bem-vindo a mais um curso - unipublicabrasil.com.br · andamento da administração, não quer...

61
BEM-VINDO a mais um Curso

Upload: buituyen

Post on 30-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

BEM-VINDO

a mais um Curso

GESTAO FINANCEIRA

ULTIMO ANO DE MANDATO

Professor Instrutor:

JOÃO HENRIQUE

MILDENBERGER

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL Os fundamentos legais que

iremos utilizar para nosso estudo

estão baseados na Constituição

Federal, na Lei de Responsabilidade

fiscal e na Lei eleitoral.

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL “CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos

brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim

como aos estrangeiros, na forma da lei.”

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL “CF, Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do

Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos

arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da

União, especialmente sobre: (...)

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e

funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;”

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL A ressalva que a Lei Maior apresenta ao art. 84, VI, b, está

relacionada com a extinção de funções ou cargos públicos, quando

vagos, o que pode ocorrer mediante decreto e não necessariamente por

lei. Também compete privativamente ao Chefe do Executivo prover e

extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei (CF, 84, XXV),

cabendo-lhe iniciar o processo legislativo que diga respeito aos

servidores públicos do Poder Executivo, em qualquer das esferas de

governo:

“CF, Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a

qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado

Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao

Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-

Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos

nesta Constituição.

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as

leis que:

I – (...)

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na

administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração”.

(grifou-se)

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL Quanto aos cargos, empregos e funções públicas do poder

legislativo, observada a independência dos poderes (CF, 2º), cabe à

Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, às Assembléias

Legislativas e às Câmaras dos Vereadores, conforme preceitua a CF,

51, IV e 52 XIII a competência para atuação, o que deve ocorrer na

forma de resolução, exceto quanto aos vencimentos, que devem ocorrer

na forma de lei. No Poder Judiciário, observado o disposto no art. 169

da CF, dependem de lei de iniciativa privativa do STF, dos Tribunais

Superiores e dos Tribunais de Justiça, conforme CF, 96, II, b.

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL Quanto aos cargos, empregos e funções públicas do poder

legislativo, observada a independência dos poderes (CF, 2º), cabe à

Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, às Assembléias

Legislativas e às Câmaras dos Vereadores, conforme preceitua a CF,

51, IV e 52 XIII a competência para atuação, o que deve ocorrer na

forma de resolução, exceto quanto aos vencimentos, que devem ocorrer

na forma de lei. No Poder Judiciário, observado o disposto no art. 169

da CF, dependem de lei de iniciativa privativa do STF, dos Tribunais

Superiores e dos Tribunais de Justiça, conforme CF, 96, II, b.

• FUNDAMENTAÇÃO

LEGAL Além da elaboração da lei que cria o cargo, emprego ou função

pública, é necessário que haja prévia previsão orçamentária e que

efetivamente exista a necessidade de atendimento de determinada

atividade, uma vez que o pagamento dos vencimentos ocorre com

verbas públicas, ou seja, com o dinheiro que é (era) de todos. Tal

pagamento pelos serviços prestados será custeada pelos cofres

públicos, cujo desembolso financeiro somente ocorre mediante

aprovação do respectivo orçamento por parte do Poder Legislativo,

orçamento este constante de lei e com previsão das receitas e

despesas.

CONCEITO DE DESPESA COM PESSOAL

Conforme dispõe o Art. 18, §1°, da Lei Complementar 101/2000 a

despesa total com pessoal é:

“O somatório dos gastos do ente da federação com os ativos, os

inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos funções

ou empregos, cívis, militares e de membros de poder, com quaisquer

espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e

variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,

inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de

qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições

recolhidas pelo ente às entidades de previdências”.

CONCEITO DE DESPESA COM PESSOAL

Despesa com pessoal são

todos os gastos efetivados,

direta ou indiretamente, com

mão de obra.

ITENS DA DESPESA COM PESSOAL

Os ativos incluem os possuidores de

mandatos eletivos, cargos, empregos e

funções públicas, sejam elas civis ou

militares. O conceito de pessoal ativo é

lato e congrega os agentes políticos que

exerce cargos temporal, os servidores

temporários e os titulares de cargos

efetivos.”

ITENS DA DESPESA COM PESSOAL

Os inativos compreende os

aposentados e pensionistas que

também fazem parte dos gastos totais

com pessoal.

