‘Os Últimos Jedi’ traz de volta o herói Luke Skywalker em um filme

carregado de tensão, antigos conflitos e novos personagens

PÁG. 13

A mão robótica do mestre

jedi Luke Skywalker RECI

CLE

A IN

FORM

AÇÃO

: PAS

SE

ESTE

JORN

AL P

ARA

OU

TRO

LEI

TOR

O M

etro

Jor

nal

é im

pres

so e

m p

apel

cer

tifi

cado

FSC

, com

gar

anti

a de

m

anej

o fl

ores

tal r

espo

nsá

vel,

pela

grá

fica

Bel

o H

oriz

onte

Grá

fica

e E

dito

ra.

MÍN: 18°CMÁX: 28°C

BELOHORIZONTE Quinta-feira,

14 de dezembro de 2017

Edição nº 1.527, ano 7

www.metrojornal.com.br | leitor.bh@metrojornal.com.br | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_BH

Memórias que seguem vivas após décadas

Governo federal ‘bate cabeça’ sobre reforma da Previdência

‘Quando Se Calam os Anjos’ em BH

CSKA quer tirar Otero do Atlético

Relatório inédito com mais de duas mil páginas traz detalhes sobre a Ditadura Militar em Minas PÁG. 03

Senador Jucá diz não ser possível reunir 308 votos para aprovação este ano; Temer desmente líder do governo PÁG. 04

Espetáculo de dança estreia hoje no palco do Cine Theatro Brasil PÁG. 12

Clube russo pode abrir os cofres para contar com venezuelano PÁG. 15

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A, CNPJ 07.780.914/0001-61.Endereço: avenida Raja Gabáglia, 2221, São Bento, CEP 30350-453, Belo Horizonte, MG. Tel.: 031/3508.5720.O Metro Jornal Belo Horizonte é impresso na Belo Horizonte Gráfica e Editora.

EXPEDIENTEMetro Jornal. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial: Rogério Domingues. Diretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo Adamo. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Jornal Belo Horizonte. Gerente executivo: Cássio Mota. Editor-Executivo: Juvercy Júnior (MTB: 12.331)Editor de Arte: Cleber Machado e Marcos LeonardoGrupo Bandeirantes de Comunicação MinasDiretor Geral: José Saad Duailibi.

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.

FALE COM A REDAÇÃOleitor.bh@metrojornal.com.br031/3508.5719

COMERCIAL: 031/3508.5720

O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

PREVIDÊNCIA VIRA NOVELASerá hoje ou melhor deixar para amanhã? Esse o dilema do presidente Temer que ainda não sabe se coloca para votar o projeto de reforma da Previdência hoje ou se deixa para segun-da-feira, fazendo disso uma novela que vem sendo anunciada desde o mês de setembro. E por que isso? Por que o governo não tem no plenário votos suficientes para colocar o projeto na pauta e fica dependendo de favores que deve prestar para ter alguma coisa em troca. Ontem mesmo, Temer liberou R$ 2 bilhões para prefeituras do interior do país sob a condição de que os prefeitos pressionem seus deputados para que votem a favor da reforma. Mais do que novela, a necessidade de o go-verno aprovar a reforma virou uma obsessão.

Para aprovar a matéria o governo precisa de 308 votos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se recusa, no entanto, a colocar o projeto em pauta se não tiver pelo menos 330 depu-tados apoiando o projeto. Ele quer se precaver. Vai que alguém não comparece ou simplesmente vota contra? Seguro morreu de velho, diz o ditado popular, e com isso o projeto empacou a tal ponto que ontem o senador Romero Jucá, líder do gover-

Análise política

CARLOS LINDENBERGLINDBERG.BH@GMAIL.COM

Carlos indenberg é colunista do Metro Jornal. Escreve neste espaço às quintas.

no no Senado, foi desautorizado pelo presidente da Repúbli-ca por ter dito que a reforma ainda não tem votos suficientes na Câmara e que a reforma vai ficar para 2018. Pra quê! Em cima da fumaça, Temer mandou sua assessoria desmentir Ju-cá e reafirmar que o projeto pode entrar em pauta ainda este ano, a depender de questões regimentais – ou seja, o governo vai dar um nó no regimento para colocar a reforma em pau-ta ainda este ano. E tudo isso por que todo mundo no gover-no e no Congresso sabe que o projeto é antipopular e os de-putados têm receio de votá-lo em ano de eleição.

Outro assunto que entrou em pauta ontem foi o julga-mento do ex-presidente Lula, marcado pelo TRF-4, para 24 de janeiro – data em que se completam doze meses da morte de dona Maria Letícia, esposa de Lula. A celeridade do proces-so vem assustando a defesa do ex-presidente que quer saber quantos processos estavam na frente do de Lula antes que o TRF marcasse o julgamento para dia. De qualquer maneira, parece pacífico que se cair na lei da Ficha Limpa Lula poderá entrar com novos recursos e até concorrer sub-júdice. O que seria arriscado, no mínimo. E se na última hora ele perder a chance de disputar a eleição? Quem seria o indicado por ele? O ex-presidente correria esse risco?

Ameaças e exageros

Corregedoria investiga ação da PF na UFMG

A Corregedoria da Polícia Federal vai apurar supos-tas ameaças e exageros co-metidos por agentes que participaram da operação “Esperança Equilibrista”, realizada no último dia 6, em Belo Horizonte, que resultou no cumprimento de mandados de condução coercitiva e depoimento do reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramirez. A opera-ção investiga um suposto desvio de verba de R$ 3,8 milhões que deveria ser utilizada para a constru-ção de um memorial, mas que acabou sendo destina-da para outros projetos.

METRO BH

Santa Luzia

TRE marca nova eleição após cassar prefeita da cidade

Está marcada para o dia 4 de março de 2018 a no-va eleição que vai defi-nir quem será o prefeito de Santa Luzia, na Grande BH. A antiga mandatária, Roseli Pimentel (PSB), te-ve o mandato cassado pe-lo TRE por abuso de poder político e econômico em 2016, além de ser suspeita de mandar matar um jor-nalista local. METRO BH

Doze dos principais crimino-sos de Minas Gerais foram incluídos ontem na nova lis-ta do programa “Procura-se”, da Seap (Secretaria de Esta-do de Segurança Pública). To-dos são foragidos da Justiça e foram escolhidos como prio-ridade pelas forças de segu-rança pela prática reiterada de crimes como homicídio, roubo e tráfico de drogas. Além disso, todos têm envol-vimento direto ou indireto em explosões de caixas ele-trônicos no interior.

O objetivo do programa, segundo a Seap, é incenti-var a população a fornecer informações que possam ajudar na localização dos criminosos por meio de de-núncias ao telefone 181. Os informantes têm anonima-to garantido. Esta é a segun-da edição do “Procura-se”, que entre 2011 e 2012 resul-tou na prisão de 23 dos 29 criminosos procurados.

A escolha dos nomes foi realizada de forma conjun-ta pelos órgãos de segurança que atuam em Minas e levou em conta, além da periculosi-dade, um histórico de enfren-tamento com a polícia duran-te as abordagens. (Veja mais na arte ao lado). METRO BH

Disque Denúncia. Secretaria apresenta a lista dos principais criminosos que estão à solta em Minas

PROCURA-SE Confira quem são os doze homens mais procurados de Minas Gerais

Procurado por roubo na região de Montes Claros, no Norte de Minas, e suspeito de tentativa de homicídio e posse ilegal de arma de fogo. Também é apontado como suspeito de ataques a bancos na região

NICOLAS SUED GUSMAO OLIVEIRA�� ����

Roubo

Procurado por tráfico de drogas na região de Salinas, no Norte de Minas, e é apontado como suspeito de ataques a caixas eletrônicos na região de Viçosa

JOAIRSON FERREIRA SANTOS (BILU OU CHAGAS)�� ����

Tráfico de drogas

Procurado por roubo em Montes Claros, no Norte de Minas, e suspeito de tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e receptação

JACQUES REZENDE GONÇALVES JÚNIOR (PRESIDENTE)�� ����

Roubo

Procurado por roubo na região de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e suspeito de vários crimes contra o patrimônio na região

TIAGO LUIZ ALVES (TIAGUINHO)�� ����

Roubo

Procurado por roubo na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Paulo também é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas na cidade

PAULO ROBERTO TOMÉ JÚNIOR (THOMÉ OU JUNINHO)�� ����

Roubo

Procurado por roubo na região de Unaí, no Noroeste de Minas. Ele também é suspeito de outros roubos no município de Uberaba, no Triângulo Mineiro

MARCELO CORREIA ARAÚJO (MADEIRA OU MCW)�� ����

Roubo

Tem mandados de prisão em aberto por homicídio qualificado e roubo tentado nas regiões das cidades de Monte Azul, na região Norte, e Formiga, no Centro-Oeste do Estado

WYSLAM V. T. BARBOSA (BARRIGA OU VINICINHO)�� ����

Homicídio qualificado e roubo tentado

Procurado por homicídio na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Ele também é apontado como suspeito nos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação, todos no município

CARLOS LEANDRO DE FARIA (LEANDRINHO)�� ����

Homicídio

Procurado por roubo em Monte Azul, no Norte de Minas. Ele também é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas em Mato Verde, outro município da região

HEBERT WILLIAM TEIXEIRA BARBOSA�� ����

Roubo tentado

Procurado por tráfico de drogas em Viçosa, na Zona da Mata, e suspeito de roubo, homicídio tentado, porte ilegal de arma e formação de quadrilha

MAURÍCIO HENRIQUE DOS SANTOS (MAURICINHO)�� ����

Tráfico de drogas

Procurado por roubo em Governador Valadares, na região dos Vales, e é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas

JOSÉ MÁRCIO BARBOSA (MARCINHO)� ����

Roubo

Apontado como possível autor dos crimes de extorsão mediante sequestro e roubo. O suspeito é foragido do sistema penitenciário

FÁBIO ANTÔNIO GALLEGO (GORDO)�� ����

Roubo e extorsão mediante sequestro

Os 12 mais procurados

Liberado

Visita

cancelada130_Bodytext

Signpostwdkmcpk wdmpkwdmcpkm wdpckm wdpkcm

pwdkmc pkwdmcp kmwdpckm wdpkcm dw

leia mais pág. xx

1FOCO

Chefe do tráfico

PrisãoUm dos bandidos mais procurados do Rio de

Janeiro foi preso ontem na cidade de Encarnación,

no Paraguai. Marcelo Fernando Pinheiro, o

Marcelo Piloto, é apontado como chefe do tráfico de drogas na favela do

Mandela, em Manguinhos e tem vários mandados de prisão pendentes, com 25 anos de pena a cumprir.

