

machados.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Page 91: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

89NOTAS B. FOREST

Page 92: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

90 LIGNAB. FOREST

Aconteceu também a 11th Lower Saxony Crane Driving Championships, uma com-

petição que envolve a operação de Harvesters e Forwarders por homens e mulheres. O

objetivo principal é simples: movimentar e empilhar toras no menor tempo possível.

Foto: Divulgação

Page 93: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

91LIGNA B. FOREST

Pela primeira vez na Ligna, o Wood Industry Summit, proporcionou o diálogo e a

apresentação dos mercados emergentes para os fornecedores de tecnologias flores-

tais e de transformação primária da madeira. Sua realização teve o suporte direto da

KWF (German Forestry Council), Conselho alemão que reuniu delegações da Ucrânia,

Rússia, China e Brasil. Os grupos encontraram no evento uma oportunidade para trocar

informações sobre o mercado e prospectar negócios. “Nesta edição da Ligna, com o

suporte da Wood Industry Summit, conseguimos mostrar a importância do setor flo-

restal como primeiro processo madeireiro”, afirmou a Professora Doutora, Ute Seeling,

diretora da KWF.

A KWF, apresentou tembém em seu estande, localizado na área florestal da feira, os

seus programas de treinamentos, as últimas tecnologias florestais e divulgou a próxima

edição da KWF-Tagung, que será realizada entre os dias 09 e 12 de junho de 2016, na

Bavária.

A comitiva brasileira foi a segunda maior da Wood Industry Summit Foto: Divulgação

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92 LIGNAB. FOREST

Foto: Divulgação

Page 95: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

93LIGNA B. FOREST

Curiosidade

O ponto alto para os visitantes da Ligna, que buscavam por tecnologia para beneficia-

mento da madeira, foi encontrado no estande da Homag. Quem passou por lá, se depa-

rou um o Titan, um robô que apresentava o conceito integrado de produção de móveis,

uma tendência para o mercado.

Ligna 2017

Quem desejar visitar a próxima edição da Ligna, já pode se programar. Ela acontecerá

de 22 a 26 de maio de 2017, em Hannover.

Foto: Divulgação

Page 96: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

94 NOTASB. FOREST

Page 97: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

95NOTAS B. FOREST

Análise Mercadológica

95 MERCADOB. FOREST

Foto: Divulgação

A partir de uma demanda dos nossos leitores sobre informações do mercado de madei-

ra no Brasil, a Revista B.Forest buscou uma parceria com a STCP, para trazer, mensamente,

informações atualizadas sobre o cenário macroeconômico e sua influência no setor flo-

restal. Confira!

Por: STCP

Page 98: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

96 MERCADOB. FOREST

Indicadores Macroeconômicos

Perspectivas Econômicas: A perspectiva para a economia brasileira em 2015 indica

retração do PIB em cerca de -1,35%, enquanto a taxa de crescimento média global

esperada é de +3,5%, conforme estimado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Analistas do mercado prevêem, para o final de 2015, a taxa de juros (Selic) próxima de

14,0%, a taxa de câmbio ao redor de BRL 3,20/USD e a inflação entre 8,5-9,0% ao ano.

• Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu

+0,74% em maio, o que acumulou +5,34% nos cinco primeiros meses do ano e +8,47%

em 12 meses. Acima do limite superior de 6,5% fixado como meta de inflação pelo BCB

(Banco Central do Brasil). A taxa observada em maio é a maior taxa para o mês desde

2008. A estimativa de instituições financeiras para a inflação de 2015 subiu de 8,46%

para 8,79%, a qual, se confirmada, atingirá o maior patamar desde 2003 (9,3%). No en-

tanto, a expectativa oficial do governo para a inflação deste ano está em 8,26%. A alta

do dólar e dos preços administrados (como telefone, água, energia elétrica, combustí-

veis e ônibus, etc.), além dos alimentos, tem impulsionado os preços em 2015. Adicio-

nalmente a inflação de serviços, elevada pelos ganhos reais de salários, continua alta.

