berthold, margot - história mundial do teatro

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rHistriaMundialEqui pede Reali::-arodoTeatroMARGOTBERTHOLDSup crvis aed tor ulAsxt'HoriaeditoriuiRevisoTraduoj"dic t'Cap a c Proj rt oGrficoPr Ol/ll ci"J. GuinshurgPlnioMartins Filh oIngrid Baslioc Ol gaCafalcchioMar-ia Paula V. Zuraw ski.J . Guins hurg, S rgio Coe lhocClovi s GarciaSand ra Ma rth a Dof invkyAd r ian a GarciaRicar do\\'. Neves. Adrianu Ga rc ia to: HcdnMar ia Lo pes~ \ \ I / ~~ 1@ EDITORAPERSPECTIVA~ I \ \ ~Ttulo do original cmalem o dcs Thco ters1968hy AlfrcdKr nerVer lagiII St ut tgartDad osl nternac ionais de Cmaloga o naPubli cao(C IP)(Cma raHrasilcira do Livro, SIl, Bras il)TSumrioR O\ I.-\ __ _ .. _ .. , 139Int roduo _. . _. . 139Os Ludi Rornani, o Teatro da ResPubli ca _. . 140ComdiaRomana 144Do Tabl ado deMadeiraaoEd ifcioC nico " 148O Teat ronaRomaImperial 151OAn titeatro: Po e Circo. . . 155AF bula Atelana [ (,IMi mo ePanto mi ma. . . . . . . 162MimoCristolgico 167BIz..\ NCIO _ _ . _ - . . . . . 171Introduo . _. _ __. _. _. - . ... 171Bcrthol d. MargotHistria Mundial do Teatro / 1\1argot Berthold:[tradu oMar ia Paula V. Zuraws ki, J. Guinsburg.Srgio Coelho c Clvis Garcia], -- So Paulo:I'crspcctiva, 200 I.Tt ulo or iginal: \\\:Itgcsc.: hichh: dcs ThcatcrsBibliografi a,ISAN 85273 -0nX- 4I. Tea tro - Histri a I. Tit ul o0 1 3650 CDD-792.0 'J- - ----- _._-_. ---ndices para catlogo sistemtico:I. Teatro mundial; Arte dr am ti ca: Hist r ia79".09I edio - I' reimpre ss oDireit os reser vados em lnguaportuguesa EDITORAPERSPECTIVAS.A.Av. llrigodeiroLuis Ant nio , 30250140 1-000- SoPaul o- S I' - BrasilTele rax: ( I I)J 8S-83Swww.cdi torapcrspcctiva x om .hr200 1SOBREESf.\ EDl Ao - J, ...PREFAcIO .o TEATRO .E GITOE ANTI GOORI EJ' T E .Introduo - .EgiI O .Mesopot mia _ .AsO\' It.l ZAES_ .Introduo _ - .Prsia .Tur quia .As Ct v II.IZ\ () ES[1'- [)o P..KiFll,-\S .Int roduo _ .ndia _ _. _ .Indonsia _. _. . _ - .CHI NA_ _ _ - ' "Introdu o - - .Ori gens c os "Ccru Jogos" .Os Estudantcs doJardim das PerasO Caminhopar a oDrama .Drama doNort e cDrama doSul .APeaMu sical doPerodoMingA Concep oArt stica da peradePequ im .O Teat ro Ch insHoj e ., .l w Ao _." _ - - - _.Introduo .[XXI778[6191920232929324453535458616[(,666707575Kagura .Gi gaku .Bu gaku .Saru gakueDenga ku. Precursor es doN.. . . . . .. .. .... . - . .N _ .Kyogen _ - - - .O Teatrode Bonecos . - - . -Kabuki .Shi mpu - . - .Sh ingcki _.. _ - -GRCI A .l ntro du o .. . . .Tragdia. . . . . . .Com dia .O TeatroHelenst ico .OMimo .767878808 1878790999910310310411813()136H i s t o r u M' u n d a d o Tea t ro.TeatrosemDra ma 172Teatrona Arena . . . . . . . . . . . . . . . . . 177O TeatronaIgrej a lnO Teat rona Co rte . . . . . . . . . . . . . . . . 18 ICo mmedia dcl lartce Teat roPopular 353OTeat roBarrocoEs panhol 367Os Ate res Ambul antes 374SobreestaEdioDo AOPI{[' SENTE 451AEI{ADACtrJADANI ABURGUESA. .. . .. . 38] NDI CE 553Int rodu o 3RIOIlumini smo 3R2Cl assicismoAlemo 413Romantismo 429Real ismo 440e nas ci nc ias . Sob es te ngulo, MargotBerthold realizou umtrabalho not vel co m suaHist ria Mundial do Teatro, inte grando, deumamaneiraquesepoderi adizer pri morosa,a buscadocumental , oregi stro oco rrenc ial eopod er desntese esc ritural. Na verdade, est evolume de umaa bra ng nc iasurpree ndentequefazumj ogomuitobem equilibradoentreestticae hi stria, indivduocriador esocie-dade condicionante erecepci onant e, de modoque, com a suari qussi ma iconografia , ela po-der atender, sobretudo co m respeito aos pero-dosmai srepresentativ osdaevoluodotea-tro. s necessida desde informaoedis cu s-sode se uleitor. Ist oporsi par eceuEditoraPer spe cti va, que j ser iaumfator a recomen-dar plen amente suapublica oemlngua por -tuguesae, apesar dasdificul dad es desuatra-du o e doscuidadosex igidospor sua edio,o queimport ouemumlongo trabalhodenos-sa equipe , co mgra ndeprazer que nos per,mitido di zer : Aqui est uma obra de import n -ciaparaabibliotecateatral brasil eira .1. GuinsburgEm princpio, uma Histri a do Teat ro podeter aamplitudedapesquisaedareduoquese u a utorlheder. Compor uma cr nic aeumaanl isedoqu efoi odesenvol vimentoda art edram ticaatr avs dotempo, deseus momen-tos mais significati vose de suas realizaesmai sdi gn asde permanncia como memri ade umpassad o, ou comoatualidade de umafun o, poderiaoc upar uma bibliot eca deAl ex andria ou, co mooc orre tambm, umresuminhonaInt ernet. Odifcil re unir numsco n juntodealgumascentenas de pginas,port anto, ao alcancedequalquer leit or int e-ressado ou estudioso do terna um apanh ado quedco nta, crtica ehistoricament e, dest evastouni versoderealizae s ecri aes queseins-cr eve no hi st ric oenosentido doex istirdohomemnest emund oedesuatr an scendn ci aemrela os condieseos requi sit osma isprimri os para o seuviver , isto, odasua ca -pacidadc decriar obj etosinexistentes na natu-rezabrutae elaborar o seu esprito emfeiescadavezmaisnovas, comoocasodopap eldes uas vri as expresses na c ultur a, na s artes- 54 1Introduo 451ONaturalismoCni co 452AExperimentaodeNovas Formas 462OTeat roEngaj ado 494Show BusinessnaBroadway __. 513OTeat ro ComoExperiment o 519O Tea tro cm Crise '} 52 1OTea tro eos Meios deComuni caodeMassa 523OTea trodoDiretor _ 529I3 I BUO( I{ AI I .-\A I D.\IJE Mrrn-, 185Introduo I R5Repre sent aes Rel igiosas . . . . . . . . . 186Autos Profanos 242AR ENASCENA. . . . . . . . . . . . . . . . 