Piloto também teria enviado em torno de mil armas para comunidades do Estado e coordenado

ataques a UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). O criminoso cumprirá pena

no país vizinho antes de ser mandado para o Brasil.

Dólar

- 0,37%

(R$ 3,316)

Bovespa

- 1,22%

(72.914 pts)

Euro

+ 0,84%

(R$ 3,916)

Selic

(7,0% a.a.)

Salário

mínimo

(R$ 937)

Cotações

Secretaria de Segurança Pública

Secretaria do Interior

Batalhão Escola/BEs

Departamento de Instrução

Hospital da Polícia Militar

Hospital das Clínicas

Hospital Psiquiátrico Raul Soares

Primeiro Batalhão

Pronto-socorro Maria Amélia Lins

Quinto Batalhão

Penitenciária Feminina Estêvão Pinto

Primeira Delegacia Distrital de Polícia Civil

Cooperativa dos Médicos da Santa Casa de Misericórdia

Casa de Saúde Santa Maria

17

18

19

20

2121

22

23

24

25

26

27

28

29 29

30

PONTOS DE TORTURA NA CAPITAL

13

27

23

265

32

191

20

5

22

25

6

24

304

14

818

171510

16

28

9

12

PAM P U L H A

C E N T R O

H O R T O

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1111

12

13

14

15

16

12º Regimento de Infantaria

Centro de Preparação de Oficiais da Reserva

Hotel Sul-Americano

Quartel do Corpo de Bombeiros

Delegacia de Furtos e Roubos e Crimes Contra o Patrimônio

Departamento de Ordem Política e Social

Destacamento de Operações de Informação

Casa Amarela

Delegacia da Lagoinha

4º Infantaria Divisionária

Instituto Bom Pastor

4º Unidade de Comunicações

Colégio Militar de Belo Horizonte

Detran

Instrução e Operações

Quartel do Comando GeralBELO

HORIZONTE

Orocílio Martins

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br FOCO 03

Aos 23 anos, Orocílio casou-se com Vânia em Cordisburgo, na região Central de Minas. Anos depois, o casal veio construir a vida em Belo Horizonte, onde teve o filho Dou-glas. Na região do Barreiro, conquistou mo-radia fixa e trabalho – o jovem foi contra-tado como tratorista de terraplanagem na Empresa de Mecanização Rural. Essa his-tória foi interrompida cedo, quando Oro-cílio, ao participar de um protesto por me-lhores condições de trabalho, foi morto por policiais militares.

Era 1979, durante uma ação contra os mais de 10 mil operários grevistas. Orocílio foi morto na avenida Olegário Maciel, de fren-te ao antigo estádio do Atlético – hoje o shopping DiamondMall. Viúva e com um filho pequeno, Vânia deixou a capital, foi impedida de ver o corpo do marido e mor-reu sem conseguir justiça. No inquérito, nenhum indiciado e sequer denúncias de que o crime foi cometido por um policial. Em quase duas mil páginas, o relatório produzido durante quatro anos pela Co-missão da Verdade de Minas Gerais traz histórias de repressão e tortura durante a Ditadura Militar, como a de Orocílio, Nel-son Almeida e Áurea Eliza.

Dos anos que antecederam o gol-pe contra o presidente elei-to João Goulart até o começo da redemocratização, en-tre 1985 e 1988, pesquisado-res, estudiosos e pessoas que viram de perto a truculência militar constataram pelo me-nos 109 mortes e desapareci-mentos no Estado – entre estu-dantes, trabalhadores urbanos, camponeses e indígenas. “Em 1964, fazia parte da juventude operária católica. Passa um fil-me de tudo o que aconteceu, senti na pele toda essa repres-são e por isso tudo o que vem acontecendo no Brasil hoje me preocupa. Vejo um filme vol-tando, de direitos sendo reduzi-dos”, alertou Paulo Afonso Mo-reira, membro da comissão.

De acordo com o relatório, quase metade dos casos de de-saparecimento no Estado con-tava com participação direta dos militares. Em outros 27%, as pessoas eram acusadas de participação em atividades políticas contra o regime. “Esta estrutura de repressão se rela-ciona, no início da década de 1970, à políti-ca de Estado que visava eliminar a qualquer custo todos que fossem considerados subver-sivos sem deixar vestígios para não chamar a atenção da sociedade”, aponta o texto.

O coordenador da comissão, Robson Sávio, ressaltou a importância em se prestar contas sobre o passado. “A Lei da Anistia não possi-bilitou que quem torturou ou violou direitos na época fosse criminalizado. Isso traz resquí-cios e afeta o desenvolvimento e a continuida-de da democracia nos dias de hoje”, explicou. Para o cientista político, a criminalização da política e dos partidos – como aconteceu antes de 1964 e volta a ocorrer após a Lava Jato – só afasta a população das decisões e abre espaço para grupos interessados em tomar o poder.

Ditadura Militar. Quase duas mil páginas trazem relatos e documentos sobre a tortura e a repressão entre 1 9 6 4 e 1 9 8 8 ; especialistas alertam sobre a herança do regime autoritário nos dias atuais

Flávio Ferreira

FOT

OS:

RE

PR

OD

UÇ

ÃO

/CO

MIS

SÃO

DA

VE

RD

AD

E

Carlos Antunes

Aldo de Sá

Benedito Gonçalves

Áurea Eliza

João Lucas

Geraldo de Assis

Nelson de Almeida

Lucimar Brandão

Acidente ou atentado? No-vos fatos trazidos pelo rela-tório apontam que a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek foi planejada pelos militares, diferentem-nete do que concluiu a Co-missão Nacional da Verda-de. “Temos conhecimento do reiterado apoio dos de-mocratas a Kubitschek e Le-telier que no futuro poderia influenciar seriamente na estabilidade do Cone Sul do nosso hemisfério”, diz uma carta enviada pelo chefe da Inteligência Chilena, Ma-nuel Contreras, ao ex-presi-dente João Baptista Figuei-

redo em 1975, um ano antes do assassinato.

No relato sobre a morte,

Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, colidiram com uma carreta quando

viajavam de São Paulo pa-ra o Rio de Janeiro. Ao ana-lisar a documentação, a Co-missão da Verdade mineira constatou diversas dificul-dades para esclarecer o fato: fotos traseiras do opala sem danos no dia do acidente e diferentes na data seguinte, ausência da assinatura de peritos em documentos e divergências nas análises da composição da tinta dos veí-culos, que comprovariam a colisão. Nos meses que su-cederam a morte do ex-pre-sidente, também morreram Carlos Lacerda e João Gou-lart. L.M

Relatório traz novos fatos sobre a morte de Juscelino

LUCAS MORAISMETRO BELO HORIZONTE

Veículo no dia do acidente sem o amassado

ARQUIVO

ARQUIVO

Registro nadata seguinte

Repressão era constanteno regime militar

MARCAS QUE

NÃO PODEM

SER APAGADAS

Protesto contra a

ditadura no Centro de BH

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

LULA DEVE SER MONITO-RADO PARA EVITAR SUA FUGA. A eventual confir-mação da condenação de Lula, com sua prisão imediata, vai acionar o esquema de monitora-mento das forças de se-gurança, com o objetivo de frustrar qualquer ten-tativa de fuga do país. As providências são ado-tadas sempre que há um réu nessas condições, respondendo em liber-dade a recurso de sen-tença que determina sua prisão. Mas a possibili-dade de tumulto reforça os procedimentos.

ROTAS MAPEADAS. Órgãos de inteligência mapea-ram rotas de fuga para países latino-americanos cujos governantes ofere-ceram refúgio a Lula.

O DIA D É 24. O recurso de Lula será julgado por três desembargadores do Tribunal Regional Fe-deral da 4ª Região, em Porto Alegre, dia 24 de janeiro.

AMEAÇAS À JUSTIÇA. Lide-ranças petistas mobili-zando filiados e sindi-calistas para “invadir” e tocar o terror em Porto Alegre, para pressionar

os magistrados.

