b.forest - a revista eletrônica do setor florestal - edição 06 ano 02 n° 03 2015

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Edição 06 ano 02 n° 03 2015

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Page 1: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

NOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL

Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees

JohnDeerecombrFlorestal

AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633

1EXPEDIENTE B FORESTNOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL

Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees

JohnDeerecombrFlorestal

AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633

2 EXPEDIENTEB FOREST

3EXPEDIENTE B FOREST

4 EXPEDIENTEB FOREST

Indiacutece06

09

14

24

36

44

51

56

57

58

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

TECNOLOGIA

MOMENTO EMPRESARIAL

NOTAS

FOTOS

VIacuteDEOS

AGENDA

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 2: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

1EXPEDIENTE B FORESTNOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL

Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees

JohnDeerecombrFlorestal

AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633

2 EXPEDIENTEB FOREST

3EXPEDIENTE B FOREST

4 EXPEDIENTEB FOREST

Indiacutece06

09

14

24

36

44

51

56

57

58

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

TECNOLOGIA

MOMENTO EMPRESARIAL

NOTAS

FOTOS

VIacuteDEOS

AGENDA

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 3: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

2 EXPEDIENTEB FOREST

3EXPEDIENTE B FOREST

4 EXPEDIENTEB FOREST

Indiacutece06

09

14

24

36

44

51

56

57

58

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

TECNOLOGIA

MOMENTO EMPRESARIAL

NOTAS

FOTOS

VIacuteDEOS

AGENDA

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

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2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 4: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

3EXPEDIENTE B FOREST

4 EXPEDIENTEB FOREST

Indiacutece06

09

14

24

36

44

51

56

57

58

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

TECNOLOGIA

MOMENTO EMPRESARIAL

NOTAS

FOTOS

VIacuteDEOS

AGENDA

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 5: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

4 EXPEDIENTEB FOREST

Indiacutece06

09

14

24

36

44

51

56

57

58

EDITORIAL

ENTREVISTA

PRINCIPAL

ESPECIAL

TECNOLOGIA

MOMENTO EMPRESARIAL

NOTAS

FOTOS

VIacuteDEOS

AGENDA

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 6: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

5EXPEDIENTE B FOREST

ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar

para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo

Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Armando Santiago

Foto Divulgaccedilatildeo

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 7: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

6 EXPEDIENTEB FOREST

ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski

Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski

Executiva Comercial Josiana Camargo

Editora Giovana Massetto

Jornalista Amanda Scandelari

Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela

Financeiro Jaqueline Mulik

Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar

Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar

(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)

Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da

Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)

BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal

Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015

Malinovski Florestal

+55(41)3049-7888

Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455

wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr

Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-

clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que

tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo

desenvolvimento do setor no paiacutes

A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do

mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do

mercado

Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing

e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e

vivecircncia com o setor de florestas plantadas

Saudaccedilotildees Florestais

Novas tendecircncias da silvicultura

6 EDITORIALB FOREST

copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 8: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

7EXPEDIENTE B FOREST

quando o assunto FoRequipamento

FloRestal Falecom a tRacbel

Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios

a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais

Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras

fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner

uma referecircncia no mercado florestal

Entre em contato agora mesmo com

um dos nossos consultores e conheccedila

nossas solucotildees

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 9: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

8 ENTREVISTAB FOREST

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 10: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

9ENTREVISTA B FOREST

Foto

Div

ulga

ccedilatildeo

In

tern

atio

nal P

aper

9ENTREVISTA B FOREST

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 11: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

10 ENTREVISTAB FOREST

Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper

Pode-se dizer que Armando Santiago

eacute um profissional completo O engenhei-

ro florestal iniciou a carreira na Internatio-

nal Paper e dentro da companhia teve a

oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-

as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-

do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-

nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-

mente eacute diretor de supply chain sourcing

e florestal da IP Ele acredita que toda essa

experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo

o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-

clusiva ele conta sobre a vida profissional e

como enxerga o setor florestal Confira

Quais foram seus primeiros passos no se-

tor florestal

Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal

pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-

trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-

cursos Naturais na Universidade de Edim-

burgo (Escoacutecia) Trabalho na International

Paper desde que me formei Por muitos

anos atuei no departamento florestal e

hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-

tal supply chain e sourcing

Pode contar um pouco mais sobre os mais

de 20 anos de trabalho na IP

Uma das melhores coisas que existe

na International Paper eacute a possibilidade

de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo

que natildeo sejam correlatas com sua

formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude

trabalhar nas aacutereas florestal planejamento

estrateacutegico marketing logiacutestica

atendimento ao cliente manufatura

sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem

de participar como gerente do projeto da

construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de

eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De

cada uma dessas aacutereas levo algo relevante

de aprendizagem pessoal e profissional

mas posso ressaltar senso de urgecircncia

importacircncia das pessoas importacircncia

de processos e sistemas de gestatildeo uso

disciplinadoorientado de recursos visatildeo

dos acionistas criaccedilatildeo de valor como

meacutetrica principal e principalmente o

respeito agraves pessoas

Como se preparou para assumir o cargo de

Diretor

Ao longo desses 25 anos de carreira a

preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas

responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo

de ser Tive oportunidade de passar dois

10 ENTREVISTAB FOREST

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 12: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo International Paper

ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas

proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto

finalrdquo

Armando Santiago

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 13: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

12 ENTREVISTAB FOREST

ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se

fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial

A capacidade de inovar e reinventar eacute

extremamente importanterdquo

anos na matriz nos Estados Unidos antes

de assumir a minha primeira diretoria a de

planejamento estrateacutegico em 2000 Desde

entatildeo procuro sempre me aprimorar no

que faccedilo ou no que farei Mas os principais

meios satildeo treinamentos formais como o

MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e

diversos outros cursos em instituiccedilotildees de

ensino nacional e internacional Sempre

contei tambeacutem com muita ajuda dos meus

tutores formais e informais como chefes

e companheiros de trabalho Em uma

empresa com mais de 60 mil colaboradores

sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de

alguma maneira

Quais satildeo os principais desafios deste car-

go

Satildeo sempre os mesmos de qualquer

cargo como dar um propoacutesito aos

profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que

seja instigante e desafiadora e que faccedila com

que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo

maximizando e otimizando os recursos

disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante

pela maacutexima eficiecircncia com times de

alto desempenho A escolha das pessoas

certas para os cargos certos natildeo eacute menos

importante E como natildeo poderia deixar de

ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade

dos negoacutecios do ponto de vista mais

holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio

ambiente

Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi

presidente do IPEF e Florestar Hoje atua

como coordenador do Conselho Florestal

da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do

setor

A presidecircncia do IPEF (Instituto de

Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das

funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele

como centro de referecircncia em pesquisas

florestais tem um papel fundamental no

setor Ter convivido com os profissionais

docentes e o corpo administrativo do IPEF em

especial o Professor Barrichelo acrescentou

muito na minha vida profissional e pessoal

Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista

de Plantadores de Florestas Plantadas)

aprendi muito sobre o setor paulista de

florestas plantadas Atualmente atuo como

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 14: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

13ENTREVISTA B FOREST

coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute

(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou

sempre disposto a ajudar o setor quando

necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um

cargo especiacutefico que eu almeje mas o

setor poderaacute contar comigo no que for

necessaacuterio

Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor

florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-

mas deacutecadas

Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o

niacutevel profissional e os ganhos expressivos de

produtividade e investimentos Haacute 25 anos o

setor comeccedilava a se mostrar para o mundo

e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A

silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e

o setor de celulose como consequecircncia

eacute o estado da arte Posso citar algumas

aacutereas especiacuteficas como colheita

florestal biotecnologia sustentabilidade

produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas

estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um

setor pujante que soacute faz crescer e trazer

divisas para o Brasil aleacutem de exportar

produtos e tecnologia

Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave

colheita da madeira Os mesmos sistemas

deveratildeo ser mantidos

Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas

no longo prazo posso antecipar algumas

mudanccedilas como o setor de bioenergia que

deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de

colheita mais apropriadas ao produto final

A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por

consequecircncia que traratildeo alguns desafios

aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-

se a esse requisito fundamental demandado

pela sociedade

Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura

como uma tendecircncia de curto prazo

A constante escassez de matildeo de obra os

custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada

fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais

prioridades do setor silvicultural

Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas

pelo setor florestal nos proacuteximos anos

Como elas poderatildeo ser superadas

As dificuldades que qualquer setor de

matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas

em grande escala possui competitividade

aumento de custos escassez de matildeo

de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo

sustentabilidade niacuteveis de retorno ao

investidor substituiccedilatildeo de produtos

globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo

tradicionais questotildees eacuteticas e morais

(biotecnologia por exemplo) para citar

algumas

Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-

restal

Sim que ele se torne um iacutecone no que

diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica

maneira de se manter no topo do poacutedio

Ainda somos extremamente tiacutemidos quando

se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo

setorial A capacidade de inovar e reinventar

eacute extremamente importante

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 15: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

14 PRINCIPALB FOREST

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 16: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

15PRINCIPAL B FOREST

Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-

canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao

crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees

no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-

to de teacutecnicas novas e exclusivas

A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura

Foto Malinovski Florestal

15PRINCIPAL B FOREST

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

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2015

NOV

19

NOVEMBRO

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Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 17: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