269Introduo 269O Teatro dos Humanistas 270Os Festi vais daCor te 292ODramaEscolar 300As Rcderij kers 304Os Meistersinger 30RO Teat roEli zabetano 3 [2OBARR(X'O 323Int roduo 323peraeSingspiel 324O Ballet deCOI/ r 330Bastid ores Desli zantes e MaquinariadePalco 335O Teat ro Jesuta _ 338Frana : Tragdi a Clssicae Comdiade Ca racteres 344 1'1111!PrefcioNuma dastradicionais cenas daCommc-dia dcll 'arte, umbufo aparece em cen a e ten-ta vender uma casa, el ogi ando- a grandemente,descrevend o-a combrilhoe. par aprovar seuponto devista. apresentaumanicapedra dacon struo.Da mesma forma, falar doteatro do mundoapresentarumani capedr acesperarqueoleitor visualizea estruturatotal apartirdela . Osucesso de uma tentati va como essa depende dacapacidade depersuadir dobuf o, dafora ex-pressiva da pedraedaimaginao do leitor.Escrever um livr osobreoteatro domun-do umatarefa ousada. Oes for opar a desc o-brir , dent ro do panorama het crognco, os den o-minadores comuns que caracterizam o fenme-nodo"t eatro' atravsdo stemposrepresent aum grande desafio. A estrutura necessariamen-te restrita de umestudoco mo esse impeseletividade, omisses. co nc iso , col ocandoassimfat ores subj etivos emjogo. Aprprianatureza ntima doassuntotorn a a obj ctivida-de difcil. Os problemassurgem tologo fei-tauma tentativadeseiralmdoque pur a-mente fatualeapreender ostraos que ca rac-terizamuma poca. Contudo, preci samentenesse ponto que a fascinaopel o processo ar-tsti co do teat rocome a: oleitor ento co lo-cadoface a face com a ex ig ncia no expressadepross eguir, por co ntaprpria. nosassunt osmerament etocados.O mi stri odoteatroresid enum a aparen-tecontradio. Co moum avel a, oteatro co n-somea si mesmo no prprio at o de criar a luz.Enquanto um quadro ouesttua po ssuem exis-tn ci aconcretauma vezterminadooato desua criao . umespe t culo teatral que terminadesapareceimediatament enopassado.Emboraoteatronosej aummuseu. asmltiplas formasco nte mporneasde teatrocons tituemalgocomoum/11/1."" ,. inmginai re:ummusce irnag jnai rc ca pa z de se r trans-formadoemexp erinci a imediata. Todasasnoitesofe recem-seaohomemmodernodra-mas, e nce na ese mt odos de d ire oqueforamde sen vol vidos ao lon go dos sculos.Esses element os so adap t ado s ao gostocontemporneo: so estilizado s. obj etificados.estilhaados, retrabalh ados. Diret or es eato-res recriam-nos: os aur or es reformulam tema stradi cionai s emadapta es modernas. Deter-minadosreformadores quasede stroemo tex-to de ce rtas peas, int roduzindo efeito s agres-sivos ecriandooteatro talai . improvi sado.Umesfor obem- suc ed idoe nfeitiaoes pec-tador, cria resistncia, provoca di scu ssesefaz pen sar.Nenhuma forma teat ral , nenhum antiteatro tonovoqueno tenh a analogia no pa ssado.Oteatro como provocador') Oteatro em cri se')Nenhumadessasqu est es ouproblemassoes pec ificame nte modern os: tod os surgiram nopas sado. Oteatropul sade vidaesemprefoivulnervel senfermidadesda vid a, Masnohraz o para sepreocu par. ou pa raprevi sescomoas de Cassandra. Enqua ntooteat roforcomentado,combatido- easment es crt icastmfeit oissosempre - , guardarseu signi fi-cado. Umteatrode no- controvrsiapoderi aser um museu, uma instituio repet itiva, com-Hst ri a Afull ri i a / do Tva t ro pl acente. Mas umteatroque mo vimenta amenteuma membranasen svel, propensafebr e, umorganismovivo. Eassimqueeledeveser.oTeatroPrimitivo XIIoteat rotovelhoquant oahumanida-de. Ex istemformas primitivasdesde os pri-mrdi os dohomem. Atran sf ormao numaoutrapessoa uma das formas arquetpicas daexpresso humana. Orai odeaodoteatr o,portanto, inclui apant omima de caadospo-vos daidadedogel oeascatego riasdramti-cas diferenciadasdos temposmodernos.Oenc ant omgi co do teatr o. num sentidomais amplo, es t na ca pacidadeinexaurvel deapresentar-seaos olhosdopbl icosemreve-lar seu segredopessoal. O xam que o port a-vozdo deu s, o danarino mascar adoque afas-taos demn ios. oatol' ljuetrazavid aobrado poeta - todos obedecemaomesmo co man-do, queaconj uraodeumaoutra realida-de, mai s verdadei ra. Convert eressaco nj ur a-oem" teatro" pressupeduasco isa s: aele -vaodoart istaaci madasleis que governa ma vida cotidi ana, sua transformao nomedia-dor de umvislumbremai salto ; eapr esenade esp ectadores pr eparad os par a receber amen sagemde ssevi slumbre.Dopontodevistada evoluocult ural, adifer ena ess e ncial entreformas deteatropri-mitivas e mais avan adas onmero deaces-sri oscnicos di sposiodoator par aex-pr essar sua mensagem. Oarti sta de c ulturaspr imi tivas epr imevas arr anj a- se co mumcho -ca lhode cahaa e uma pel e de anima l; a perabarrocamohili zatoda a par afern l ia c nicadesua poca. lon esco des ordena o palc o co m ca-deirasefazumaproclamaosurda-mudadatri ste nulidade daincapacidade humana. Os-culoXXpratica aart e da reduo. Qu alquercoi saalmdeumages tualizao des amparadaou umponto deluz tendea parecer excessiva.Osespet cul os so lodommi co Mar celMarceau soumexempl osoberbodoteatr oatempor al. Fornece m-nosvislumbresde pes-soa s detodos ostempos elugar es, dadanaedodrama de cu lt ur as antigas, dapant omimadas cult urasaltame nte desenvol vidas das ia,da mmi ca da An t igi dade , da Com mediadel l'arte , Numtrabalho intitulado"Juventu-de, Maturidade. Velh ice, Mort e", alguns pou-cos minutostudodequeMarceaunecessitapar a umretr at oemali avelocidadedavidadohomem, e nel e atinge uma intensidade ava s-saladora de expres sivida de dramti ca ele me