NEGOCIAÇÃO DA POU-PANÇA TEVE PACTO DE SILÊNCIO. Foram 12 ses-sões, que duraram me-ses, que marcaram a fase final de negocia-ção para devolver aos poupadores as perdas provocadas por vários planos econômicos. Era o maior litígio entre particulares da História do país. Mediadas pela ministra Grace Mendon-ça (Advocacia Geral da União), as negociações estabeleceram um pac-to de silêncio que foi respeitado com rigor. Os bancos começaram propondo um multipli-cador de 0,7 e os pou-padores pediam 6,7. Fe-charam em 4,5.

NÚMEROS TERRORISTAS. Os bancos apresenta-ram um número terro-rista de R$ 150 bilhões, para impressionar os ministros do STF. O va-lor mal ultrapassa R$ 10 bilhões.

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDOR

Mão no desperdício

Espremidos no banco de trás do carro oficial, Tancre-do Neves e mais três par-lamentares jogavam con-versa fora. Falavam sobre a importância do sexo na vi-da do homem. Uma depu-tada correligionária do en-tão governador de Minas, conhecida pelo tamanho do sapato que usava, não se sentiu à vontade com o

assunto. Os comentários libidinosos prosseguiram, mas, per-cebendo o desconforto da deputada, Tancredo, com seu jeito malicioso de ser, colocou a mão delicada-mente sobre a perna dela e disse, como um lamento:- Ah, menina... já pensou se eu pudesse e se você gostasse?

“É EVIDENTE QUE NÃO É UMA DECISÃO AINDA. PODE NÃO SER”

HENRIQUE MEIRELLES (FAZENDA) NA

TORCIDA SOLITÁRIA PELA APROVAÇÃO DA

REFORMA EM 2017

Política

Ex-presidente Lula | VANESSA ATALIBA/FOLHAPRESS

CLÁUDIO HUMBERTOCLAUDIO.HUMBERTO@METROJORNAL.COM.BR

Presidente é operado O presidente Michel Te-mer, 77, foi submetido ontem a uma pequena ci-rurgia para desobstruir a uretra no hospital Sírio--Libanês, em São Paulo.

Temer foi internado no início da tarde com um “quadro de dificulda-de urinária e diagnósti-co de estreitamento ure-tral”, de acordo com o boletim médico. O presi-dente recebeu uma son-da e uma bolsa coletora.

A previsão de recupe-ração é de até 48 horas, mas ele deve retornar ainda hoje para Brasília.

É a terceira vez que Temer é internado nos últimos dois meses. Em outubro, ele passou por outra cirurgia de desobs-trução da uretra. No mês passado, ele sofreu uma angioplastia. METRO

Saúde

Do hospital, Temer teve que administrar crise | ADRIANO MACHADO/REUTERS

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Governo ‘bate cabeça’ sobre data da reforma

Com dificuldades para obter os 308 votos necessários pa-ra a aprovação da reforma da Previdência, o presidente Mi-chel Temer se viu obrigado a conter uma crise causada pe-lo do líder do governo no Se-nado, Romero Jucá (PMDB--RR), que cravou o adiamento da votação para fevereiro.

A declaração causou sur-presa na tropa de choque do governo, que ainda bus-ca o apoio para a votação na próxima semana e precisou ser desmentida. Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que Temer aguardará a lei-tura do relatório do depu-tado Arthur Maia (PPS-BA), na sessão de hoje. “Somen-te depois disso o presidente discutirá com os presiden-tes do Senado, Eunício Oli-veira, e da Câmara, Rodrigo Maia, a data de votação da proposta”, afirmou a nota.

Jucá justificou a manifes-tação com o fato de o Con-gresso ter antecipado a vota-ção do Orçamento, previsto para semana que vem, o que provocará naturalmen-te a antecipação do recesso, que começa no dia 22.

DificuldadeApesar do disse-me-disse, a chance de adiar a votação para 2018 é real. Ao longo das últimas semanas, ne-

nhuma contagem apontava para atingir o apoio míni-mo de 308 deputados favo-ráveis à proposta. Se colo-cada na próxima semana,

como queria Temer, a chan-ce de derrota era grande.

A base aliada também não embarcou na priorida-de do governo. PMDB, PTB e PPS foram os únicos a fechar questão – outros 13 partidos governistas nada decidiram. Considerada estratégica, a posição da bancada do PSDB ajudou a frustrar os planos: favorável à reforma – mas sem punir os contrários.

“O partido toma uma de-cisão que, não sei se inédi-ta, mas não usual, de fecha-mento de questão, deixando claríssima nossa posição fa-vorável. Vamos fazer o con-vencimento para ter o maior número de votos. Esse não é o momento de discutirmos pu-nição”, afirmou o presidente do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Último esforçoTemer tentou buscar nos prefeitos uma nova frente de pressão aos deputados e fez um apelo aos prefei-tos. “Nós estamos fazendo uma reforma agora, que evi-ta um desastre ali na fren-te. Desastre já revelado mo-dernamente na Grécia e em Portugal”, ponderou.

Previdência. Jucá anuncia adiamento para 2018, mas Temer desmente e vai consultar Câmara e Senado para definir cronograma de votação

Reforma política

Congresso barra autofinanciament o O Congresso derrubou ontem o veto do presiden-te Michel Temer que libe-rava autofinanciamento em campanhas eleitorais, aprovado na reforma po-lítica. Com isso, os candi-datos ficam proibidos de bancarem totalmente as próprias candidaturas.

O limite previsto na lei eleitoral para o inves-timento permanece inal-terado: será de 10% so-bre a renda bruta do ano anterior.

Os parlamentares ava-liaram que o autofinancia-mento irrestrito poderia distorcer o cenário e gerar candidaturas milionárias.

O veto foi derruba-do por 302 votos a 12, na Câmara, e por 43 a 6, no Senado. METRO BRASÍLIA

Até o fim de 2018

CRLV também terá versão digitalO Conselho Nacional de Trânsito determinou on-tem que o CRLV (Certifica-do de Registro e Licencia-mento de Veículo) tenha versão digital até o fim de 2018. A carteira de habili-tação também será eletrô-nica até 2019. METRO

Em 2016

Mão de obra do exterior cai 22,3%A quantidade de estrangei-ros com trabalho no Brasil diminuiu 22,3% em 2016: foram 28.658 imigran-tes empregados, contra 36.868 em 2015. Os dados são do OBMigra (Observa-tório das Migrações Inter-nacionais). METRO BRASÍLIA

Alerta

A Secretaria Estadual de Saúde registrou 23 casos de febre amarela silvestre contraídos em São Pau-lo neste ano. A forma ur-bana da doença não é re-gistrada no país desde a década de 1940.De acor-do com dados da secreta-ria, entre julho de 2016 e novembro deste ano, 501 macacos examinados de-pois de serem encontra-dos mortos tinham febre amarela em SP – 74% de-les na região de Campi-nas. METRO ABC

São Paulo registra 23 casos de febre amarela contraídos

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

Deputados têm gabinetes vasculhadosOs deputados Dulce Miran-da (PMDB-TO) e Carlos Ga-guim (Pode-TO) foram alvos ontem de mandados de bus-ca e apreensão. A PF (Polícia Federal) foi ao prédio da Câ-mara e vasculhou os gabine-tes dos dois políticos, acu-sados de fazer parte de um esquema de desvio de recur-sos de obras públicas.

Dulce é mulher do atual governador do Estado, Marce-lo Miranda (PMDB,; e Gaguim é ex-governador. Houve bus-cas também nos apartamen-tos funcionais de ambos.

A investigação faz parte da 6ª fase da operação Ápia e apura o pagamento de pro-pina por meio da Construto-ra Rio Tocantins. Em delação premiada, o dono da empre-sa, Rossine Ayres Guimarães, contou que se beneficiou de recursos e pagou propina dos programas Proinveste e Proes-

tado. Segundo a PF, o Estado de Tocantins conseguiu apor-tes de R$ 1,2 bilhão no BNDES e no Banco do Brasil para fi-nanciar as obras públicas que estão sob suspeita.

Na primeira fase da opera-ção foram apontados desvios de obras de pavimentação e terraplanagem em contratos que somam R$ 850 milhões.

Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de buscas e oi-to intimações em Brasília, Pal-mas e Araguaína (TO).

DefesasEm nota, Gaguim declarou que se apresentou de forma espontânea para prestar de-poimento, que não fechou contrato com a empresa do delator e que todas as doações foram declaradas. “Essas de-núncias são infudadas”, disse.

A defesa de Dulce não se pronunciou. METRO BRASÍLIA

Dulce é mulher dogovernador do Estado

Gaguim foi governador-tampão de TO entre 2009 e 2010

LUC

IO B

ER

NA

RD

O J

R./

AG

ÊN

CIA

CÂ

MA

RA

ZE

CA

RIB

EIR

O/A

GÊ

NC

IA C

ÂM

AR

A

Agentes da PF foram aos gabinetese levaram documentos

FOTOS:MARCELO CAMARGO/ABR

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Fede-ral) votou a favor da permis-são para a PF (Polícia Federal) fechar acordos de delação pre-miada. Há divergências, po-rém, sobre como os delegados poderiam agir nas negocia-ções dos benefícios em troca de confissões dos delatores.

O julgamento será retoma-do hoje com um placar de 6 votos a favor e 1 contrário.

A Corte julga uma ação do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot que entende – com base da lei das delações premiadas, de 2013 – que apenas o Mi-nistério Público tem poder para conceder o benefício.

Relator do caso, o ministro Marco Aurélio entende que o poder não pode ser exclusivo dos procuradores. “A delação premiada nada mais é que de-

poimento revelador de indí-cios de autoria e materialida-de criminosa”, afirmou.