16 PRINCIPALB FOREST

Que a silvicultura no Brasil eacute di-

ferente do restante do mundo

natildeo eacute novidade As caracte-

riacutesticas de clima solo relevo e sistemas

de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-

das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute

amplamente difundido eacute que essas pe-

culiaridades podem ser uacuteteis para o de-

senvolvimento de novas tecnologias Es-

pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil

tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-

ccedilatildeo da silvicultura em larga escala

ldquoAtualmente os equipamentos utili-

zados na silvicultura brasileira satildeo adap-

tados da agricultura Mas as empresas

natildeo querem mais operar com adapta-

ccedilotildees devido a qualidade que necessitam

e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo

Sereguin Cabral de Melo coordenador

teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-

tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-

restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute

surgindo e profissionais do setor flores-

tal acreditam que nos proacuteximos anos

novidades em maacutequinas e equipamentos

estaratildeo disponiacuteveis no mercado

O diretor da Komatsu Forest Edson

Martini explica que os produtores flo-

restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura

de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-

culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-

veis mas natildeo existe um modelo de sil-

vicultura parecido com o nosso Nossa

atividade de grande escala natildeo existe em

outro local do mundo Por isto acredito

que desenvolveremos tecnologias ino-

vadorasrdquo

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 18: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

17PRINCIPAL B FOREST

Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos

custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos

pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que

torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em

algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto

natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente

e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva

almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e

logiacutestica da Veracel

Foto Malinovski Florestal

Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 19: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

18 PRINCIPALB FOREST

Um processo em andamento

Algumas empresas do setor jaacute percebe-

ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-

ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado

bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-

cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-

caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual

ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual

pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-

do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo

de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A

empresa tem conseguido de forma customi-

zada desenvolver internamente um imple-

mento de trator que desempenha de duas a

trecircs atividades que antes eram feitas separa-

damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-

memora Borenstain

A Klabin desenvolve pesquisas no mane-

jo de planta daninhas buscando a otimiza-

ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo

operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute

outra linha de pesquisa que busca a padroni-

zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-

cia de matildeo de obra

Caio Eduardo Zanardo gerente geral de

planejamento e desenvolvimento florestal da

Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem

investido em silvicultura ldquoTemos um projeto

denominado Floresta do Futuro no qual exis-

tem 14 vias de desenvolvimento que buscam

a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da

produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-

ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-

canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de

herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-

nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo

tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda

temos grandes desafios no plantio em aacutereas

de reforma pois a presenccedila do toco segue

como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-

pleta

Experiecircncias Promissoras

Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-

versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John

Deere projetou uma plantadeira e acredita

que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser

desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-

volve o preparo do solo O mercado precisa

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 20: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

19PRINCIPAL B FOREST

de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de

maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry

Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A

FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de

geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz

o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-

do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades

silviculturais

Tecnologia de base

Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda

natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e

buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo

aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 21: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

20 PRINCIPALB FOREST

ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo

Sergio Borenstain da Veracel

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 22: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

21PRINCIPAL B FOREST

para tornar a silvicultura mais produtiva

Felizmente as grandes empresas de maacute-

quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa

atividade de grande escala natildeo existe em ou-

tro lugar no mundo Poderemos adaptar os

equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas

vamos precisar inovar Neste caso estamos

falando em um novo sistema para o setor e

natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson

Martini diretor da Komatsu Forest

O especialista de produto da New Holland

acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-

ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores

produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma

seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-

diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis

ao crescimento das florestas temos ciclos de

rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo

pondera

Tempo X Novas Maacutequinas

Mas quando essas tecnologias seratildeo re-

alidade e efetivamente utilizadas no Bra-

sil Esse questionamento gera um pouco

de discussatildeo no setor mas os profissionais

preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs

ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-

do pelo burocraacutetico e dispendioso processo

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 23: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

22 PRINCIPALB FOREST

de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-

pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem

transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas

uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo

de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini

Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que

iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas

atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista

hoje diria que demoraria cinco anosrdquo

Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-

porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar

pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-

tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no

desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que

ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)

Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e

consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade

do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo

maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo

Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-

nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses

com tradiccedilatildeo neste segmento

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 24: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

23EXPEDIENTE B FOREST

Making more out of wood

LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia

O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses

Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro

Natildeo perca Garanta seu ingresso agora

11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 25: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

24 ESPECIALB FOREST

Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-

timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel

em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais

caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-

formaccedilatildeo

Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte

24 ESPECIALB FOREST

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 26: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

25PRINCIPAL B FOREST

Foto Malinovski Florestal

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 27: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