n-tar. Co moopr prioMar celdi z, apant omima a "arte deidentificar ohomemco m a nature-za ecomoselementos prximos dens" . Elecontinua, not ando queammi ca pode"criar ailuso do tempo" , O c0 11'0do ator torn a-seuminstrument o qu e subs titui umaorques traint ei -ra, uma mod alid ade pa ra expres sar a mai s pes-soa l e, ao me smo tempo, a mai s uni ver salmen -sag em .Oartista qu e necessitaapen as deseucor-poparaevocar mundos intei roseper corre aescala co mpletadas emoesrepr esent at ivoda arte de expres so pr imitiva do teatro. O pr-hi st ricoeomodernoma nifestam-seemsuapessoa. Di scut indo oteatro das tribos primiti-vasemseu livroCenul ora, Oskar EberI ediz:oteatroprimitivoreal arteincorporadanaformahumana C'abrangendotodas as possibilidades do corpoinformadopeloesprito: ele. simultaneamente. a maisprimitivaeamais multiforme, edequalquer maneiraamais velhaarte da humanidade. Por essarazoaindaamais humana, amais comovente arte. Arte imortal.Podemos aprender sobre o teatroprimitivopesquisando trs fontes: astribos aborgines, quetm pouco contato com o resto do mundo e cujoestilo de vida e pantomimas mgicas devem por-tanto ser prximos daquilo que ns presumimosser o estgio primordial da humanidade; as pin-turasdascavernas pr-histricas eentalhes, emrochas eossos; e a inesgotvel riqueza dedan-asrrmicase costumes populares quesobrevi-verampelomundo afora.Oteatrodos povos primitivosassenta-seno amplo alicerce dosimpulsosvitais, prim-rios, retirando deles seus misteriosospoderesdemagia, conjurao, metamorfose~ dos en-cantamentos de caa dos nmades da Idade daPedra, dasdanas de fertilidade e colheita dosprimeiroslavradores doscampos, dos ritos deiniciao, totemismo e xamanismo e dosvrioscultosdivinos.Aformaeocontedodaexpressotea-tral socondicionadospelas necessidadesdavida e pelas concepes religiosas. Dessas con-cepes umindivduo extrai as foras elemen-tares que transformam o homem emummeiocapaz detranscender-se e a seus semelhantes.Ohomem personificou ospoderes dana-tureza. Transformou o Sol e a Lua, o vento e omar emcriaturasvivasquebrigam, disputame lutam entre si e quepodemserinfluenciadasa favorecer o homem pormeiodesacrifcios,oraes, cerimnias e danas.Nosomenteosfestivais de Dionisodaantiga Atenas, mas a Pr-histria, a histria da 2Hssr a Mundial do Teatro.religio, a etnologia c ofolcloreoferecem ummaterialabundantesobre danas rituais efes-tivaisdas maisdiversasformas quecarregamemsi assementesdoteatro. Masodcsenvol-vimento ea harmonizao dodrama cdotea-trodemandamforascriativas que fomentemseu crescimento; tambmnecessriaumaauto-afirmao urbanapor partedoindivduo,juntoa umasuperestruturametafsica. Sem-pre queessas condiesforampreenchidasseguiu-se umflorescimento doteatro. Quantoaoteatroprimitivo, oreversodo seu desen-volvimentoimplicaqueasatisfaodo vis-lumbre superior, emcada estgio, era conquis-tada s custas de algumaparte de suaforaoriginal. fascinantetraar essedesenvolvimentopelas vrias regies do mundoc ver como,quando e sobque auspcios ele se deu. Hcla-ra evidncia deque oprocesso sempre seguiuo mesmo curso. Hoje est completo em quasetodaparte, cos resultadossocontraditrios.Nas poucas reas intocadas. onde as tribosaborgines tmainda delevar a cabo o proces-so, acivilizaomodernaprovocasaltos er-rticos, mais do que um desenvolvimento equi-librado.Para o historiador de teatro, um estudo dasformas pr-histricas revelaparalelos sin-tieos que o seduzem a traar o desenvolvimentoda humanidade mediante o fenmeno do"tea-tro". Conquanto nenhuma outraforma deartepossafazeressareivindicaocommaispro-priedade, tambmverdadeque nenhumaoutra formadeartetovulnervel contes-tao dessareivindicao.Aformade arte comeacomaepifaniadodeus e, cmtermos puramente utilitrios,como esforo humano paraangariar o favore-cimento eaajuda dodeus. Osritosdefertili-dade que hoje socomuns entre os ndiosCherokees quando semeiam e colhem seumi-lhotmseu contrapontonas festividades dacortejaponesa, mmicacmusicalmentemaissofisticadas,emhonra doarroz:assemelham-se tambmaoantigofestival daespiga detri-1 Pinturanarochanarea deCogul. sul de Lrida,Espanha: cena de danaritual. Perodo Paleoltico, segundoH. Brcuil. OTeatro Pr mt t ivo2. Pinturade caverna no sul da l-rana: o"Feiticei-ro" de Troi s Frrcs. PerodoPaleoltico. segundoH.Breuil.godourada, celebrado anualmente emElusispelas mulheres daGrcia.Os mistrios de Elusis so um caso limi-tesignificativo. Soaexpressode urnafasefinal altamente desenvolvida, que, embora po-tencialmente teatral, no leva aoteatro. Cornoosritossecretos deiniciaomasculinos, elescarecemdosegundocomponentedoteatro-os espectadores. O drama daAntigidade nas-ceria da ampla arena doTeatro deDioniso emAtenas, totalmente it vista dos cidados reuni-dos, nonocrepsculomsticodo santuriodeDemter emElusis.Oteatroprimitivoutilizavaacessriosexteriores, exatamentecomoseu sucessor al-tamentedesenvolvidoofaz. Mscaras efigu-rinos, acessrios deconrra-regragern. cenriose orquestras eramcomuns, emborana maissimples forma concebvel. Oscaadores daIdadedoGelo quesereuniamnacavernadeMontespan emtorno deurna figura esttica deumurso estavameles prprios mascaradoscomoursos. Emumritual alegrico-mgico,matavam a imagem dourso para assegurar seusucesso na caada.Adanado ursoda Idadeda Pedranascavernasrochosas da Frana, emMontespanou Lascaux, temseuparalelo nasfestas do tro-fu do ursoda tribo Ainu doJapo pr-histri-co. Emnossa prpria poca,encontrado en-tre algumas tribos indgenas da