• Taxa de Juros: Em meados de junho/2015, o Copom (Comitê de Política Mone-

tária do Banco Central) aumentou pela sexta vez consecutiva a taxa básica de juros (Se-

lic). Mais uma vez, o aumento foi de 0,5 ponto percentual, totalizando 13,75% ao ano, a

taxa mais alta desde dezembro de 2008. Um novo aumento é esperado em 2015, dada

a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central para controle inflacioná-

rio.

• Taxa de Câmbio: A taxa de câmbio fechou em BRL 3,01/USD, em abril, e BRL

3,18/USD, em maio. Desde janeiro de 2015, quando a taxa iniciou o ano com BRL 2,69/

USD, o aumento acumulado até maio foi de 18%. Esse comportamento reflete a es-

calada da taxa e a desvalorização da moeda brasileira desde o ano passado, causada

entre outros pela crise econômica enfrentada pelo país. Em maio, a paridade cambial

foi afetada principalmente pela divulgação do relatório de balanço da Petrobras, o qual

apontou perda de BRL 6 bilhões em 2014, além de relato da melhoria da economia dos

EUA.

Page 99: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

97MERCADO B. FOREST

Índice de preços de madeira em tora no Brasil

Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)

Tora de eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Lami-

nação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.

Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).

Page 100: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

98 MERCADOB. FOREST

Índice Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)

Tora de eucalipto:

Tora de Pinus:

Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Lami-

nação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.

Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).

Page 101: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

99MERCADO B. FOREST

Comentários - Tora de Eucalipto

A variação dos preços médios da tora de eucalipto (Brasil) apresentou aumento no-

minal, nos últimos 12 meses, para todos os sortimentos. Porém, em termos reais, ape-

nas os preços de toras para energia (biomassa) e laminação apresentaram crescimento

real. O aumento de preços da tora para energia está relacionado à competição pelo

uso por diferentes segmentos, em algumas regiões, embora se observe uma sobre

oferta deste tipo de madeira por conta da retração de mercado em regiões tradicionais

produtoras de madeira para energia. O aumento dos preço para toras de laminação é

devido à escassez deste sortimento no mercado, devido à área reduzida com plantios

com rotação mais longa e a retomada das exportações de lâminas e móveis.

As toras finas de eucalipto destinadas a processo/celulose mantiveram seus pre-

ços nominais estáveis, com tendência de leve queda nos preços reais. A produção de

celulose de fibra curta (proveniente de eucalipto) subiu 5,3% em março, em relação a

fevereiro, de acordo com o IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores). Em abril, houve queda

de 2,6% na produção total de celulose (inclui fibra curta, fibra longa e pasta de alto ren-

dimento), totalizando 1,3 milhão ton. Em média, 85% da produção total correspondem

à celulose de fibra curta (cerca de 1,1 milhão ton). A redução na produção de celulose

afetou a demanda por tora de processo, o que, de certa forma, refletiu na oscilação de

preços observada no período.

Os preços médios nominais de toras para serraria também apresentaram tendência

de aumento, embora em termos reais observa-se tendência inversa. A demanda por

toras grossas, principalmente para diâmetro acima de 25 cm, está em alta. Devido à

escassez deste sortimento no mercado, observa-se pressão para aumento de preços,

embora muitas empresas não tenham conseguido efetuar o repasse dos custos de mão

de obra, combustível e energia elétrica. Adicionalmente, a desaceleração da constru-

ção civil no último ano e a redução do crédito tem tornado a situação mais restritiva.

Page 102: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

100 MERCADOB. FOREST

Comentários - Tora de Pinus

Com relação à tora de pinus, observa-se aumento nos preços nominais para todas

as classes de sortimentos, nos últimos 12 meses. Por outro lado, em termos reais ob-

serva-se que não houve recuperação do índice de inflação no período para as toras de

celulose/processo. Os preços reais para este sortimento têm apresentado quedas gra-

dativas. Essa tendência de queda nos preços deve-se principalmente à sobre oferta de

toras finas (8-15 cm) por parte de algumas empresas fornecedoras deste sortimento na

região Sul do país. Todavia, as empresas de painéis estão direcionando gradativamente

suas vendas para o mercado externo. Como parte da madeira de processo é utilizada

por este segmento, existe a perspectiva de leve aumento na demanda pelo mesmo,

com possível pressão sobre os preços.