26 ESPECIALB FOREST

As estradas e o transporte adqui-

riram relevante importacircncia nas

operaccedilotildees florestais isso por-

que os custos do binocircmio estrada-trans-

porte afetam consideravelmente os custos

da produccedilatildeo Portanto o planejamento do

transporte eacute de grande relevacircncia tendo

que levar em conta caracteriacutesticas relativas

agrave carga transportada como tambeacutem o tipo

e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-

tentes e o material de construccedilatildeo empre-

gado nas mesmas No caso florestal o pla-

nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as

estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-

quado agraves exigecircncias das demandas Entre-

tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da

malha viaacuteria florestal eacute frequentemente

muito simples o que as tornam sensiacuteveis

agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-

jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-

nente

De acordo com Jorge Malinovski dire-

tor geral da Malinovski Florestal a implan-

taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade

principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-

tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra

e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a

implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-

porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo

da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do

traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-

cas da estrada sendo classificado em es-

tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o

centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo

dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-

rante todo o ano secundaacuterias que deman-

dam menor qualidade comparada com as

primaacuterias e caracterizam-se por serem im-

plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem

levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias

estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante

todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-

tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-

do utilizadas sazonalmente onde podem

ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-

nhos de maacutequina que se caracterizam por

serem abertos dentro da floresta e utiliza-

dos somente pelas maacutequinas florestais

Carlos Cardoso Machado por meio do

livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-

das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-

truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o

primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e

transporte florestal Elas tecircm como carac-

teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-

go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-

de alta tonelagem de transporte e traacutefego

em uacutenico sentido Entre outras finalidades

estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a

extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e

a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica

operacional auxiliar no combate a incecircn-

dios florestais e controles profilaacuteticos faci-

litar o transporte de maacutequinas materiais e

pessoas permitir o escoamento da produ-

ccedilatildeo e produtos florestais

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 28: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

27ESPECIAL B FOREST

ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas

interferem diretamente em vaacuterios aspectos que

vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de

acidentesrdquo

Foto Malinovski Florestal

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 29: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

28 ESPECIALB FOREST

Operaccedilatildeo essencial

Por ser parte fundamental na produccedilatildeo

florestal o desempenho do transporte deve

ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser

expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-

dimento energeacutetico traduz melhor os resul-

tados por ser independente do tempo total

do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-

culo fica prejudicada com o aumento da ida-

de bem como com a queda na qualidade da

rodovia Estudos especializados concluiacuteram

que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de

uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos

De acordo com o Banco Mundial os custos

operacionais de um veiacuteculo em uma estra-

da mal conservada satildeo bem maiores que

em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos

com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-

beacutem satildeo consideraacuteveis

Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas

empresas de logiacutestica que realizam transpor-

tes florestais de forma terceirizada De acor-

do com Edimar Antunes coordenador ope-

racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em

uma estrada mal pavimentada causa o des-

gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de

quebra de componentes de suspensatildeo e au-

menta o desgaste do sistema de freios o que

acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-

los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-

tos para a empresa contratante os mesmo

ainda prejudicam o motorista que fica obri-

gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade

reduzida o que aumenta o tempo de viagem

e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal

da jornada de trabalhordquo alerta Edimar

Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral

de operaccedilotildees florestais da transportadora

JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-

beacutem acrescenta outros fatores diretamente

influenciados pela maacute qualidade das estra-

das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-

mentadas que geralmente estatildeo dentro das

florestas interferem diretamente em vaacuterios

aspectos que vatildeo desde a produtividade da

frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja

uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios

pois podem ser realizados cuidados contiacute-

nuos ou pontuais para minimizar impactos

da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o

ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas

comprometem a aderecircncia dos pneus com o

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 30: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

29ESPECIAL B FOREST

solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo

provocando o retardamento de uma frena-

gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-

luntaacuteriordquo adverte

De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-

ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-

cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia

que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute

reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-

da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do

tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos

custos de transporte Os mesmos estudos

apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-

raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas

condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos

dia equivale ao dobro dos custos da manu-

tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos

maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-

sibilita um retorno alto para a economia em

geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo

rodoviaacuteria

A CMPC Celulose Riograndense tem

grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-

to internas da empresa quanto as externas

ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil

msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para

nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella

Giacomolli coordenador de estradas flores-

tais da empresa Ele conta que para conservar

a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC

tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o

transporte da madeira satildeo enviadas para fa-

zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-

iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto

que se possa observar algum processo mais

grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo

da estradardquo exemplifica

Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel

manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-

beacutem tem o cuidado na hora de escolher o

revestimento que eacute aplicado nas estradas

ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-

dos nas proacuteprias fazendas Somente quando

natildeo tem o material ideal procuramos mate-

riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela

empresa satildeo saibro e cascalho

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 31: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

30 ESPECIALB FOREST

Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais

utilizados na execuccedilatildeo do revestimento

primaacuterio podem ser granulares como

cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho

areia subprodutos industriais escoacuterias ou

mistura de quaisquer uns deles bem como

cimentantes e estabilizantes quiacutemicos

ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas

objetivando o reforccedilo do subleito nos

serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do

revestimento primaacuterio e na maioria das

correccedilotildees dos problemas comuns nas

estradas de uso florestalrdquo

Satildeo eles

Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos

menores que 0005mm

Silte - solos que podem apresentar

comportamento arenoso ou argiloso

dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica

Os gratildeos podem variar entre 0005 a

0075mm

Areia - solos de granulometria mais

grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou

arredondado constituiacutedo principalmente por

quartzo Podem ser classificados em dois

tipos

Areia Fina - composta por gratildeos que

variam entre 0075 a 042mm

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 32: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

31ESPECIAL B FOREST

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 33: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