J:mricadoNorteetambmnas florestas da AfricaedaAustrlia, por exemplo, nasdanasdobfalodos ndios Mandan, nasdanas corroborce aus-tralianas enos rituais pantommicosdocan-guru, do emu oudafocadevrias tribos nati-vas. Em cada novaverso e variadas roupagensmitolgicas, oprimitivoritual decaa sobrevi-vena Europa Central; nasdanas guerreiras ri-tuais gennnicas, na dana daluta de Odin como lobo Fenris (comoaparece na insgniadeTorslunda do sculo VI), e emtodasas personi-ficaes da"caadaselvagem"dabaixa IdadeMdia, indodesdeoniesnieHcllequin francsao Arlecchino daCommediadcll 'arte.Existe uma estreita correlao entre a m-gicaque antecedeacaada ~ ondeapresasimbolicamente morta - ou o subseqente ritodeexpiao easprticas dos xams. Medita-o, drogas, dana, msicaerudosensurde-cedorescausamoestadode transenoqualoxam estabelece um dilogo com deuses e de-mnios. Seucontatovisionriocomooutromundolheconferepoder "mgico"paracu-rardoenas, fazerchover, destruiroinimigoe fazer nascer o amor. Essa convicodoxam, deque elepode fazer com que osesp-ritos venhamemseu auxlio induzem-noajogar comeles.Almdo transe. oxamutiliza-sede todotipodemeios de representaoartsticos: ele freqcnlclIlentemuito maisumartista, e deveter sido aindamais emtem-pos ancestrais(AndreasLommel).As razes do xamanismo comouma"tcnica" psicolgicaparticular das culturascaadoras podemser remontadas ao perodoMagdaleniano no sulda Frana, ouseja, apro-ximadamenteentre 15.000e800 a.c., epor-tantoaosexemplosdepantomimasde magiadecaaretratadasnas pinturasemcavernas.Concebidoe representadoemtermoszoomrficos, opanteodeespritosdas civili-zaesda caasobrevivena mscara: naquelado"espritomensageiro" emformadeanimal,no toternismo e nas mscaras dedemnios-bes-tasdospovos dasiaCentraleSetentrional, e 3das tribos da Indonsia, Micronsia e Polinsia,dosLappse dosndios norte-americanos.Aquele queusaa mscara perdea identi-dade. Ele estpreso - literalmente "possudo"- pelo espritodaquiloque personifica, eosespectadores participam dessa transfigurao.Odanarino javansdoDjaram-kpang, queusa amscarade umcavaloepuladeformagrotesca, cavalgandoumavaradebambu, alimentado compalha.Aromasinebriantes e ritmosestimulan-tes reforam os efeitos doteatro primitivo, umaarte emquetantoaquelequeatua comoosespectadores escapam de dentro de si mesmos.OskarEberleescreve: "Oteatroprimitivoumagrandepera". Umagrandeperaaoarlivre, deveramosacrescentar, que emmuitoscasos intensificada pela cena noturna irreal,na qual a luzdasfogueiras bruxuleia nosros-tos dos "dernnios"danarinos. O palco doteatroprimitivo umareaabertade terrabatida. Seusequipamentosdepalcopodem in-cluir umtotemfixono centro, um feixe de lan-asespetadasno cho, umanimalabatido, ummontede trigo, milho, arroz ou cana-de-acar.Da mesmaforma, as nove mulheres dapinturarupestrepaleolticadeCoguldanamemtornodafigurade umhomem;ou opovode Israeldanava emtorno de bezerro de ouro;ouosndios mexicanos faziamsacrifcios, jo-gos edanavam, invocandoseus deuses: ou,atualmente, os danarinos totrnicos australia-nosserenem quando o esprito ancestralfazsentir suapresena (quandosoam os mugidosdotouro). Assim, tambm, vestgios doteatroprimitivo sobrevivem noscostumes populares,nadana emvoltado mastrode maiooudafogueira de So Joo. assim queo teatro oci-dental comeou, nas danas do templodeDioniso aospsdaAcrpole.Almda dana coral e doteatrode arena,oteatro primitivotambmfez Uso deprocis-ses para suas celebraes rituaisde magia.Asvisitas dosdeuses egpcios envolviam cor-tejos- ossacerdotes querealizavam o sacrif-cio guiavam procisses queincluam cantores,bailarinas e msicos; a esttua de Osrisera trans-portada a Abidos numabarca. Osxiitaspersascomeavama representaoda paixodeHussein com procisses de exorcismo. Todos osanos, emmaro , osndios Hopi da Amricado 4Hs t rict M'un d iu l do Teatro.Norte realizam suadana daGrandeSerpentenuma procisso cuidadosamente organizada deacordo com modelo determinado. Com troncosegalhos constroem seisousete salescerimo-niais (kivass para as fases distintas da dana. Exis-teat mesmoum"diretordeiluminao", queapaga a pilhade lenhaardente cm cada kivatologoa procisso de danarinospassa.Diversascerimnias msticas emagicasesto envolvidas nos ritos deiniciao de mui-tos povosprimitivos, noscostumesque"ro-deiam"aentradadacrianano convviodosadultos. Mscaras ancestrais so usadas numapea com mmica. Emsua primeira participa-o nocerimonial, o nefito aprende o signifi-cadodas mscaras, dos costumes, dos textosrituaisedos instrumentosmusicais. Contam-lhe que negligenciar o mais nfimodetalhepode trazer incalculveis desgraas tribo in-teira.Nailhade Gaua, nas Novas Hbridas, osanciosassistem criticamenteprimeira dan-a dos jovensiniciados. Se umdelescometeumerro, punido com umaflechada.Por outro lado, em todos oslugares e po-cas oteatro incorporoutantoa bufonaria gro-tesca quanto a severidaderitual. Podemos en-contrarelementos farsescos nas formas maisprimitivas. Danasepantomimas de animaispossuemurna tendnciaapriori paraogro-tesco. No momento em que o n do culto afrou-xa, o instintoda mmicapassa aprovocar oriso. Situaesematerial sotiradosda vidacotidiana. Quando obuscador de mel napeahomnima dasFilipinassemetenos maisva-riadosinfortnios, recompensadocomgar-galhadasto persistentesquantoo so, tam-bm, os atoresdapantomimaparodstica"OEncontro comoHomemBranco", nobosqueaustraliano. Onativopintaseu rostode ocrebrilhante, pe umchapude palha amarelo,enrola juncosaoredordaspernas- eaima-gem docolono