Os valores médios de tora grossa de pinus (sortimentos de serraria, laminação e

laminação especial) apresentam tendência de alta nos preços nominais e também de

recuperação nos preços em termos reais. A demanda por maiores sortimentos segue

em alta, o que repercute nos preços do produto. Tal fato deve-se à oferta relativamente

reduzida desta matéria-prima no mercado nacional (principalmente sortimentos acima

de > 35 cm de diâmetro). Além disso, a valorização acentuada do Dólar Americano

no mercado brasileiro, nos últimos meses, tem favorecido a exportação de madeira

serrada e compensado. Isto tem refletido em aumento na procura por matéria-prima

(madeira em tora) para a produção de tais produtos destinados ao mercado externo

nos últimos meses.

100 MERCADOB. FOREST

Page 103: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

101NOTAS B. FOREST

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Page 104: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

102 NOTASB. FOREST

Projetado para árvores de grande diâ-

metro, o cabeçote Komatsu S172 realiza

desgalhamento com três facas contro-

ladas hidraulicamente e uma quarta faca

móvel vertical. Ele contém o sistema o

Flex Friction Control (controle flexível de

fricção), o que significa que a posição dos

galhos no caminho de alimentação é re-

gulada por um sensor na faca vertical. O

resultado é baixo atrito, sem sacrifício da

qualidade do desgalhamento.

O sistema de alimentação é baseado em

dois rolos potentes que podem lidar com

árvores realmente grandes. O cabeçote

fornece força de alimentação alta devido

ao projeto especial do motor. Quando é

necessária grande força para alimentar a

árvore, o motor reduz a velocidade de for-

ma a proporcionar mais torque. Da mes-

ma forma, se menos potência é requerida

para a alimentação, o motor acelera.

Para minimizar o tempo de inativida-

de, o S172 é equipado com roteamento de

mangueiras protegido. E para minimizar o

vazamento de óleo hidráulico o cabeçote

é equipado com acoplamentos ORFS.

Opções e recursos de personalização

abrangem desde medição, rolos de ali-

mentação e unidades de serra, até mar-

cação colorida e tratamento de toco. O

Komatsu S172 é projetado para o maior

Harvester da empresa, o Komatsu 951, e

é o cabeçote mais pesado que pode ser

entregue junto com uma grua de 10 me-

tros. O peso do cabeçote é de no mínimo

1.675 kg.

Komatsu S172 - operações de derrubada exigentes

Foto: Divulgação / Komatsu

Page 105: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

103NOTAS B. FOREST

De janeiro a abril deste ano, a receita de exportação do setor de árvores plantadas to-

talizou US$ 2,42 bilhões, registrando crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período

de 2014. Também nos quatro primeiros meses de 2015, o setor registrou saldo positivo de

US$ 2,03 bilhões, na balança comercial setorial, ou seja, um aumento de 14% em relação ao

primeiro quadrimestre de 2014. Os segmentos que se destacaram foram celulose, papel e

painéis de madeira.

Celulose – Entre janeiro e abril de 2015, a produção de celulose totalizou 5,42 milhões

de toneladas, alta de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume expor-

tado registrou crescimento de 12,7% na comparação com 2014, totalizando 3,66 milhões

de toneladas.

Papel – Nos quatro meses de 2015, as exportações de papel atingiram 639 mil toneladas,

ante 642 mil toneladas no mesmo período do ano passado. A produção se manteve prati-

camente estável de janeiro a abril de 2015 e atingiu 3,4 milhões de toneladas.

Painéis de madeira – As exportações de painéis de madeira praticamente dobraram no

primeiro quadrimestre deste ano, totalizando 170 mil metros³, o que representa alta de

97,7% na comparação com o acumulado desse período em 2014.