A interpretação foi segui-da por Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Rosa We-ber, Luiz Fux e Dias Toffoli. Quatro votos, porém, pedem que o fechamento do acordo deve ter como palavra final a manifestação do Ministé-rio Público. “A lei é claríssi-ma. Ela torna indispensável a presença do Ministério Pú-blico”, declarou Fux.

Edson Fachin foi o único, até agora, a votar de manei-ra contrária, defendendo que a delação por parte dos poli-ciais deve ser só opinativa.

Faltam votar Celso de Mel-lo e Cármen Lúcia. Gilmar Mendes, em viagem, e Ricar-do Lewandowski, em licença médica, não participarão do julgamento. METRO BRASÍLIA

STF. Seis ministros apoiam PF fechar delação

O relator da CPI mista da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), cedeu às críti-cas e retirou do relatório fi-nal o pedido de indiciamen-to do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

No novo texto, apenas propõe que a procuradora--geral da República, Raquel Dodge, investigue a condu-ta do antecessor e também do ex-chefe de gabinete de Janot Eduardo Pellela no fe-chamento de acordo de de-lação premiaada da JBS. “A CPMI provou que situações controversas e ilícitas acon-teceram no contexto deste processo de negociação des-sa delação”, justificou.

O documento também exclui a sugestão do sub--relator Wadih Damous (PT--RJ) para criar regras de de-lação premiada. Manteve apenas o pedido para a Câ-mara analisar com priorida-de o polêmico projeto que trata do crime de abuso de autoridade.

A votação do relatório ficou marcada para hoje, mas está comprometida pe-la “promoção” do relator – Marun assume hoje como novo ministro da Secretaria de Governo. Se o texto não for aprovado antes da posse, o presidente da CPMI, sena-dor Ataídes Oliveira (PSDB--TO), terá que escolher um novo relator, que pode man-ter ou não o texto. O funcio-namento da comissão está autorizado até 22 de dezem-bro. METRO BRASÍLIA

CPMI. Marun recua e tira indiciamento de Janot

Veja os citados e os crimes

atribuídos aos acusados:

• Marcello Miller: ex-procurador. Participação

em organização

criminosa, obstrução

às investigações,

exploração de prestígio,

corrupção passiva,

advocacia administrativa

e improbidade

administrativa.

• Joesley Batista: sócio da J&F e dono da JBS. Corrupção ativa,

uso indevido de

informação privilegiada e

manipulação de mercado.

• Wesley Batista: sócio da J&F e dono da JBS. Corrupção ativa,

uso indevido de

informação privilegiada e

manipulação de mercado.

• Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F. Corrupção ativa.

Indiciados

Marun assume ministério hoje e pode

perder relatório | MARCELO CAMARGO/ABR O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou o discurso contra o Judiciá-rio, a mídia e as “elites” após a confirmação para janeiro do julgamento que pode torná-lo ficha suja e tirá-lo das eleições do ano que vem. Só ontem o petista fez três discursos em Brasília, nos quais desafiou procuradores e juízes a pro-var que ele cometeu crimes.

“Não tenho condição mo-ral de ser candidato a pre-sidente da República se ti-ver alguma culpa”, afirmou. “Se eles não provarem, pre-cisam criar vergonha e pedir desculpas a mim e ao povo brasileiro”, disse, em even-to de boas vindas a novos fi-liados da sigla. Antes, Lula falou em um encontro das bancadas do PT na Câmara e no Senado e em um evento que reuniu catadores de ma-terial reciclável. Em todos os atos o ex-presidente encon-trou plateia entusiasmada.

O pré-candidato à Presi-dência pelo PT foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, em ju-lho deste ano, a nove anos e seis meses de prisão por cor-rupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex reformado pela construtora OAS no Gua-

rujá (SP), que o Ministério Pú-blico alega ser propina.

O julgamento do recur-so da defesa no TRF-4 (Tri-bunal Regional Federal da 4ª Região) foi marcado para 24 de janeiro, numa trami-tação muito mais rápida do que a média do tribunal nos processos da Lava Jato. “Não posso falar muito sobre a data. Sempre critiquei a Jus-tiça morosa. Agora que eles [desembargadores] se apres-saram, não vou criticar, mas

peço que leiam o processo”, discursou Lula.

O ex-presidente também criticou o governo de Mi-chel Temer (PMDB), se opôs à reforma da Previdência e prometeu, se eleito, fa-zer um governo voltado aos mais pobres, um mote que vem usando muito em suas caravanas pelo país.

Pode virar ficha suja. Após confirmação de julgamento em 2ª instância para janeiro, ex-presidente se diz inocente e vítima de perseguição

Ex-presidente participou de evento com catadores | MATEUS BONOMI/FOLHAPRESS

Lula sobe o tom contra acusações

Sobre procuradores

Sobre candidatura

Sobre o governo Temer

“Se eles apresentarem provas contra mim em todas as acusações, terei a satisfação de vir aqui numa reunião da bancada para dizer que não posso ser candidato.”

“Vou brigar até as últimas consequências porque eu sei que o objetivo é tentar evitar que o PT volte ao governo. No Brasil ainda estamos meio anestesiados.”

“Eles não querem que eu volte porque eu quero que a filha da empregada doméstica seja médica. Se eles não sabem como consertar esse país, eu sei.”LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, EX-PRESIDENTE

FRASES

RAPHAELVELEDA METRO BRASÍLIA

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br {MUNDO} 07|

Democrata derrota Trump no Alabama

Jones comemora com a neta vitória sobre Moore (destaque) | M.G.,J.B. / REUTERS

Com 49,9% dos votos, o de-mocrata Doug Jones venceu, na noite da última terça-fei-ra, a acirrada disputa por um assento no Senado dos Esta-dos Unidos no conservador Estado do Alabama. Foi um duro golpe político contra o presidente Donald Trump, que declarou apoio ao candi-dato republicano, Roy Moo-re (48,4%), acusado de assé-dio sexual nos anos 1970.

Jones é o primeiro de-mocrata eleito para o Sena-do no Alabama em 25 anos e irá reduzir a já pequena maioria dos republicanos no Senado, que passará a ser de 51 contra 49, colocando em risco a agenda de Trump e abrindo a porta para que os democratas possivelmen-te assumam o controle da Casa nas eleições parlamen-

tares do próximo ano.“O povo do Alabama tem

mais em comum do que aquilo que o divide”, disse Jo-nes em seu discurso de vitó-ria. “Nós mostramos não ape-nas ao Alabama, mas ao país, que podemos ser unidos. O arco do universo moral é lon-go, mas tende para a justiça.”

Moore chegou a questio-nar o resultado e dizer que pediria a recontagem dos vo-tos, mas desistiu após o pró-prio Trump reconhecer a der-rota de seu candidato: “Uma vitória é uma vitória. As pes-soas do Alabama são ótimas, e os republicanos vão ter ou-tra chance para esse assento em um curto período de tem-po. Isso nunca termina”, tui-tou o presidente. METRO

EUA. Vitória de Doug Jones para vaga de Estado conservador no Senado reduz vantagem republicana na casa a um assento e pode atrapalhar agenda do presidente

Leia mais no metrojornal.com.br

Brexit

UE quer passar logo para a segunda fase

O Parlamento Europeu aprovou ontem uma re-solução que “recomen-da” que o Conselho Eu-ropeu passe à “segunda fase” das negociações do “Brexit”, processo de se-paração do Reino Uni-do da União Europeia. O texto recebeu 556 votos a favor e 62 contra, além de 68 abstenções. METRO

Argentina

Projeto prevê julgar à distânciaO governo argentino de-cidiu impulsionar um projeto de lei que prevê que acusados de crimes possam ser julgados mesmo sem estar pre-sentes aos tribunais do país. Objetivo é julgar os cinco iranianos acu-sados do ataque à Amia em 1994. METRO

Egito

Mulher é presa por cantar e comer banana

A cantora egípcia Shai-maa Ahmed, mais co-nhecida como Shyma, foi condenada a dois anos de prisão por “in-citar a depravação e a li-bertinagem” ao apare-cer em um videoclipe comendo uma banana e vestindo roupas íntimas.

METRO

Califórnia

Vento atrapalha trabalho dos bombeiros

Rajadas fortes de vento e um clima extremamente seco continuaram a difi-cultar ontem o trabalho dos bombeiros da Cali-fórnia, nos Estados Uni-dos, que tentam conter um incêndio que já des-truiu centenas de casas desde o último dia 4 de dezembro. METRO

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 10| {ECONOMIA}

A data limite para que tra-balhadores possam usar o FGTS para pagar parcelas atrasadas do financiamento habitacional foi prorrogada para até o final de 2018. O prazo terminaria neste mês.

A medida foi aprovada durante reunião do Con-selho Curador do FGTS. Segundo o Ministério do Trabalho, o objetivo é per-mitir que pessoas que atra-saram o pagamento de par-celas da casa própria por não ter condições, consi-gam usar o fundo para re-gularizar a situação.

O ministério lembra, no entanto, que, pela regra, não é possível usar o valor do FGTS para quitar toda a prestação. O fundo pode co-brir apenas 80% do valor da parcela. Ou seja, se a parce-la atrasada for de R$ 1 mil o fundo pode ser usado para pagar R$ 800. Os R$ 200 res-tantes devem ser desembol-sados pelo trabalhador.

No máximo 12 presta-ções atrasadas do financia-mento imobiliário podem ser pagas usando o recurso, segundo as regras.