branco, calado com polainas,estcompleta. Otrajed achaveparaaim-provisao - umaremota, mas talvez nem tan-to, pr-figuraodaCommcdiudeli 'arte. medida queas sociedades tribais torna-vam-se cada vezmais organizadas,uma esp-cie de atuao profissional desenvolveu-seentre vrias sociedades primitivas. Entre osAreoi da Polinsia c os nativos da NovaPomernia, existiamtroupes itinerantes que3. Pintura na parede deumtmulotebano: jovens musicistas comcharameladupla. aladelongoeharpa. Da pocade AmenhotepII, c.1430 a.c.4. Danarino - "pssaro"maia.comchocalhoe estandarte. Pinturana parede dotemplodeBonarnpak. Mxico, c. 800d.e.Egitoe AntigoOrienteviajavam de aldeia em aldeia e de ilha em ilha.O teatro, enquanto compensao paraa rotin ada vida , pode ser encontrado onde quer que aspessoas serenamna esperana da magiaqueas tran sport ar para uma realidade mai s eleva -da. Isso verdade independentemente de a ma-gia aco ntec er numpedao de terr a nua, numacabana de bambu , numa plataformaounummodern o pal cio rnultimdia de concretoe vi-dro . verdade, mesmo se o efeit o final fordeumadesilusobrut al.A mscara mais altiva e a mais impressio-nant e pompanopodemsal var oImperadorJones, de O'Neill , dopesadelodaautodestrui-o . Os antigos poderes xarnnicos es magam-no numa lgebr e noite deluar aosom detam-bores africanos. Nesta peaexpressi oni st a,O'Neill exa lta os "pequenos medos sem forma",transformando-os no ameaador frenesi docu-randei ro do Congo, cujo chocalho de osso s mar-ca o tempo par a o ribombar selvagem dos tam-bores. Um eco estridente de ritos primitivos de. (;Hi st r i a M und a l d o Teut ru sacrifciorondaopalcodosculoXX.Comose aflorasse dotron co darvore, o curande iro,de acordo com as instru es de O' Neill, bat e osps einicia uma ca nomontona.Gradual men te sua da na S ~ transforma numanar-rativa de pantomi ma. sua can o umencantamen to. umafrmulamgicapa raapazi guarafri a dealguma divin-dade queexigesacr ifcio . Ele escapa. est possudopnrdemnios, ele S ~ esconde... saltaparaamargemdorio.Ele estira os braosechamapor algumDeus dentroelesuaprof undeza. Ento. co mea arecuarvagarosamente,com osbraos ai nda para [ 01";1. A cabeaenormedeumcrocodiloaparecenamargem . eseusolhosverd es cbri-lhantesfixam-seso breJorres.Numa montagemde 1933, oce ngrafoamerica no loMi el zin erutili zouuma enormecabe adeOlmecapar aoprimitivoaltar depedrarequeridopelotext o. Figurinosafrica-nos, caribenhos e pr-col ombi anoscombi-nam-se numpesadelodo passado, Oteatroprimitivoressurgeeage sobr enossosmedosexi stenciais modernos.INTRODUOAhistriadoEgi toedoAntigoOrientePrximo nos proporci on a o regi strodos povosque , nos trs mil ni os anteriores a Cristo, lan-aram as bases dacivilizao oci de ntal. Erampovosatuante s nas regies qu eiamdesde orio Nilo aos rios Ti gre e Eufrates e ao planalt oirani ano, desde oB sfor o at o Go lfo Prsi co.Nestacriativapocada humanidade, oEgitoinstituiuasartespl sti cas, aMesopot mia,acincia e Israel, umareligi omundi al.A leste e a oes te domar Ver melho, orei-deus do Egit o era o ni co e todo-poderoso le-gislador, a mai s alta autoridade e j uiz na terr a.Ael erendiam-se homen agens emmltiplasformas de msica , dana e di logo dramtico.Nascelebraesdos festi vai s, em glorificao vida neste mundoou noal m -mundo. eraele a figura central. e no se economizava pom-panoqueconcernia suapessoa. Esta era aposio dos dinast as do Eg ito. dos grandesle-gisladores sumr ios , dos imperadore s do sacdios, dos rei s-deuses deUI', dos governantesdoimprio hitit a e tambm dos rei s da Sria edaPalestina.No Egitoe portodo o anti go Oriente Pr-ximo, a religi oemist ri os, lodo pensamentoe aoeramdet erminados pel a realeza, oni-coprincpi o orde nador. Alexandre, sabiamen-te respeitoso. submeteu-sea ela em seu triun-fant e progresso. Visitou o t mulo de Ciro e lheprestou homenagem,da mesmaformaqueoprpri oCirohaviaprestadohomenagen snastumbas dos grandes reisdaBabilnia.Dura nte muitos sculos, as font es dasqu ai s emergi uaimagemdo antigo Ori ent ePr ximoestivera mlimitadasaal gun s poucosdocument os: o Antigo Testament o, que fala dasabedor iaedavidaluxuosa doEgito, e dasnarrati vasdealgunsescritor esdaAntigida-de, que culpavam uns aos outros por sua "orien-tao not avelmentepobre". Me smo Her dot o,o"pai dahist ria" , que vi sito uoEg itoeaMesopot mianosc uloVa.C; fre q ente-mente vago. Seusilncio sobre os "j ard inssuspe nsos deSemrumis" diminui o nosso co-nheciment ode umadasSete Maravilhasdomundo,eofatodeopavilh odofes tiva l doAn o Novo de Nabucodonosor permanecer des-conhec idoparaelepri vaospesqui sad ores doteat ro devaliosas chaves.Nesse mei otempo, arquel ogosescava-ramasruna s devast os pal ci os, deedifciosencrustado s de mosaicos para o fest ival do AnoNovo, e atmesmo cidadesinteiras. Histori a-doresdalei edareligiodecifraramoenge-nhosocdigodas tabuinhascuneiformes, quetambmpropor cionaramalgumas indicaessobreos csperculos teatraisdeanti gament e.Sab emos do ritual mgico-mti co do"ca sa me nto sagrado" dosmc sopot rni os e te-mos fragmentos descobertos das disp uta s di-vi nas dos s um rins: sorna s agora ca pazes derecon strui r a orige mdo di logo na danaeg pci ade Halor caorganizaoda pai xodeOsr is em Abid os. Sa be mos que omimoe a far sa, tambm, tinham seu lugar reser va-do. Havia o ano dofar a, que lanava seustrocadilhos diant e dotrono e tambm repr c-sentavaodeus/ gnomoBes nascerimniasreli giosas. Haviaos ate res mascarados quedivertiam