ITENS DA DESPESA COM PESSOAL

Os encargos Sociais e

Contribuições recolhidas pelo Ente

às Entidades de Previdência também,

fazem parte do montante da despesa

total com pessoal, entendida como

todos os encargos trabalhistas e

previdenciários que são obrigação do

ente federativo recolher ao Regime

Geral de Previdência Social.

ITENS DA DESPESA COM PESSOAL

Além do casos mencionandos, que contribuem

para a formação da despesa com pessoal, inclui

ainda a este rol de despesas, as Decisões Judiciais

em que a Lei complementar 101/2000 no Art. 19, §

2° legisla da seguinte forma, “ observado o

dispositivo no IV do § 1°, as despesas com pessoal

decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas

no limite do respectivo Poder ou órgão referido no

Art. 20.”

Estrutura Administrativa e Quadro de

pessoal

Na organização administrativa do Estado, há a

divisão estrutural entre entes da Administração

Direta e entes da Administração Indireta. Os entes

da Administração Direta compreendem as pessoas

jurídicas políticas: União, Estados, Distrito Federal

e Municípios

Estrutura Administrativa e Quadro de

pessoal

Os entes da Administração Indireta são constituídos por

descentralização por serviços, em que o Poder Público cria

ou autoriza a criação por meio de lei de pessoa jurídica de

direito público ou privado e a ele atribui a titularidade e a

execução de determinado serviço público, conforme

sistemática do art. 37, XIX, da Constituição.

Integram a Administração Indireta: as autarquias, as

fundações, as sociedades de economia mista, as empresas

públicas e mais recentemente as associações públicas

constituídas pelos consórcios públicos, conforme tratamento

dado pela Lei nᵒ 11.107/2005.

Estrutura Administrativa e Quadro de

pessoal

Os entes da Administração Indireta são constituídos por

descentralização por serviços, em que o Poder Público cria

ou autoriza a criação por meio de lei de pessoa jurídica de

direito público ou privado e a ele atribui a titularidade e a

execução de determinado serviço público, conforme

sistemática do art. 37, XIX, da Constituição.

Integram a Administração Indireta: as autarquias, as

fundações, as sociedades de economia mista, as empresas

públicas e mais recentemente as associações públicas

constituídas pelos consórcios públicos, conforme tratamento

dado pela Lei nᵒ 11.107/2005.

Estrutura Administrativa e Quadro de

pessoal

Cada entidade pública independendo de

ser da Administração Direta ou Indireta, para

ter execução orçamentária deve possuir

Estrutura Administrativa, regulamentada por

Lei. Ficando o gestor limitado a dispor o

orçamento e sua execução obdecendo a

referida estrutura estabelecida em lei.

Estrutura Administrativa e Quadro de

pessoal

Quanto ao plano de cargos e salários de

cada entidade, deve-se atentar para que o

mesmo sempre esteja se adaptando as

funções públicas da entidade. O fato de

determinado cargo não existir no plano,

sendo uma função essencial para o bom

andamento da administração, não quer dizer

que não contará como gastos com pessoal a

sua terceirização e ainda quanto possíveis

penalidades como por exemplo o pré julgado

6 do TCEPR

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Os servidores públicos podem ser:

1) Estatutários (Funcionários Públicos) –

possuem CARGOS

2) Empregados Públicos (celetistas) - possuem

EMPREGOS

3) Servidores Temporários - possuem FUNÇÃO

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Os servidores públicos podem ser:

1) Estatutários (Funcionários Públicos) –

possuem CARGOS

2) Empregados Públicos (celetistas) - possuem

EMPREGOS

3) Servidores Temporários - possuem FUNÇÃO

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Servidor público em sentido amplo são

todos os agentes públicos que se vinculam à

Administração Pública, direta e indireta, do

Estado, sob regime jurídico (a) estatutário

regular, geral ou peculiar, ou (b) administrativo

especial, ou (c) celetista (regido pela

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT), de

natureza profissional e empregatícia

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Cargo público, nos exatos termos da lei,

refere-se ao “conjunto de atribuições e

responsabilidades previstas na estrutura

organizacional que devem ser cometidas a

um servidor”, sendo que “Os cargos públicos,

acessíveis a todos os brasileiros, são criados

por lei, com denominação própria e

vencimento pago pelos cofres públicos, para

provimento em caráter efetivo ou em

comissão.”

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Cargo em comissão é o que só admite provimento

em caráter provisório. São declarados em lei de livre

nomeação (sem concurso público) e exoneração

(art. 37, II), destinando-se apenas às atribuições de

direção, chefia e assessoramento (CF, art. 37, V). A

instituição de tais cargos é permanente, mas seu

desempenho é sempre precário, pois quem os

exerce não adquire direito à continuidade na função,

mesmo porque a exerce por confiança do superior

hierárquico; daí a livre nomeação e exoneração.