A medida é válida pa-ra pessoas que tenham no mínimo três anos de tra-balho sob regime do FGTS e que tenham financia-do o imóvel por meio do SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Além dis-so, o trabalhador não po-de ser proprietário de ou-tros imóveis.

O FGTS pode ser usado também para dar entrada no financiamento de imó-veis e para abater ou quitar a dívida. METRO

Casa própria. Prazo, que terminaria neste mês, foi prorrogado. Saldo pode quitar até 12 prestações do financiamento imobiliário

FGTS pode ser usado em parcela atrasada de imóvel até 2018

As vendas no varejo recuaram 0,9% em outubro na compara-ção com o mês anterior, infor-mou o IBGE (Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística). Esse é o resultado mensal mais fraco para o mês de ou-tubro desde 2008, quando houve queda de 1%. Sobre um ano antes, as vendas registra-ram avanço de 2,5%.

“Outubro pode ter a ver com uma contenção do con-sumidor ante a expectativa para as promoções da Black Friday de novembro. É co-mo se fosse um adiamen-to do consumo para novem-bro”, explicou a economista do IBGE Isabella Nunes.

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram re-cuo das vendas em outubro.

As principais pressões no mês foram exercidas por Hi-permercados, supermerca-dos, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas ven-

das caíram 0,3% em outu-bro sobre setembro após seis meses de ganhos, e por Mó-veis e Eletrodomésticos, com queda de 2,3% no período.

As vendas de Outros arti-gos de uso pessoal e domés-tico apresentaram recuo de 3,5% no mês, enquanto as de Tecidos, vestuário e cal-çados caíram 2,7%.

As vendas no varejo am-pliado, que inclui veículos e material de construção, ti-veram recuo de 1,4%, com as vendas de Veículos, mo-tos, partes e peças tendo queda de 1,9% e Material de construção caindo 1%.

A economia brasileira vem mostrando fôlego após dois anos de recessão, porém de maneira ainda gradual. O PIB ficou praticamente estag-nado no terceiro trimestre deste ano sobre o segundo, mas o consumo das famílias cresceu 1,2%. METRO

‘Efeito’ Black Friday. Vendas do varejo caem em outubro

Black Friday adia compras e afeta varejo em outubro | PAULO WHITAKER/REUTERS

Após adotar medidas para reduzir o custo do cartão de crédito neste ano, o Banco Central avalia mudanças no cartão de débito. Segundo o presidente do BC, Ilan Goldfa-jn, foi criado um grupo de es-tudos para tratar do tema.

“É um instrumento válido, que pode economizar meios de pagamento em espécie. Ainda está no início”, afirmou Ilan, em coletiva. Uma das possibilidades é a redução de custos para lojistas. METRO

Ilan diz que BC estuda formas dereduzir custos | JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Meio de pagamento. BC avalia mudança no cartão de débito

80%do valor da parcela em atraso do financiamento do imóvel pode ser pago com FGTS Medida pode beneficiar 8 milhões de trabalhadores | FOTOS PÚBLICAS

Empresas devedoras do FGTS poderão parcelar dé-bitos rescisórios em até 12 vezes. A medida pode bene-ficiar 8 milhões de trabalha-dores que nunca consegui-ram receber o fundo porque o empregador não estava depositando os valores.

Segundo o governo, em-presas com débitos não depo-sitavam os valores alegando dificuldades financeiras e, no momento da rescisão, não pa-gavam o que estavam deven-do, pois a resolução do Con-

selho Curador obrigava que esse pagamento fosse à vista.

Para evitar que emprega-dores deixem de pagar o FGTS e depois se beneficiem do par-celamento, a regra vale ape-nas para quem estiver com débitos do fundo de garantia até 31 de dezembro de 2017.

Levantamento feito pela Caixa aponta para 421.012 empresas privadas e 4.845 públicas nessa situação. O montante da dívida dos dé-bitos rescisórios soma R$ 2,6 bilhões. METRO

Empresas poderão parcelar débitos em até 12 meses

Moedas virtuais

PIB

Eleições

“É uma bolha, uma pirâmide”

“A recuperação está em curso não só para este ano quanto para o ano que vem”

“Acreditamos que o papel do BC serve melhor à sociedade se se mantiver apolítico, técnico”

OPINIÃOO Ibovespa, principal ín-dice da Bolsa brasileira, fechou ontem em queda de 1,22%, a 72.914 pon-tos. O índice foi pressio-nado mais perto do fim do dia pela notícia de que a votação da reforma da Previdência ficou para o próximo ano, segundo a agência “Reuters”.

O adiamento foi anun-ciado pelo o líder do gover-no no Senado, Romero Ju-cá (PMDB-RR), por meio de sua assessoria de impren-sa. A decisão sobre a vo-tação foi acertada entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Olivei-ra (PMDB-CE). O acordo foi fechado com a anuência do governo. METRO

Mercados. Bolsa recua 1,22% com adiamento de reforma

Entre 1,25% e 1,5%

Banco central dos EUA eleva juros O Fed, banco central dos Estados Unidos, confir-mou ontem as expec-tativas e aumentou os juros básicos em 0,25 ponto percentual, para entre 1,25% e 1,5%, além de ratificar o bom pano-rama da economia ame-ricana. METRO

Carne Fraca

Brasil perde exportaçõesA Associação Brasileira de Proteína Animal estima que o país poderia ter ex-portado mais 200 mil to-neladas de frango e de porco neste ano se não fosse o impacto da Opera-ção Carne Fraca, deflagra-da em março. METRO

Empresas poderão adicio-nar um botão “call-to-ac-tion” de comunicação dire-ta com o WhatsApp quando patrocinarem posts de suas páginas no Facebook. Se-gundo a empresa, a novida-de tem como objetivo faci-litar a comunicação entre pessoas e milhares de pe-quenos e médios negócios.

Usuários que visualizarem o anúncio em seu feed de no-tícias e clicarem no botão se-rão direcionadas para o What-sApp com uma mensagem padrão, que pode ser edita-da e enviada para a empresa. O recurso é similar ao botão “Enviar Mensagem pelo Mes-senger”, já presente em anún-cios no Facebook. METRO

WhatsApp. Facebook lança botão de mensagem

Botão permite contatar empresas via WhatsApp | JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br {MANUTENÇÃO} 11|

MOTOR

+A cena não é rara nas férias: um carro parado no acosta-mento, o capô aberto e a fa-mília desolada esperando o socorro. Não deixe que isso aconteça com você. O Auto-Papo preparou uma listinha dos itens que você deve veri-ficar antes de pegar a estrada.

O primeiro deles é o esta-do dos pneus. Você mesmo pode fazer a verificação usan-do o TWI – sigla para Tread Wear Indicator, ou indica-dor de desgaste da banda ro-dagem, em tradução livre. E como funciona? O TWI é um “calombinho” que fica no meio das ranhuras do pneu. Com 1,6 mm de altura, quan-do ele está exposto ou encos-tando no solo, é sinal de que a borracha já está gasta.

É importante também ca-librar os pneus com a pres-são indicada pelo fabrican-te - descrita no manual do veículo. Com o carro cheio, é necessário colocar mais li-bras de pressão no pneu. Lembre-se de verificar, por fim, o estepe. Além de che-car a calibragem, é impor-tante ver se ele está na va-lidade: cinco anos a contar da fabricação. E como saber quando ele foi feito? Na late-ral, há uma marca com qua-tro dígitos. Os dois últimos indicam o ano e os dois pri-

meiros a semana do ano em que o foi produzido.

O sistema de arrefeci-mento também deve ser re-visado. Veja se as manguei-ras estão em bom estado, assim como a tampa do re-servatório. A cada dois anos,

o líquido deve ser substi-tuído e nunca se deve utili-zar apenas água. O correto é uma mistura de água destila-da e aditivo próprio (etileno-glicol), na proporção 50/50.

Não se esqueça dos freios. O motorista, por con-

ta própria, pode observar o nível do fluido do sistema. O fluido não diminui com o uso, então, se estiver bai-xo, deve existir algum vaza-mento ou as pastilhas e dis-cos estão desgastados. Após o problema ser reparado, o

fluido não deve ser comple-tado, mas substituído por outro adequado.

Preparação pré-fériasManutenção. Veja o que deve ser feito antes de pegar a estrada

Importante

Nível

do óleoO nível do óleo também

é simples de ser checado

e merece atenção. Se

estiver baixo, deve ser

completado com um

lubrificante igual ao que

já está sendo utilizado.

Agora, se já estiver perto

do prazo para troca, vale

fazer a substituição.

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

2CULTURA

Um dos patrimônios cultu-rais da capital mineira, o Ce-mitério do Bonfim é tema do documentário “Moritvri Mortvis: os construtores de túmulos do Bonfim”, que ga-nha exibição de amanhã até o dia 20 de dezembro nas sa-las de cinema do Espaço do Conhecimento UFMG, na

Praça da Liberdade.Com direção de Maurício

Gino, o filme retrara a histó-ria dos personagens, traba-lhadores, marmoristas, ar-tistas e outros profissionais que trabalharam efetiva-mente na construção do ce-mitério, que foi fundado em em 1897 e é considerado o

mais tradicional e antigo de Belo Horizonte.