32 ESPECIALB FOREST

Areia Gross - composta por gratildeos que

variam entre 042 e 20mm

Saibro - solo residual argilo-arenoso

que pode conter pedregulhos em sua

composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo

incompleta de rochas Dependendo do tipo

de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse

material pode apresentar valores bastante

elevados Em regiotildees com presenccedila de

granito o saibro eacute o material mais usado

nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de

terra

Pedregulho - materiais compostos em

sua maioria por quartzo Possui forma

arredondada e a granulometria varia entre

20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute

conhecido como ldquoseixo roladordquo

Cascalho - material granular com a

possibilidade de apresentar pedregulhos

Pode ter diversas origens como fluvial e

residual Recomenda-se para o revestimento

primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo

diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada

Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro

meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm

Escoacuteria - subproduto proveniente da

fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela

fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro

juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes

(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque

Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de

aglutinantes para a melhoria de base da

estrada

bull Solo cimento

bull Solo cal

bull Argilamento do solo

bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador

de materiais terrosos complexos reativos ao

caacutetion entre outros

ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em

logiacutestica florestal Francisco Eduardo de

Faria garante que as empresas que apre-

sentam maior produtividade florestal satildeo

tambeacutem as que em sua grande maioria

apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom

desempenho econocircmico eacute resultante de um

investimento a longo prazo em infraestrutu-

rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de

Aacutervores) indica que esse investimento seja

ser de cerca de 6 do orccedilamento anual

Aleacutem de reservar uma parcela do or-

ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um

planejamento para esse dinheiro Para Ra-

fael Malinovski consultor senior da Mali-

novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado

de forma equivocada Antes de comprar o

revestimento e principalmente o cascalho

eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 34: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

33ESPECIAL B FOREST

material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar

com os dias contados Existem outros tipos

de revestimentos que podem ser aplicados

e propiciar bons resultados Pesquisas e es-

tudos podem determinar o material mais in-

dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo

tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-

cado na Europa e Estados Unidos Materiais

muito bem sucedidos nesses lugares ainda

satildeo pouco usados aqui no Brasil

Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio

De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-

Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de

uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-

mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-

cos que podem ser observados a seguir

Foto Divulgaccedilatildeo

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 35: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

34 ESPECIALB FOREST

1 ndash Serviccedilos preliminares

Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento

da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-

lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo

transversal e de drenagem Caso contraacuterio

a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar

rapidamente O revestimento soacute pode ser

aplicado se a base e a sub-base estiverem

em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra

os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-

velar e acabar se misturando com o mate-

rial que compotildee as camadas inferiores Por

esse motivo elas devem estar devidamente

compactadas e com espessura correta

2 ndash Execuccedilatildeo

21 ndash Preparo da plataforma

Nessa fase eacute feito o reestabelecimento

da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista

de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de

abaulamento entre 2 e 4 de declividade

para os bordos As faixas laterais e sarjetas

tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-

rem nas conformidades

22 ndash Depoacutesito do material na pista

Deve-se depositar o material de revesti-

mento na aacuterea central da pista ou nos bor-

dos dependendo da largura da plataforma

com espaccedilamento suficiente para obter a

espessura final desejada Em seguida o re-

vestimento deve ser espalhado homoge-

neamente No caso de pedras de tamanho

indesejado bem como materiais estranhos

estes devem ser retirados

23 ndash Espalhamento na pista

Essa etapa deve comeccedilar quando houver

um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m

de material depositado e deve ser realizado

pela motoniveladora em toda a largura da

pista

Alternadamente ao espalhamento do re-

vestimento se houver necessidade o ma-

terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-

dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo

24 ndash Umidade da Mistura

Para saber se a umidade da mistura estaacute

correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-

rimento

Primeiro pega-se um pouco do material

e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-

bre a palma da matildeo por alguns segundos

Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar

ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver

lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-

satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o

teor de umidade estaacute correto

25 ndash Compactaccedilatildeo da camada

O revestimento espalhado deve ser

compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar

no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas

curvas o sentido deve ser do bordo interno

para o externo Durante a compactaccedilatildeo o

material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando

que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final

das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve

ser verificado para que natildeo ocorram obstru-

ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes

dispositivos ficaraacute prejudicado

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 36: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

35ESPECIAL B FOREST

Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 37: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

36 ESPECIALB FOREST

O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo

deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-

ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas

um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade

Transporte sob controle

Foto Divulgaccedilatildeo

36 TECNOLOGIAB FOREST

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 38: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

37ESPECIAL B FOREST

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 39: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

