banco mundial - setor quaternário

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Modelo de Comitês Simulados do CEFET-MG 5ª edição Banco Mundial Banco Mundial Desenvolvimento Mundial do Setor Quaternário Diretores Jean Cristian Miranda Túlio Diniz Luíza Nazaré Diretora-assistente Naira Campos

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MOCS V - Modelo de Comitês Simulados do CEFET_MG

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  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio

    Banco Mundial

    Banco Mundial

    Desenvolvimento Mundial do Setor Quaternrio

    Diretores

    Jean Cristian Miranda

    Tlio Diniz

    Luza Nazar

    Diretora-assistente

    Naira Campos

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    Apresentao da Mesa

    Ol delegados e delegadas, meu nome Jean Cristian Miranda, estou

    no terceiro ano do curso tcnico de Redes de Computadores e com

    imensurvel prazer que fao parte deste projeto juntamente com as pessoas

    mais incrveis do mundo. Sou diretor deste comit fantstico e participo do

    MOCS desde a sua terceira edio. Sou apaixonado com comits econmicos

    e creio que o BM ser o melhor comit econmico ao qual j participei. Se este

    projeto est em andamento sou grato ao Tlio que novamente participa comigo

    em um projeto diplomtico, me ajudando sempre e me incentivando, as moas

    maravilhosas e lindas do comit Luiza Nazar e Naira Campos, competncia

    o sobrenome dessas diretoras magnficas, tenho certeza que sem vocs, esse

    projeto no teria sido to bem feito como est, sou eternamente grato a vocs.

    A temtica deste comit um assunto em pauta em diversas discusses

    diplomticas e bem presente no nosso cotidiano, a tecnologia se tornou

    fundamental para o desenvolvimento econmico de um pas e neste contexto

    que o Setor Quaternrio est embutido, sendo este o setor da tecnologia de

    ponta. A globalizao est em seu auge, e a biotecnologia, informtica,

    ciberntica, robtica, telecomunicao so personagens dessa histria. Por

    isso convido a todos vocs para encontrarem neste guia e nesta reunio o que

    h de melhor no mudo globalizado.

    Ol delegados, sou Tlio Augusto Fiusa Diniz, formado como tcnico em

    eletrnica pelo CEFET-MG em 2014 e com grande honra que sou diretor do

    BM no MOCS V. Participo do MOCS desde sua segunda edio, vi o modelo

    crescer e de um ano para c participei ativamente no seu desenvolvimento. S

    hoje, aps ter concludo o ensino mdio que posso mensurar o quando as

    simulaes me fizeram bem, alm de ter conhecido pessoas fantsticas,

    adquiri uma bagagem acadmica que eu levaria anos para conseguir de outra

    forma e por isso falo aos delegados, principalmente os de primeira viagem: no

    tenham receio de aproveitar das simulaes, depois de algum tempo vocs me

    entendero.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    O setor tecnolgico sempre foi um fator determinante no

    desenvolvimento da humanidade, porm inegvel que hoje ele encontra-se

    mais vasto do que nunca. O desenvolvimento econmico nem sempre acarreta

    em progresso para a sociedade, mas garanto que no h progresso na

    sociedade sem o desenvolvimento econmico. Por isso o tema deste comit

    to importante, e, alm disto, tem uma relao ntima com o carter tcnico do

    CEFET.

    Meus colegas diretores so pessoas fantsticas, o Jean, que fora diretor

    do mesmo comit que eu no MOCS IV uma pessoa que se difere das outras

    por sua educao, tranquilidade e determinao, fico extremamente feliz de ser

    novamente diretor com ele. A Luiza uma pessoa mpar, muito competente,

    tem grande habilidade no ramo das simulaes e toma os problemas de seus

    amigos como dela. Faz pouco tempo que conheci a caloura do comit, a Naira,

    mas fiquei surpreso com sua capacidade ao trabalhar em equipe, fico

    reconfortado e orgulhoso ao saber que no mo de pessoas como ela que o

    MOCS ficar nos prximos anos. Poderia falar muitos outros pontos positivos

    de meus colegas, mas prefiro resumir tudo em uma frase: Tenho sorte de t-los

    neste comit.

    Ol senhores (as) delegad@s, meu nome Luiza Nazar de Oliveira,

    18, e atualmente curso o primeiro perodo de Direito na Faculdade de Direito

    Milton Campos. com grande honra que me apresento aos senhores (as)

    como uma das diretora do Banco Mundial. Essa ser minha terceira vez

    formando uma mesa no MOCS, sendo a primeira na terceira edio como

    diretora assistente na SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa que tratava

    sobre liberdade de expresso e impunidade, e a segunda vez como diretora do

    Conselho de Segurana das Naes Unidas sobre a tenso na frica: a crise

    em Guin Bissau.

    Agradeo a todos que, assim como eu, escolheram, de alguma forma,

    participar e colaborar para o funcionamento deste comit. Agradeo tambm ao

    Jean por me convidar para formar uma mesa e escrever um comit to

    complexo e to importante para a diminuio da pobreza e desigualdade no

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    mundo. Aos delegad@s, podem contar comigo sempre que preciso para tirar

    dvida sobre o comit, sobre o MOCS ou qualquer tema que lhes parecer

    pertinente.

    Ol senhores delegados, meu nome Naira, tenho 17 anos, curso o

    segundo ano de Qumica no CEFET e essa a minha primeira vez na

    organizao de um comit (e que comit, no?!). um prazer enorme estar

    nessa e prometo me empenhar ao mximo para que seja tudo lindo como deve

    ser. Minha primeira simulao foi em um comit econmico, no MOCS mesmo,

    ento acho que no teria forma de ser mais especial pra mim. Devo mil

    agradecimentos ao Jean por me convidar pra desenvolver uma tarefa to

    gratificante como essa, ao Tlio e Nazar por me acolherem e me apoiarem

    tanto, e tambm aos demais membros da CODIC, que apesar de tambm

    terem seus afazeres no me viraram as costas em momento algum. Bom,

    isso. Conto com a colaborao de todos e qualquer coisa pode me falar.

    Vamos brilhar ento!

    Sumrio Apresentao da Mesa .................................................................................................................. 2

    1. Introduo ............................................................................................................................. 7

    2. Histria do Banco Mundial .................................................................................................... 9

    2.1. Contexto Histrico ......................................................................................................... 9

    2.1.1. Surgimento do Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento ...... 9

    2.1.2. Surgimento da Associao Internacional de Desenvolvimento .......................... 10

    2.2. Funcionamento do Banco Mundial ............................................................................. 11

    2.2.1. Banco Mundial e o Poder de Voto dos pases ..................................................... 12

    2.3. O Grupo Banco Mundial .............................................................................................. 13

    2.3.1. BIRD - Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento .................. 13

    2.3.2. IDA Associao Internacional de Desenvolvimento ......................................... 15

    2.3.3. CFI Corporao Financeira Internacional ......................................................... 16

    2.3.4. AMGI- Agncia Multilateral de Garantia de Investimento .................................. 17

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    2.3.5. CIADI - Centro Internacional de Arbitragem de Disputas sobre Investimentos .. 18

    2.4. A Importncia Atual do Banco Mundial ...................................................................... 19

    3. Desenvolvimento Global do Setor Quaternrio da Economia ............................................ 21

    3.1. O Setor Quaternrio .................................................................................................... 21

    3.1.1. Eletrnica............................................................................................................. 22

    3.1.2. Robtica .............................................................................................................. 22

    3.1.3. Informtica Computacional ................................................................................. 23

    3.1.4. Telecomunicaes ............................................................................................... 23

    3.1.5. Biotecnologia ....................................................................................................... 24

    3.2. Setor quaternrio e os outros setores ........................................................................ 25

    3.2.1. Relaes .............................................................................................................. 25

    3.2.2. Diferenas ............................................................................................................ 26

    3.3. A importncia do Setor Quaternrio no cenrio mundial .......................................... 26

    3.3.1. Setor Quaternrio na Economia dos Pases Desenvolvidos ................................ 26

    3.3.2. Setor Quaternrio na Economia dos Pases Subdesenvolvidos e Emergentes ... 27

    4. Projetos Desenvolvidos pelo Banco Mundial ...................................................................... 28

    4.1. Tecnologia ................................................................................................................... 28

    4.2. Sade ........................................................................................................................... 29

    4.3. Sustentabilidade .......................................................................................................... 30

    4.4. Educao ..................................................................................................................... 32

    4.5. Erradicao da Fome ................................................................................................... 33

    5. Perguntas a serem Respondidas ......................................................................................... 35

    6. Posicionamentos ................................................................................................................. 36

    6.1. frica do Sul ................................................................................................................ 36

    6.2. Alemanha .................................................................................................................... 37

    6.3. Arbia Saudita ............................................................................................................. 38

    6.4. Arglia ......................................................................................................................... 39

    6.5. Argentina ..................................................................................................................... 41

    6.6. Angola.......................................................................................................................... 42

    6.7. Austrlia ...................................................................................................................... 44

    6.8. Blgica ......................................................................................................................... 44

    6.9. Brasil ............................................................................................................................ 45

    6.10. Chile ......................................................................................................................... 47

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    6.11. China ........................................................................................................................ 48

    6.12. Coreia do Sul............................................................................................................ 50

    6.13. Egito ......................................................................................................................... 51

    6.14. Estados Unidos da Amrica ..................................................................................... 52

    6.15. Frana ...................................................................................................................... 54

    6.16. ndia ......................................................................................................................... 55

    6.17. Indonsia ................................................................................................................. 55

    6.18. Ir ............................................................................................................................ 57

    6.19. Israel ........................................................................................................................ 58

    6.20. Itlia ......................................................................................................................... 59

    6.21. Japo ....................................................................................................................... 60

    6.22. Mxico ..................................................................................................................... 61

    6.23. Nigria ..................................................................................................................... 62

    6.24. Paraguai ................................................................................................................... 62

    6.25. Reino Unido ............................................................................................................. 63

    6.26. Rssia ....................................................................................................................... 64

    6.27. Tailndia .................................................................................................................. 65

    6.28. Venezuela ................................................................................................................ 66

    7. Anexos ................................................................................................................................. 66

    8. Referncias .......................................................................................................................... 70

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    1. Introduo

    No processo atual de globalizao no qual vivemos, o domnio e contato

    tecnolgico se tornou primordial para o desenvolvimento econmico. A

    tecnologia tem tido papel essencial para o crescimento de diversos pases,

    tendo em vista que esta se tornou indispensvel para a humanidade. Engajado

    h este desenvolvimento, vemos no cenrio poltico a presena de instituies

    que tem investido recursos para que tal tenha um resultado positivo em escala

    mundial, e uma das instituies que mais tem lutado para este

    desenvolvimento global o Banco Mundial.