A sessão integra a progra-mação das comemorações dos 120 anos de BH. Após a exibição, o público terá a chance de conversar com o ci-neasta sobre as curiosidades do cemitério. A entrada é gra-tuita. METRO BH

UFMG exibe documentário sobre Cemitério do Bonfim

Fundado em 1897, o cemitério é considerado um dos patrimônios culturais da cidade | METRO BH/ARQUIVO

Dança existencial

No Cine Theatro Brasil Val-

lourec (Praça Sete). Hoje, às

21h. Ingressos custam entre

R$ 10 e R$ 20

Serviço

Balé. Espetáculo ‘Quando Se Calam os Anjos’ faz apresentação única, hoje à noite, no palco do Cine Theatro Brasil Vallourec, na Praça Sete. Coreografia da Curitiba Cia de Dança aborda as relações humanas em um mundo pós-moderno

A discussão sobre as relações humanas em um mundo pós--moderno é o tema que nor-teia o espetáculo “Quando se Calam os Anjos”, trabalho inédito da Curitiba Compa-nhia de Dança que estreia em Belo Horizonte hoje, às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallou-rec, na Praça Sete. A monta-gem tem direção coreográfica de Airton Rodrigues, bailari-no e coreógrafo do Ballet Tea-tro Guaíra, em Curitiba.

O espetáculo leva ao pal-co 16 bailarinos – que por vezes atuam como atores – em uma série de movimen-tos marcantes para discutir a precariedade das relações humanas, o desamparo, a solidão, a existência que se

escoa por entre as tramas de uma modernidade perdi-da, realçando assim um uni-verso pós-moderno virtual, onde vários encontros são marcados pelo descaso ou pela falência humana.

“A obra partiu da indigna-ção com a indiferença fren-te à violência impregnada na sociedade e o sentimento de impotência que nos tira a res-ponsabilidade por esse estado das coisas”, diz Nicole Vano-ni, diretora artística e tam-bém bailarina da coreografia.

Visto por mais de cinco mil pessoas desde a sua es-treia, em 2015, “Quando se Calam os Anjos” terá ses-são única na capital mineira.

METRO BH

No Palácio das Artes

Artes plásticas

A partir de amanhã, a

Galeria Arlindo Corrêa

Lima, no Palácio das

Artes, recebe a exposição

“Linhas de Força”, do

artista Marcone Moreira

(foto). Transitando

entre múltiplas

linguagens, a mostra

conta com pinturas,

esculturas, vídeos,

objetos, fotografias e

instalações que navegam

pelo universo artístico

do maranhense. Com

entrada gratuita, a

exibição pode ser visitada

de terça-feira a sábado,

das 9h às 21h, e aos

domingos, das 16h às

21h. A galeria fica na

avenida Afonso Pena,

1537, no Centro da

cidade.

WILLIAN ABBIN/DIVULGAÇÃO

“A distinção entre o passado, o presente e o futuro é só uma ilusão”. A frase de Albert Eins-tein abre o primeiro episódio de “Dark”, nova série original da Netflix, e dá o tom: esta-mos diante de uma narrativa sombria e adulta, que abraça o tempo como ponto central.

A história aposta em um tom denso, dramaticamente pesado, focando em elemen-tos de ficção científica e no desenvolvimento de persona-gens. Antes de sua estreia, a série foi fortemente compara-da a “Stranger Things”, outra produção do serviço de strea-ming. As duas histórias se pas-sam em uma pequena cidade onde um garoto desaparece de forma misteriosa, desenca-deando diversos eventos mis-teriosos e inexplicáveis.

No entanto, “Dark” não é uma simples cópia. Em uma época em que continuações, refilmagens e adaptações in-vadem as salas de cinema e as telas de televisão, é ali-viante assistir a uma narrati-va que se preocupa em pegar o espectador de surpresa com mistérios quase indecifráveis.

Essa é a primeira grande produção alemã da Netflix, e conta com atuações extre-mamente afiadas, uma foto-grafia que insiste em realçar sombras e contrastes e uma trilha sonora sombria capaz de fazer o público se arrepiar.

Há quase quinze dias no ar, a série tem recebido crí-ticas positivas no país, mas, até o momento, a Netflix não confirmou uma segunda tem-porada. METRO MARINGÁ

TV. Seriado ‘Dark’ traz originalidade à Netflix

Ator Louis Hofmann integra elenco da nova série alemã | DIVULGAÇÃO

REY

A RESISTÊNCIAOrganização liderada

pela General Leia Organa, inimiga

da Primeira Ordem

Equilíbrio entre o bem e o mal fi ca ainda mais conturbado em ‘Os Últimos Jedi’, oitavo episódio da saga ‘Star Wars’.Longa é marcado pelo retorno de Luke Skywalker e a tensa relação do herói veterano com os jovens Rey e Kylo Ren

METRO SÃO PAULO COM METRO INTERNACIONAL

E onde fica o resto do pessoal?

(Daisy Ridley)

Em “O Despertar da Força” (2015), descobrimos que a paz conquistada em uma galáxia muito, muito distan-te, ao fim da trilogia clássica de “Star Wars”, foi desequi-librada com o advento da vi-lanesca Primeira Ordem, a qual se opõe um movimen-to chamado de Resistência liderado pela ex-princesa – agora general – Leia Organa.

“Os Últimos Jedi” apre-senta esses personagens encurralados pelo inimi-go, prestes a eliminar os últimos remanescentes da centelha rebelde.

Em uma trama paralela à do trio Luke, Rey e Kylo Ren, o piloto Poe, o stormtrooper dissidente Finn e a mecâni-ca Rose lutam para ganhar tempo e preparar uma fu-ga da Resistência, algo es-sencial para que ela consiga se rearticular e preparar um contra-ataque após ter sofri-do tantas baixas.

O encontro da heroína de “O Despertar da Força” com

Luke é também motivado por um desejo pessoal: após descobrir que a Força se faz

presente dentro dela de forma intensa, Rey vê no veterano um

possível mestre para ensiná-la a entender e controlar suas habilidades contra a Primeira Ordem. O desejo profundo de

saber a identidade de seus pais, no entanto, é uma fragilidade

que pode enevoar suas boas intenções quando confrontada

por Kylo Ren. “Para ela, tudo é excitante e tem potencial.

Ela é otimista e vê o lado bom das pessoas. Acho que agora

ela tem a chance de fazer perguntas sobre tudo, sobre a

galáxia e o significado do que é bom e mal”, diz Daisy.

O vilão da nova trilogia está ainda mais perturbado após ter matado o próprio pai, Han Solo (Harrison Ford), no longa anterior. Agora com uma cicatriz no rosto, Kylo Ren – ou Ben Solo – ainda é o soldado mais poderoso do líder supremo Snoke. Mas, assim como Rey, ele se questiona sobre qual é seu lugar no mundo, dado que a Força também age nele de modo avassalador. Esses pontos em comum criam uma estranha e poderosa conexão entre os dois personagens.

Missão do longa

Emoção e tensão

Nova trilogia após esta O QUE VEM POR AÍ

“Meu trabalho foi pegar os personagens novos e colocá-los todos juntos

de verdade, desafiá-los e fazê-los passar por coisas bem difíceis e ver como eles lidavam com elas.”

“Luke é a peça central desse filme, que tem muita escuridão, mas tem também muitas

emoções e – o que era muito importante para mim – muito humor.”

“É muito excitante porque o próximo filme

pode ser qualquer coisa e ir para qualquer direção. Teremos liberdade de ir

adiante e encontrar novos personagens e lugares.”

A atual trilogia de “Star Wars” já tem data para acabar. O episódio 9 será lançado em 20 de dezembro de 2019 sob direção de J.J. Abrams, de “O Despertar da Força”. No ano que vem, estreia o filme sobre a juventude de Han Solo. Depois virá uma nova trilogia, dirigida por Rian Johnson e desconectada das três já existentes.

COM A PALAVRA, O DIRETOR

(Mark Hamill)Quem sentiu falta do herói da trilogia clássica

em ‘O Despertar da Força’ (2015) vai vê-lo agora como centro da narrativa. Isolado em uma ilha

após a aparente extinção da Ordem Jedi, ele tem sua paz perturbada por Rey, que busca resgatá-lo

como forma de devolver alguma esperança para uma Resistência cada vez mais enfraquecida. Isso

significa reavivar feridas ainda não cicatrizadas do passado, já que ele precisa ter um acerto de contas com Kylo Ren ao mesmo tempo em que

estabelece uma relação tensa com Rey. “Nunca esperei voltar [ao papel]. Tivemos começo,

meio e fim, e, como em todo conto de fadas, eles viveram felizes para sempre. Todos os conflitos

haviam sido resolvidos. Quando descobrimos que nos queriam de volta, senti um misto de satisfação

com puro terror”, afirma o ator.

LUKE SKYWALKER

CUIDADORAS

Responsáveis por

cuidar do legado jedi

PORGS

A fofura parece ser a única

função deles no filme

FOT

OS:

DIV

ULG

AÇ

ÃO

GE

RA

RD

O M

OR

A/G

ET

TY

IM

AG

ES

FOR

DIS

NE

Y

PRIMEIRA ORDEMOrganização

seguidora do legado do Império Galático, liderada por Snoke

NOVAS CRIATURASHabitantes de Ahch-

To, planeta onde Luke Skywalker se isolou

GENERAL HUX

(Domnhall Gleeson)

LÍDER SUPREMO

SNOKE

(Andy Serkis)

(Adam Driver)KYLO REN

RIAN JOHNSON

FINN

(John Boyega)

GENERAL LEIA

(Carrie Fisher)

POE DAMERON

(Oscar Isaac)ROSE TICO

(Kelly Marie Tran)

CAPITÃ PHASMA

(Gwendoline Christie)

METRO SÃO PAULO COM METRO INTERNACIONAL

“Nunca esperei voltar [ao papel]. Tivemos começo, meio e fim, e, como em todo conto de fadas, eles

viveram felizes para sempre. Todos os conflitos haviam sido resolvidos. Quando descobrimos que

nos queriam de volta, senti um misto de satisfação com puro terror”, afirma o ator.