ascort esprincipescasdo Ori entePrximo antigo, parodiando osgenerais ini-mi gos e, maistarde, na poca do crepsculodos deu ses, zomb avamat mesmo dos seressobrenaturais.Aoladodos textosquesobrevivem, asartes plsticas nos fornece malgumas evidn-ci as - que devem, entr et anto , ser interpretadascom cuidado - arespeitodas origens do tea-tro. As"mscaras" orna mentaisdopal cioptr ioemHatra, as mscara sgrotescas nascasas dos colonos fencios emTharr os ou asrepresentaes das cabeas dosinimigos der-rotados, pendend o de brochesdourados e comrelevos de pedra - tudo isso d testemunho deconcepes intimamenterelaci onadas: opo-der primiti vodamscaracontinuaaexercerseu efeito mesmo quando ela se torna decora-tiva. Os motivos das mscaras antigas - a des-peitodealgumasinterpretaes contraditrias- noimpedem, fundame ntal ment e, especu-laes a respeito de conexes teatrais, mas maisnecessariament eper manecemcomosuposi-esno enigmticopanor amado terceiro mi-lnio a.C.H srr a Mn n d a l do Teat roo solo pobre e castigadopelosol do Egi-to e do Or iente Prximo, irrigado errati camenteporseus rios, assistiu asce nsoe queda demuit ascivilizaes, Conheceuopoder dosfarasetestemunhouasinvocaesdocultode Marduk e Mitra. Tremeu sob a mar chape-sada dos arqueiros assri os cm suas procissescerimoniaise sob os ps dosguerreiros mace-dni os. Viuaprince saaquernnidaRoxana,adornada com ostrajes nupciai seescoltadapor trinta jovensdanar inas, aoladode Ale- .xa ndre, eouviu ostambores, flautasesinosdosmsicos partas e sassnidas, Suportouosmastr osdemadeiraqueprendi amascordaspar a os acrobatas e danari nos, e silenciou so-breasartespraticadaspelaheter aquandoorei aconvocava para danaremseus aposen-tos ntimos.EGI TONahistria da humanidade , nada deu ori-gem amonumentos mais duradouros do que ademonstrao da transitoriedade do homem -o culto aos mortos. Ele est manifestado tant onostmulospr-histricos comonaspirmi-desecmaras morturias doEgit o. Osmsi-cos edanar inas, banquetes eproci sses e asofere ndas sacrificiais retratados nos mur ais dostempl os dedicado s aos mortos testemunham aI. Dana dramticade Hathor. Pintura11;1 tumba deIntef. cm Te bas. Terceiromit nio a.C .82. Estandarte-mosaico cmUI': banquete da vitriacom cantores eharpistas, provavelmenteumasequ ncia de cenasdas "NpciasSagradas" , Figuras de conchas cfragmento s de calcrio, cm fundo de lapis-l uzli. c. 2700 a.C. (Londres.BritishMuseum).3. Msca rasnopalciodeHat ra, naplanciedaMe-sopotmia setentrional. Hatra foi fundada pelos panas, cuj oltimorei.Art abano. oArs cida, foi derrotadocm126d.e. pelosass nidu Anaxcrxcs. I:' X ; IO " Anr i g o t rr i vn t c6. Danacxt ticaacro btica. PinturanotmulodeAnkhr uahor, emSakkara. Tercei rornilnio a.C.~ . Relevo em calcrio da tumba de Patenemhab: cena com um sacerdot e oferecendo sacrifcio. um harpista cego. umtocador de aladee doi s flautistas.L 1350 a.C. (Lciden, Rijksmuseum).5. Jovens musicistas c danarinas. Pintura cm parede de Shckh abd el Kurna, Tebas. 1WDinasti a. c. 1400 a.C. (Lon-dres, Briti sh Museum).preocupao dos egpcioscomumalm- mun-doonde nenhu m praze r terrenopoder ia faltar.Ao poderoso pedido aosdeuses, expressonasima genspintadasees cul pidas, adiciona-va- seamagiadapalavra:invocaesa R, odeu sdoparaso, oua Osri s, ose nho rdosmort os, suplicandopara qu e aqu ele que parti afosserecebido emseus reinos e que os deuseso el evassem comoseu semelhante.Aformadialogada dessas inscries se-pulcrais,osassimcha madostext osdaspir-mides, deuorigema exc itantesespeculaes.Permitiri am-nos OS hi erglifos deci nco milanos , co m seus fasc inantespi ct ograma s, fazerinfe rncias arespeitodoest adodo teatronoEgi toantigo?Aque stofoi respondida afir-ma tivamentedesdequeobril hanteegi ptolo-gi sta Gast onMusper o. em I Xl::2 , chamouaateno parao ca rter"dranuirico"dos text osdaspirmides. Parecece rtoqueasrec itaesnas cerimni asde coroaoej ubil eus (Hebse ds )eramexpress as em formadram tica.Mesmo a apresenta odadeu sasis, pronun-ci ando uma frmulamgica para pro teger seufilhinhoH rus dos efe itosfal aisdapicada deumescorpio. parece ter si dodr amat icament eco nce bida.Um encant ament o de ca rter di ferente foidecifrado na esteja deMetterni ch(as sim cha-madaporencontrar-se preser vadanoCas telode Mett erni ch na Bomia). umenca ntamen-to popular simples, co rno os qu e as mes egp-cias pronunciamathoje quandoseus filhossopicados pelo escorpio: "Veneno de Tefen,qu e sederrame no cho, que noavance paradentrodest ecorpo...', Achadoscomoesse einsc riesde cantosfunerai s erec ita es nonos do chavespara as art es teatrais do Egito,mas, ao con trrio , levama algumaco nfuso.A mi stura entre a apresenta o na primei-rapessoaeaforma invocat ivaemtra duesantigas sugeriram, enganosa mente, um suposto"dilogo" , deformanenhumaendossadope-las pesqui sas maisrecentes. Almdisso, sofe rendas sacerdotais e aosapel os aos deu sesnas c ma ras morturias falta o co mponente de-cisivo do teatro: seuindi spens vel parceirocr iativo, op blico.El e exis te nas dana s dram ticas ce rimo -niai s, naslament aes e choros pantommieos,e nas apresentaes dos mistrios de Os ris emAb idos, que sorerniniscentes dapea de pai-xo . Todos os anos , dezenas de milh ar es deperegrin osviajava m a Abidos, parapa rt icipardosgrandesfestivai srel igio sos. Aqu i ac redi-tuva- se est ar enterrada acabeade Osris ;AbidoseraaMeca dosegpci os. Nomis triodode usqu e se tornouhomem - sobre a entra-dadaemoohumana