    O Banco Mundial do sculo XXI desenvolve projetos que se associam a

    diversos problemas sociais, tendo como diretriz o crescimento econmico. Em

    meio s preocupaes do Banco Mundial os assuntos que esto em pauta em

    suas reunies so o problema da pobreza, da injustia, do desemprego,

    carncia tecnolgica e de outros estigmas que caracterizam principalmente os

    pases subdesenvolvidos. Sua importncia hoje se deve no apenas ao volume

    de seus emprstimos e abrangncia de suas reas de atuao, mas tambm

    ao carter estratgico que vem desempenhando no processo de reestruturao

    neoliberal dos pases em desenvolvimento, por meio de polticas de ajuste

    estrutural. Atualmente, o Banco Internacional para Reconstruo e

    Desenvolvimento (BIRD) possui 188 pases membros, enquanto a Associao

    Internacional de Desenvolvimento (IDA) tem 172 membros, sendo que todo

    membro do BIRD tambm est associado ao FMI. Seus emprstimos

    passaram de 500 milhes de dlares (1947) para cerca de 24 bilhes (1993),

    isso coloca o BM como o maior captador mundial no-soberano de recursos

    financeiros, e tambm, o principal financiador de projetos de desenvolvimento

    no mbito internacional.

    Um dos assuntos em pauta em reunies do BM o desenvolvimento da

    tecnologia em campo mundial, sendo este tema vinculado ao setor quaternrio

    da economia, o setor da robtica, ciberntica, informtica, etc. O domnio deste

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    setor a cada dia tem sido prioritrio para as grandes potncias mundiais. O

    setor quaternrio a expanso do conceito da Hiptese dos Trs Setores da

    Economia: primrio (agricultura, pecuria e atividades extrativas), secundrio

    (indstria) e tercirio (comrcio e servios), e abrange as atividades intelectuais

    da tecnologia, como gerao e troca de informao, educao, pesquisa e

    desenvolvimento das altas tecnologias em si, anteriormente includas no setor

    tercirio como servios.

    O setor quaternrio est relacionado principalmente h pases

    desenvolvidos, tendo em vista que este requer mo de obra bastante

    qualificada. Pases como a Coria do Sul, Japo, EUA e Inglaterra esto nas

    mais altas posies. Somente neste ltimo pas, o terceiro e o quarto setor so

    responsveis por 76 % dos empregos formais. Por conta disso, o Banco

    Mundial tem lutado para que pases desenvolvidos e principalmente

    subdesenvolvidos venham implantar este setor em sua economia, esta reunio

    ser responsvel em buscar medidas para que este setor se desenvolva

    mundialmente.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    2. Histria do Banco Mundial

    2.1. Contexto Histrico

    O Banco Mundial se divide em duas organizaes que se

    complementam e trabalham de forma conjunta apesar de sua autonomia. So

    elas O Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento (BIRD) e a

    Associao Internacional de Desenvolvimento (AID). Os mecanismos e lgica

    de cada uma dessas instituies esto vinculados com sua histria e a

    demanda internacional no momento de sua criao. Tendo o BIRD sido criado

    em 1944 com a previso do fim da Segunda Guerra Mundial e a necessidade

    da reconstruo econmica dos pases envolvidos na Guerra, e a AID em 1959

    com a necessidade de investimentos em desenvolvimentos por parte dos

    pases ocidentais.

    2.1.1. Surgimento do Banco Internacional para

    Reconstruo e Desenvolvimento

    Durante a dcada de 40 o mundo enfrenta o perodo mais escuro da

    humanidade, a Segunda Guerra Mundial. O Totalitarismo que o regime nazista

    se tornou levou, inicialmente, todo o continente europeu a uma extensa e

    danosa (humanitariamente e economicamente) guerra que acabou se

    espalhando por todo o mundo. Foram formadas alianas em ambos os lados

    guerra e a destruio aconteceu em uma escala nunca vista anteriormente.

    Prevendo as inevitveis perdas que a guerra traria para a populao,

    para a economia e para a prpria estrutura de seu pas, o Reino Unido

    comeou negociaes com os Estados Unidos para a criao de uma

    arquitetura internacional monetria e financeira que deveria ajudar a

    reconstruo do pas aps a guerra.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    10

    O projeto visionrio garantiria a abertura do mercado europeu aos

    Estados Unidos e o livre comrcio para produtos estadunidenses. Em outras

    palavras, a criao do mecanismo se mostrava bastante lucrativa para o pas e

    garantia, tambm, acesso as matrias-primas necessrias potencializando

    ainda mais sua economia.

    A partir das discusses entre Estados Unidos e Reino Unido, que

    definiram os termos fundamentais, e das discusses provenientes da

    Conferncia Monetria e Financeira das Naes Unidas, realizada em Bretton

    Woods em julho de 1944, foram criadas duas instituies monetrias de apoio

    internacional: O FMI (Fundo Monetrio Internacional) e O BIRD (Banco

    Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento).

    O Banco Mundial nasce ento com o que hoje se tornou um de seus

    rgos, o BIRD. Diferentemente dos demais bancos, ele no deveria fortalecer

    a economia ou concorrer com bancos privados. Seu objetivo era promover o

    investimento em reconstruo e desenvolvimento.

    Mas as estimativas e clculos feitos para que o BIRD pudesse cumprir

    seu objetivo e ajudar a Europa a se reerguer no condiziam com a realidade.

    Este fato e o perodo de disputa entra a Unio das Republicas Socialistas

    Soviticas (URSS) e os Estados Unidos, a guerra fria, trouxe a necessidade do

    aprimoramento desse mecanismo e da criao de novos mecanismos, que

    estaro detalhados no tpico 2.3 deste guia.

    2.1.2. Surgimento da Associao Internacional de

    Desenvolvimento

    Em 1955, a Conferncia de Bandung tornou-se smbolo de uma

    tendncia adotada por vrios pases que clamavam por articulaes anti-

    imperialistas e por polticas que no estivessem relacionadas guerra fria. Tais

    pases tinham como objetivo e desenvolvimento de seus pases e o BIRD no

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    11

    poderia atender a demanda de tais pases assim como, no lhe cabia atender

    em alguns casos.

    Outro fator que levou criao da Associao Internacional de

    Desenvolvimento foi a vitria dos comunistas em Cuba. A expanso do

    comunismo para a Amrica Latina apresentou-se como uma ameaa para os

    Estados Unidos que decidiu ento se responsabilizar pela causa do

    desenvolvimento para que pudesse controlar seu rumo.

    Durante a dcada de 1950, na Organizao das Naes Unidas, surgiu

    a discusso sobre a criao de um fundo da prpria ONU que deveria conceder

    emprstimos aos pases necessitados, o SUNDEF. O fundo teria termos mais

    brandos que os do BIRD e seria financiado pelos pases integrantes da

    Organizao. O BIRD viu tal fundo como uma ameaa ao seu ofcio e s

    admitia tal mecanismo caso fosse administrado pelo Banco.

    Em 1959 o projeto da AID foi aprovado e em 1960 a ndia aderiu

    associao enfraquecendo o movimento em prol da criao da SUNDEF. A AID

    era o oposto da SUNNDEF, financiamento voluntrio e no progressivo,

    dependendo de acordos firmados entre os pases, o voto no era igualitrio.

    2.2. Funcionamento do Banco Mundial

    O Banco Mundial funciona de forma constante desde sua criao,

    atualmente a maior instituio pblica em desenvolvimento no mundo,

    emprestando cerca de US$ 25 bilhes por ano para os pases em

    desenvolvimento.

    As informaes do Banco de voto so baseado em subscries de

    capital dos scios que, significa que os membros com as maiores contribuies

    financeiros tm maior poder de tomada de deciso do Banco. O Estados

    Unidos da Amrica detm 20% dos votos e representado por um nico

    Diretor Executivo. Os 47 pases africanos sub-saarianos, em contrapartida, tm

    dois Diretores Executivos e mantenha apenas 7% de votos entre eles.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    12

    As taxas de juros sobre emprstimos do Banco Mundial so revistos a

    cada seis meses e, normalmente, o Banco cobra os muturios uma taxa de juro

    de 0,5 por cento acima do seu prprio custo dos emprstimos no mercado

    internacional, as verbas recebidas recebem o objetivo de pagar os custos de

    funcionamento do Banco e para adicionar s reservas.

    Os emprstimos eram em sua essncia original dada apenas para aos

    projetos especficos, normalmente projetos de infra-estrutura, como a

    construo de estradas, barragens e instalaes de telecomunicaes e

    projetos de assistncia social, como as do setor de sade e educao.

    Em 1980, o Banco introduziu os emprstimos de ajuste no mbito do seu

    programa de ajustamento estrutural (SAP) para fornecer financiamento para

    pases com problemas de balano de pagamentos. Estes emprstimos so

    fornecidos a pases de reformas sociais, estruturais e setoriais, por exemplo,

    para o desenvolvimento da tecnologia. O Banco Mundial impe condies aos

    seus emprstimos com os objetivos declarados de garantir a economia do pas

    esteja estruturada para o reembolso do emprstimo. As reunies acontecem

    anualmente onde assuntos relevantes das atualidades de preocupao global

    so debatidos e sempre as reunies so feita na sede do Banco Mundial.

    2.2.1. Banco Mundial e o Poder de Voto dos pases

    As disposies do Banco Mundial e do FMI so efetuadas por uma

    votao da Diretoria Executiva, que representa os pases membros de cada

    instituio financeira. Ao contrrio das Naes Unidas, onde cada nao

    membro tem o poder de voto igual, o poder de voto no Banco Mundial e do FMI

    determinado pelo nvel da participao financeira de uma nao. Portanto, os

    Estados Unidos tm cerca de 17% dos votos, com os sete maiores pases

    industrializados (G-7) que ocupam um total de 45%. Devido escala da sua

    contribuio, os Estados Unidos sempre teve uma voz dominante e tem em

    todos os momentos exercido um veto eficaz. Ao mesmo tempo, os pases em

    desenvolvimento tm relativamente pouco poder dentro da instituio, que, por

    meio dos programas e polticas que decidem financiar, possui um tremendo

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    13

    impacto em todas as economias e sociedades locais. Alm disso, o presidente

    do Banco Mundial por tradio um americano, e do presidente do FMI um

    europeu.

    2.3. O Grupo Banco Mundial

    O Grupo Banco Mundial, diferentemente do Banco Mundial em si,

    formado por cinco mecanismos, o BIRD e a AID, que formam o Banco Mundial,

    e mais trs instituies: a Corporao Financeira Internacional (CFI), a Agncia

    Multilateral de Garantia de Investimentos (AMGI) e Centro Internacional para

    Arbitragem de Disputas sobre Investimentos.

    Durante a dcada de 1980, o Banco foi pressionado em vrias direes:

    no incio da dcada o desafio foram questes macroeconmicas e de

    renegociao de dvidas; no final da dcada os quesitos sociais e ambientais

    foram o enfoque, e o Banco foi acusado severamente de no condizer com as

    suas prprias polticas em alguns projetos.

    Para evitar tais constrangimentos, o Relatrio Wapenhans foi lanado e

    foram tomadas medidas para a reforma do Grupo. A reforma previa a criao

    de um Painel de Inspeo para investigar reclamaes contra o Banco. Porm,

    a crtica continuou crescente, chegando a seu auge no ano de 1994, nas

    reunies anuais de Madrid.

    A partir das crticas feitas e, para evit-las, o Grupo Banco Mundiais vem

    evoluindo para garantir um melhor rendimento. Os cinco rgos que constituem

    o Grupo tem trabalhado, individualmente, mas em colaborao para melhorar a

    eficcia interna e externa do Banco.

    2.3.1. BIRD - Banco Internacional para Reconstruo e

    Desenvolvimento

    O Banco Internacional de Reconstruo e Desenvolvimento foi criado

    em 1944, sendo ele a instituio que deu origem ao Banco Mundial, para

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    14

    ajudar a reconstruir a Europa aps a Segunda Guerra Mundial. Hoje, o BIRD

    concede emprstimos e outras formas de assistncia, trabalhando em conjunto

    com o resto do Grupo do Banco Mundial, ajudando a reduzir a pobreza,

    promover o crescimento econmico, e construir a prosperidade, para ajudar,

    principalmente, pases em desenvolvimento.

    O Banco Internacional propriedade dos governos de seus 188 pases-

    membros, que so representados por um conselho de 25 membros de 5

    nomeados e 20 Diretores Executivos eleitos.

    A instituio disponibiliza recursos financeiros, conhecimentos e servios

    tcnicos e consultoria estratgica para pases em desenvolvimento. As

    diretrizes fundamentais do BIRD so:

    Dar suporte a investimentos a longo prazo com a finalidade de ampliar o

    desenvolvimento humano e social, algo que bancos privados no fazem;

    Preservar a fora financeira dos beneficiados, fornecendo apoio em

    tempos de crise, quando as pessoas pobres so mais prejudicadas;

    Promover a poltica chave e reformas institucionais (como as reformas

    da rede de segurana ou anticorrupo);

    Criar um ambiente favorvel ao investimento para catalisar o

    fornecimento de capital privado;

    Facilitar o acesso aos mercados financeiros, muitas vezes em condies

    mais favorveis do que os membros podem conseguir por conta prpria;

    Providenciar os servios do BIRD. "

    Fontes de financiamento do BIRD

    O BIRD levanta seus fundos nos mercados financeiros espalhados pelo

    mundo. Esta prtica tem permitido ao BIRD viabilizar mais de US $ 500 bilhes

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

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    em emprstimos para diminuir a pobreza em todo o mundo desde 1946, com

    os seus governos acionistas pagando cerca de US $ 14 bilhes em capital.

    A sua alta classificao de crdito permite-lhe captar recursos a baixo

    custo e oferecer pases de renda mdia em desenvolvimento o acesso ao

    capital em condies favorveis - em volumes maiores, com prazos mais

    longos, e de uma forma mais sustentvel maneira que os mercados financeiros

    mundiais normalmente fornecem.

    O BIRD obtm rendimentos a cada ano a partir do retorno sobre seu

    patrimnio e da pequena margem que faz sobre os emprstimos. Este paga as

    despesas de funcionamento do BIRD, entra em reservas para reforar o

    balano patrimonial, e fornece uma transferncia anual de fundos para a AID, o

    fundo para os pases mais pobres.

    2.3.2. IDA Associao Internacional de

    Desenvolvimento

    A Associao Internacional de Desenvolvimento (IDA) a parte do

    Banco Mundial, que ajuda os pases mais pobres do mundo. Fundada em

    1960, a AID tem como objetivo reduzir a pobreza atravs da concesso de

    crditos (emprstimos) e subsdios para os programas que impulsionam o

    crescimento econmico, reduzir as desigualdades e melhorar as condies de

    vida das pessoas.

    A Associao funciona de forma a complementar o trabalho do BIRD.

    Ambos compartilham a mesma equipe e sede e avaliam projetos com os

    mesmos padres rigorosos. Apesar da rigorosidade a AID a maior

    contribuinte para projetos sociais em pases pobres financiando projetos nos

    setenta e sete pases mais pobres do mundo.

    A Associao faz os emprstimos em termos concessionais, ou seja, ela

    tem pouco ou nenhum interesse em cobranas tendo os reembolsos um prazo

    de 25 a 38 anos, incluindo um perodo de carncia de 5 a 10 anos. Ela tambm

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    16

    oferece subsdios para pases em risco de se endividar mais do que um limite

    aceitvel.

    2.3.3. CFI Corporao Financeira Internacional

    "As pessoas devem ter a oportunidade de sair da pobreza e melhorar suas

    vidas."

    A Corporao Financeira Internacional membro do Grupo Banco

    Mundial e a maior instituio de desenvolvimento global focada exclusivamente

    no setor privado nos pases em desenvolvimento. A CFI, fundade em 1956, ela

    propriedade de 184 pases membros que determinam coletivamente as

    polticas adotadas pela instituio. Trabalhando em mais de 100 pases em

    desenvolvimento, a Corporao propicia um ambiente onde empresas e

    instituies financeiras em mercados emergentes consigam criar empregos,

    gerar receitas fiscais, melhorar a governana corporativa e desempenho

    ambiental, e contribuir para suas comunidades locais.

    Estratgias adotadas:

    Reforar o foco em mercados de fronteira;

    Abordar a temtica: mudana climtica e garantir a sustentabilidade

    ambiental e social;

    Tratar das restries ao crescimento do setor privado nos quesitos

    infraestrutura, sade, educao, e abastecimento alimentar;

    O desenvolvimento de mercados financeiros locais;

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    17

    Construir relacionamentos com os clientes de longo prazo em mercados

    emergentes.

    Objetivos e Valores

    Como membro do Grupo Banco Mundial, a CFI tem dois objetivos

    fundamentais:

    Acabar com a extrema pobreza at 2030;

    Impulsionar a prosperidade e compartilha-lo em cada pas em

    desenvolvimento.

    Esse compromisso com a reduo da pobreza e criao de

    oportunidades se reflete nos valores da Corporao, sendo estes inovaes,

    influncia, demonstrao (dar um bom exemplo e mostrar o porqu de investir

    em mercadores que parecem desafiadores) e impacto (agir onde h maior

    necessidade e onde o investimento ter maior impacto).

    2.3.4. AMGI- Agncia Multilateral de Garantia de

    Investimento

    A Agncia Multilateral de Garantia de Investimentos o membro do

    Grupo Banco Mundial cuja misso promover o investimento estrangeiro direto

    nos pases em desenvolvimento para ajudar a apoiar crescimento econmico,

    reduzir a pobreza e melhorar a vida das pessoas.

    Estratgia adotada

    Assim como a CFI, a AMGI tem como preceito dar prioridade aos

    investimentos que causaro maior impacto. Assim, fica definido que essa

    prioridade dada aos pases elegveis para o auxlio da AID; aos ambientes

    frgeis e afetados por conflitos; aos projetos transformacionais - grande escala

    e investimentos significativos, com potencial para provocar a mudana

    transformacional no pas de acolhimento; aos projetos de energia e

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    18

    infraestrutura complexos que melhoram a capacidade de energia, bem como

    projetos de transporte que tm um impacto positivo no controle da poluio e

    aos pases de Renda Mdia.

    A AMGI aplica um conjunto abrangente de padres de desempenho

    social e ambiental a todos os projetos e oferece uma vasta experincia em

    trabalhar com investidores para garantir o cumprimento de suas normas.

    Servios prestados

    Fornecer garantias de seguro de risco poltico para os

    investidores do setor privado e os credores, formando as condies mais

    favorveis para os investimentos acontecerem;

    Realizar pesquisas e compartilhar conhecimentos, como parte do

    nosso mandato para apoiar o investimento direto estrangeiro em mercados

    emergentes reforando sua posio como um lder de pensamento e fonte de

    informaes pertinentes para a comunidade de seguro de risco poltico.

    2.3.5. CIADI - Centro Internacional de Arbitragem de

    Disputas sobre Investimentos

    O CIADI, criada em 1966 pela Conveno para a Resoluo de Disputas

    sobre Investimentos entre Estados e Nacionais de outros Estados, o fruto de

    um tratado multilateral formulado pelos Diretores Executivos do Banco Mundial

    para promover o investimento internacional do Banco. O Centro uma

    instituio independente de resoluo de litgios, sem um escopo poltico e

    altamente eficiente. Sua disponibilidade para os investidores e para os Estados

    ajuda a promover o investimento internacional, fornecendo a confiana no

    processo de resoluo de litgios.

    O Centro Internacional de Arbitragem de Disputas sobre Investimentos

    a instituio lder mundial que se dedica a liquidao internacional da disputa

    sobre o investimento. Sua experincia grande visto que administrou a maioria

    dos casos de investimento internacionais. Os membros definiram o CIADI como

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    19

    um frum com o objetivo de alcanar a resoluo de pendncias e disputas na

    maioria dos tratados de investimento internacionais e nas leis e contratos de

    investimento.

    O Centro prev resoluo de litgios por conciliao, arbitragem ou de

    averiguao. Os processos realizados so projetados para ter em conta as

    caractersticas especiais de disputas sobre investimentos internacionais e as

    partes envolvidas. Cada caso avaliado por uma Comisso de Conciliao

    independente ou Tribunal Arbitral. Uma equipe dedicada atribuda a cada

    caso e fornece assistncia especializada durante todo o processo.

    O CIADI tambm promove uma maior conscientizao do Direito

    Internacional sobre o investimento estrangeiro e do processo CIADI. Ele tem

    um extenso programa de publicaes a fim de propagar e divulgar os

    conhecimentos, tcnicas e problemas que envolvem a arbitragem de casos de

    investimentos internacionais, inclusive divulgando seus casos.

    2.4. A Importncia Atual do Banco Mundial

    Nosso sonho um mundo livre da pobreza Lema do Banco Mundial

    O Banco Mundial possui extrema influncia nas decises que levam ao

    desenvolvimento econmico mundial e, sua importncia hoje em cenrio global

    deve-se no apenas ao nmero de seus emprstimos e a diversidade de suas

    reas de atuao, mas tambm ao carter estratgico que vem

    desempenhando no processo de reestruturao neoliberal dos pases em

    desenvolvimento, por meio de polticas de ajuste estrutural.

    Modificar de forma benigna a estrutura econmica dos pases

    respeitando a soberania de cada nao tem sido um dos objetivos do Banco

    Mundial, juntamente com os ideais de aos longos dos anos de poder auxiliar a

    ajustar e assegurar o pagamento da dvida externa e transformar a estrutura

    econmica dos pases de forma a fazer desaparecer caractersticas julgadas

    indesejveis e inconvenientes ao novo padro de desenvolvimento neoliberal.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    20

    Alm disso, vrios projetos so desenvolvidos pelo Banco visando alcanar as

    metas de desenvolvimento do milnio de erradicar a pobreza extrema e a fome,

    atingir o ensino bsico universal, promover a igualdade entre os sexos e a

    autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a sade

    materna, combater o HIV/AIDS, a malria e outras doenas, garantir a

    sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o

    desenvolvimento.

    A importncia do Banco Mundial no reside apenas no fato de que

    atravs dele os pases podem realizar numerosos e grandes emprstimos, mas

    tambm o Banco Mundial pode ajudar os governos em cada regio na

    execuo dos planos de combate pobreza. Assim, so dadas para os

    governantes de diferentes lugares do mundo estratgias e projetos ha serem

    seguidas para obteno de melhores resultados de desenvolvimento. Estas

    estratgias so adaptadas a cada necessidade especfica das naes, pois o

    Banco Mundial tem conhecimento que cada rea ou regio do mundo possuem

    caractersticas muito diferentes uma das outros no mundo.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    21

    3. Desenvolvimento Global do Setor

    Quaternrio da Economia

    3.1. O Setor Quaternrio

    No existe um consenso no meio acadmico no que diz respeito

    melhor forma de dividir os setores da economia, em parte devido ao fato de

    que a diviso destes em grandes grupos no essencial na administrao

    pblica. As duas separaes mais aceitas atualmente so as de trs e de

    quatro setores, porm ainda existem outras.

    Dr. Marc Porat, um empreendedor e economista, foi um dos primeiros a

    dar consistncia ideia que o setor informacional difere-se do tercirio Ele

    analisou diversos indicadores da economia norte americana e concluiu que o

    setor informacional responsvel por uma parcela significativa do PIB

    americano e por um grande nmero de empregos. Para Porat, o setor da

    informao era composto pelas empresas de comunicao, pesquisa e

    consultoria. O setor informacional posteriormente foi denominado quaternrio e

    uma vez que Porat realizou seus trabalhos nas dcadas de 60, 70 e 80,

    posteriormente foram adicionadas outras atividades, como a de computao e

    biotecnologia. Algumas atividades no so vistas por todos como pertencentes

    ao setor quaternrio, como a bancria e de consultoria, mas isto no se torna

    problema para esta reunio uma vez que nosso foco a rea tecnolgica.

    O setor quaternrio fundamental no desenvolvimento de uma nao,

    uma vez que dele que saem parte das invenes e desenvolvimentos

    tecnolgicos. a partir desses inventos que possvel haver inovaes, e a

    partir das inovaes um pas desenvolve.

    pelo vis da pesquisa e inveno do setor quaternrio que se pode

    inferir sua dependncia do crdito e do sistema de patentes, as pesquisas tm

    alto custo e nem sempre as empresas tm capital para financiar o setor. Para

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    22

    que uma empresa consiga crditos a juros baixos, necessria garantias de

    que o projeto ser rentvel caso venha a ser concludo, garantia esta que

    fornecida pelo sistema de patentes.

    3.1.1. Eletrnica

    O avano no setor da eletrnica a base para o desenvolvimento dos

    setores de telecomunicaes e da informtica, de tal forma que fica difcil

    diferencia-los. Este o setor responsvel por maximizar a capacidade de

    sistemas de comunicaes e minimizar os gastos energticos de dispositivos

    informticos.

    Os pases que no possuem produo de eletrnicos de ponta precisam

    gastar fortunas para importar os produtos de outras localidades e muitas vezes

    no tm condies de desenvolver o setor em seu territrio devido

    consolidao de grandes empresas no ramo. Melhorar o nvel educacional do

    pas, assim como o setor energtico pode ser uma soluo para o problema.

    3.1.2. Robtica

    A robtica responsvel por maximizar a produo industrial em

    diversos pases, porm em alguns casos o desemprego foi uma de suas

    consequncias. Entretanto esta rea vai alm do setor industrial, com a

    robtica tornou-se possvel desenvolver mtodos cirrgicos mais precisos,

    onde o mdico controla peas robticas durante a operao, aumentando a

    qualidade do procedimento e diminuindo as chances de efeitos colaterais ou de

    erro. A robtica tambm pode ser usada na substituio de membros

    amputados, logo, o avano desta tecnologia pode fazer com que pessoas

    debilitadas fisicamente possam ter uma qualidade de vida maior.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    23

    3.1.3. Informtica Computacional

    o setor que trabalha com o desenvolvimento de sistemas lgicos

    objetivando aplicao em softwares que podem abranger quase todas as

    atividades humanas. A maximizao de qualquer empresa depende desta rea.

    Os pases mais ricos so os que possuem das melhores empresas desta

    rea. O desenvolvimento de pesquisas oneroso, porm pases emergentes

    como o Brasil e a China conseguem obter excelentes resultados neste setor.

    Esta rea muito prxima de qualquer outra rea do setor quaternrio,

    formando o cenrio essencial para a compreenso do mesmo.

    3.1.4. Telecomunicaes

    O setor de telecomunicaes vai alm do entretenimento, ele o

    responsvel por facilitar trocas comerciais entre regies distantes, levar

    informao a locais afastados dos centros urbanos e garantir a segurana dos

    pases. Porm atualmente existem muitos pases com o sistema de

    telecomunicaes deficiente e com custo alto, em geral os que possuem

    economia rural e PIB baixo.

    A implementao das redes de telecomunicaes demanda

    investimentos elevados, que os pases mais pobres no tm condies de

    realizar. Nestes casos a comunicao fica restrita esfera governamental e s

    maiores cidades do pas. Um sistema de comunicaes deficitrio dificulta a

    atuao do governo, que encontra dificuldades em estudar as regies mais

    afastadas e comunicar-se nos casos de emergncia, assim como diminui o

    interesse do setor privado em expandir-se para estas regies.

    As naes emergentes tambm encontram dificuldades em lidar com as

    telecomunicaes, mas nestes casos os problemas esto nas reas inspitas

    ou regies rurais afastadas dos grandes centros. Estes pases j possuem uma

    rede de comunicao, tanto de internet quanto de telefonia, porm que

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    24

    necessita de altos investimentos para atingir as regies mais afastadas. Uma

    caracterstica deste caso que quando a internet chega a uma regio afastada,

    ocorre um crescimento rpido na localidade.

    Os pases ricos tambm encaram problemas relacionados s

    telecomunicaes, neste caso geralmente por excesso de linhas e redes

    saturadas, situao caracterizada pela ausncia de espectros disponveis para

    os meios de comunicao sem fio e centrais que operam na capacidade

    mxima. A melhoria das comunicaes neste caso depende exclusivamente do

    desenvolvimento de novas tecnologias capazes de maximizar a capacidade de

    utilizao das larguras de banda e de transmitir mais informaes com menos

    cabos.

    No caso dos pases emergentes e em desenvolvimento a soluo est

    tanto na expanso fsica dos sistemas de comunicao assim como no

    desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem a comunicao em

    grandes distncias com preo reduzido.

    3.1.5. Biotecnologia

    A Conveno sobre Diversidade Biolgica (CBD) em seu artigo 2 define

    a biotecnologia: Biotecnologia significa, qualquer aplicao tecnolgica que

    utilize sistemas biolgicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar

    ou modificar produtos ou processos para utilizao especfica. (ONU,

    Conveno de Biodiversidade 1992, Art. 2).

    A rea de aplicao da biotecnologia vasta:

    - Indstria farmacutica: desenvolvimento de novas drogas,

    produo e melhoramento de antibiticos, vacinas, estabelecimento de terapias

    gnicas e outras estratgias para o tratamento de doenas animais e vegetais,

    entre outras.

    - Nos laboratrios de anlise: desenvolvimento de testes

    diagnsticos clnicos, alimentcios, agrcolas e ambientais.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    25

    - Na agricultura: desenvolvimento de novas variedades de

    cultivos/organismos transgnicos.

    - E muitas outras reas como o setor alimentcio, no meio

    ambiente, na indstria qumica e a rea mdica.

    Segundo a OCDE, a biotecnologia contribuir, em 2030, em 50% da

    produo do setor primrio, 80% dos novos medicamentos e 35% da produo

    qumica.

    A biotecnologia de importncia mpar, uma vez que alm de contribuir

    na economia de um pas, os frutos da rea so capazes de aumentar a

    quantidade e qualidade da produo agrcola, assim como de medicamentos e

    pesquisas mdicas. Por isto importante que todas as naes tenham acesso

    a este setor, ou pelo menos consiga comprar produto desta rea de outros

    pases.

    3.2. Setor quaternrio e os outros setores

    O Setor Quaternrio est diretamente ligado aos outros setores, muitos

    pesquisadores define o quarto setor como a juno do primrio, secundrio e

    tercirio e, para compreendermos melhor o conceito deste setor em ascenso

    de suma importncia compreender as relaes e diferenas entre eles, e so

    eles:

    3.2.1. Relaes

    O setor quaternrio mune os outros setores de informaes e tcnicas.

    Temos como exemplo o caso da biotecnologia, onde existem empresas desta

    rea que trabalham exclusivamente com o desenvolvimento de tecnologia para

    suprir o agronegcio. Nesta situao as empresas de biotecnologia no

    chegam a produzir algo fsico, elas vendem mtodos e frmulas para serem

    utilizadas no setor primrio.

    O setor quaternrio em alguns casos tambm tem grande relao com o

    governo, pois comum que projetos sejam desenvolvidos atravs de parcerias

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    26

    entre universidades pblicas e o setor privado. Outra relao diz respeito

    regulamentao das atividades tecnolgicas, como nos casos do

    desenvolvimento de medicamentos e outras pesquisas biolgicas, nesta rea o

    governo exerce forte influncia no setor devido a motivos polticos e religiosos.

    3.2.2. Diferenas

    O resultado do setor quaternrio basicamente a informao e o

    conhecimento. Seus produtos algumas vezes podem assemelhar-se com a

    prestao de servios, mas sempre existir um vis tecnolgico.

    O setor quaternrio caracterizado pelo uso de mo de obra

    extremamente qualificada com profunda formao acadmica. As empresas

    deste setor tambm so capazes de obter grande receita com uma equipe

    pequena, o que no comuns nos demais setores. O setor no possui

    necessidade bsica de frete ou mesmo de estar prximo de seus clientes, o

    que contrasta com os setores primrio, secundrio e parte do tercirio.

    3.3. A importncia do Setor Quaternrio no

    cenrio mundial

    3.3.1. Setor Quaternrio na Economia dos Pases

    Desenvolvidos

    O Setor da tecnologia de ponta nos pases desenvolvidos fonte

    importantssima de renda para o aumento do Produto Interno Bruto de suas

    naes, pois estes utilizam deste setor como a principal forma de economia.

    Podemos ver nestes pases investimentos constantes e em larga escala em

    educao, pesquisa e tecnologia trazendo prosperidade consistente cada pas

    nestes quesitos, gerando muitos empregos de maior qualificao, produtos de

    maior valor agregado e distribuio de renda igualitria.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    27

    O Quarto Setor pode ser definido como o setor no qual as grandes

    empresas esto investindo em pesquisas de informao para seu prprio

    crescimento. Isso abrange corte de custos, pesquisas de mercado, ideias

    inovadoras, produo de novos mtodos de produo, desenvolvimento de

    produtos para novos mercados consumidores, dentre outros e estas

    caractersticas ento presentes em grande escala em pases desenvolvidos,

    uma vez que requere mo de obra bastante preparada tecnologicamente.

    Pases como a Coria do Sul, Japo, EUA e Inglaterra esto nas mais altas

    posies. Somente na Inglaterra, o terceiro e o quarto setor so responsveis

    por 76 % dos empregos formais do pas.

    3.3.2. Setor Quaternrio na Economia dos Pases

    Subdesenvolvidos e Emergentes

    Os pases subdesenvolvidos e emergentes possuem dificuldades e

    barreiras para implementao deste setor em suas econmicas pelo fato de

    no possurem grande poderio no domnio tecnolgico e para criar uma base

    tecnolgica slida, pelo menos dois requisitos so fundamentais: a existncia

    de um sistema educacional forte e uma proviso de recursos financeiros para a

    manuteno e estmulo das pesquisas em C&T. E evidente que, em pases

    carentes de recursos, investimentos em pesquisa tm de competir com outras

    prioridades que parecem ser ainda mais dramticas: educao bsica, sade,

    transportes, habitao etc. Contudo, Atualmente, o acesso tecnologia parece

    ser a chave que abre as portas para o crescimento econmico e essas portas

    esto praticamente fechadas para um nmero considervel de pases em

    desenvolvimento.

    Entretanto, nas ltimas dcadas, muitas naes em desenvolvimento,

    especialmente na sia, como a China, Coreia do Sul, Taiwan e Singapura

    realizaram macios investimentos em cincia e engenharia e tambm em

    indstrias de alta tecnologia e conhecimento. A frao correspondente s

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    28

    naes asiticas do investimento global em pesquisa aumentou de 25% na

    dcada passada para 34% em 2011. Isso se traduziu no aumento de produtos

    tecnologicamente avanados, e no aumento de investimentos em P&D em

    muitos pases. O crescimento econmico de outros pases como Brasil,

    Turquia, ndia e frica do Sul tambm vem contribuindo para o deslocamento

    do eixo Europa-EUA na produo de bens de alta tecnologia, tambm

    associada ao crescimento da produo cientfica e P&D.

    4. Projetos Desenvolvidos pelo Banco

    Mundial

    O Banco Mundial opera, desde sua criao, atravs de projetos

    que visam o desenvolvimento dos pases. O grupo conta hoje com mais de 12

    mil projetos aplicados a partir de programas de assistncia tcnica e financeira

    associados a medidas que incentivam a erradicao da fome e pobreza e

    melhoria da qualidade de vida. Para isso so feitos investimentos nas reas de

    educao, sade, administrao pblica e infra-estrutura, alm do incentivo ao

    setor privado e apoio gesto de recursos naturais. O sucesso no

    funcionamento de tais projetos conta, muitas vezes, com o apoio financeiro de

    governos, instituies multilaterais, bancos comerciais e empreendedores do

    setor privado.

    4.1. Tecnologia

    O Banco Mundial opera, atualmente, mais de 560 projetos que visam o

    desenvolvimento dos pases pelo intermdio da tecnologia. So feitos,

    anualmente, altos investimentos em tecnologia agrcola, industrial e da

    informao. Foram investidos na rea mais de 11 milhes de dlares apenas

    em 2014. Tais projetos se comprometem, geralmente, com a capacitao

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    29

    tecnolgica, formao profissional e assistncia tcnica. A ndia hoje o pas

    com mais projetos tecnolgicos ativos, seguido pela China, e Brasil.

    O Projeto para o Desenvolvimento Rural do Guizhou (China), por

    exemplo, aprovado em setembro de 2014, conta com quatro componentes. O

    primeiro a modernizao das cadeias de valor das principais commodities

    agrcolas a partir do desenvolvimento de uma cooperativa agrcola e criao de

    um fundo para o desenvolvimento, alm da explorao e desenvolvimento do

    mercado com preveno e mitigao de riscos. O segundo componente

    voltado construo de infra-estrutura rodoviria para produo fora de srie e

    construo de estradas para tratores, faixas de campos e caminhos para

    pedestres. Atenta-se ainda realizao de servios pblicos em apoio s

    cooperativas agrcolas do projeto. O terceiro componente, por sua vez, prope

    o fornecimento de assistncia tcnica e capacitao profissional. Por fim, o

    quarto componente visa o fortalecimento da capacidade institucional e

    competncia do conselho, municpio e escritrios provinciais de gerenciamento

    de projetos para gerenciar, implementar, monitorar e avaliar as atividades do

    projeto. Tais investimentos so destinados aos setores de lavoura, produo

    animal, irrigao e drenagem, agroindstria, marketing e comrcio e extenso e

    pesquisa agrcola. Foram destinados mais de 140 milhes de dlares para a

    realizao do projeto, com durao prevista para quase seis anos. Os

    financiamentos para tal projeto cabvel ao grupo Banco Mundial so derivados

    do Banco Nacional para Reconstruo (BIRD), os dados sobre financiamentos

    advindos da Agncia Internacional para Desenvolvimento (AID) no foram

    fornecidos ou no esto disponveis.

    4.2. Sade

    Servios de sade so tidos como essenciais na luta contra a pobreza e,

    portanto, so incentivados ao mximo. Segundo Philippe Auffret, lder da

    Equipe de Tarefa do Banco Mundial, a continuidade de servios na rea de

    sade voltada aos mais pobres aumenta a produtividade das famlias e faz com

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    30

    que seus rendimentos se elevem no futuro. Defende-se a reforma do sistema

    de sade, sobretudo dos pases em desenvolvimento, a fim de atingir cobertura

    universal de sade para os cidados.

    H, atualmente, pouco mais de 200 projetos ativos na rea de

    sade, grande parte concentrada nas regies da frica e Amrica Latina. O BM

    avalia com transparncia os sistemas de sade dos pases a fim de que seus

    principais avanos e limitaes sejam mapeados e que a evoluo se

    concretize.

    Um bom exemplo da atuao do BM nessa rea o Projeto de

    Acesso aos Servios Essenciais de Sade do Mianmar, regio do Leste

    Asitico e Pacfico. Esse projeto objetiva o aumento da cobertura de servios

    essenciais de sade de qualidade adequada, com enfoque na sade materna,

    neonatal e infantil. No que tange o nvel dos cuidados de sade primrios,

    opera-se a canalizao de fundos atravs do Ministrio da Sade para os

    estados, regies e municpios voltados aos servios de sade a nvel local e

    apoio para a execuo de planejamento. Para o fortalecimento do sistema,

    capacitao e apoio gesto do projeto sero feitos clculos de custos de um

    pacote essencial de servios de sade que ser oferecido a toda a populao.

    Tal pacote inclui treinamento, cursos, seminrios e trabalhos preparatrios para

    fortalecimento do sistema. O projeto conta com aes provisrias para projetos

    em situaes de necessidade urgente de restries de assistncia ou de

    capacidade. O financiamento do projeto, no valor de 100 mihes de dlares,

    provm da Associao Internacional de Desenvolvimento (AID).

    4.3. Sustentabilidade

    O desenvolvimento sustentvel visto como fator indispensvel

    na manuteno da economia nos anos futuros. Em 2012 o Banco Mundial

    divulgou relatrio instando os governos a planejarem aes sustentveis a

    serem implantadas juntamente com polticas de crescimento, apontando essa

    medida como favorvel ao crescimento inclusivo. O enfoque do crescimento

    verde est ao alcance da maioria dos pases, os quais criam, no entanto,

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    31

    barreiras polticas que desfavorecem essa ideia, mostrando-se inflexveis. A

    falta de instrumentos financeiros apropriados est entre os obstculos na

    corrida verde.

    Uma boa medida em favorecimento sustentabilidade a

    regulamentao e a estruturao das cidades e estradas, fbricas e

    propriedades agrcolas a fim de elevar os padres de vida, aproveitando

    simultaneamente o capital natural, humano e financeiro. A participao de

    pases bem sucedidos no crescimento verde, como a Coreia, de grande

    ajuda para os pases em desenvolvimento, tornando-se quesito essencial para

    a ultrapassagem do crescimento e padres de produo ineficientes e

    desatualizados.

    Um dos tpicos do relatrio do BM Crescimento Verde Inclusivo

    ressalta a necessidade de solues multidisciplinares para que as barreiras

    sejam quebradas e o progresso efetivado, conciliando economia, cincias

    polticas e psicologia social.

    Na prtica, o BM opera projetos para o desenvolvimento

    sustentvel economicamente vivel, eficiente e inclusivo. O Projeto de

    Sistemas de Produo Sustentvel e Conservao da Biodiversidade para o

    Panam, na Amrica Latina e Caribe, aprovado em 2015, objetiva conservar a

    biodiversidade de importncia global do Corredor Biolgico Mesoamericano

    Atlntico no Panam atravs da melhoria da eficcia da gesto das reas

    protegidas e dos meios de subsistncia de panamenhos em comunidades

    rurais e indgenas. Os sistemas de produo sustentvel e conservao da

    biodiversidade sero implantados, em cinco anos, pela Autoridade Nacional do

    Ambiente do Panam (ANAM), delineando a resilincia dos ecossistemas e

    incentivando a colheita sustentvel e prticas que respeitem a biodiversidade

    entre os agricultores e pequenos produtores. O projeto conta com esforos do

    Fundo Global para o Meio Ambiente e do Banco Mundial, alm dos governos

    locais, organizaes e redes, com a transferncia de conhecimento ambiental e

    novas oportunidades de renda. A ampliao da eficcia das reas protegidas

    ser auxiliada por alianas para a gesto participativa e monitoramento da

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    32

    biodiversidade, garantindo tambm a sustentabilidade financeira dos esforos

    de cbservao. Busca-se, ainda, intensificar os sistemas de produo que

    respeitem a biodiversidade e aumentar a participao da comunidade local a

    fim de promover a conscientizao. O custo total previsto para o projeto

    ultrapassa 28 milhes de dlares, com doao advinda do Global Environment

    Facility (GEF).

    4.4. Educao

    Um dos fatores agravantes da pobreza nos pases em desenvolvimento

    a educao precria, se no ausente. Pensando nisso, o BM cria projetos

    que visam a educao populacional, com enfoque de urgncia no ensino

    bsico. H mais de 90 projetos ativos na rea de educao geral, a maior parte

    concentrada na regio da frica. O investimento no setor da educao permite

    que a populao socialmente vulnervel participe do desenvolvimento a partir

    da aquisio de novos conhecimentos e habilidades.

    A qualificao por meio da educao permite a insero de um

    povo no mercado de trabalho, aumentando sua produtividade e competitividade

    e auxiliando na manuteno e atendimento das expectativas da populao. A

    melhoria nos nveis educativos uma medida que favorece uma distribuio de

    renda mais adequada e reduz a pobreza a mdio e longo prazo.

    O Projeto Fundo de Educao para a Repblica Democrtica do

    Congo conta com o Programa de Apoio ao Ensino Bsico que visa aumentar o

    acesso e equidade na educao primria, melhorar as condies de

    aprendizagem no ensino primrio e reforar a gesto do setor e introduzi-la

    tambm a nvel local. Para isso so feitos investimentos para reabilitao e

    reconstruo de salas de aula, melhoramento do ambiente de aprendizagem,

    acesso prestao de livros didticos e materiais pedaggicos e maior

    capacitao de professores. Para o fortalecimento da gesto do setor busca-se

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    33

    a reestruturao dos servios administrativos, os quais devem prestar contas,

    desenvolver ferramentas de gesto e atividades de comunicao e elaborar

    relatrios de avaliao de qualidade, alm de criar acordos baseados nos

    resultados alcanados. O projeto conta ainda com assistncia tcnica para

    fortalecimento das atividades. Foram destinados 100 milhes de dlares,

    advindos do movimento Educao para Todos, para os trs anos de atuao

    do projeto, com trmino previsto para 2016, sendo 67% do financiamento

    voltado para a educao primria, 17% para o ensino superior, 11% para o

    setor do ensino geral e 5% para educao da administrao pblica.

    4.5. Erradicao da Fome

    O problema enfrentado com a fome aflige tambm o BM. Em 2014 foi

    publicado relatrio sobre a situao da fome no mundo. Mais de 1 bilho de

    pessoas se encontram nessa deplorvel situao, sobretudo habitantes do sul

    da sia e das regies da frica Subsaariana. A situao alerta a emergncia e

    delicadeza com que devem ser tratados planos de sada para erradicao da

    fome. Projetos contra a fome j vinham sendo trabalhados pelo BM em

    algumas regies do mundo.

    O Programa de Valorizao da Nutrio de Senegal, aprovado em

    2002 e encerrado em 2006, tinha como objetivo melhorar o crescimento de

    crianas menores de trs anos em reas urbanas e rurais pobres. Em sua

    primeira fase, o projeto interviu na nutrio da populao e promoveu o

    crescimento em reas rurais atravs de acompanhamento, criao de grupos

    de sade e educao, gesto integrada de doenas infantis, prestao de

    servios bsicos de sade e combate s razes da desnutrio. A transferncia

    e compartilhamento de ideias e experincias foi encorajada visando uma

    avaliao sobre os pontos fortes, que seriam reforados, e os fracos, que

    seriam trabalhados. O capital principal para operao do projeto adveio da

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    34

    Associao Internacional de Desenvolvimento (AID) e do Programa Mundial de

    Alimentos, alm de investimentos externos. O projeto recebeu financiamento

    adicional para implementar atividades modificadas e adicionais que no

    puderam ser financiadas no mbito inicial. Em 2006 foi aprovado um novo

    projeto para dar continuidade aos avanos em Senegal. A Segunda Fase para

    Aprimoramento da Nutrio para Senegal, encerrada em 2014, ampliou o

    acesso e melhorou as condies nutricionais de populaes vulnerveis. Os

    progressos alcanados foram considerados satisfatrios, assim como o

    desempenho do Banco, do Muturio e do Governo.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    35

    5. Perguntas a serem Respondidas

    Quais medidas o Banco Mundial pode tomar em conjunto dos pases

    para a tecnologia de ponta se tornar acessvel populao mundial?

    Por que os pases desenvolvidos conseguiram implementar o Setor

    Quaternrio em suas economias?

    Quais as principais barreiras enfrentadas pelos pases subdesenvolvidos

    e emergentes para desenvolverem a tecnologia de ponta em suas

    naes?

    Os projetos elaborados pelo Banco Mundial que esto em

    funcionamento atualmente e so voltados para a tecnologia tm sido

    eficazes?

    O capital externo, nesta situao de desenvolvimento tecnolgico

    indispensvel para o desenvolvimento de um pas?

    Quais medidas so necessrias para a criao de escolas tcnicas em

    pases que enfrentam dificuldades econmicas?

    Quais melhorias so necessrias no setor quaternrio da economia? De

    que forma essas melhorias poderiam ser concretizadas?

    Muitos pases enfrentam dificuldades para poderem quitar as dividas

    feitas atravs de emprstimos feito pelo Banco Mundial, de que forma os

    pases podem quitar essas dvidas?

    Quais medidas podem e devem ser tomadas pelo BM para expandir o

    setor quaternrio em pases emergentes?

    Qual a aplicabilidade de tais medidas?

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    36

    6. Posicionamentos

    6.1. frica do Sul

    A Repblica da frica do Sul uma democracia parlamentar com grande

    diversidade cultural. So reconhecidas oficialmente onze lnguas, entre as

    quais se se encontram o zulu, o idioma mais falado na casa, o xhosa e o

    africanr. No obstante, a lngua mais falada na vida pblica oficial e comercial

    o ingls sul-africano. O territrio encontra-se atualmente dividido em nove

    provncias, das quais oito esto sob governo do Congresso Nacional Africano

    (CNA) em aliana tripartitite com o Congresso dos Sindicatos Sul-africanos

    (COSATU) e com o Partido Comunista Sul-Africano. O PIB do pas vislumbrou

    um crescimento constante na ltima dcada at o choque financeiro global de

    2008 e 2009 e foi considerado o pas com o segundo pior desempenho, atrs

    apenas da Rssia. Todavia, em 2012 o pas j apresentava indicadores

    favorveis, apontado como o segundo pas, entre 94 outros, no ndice de

    Oramento Aberto do International Budget Partnership (Parceria Internacional

    de Oramento). J em 2014 o pas superou expectativas, com um aumento de

    1,5% do PIB. A frica do Sul se v capaz de alcanar os Objetivos de

    Desenvolvimento do Milnio em educao primria, igualdade entre gneros,

    indicadores de sade e sustentabilidade ambiental. Intensos investimentos em

    servios bsicos e essenciais tm sido realizados nas ltimas duas dcadas.

    No entanto, a eficincia econmica e a criao de empregos ainda um

    desafio no pas, a taxa de desemprego, que j alcanava valores exorbitantes

    em 2008, em cerca de 21,9%, cresceu ainda mais. Apesar da considervel

    reduo da pobreza entre 2000 e 2009, o ndice permanece alto e a pobreza

    persiste. Os problemas e obstculos enfrentados no desemprego,

    levantamento das condies de vida e reduo da desigualdade de renda tm

    tido progressos extremamente limitados desde 1994, o que desperta a

    insatisfao da populao. Espacialmente, a desigualdade algo ntido no

    pas, uma economia urbana moderna coexiste com a pobreza socioeconmica

    dos municpios desfavorecidos, assentamentos informais e reas rurais. O

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    37

    Banco Mundial se faz fortemente presente na frica do Sul para a execuo de

    projetos visando a reduo da pobreza e desenvolvimento regular em todo o

    territrio.

    A frica do Sul tem sucesso na rea de tecnologia de informao e

    comunicao, com nomes de importncia como Elon Musk, Mark Shuttleworth

    e Chris Pinkham. O pas um dos principais lderes do setor tecnolgico no

    continente africano e objetiva, a longo prazo, fortalecer o setor de biotecnologia

    e desenvolver tecnologias de gerao de energia limpa. Na Conferncia Anual

    GovTech 2010, organizada pela empresa multinacional de tecnologias de

    informao, a SITA, o governo brasileiro foi convidado para apresentar seu

    Software Pblico. Foi proposta, ao fim da Conferncia, um acordo de

    cooperao Sul-Sul atravs da parceria entre a ndia, Brasil e frica do Sul no

    intuito de estabelecer uma rede de dilogos, cooperao e interao

    governamental em torno da Tecnologia da Informao em busca de solues

    de baixo custo e que promovam a incluso digital.

    6.2. Alemanha

    A Alemanha uma repblica parlamentar federal de dezesseis estados.

    Uma das economias mais promissoras da Europa, o pas apresentou em 2013

    o maior PIB nominal europeu e o quarto maior do mundo. Desde a reunificao

    alem, com a soma de mais de 16 bilhes de cidados procedentes da antiga

    Alemanha Oriental, a Alemanha tornou-se o pas mais populoso da Unio

    Europeia (EU). As diferenas regionais aps a reunificao levaram o governo

    a iniciar um processo de transferncia de fundos para relanar o

    desenvolvimento da Alemanha Oriental, processo ainda em progresso nos dias

    atuais. Em 2008, no obstante a ascendente crise, o pas alcanou a menor

    taxa de desemprego em quinze anos, com apenas 7,5%. No entanto, o PIB

    nominal foi afetado pela crise e o pas entrou em uma recesso tcnica. No ano

    seguinte o governo aprovou um plano de estmulo econmico, protegendo

    diversos setores da recesso e evitando um subsequente aumento do

    desemprego. Apesar dos esforos para manter o equilbrio poltico na Europa,

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    38

    o relativo sucesso da Alemanha ao enfrentar a crise colocou o pas em posio

    de redefinio dos ritmos do desenvolvimento europeu

    Reconhecida como lder cientfico e tecnolgico em vrios domnios, a

    Alemanha abriga companhias renomadas em tecnologia automobilstica, como

    a Volkswagen, tecnologia digital, como a Siemens AG, e engenharia eletrnica,

    como a Bosch. Em 2010, 2,82% do PIB nacional voltava-se a investimentos em

    pesquisa e desenvolvimento, sendo um dos maiores ndices mundiais, que tem

    aumentado desde ento. O pas enorme beneficiador da globalizao e apoia

    firmemente os esforos multilaterais para estabelecer a paz, promover uma

    economia global estvel e incentivar o desenvolvimento sustentvel e inclusivo.

    Em 1961, tornou-se o primeiro pas da Europa a estabelecer um

    ministrio do desenvolvimento. Hoje, o terceiro maior acionista do BM e

    detm 4,86% das aes do Banco Internacional para Reconstruo e

    Desenvolvimento (BIRD), com 4,62% do poder de voto, 5,6% do poder de voto

    na Associao Internacional de Desenvolvimento (AID), 5,37% das aes e

    5,11% do poder de voto na Corporao Financeira Internacional (CFI) e 5,05%

    das aes e 4,19% do poder de voto na Agncia Multilateral de Garantia de

    Investimentos (AMGI).

    6.3. Arbia Saudita

    O Reino da Arbia Saudita o maior pas rabe na sia Ocidental e o

    segundo maior do mundo, atrs apenas de Arglia. Tem fronteiras com

    Jordnia e Iraque, ao norte, Kuwait, ao nordeste, Catar, Barm e Emirados

    rabes, a leste, Om, ao sudeste e com Imen, ao sul.

    O pas abriga a segunda maior reserva de petrleo e a sexta maior

    reserva de gs natural do mundo, sendo considerado pelo Banco Mundial

    como uma economia de alta renda. Liderando o mercado mundial de

    exportao de petrleo, apresenta o 19 maior PIB nominal do mundo,

    composto em cerca de 45% pela indstria petrolfera. O setor privado, com

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    39

    papel ainda tmido, vem ganhando ateno. O governo est tentando promover

    seu crescimento atravs da privatizao de setores como energia e

    telecomunicaes. Esforos no campo da agricultura tambm so notveis,

    barrados, no entanto, por fatores climticos. A produo de petrleo tem

    passado por altas e baixas, o que sugere uma reduo das reservas nacionais.

    Visando reduzir a dependncia das receitas do petrleo, o reino se preocupa

    em voltar investimentos para a diversificao econmica. Busca-se

    desenvolver os setores de sade, transportes e minerao, assim como as

    tecnologias da informao e comunicao. Apesar do rpido crescimento

    econmico vivenciado pela Arbia Saudita, o tema pobreza ainda uma

    incgnita para observadores. Relatos de pobreza que apontam que cerca de

    um tero da populao saudita vive abaixo da linha de pobreza vazam

    contrrios ao Governo, o qual no fornece seus ndices sobre o assunto e nega

    precariedade no territrio. O pas enfrenta ainda problemas com o desemprego,

    fator que preocupa a populao e afeta a estabilidade social, poltica e

    econmica.

    O setor de tecnologia e informao saudita tem um crescimento de em

    mdia 10% ao ano, graas, principalmente, aos investimentos governamentais

    para ampliao da base tecnolgica. Como medidas favorveis a essa

    ampliao o governo tem ampliado a mo de obra qualificada com a abertura

    de centros de treinamento e cursos universitrios voltados para a rea de

    tecnologia da informao.

    O interesse maior do Banco Mundial em territrio saudita est na

    facilidade de se fazer negcios. O pas est em 11 lugar no ranking Doing

    Business do BM, que mede a facilidade de fazer e abrir negcios no pas.

    6.4. Arglia

    A Repblica Democrtica e Popular da Arglia um pas localizado no

    norte do continente africano com Produto Interno Bruto (PIB) de 210.2 bilhes

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    40

    de dlares. Sua economia muito dependente do setor dos hidrocarbonetos,

    que representa cerca de um tero do PIB e 98 por cento das exportaes.

    Em meio s turbulncias polticas em outros pases rabes, o governo da

    Arglia manteve a estabilidade atravs de uma combinao de reformas

    polticas mnimas e nas despesas do setor pblico. Mesmo assim, os desafios

    de longo prazo que a economia do pas enfrenta permanecem inalterados.

    preciso que seja feita a reduo dos subsdios, melhorando o ambiente de

    negcios, a diversificao da economia e a criao de empregos no setor

    privado. Enquanto o governo fala sobre a necessidade de reformas, as

    medidas tomadas tm sido modestos. O novo governo formado aps as

    eleies presidenciais de abril 2014 prometeu mais ao.

    O setor privado se queixa da dificuldade de acesso ao crdito, do

    ambiente regulamentar complexo, e dos procedimentos demorados para a

    criao de um negcio. A taxa de desemprego manteve-se em cerca de 10%

    desde 2010, e significativamente maior para os jovens (24,8%) e mulheres

    (16,3%). A integrao comercial tambm avanou muito lentamente, e as

    negociaes de adeso OMC no fizeram muito progresso. No front fiscal,

    oramentos expansionistas tm apoiado a economia, mas deu origem a dfices

    de alargamento, que alcanou a posio de 5% do PIB em 2012 e devero

    manter-se elevado ao longo de 2014-15 como as receitas de hidrocarbonetos

    declnio. A despesa pblica tem diminudo ao longo dos ltimos dois anos, mas

    permanece na ordem dos 35% do PIB devido ao elevado gasto com salrios e

    transferncias.

    Desde 2006, as atividades do Banco Mundial na Arglia concentraram-se

    em trabalho analtico e Servios de Assessoria Reembolsveis (RAS), aps o

    Governo da deciso da Arglia de recusar de fazer um emprstimo.

    A Estratgia de Parceria do Banco Mundial-Arglia (2010-14) focada em:

    Reforar o crescimento atravs da diversificao da economia: Apoiar a

    estratgia de desenvolvimento agrcola e rural, melhorar o clima de

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    41

    investimento especialmente para as pequenas e mdias empresas, e

    modernizar os setores financeiros e bancrios;

    Promoo do Desenvolvimento Sustentvel e da reduo das

    disparidades espaciais: Prestar assistncia tcnica e apoiar a

    implementao de iniciativas de proteo ambiental e programas

    governamentais; e ajudar a preservar deserto ecossistema; e

    Fortalecimento das Instituies de Planejamento Econmico,

    Monitoramento, Avaliao e Poltica de Decises: Fornecer suporte

    tcnico para fortalecer o planejamento, monitoramento e capacidade de

    avaliao de diversos setores no governo.

    6.5. Argentina

    A Repblica Argentina uma das maiores economias da Amrica Latina

    com um PIB de mais de US $ 510,2 bilhes. Nos ltimos anos, o governo da

    presidente Cristina Fernandez tem se centrado na promoo do

    desenvolvimento econmico com incluso social.

    No plano internacional a Argentina goza de boas relaes com a maioria

    dos pases da regio, em particular Brasil e Venezuela. O pas tambm tem um

    papel de liderana na defesa de orientao da poltica da regio, uma vez que

    representa a Amrica Latina na reunio do G-20, em conjunto com o Mxico e

    Brasil.

    A economia da Argentina se caracteriza por seus valiosos recursos

    naturais, levando o pas a ser um dos principais produtores de alimentos. A

    Argentina um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo e o maior

    produtor mundial de culturas de girassol, erva-mate, limes, e leo de soja.

    Para o pas, a abertura do mercado chins representa um impulso para a

    consolidao de um perfil de exportao.

    O pas experimentou um crescimento recorde na indstria nacional, em

    particular nos sectores automvel, txtil, e aparelhos indstrias, tendo um

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    42

    crescimento constante durante a ltima dcada. O governo argentino tem

    investido fortemente na sade e educao, reas que respondem por 8% e 6%

    do PIB, respectivamente. Entre 2000 e 2011, a classe mdia aumentou de 34%

    para 53% da populao.

    A estratgia do Grupo Banco Mundial foi construda em torno de trs

    diretrizes:

    (A) sustentar a criao de emprego em fazendas e empresas;

    (B) melhorar a disponibilidade de ativos para as pessoas e famlias;

    (C) reduo dos riscos ambientais e de preservao dos recursos naturais.

    Essas diretrizes tm como meta diminuir a pobreza e a diviso da

    prosperidade.

    A nova estratgia se concentra em trabalhar com as provncias mais

    pobres do pas e nas grandes reas urbanas. Haver suporte para programas

    destinados a aumentar a empregabilidade dos jovens atravs da formao,

    programas de aprendizagem e parcerias corporativas. Nas grandes cidades, a

    estratgia ir promover atividades que incluem solues de logstica, transporte

    urbano, servios bsicos, desenvolvimento de competncias e de governana

    nas comunidades e municpios de baixa renda.

    6.6. Angola

    A Repblica de Angola um pas localizado na costa ocidental da frica.

    Em 2009 o pas teve de superar uma guerra civil. Em 2010 foi promulgada a

    nova constituio angolana. Desde ento h uma certa estabilidade poltica no

    pas.

    A economia da Angola ganhou impulso em 2014, com o Produto Interno

    Bruto (PIB) crescendo a 4,4% . O petrleo tornou-se uma grande parte das

    receitas totais de Angola. Pela primeira vez desde a crise de 2009, a Angola

    registrou um dfice oramental, embora muito menor do que o previsto e,

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    43

    principalmente, devido s flutuaes dos preos do petrleo. O oramento de

    2014 (aprovada em 2013) expansionista em relao a 2013, com as

    despesas de capital esperado um aumento de cerca de 3 pontos percentuais

    do PIB, para cerca de 13% do PIB.

    A inflao reduziu continuamente a um nico dgito em 2014 graas ao

    aumento das exportaes agrcolas, a queda das importaes de alimentos,

    bem como os esforos do Banco Central Angolano para estabilizar a taxa de

    cmbio nominal. Mas, como a importao de alimentos so um fator importante

    da cesta de consumo de Angola, a inflao de preos ao consumidor

    extremamente sensvel a mudanas nos preos mundiais dos alimentos e do

    intercmbio taxa.

    A estratgia adotada pelo BM em acordo com a Angola (CPS) tem

    como diretrizes:

    Apoio diversificao econmica nacional integrada por revitalizao

    das economias rurais em direo a uma maior competitividade e

    emprego. A meta o fortalecimento da economia no petrolfera, com

    nfase na recuperao linhas tradicionais de negcios que sofreram

    com a guerra, bem como a prestao de assistncia tcnica para o setor

    de energia;

    Melhorar a qualidade da prestao de servios para melhorar a

    qualidade de vida da populao e equip-los a tirar o maior papel no

    desenvolvimento do pas e instituir um forte programa de proteo

    social;

    A estratgia gira em torno da construo de capacidades humanas e

    institucionais para se aproximar dos nveis comuns em pases de renda mdia.

    Estes objetivos devero ser realizadas durante o perodo da CPS

    atravs de uma maior ateno qualidade e desempenho implementao

    melhorias nos cinco projetos existentes, bem como atravs do esperado

    acumulao de uma srie de servios reembolsveis consultivos (RAS) e

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    44

    Banco Internacional para Reconstruo e Desenvolvimento (BIRD) concesso

    de emprstimos.

    6.7. Austrlia

    A Comunidade da Austrlia, que est localizada na Oceania, tem o PIB de

    1.560 trilhes de dlares. A Austrlia j foi contemplada com o auxlio em sete

    projetos diferentes durante todo seu histrico de projetos no Banco Mundial

    sendo o ltimo datado de 1962.

    Com uma economia bem estabelecida e estabilizada participa ativamente

    em vrios acordos e investimentos firmados no Banco Mundial. Em 2014 a

    Austrlia esteve presente em dois projetos: o Suporte para a Segunda

    Operao de Reforma Econmica, sendo a Tonga o pas beneficiado; e o

    Financiamento de Apoio ao segundo setor Sade - Programa complementar 2,

    do Camboja.

    6.8. Blgica

    Blgica um Estado federal dividido em trs regies: o Flandres ao

    norte, onde se fala flamengo (neerlands), a Valnia ao sul, onde se fala

    francs, e Bruxelas, capital bilingue, onde o francs e o neerlands so lnguas

    oficiais. Ao leste, existe ainda uma pequena comunidade germanfona. Em

    2008 o pas sofreu com a crise europeia, em 2009 teve uma queda de 2% do

    PIB, todavia tendo recuperaes irrelugares nos dois anos seguintes. Durante

    2012 houve novas quedas e no ano seguinte, o PIB manteve-se constante,

    sem aumento significativo.

    O setor de tecnologia de informao est florescendo atualmente e

    contribui para aproximadamente 4% do PIB belga. O pas conta com uma

    excelente infraestrutura de redes, com acesso em mais de 99% dos lares

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    45

    Belgos. Todas as trs regies da Blgica so bastante ativas no domnio

    tecnolgico. A regio de Flandres tem diversos conglomerados de indstrias

    de TI, assim como a regio de Bruxelas. O Google e a Microsoft atuam na

    regio de Mons, parte do conglomerado tecnolgico de Valnia (regio

    francesa). O conglomerado da capital possui aproximadamente duas mil

    empresas de tecnologia, que empregam em torno de 30 mil pessoas.

    Sendo a Blgica um pas bastante desenvolvido nos nveis de

    infraestrutura tecnolgica, dessa forma, h possibilidade de uso da tecnologia

    em praticamente todos os setores econmicos. O acesso internet e s redes

    de telefonia mvel se estende por todo o pas. No ano de 1985 o Estado fez um

    acordo bilateral com a Repblica Federativa do Brasil visando cooperao

    cientfica, tecnolgica e industrial entre as naes, tendo retorno positivo para

    ambas as naes. A Blgica tem participao no Banco Mundial em

    investimentos nos projetos que visam a Incluso Financeira Global com

    doaes ao Fundo de Intermedirios Financeiros.

    6.9. Brasil

    O Brasil uma Repblica Federativa Presidencialista, formada pela

    Unio do Distrito Federal, com 26 estados e 5570 municpios. Apresenta a

    maior economia da Amrica Latina e a stima maior em nvel mundial, tanto

    nominalmente quanto por paridade do poder de compra (PPC). A diversidade

    econmica indubitvel, sendo os setores da minerao, agricultura, servios

    e indstria, como a petroqumica, automobilstica, de ao, computadores e

    bens de consumo duradouros, de grande significncia para o PIB nacional. O

    pas lder global reconhecido em reas como a gerao de energia limpa,

    gesto fiscal, pesquisa de tecnologia agrcola tropical, sade e transferncias

    condicionais de dinheiro.

  • Modelo de Comits Simulados do CEFET-MG 5 edio Banco Mundial

    46

    O Brasil conta com um plano de acelerao do crescimento, lanado em

    2007, que visa aumentar os investimentos em infraestrutura e oferecer

    incentivos fiscais para o crescimento mais rpido e robusto. J em 2012 foi

    lanada uma srie de iniciativas de apoio ao desenvolvimento, entre elas a

    reduo de gastos com energia, reestruturao dos pagamentos dos royalties

    do petrleo e reforo dos investimentos em infraestrutura. Os planos brasileiros

    para desenvolvimento inclusivo contam com a participao estrangeira.

    Em 2011 e 2012 o Brasil enfrentou uma brusca desacelerao da

    economia: o crescimento do PIB, antes de 7,5%, chegou a 0,9% em 2012.

    Todavia, o setor financeiro resistiu bem e manteve um crescimento estvel com

    um sistema bancrio slido e resistente. As baixas taxas de juros tm ajudado

    a conter a inadimplncia gerada pelo rpido crescimento de crdito. Alm

    disso, o investimento estrange