38 TECNOLOGIAB FOREST

O sucesso de uma empresa estaacute

em oferecer serviccedilos de qualida-

de executados no menor tempo

e com o menor custo possiacutevel Pensando

dessa forma eacute preciso analisar detalhada-

mente o sistema produtivo e otimizar todas

as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases

de grande importacircncia para as empresas flo-

restais eacute o transporte da madeira tanto da

floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute

o cliente Para que o transporte de madeira

seja feito da forma eficiente e com qualidade

produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-

zer o gerenciamento de frota Dessa forma

o gerente de logiacutestica consegue acompa-

nhar passo a passo o que acontece durante

o transporte

A forma mais comum de se fazer esse

controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas

nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-

corrida e tempo satildeo inseridas manualmente

pelo motorista No entanto esses levanta-

mentos geram dados imprecisos o que pre-

judica a exatidatildeo do planejamento Quando

os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-

to da qualidade e produtividade formando

a base para o aumento da eficiecircncia Esses

aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-

vidade contribuindo para o crescimento da

empresa Para isso os recursos mais indica-

dos para realizar o gerenciamento de frotas

satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-

nologias satildeo constantemente lanccediladas no

mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar

um amplo nuacutemero de dados de forma preci-

sa e completa que possibilitam planejamen-

tos exatos e resultados satisfatoacuterios

Como o setor florestal eacute um nicho de

mercado promissor para as empresas de-

senvolvedoras de softwares tecnologias es-

peciacuteficas foram criadas para o controle do

transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-

tor da Panorama Rastreamento conta que

desde 2006 a empresa oferece ao segmen-

to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-

ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema

inteligente que administra operaccedilotildees em

estradas silvicultura colheita e transportes

Ele gera dados necessaacuterios que corroboram

para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva

reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica

Ele completa dizendo que o software pode

Foto Linker

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 40: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

39TECNOLOGIA B FOREST

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 41: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

40 TECNOLOGIAB FOREST

ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs

(sigla em inglecircs para sistema integrado de

gestatildeo empresarial) disponiacuteveis

Modo de funcionamento

Grande parte das decisotildees estrateacutegicas

da gestatildeo de uma frota tem como pontos de

anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-

ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os

sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-

nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos

de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser

obtidos por meio de sistemas de gerencia-

mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente

de marketing da Zatix empresa de geren-

ciamento de frotas explica que rastreado-

res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e

sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes

equipamentos se comunicam com os servi-

dores da empresa e o cliente por sua vez

pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-

net sem a necessidade de instalar sistemas

ou investir em servidores A Zatix natildeo tem

um software destinado especificamente para

o setor florestal mas indica o Linker que se

adequa as necessidades das operaccedilotildees

A transmissatildeo dos dados segundo Mo-

reto pode ser feita de duas formas integra-

das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado

cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-

troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja

hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-

na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade

de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para

Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-

ticamente o rastreador passa se comunicar

pela rede satelital

Informaccedilotildees recebidas

Por meio dos sistemas automaacuteticos de

controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica

pode acompanhar em tempo real o movi-

mento dos veiacuteculos por um painel de contro-

le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e

alertas caso aconteccedila algo inesperado

Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de

geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos

no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-

reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-

locamento pontos de referecircncia entre ou-

tros

Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo

bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o

deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto

em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

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Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 42: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

41TECNOLOGIA B FOREST

por meio do histoacuterico

bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-

terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo

forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica

bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber

mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista

bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de

desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel

bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-

lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para

manutenccedilatildeo

Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento

do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar

Foto Panorama Rastreamento

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 43: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

42 TECNOLOGIAB FOREST

o condutor A telemetria envia para a central

dados que informam como o motorista estaacute

dirigindo velocidade meacutedia no percurso

aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta

excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva

Tudo isso permite uma maior assertividade

no ato da tomada de decisatildeo para aumentar

a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-

presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas

o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-

mento na lucratividade

Mas para que tamanhos de operaccedilotildees

florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo

indicados O coordenador de marketing da

Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer

uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-

ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-

te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio

Segreto da Panorama Rastreamento que

exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a

partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas

de carregamento mas tambeacutem atendemos

operaccedilotildees bem maioresrdquo

A experiecircncia que trouxe resultado

Segreto conta que a Panorama Rastrea-

mento tem como case principal a implanta-

ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm

2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-

dade do estado do Paranaacute Na qual existem

140 caminhotildees que transportam aproxima-

damente 5 milhotildees de toneladas de madei-

ra por anordquo detalha

Ele afirma que a mudanccedila foi significativa

Antes a frota era gerida por planilhas ele-

trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo

ganhou uma rotina online que de acordo

com o diretor da Panorama possibilitou um

incremento de 46 de viagens por veiacutecu-

lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou

a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para

o carregamento em conjunto a gestatildeo de

contingecircncia passou a ser realizada de for-

ma mais eficaz refletindo diretamente na

diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-

porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos

certardquo constata Segreto

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

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Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

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2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

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2015

2015

MAI

MAI

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26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

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MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

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59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

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2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

JUN

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JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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JUN

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JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

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JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

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2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

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2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

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61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

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OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

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Onde Curitiba (PR)

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OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

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2015

OUT

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OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

NOV

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NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

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2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 44: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

43TECNOLOGIA B FOREST

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 45: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

44 TECNOLOGIAB FOREST

Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras

praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais

e agriacutecolas

Combate efetivo agraves formigas cortadeiras

44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 46: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

45TECNOLOGIA B FOREST

Foto Divulgaccedilatildeo

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

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JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 47: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