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

IMPORTANTE

CARGO EM COMISSÃO NÃO PODE EM

HIPOTESE ALGUMA RECEBER QUALQUER

VANTAGEM ALÉM DO SALÁRIO ESTIPULADO NA

LEI DO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

OS CARGOS COMISSIONADOS RECEBEM

VERBA ÚNICA, OU SEJA O VALOR

DETERMINADO NA LEI DOS CARGOS

COMISSIONADOS OU PLANO DE CARGOS E

SALÁRIOS DO MUNICÍPIO, NÃO PODENDO

PERCEBER QUALQUER TIPO DE

GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO, TIDE DENTRE

OUTRAS.

O CARGO COMISSIONADO TAMBÉM NÃO PODE

RECEBER HORAS EXTRAS

TEM DIREITO A DÉCIMO TERCEIRO E FÉRIAS.

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

IMPORTANTE

NÃO CONFUNDIR CARGO EM COMISSÃO COM

CARGO COMISSIONADO

DIFERENTE DE CARGO EM COMISSÃO.

SÓ PODE RECEBER GRATIFICAÇÃO SERVIDOR

EFETIVO NOMEADO CARGO EM

COMISSIONADO

Funções gratificadas são aquelas destinadas a

servidores de carreira que ficam encarregados de

chefiar um setor um grupo de servidores (paga-se

um adicional ao salário normal).

O PREENCHIMENTO DE CARGOS E

FUNÇÕES

Emprego público é aquele que tem como titular

não alguém que ocupa cargo, mas sim emprego na

Administração direta e indireta, sujeitos ao regime

jurídico da CLT, daí serem chamados também de

celetistas.

Servidor público em caráter temporário ocupará

emprego público, desde que as atribuições do cargo

não sejam de natureza burocrática e permanente,

na forma da CF, 37, IX e Lei 8745/93

VEDAÇÕES DA LRF

• INTRODUTÓRIO

2016 - último ano de mandato municipal. Um ano que prevê

uma série de ações para os gestores municipais de todas as instâncias

de governo, para os que formam o executivo, o legislativo e o corpo

técnico das administrações municipais.

O último ano do mandato dos prefeitos, vice-prefeitos e

vereadores exige atenção redobrada. É necessário adotar as

providências específicas de final de mandato, previstas na Lei de

Responsabilidade Fiscal, cumprir os prazos para fixação de subsídios

dos agentes políticos municipais e, acima de tudo, observar as condutas

proibidas pela Lei eleitoral.

• INTRODUTÓRIO

A Lei Complementar 101/2000 — Lei de Responsabilidade

Fiscal (LRF) — estabelece diversas vedações nos dois últimos

quadrimestres do mandato (últimos oito meses), com o objetivo de

ampliar a preservação do pleno equilíbrio das contas públicas. A não

observância das regras poderá prejudicar a comunidade e determinar

sanções aos prefeitos, inclusive no âmbito penal.

• INTRODUTÓRIO

Nosso estudo será pautado nos seguintes artigos da LRF

Art. 20, LRF – LIMITES DE GASTO COM PESSOAL

Art. 23, LRF – AJUSTE DA DESPESA COM PESSOAL

Art. 21,§ único–ATO QUE RESULTE AUMENTO DE DESPESA COM

PESSOAL

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Antes da Lei Complementar n° 101/2000, os

gestores públicos, apontavam entre as despesas

todas as ações que entendiam ser necessárias

para depois ajustar a receita com os gastos, desta

forma, percorriam o caminho inverso da ordem

natural dos fatos. Assim, o orçamento público

apresentava desequilíbrio exorbitante confrontando

o que era previsto arrecadar com a fixação dos

gastos públicos.

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Com o advento da LRF este cenário sofre

alterações bruscas. Esta Lei passa a impor a ação

planejada, firmando a real utilidade da elaboração

das peças orçamentárias, exigindo a execução e

controle a risca do que foi orçado.

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Com relação ao Limite com Despesa com Pessoal

a Constituição Federal- CF de 1988 no Art. 169

trata sobre o assunto, onde diz: “a despesa com

pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios não poderá

exceder os limites estabelecidos em lei

complementar”. A Lei Complementar 101/2000 vem

preencher a lacuna deixada pela Constituição

Federal regulamentando o Art. 169 CF, adotando

como parâmetro

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Receita Corrente Liquida é o somatório das

receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,

industriais, agropecuárias, de serviços,

transferências correntes e outras receitas também

correntes, deduzindo o valor do FUNDEB.