Setor sem crise

O Estado de Mato Grosso do Sul vai atingir à marca de um milhão de hectares plantados

até o fim de 2017. É o que garantiu o presidente da Reflore – MS (Associação Sul-Mato-

-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis. De acordo

com ele, essa meta estava prevista, inicialmente, para 2020. No entanto, a demanda por

florestas plantadas aumentou e houve uma aceleração deste plantio devido ao anúncio

da duplicação da Eldorado Brasil e Fibria, cujos investimentos somam quase R$ 16 bilhões,

além da construção de uma fábrica de MDF, no município de Água Clara e de uma terceira

fábrica em Ribas do Rio Pardo. “Na pior das hipóteses, chegaremos a esta área em 2018,

mas, sem dúvida, antes de 2020”, acrescentou Reis.

Previsão antecipada

Page 106: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

104 NOTASB. FOREST

A Eldorado Brasil lançou, no dia 15 de junho, a pedra fundamental da construção de

sua nova linha de produção de celulose em Três Lagoas (MS). A empresa terá a maior

linha de produção de celulose do mundo, com capacidade nominal para mais de dois

milhões de toneladas de celulose por ano. Com as duas linhas em operação, a Eldora-

do será capaz de fabricar até 4 milhões de toneladas de celulose por ano.

“Com o início das obras da nova linha, a Eldorado dá um passo fundamental para

ser uma das líderes do setor de celulose do mundo, com competitividade e sustenta-

bilidade em todas as etapas do processo”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da

companhia.

A construção da nova linha de produção exige um investimento industrial estimado

em R$ 8 bilhões, sendo 30% proveniente de capital próprio e 70% de linhas de crédito

de longo prazo compatíveis com a estrutura do projeto. O processo de estruturação

de capital já está bem avançado e tem previsão de conclusão ao longo do segundo

semestre de 2015.

Além da Eldorado, a Fibria também anunciou uma expansão em seus negócios e

no início de junto, os deputados federais pertencentes à Frente Parlamentar de Silvi-

cultura, Newton Cardoso Junior, Carlos Marun e Mauro Pereira, anunciaram que uma

terceira fábrica de celulose se instalará no Mato Grosso do Sul. Nada está claramente

confirmado, mas, por enquanto, o município de Ribas do Rio Pardo é o mais cotado

para receber esta terceira fábrica.

Eldorado Brasil dá início a construção da nova fábrica de celulose

Foto: Divulgação

Page 107: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 09 Ano 02 n° 06 2015

105NOTAS B. FOREST

A Lei Complementar Nº 567, que agiliza as vistorias para a liberação do plano de

manejo florestal para os empresários do setor madeireiro de Mato Grosso, foi publi-

cada no Diário Oficial. Com a publicação da nova lei, as vistorias prévias não serão

mais necessárias para a liberação do plano de manejo, o que irá acelerar ao processo.

A notícia da publicação foi anunciada na metade de junho em reunião realizada entre

representantes do setor madeireiro, o governador Pedro Taques e a secretária de Meio

Ambiente, Ana Luiza Peterlini.

A medida é uma resposta a um pedido feito pelo setor madeireiro ao governador

para que houvesse mais agilidade no processo de manejo florestal e o apoio do gover-

no de Mato Grosso para o desenvolvimento da atividade de forma sustentável. Foram

liberados pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) 43 projetos de

manejo florestal este ano, mas, segundo o Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e

Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), estão protocolados 586 projetos

na secretaria.

Lei que agiliza vistoria de manejo florestal é sancionada

Foto: Divulgação

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110 AGENDAB. FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Custos Florestais

Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde: Curitiba (PR).

Informações: www.malinovski.com.br

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde: Durban (África do Sul).

Informações: www.fao.org/forestry/wfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando: 06 a 09 de Julho de 2015

Onde: Kelowna (Canadá).

Informações: www.forestandwater2015.com

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde: Linz (Áustria).

Informações: www.formec.org

2015

OUT

06

OUTUBRO

Austrofoma

Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde: Hochficht (Áustria).

Informações: www.austrofoma.at

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111AGENDA B. FOREST

2015

OUT

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde: Curitiba (PR).

Informações: www.apreflorestas.com.br

2015

OUT

22

OUTUBRO

5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máqui-

nas Florestais

Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde: Curitiba (PR).

Informações: www.malinovski.com.br

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde: Concepción (Chile).

Informações: www.expocorma.cl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3º Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde: Curitiba (PR).

Informações: www.malinovski.com.br

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