As formigas cortadeiras estatildeo

presentes em todas as culturas

econocircmicas do agronegoacutecio

brasileiro e os danos causados por elas

satildeo assombrosos independentemente

do estaacutegio em que se encontra a cultura

sendo muito maior nos estaacutegios iniciais

Elas satildeo consideradas a principal pra-

ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com

constantes alocaccedilotildees de recursos ao

lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-

migueiro adulto com trecircs anos de idade

tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees

de formigas De acordo com estudos

esses formigueiros satildeo capazes de con-

sumir 1 tonelada de folhas por ano o que

significa 86 aacutervores de eucalipto adulto

devoradas Dados da Unesp de Botuca-

tu (Universidade Estadual Paulista) qua-

tro formigueiros adultos em 1 ha podem

causar prejuiacutezo de 14 na produtividade

desta aacuterea

Sabe-se ainda que as formigas corta-

deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-

rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia

concentrando sua incidecircncia no conti-

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 48: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST

nente Americano Mais de 70 das espeacute-

cies existentes estatildeo presentes no Brasil

sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-

cies de quenqueacutens Isso torna a formiga

cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-

mica para as produtividades do agrone-

goacutecio especialmente para o setor flo-

restal onde elas satildeo consideradas como

o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-

mitaccedilatildeo da produtividade

Foi pensando nisso que a Atta-Kill

empresa do Grupo Agroceres focou na

pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas para o controle de

formigas cortadeiras dos gecircneros atta

(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA

Linha de iscas formicidas na Agroceres

tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o

final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70

vem desenvolvendo tecnologias para o

controle das formigas cortadeirasrdquo des-

taca Augusto Tarozzo gerente comercial

e marketing da empresa

Formada com a fusatildeo das empresas

Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do

mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill

lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca

agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia

menor impacto ambiental e menor ris-

co para as pessoas e animais frente ao jaacute

proibido dodecacloro

Pesquisas que deram resultado

O gerente da Atta-Kill conta que des-

de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos

para o controle de formigas foram estudados

em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1

se mostraram promissores no controle Ele

explica que para um inseticida ser usado na

fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter

caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para

ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida

para isca granulada deve se dar por ingestatildeo

e nunca por contato natildeo ser percebido pe-

las formigas e ter efeito suficientemente lento

para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda

colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo

satildeo indicados para este fimrdquo esclarece

Atualmente a sulfluramida eacute o mais

conhecido princiacutepio ativo para o controle

de formigas cortadeiras na forma de

isca granulada que reuacutene todas essas

caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou

como um divisor de aacuteguas no conhecimento

sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das

iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 49: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST

parcerias com entidades e universidades

que resultaram nas atuais tecnologias e

conhecimentos sobre formigas cortadeiras e

seu controle

Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a

Atta-Kill busca constantemente por inova-

ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-

ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro

Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio

dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave

base de sulfluramida com pioneirismo nessa

inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-

ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-

restadoras e iniciou o desenvolvimento do

mercado para o MIPIS de papel O qual foi

objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica

de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-

ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo

Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca

hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo

Oito anos depois a Atta-Kill se tornou

uma empresa 100 Agroceres com a com-

pra da parte societaacuteria A empresa iniciou

projetos e programas de investimentos fo-

cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos

que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema

de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO

90012008 De acordo com Augusto Taro-

zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor

com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-

senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo

de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no

controle das formigas cortadeirasrdquo

Alinhada com agraves diretrizes do Grupo

Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma

missatildeo focada na importacircncia de quatro

valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo

qualidade atendimento e resultado como

pilares da proposta de valor e compromisso

corporativo

Em 2014 foi lanccedilado o programa Result

que tem como objetivo alinhar com os clien-

tes florestais a buscas dos resultados espera-

dos nas suas principais necessidades ldquoTemos

sempre como meta a eficiecircncia do controle

com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com

processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-

rismo da Atta-Kill inovando no sistema de

atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente

comercial

Mais informaccedilotildees

wwwmirex-scombr

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 50: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

49TECNOLOGIA B FOREST

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 51: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

50 NOTASB FOREST

Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-

feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento

que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)

deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios

Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em

2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$

40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes

e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando

que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-

ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita

Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr

Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo

Foto Painel Florestal

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 52: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

51NOTAS B FOREST

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 53: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

52 NOTASB FOREST

Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-

tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do

Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento

teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-

ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo

afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de

Base Florestal)

No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a

participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento

Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-

sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a

respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos

florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees

e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem

resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e

o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera

Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense

Foto Malinovski Florestal

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

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2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

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26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

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59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

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2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

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JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

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JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

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2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

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61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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NOV

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Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

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NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 54: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

53NOTAS B FOREST

Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na

sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-

tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da

FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto

geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de

Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo

Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421

teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a

transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo

da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos

A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-

das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo

diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas

Accedilatildeo condenaacutevel

Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

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ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

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2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 55: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