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Com a crise financeira, no primeiro trimestre de

2016 os municípios tiveram uma queda na receita

corrente liquida da ordem de 12%

O que isso impacta no setor de RH?

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

A LRF estabelece três limites distintos referentes à

Despesa com Pessoal, da seguinte forma: Limite

Máximo, oscila de acordo com o ente ou órgão;

Limite Prudencial, corresponde a 95% do valor do

Limite Máximo; e o Limite Pré Prudencial, que

corresponde a 90% do Limite Máximo.

LIMITE DA DESPESA COM PESSOAL

Despesa com Pessoal não poderá ultrapassar o

valor máximo de 60% da receita corrente líquida

estabelecido no Art. 19 da LRF. E o Art. 20 da

mesma lei discrimina o rateio deste percentual com

os entes da esfera municipal da seguinte maneira:

• Poder Legislativo e Tribunais de Contas – 6%

• Poder Executivo – 54%.

ALERTA DO TCE

Os municípios são alertados pelo Tribunal para que

adequem seus gastos e suas despesas com pessoal não

alcancem o limite de 54% da RCL. Nos municípios onde

isso ocorre, a Constituição Federal estabelece (parágrafos

3º e 4º do artigo 169) que o poder Executivo deverá reduzir

em, pelo menos, 20% os gastos com comissionados e

funções de confiança.

Caso não seja suficiente para voltar ao limite, o município

deverá exonerar os servidores não estáveis. Se, ainda

assim, persistir a extrapolação, servidores estáveis deverão

ser exonerados. Nesse caso, o gestor terá dois

quadrimestres para eliminar o excedente, sendo um terço

no primeiro, adotando as medidas constitucionais.

REDUÇÃO DO EXCESSO

A LRF é categórica com relação ao cumprimento do limite e

deixa claro isso no Art. 23, onde diz que, o administrador

público quando ultrapassar o limite estabelecido deverá

eliminá-lo nos dois quadrimestres seguintes, podendo

realizar em duas etapas sendo pelo menos um terço no

primeiro quadrimestre.

Isto quer dizer que o gestor público deverá tomar medidas

de redução de despesa com pessoal. Que poderá ser desde

redução da remuneração dos cargos de confiança que

poderá chegar a 20%, extinção de cargo e função ou

redução dos valores atribuídos a eles e até o desligamento

dos servidores efetivos.

SANÇÕES E PENALIZAÇÕES

O art. 22 da Lei complementar 101/2000 expõe uma série de medidas

restritivas, quando afetado o texto dos Art. 19 e 20 da mesma lei, ambos

se referem à fixação de limites com gastos com pessoal. As vedações

do Art. 22 serão transcritas abaixo:

I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de

remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial

ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no

inciso X do art. 37 da Constituição; II - criação de cargo, emprego ou

função III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de

despesa; IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de

pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de

aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação,

saúde e segurança; V - contratação de hora extra, salvo no caso do

disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações

previstas na lei de diretrizes orçamentárias. (Art. 22, LRF).

RESPONSABILIZAÇÕES LRF

O não cumprimento das regras estabelecidas na Lei de

Responsabilidade Fiscal sujeita o titular do Poder ou órgão a

punições que poderão ser:

1. impedimento da entidade para o recebimento de transferências

voluntárias;

2. proibição de contratação de operações de crédito e de

obtenção de garantias para a sua contratação;

3. pagamento de multa com recursos próprios (podendo chegar a

30% dos vencimentos anuais) do agente que lhe der causa;

4. inabilitação para o exercício da função pública por um período

de até cinco anos;

5. perda do cargo público;

6. cassação de mandato; e

7. prisão, detenção ou reclusão.

SANÇÕES E PENALIZAÇÕES

Mas antes de necessitar aplicar estas

vedações o Tribunal de Contas, conforme o Art. 59,

§ 1°, II da Lei Complementar n° 101/2000, deverá

ter remetido um ato de alerta endereçado para o

Poder ou Órgão constando que o total da despesa

com pessoal ultrapassou o Limite Pré Prudencial.

SANÇÕES E PENALIZAÇÕES

ÚLTIMO ANO DE MANDATO E A LRF

Art 21 -LRF

• "Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte

aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e

oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do

respectivo Poder ou órgão referido no art. 20."

•Portanto, não apenas fica vedado o pagamento de majoração de despesas com pessoal, mas veda-se a prática do ato em si, do qual resulte nesse aumento.

ÚLTIMO ANO DE MANDATO E A LRF

Nos derradeiros cento e oitenta dias do

mandato, 5 de julho a 31 de dezembro, os

Chefes de Poder não podem determinar atos

que aumentem a despesa laboral, a que

alcança salários, aposentadorias, pensões,

obrigações patronais, horas extras e

indenizações trabalhistas.

ÚLTIMO ANO DE MANDATO E A LRF

• EXCEÇÕES:

• a. Não alcança os aumentos originários de vantagens pessoais, tais como a progressão na carreira, com previsão legal; anuênios; triênios; quinquênios e salário-família;

• b. Não veda o abono concedido aos profissionais do ensino básico para que se atenda à Emenda Constitucional nº 53/2007, que destina 60% do FUNDEB para os profissionais da educação básica;

ULTIMO ANO DE MANDATO LIMITE DE GASTOS COM PESSOAL

Se a despesa total com pessoal no 1o

quadrimestre do último ano do mandato dos

Prefeitos e dos Presidentes de Câmaras

ultrapassar o limite de 54% (cinqüenta e

quatro por cento) para o Poder executivo e

6% (seis por cento) para o Poder

Legislativo, o município não pode receber

transferências voluntárias, contratar

operações de crédito ou obter garantia de

outro ente (art. 23, § 4o, da Lei de

Responsabilidade Fiscal).

PRAZOS DA LRF

Dos itens que estamos tratando deve-se atentar para os prazos

referentes a cada um dos artigos:

1. Limites de gastos com pessoal – Durante todo o exercício (art

23, iniciso 4)

2. Aumento de despesas com pessoal – 180 dias antes do

término do mandato.

TERCEIRIZAÇÃO DE PESSOAL

“Art. 18.

(...)

§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de

mão-de-obra que se referem à substituição de

servidores e empregados públicos serão

contabilizados como “Outras Despesas de

Pessoal”.” .

TERCEIRIZAÇÃO DE PESSOAL

- objeto

- economicidade

- subordinação

- licitação

- garantias de execução

- acompanhamento do contrato

- no pagamento

- tipos de serviços

- cooperativas de mão-de-obra, ou Oscips

- terceirização de advogados e contadores

FIXAÇÃO DOS SUBSÍDIOS

2017/2020

FIXAÇÃO DE SUBSÍDIOS PARA PRÓXIMA LEGISLATURA

• “Na IN 72, o TCE/PR instruiu por exemplo,

sobre o tempo para a fixação dos subsídios dos

Vereadores, definindo assim: “Art. 13. A

fixação do subsídio dos Agentes Políticos do

Poder Legislativo condiciona-se aos

princípios da anterioridade e inalterabilidade,

sendo considerado para tanto que a

promulgação e a publicação do Ato legal na

imprensa Oficial do Município deverão ser

efetivadas antes da data da realização das

eleições, ou no prazo definido pela Lei

Orgânica do Município, se este não for

posterior às eleições municipais, vedada

refixação posterior.”

FIXAÇÃO DE SUBSÍDIOS PARA PRÓXIMA LEGISLATURA

O ato legal para a fixação dos subsídios pode ser

tanto a Resolução quanto o Decreto Legislativo ;

Sobre o teto remuneratório, o TCE/PR apontou

pela IN 72/2012, no art. 6º, que para o cargo de

Prefeito, deverá ser observado o limite inciso XI

do art. 37 da CF (subsídios dos ministros do

STF). Mas que aos Vereadores, ampliam-se os

limites máximos, por ordem constitucional e da

LRF, devendo-se obedecer outras regras, quais

sejam: a) subsídios do Prefeito (art. 37, XI, da

CF) b) valor do duodécimo (Art. 29-A da CF)

FIXAÇÃO DE SUBSÍDIOS PARA PRÓXIMA LEGISLATURA

PORÉM AO ELABORAR A FIXAÇÃO DOS

SUBSIDIOS DEVE SE ATENTAR AOS LIMITES

DISPOSTOS NOS ARTIGOS 19 E 20 DA LRF:

54% EXECUTIVO

6% LEGISLATIVO

MUITO CUIDADO TAMBÉM COM O 70% DO

VALOR DO DUODÉCIMO PARA SUBSÍDIOS

DE VEREADORES.

Obrigado pela

atenção!

Aqui tem qualificação de

verdade!