norein odo sobre natu-ral,ouadescida dodeussregies de so fri-ment oterreno - exi steo contl ito dr amt icoe,assi m, araiz doteat ro.Osris o mais humano de todos os deusesnopanteoegpcio. Alenda final mentetrans-formou o deus da fertilidade numser de carne eosso. Co mooCristodosmistri osmedi evais,Osris sofre traio e morte - um destino huma-no. Depois determinadoII seumart rio.as l-gr imas e lament osdos pranteador es so suaju st ificati va di ante dos deuses. Osris ress usci-ta e se toma II governador do rei no dos monos.Oses t giosdodes tinode Osris conxri-ruem as estaes do grandemi st rio de Ahidos .Ossacerdotes organizavama p e ~ ' a eatuavamnela. Ocleropercebi a quovast aspossibilida-des desugesto das massas o mist ri o oferecia.Testemunho de sua perspiccia o fato de que,mesmo com toda e cada vezmai orpopularida-de do culto a Osfris, com os cresce ntes recursosdasfund a es principescas e comariqueza desuastumbas e capelas. contin uavam a levar emconta o homemdopovo. Qu alquer umque0 /17. Rele vo em calcrio de Sakkera: esque rda, jovens danando e toc ando msica; direita, homen s caminhando combraos erguidos, 19' Oinaslia. c. 1300 a.c. (Cairo,!'>t usell).8. Ostracon (fragmentos de ce rmica) comcena deUI11 , c. 200a.C.lO. Bonecosdeteatr odesombrasegpciodo sculoXIVa.C. (Offenbac haIOMain, Deut schesLedermuseum). 15Histria MUI/dia! do Teatro. Egito e Antigo Ori cn t cdedos pretensos bonsconselhosearelativi-dadedas decises "bem consideradas". Recen-temente, maisexemplosdoteatrosecular daMesopotmiavieramluz. O erudito alemoHartmut Schmkel, por exemplo, interpretoua assim chamada Carta de um Deus como umabrincadeira deum escriba, um outro texto quesoava como religioso como um tipodestira eum poema herico como uma pardia grotesca.As disputas divinas dos sumrios possuemum definitivamenteteatral. At agoraforamdescobertos setedilogos desse tipo. To-dos eles foram compostos durante o perodo emque aimagemdos deusessumriostomou-sehumanizada, no tanto emsua aparncia exter-na quanto emsuas supostas emoes. Este cri-trio crucial numa civilizao: a bifurcaona estrada deondeseramifica o caminho parao teatro - poiso drama se desenvolve apartirdoconflitosimbolizadona idiados deusestransposta paraapsicologia humana.Emformae contedo, os dilogos sum-rios consistem naapresentao de cada perso-nagem, a seu turno, exaltandoseus prpriosmritosesubestimando osdooutro.Emumdos dilogos, adeusa do trigo,Aschnan, e seuirmo, o deus pastor Lahar, dis-cutem a respeito dequal dosdoismaistil humanidade. Emoutro, oabrasador verodaMesopotmiatentasobrepujar obrandoinver-no da Babilnia. Num terceiro, o deusEnki bri-gacomadeusameNinmah, mas mostraserumsalvador nograndetema fundamental damitologia, o retorno Numquarto di-logo, Inana, a deusa dafertilidade, banida paraomundodas sombras, poderretornarterrasepuderencontrarumsubstituto. Ela escolhepara estepropsitooseuamor, opastorrealDumuzi, que assim apontado prncipedoin-ferno. Com a lenda deInana e Dumuzi, o cicloseencerraeterminano"casamentosagrado".Inana e Dumuzisoo parsagrado original,Mesmoos sacerdotes mais beminstru-dosdoperodono eram capazes defazerumconspecto dovasto panteo do antigo Oriente,com seus inumerveis deuses principais e sub-sidirios dasmuitas cidades-Estado separadas.Asrelaesmitolgicassomuitomais com- 17maisfortequea rebelio: opoder datradioesmagou avontade doindivduo.Assimnohindcio, enaverdadecontra qual-quer probabilidade. quedesde esseponto pudesse seguir-se lima trilha mesmoaproximadamente parecidacomaquela que , naHlade, a partir deuma origem similar nareligio, levou ao desenvolvimento datragdia tica. Parachegar aisso, oprimeirodegrau precisariater sidoumaextensodomitodemodoque contivesseohomeme,depois. um modo particular de ser humano; nenhuma dasduas coisas foi encontradanoEgito(5. Morenz),MESOPOTMIANo segundo milnio a.C.; enquanto os fiisdoEgito faziam peregrinaesa Abidos e as-seguravam-se das graas divinas erigindo mo-numentos comemorativos, opovoda Meso-potmia descobria queo perfil deseusdeusesseveros edespticosestava ficandomaissua-ve. Os homenscomeavama creditaraelesjustia e a si mesmos, a capacidade de obter abenevolnciados deuses. Estesestavamdes-cendo terra, tornando-se participantes dos ri-tuais. E, com a descida dos deuses, vemo co-meo doteatro.Umdosmaisantigosmistrios daMeso-potmiabaseadonalendaritual do"matri-mnio sagrado" - a unio dodeus ao homem.Nos templosdaSumria, pantomima,encan-tamentoemsicaconverteramatradicionalrepresentao do banquete para o pardivinoehumanonumgrande drama religioso. OsgovernantesdeUreIsin fizeramderivarsuarealeza divina deste "casamento sagrado", queo rei ea rainha (ouuma grsacerdotisa dele-gadapor comandodivino) solenizavamapsumbanqueteritual simblico.DeacordoCom pesquisasrecentes, ofa-mosoestandarte-mosaicode Ur, doterceiromilnioa.C,, umadas mais antigas repre-sentaes do "casamento sagrado". Essamag-nficaobra, comsuas figuras compostasporfragmentosdeconchasecalcrioincrustadosnumfundode lpis-lazli, datadeaproxima-damente2700 a.c. eprovavelmentefoi parteda caixa de ressonncia de algum instrumentomusical, mais do queumestand.u te de guerra,Dosegundomilnioemdiante, o"casa-mentosagrado" foi quasecomcertezacele- 16bradoumavezporanonos maiores templosdoimpriosumeriano. Sacerdotesesacerdo-tisas faziam ospapis de rei e rainha, dodeuseda deusada cidade. Nose sabeondefoitraada a linha divisria entre o ritual e a reali-dade, mascertoqueorei Hamurabi (1728-1686 a.c.), o grande reformador dalei sume-riana, riscouofestival do"casamentosagra-do"docalendrio desuacorte. Hamurabies-tabeleceu umnovoideal de realeza: descreveuasi mesmocomoum"prncipehumilde, te-mente aos deuses", como um "pastor do povo"e "rei da justia". Hamurabi nomeou Marduk,at ento o deus dacidade daBabilnia, deusuniversal do imprio. Um dilogo surnrio, quese acreditater sido umapeae intituladoAConversa de Hamurabi comuma Mulher, de-votado aocriador doCdigo deHamurabi econsiderado pelos orientalistas um drama cor-teso. Retrataaastciafemininatriunfandosobreumhomembrilhante, apaixonado, ain-daqueenvergueosesplndidostrajesde umrei. possvel que o dilogo tenha sido ence-nadoemalgumacortereal rival, ou, aps amorte deHarnurabi, atmesmo nopalcio naBabilnia. Outro famoso documento sumrio,o poema pico cm forma de dilogo, Ennterkare o Senhor de Arata, podetambm tersido umdrama secular, apresentadona cortereal doperodode lsin-Larsa.certoque naMesopotmiaos msicosdacorte, tanto homens quantomulheres, des-frutavamdosfavores especiais dos soberanos.Nostemplos, sacerdotes vocalistas, jovens can-toras e instrumentistas de ambos ossexos exe-curavam a msica ritual nas cerimnias e eramtratados comgranderespeito. Umafilhadoimperador acdioNaram-Sinreferida como"harpista dadeusalua". As artesplsticasdaMesopotmia dotestemunho dariqueza mu-sical queexaltava"a majestadedos deuses"nosgrandesfestivais. Ofatodeos artistasdotemplosereminvestidosde umasignificaomitolgica especial sugerido pelos musicistascom cabeas deanimaissemprevistos em re-levos, seloscilndricosemosaicos. Os meso-potmios possuam um senso de humor desen-volvido. Umdilogo acdio, intitulado O Mes-tre eoEscravo, assemelha-seao mimoe sfarsas atelanas, a Plauto e Conuncdia dell'ar-te. Os trocadilhos doservo expem a vacuida-... J 1J.JI\. ',c. I..1/){-). Jo,.J:, tv s ,b11\/lrl\... Dplexasdoque, por exemplo, aquelasexisten-tesentre os conceitosmitolgicos da Antigi-dade eos docristianismoprimitivo.Noinciodo sculoXX, oeruditoPeterJensen procurou estabelecer uma conexo en-treMarduk eCristo, masnotevesucesso. Aassim chamada controvrsia Bblia-Babel fun-damentou-se na suposta existncia de umdra-maritual quecelebravaa morteea ressurrei-ode Marduk. Porm, as ltimaspesquisasprovaramque ainterpretaotextual emqueseassentava esta suposio insustentvel.No reinode Nabucodonosor, ofamosofestival do Ano Novo, em homenagem ao deusdacidade daBabilnia, Marduk, eracelebra-docom pompa espetacular. Oclmaxdaceri-mnia sacrificial de doze dias era a grande pro-cisso, onde o cortejo colorido deMarduk eraseguidopelas muitas imagens cultuais dosgrandestemplosdopas, simbolizando"umavisita dos deuses", epelalonga filade sacer-dotesefiis. Empontospredeterminadosnocaminhopavimentadode vermelhoebrancoda procisso, at a sededo festival doAnoNovo, a comitiva se detinha para as recitaesdo epos da Criao e para as pantomimas. Estegrande espetculo cerimonial homenageava osdeuses e o soberano, alm de assombrar e emo-cionaropovo. "Erateatrono ambienteenogarbodocultoreligioso, edemonstraque osantigos mesopotmios possuam, pelomenos,umsensodepoesiadramtica; precisoquesefaampesquisasmaisamplassobreocul-to" (H. Schmkel).Duranteoterceiroeosegundomilniosa.c., outras divindades do OrientePrximoforam homenageadas de forma semelhante emUr, Uruk e Nippur; em Assur, Dilbat e Harran;em Mari, Umma eLagash. Perspolis,aanti-ganecrpole e cidade palaciana persa, foi fun-dada especialmente paraa celebraodofes-tivaldo AnoNovo. Aqui, no final do sculo VIa.C., Dario ergueu o mais esplndido dospal-cios reaispersas. E aqui Alexandre, sacrificoua idia ocidental dc humanitas sua'ebriedadecomavitria; apsabatalhadeArbela, dei -xouqueo palcio deDario seconsumisse naschamas.j"' ,'\\ L/liL..:> a 1;"")_1'\... \ , ,,-"c." U, 'l I) RVTZ""" _"", "",,=.,.,..-====---116. Gravuras chinesas deAnoNovo com cenas teatrais. Estampas coloridas desse tiposovendidas cmgrandes quan-tidades noMercadoda Rua das FlorescmPequimantesdafesta; soto popularesnaChina quanto. por exemplo, asimugcs d'pinal o sonaFrana. Osdois exemplosprocedem deuma impresso feitac. 1920.17. Encenao da pera dePequimem1956: oator \\' angChcng-pin napea histrica AFona e: ade Yentanshan, baseada num tema da dinastia Suy.18. Kuc nSu-shuang napealendriaORouboela ErvaMilagrosa, pera dePeq uim. 1956. Chinohall s e o teat ro devariedades dos gra ndespor-tos no constituampadro para a culturatea-tralchinesa. Oes tilodapera dePequ imrc-velamaisdaessnc iadaarte chi nesade re-presentar doqu e qualquerdasespetac ularesrevi stas de Hon g-Kong.O dramafal ad o deestilo oci dentalsurgiupelaprimeira vez durante a revolu o de1907,quandoos propagandi stas polti cos co nse gui-ram se apoderar dopalco. Os mrtires darevo-luo, arevolt adop.0vo eoorgulhonaci onaleramos temast pi cos donovodramafalado(huachi i). Di l ogosimprovisadosnalingu a-gem cotidiana e a atuao realstica, igu almenteimp rovi sad a. pr een chi am a tram a da ao pr e-via me ntees bo ada - numcontras teev identecomaarti st icamentees tilizadape rade Pe-quim. Ap s191 9um"renascimentoliter rio"brotou emcrcul osestudantis. Aspessoa s es-tudavam drarnaturgia, direo, cen ogra fia, ilu-minaoe es ti los de interpretaodoteatroocide ntal. Traduzid os para o chins co loquial,Nana. de Zol a. eOInimigo doPOI'{) . deIbsen ,foramapr esentados naUni ver sidade deNakaiem Ti ent si n e em Pequim. A Dama das Cam-lias. de AlexandreDumas. e O Lequ e deLati)"lI'in