54 NOTASB FOREST

Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa

Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees

para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o

Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de

aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-

sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para

aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode

ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o

uso em escavadeiras

Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia

Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado

Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom

Logset investe em bioenergia

A Eldorado Brasil estaacute usando um novo

meacutetodo no levantamento de dados para o

inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a

companhia iniciou testes com a tecnolo-

gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no

inventaacuterio florestal permitindo estimativas

quantitativas e qualitativas das aacutervores de

eucalipto de maneira mais eficiente e pre-

cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-

restas acontece em um ritmo muito forte

A cada ano temos mais 50 mil ha planta-

dos e esse volume gera a necessidade de

acompanharmos uma aacuterea muito maior e

a inteligecircncia artificial colabora para a agi-

lidade no trabalhordquo explica Vieira

Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em

parceria com alunos de doutorado e pes-

quisadores da UFV (Universidade Federal

de Viccedilosa) o programa de melhoria con-

tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-

sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs

aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo

na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma

das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de

inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso

foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-

formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-

mativas obtidas

Inteligecircncia artificial na silvicultura

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

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2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

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NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 56: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

55NOTAS B FOREST

A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-

forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita

que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para

o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-

duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam

regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa

manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem

vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos

a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-

trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute

maio de 2015

Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg

Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

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21

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MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

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2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

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MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

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MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

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2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

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2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

JUN

18

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2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

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60 AGENDAB FOREST

2015

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JUL

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06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

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JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

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2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

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06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

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2015

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OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

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2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 57: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

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2015

2015

MAI

MAI

21

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MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

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MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

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59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

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2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

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2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

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06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

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Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

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OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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NOV

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NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

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2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

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62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 58: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

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Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

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ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

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5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

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2015

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MAI

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1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

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MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

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59AGENDA B FOREST

2015

MAI

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MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

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2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

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2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

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JUN

18

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2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

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60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

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06

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AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

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SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

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JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 59: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

58 AGENDAB FOREST

2015

2015

ABR

MAI

21

11

MAIO

Ligna

Quando 11 a 15 de Maio de 2015

Onde Hannover (Alemanha)

Informaccedilotildees wwwlignade

ABRIL

Forest Machine Technology Conference

Quando 21 a 23 de Abril de 2015

Onde Montreal (Canadaacute)

Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca

2015

MAI

12MAIO

5ordf Feira da Floresta

Quando 12 a 14 de Maio de 2015

Onde Nova Prata (RS)

Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr

2015

2015

MAI

MAI

21

26

MAIO

1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal

Quando 21 e 22 de Maio de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

MAIO

7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp

Quando 26 a 29 de Maio de 2015

Onde Vitoacuteria (ES)

Informaccedilotildees www7thicepcombr

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 60: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

59AGENDA B FOREST

2015

MAI

28

MAIO

IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal

Quando 28 a 30 de Maio de 2015

Onde Piracicaba (SP)

Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187

2015

JUN

02JUNHO

2deg Trecircs Lagoas Florestal

Quando 02 a 04 de Junho de 2015

Onde Trecircs Lagoas (MS)

Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr

2015

JUN

01

JUNHO

23rd European Biomass Conference and Exhibition

Quando 01 a 04 de Junho de 2015

Onde Viena (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwweubcecom

2015

JUN

11

JUNHO

1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos

Soacutelidos e Qualidade da Madeira

Quando 11 e 12 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

JUN

18

JUNHO

2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e

Ambiental em Atividades Florestais

Quando 18 e 19 de Junho de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 61: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

60 AGENDAB FOREST

2015

2015

2015

JUL

AGO

SET

06

20

07

AGOSTO

4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais

Quando 20 e 21 de Agosto de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

SETEMBRO

XIV Congresso Florestal Mundial

Quando 07 a 11 de Setembro de 2015

Onde Durban (Aacutefrica do Sul)

Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc

JULHO

4th International Conference on Forests and Water in a

Changing Environment

Quando 06 a 09 de Julho de 2015

Onde Kelowna (Canadaacute)

Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com

2015

SET

21

SETEMBRO

2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

Quando 21 a 23 de Setembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

OUT

04

OUTUBRO

48th International Symposium on Forestry Mechanization

Quando 04 a 08 de Outubro de 2015

Onde Linz (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwformecorg

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 62: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

61AGENDA B FOREST

2015

2015

OUT

OUT

06

06

OUTUBRO

V Congresso Florestal Paranaense

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr

OUTUBRO

Austrofoma

Quando 06 a 08 de Outubro de 2015

Onde Hochficht (Aacuteustria)

Informaccedilotildees wwwaustrofomaat

2015

OUT

22

OUTUBRO

5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-

nas Florestais

Quando 22 e 23 de Outubro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

2015

NOV

06

NOVEMBRO

Expocorma 2015

Quando 06 a 08 de Novembro de 2015

Onde Concepcioacuten (Chile)

Informaccedilotildees wwwexpocormacl

2015

NOV

19

NOVEMBRO

3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de

Florestas Plantadas

Quando 19 e 20 de Novembro de 2015

Onde Curitiba (PR)

Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr

62 EXPEDIENTEB FOREST

Page 63: B.Forest - A Revista Eletrônica do Setor Florestal - Edição 06 ano 02 n° 03 2015

62 EXPEDIENTEB FOREST