Responsáveis porResponsáveis por

cuidar do legado jedi cuidar do legado jedi cuidar do legado jedi

“Os Últimos Jedi” apre-senta esses personagens encurralados pelo inimi-go, prestes a eliminar os últimos remanescentes da centelha rebelde.

Em uma trama paralela à do trio Luke, Rey e Kylo Ren, o piloto Poe, o stormtrooper dissidente Finn e a mecâni-ca Rose lutam para ganhar tempo e preparar uma fu-ga da Resistência, algo es-sencial para que ela consiga se rearticular e preparar um contra-ataque após ter sofri-do tantas baixas.

A fofura parece ser a única

função deles no filmefunção deles no filmefunção deles no filme

GENERAL HUXGENERAL HUX

(Domnhall Gleeson)

LÍDER SUPREMOLÍDER SUPREMOLÍDER SUPREMOLÍDER SUPREMO

(Andy Serkis)

(Gwendoline Christie)

A fofura parece ser a única

função deles no filmefunção deles no filmefunção deles no filme

VICE-ALMIRANTE

HOLDO

(Laura Dern)

saber a identidade de seus pais,

GE

RA

RD

O M

OR

A/G

ET

TY

IM

AG

ES

FOR

DIS

NE

Y

(John Boyega)(John Boyega)

GENERAL LEIA GENERAL LEIA GENERAL LEIA

(Carrie Fisher)(Carrie Fisher)

POE DAMERONPOE DAMERON

(Oscar Isaac)(Oscar Isaac)

POE DAMERONPOE DAMERON

(Oscar Isaac)ROSE TICOROSE TICO

(Kelly Marie Tran)(Kelly Marie Tran)(Kelly Marie Tran)(Kelly Marie Tran)(Kelly Marie Tran)(Kelly Marie Tran)

CAPITÃ PHASMACAPITÃ PHASMA

(Gwendoline Christie)

(Laura Dern)

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br CULTURA 13

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Detector de avançoAs pessoas reclamam muito da falta de ética, desrespeito às leis, das falcatruas dos políticos, mas a desonestidade e fal-ta de respeito ao próximo vem de todo la-do, do povo, dos órgãos públicos, etc. Um exemplo constante é a falta de edu-cação no trânsito, e um constante e a to-da hora, é quando os motoristas avançam sinal, esquecendo que há sinal e travessia para os pedestres, como em três lugares próximos entre si e perto de órgãos como Assembleia, Justiça Federal, MP - região da Av. Alvares Cabral, que compreende a av. Raja Gabaglia, esquina também com rua Araguari e trincheira da Contorno, indo até rua Matias Cardoso. Movimen-to total o dia todo, trânsito engarrafa-do e motoristas impacientes avançam si-nal (aproveitando o amarelo) na esquina da Alvares Cabral para retorno na Matias Cardoso, e av. Contorno esquina com Al-vares Cabral, esquina com Raja Gabaglia. Ali os pedestres que precisam atravessar ou esperar o sinal fechar ficam entre os carros que vêm de todos os lados, cortan-do sinal e entrando no posto de gasolina que tem ali na esquina. Pedestre ali não tem vez. É carro, moto e até caminhão para usar o posto para avançar sinal ou o famoso “jeitinho brasileiro”.ANGELICA ANDRADE - BELO HORIZONTE

Para falar com a redação: leitor.bh@metrojornal.com.br

Participe também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Quer mais?

Clique metrojornal.com.br para acessar conteúdo exclusivo, atualização de nossas reportagens, todos os nossos colunistas e galerias com as melhores imagens do dia.

O momento é indicado para pesquisas e cautela antes decisões financeiras. Dia propício para se

dedicar a crenças e temas espirituais.

Cuide para que a atenção aos problemas de pessoas não tire o foco dos seus assuntos. Solidariedade é

importante, mas com bom senso.

Período de atenção dobrada para evitar críticas e esclarecer equívocos nas relações. Gestos

prestativos são sempre bem-vindos. 

Às vezes expressar sentimentos é necessário para que a pessoa amada ou a qual paquera não

tenha que adivinhar tudo aquilo de que você gosta.

O empenho a assuntos domésticos será mais frequente, tanto para ajustes do lar ou de

questões com os familiares.

A dedicação a novos círculos sociais tende a ser mais intensa. Ocasiões que envolvam

amizades e grupos farão bem ao dia.

Tenha mais atenção com seu ritmo para não sobrecarregar a mente, o corpo e a saúde. Terapia,

temas espirituais e exercícios farão bem. 

Atente-se para que a dedicação com suas obrigações cotidianas não impeça os momentos

especiais da vida afetiva.

Momento propício para esclarecer pendências jurídicas, assim como burocracias que envolvam temas

materiais e negociações.

O envolvimento com estudos, leitura, atividades culturais e temas diferentes que façam bem ao

intelecto fará muito bem ao seu dia.

Momento para valorizar o que tem e evitar consumismo com interesses apenas pela aparência ou por falsa

impressão de eficiência.  

Tendências a resgatar lembranças especiais e a retomar assuntos afetivos,

esteja solteiro ou mesmo se for comprometido.   

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

guisalviano@gmail.comPor: Guilherme Salviano

#metromoda

Alexandra Farah é jornalista de moda ligada no futuro. Comanda o site wearbrasil.com e pesquisa o desenvolvimento da tecnologia vestível

Conectando moda e tecnologia

POR @ALEFARAH

Criar um wearable -- dispositivo tecnológico usado como vestuá-rio – viável de ser produzido em escala pela C&A . O time: 40 ma-kers, entre engenheiros, programadores e estilistas, foram se-lecionados pelo Wearbrasil.com entre mais de 200 inscritos. O cenário: o Cassino da Urca, onde hoje é a escola IED Rio. O cli-ma: criatividade na veia, tensão e festa. O mais difícil, entre tan-tos protótipos interessantes, foi decidir o vencedor: um case de tecido que carrega celular es por indução , com energia capta-da do sol. Perfeito para um país solar como o Brasil! Quantas ve-zes a gente fica sem bateria, e o sol aqui é gratuito e abundan-te o ano inteiro, né não? No segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, os projetos da Cycle Jacket e o Sound Jacket. O primeiro utiliza censores de movimento e tiras de LED costura-dos na jaqueta para que os movimentos do ciclista acendam luzes de alerta. Já a Sound Jaquet cria uma experiência sonora em 3D , pa-ra ouvir som e sem perder contato com o som ambiente. Por meio do bluetooth, o celular ficará ligado a quatro speakers acoplados ao capuz da roupa. Também foram apresentados u ma camisola pa-ra grávida que capta os batimentos cardíacos do bebê, uma camise-ta bot que responde a perguntas das crianças gra inteligência artif ic i al Watson da IBM, uma pochete inteligente que carrega o celu-lar a partir de captação de energia solar e um top desenvolvido por um grupo de engenheiros e estilistas da Colômbia que memoriza os passos de dança . O futuro é hoje! Para mais fotos, no Instagram #hackathonwearcea.

O DESAFIO

1. Equipe Condutivas, vencedora 2. Finalizando a Cycle Jacket 3. Eu e as empresas incentivadoras do Hackathon

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

3ESPORTE

Se existe um jogador que terminou o ano irregular do Galo em alta, esse po-de ser chamado de Otero. O venezuelo assumiu a ti-tularidade no time, cobrou faltas com perfeição, im-pressionou o Brasil intei-ro com a forma de bater na bola e claro, chamou a atenção de clubes de fora. Um deles é o CSKA, que fez recentemente uma sonda-gem para saber qual é a si-tuação do meia. Os valores que podem ser oferecidos não foram revelados pe-lo Galo, mas dificilmente Otero será negociado.

Logo após assumir a pre-sidência do Atlético, Sérgio Sette Câmara foi questio-nado sobre uma possível venda do venezuelano, e ele foi enfático ao declarar

que Otero é fundamental para os planos do clube na próxima temporada.

O venezuelano tem con-trato com o Atlético até ju-nho de 2020, e o clube al-vinegro tem metade dos direitos do jogador. Segun-do o Globoesporte, o obje-tivo do atleta e de seus re-presentantes é estender o contrato com o Galo, o que renderia uma valorização salarial a Otero.

Alterações no quadroMudanças no comando do Galo foram anunciadas ontem pela nova direto-ria. João Gomide (comer-cial), Pedro Tavares (mar-keting) e André Figueiredo (futebol de base) não fa-zem mais parte do clube.

METRO BH

Atlético. Clube russo quer levar o meia, que se destacou no fim da temporada

Venezuelano terminou a temporada em alta | BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

CSKA procura o Galo em busca de Otero

Hudson pode não ficar no Cruzeiro

Real Madrid passa no sufoco

Volante teve bom ano no Cruzeiro | WASHINGTON ALVES/LIGHT PRESS

“Estamos esperando Cruzei-ro e São Paulo. Entre Hud-son e Cruzeiro já está tudo certo. Agora, esperamos os clubes. O Hudson está tran-quilo. Claro que seria me-lhor se tudo estivesse defi-nido. Mas, se não tiver êxito na negociação, ele se reapre-senta ao São Paulo no dia 3 de janeiro”, afirmou o em-presário do jogador, Lucia-no Couto, ao Superesportes.

