balanÇo geral – 2007 avanços e conquistas · o ano de 2007 foi, sem dúvida, especial para o...

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O ano de 2007 foi, sem dúvida, especial para o Sindicato de Enge- nheiros no Estado de Minas Gerais e seus associados. Completamos 60 anos de existência, uma bela histó- ria construída com muita luta e res- peito aos ideais e expectativas da ca- tegoria. A diretoria foi renovada em uma eleição que contou com ampla participação dos sócios e está empe- nhada em ampliar e aprofundar o tra- balho do Sindicato. Avançamos nas negociações coletivas, incluindo no- vas empresas e celebrando acordos que beneficiaram milhares de enge- nheiros em todo o Estado. Neste Sen- ge Informa, apresentamos um balan- ço geral das atividades desenvolvi- das em 2007, tanto da atuação sindi- cal voltada para a defesa dos enge- nheiros nas relações de trabalho e para o resgate do papel social do en- genheiro e da engenharia em nosso país, quanto da inserção do Sindica- to na sociedade e dos serviços e be- nefícios que presta aos seus associa- dos. Veja nas páginas 5 a 8. BALANÇO GERAL – 2007 Avanços e conquistas Prioridades para 2008 Negociações coletivas, garantia do Salário Mínimo Profissional, estratégias de interiorização, ampla divulgação da ART e eleições no sistema Confea/Crea. Essas são algumas das prioridades do Senge-MG para 2008. O debate dessas questões e as estratégias de ação a par- tir delas concentraram as atenções do Conselho Diretor, que realizou, em 30 de novembro, sua primeira reunião após a posse da nova Diretoria. Veja mais de- talhes na página 4. O arquiteto das curvas livres “A arquitetura não é o mais impor- tante. Arquiteto que se preza luta con- tra a pobreza, contra as diferenças so- ciais. A idéia de nacionalismo e patrio- tismo também pesa muito”. Com de- clarações como esta, lúcido e engajado nas causas sociais, o arquiteto das cur- vas livres, Oscar Niemeyer completou 100 anos no dia 15 de dezembro. Com a exposição Poética das Curvas , o Sen- ge-MG prestou uma justa homenagem ao arquiteto. Veja na página 11. Contribuição sindical A manutenção da atividade sindical é um debate recorrente no Congresso e na mídia. Na maioria das vezes são utili- zados argumentos distorcidos para bom- bardear as contribuições que sustentam a estrutura sindical e, em conseqüência, a luta dos trabalhadores. O objetivo é enfraquecer os sindicatos e facilitar o avanço do capitalismo que não respeita direitos e conquistas. Veja na página 9 a importância da contribuição para se ter um sindicato forte e independente. Reunião com engenheiros em Uberlândia XVII Seminário Anual Assembléia de aprovação do acordo na Cemig Lançamento da cartilha TV Digital

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Page 1: BALANÇO GERAL – 2007 Avanços e conquistas · O ano de 2007 foi, sem dúvida, especial para o Sindicato de Enge-nheiros no Estado de Minas Gerais e seus associados. Completamos

O ano de 2007 foi, sem dúvida,especial para o Sindicato de Enge-nheiros no Estado de Minas Gerais eseus associados. Completamos 60anos de existência, uma bela histó-ria construída com muita luta e res-peito aos ideais e expectativas da ca-tegoria. A diretoria foi renovada emuma eleição que contou com amplaparticipação dos sócios e está empe-nhada em ampliar e aprofundar o tra-balho do Sindicato. Avançamos nasnegociações coletivas, incluindo no-vas empresas e celebrando acordosque beneficiaram milhares de enge-nheiros em todo o Estado. Neste Sen-ge Informa, apresentamos um balan-ço geral das atividades desenvolvi-das em 2007, tanto da atuação sindi-cal voltada para a defesa dos enge-nheiros nas relações de trabalho epara o resgate do papel social do en-genheiro e da engenharia em nossopaís, quanto da inserção do Sindica-to na sociedade e dos serviços e be-nefícios que presta aos seus associa-dos. Veja nas páginas 5 a 8.

BALANÇO GERAL – 2007

Avanços e conquistas

Prioridadespara 2008

Negociações coletivas, garantia doSalário Mínimo Profissional, estratégiasde interiorização, ampla divulgação daART e eleições no sistema Confea/Crea.Essas são algumas das prioridades doSenge-MG para 2008. O debate dessasquestões e as estratégias de ação a par-tir delas concentraram as atenções doConselho Diretor, que realizou, em 30de novembro, sua primeira reunião apósa posse da nova Diretoria. Veja mais de-talhes na página 4.

O arquitetodas curvas livres

“A arquitetura não é o mais impor-tante. Arquiteto que se preza luta con-tra a pobreza, contra as diferenças so-ciais. A idéia de nacionalismo e patrio-tismo também pesa muito”. Com de-clarações como esta, lúcido e engajadonas causas sociais, o arquiteto das cur-vas livres, Oscar Niemeyer completou100 anos no dia 15 de dezembro. Coma exposição Poética das Curvas , o Sen-ge-MG prestou uma justa homenagemao arquiteto. Veja na página 11.

Contribuiçãosindical

A manutenção da atividade sindicalé um debate recorrente no Congresso ena mídia. Na maioria das vezes são utili-zados argumentos distorcidos para bom-bardear as contribuições que sustentama estrutura sindical e, em conseqüência,a luta dos trabalhadores. O objetivo éenfraquecer os sindicatos e facilitar oavanço do capitalismo que não respeitadireitos e conquistas. Veja na página 9 aimportância da contribuição para se terum sindicato forte e independente.

Reunião com engenheiros em Uberlândia XVII Seminário Anual

Assembléia de aprovação do acordo na Cemig Lançamento da cartilha TV Digital

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 2

Tempo de avançar

GESTÃO 2007/2010 - DIRETORIA EXECUTIVA - Pre-sidente: Nilo Sérgio Gomes; Vice-presidente: Vicente dePaulo Alves Lopes Trindade; 2º Vice-presidente: RubensMartins Moreira; Secretário Geral: Raul Otávio da SilvaPereira; 1º Secretário: Eustáquio Pires dos Santos; 1º Te-soureiro: Anivaldo Matias de Sousa; 2º Tesoureiro: Sá-vio Nunes Bonifácio. DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS -Negociações Coletivas: Valmir dos Santos; Ciên-cia, Tecnologia e Meio Ambiente: Nara Julio Ribeiro;Promoções Culturais: Fernando Augusto Vilaça Gomes;Relações Inter-Sindicais: Jairo Ferreira Fraga Barrioni;Saúde e Segurança do Trabalhador: Arnaldo Alvesde Oliveira; Assuntos Jurídicos: Paulo César Rodrigues;Assuntos Comunitários: Laurete Martins Alcântara Sato;Imprensa e Informação: David Fiúza Fialho; EstudosSócio-Econômicos: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho; In-teriorização: Paulo Henrique Francisco dos Santos; Apo-sentados: Waldyr Paulino Ribeiro Lima. DIRETORIAS RE-

GIONAIS - Diretoria Regional Centro: Júnia MárciaBueno Neves, Alfredo Marques Dyniz, Rosemary Antonia Lo-pes Faraco, Daniel Meinberg Shimidt de Andrade, Clóvis Scher-ner, Clóvis Geraldo Barroso, Hamilton Silva, Augusto César San-tiago e Silva Pirassinunga, Anderson Rodrigues, Pedro CarlosGarcia Costa, Antônio Lombardo, Débora Maria Moreira deFaria. Diretoria Regional Norte Nordeste: AliomarVeloso Assis, Rômulo Buldrini Filogônio, Jessé Joel de Lima,Antônio Carlos Sousa, Aloísio Pereira da Cunha, GuilhermeAugusto Guimarães Oliveira. Diretoria Regional Zonada Mata: João Vieira de Queiroz Neto, Eduardo BarbosaMonteiro de Castro, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Fran-cisco Antônio Nascimento, Maria Angélica Arantes de AguiarAbreu, Silvio Rogério Fernandes. Diretoria Regional Tri-ângulo: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha, AntônioMarcos Belo. Diretoria Regional Vale do Aço: Ildon José Pinto,Antônio Azevedo, José Couto Filho, Antônio Germano Macedo.Diretoria Regional Campos das Vertentes: Domin-

gos Palmeira Neto, Wilson Antônio Siqueira, Nélson HenriqueNunes de Souza. Diretoria Regional Sul: Antônio Iates-ta, Fernando de Barros Magalhães, Paulo Roberto Mandello,Nélson Benedito Franco, Nélson Gonçalves Filho, Arnaldo Re-zende de Assis, João Batista Lopes Júnior, Eberth Antônio Pi-antino, Júlio César Lima. CONSELHO FISCAL: Luiz Antô-nio Fazza, Vânia Barbosa Vieira, Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos Pereira

Jornalista responsável: Miguel Ângelo Teixeira –Redação e Edição: Miguel Ângelo Teixeira e LuizaNunes de Lima Logística de distribuição:Juliana,Ferreira e Renato. Arte final: Viveiros Edições (8872-6080) - Impressão: Segrac

Sindicato de Engenheirosno Estado de Minas Gerais

Rua Espírito Santo, 1.701Bairro Lourdes - CEP 30160-031Belo Horizonte-MGTel.: (31) 3271.7355Fax: (31) 3226.9769e-mail: [email protected]: www.sengemg.org.br

Este é o momento e o espaçoapropriados para uma reflexãosobre o que realizamos, sobre osavanços conquistados e o que nosreserva o futuro. O ano de 2007foi marcado por dois importantesacontecimentos: o S indicatocompletou 60 anos de fundaçãoe realizou as eleições para a re-novação de sua diretoria. Nas co-memorações dos 60 anos, foramreafirmados os compromissos eas bandeiras de luta da entida-de, sempre em defesa da cate-goria, da engenharia nacional eda construção de um país maisjusto para todos os brasileiros.

Para levar este trabalho à fren-te, uma nova diretoria, compostapor 65 engenheiros e engenheirasde todo o Estado, recebeu o avaldos associados do Sindicato, emuma eleição que contou com altos

O Senge Minas Gerais reali-zou, no dia 8 de janeiro de2008, eleição para a escolha dosnovos conselheiros que vão re-presentar a entidade no Conse-lho Regional de Engenharia Ar-quitetura e Agronomia (Crea-MG), no processo de renovação

níveis de participação. Desde o iní-cio da formação da chapa, váriosdebates foram realizados, com adiscussão dos problemas da catego-ria, elaboração de diagnósticos e de-finição de prioridades. Nesta gestão,iniciada em novembro de 2007, todoo trabalho que o Sindicato realizounos últimos três anos será aprofun-dado e ampliado com a mobiliza-ção e participação dos companhei-ros de todas as regiões do Estado.Nas páginas 3 e 4 deste jornal, es-tão colocadas as prioridades e as es-tratégias que vão pautar as açõesdo Senge-MG nestes três próximosanos.

O momento é, também, deprestação de contas. Nas pági-nas 5 a 8 procuramos resgatarum pouco do que foi feito no úl-timo ano para proporcionar me-lhores serviços e benefícios aos

nossos associados. Quanto à atu-ação sindical, o Senge priorizouas negociações salariais, comoforma de ampliar conquistas eco-nômicas e sociais. Lutou firme-mente pela defesa do SalárioMínimo Profissional e levou assuas posições, em defesa dos tra-balhadores, aos mais diferentesfóruns, sejam eles governamen-tais ou não.

Por outro lado, foram reforça-dos os serviços e benefícios pres-tados aos associados, bem comoampliados os instrumentos de in-formação e comunicação com acategoria. O Departamento Jurí-dico continua atento na defesados direitos individuais e coleti-vos dos engenheiros. Além dis-so, o Sindicato mantém diversosconvênios, plano de saúde emcondições especiais e oferece

cursos pontuais de qualificaçãoprofissional.

Este é, também, o momentoem que a categoria é chamadaa contribuir para a manutençãodo Sindicato com o pagamentodo Imposto Sindical. Sempre de-fendemos que esta não é a me-lhor forma de fortalecer os sindi-catos e que o imposto deve sersubstituído por uma contribuiçãoque esteja atrelada à atuação daentidade nas negociações salari-ais. Por outro lado, não podemosconcordar que seja extinto semque se defina uma outra formade financiamento dos sindicatosque não comprometa a sua in-dependência e capacidade deluta em defesa dos trabalhado-res. Esta posição faz parte da pro-posta que encampamos para Re-forma Sindical.

Associados elegemnovos conselheiros

• CÂMARA DE ENGENHARIA ELÉTRICA: Hamílton Silva (Titu-lar) e Augusto César Pirassinunga (Suplente)

• CÂMARA DE AGRONOMIA: Vânia Barbosa Vieira (Titular)

• CÂMARA DE ENGENHARIA CIVIL: Fernando de B. Maga-lhães (Titular) e Nélson Gonçalves Filho (Suplente)

• CÂMARA DE ENGENHARIA MECÂNICA: Antônio Lombar-do (Titular) e Carlos Alberto de O. Joppert (Suplente)

• CÂMARA DE ENGENHARIA MECÂNICA: Antônio MarcosBelo (Titular) e Carlos José Rosa (Suplente)

• CÂMARA DE ENGENHARIA MECÂNICA: Arnaldo Rezendede Assis (Titular)

do terço. A eleição foi direta eos sócios do Sindicato elegerama única chapa inscrita. A lista,com os escolhidos, será enca-minhada pela diretoria do sin-dicato ao CREA-MG, dentro dosprazos regimentais. Estes são osnovos conselheiros eleitos:

EDITAL - CONTRIBUIÇÃO SINDICALSINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - SENGE-MG

RUA ESPÍRITO SANTO, 1701 – CEP 30160-031 – BELO HORIZONTE/MGCNPJ: 20.123.428/0001-39

CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL – 012.356.87377-7

Pelo presente edital que se publica para cumprimento do art. 605 da CLT, oSindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais faz saber aos engenhei-ros que exercem a profissão no Estado de Minas Gerais que, em AssembléiaGeral Ordinária da categoria realizada no dia 29-11-2007, foi estabelecido ovalor da contribuição sindical para o exercício 2008 em R$107,66 (cento esete reais e sessenta e seis centavos). Conforme o art. 583 da CLT, o venci-mento é 29-02-2008 e as guias serão enviadas aos engenheiros cadastradosno Senge-MG. Aqueles que não a receberem, poderão retirá-la no sitewww.sengemg.org.br. Os profissionais com registro em carteira optantespelo pagamento direto devem apresentar a guia quitada ao seu empregadorlogo após o vencimento, para evitar o desconto a que se refere o Art. 580, I e582 da CLT. Os empregadores que possuem em seus quadros de empregadosprofissionais engenheiros que exercem a profissão, em conformidade com oArt. 582 da CLT, ficam obrigados a efetivar o desconto da Contribuição Sindi-cal de seus empregados representados por este Sindicato, caso os mesmosnão apresentem as guias quitadas após o vencimento de 29-02-2008. O refe-rido desconto deve ser efetuado nos salários de março/2008 e recolhido emguia fornecida pelo Sindicato até dia 30-04-2008. O não recolhimento da con-tribuição direta pelos engenheiros e pelos empregadores nas datas previstasimplica em multa de 10% nos primeiros 30 dias, com adicional de 2% a cadamês subseqüente de atraso, juros de mora de 1% ao mês e correção monetá-ria, conforme o Artigo 600 da CLT, além das sanções previstas nos artigos606, 607 e 608 da CLT. As guias devem ser ret i radas no si tewww.sengemg.org.br. Belo Horizonte, 19 de dezembro de 2007. (a) Nilo Sér-gio Gomes – Presidente do Senge-MG.

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 3

A nova diretoria do Sindicato deEngenheiros no Estado de MinasGerais (Senge-MG) tomou posse,no dia 30 de novembro, em even-to que contou com a presença desindicalistas, representantes do mo-vimento social, políticos e centenasde engenheiros e engenheiras queforam dar o seu apoio e incentivoaos novos diretores da entidade. Oencontro foi o fechamento de umasérie de atividades, iniciadas no dia29 com a realização da AssembléiaGeral Ordinária Anual e que teveprosseguimento no dia 30, com areunião do Conselho Diretor paradefinição do planejamento e dasestratégias de ação do Sindicatoem 2008.

Eleita nas eleições realizadas en-tre os dias 26 e 28 de setembro, quecontou com grande participação dosassociados, a nova diretoria é com-posta por 65 engenheiros e enge-nheiras de todo o Estado, represen-tando uma ampla composição deforças que tem como objetivo darcontinuidade e ampliar o trabalhoque a entidade realizou nos últimostrês anos. Para tanto, o Sindicato vaipriorizar quatro grandes frentes detrabalho, definidas pelo ConselhoDiretor, que são as negociações co-letivas, a defesa intransigente doSalário Mínimo Profissional, o apro-fundamento do processo de interio-rização e uma participação efetivanos rumos do sistema Confea/Crea.

O presidente do Sindicato, NiloSérgio Gomes, reforça tais propos-tas. “Vamos fazer uma defesa intran-sigente em relação à questão do pisosalarial para os engenheiros. Essa éuma lei histórica que tem que serrespeitada. E também vamos ter umcompromisso muito grande com anossa participação efetiva nas ne-gociações coletivas”, afirma.

Quanto ao processo de interiori-zação, na atual diretoria foram elei-tos diretores para as regionais Cam-pos das Vertentes, Centro, Norte eNordeste, Sul, Triângulo, Vale do Açoe Zona da Mata. Para o engenheiroRaul Otávio da Silva Pereira, secre-tário geral do Sindicato, “a efetiva-ção da regionalização doSindicato se dará atravésdo entendimento e doconhecimento dos profis-sionais dessas regionais eda participação dos res-pectivos diretores emcada local de trabalho”.

O diretor de Interiori-zação, Paulo HenriqueFrancisco dos Santos, ex-plica que a interiorizaçãoda atuação do Senge-MG será feita por meiode ações que estendama presença do Sindicato ao maiornúmero de municípios possível. Otrabalho inicial será feito atravésdas regionais. Uma das prioridadesdessa proposta é trabalhar paraconseguir atrair engenheiros paraas cidades do interior, uma vez quefaltam profissionais especializados.“O emprego longe das grandes ci-dades é muito desvalorizado. Porisso, pretendemos promover a va-lorização da figura do engenheiroe lutar pelo respeito ao Salário Mí-nimo Profissional da categoria paraestimular a procura por postos detrabalho nos municípios menores”,conta Paulo Henrique.

Outro ponto que terá destaquena atuação do Sindicato é a situa-ção dos engenheiros autônomos.Segundo Nilo Sérgio, a intenção ébuscar uma maior integração entreo Sindicato e tais profissionais e lu-tar contra as formas de contrataçãoque significam a precarização das

relações de trabalho.A inserção do Senge nas lutas

dos movimentos sociais e dos enge-nheiros do setor público municipaltambém estão na pauta do Sindica-to e vão merecer atenção especial.“Temos como meta para 2008 rea-

DIRETORIA DO SENGE-MG

Diretoria executiva

Presidente: Nilo Sérgio Gomes – Engenheiro Eletricista -

CEMIG

Vice-presidente: Vicente de Paulo Alves Lopes Trindade –

Eng. Eletricista - Prodabel

2º Vice-presidente: Rubens Martins Moreira – Eng.

Químico CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear)

Secretário Geral: Raul Otávio da Silva Pereira – Eng.

Eletricista - CEMIG

1º Secretário: Eustáquio Pires dos Santos – Eng. Civil -

Aposentado

1º Tesoureiro: Anivaldo Matias de Sousa – Eng. Eletricista

– Sociedade Mineira de Cultura PUC Minas

2º Tesoureiro: Sávio Nunes Bonifácio – Eng. Civil - Copasa

Compõem ainda a Diretoria, os diretores departamentais,

os diretores regionais (Centro, Zona da Mata, Norte e

Nordeste, Triângulo, Campos das Vertentes, Vale do Aço e

Sul), além dos membros do Conselho Fiscal. Os nomes

destes diretores estão no Expediente, na página 2.

Diretoria toma posse e define prioridadeslizar o Congresso de Engenharia doSetor Público Municipal, ampliandoessa luta, no futuro, para os enge-nheiros do setor público estadual,setores onde os engenheiros possu-em a menor média de remunera-ção”, completa Nilo Sérgio.

Liderada pelo engº Nilo SérgioGomes (foto), a nova diretoriadefiniu como prioridades asnegociações coletivas, a defesaintransigente do Salário MínimoProfissional, o aprofundamento doprocesso de interiorização e umaparticipação efetiva nos rumos dosistema Confea/Crea

Diretoria do Senge-MG - gestão 2007/2010

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 4

Eleições no Crea-MG e no Con-fea, negociações coletivas, garantiado Salário Mínimo Profissional, es-tratégias de interiorização e ampladivulgação da Anotação de Respon-sabilidade Técnica (ART). Essas sãoalgumas das prioridades do Sindica-to de Engenheiros no Estado deMinas Gerais (Senge-MG) para2008. O debate dessas questões eas estratégias de ação a partir delasconcentraram as atenções do Con-selho Diretor, que realizou, em 30de novembro, sua primeira reuniãoapós a posse da nova Diretoria.

Na abertura do encontro, pelamanhã, o presidente da entidade,Nilo Sérgio Gomes, fez um balançodas principais questões em pauta,como a defesa da manutenção doimposto sindical – hoje a maior fon-te de renda do Sindicato –, a cons-trução da nova sede da entidade eoutras questões debatidas ao longodo dia. O vice-presidente do Senge-MG, Vicente Trindade, e o secretá-rio Geral, Raul Otávio, analisaramoutras questões, como a participa-ção do Sindicato no 8º Consenge, eapresentaram um balanço das rea-lizações no período 2006/2007.

Na seqüência, o economista JoséPrata fez uma análise da conjuntu-ra econômica em Minas e no país edas perspectivas para os trabalha-dores em geral. Ele foi otimista emsua avaliação sobre a retomada docrescimento e a participação dasdiversas categorias profissionais nes-se novo contexto.

Na parte da tarde, foram reali-zados trabalhos em grupo para a

Com o objetivo de definiras metas orçamentárias paraa atuação do Sindicato em2008, foi realizada no dia 29de novembro, na sede do Sin-dicato dos Economistas de Mi-nas Gerais, a Assembléia Ge-ral Ordinária Anual do SengeMinas Gerais. Os sócios pre-sentes debateram diversos as-suntos de interesse da cate-goria, como a deliberação so-bre as contas do exercício de

Conselho Diretor elegeestratégias de ação para 2008

definição de objetivos e ações re-lacionados a quatro grandes fren-tes de atuação do Sindicato: Inte-riorização, Eleições no SistemaConfea/Crea, Negociações Coleti-vas e Salário Mínimo Profissional.

Os resultados dos trabalhos dosgrupos foram apresentados, deba-tidos e aprovados em plenáriocomo deliberações oficiais do Con-selho Diretor. Confira, a seguir,como o Sindicato pensa estas qua-tro grandes frentes de atuação.

InteriorizaçãoA interiorização do Senge sig-

nifica levar todo o trabalho quehoje vem sendo implementado em

BH e Região Metropolitana para asprincipais cidades do interior e osmunicípios de sua influência. EmJuiz de Fora, por exemplo, já exis-te uma experiência de sucesso – aRegional Zona da Mata. Um dosobjetivos da nova diretoria é am-pliar cada vez mais o atendimen-to aos engenheiros em todo o Es-tado de Minas Gerais.

Eleições no SistemaConfea/CreaNeste ano haverá eleição para

a presidência do Confea e Crea.O processo eleitoral se dá por meiode eleição direta em todo o Esta-do de Minas Gerais, na qual vo-

tam engenheiros, geólogos, arqui-tetos e técnicos de nível médio. Oobjetivo do Sindicato é inserir-seno processo, interpretando e de-fendendo os anseios e os interes-ses legítimos dos engenheiros e daengenharia.

NegociaçõesColetivasO Senge não tem ainda recur-

sos para assumir, em sua plenitu-de, as negociações que envolvamtoda a categoria em Minas. Umcrescimento gradual da participa-ção da entidade é, no entanto,totalmente viável. Com o um pla-nejamento estratégico eficaz, oSindicato pode-se tornar uma re-ferência nacional em termos denegociação coletiva. Nesse senti-do, a entidade deve priorizar, em2008, algumas empresas e órgãospúblicos para que se tenha umaatuação mais intensa e efetiva.

Salário MínimoProfissionalMuitas empresas não cumprem

a Lei 4.950A, que garante o pa-gamento do SMP para a catego-ria. No setor público, o quadro éainda pior, com registros de salári-os aviltantes. Além do trabalho deesclarecimento, com a divulgaçãoda Cartilha do Salário Mínimo Pro-fissional, o Sindicato vai continuaracompanhando de perto as açõesde fiscalização da DRT e do Creae pretende agendar reuniões sem-pre que houver abertura por partedas empresas e prefeituras.

2006, orçamento para 2008 e de-finição dos valores do ImpostoSindical e Anuidade Social. A As-sembléia aprovou, por aclama-ção, o indicativo para que o Sin-dicato tenha sua sede própria,seja ela através de aquisição di-reta de imóvel, seja através daconstrução ou outra modalidadeque for mais benéfica para seusassociados.

Seguindo parecer do Conse-lho Fiscal, a Assembléia aprovou

as contas e balanços do exercí-cio de 2006. A previsão orçamen-tária para 2008 foi aprovada nasua totalidade pelos sócios pre-sentes. A Assembléia sugeriu,ainda, que as previsões sejamacompanhadas e, se necessário,revistas pelo Conselho Diretor emsuas reuniões ordinárias previstaspara o próximo ano.

Quanto ao Imposto Sindical ea Anuidade Social para 2008, aAssembléia Geral definiu os va-

lores de R$ 107,66 e R$ 150,00,respectivamente. O primeiro re-presenta um e trinta avos do Sa-lário Mínimo Profissional dosengenheiros para uma jornadade o i to horas d iá r ias (R$3.230,00). Já a anuidade, teveo seu valor reduzido em rela-ção a esse ano, passando a re-presentar 56,5% do Salário Mí-nimo, menos a parte que cabeao Senge do Imposto Sindical(60%).

O secretário geral Raul Otávio no grupo de trabalho que discutiu asnegociações coletivas

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 5

O ano de 2007 foi de avanços egrandes conquistas para o Senge-MG e os engenheiros e engenhei-ras de Minas Gerais. A principal de-las foi comemorar os 60 anos deatuação do Sindicato. Uma históriade lutas em defesa dos engenhei-ros, da engenharia e de toda a soci-edade, que começou em 25 deagosto de 1947 e foi construída aolongo de seis décadas, com a parti-cipação de toda a categoria. Duran-te todo este tempo, além de atuarfirmemente nas questões trabalhis-tas e sindicais, o Sindicato pode or-gulhar-se de ter estado ao lado dasociedade, defendendo as suas prin-cipais bandeiras, como a luta pelademocratização do país, por umaconstituinte cidadã, contra as priva-tizações e o crescimento das desi-gualdades sociais.

As comemorações dos 60 anosforam iniciadas em setembro de2006, com uma solenidade na Câ-mara de Diretores Lojistas de BeloHorizonte (CDL), oportunidade emque foram homenageados os ex-presidentes e ex-diretores da enti-dade, bem como personalidadesque deram a sua contribuição paraa luta dos trabalhadores. Os ex-pre-sidentes homenageados foram Tha-

60 anos de lutas e conquistas

les Lobato (1977/81), Luís de Vas-concelos (1981/84), José Márciusde Carvalho Vale (1987/90), Ma-ria Cristina de Sá Oliveira Matos

numa iniciativa do verea-dor Tarcísio Caixeta (PT),

homenageou o Sindi-cato de Engenheirosno Estado de MinasGerais com o diplo-ma de Honra ao Mé-rito pela passagemdos seus 60 anos defundação. A homena-gem aconteceu em reu-

nião solene realizada no PlenárioAmintas de Barros e contou com apresença de autoridades, sindica-listas, diretores e ex-diretores doSindicato, além de um grande nú-mero de associados.

O presidente do Senge-MG,Nilo Sérgio Gomes, que recebeuo diploma em nome do Sindica-to, estendeu a homenagem a to-dos os que construíram a históriada entidade ao longo das últimasseis décadas. O presidente NiloSérgio, também, homenageou overeador Tarcísio Caixeta com qua-dro alusivo à sua participação nahistória do Sindicato. O últimoevento dos 60 anos foi a exposi-ção “Niemeyer – Poética das Cur-vas”, em homenagem aos 100anos do arquiteto (veja mais de-talhes na página 11).

A implantação da TV Digital noBrasil foi tema importante para oSindicato de Engenheiros no Es-tado de Minas Gerais (Senge-MG), em 2007. Foram organiza-dos oficinas e debates no iníciodo ano, que contaram com a par-ticipação do ministro das Comu-nicações, Hélio Costa. Este traçouum histórico do processo de im-plementação da TV Digital no Bra-sil, justificou a escolha da tecno-logia japonesa e falou dos próxi-mos passos que serão dados peloGoverno para viabilizar a sua im-plantação nos prazos definidos.

O Sindicato também editou,em parceria com o Crea-MG, aCartilha TV Digital no Brasil, queresponde às dúvidas e explica, demaneira simples, as modificaçõesque o sistema de transmissão te-levisiva irá sofrer. Além disso, apublicação esclarece a escolhapelo modelo japonês, os impac-tos da tv digital sobre o público eas emissoras e como a tecnologia

Cartilha apresenta TV Digitalbrasileira vai fazer parte do pro-cesso. O lançamento da cartilhacontou novamen-te com a presen-ça do ministro Hé-lio Costa, do pre-sidente do Senge-MG, Nilo SérgioGomes, do profes-sor da PUC-RJ eresponsável peloconteúdo da carti-lha, Marcos Dan-tas e da professo-ra da UFMG, Regina Mota.

Hélio Costa elogiou a cartilha,atribuindo isenção ao material. “Éuma cartilha muito equilibrada. Elacumpre mesmo seu papel de escla-recer o cidadão sobre o assunto”,disse o ministro. Para ele, a criaçãode tal material e a realização dedebates demonstra uma mobiliza-ção em torno do assunto que nãofoi vista, por exemplo, quando ocor-reu a digitalização da telefonia ce-lular. O Sindicato de Engenheiros ma-

nifestou sua disposição de contribuirpara que o debate chegue de fato àpopulação e que a democratizaçãoda comunicação seja realmente con-templada nesse projeto.

O presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes, recebe o vereadorTarcísio Caixeta a homenagem pelos 60 Anos do Sindicato.

Ministro das Comunicações,Hélio Costa, no lançamentoda cartilha TV Digital no Brasil

Brito (1990/95) e Rubens MartinsMoreira (1995/2004).

Em setembro de 2007, a Câma-ra Municipal de Belo Horizonte,

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 6

As ações judiciais impetradaspelo Senge-MG renderam aos en-genheiros mais de R$ 2,2 milhõesem 2007. Foram concluídos 71 pro-cessos, 343 pessoas foram aten-didas pessoalmente no plantão denossos advogados e 1179 tiveramo atendimento por telefone. Hojeo setor jurídico possui 655 proces-sos em andamento. O serviço deassistência jurídica é oferecido atodos os engenheiros, sócios e nãosócios do Sindicato.

Os engenheiros podem recor-rer a três tipos de ações por meiodo Sindicato: ações trabalhistas,ações previdenciárias e ações doFGTS. Em 2007, houve um aumen-to da demanda por ações relacio-nadas ao descumprimento da leido Salário Mínimo Profissional,que se tornou a principal deman-da do setor, e também de açõesrelacionadas à rescisão de contra-tos de trabalho. Houve tambémum número considerável de açõescontra a União, por cobranças in-devidas de Imposto de Renda so-bre férias indenizadas. O serviçode assistência jurídica está dispo-nível para engenheiros sócios ounão do Sindicato. Para usufruir oserviço basta agendar um horáriocom as advogadas Katarina An-drade Amaral Motta ou ElizabethMaria Mariano de Almeida, queintegram o Plantão Jurídico, pelotelefone (31) 3271-7355.

Banco de TalentosO Senge-MG oferece aos enge-

nheiros o seu Banco de Talentos, noqual os profissionais podem fazer ocadastro do currículo. O Sindicato,de acordo com a demanda dasempresas, faz a análise dos currícu-los e encaminha os que estiveremdentro do perfil desejado. O serviçoé gratuito e aberto a todos os enge-nheiros, não só aos associados, e éprestado pela entidade para aumen-tar as chances e facilitar a procurados engenheiros por novos empre-gos. Os interessados devem enviaro currículo para o e-mail:[email protected].

Cursos de qualificação

Com o objetivo de auxiliar naqualificação profissional dos en-genheiros, o Senge-MG oferece,anualmente, diversos cursos nasdiferentes áreas de atuação da

categoria. Os cursos são ofereci-dos através de convênios firmadosentre o Sindicato e empresas pú-blicas ou privadas. Em 2007 foramoferecidos os cursos de AutoCadbásico, MS Project básico e avan-çado, Auditoria Ambiental, Técni-cas de negociação com neurolin-guística, entre outros.

Oportunidadesde TrabalhoO Sindicato de Engenheiros,

com o objetivo de ajudar os en-genheiros na procura por novos

postos de trabalho, oferece emseu site (www.sengemg.com.br)a seção Oportunidades de Traba-lho. Nela, disponibiliza informa-ções sobre vagas de emprego, es-tágio, trainee e concursos parafacilitar a busca dos profissionaise estudantes de Engenharia. Aatualização da página é feita namedida em que vão surgindo asvagas.

Plano de SaúdeO Senge Minas Gerais man-

tém convênio com a Unimed BH

Ações rendem R$ 2,2 mi a engenheirospara todos os engenheiros filia-dos ao Sindicato e quites com aanuidade social e seus depen-dentes. Existem dois planos: Uni-max e Unipart. O Unimax é umplano completo sem participa-ção. O Unipart é um plano comco-participação em que o asso-ciado paga um valor pré-fixadonas consultas, exames básicos eespeciais, internações em enfer-maria e apartamento. A assistên-cia odontológica e o transporteaeromédico são opcionais. Ostitulares do plano de saúde po-dem ter como dependentes fi-lhos solteiros (de qualquer ida-de), esposa ou companheira epais ou sogros (se forem depen-dentes no Imposto de Renda). Aadesão ao plano de saúde deveser feita na sede do Senge Mi-nas Gerais, à rua Espírito Santo,1701, Lourdes - BH.

HomologaçõesO serviço de homologação de

rescisão de contrato de trabalhoprestado pelo Sindicato garanteaos engenheiros demitidos a cer-teza de que estarão recebendocorretamente o que têm direito.A homologação é a revisão dosvalores de um contrato de tra-balho e o Sindicato é obrigadopor lei a oferecê-lo para os en-genheiros contratados a mais deum ano pela empresa. No entan-to, os profissionais contratadosa menos de um ano tambémpodem procurar o Senge MinasGerais para conferir os valores doseu contrato.

Em 2007, o Senge-MG reali-zou a homologação de 859 pro-fissionais. O maior número dedemissões ocorreu entre os en-genheiros civis (408), seguidosdos engenhe i ros mecân icos(167) e dos engenheiros eletri-c i s tas (125) . Em re lação aoramo de atividade, a consulto-ria ficou em primeiro lugar, com234 demissões. Em segundo fi-cou a construção civil, com 204demissões, seguida do setormetalúrgico, que acumulou 178demissões. O número de enge-nheiros com salário abaixo do Mí-nimo Profissional, estipulado em8,5 salários mínimos para umajornada de 8 horas de trabalho,foi de 72.

Dentro da sua política de investir na valorização pro-fissional do engenheiro, o Senge-MG premiou um as-sociado para participardo Salão Internacionalda Construção (BATI-MAT/2007), realizado de5 a 10 de novembro, emParis, França. O sóciopremiado, engenheirogeólogo Marcos TadeuVaz de Melo, viajou comtodas as despesas pagas,incluindo passagem aé-rea, hospedagem, ali-mentação e acesso aoSalão. O BATIMAT é umsalão multi-especializa-do da construção civil.Na foto, a assessora do Sindicato, Dirlene Trindade,entrega o prêmio ao engº Marcos Tadeu.

A Anuidade Social Premiada é uma maneira de re-tribuir a fidelidade dos associados e também de esti-mular a participação noSindicato. José HenriqueDias Cardoso, engenhei-ro aposentado de Juiz deFora foi o ganhador donotebook com o progra-ma Intellicad instalado.Gustavo José Pereira,sócio desde 1992, ga-nhou o GPS veicular. Oterceiro prêmio foi entre-gue a Flávio Antônio Jor-ge Daguer, contempla-do com o SmartphonePalm. Na foto, os dire-tores da Regional Zonada Mata fazem a entrega do notebook ao engº JoséHenrique Dias Cardoso.

Anuidade Social Premiada

Qualificação Especial

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 7

As negociações salariais são aprincipal prioridade do Sindicato deEngenheiros no Estado de MinasGerais (Senge-MG). Em 2007, a atu-ação do Sindicato foi fundamentalpara o desfecho positivo de váriascampanhas, quando mostrou gran-de comprometimento e seriedade notrabalho realizado para mobilizar osengenheiros e engenheiras para aconquista, manutenção e ampliaçãode direitos que assegurassem melho-res condições de trabalho e de vidapara toda a categoria.

UrbelO Sindicato encontrou uma situ-

ação complicada na Urbel. Os pro-blemas começaram em 2004, quan-do a empresa deixou de cumprircom uma parte do acordo de rea-juste feito em 2001. Estava previstoo pagamento da quarta parcela deum aumento que igualava os salári-os dos funcionários de nível superi-or ao dos engenheiros, que recebi-am 8,5 salários. Porém, esse paga-mento não foi feito e os salários nãoforam reajustados de acordo com oaumento do salário mínimo, inclusi-ve o dos engenheiros. Com o apoiodo Senge-MG, os trabalhadores mo-bilizaram-se e, depois de dois anossem acordo coletivo e de cinco me-ses de negociações, aprovaram umacordo que restabeleceu a data-baseno dia 1º de maio, concedeu umreajuste de 6,9% para todos os tra-balhadores, além de uma gratifica-ção para os funcionários que atuamem campo.

CemigAs negociações com a CEMIG

também foram tensas. O principalponto de conflito foi provocado pelaproposta de retirada da Maria Rosa

Negociação salarial é prioridade

dos futuros funcionários da empre-sa em troca do pagamento de 6,4remunerações para os atuais em-pregados. A primeira proposta feitapela empresa foi reprovada em as-sembléia geral. Apesar de manter aretirada da Maria Rosa, a segundaproposta da CEMIG, que apresen-tou algumas modificações e revi-sões, foi aceita pelos engenheiros eengenheiras da empresa. Segundoo novo texto, o reajuste oferecidopassou de 4,7% para 5%, o Planode Cargos e Remunerações (PCR) foialterado com a promessa de umaelevação de 6% no salário de ad-missão das carreiras do PCR. Alémdisso, a CEMIG se comprometeu acumprir a lei do Salário Mínimo Pro-fissional dos engenheiros e dividiuas 6,4 remunerações em 6,0 remu-nerações proporcionais ao salário e0,4 de remuneração linear, calcula-da em cima de R$4.600,00, remu-neração média da CEMIG.

Outras negociaçõesAs negociações também foram

concluídas com a Vale, com a CPRM,com Furnas, Fiemg, Sinduscon e como Sinaenco. No acordo coletivo fir-mado com a Vale, que passou a tervalidade de dois anos, foi concedi-do um reajuste salarial de 7% para2007 e 2008. Além disso, o acordoprevê o pagamento de um abonoem duas parcelas de R$ 1.200,00.Os trabalhadores na empresa tive-ram, ainda, ganhos com seguran-ça, uma vez que a empresa adotoumedidas para minimizar os riscos deacidentes automobilísticos.

O acordo coletivo fechado comFurnas prevê um reajuste de 4,5%,um abono de 7,5% de uma remu-neração mais uma parcela de R$1.000,00. Já a convenção coletivaassinada com a Fiemg proporcionou7,5% de reajuste, um dos maioresdo país no setor metalúrgico, e con-seguiu que as empresas que nãooferecem Planos de Participação nosResultados ou Lucros paguem aostrabalhadores 30% sobre o valor dossalários nominais.

A convenção coletiva 2007/2008 assinada com o Sinduscongarante um reajuste de 8,5% paraos engenheiros da Construção Ci-vil. O índice de aumento foi umdos maiores entre as categoriasque tiveram negociações no segun-do semestre de 2007. Descontadaa inflação, o reajuste foi de 3,6%.Já a convenção coletiva fechadacom o Sinaenco também garantiuaos engenheiros, agrônomos e ar-quitetos um reajuste salarial de4,5%. O vale-refeição da catego-ria aumentou para R$ 9,00 e oauxílio-creche ficou em R$ 155,00.Na CPRM o reajuste conseguidona campanha salarial nacional foide 5,25%, correspondente aoIPCA e 1,5% de aumento real.

O Senge-MG, junto com ostrabalhadores de diversas cate-gorias e movimentos sindicais esociais, mobilizou-se pela manu-tenção do veto do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva à Emen-da 3. Além da defesa do vetopresidencial, o movimento por“Nenhum direito a menos” des-tacou outros temas, como a re-forma agrária, moradia popular,educação e saúde de qualidade,emprego e salários dignos. Além

Nenhum direito a menosdisso, também foram motivos dosprotestos a reforma previdenciária,o aumento da idade mínima paraa aposentadoria, o projeto de leique limita o reajuste do salário dosservidores públicos federais e o an-teprojeto sobre o direito de grevedos servidores públicos.

A Emenda 3, que limita o po-der de fiscalização do Executivodas relações de trabalho, é umaameaça aos diretos dos trabalha-dores. Incluída na lei que criou a

Super Receita, a emenda impedeque fiscais do Ministério do Tra-balho e da Previdência punam asempresas que contratam trabalha-dores, utilizando o subterfúgio daPessoa Jurídica. Com a emenda,esta relação só pode ser contes-tada na Justiça do Trabalho. Naprática, estão facilitando a vidadas empresas que praticam frau-des contra os trabalhadores, comonão assinar a Carteira de Traba-lho e obriga-los a abrir firma e

emitir nota fiscal, como se elesfossem grandes empresas pres-tadoras de serviço e não traba-lhadores que dão expedientetodo o dia e estão sujeitos a re-gras e disciplinas de quem é con-tratado formalmente. O presi-dente Lula vetou esta emendae o Senge Minas Gerais, assimcomo todo o movimento sindi-cal, é a favor do veto que, atéhoje, ainda não foi examinadopelo Congresso.

Trabalhadores da Urbel aprovam o Acordo Coletivo de Trabalho

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 8

O Sindicato de Engenheiros noEstado de Minas Gerais promoveu,em 2007, importantes debates so-bre temas ligados ao desenvolvimen-to sustentado do país, ao meio am-biente e à luta por melhores condi-ções de vida para os habitantes doscentros urbanos.

Em agosto, o Sindicato realizouseu XVII Seminário Anual, cujo temafoi o Programa de Aceleração doCrescimento (PAC) do Governo fe-deral e o Saneamento Ambiental.O debate se deu em torno da im-portância da engenharia para o de-senvolvimento sustentado do país eo papel da categoria na execuçãodo PAC. Dentro do contexto, tive-ram destaque as questões relativasà universalização do SaneamentoAmbiental, que têm sido objeto demobilização do Sindicato, como nadefesa da Copasa e na reativaçãoda Frente Estadual de Saneamento(Fesa).

O Senge adotou, na ocasião, acartilha “Entendendo o Saneamen-to Ambiental no Brasil”, editada, ori-ginalmente, pela Fisenge e reimpres-sa pelo Sindicato. A cartilha contéminformações importantes para a cons-trução dos planos municipais de sa-neamento e está sendo distribuídaamplamente em todo o Estado.

Trânsito emJuiz de ForaO II Seminário Regional do Sen-

ge-MG, realizado no dia seis demarço pela Diretoria Regional Zonada Mata, teve como tema a LinhaFérrea em Juiz de Fora. A principalconclusão do evento foi que a trans-posição da linha férrea que corta ocentro de Juiz de Fora precisa serfeita com urgência e, para tanto, énecessária a mobilização da socie-dade. Para João Vieira de Queiroz

Sindicato debate grandes temas sociais

Neto, diretor regional do Sindicato,mesmo se o contorno ferroviário forconstruído, a transposição é neces-sária porque a linha vai continuarinterferindo no deslocamento dapopulação. “A mobilidade das pes-soas fica prejudicada. A populaçãofica privada de seu direito de ir evir”, afirma João Queiroz. Além dis-so, a presença dos trens em meioao trânsito representa um risco amais para os moradores da cidade.

Resíduos SólidosO Senge-MG também participou

da organização do Seminário sobreResíduos Sólidos, que aconteceu emoutubro em parceria com o CREA eoutras entidades ligadas à engenha-ria. Foram discutidas políticas públi-cas e tecnologias para serem apli-cadas na área de saneamento am-biental, além de temas como os re-

cursos disponíveis para municípioscom até 50 mil habitantes, foi apre-sentada a experiência de sucesso dacoleta seletiva realizada em Londri-na, no Paraná, que teve grande êxi-to por incluir os catadores no pro-cesso.

O pano de fundo do seminário foia discussão em torno de alteraçõesna lei do ICMS (Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Serviços)ecológico. A conclusão a que os par-ticipantes chegaram foi de que a leiprecisa ser alterada para beneficiarmunicípios que praticam a coleta se-letiva, a compostagem, incluem ca-tadores e/ou outras pessoas e quepossuam planos de gerenciamentopara os resíduos que produzirem.

Conferência das CidadesO Sindicato esteve presente em

todas as etapas da 3ª Conferênciadas Cidades, junto com os movi-mentos sociais e populares, parti-cipando dos debates e apresentan-do propostas para a melhoria dascondições de vida das populaçõesurbanas. Nas etapas municipais,estadual e nacional foram discuti-dos temas como as intervençõesurbanas e a desigualdade sócio-territorial; a criação de cidadesmais democráticas, sustentáveis ejustas; e a elaboração de políticassetoriais e atuação conjunta dasesferas de governo.

Conselho deDesenvolvimentoO presidente do Sindicato, Nilo

Sérgio Gomes, foi eleito integran-te do Conselho Estadual de Desen-volvimento Regional e Política Ur-bana, durante a etapa estadual da3ª Conferência das Cidades. Elefará parte do Conselho no períodode 2008 a 2011. O Conselho é con-sultivo e deliberativo e cabe a ele,entre outras funções, recomendarprogramas, instrumentos, normase prioridades da Política Estadualde Desenvolvimento Regional eUrbano. Também compete ao Con-selho propor diretrizes para açõesde fiscalização de loteamentos ir-regulares ou clandestinos e incen-tivar a criação, a estruturação e ofortalecimento de conselhos muni-cipais afetos à política de desen-volvimento urbano.

Senge InformaO debate de temas sociais impor-

tantes também esteve nas ediçõesdo jornal do Sindicato. Foram abor-dadas questões ligadas ao Programade Aceleração do Crescimento (PAC),à mulher trabalhadora, biocombus-tíveis, resíduos sólidos e as reformaspolítica, trabalhista e da previdênciasocial, dentre outras. O plebiscitosobre a privatização da Vale do RioDoce também teve espaço no jornale apoio do Sindicato.

O XVII Seminário Anual debateu asquestões relacionadas ao Programa deAceleração do Crescimento (PAC) e oSaneamento Ambiental.

O Seminário regional da Zona da Mata colocou em pauta o mínimoprofissional e o transporte em Juiz de Fora

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 9

A manutenção da atividadesindical é um debate recorrente noCongresso e na mídia. Na maioriadas vezes são utilizados argumen-tos distorcidos para bombardear ascontribuições que sustentam a es-trutura sindical e, em conseqüên-cia, a luta dos trabalhadores. Naverdade, o objetivo é enfraqueceros sindicatos de trabalhadores etornar mais fácil o avanço do capi-talismo selvagem que não respei-ta direitos e conquistas.

Um passeio pela história das re-lações de trabalho no mundo mos-tra o quanto o trabalhador foi ex-plorado e a importância dos sindi-catos para a classe trabalhadorana organização e encaminhamen-to de suas lutas e reivindicaçõespor melhores condições de traba-lho e vida. Portanto, uma organi-zação sindical, livre e independen-te, é uma conquista que deve serpreservada e ampliada por todosos trabalhadores.

Para manter a estrutura sindi-cal, mobilizar a categoria e pro-porcionar melhores serviços e be-nefícios, os sindicatos dependemda contribuição de todos os traba-lhadores de sua base. Basicamen-te, são três as principais receitasdos sindicatos: o imposto sindical,a contribuição social e a taxa as-sistencial.

Imposto Sindical

Estabelecido pela Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT), ochamado imposto sindical ou con-tribuição sindical é a principal fon-te de receita dos sindicatos. O seurecolhimento é obrigatório e os va-lores repassados para os sindica-tos (60%), para as federações(15%), para as confederações(5%) e 20% para a conta especi-al emprego e salário do Ministériodo Trabalho.

A Nota Técnica CGRT/SRT Nº60/2005 do Ministério do Trabalhoesclarece que o valor do impostosindical devido por todos os traba-lhadores, inclusive o profissional li-beral, entre eles, os engenheiros,

O Senado restabeleceu aobrigatoriedade do imposto sin-dical que havia sido extinta pelaCâmara dos Deputados. Apro-veitando o projeto de lei queprevia o reconhecimento formaldas centrais sindicais, os depu-tados aprovaram emenda aca-bando com o imposto sindicalpara os trabalhadores e estabe-lecendo a possibilidade de fis-calização das entidades pelo Tri-bunal de Contas da União(TCU). As medidas adotadaspela Câmara não atingiam asentidades empresariais. Além derestabelecer a cobrança, os se-nadores estenderam a fiscaliza-ção aos empregadores, um dospontos polêmicos do projeto.

é o equivalente a um dia de salá-rio. Respaldado na ConstituiçãoFederal e com a aprovação da As-sembléia Geral da categoria, o Sen-ge Minas Gerais definiu o valor deR$ 107,66 (cento e sete reais e ses-senta e seis centavos) para o Im-posto Sindical de 2008, que corres-ponde a um dia de salário tendocomo base o Salário Mínimo Pro-fissional do engenheiro. Esse valordeve ser pago até o dia 29 de fe-vereiro de 2008 e uma cópia daguia quitada apresentada ao de-partamento pessoal da empresa,evitando o desconto de um dia desalário no mês de março.

Para o Senge Minas Gerais, aobrigatoriedade do imposto sindi-cal não contribui para fortalecer omovimento sindical. Entretanto, asua simples extinção significa o en-fraquecimento dos sindicatos e fra-gilização das relações de trabalho.O Sindicato defende a substituiçãodo imposto pela contribuição ne-gocial, decidida em assembléiageral e atrelada à participação dasentidades nas negociações salari-ais. Este é um dos pontos da pro-posta de Reforma Sindical defen-dida pelo Senge Minas Gerais.

Contribuição SocialPara os fins legais, os sindica-

tos se equivalem às associaçõescivis sem fins lucrativos. Como as-sociações, são formados por umquadro de filiados, os quais contri-buem, por adesão, com mensali-dades ou anuidades para a manu-tenção da estrutura sindical, cujosvalores e forma de cobrança sãodefinidos em Assembléia Geral doSindicato. No Senge Minas Gerais,a anuidade vigente tem o valor deR$ 150,00 e os aposentados têmdesconto de 50%. Para os enge-nheiros que têm salários abaixo domínimo profissional, a anuidade éproporcional à sua remuneraçãoe os profissionais que se encon-tram desempregados estão isen-tos até que retomem as suas ativi-dades.

Ao se tornar sócio do SengeMinas Gerais, além de garantir di-reitos trabalhistas, o engenheirotem acesso a plano de saúde ediversos convênios médicos e odon-

tológicos, assistência jurídica, cursos deatualização e aperfeiçoamento profissi-onal e outros serviços e benefícios queestão à disposição dos associados. E oque é principal, está integrado à lutapolítica empreendida pela entidade hámais de 60 anos, em prol dos engenhei-ros e de toda a engenharia.

Taxa AssistencialA taxa assistencial, que também é

chamada de taxa de fortalecimento sin-dical ou taxa negocial, é decidida em as-sembléias gerais específicas da catego-ria, conforme prevê o inciso IV do artigo8º da Constituição Federal de 1988, e sedestina a cobrir os custos de campanhassalariais. Normalmente é cobrado apósa celebração de um instrumento coletivode trabalho. Diferentemente da contri-buição social que é definida e paga so-mente pelos associados, esta taxa é de-finida em Assembléia da qual participamassociados e não-associados. Os traba-lhadores que não concordarem com a suacobrança podem se opor através de car-ta enviada ao sindicato.

Com a mudança, o projeto volta àCâmara para nova votação.

O ministro do Trabalho e Em-prego, Carlos Lupi, prometeu en-viar ao Congresso, até fevereiro,uma proposta para criar uma con-tribuição negocial sindical, que vaireunir três impostos: a contribui-ção confederativa, a contribuiçãoassistencial e o imposto sindical.O tributo terá uma alíquota com-pulsória do salário mensal dos tra-balhadores, mas o percentual serádefinido nas assembléias das ne-gociações coletivas. Com a cria-ção da nova contribuição, o im-posto sindical obrigatório será ex-tinto.

Nilo Sérgio Gomes, presidentedo Senge-MG, acredita que mu-

dar a contribuição é necessário, masnão é suficiente. “Sou a favor da taxanegocial, desde que implantada junta-mente com outras resoluções, princi-palmente as da Organização Interna-cional do Trabalho que possibilitam aação dos dirigentes sindicais dentro devalores universais, como a liberdade deorganização no local de trabalho. Nãoadianta nada mudar a forma de sus-tentar a estrutura sindical se tambémnão mudar a forma de agir dos empre-gadores”, pondera.

Nilo Sérgio avalia como positiva aregulamentação das centrais sindicais.“As centrais sindicais são o elo entre ostrabalhadores e o poder dominante nopaís, ou seja, com o setor político. Elassão fundamentais para discutir questõescomuns a todos os trabalhadores, comoo salário mínimo nacional”, conclui opresidente do Senge-MG.

Contribuiçãofortalece lutado trabalhador

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 10

Cerca de 2.300 pessoas partici-param da 3ª Conferência Nacionaldas Cidades, realizada em Brasília,entre os dias 25 e 29 de novembro.O evento contou com a participa-ção do Senge-MG, representadopelos diretores Nilo Sérgio Gomes,Laurete Martins Alcântara Sato,Waldyr Paulino Ribeiro Lima e JoãoVieira de Queiroz Neto. “A Confe-rência foi muito boa, não houve tu-multo e a participação foi grande,principalmente dos movimentos po-pulares”, comentou Laurete Martins,diretora de Assuntos Comunitáriosdo Sindicato.

Durante o evento foram apresen-tadas 100 propostas, dos 3.175 mu-nicípios que participaram da Confe-rência, das quais foram aprovadas35. O ministro das Cidades, MárcioFortes de Almeida, pediu ênfase nadiscussão de políticas públicas emrelação às demandas individuais decada município. A Conferência sedividiu entre as plenárias e os gru-pos de discussão específicos, quedebateram as propostas para que,em seguida, fossem aprovadas ounão. De acordo com Waldyr PaulinoRibeiro Lima, diretor do departa-mento de Aposentados do Senge-MG, a Conferência Nacional das Ci-dades foi muito produtiva e houveuma maior participação nesta edi-ção do que nas edições anteriores.“Não só a quantidade de pessoasque participaram aumentou, comotambém o número de representan-tes do Sindicato. Antes, tivemos doisdelegados e agora foram três dele-gados mais o presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes”.

Foram organizadas 16 salas dediscussão que se dividiram entre sete

As trabalhadoras brasileiraspodem ganhar o direito de passarmais tempo com seus filhos re-cém-nascidos. Duas propostas es-tão em tramitação no CongressoNacional para que a licença ma-ternidade que, atualmente, é dequatro meses passe a ser de seis.Há diferenças entre as propostas,entretanto.

O projeto de lei 281/05 da se-nadora Patrícia Saboya (PDT) foiaprovado no Senado em outubroe prevê um aumento de dois me-ses na licença maternidade, quepoderá ser negociado entre as tra-balhadoras e a empresa. De acor-do com a proposta, os primeirosquatro meses seriam bancadospela Previdência Social, como jáacontece, e os 60 dias adicionaisseriam pagos pelos empregadores.A iniciativa é facultativa, porém,as empresas que aderirem ao Pro-grama Empresa Cidadã, que serácriado pelo projeto de lei, pode-rão descontar integralmente o va-lor pago às funcionárias pelo tem-po adicional do cálculo do Impos-to de Renda.

O objetivo da senadora é des-tacar a importância de um maiortempo de contanto entre a mãe eo bebê após o nascimento. A re-núncia fiscal, se todos as empre-sas aderirem ao programa, seriade R$ 500 milhões. Atualmente,o Sistema Único de Saúde (SUS)gasta R$ 400 milhões no atendi-mento a crianças menores de umano vítimas de pneumonia, o quepoderia ser evitado com um tem-po de aleitamento materno mai-or. A proposta seguiu para a Câ-mara dos Deputados e aguardaanálise e nova votação.

O Sindicato de Engenheiros noEstado de Minas Gerais (Senge-Mg) apóia o aumento da licença

sub-temas pautados para a Confe-rência. Foram eles as intervençõesurbanas e a integração de políticas;as intervenções urbanas e o contro-le social; as intervenções urbanas eos recursos; capacidade administra-tiva e de planejamento e estruturainstitucional; receitas municipais eampliação de receitas próprias; sis-tema nacional de desenvolvimentourbano e política nacional de pre-venção; e mediação de conflitosfundiários urbanos.

No debate sobre o sub-tema re-ceitas municipais e ampliação dereceitas próprias, foram aprovadas11 propostas das 13 que foram su-geridas nos grupos de discussão. Acriação de um programa para cons-cientização sobre a obrigatoriedadeconstitucional da cobrança de im-postos e sobre a responsabilidadesocial e fiscal e a criação de um pro-grama federal de financiamentoestão entre as deliberações do de-bate. Já sobre o sub-tema capaci-dade administrativa e de planeja-mento e estrutura institucional, fo-ram aprovadas 15 das 17 propostasfeitas.

Houve, também, uma reuniãocom a Caixa Econômica Federalpara que a instituição liberasse o fi-nanciamento de casas popularespara pessoas com renda a partir deum salário mínimo. O financiamen-to, até então, era liberado somentepara quem ganha acima de três sa-lários.

A Conferência Nacional das Ci-dades contou, ainda, com a visitado presidente Luiz Inácio Lula daSilva que, segundo a engenheiraLaurete, foi muito bem recebido eaplaudido pelos movimentos sociais.

Participação do movimento socialmarca Conferência das Cidades

maternidade. “É muito comumver, nas empresas, mulheres queestão quase dando à luz ainda tra-balhando. Elas deixam para tirara licença apenas quando o bebênasce mesmo para poderem pas-sar mais tempo com os filhos. Issoestá virando rotina dentro dasempresas e, por si só, já eviden-cia a necessidade de expandir alicença maternidade”, avalia NiloSérgio Gomes, presidente do Sen-ge-MG.

Iniciativa na CâmaraA proposta de emenda consti-

tucional da deputada Ângela Por-tela (PT-RR), que também prevê oaumento da licença maternidadepara seis meses, foi aprovada pelaComissão de Constituição e Justi-ça (CCJ) da Câmara dos Deputa-dos. O projeto será analisado poruma comissão especial para, emseguida, ir para o plenário. Seaprovado, segue para o Senado.O objetivo da proposta é tornar otempo de licença maternidadecondizente com o tempo de alei-tamento materno incentivadopelo Ministério da Saúde e pelaOrganização Mundial de Saúde.Pela proposta da deputada, a li-cença será bancada, em sua to-talidade, pela Previdência Social.

No Brasil, a licença materni-dade foi criada pela Constituiçãode 1934, com duração de 84dias. Apenas na Constituição de1988 o benefício foi ampliadopara 120 dias.Os delegados João Vieira de Queiroz, Laurete Sato e Waldyr Paulino

representaram o Senge-MG na Conferência Nacional

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Edição nº 173 - Janeiro-Fevereiro/2008 - Página 11

Arquiteto das curvas livres, Os-car Niemeyer completou 100 anosno dia 15 de dezembro, com um le-gado de mais de 600 obras arquite-tônicas espalhadas por todo o mun-do, sendo cerca de 60 construídassó em Brasília. Nascido no Rio deJaneiro, em 1907, e considerado omais importante arquiteto brasileirodeste século em função da quanti-dade e qualidade de obras constru-ídas, Niemeyer iniciou sua carreirano escritório de Lúcio Costa, em1934, quando se graduou na EscolaNacional de Belas Artes.

A partir do instante em que subs-tituiu Costa na coordenação do gru-po que desenvolveu os estudos deLe Corbusier para o edifício-sede doMinistério da Educação e Saúde, noRio de Janeiro, Niemeyer desempe-nhou o papel principal na correntemodernista que privilegiava a ex-pressão plástica. Em 1947, o edifí-cio-sede da Unesco, nos Estados Uni-dos, proporciona mais uma vez a Ni-emeyer a oportunidade de dividircom Le Corbusier o projeto definiti-vo que funde as propostas indepen-dentes de cada um dos arquitetos.

A arquitetura de Brasília, previs-ta nos esboços com que Lucio Cos-ta concorreu ao concurso internaci-onal de projetos para a nova capitaldo Brasil, foi o impulso definitivo deNiemeyer na cena da história inter-nacional da arquitetura contempo-rânea. As cúpulas côncava e conve-xa do Congresso Nacional e as co-lunas dos palácios da Alvorada, doPlanalto e da Suprema Corte, con-figuram signos originais. Agregando-os às espetaculares formas das co-lunas da Catedral e dos palácios Ita-maraty e da Justiça, Niemeyer en-cerra a perspectivaortogonal e simétricaformada pelo ritmorepetitivo dos edifíci-os da Esplanada dosMinistérios.

O uso das estrutu-ras em concreto ar-mado em formas cur-vas ou em casca e asexplorações inéditasdas possibilidades es-téticas da linha retase traduziram em fá-bricas, arranha-céus,espaços para exposi-ções, residências, teatros, templos,edifícios-sede de empresas dos se-tores público e privado, universida-des, clubes, hospitais e equipamen-

OSCAR NIEMEYER

O arquiteto das curvas livrestos para diversos pro-gramas sociais. Des-ses temas sobressa-em-se os seguintestrabalhos: a Obra doBerço e sua residên-cia na Estrada dasCanoas, no Rio deJaneiro; a fábrica Du-chen, o edifício Co-pan e o Parque doIbirapuera, em SãoPaulo; o conjunto ar-quitetônico da Pam-pulha, com o Cassi-no, o Restaurante eo Templo de SãoFrancisco de Assis,em Belo Horizonte; o projeto para oHotel de Ouro Preto (Minas Gerais),o Museu de Caracas (Venezuela), asede do Partido Comunista (Paris),a sede da Editora Mondatori (Mi-lão), a Universidade de Constanti-ne (Argélia) e o Museu de Arte Con-temporânea de Niterói (Rio de Ja-neiro).

Apesar da idade, Niemeyer nãodeixou a prancheta de lado e traba-lha até hoje em projetos arrojados.No ano passado, foram inauguradosem Brasília o Museu Nacional e aBiblioteca Nacional, fechando ocomplexo cultural do qual já fazparte o Teatro Nacional.

No norte da Espanha, fez o pro-jeto do Centro Cultural Internacio-nal Niemeyer de Avilés, orçado em30,5 milhões de euros, cerca de R$80 milhões. Será o maior complexocultural da Espanha, em uma áreade 222 mil metros quadrados.

(Fontes: ww.niemeyer.org.bre www.senado.gov.br)

Diretores do Senge-MG recebem o Vice-prefeito de BeloHorizonte, Engº Ronaldo Vasconcelos

O Vice-prefeito de BH, RonaldoVasconcelos, o diretor dePromoções Culturais, FernandoVilaça, e o Presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes

O Sindicato dos Engenheiros no Estadode Minas Gerais encerrou as comemoraçõesde seus 60 anos com uma justa homena-gem ao arquiteto Oscar Niemeyer. De 3 a 21de dezembro promoveu, na Galeria do Crea-MG a exposição Poética das Curvas,que apre-senta a produção contemporânea do arqui-teto. Em vinte painéis, que já foram expostosem aula inaugural na Escola de Arquiteturada França, em Paris, Niemeyer explica o por-quê de não usar o ângulo reto, além de apre-sentar desenhos e croquis concebidos en-quanto esteve exilado na Europa.

A exposição coincidiu, também, com acomemoração do centenário de Niemeyere com o aniversário de Belo Horizonte. Oevento, que teve o apoio do Crea-MG, apre-sentou, além de desenhos e croquis, poesi-as de Niemeyer, em francês com traduçãopara o português.

No aniversário de Belo Horizonte, 12 de dezembro, o vice-pre-feito e prefeito em exercício da cidade, Ronaldo Vasconcellos No-vais, visitou a exposição. Recebido pelo presidente do Senge-MG,Nilo Sérgio Gomes, pelo diretor de promoções culturais, FernandoVilaça, e por diversos diretores do Sindicato, o vice-prefeito rece-beu informações e percorreu a mostra do arquiteto que tem impor-tantes obras na capital do Estado.

“Não é o ângulo reto que me atrai,Nem a linha reta, dura, inflexível,Criada pelo homem,O que me atrai é a curva livre e sensual,A curva que encontro nas montanhas do meu país,No curso sinuoso dos seus rios,Nas ondas do mar,No corpo da mulher preferida.De curvas é feito todo o universo,O universo curvo de Einstein.”

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