As palavras do empresá-

rio mostram bem como an-dam as negociações entre Cruzeiro e São Paulo sobre a permanência ou não de Hudson na Toca da Raposa. O volante, que teve papel crucial na conquista da Co-pa do Brasil, corre o risco de não permanecer em BH, já que o tricolor paulista exige uma parte em dinheiro na negociação, além de dois jo-gadores – Alisson seria um dos atletas.

A negociação está trava-da após o Cruzeiro alegar não ter dinheiro para a com-pra, tendo oferecido apenas jogadores. Porém, o fato do clube celeste ter oferecido dinheiro para comprar o vo-lante Bruno Silva chamou a atenção da cúpula paulista, que não vem fazendo muito esforço para liberar o atleta. O desfecho do negócio deve ocorrer nos próximos dias.

METRO BH

Língua solta

“Ele não é o pior treinador que já tive, mas é certamente o

mais imaturo”

ZLATAN IBRAHIMOVIC, SOBRE O

TÉCNICO PEP GUARDIOLA, COM

QUEM TRABALHOU NO BARCELONA

EM 2009

Uma aula do porquê de o fu-tebol ter o tamanho que tem foi vista ontem em Abu Dha-bi. A segunda semifinal do Mundial de Clubes fez, por alguns instantes, todos se questionarem se o que esta-va acontecendo em campo era verdade: o Real Madrid estar perdendo para o Al Ja-zira. Foi por pouco tempo, mas suficiente para se acre-ditar que seria possível.

O time que nesta tem-porada marcou cinco gols no Sevilla, três no Barcelo-

na e no Borussia Dortmund e seis no Apoel, passou um pequeno aperto para anotar dois gols sobre a Joia de Abu Dhabi.

No fim, depois de passa-da a incredulidade, o time de Cristiano Ronaldo venceu os árabes, de virada, por 2 a 1 e enfrentará o Grêmio na deci-são de sábado.

Vendo o jogo no hotel on-de estão hospedados na ca-pital dos Emirados Árabes Unidos, os jogadores do Grê-mio perceberam que é possí-

vel vencer a equipe de Zine-dine Zidane, tudo por causa daquele período surreal en-tre os 35 minutos do segun-do tempo e os 8 minutos da etapa final. Também nota-ram que Marcelo Grohe terá trabalho.

Casemiro teve um gol anulado por impedimento. A superioridade madrilenha era tão grande que os me-rengues marcavam com pou-cos jogadores, permitindo al-guns contra-ataques. Ao final de um deles, o ex-corintiano

Romarinho marcou um gol contra o time de CR7.

Na volta do intervalo, a Al Jazira chegou a ampliar a vantagem, mas o gol foi anu-lado por impedimento ano-tado pelo árbitro de vídeo. Então, Cristiano Ronaldo apareceu e empatou, trazen-do o jogo para a realidade. Ainda reinava a expectati-va de um tempo extra, mas Bale, aos 35 minutos, virou a partida. No fim, o Real fez o que se esperava, mas não co-mo se esperava. METRO

Cristiano Ronaldo

marcou o primeiro

gol do time espanhol

AMR ABDALLAH DALSH/REUTERS

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 14 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

Mesmo sem figurar uma ro-dada sequer no grupo de clas-sificação para a Libertadores de 2018 durante todo o Brasi-leirão, o Atlético ainda tinha o sonho de participar da com-petição no ano que vem caso o Flamengo ficasse com o títu-lo da Sul-Americana.

Pelas regras da Conmebol, uma conquista do Rubro-Ne-gro na competição transfor-maria o G-8 do Campeonato Brasileiro em G-9, uma vez que o time carioca terminou o campeonato nacional em 6º, dentro da zona de classi-ficação para a Libertadores. Como o Atlético terminou a competição em 9º, ele ficaria com a última vaga para o tor-neio intercontinental, que te-

rá confrontos em 31 de janei-ro e 7 de fevereiro.

O desfecho ruim para o Galo destrava parte do plane-jamento que dependia do jo-go de ontem. Segundo o novo presidente Sérgio Sette Câma-ra, ficar de fora da Copa Liber-tadores 2018 muda a forma de toda a diretoria trabalhar com os pensamentos para o ano que vem.

“O planejamento passa pe-la vaga, porque se não estiver-mos na Libertadores, teremos que nos readequar a outra realidade. Se estivermos na Libertadores, teremos um jo-go para o final de janeiro. Se não estivermos na Libertado-res, as coisas serão pensadas a médio prazo”, disse. METRO BH

Derrota põe fim ao sonho do Galo de ir para Libertadores

FLAMENGO INDEPENDIENTE

1 1

Sem troféu. Rubro-negro abre o placar, mas sofre empate e deixa escapar o título da Sul-Americana para os argentinos do Independiente

Diego quase não apareceu no jogo: ficou devendo | RICARDO MORAES/REUTERS

Rei de Copas dá cartada e Flamengo é vice, de novo

“Fizemos de tudo para conquistar o título. Fico triste pelo erro e agradeço à torcida que veio apoiar.” CUÉLLAR

“Entendemos a frustação da torcida, que é a mesma que a nossa. Tentamos de todas as formas, mas teve o pênalti ali...”

JUAN

O entorno do Maracanã, an-tes do jogo, foi palco de cenas de combate entre torcedores rivais e entre rubro-negros e policiais. Flamenguistas sem ingresso tentaram entrar no local, grades foram derruba-das e houve muita confusão. Foram registradas invasões em todos os setores do está-dio, mas a pior situação foi na entrada E, onde até 300 pes-soas entraram sem bilhetes.

Nos arredores, houve con-fronto entre torcedores do In-dependiente e do Flamengo. Um argentino, não identifica-do, apanhou muito e foi leva-do a um hospital. Um ônibus de torcedores do clube visi-tante foi apedrejado e uma ja-nela, quebrada.

O tumulto provocou a rea-ção da PM, que usou gás de pi-

menta, bombas de gás e balas de borracha. Torcedores solta-ram rojões e usaram muitos sinalizadores. Por causa da fu-maça, crianças foram hospita-lizadas. Vários cambistas fo-ram detidos tentando vender ingressos por até R$ 500. An-tes do início do jogo, o rubro--negro Gustavo Areias desceu no campo de paraquedas e foi detido por invasão.

A Conmebol vai abrir um processo disciplinar contra o Flamengo, devido à confusão da noite anterior causada por um grupo de rubro-negros na porta do hotel onde os joga-dores do Independiente esta-vam em Copacabana. A enti-dade já abriu processo contra o time argentino por conta de incidentes no jogo de ida, em Buenos Aires. METRO RIO

Invasão, pedrada e bombas1

FLAMENGO: tem um título da competição.

2GRÊMIO: tem três títulos do campeonato.

3CORINTHIANS: paulista tem um título.

4PALMEIRAS: apenasum título.

5SANTOS: time paulista tem três títulos.

6CRUZEIRO: equipe mineira dois títulos.

7VASCO: o carioca temum título.

8CHAPECOENSE: busca a primeira conquista.

Brasil na Libertadores

A bola isolada por Réver no minuto final do jogo isolou também a última esperança dos rubro-negros de conquis-tarem a Sul-Americana e vol-tarem a ser campeões de um torneio internacional após 18 anos. Não foi dessa vez. O ano, cheio de expectativas com um elenco de peso, terminou sem conquistas à altura. O Fla-mengo foi campeão do Cario-ca, chegou a duas finais, mas ficou apenas com o vice nas duas [perdeu a Copa do Brasil para o Cruzeiro].

O troféu da Sul-America-na ficou com o Independien-

te, que honrou o apelido de “Rei de Copas” e levou a sua segunda taça do campeona-to – com ela, acumula 17 títu-los internacionais. A festa no Maracanã, lotado de rubro-ne-gros prontos para comemo-rar, foi dos argentinos. Frus-trados, os torcedores cariocas entoaram xingamentos de “ti-me sem vergonha”.

O Flamengo saiu na fren-te no placar com Lucas Paque-tá, o melhor em campo. Aos 29’ do 1o tempo, após cobran-ça de falta de Diego na área, Juan desviou de cabeça, Ré-ver conseguiu tocar a bola pa-ra evitar a saída e cruzou para a área. Praticamente embaixo do travessão, Paquetá empur-rou a bola para abrir o marca-dor e deixar tudo igual no pla-car acumulado.

O gol incendiou a torcida, que recebeu em troca uma re-

verência na comemoração do meia. Dez minutos depois, porém, uma imprudência de Cuéllar levou o time da Gávea a sofrer um pênalti. O volan-te tocou em Meza dentro da área e derrubou o argentino. O juiz consultou o árbitro de vídeo e marcou pênalti (dis-cutível). Barco chutou rastei-ro no canto direito de César, que caiu para o outro lado. O Independiente voltou a ficar a frente do placar.

O Fla se esforçou para bus-car o gol que o levaria à pror-rogação, foi para o ataque, mas falhou nas finalizações. O time argentino foi mais or-ganizado e conseguiu afastar o perigo. Aos 47’ do 2o tempo, quando o goleiro Campaña caiu após cruzamento na área, Diego chutou na marca-ção e Réver, na sobra, isolou a última chance. METRO RIO

No estádio, muitos sinalizadores | BRUNA PRADO/GETTY IMAGES

Torcedor de paraquedas: detido por invasão | CLEVER FELIX/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS