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Introdução O processo de globalização tem permitido a enge- nheiros, calculistas e construtores em geral tomar conhe- cimento das novidades em tipos de concretos que estão se propagando pelo mundo, como é o caso do concreto auto-adensável. Já usado no Brasil, mas ainda de forma restrita, o concreto auto-adensável apresenta grande fluidez, tendo como característica uma alta trabalhabilidade, ou seja, é um concreto muito plástico. O princípio fundamental para confecção de concre- tos fluidos e resistentes à segregação é o uso de aditivos superplastificantes e/ou modificadores de viscosidade, combinados com alto teor de finos, sejam eles cimento Portland, adições minerais, fílers, e/ou areia fina. O concreto auto-adensável, hoje utilizado, foi de- senvolvido no Japão, por volta de 1983, sendo que sua maior aplicação em obras civis ocorreu em 1997, naquele país, com a concretagem das ancoragens de concreto da ponte metálica de maior vão livre do mundo. A ponte Akashi-Kaikyo, inaugurada em 1998, com 1991 metros de vão livre, consumiu nas ancoragens 290.000 m 3 de con- creto auto-adensável. Os motivos da utilização de CAA nesta obra foram a velocidade de execução, dispensa de adensamento, o qual seria muito difícil para este volume e a qualidade final do concreto. As Figuras 1 e 2 mostram detalhes da ponte e do interior do bloco de ancoragem da mesma. Pioneirismo em Goiânia No Centro Oeste brasileiro, mais especificamente em Goiás, em dezembro de 2004 foi realizada a primeira grande concretagem com CAA em obra de edificação, pela construtora Arcel Engenharia Ltda e fornecedora de concreto Realmix Concreto Ltda (Figura 3). As razões da pequena utilização desta tecnologia até o momento, no Brasil, e, ainda, no mundo, estavam liga- das principalmente aos elevados custos dos aditivos utili- zados, como superplastificantes e modificadores de Figura 1 - Vista lateral da Ponte Akashi-Kaikyo Figura 2 - Detalhe do interior do bloco de ancoragem da ponte Akashi-Kaikyo Prof. Dr. André Luiz Bottolacci Geyer Professor Doutor, Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás -UFG. Eng. Rodrigo Resende de Sá Aluno do Curso de Mestrado em Eng. Civil da Escola de Engenharia Civil da UFG. Concreto auto-adensável: Uma nova tecnologia à disposição da construção civil de G G Goiânia oiânia oiânia oiânia oiânia. Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]

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Introdução

O processo de globalização tem permitido a enge-nheiros, calculistas e construtores em geral tomar conhe-cimento das novidades em tipos de concretos que estãose propagando pelo mundo, como é o caso do concretoauto-adensável.

Já usado no Brasil, mas ainda de forma restrita, oconcreto auto-adensável apresenta grande fluidez, tendocomo característica uma alta trabalhabilidade, ou seja, éum concreto muito plástico.

O princípio fundamental para confecção de concre-tos fluidos e resistentes à segregação é o uso de aditivossuperplastificantes e/ou modificadores de viscosidade,combinados com alto teor de finos, sejam eles cimentoPortland, adições minerais, fílers, e/ou areia fina.

O concreto auto-adensável, hoje utilizado, foi de-senvolvido no Japão, por volta de 1983, sendo que suamaior aplicação em obras civis ocorreu em 1997, naquelepaís, com a concretagem das ancoragens de concreto daponte metálica de maior vão livre do mundo. A ponteAkashi-Kaikyo, inaugurada em 1998, com 1991 metrosde vão livre, consumiu nas ancoragens 290.000 m3de con-

creto auto-adensável. Os motivos da utilização de CAAnesta obra foram a velocidade de execução, dispensa deadensamento, o qual seria muito difícil para este volumee a qualidade final do concreto.

As Figuras 1 e 2 mostram detalhes da ponte e dointerior do bloco de ancoragem da mesma.

Pioneirismo em Goiânia

No Centro Oeste brasileiro, mais especificamenteem Goiás, em dezembro de 2004 foi realizada a primeiragrande concretagem com CAA em obra de edificação,pela construtora Arcel Engenharia Ltda e fornecedorade concreto Realmix Concreto Ltda (Figura 3).

As razões da pequena utilização desta tecnologia atéo momento, no Brasil, e, ainda, no mundo, estavam liga-das principalmente aos elevados custos dos aditivos utili-zados, como superplastificantes e modificadores de

Figura 1 - Vista lateral da Ponte Akashi-Kaikyo

Figura 2 - Detalhe do interior do bloco de ancoragem da ponte Akashi-Kaikyo

Prof. Dr. André Luiz Bottolacci GeyerProfessor Doutor, Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás -UFG.

Eng. Rodrigo Resende de SáAluno do Curso de Mestrado em Eng. Civil da Escola de Engenharia Civil da UFG.

Concretoauto-adensável:Uma novatecnologia àdisposição daconstrução civilde GGGGGoiâniaoiâniaoiâniaoiâniaoiânia.

Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de GoiâniaTelefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]

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viscosidade, bem como a falta de conhecimento, no Bra-sil, de métodos de dosagem e produção do CAA.

no elenco das matérias primas básicas do concreto, deadições minerais, adições de fílers e aditivos químicos. Odesenvolvimento destes materiais, principalmente com adescoberta da extraordinária ação de dispersão dosaditivos superplastificantes e a ação coesiva dosmodificadores de viscosidade tem impulsionado estatecnologia.

Os materiais utilizados para produção de CAA são,em teoria, os mesmos utilizados para a produção de con-cretos convencionais, porém com maior adição de finos,quer sejam adições minerais ou fílers e de aditivosplastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivosmodificadores de viscosidade.

O objetivo de qualquer método de dosagem é de-terminar a combinação adequada e econômica dos cons-tituintes do concreto com vistas a produzir um concretoque possa estar próximo daquele que consiga um equilí-brio entre as várias propriedades desejadas ao menor cus-to possível.

A adição de finos no CAA proporciona melhoriaem diversas propriedades, tanto no estado fresco comono endurecido. Acredita-se que os finos atuam como pon-tos de nucleação, isto é, quebram a inércia do sistemafazendo com que as partículas de cimento sofram reaçãomais rápida com a água, ocasionando ganhos de resistên-cias nas primeiras idades. Atuam ainda no aumento dopacote de finos, fazendo com que haja um crescimentona densidade da pasta, dificultando a penetração de agen-tes agressivos e melhorando a zona de transição(BOSILJKOV, 2003).

Os aditivos superplastificantes permitem que se al-cance alta fluidez nas misturas, já os aditivos modificadoresde viscosidade oferecem aumento na coesão, prevenin-do-se com isto a exsudação e segregação no concreto.

Um dos fatores que vinha retardando a propaga-ção do CAA em edificações no Brasil, era a falta de mé-todos de dosagem eficientes, que permitissem o usoirrestrito da mistura com materiais locais, viáveis tantotécnica como economicamente.

Este quadro, apoiado em pesquisas brasileiras, comoas realizadas por GEYER & SENNA (2001) e TUTIKIAN(2004) e em experiências práticas realizadas nas cidadesde Porto Alegre e Goiânia vem mudando positivamente.Adaptações de métodos de dosagens brasileiros para con-cretos convencionais (TUTIKIAN, 2004) já permitem quese produza concretos auto-adensáveis de excelente quali-dade e com custo próximos aos convencionais.

Na Figura 4, apresenta-se um estudo comparativorealizado por TUTIKIAN ( 2004), onde observa-se a novarealidade em que é possível executa-se CAA com valoresde materiais próximos aos de concretos convencionais.Foram estudados, na cidade de Porto Alegre, 06 concre-tos CAA e um convencional de referência para fc28 40MPa.

Figura 3 - Vista geral da primeira obra em Goiânia executada com CAA

Com a significativa redução dos custos destesinsumos, bem como, com o avanço tecnológico ocorridonesta área no país, tem se tornado o CAA cada vez maisuma excelente alternativa para a execução das estruturas(GEYER & SENA, 2001 e TUTIKIAN, 2004).

Definição

O termo concreto auto-adensavel (CAA) identifi-ca uma categoria de concreto que pode ser moldado emfôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusiva-mente de seu peso próprio, não necessitando de qualquertecnologia de compactação ou vibração externa(TUTIKIAN, 2004).

Descreve-se a auto-adensabilidade do concretofresco como a capacidade de preenchimento dos espaçosvazios e o envolvimento das barras de aço e outros obstá-culos pelo material, exclusivamente através da ação daforça gravitacional, mantendo uma adequadahomogeneidade (BOSILJVKOV, 2003).

EFNARC (2002) diz que para um concreto ser con-siderado auto-adensavel, deve apresentar três proprieda-des fundamentais: fluidez, coesão ou habilidade passantee resistência à segregação. Define-se fluidez como a capa-cidade do concreto auto-adensável de fluir dentro e atra-vés da fôrma preenchendo todos os espaços. Coesão ouhabilidade passante como a capacidade de escoamentopela fôrma, passando por entre as armaduras sem obstru-ção do fluxo ou segregação. Resistência à segregação é apropriedade que caracteriza a capacidade do concreto emse manter coeso ou fluir dentro das fôrmas, passando ounão através de obstáculos.

Dosagem e materiais utilizados em CAA

Assim como outros concretos especiais, como, porexemplo, o Concreto de Alto Desempenho, o ConcretoAuto-adensável (CAA) é um material referenciado comouma evolução tecnológica dos concretos tradicionais, frutoda pesquisa aplicada e resultado da introdução conjunta,

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Vantagens

O concreto auto-adensável vem sendo caracteriza-do como uma grande revolução na tecnologia do concre-to para a construção civil, possibilitando vários ganhos,diretos e indiretos para o mercado da construção, dentreos principais cita-se:

A elevada resistência à segregação aliada à fluidezapresentada pelo CAA permite ainda a eliminação dedefeitos macro, bolhas de ar e falhas de concretagens, quesão diretamente responsáveis pelas perdas no desempe-nho mecânico do concreto e na durabilidade da estrutura(COPPOLA, 2000).

TUTIKIAN (2004), afirma que o CAA permite ob-ter elevadas resistências à compressão a curto e longo pra-zo, baixa relação água/cimento, baixa permeabilidade ealta durabilidade. Ou seja, CAA pode também ser execu-tado com alta resistência, neste caso tem-se o ConcretoAuto Adensável de Alto Desempenho (CAAAD).

A Figura 5 apresenta o lançamento de CAA em es-truturas de concreto com alta densidade de armadura.Na Figura 6 apresenta-se o concreto fluindo com facili-dade em uma laje concretada em Goiânia.

Aplicações do concreto Auto-Adensável

O Concreto auto-adensavel é indicado para utiliza-ção em obras convencionais onde se quer maior veloci-dade de concretagem, redução de custos e melhorqualidade do concreto. Também em casos específicos asua utilização é recomendada como, por exemplo:

• Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas;• Fundações executadas por hélice contínua;• Paredes, vigas, colunas;• Parede diafragma;• Estações de tratamento de água e esgoto;• Reservatórios de águas e piscinas;• Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis;• Obras com acabamento em concreto aparente;• Locais de difícil acesso;• Peças pequenas, com muitos detalhes ou com for-

mato não-convencional onde seja difícil a utilizaçãode vibradores;

• Fôrmas com grande concentração de ferragens.

Controle Tecnológico do CAA

No estado endurecido o controle tecnológico doCAA segue os mesmos ensaios e procedimentos utiliza-dos para o concreto convencional.

No caso do concreto no estado fresco, diferente-

Figura 5 - Lançamento de CAA em estrutura densamente armada(TUTIKIAN, 2004)

Figura 4 - Comparativo de custos de materiais para CAA em relação aoconvencional (ref) para fc28 40 MPa, na cidade de Porto Alegre (TUTIKIAN,2004).

Figura 6 - Laje sendo concretada com CAA em Goiânia (Arcel Engenharia/Realmix,2004)

Redução do custo de aplicação por m³ de concreto;

Garantia de excelente acabamento em concreto aparente;

Permite bombeamento em grandes distâncias horizontais everticais com maior velocidade;

Otimização de mão-de-obra;

Maior rapidez de execução da obra;Melhoria nas condições de segurança na obra;Eliminação do ruído provocado pelo vibrador;

Significativa redução nas atividades de espalhamentoe de vibração;

Permite a concretagem sem adensamento em regiões comgrande densidade de armadura;

Aumento das possibilidades de trabalho com fôrmas de pe-quenas dimensões;

Redução do custo final da obra em comparação ao sistemade concretagem convencional;

Acelera o lançamento do concreto na estrutura, permitindoconcretagens mais rápidas;

Redução da mão-de-obra no canteiro;Melhoria do acabamento superficial;Aumento da durabilidade devido à redução de defeitos deconcretagem;

VANTAGENS

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mente do dos concretos convencionais, o controle não éfeito através do Slump Test. No CAA utiliza-se para con-trole do concreto fresco vários testes, estando entre osmais recomendados o Slump Flow Test e o U- Box Test.

No caso Slump Flow Test utiliza-se os mesmos equi-pamentos do Slump Test, sendo que o que se mede é oespalhamento do concreto e não a altura adensada ( Fi-gura 7). Para que o concreto seja considerado satisfatóriodo valor do espalhamento tem que estar entre 60 e 75cm, nas duas direções.

pois está se trabalhando com novos insumos (aditivos) eníveis de aprimoramento técnico elevados. Deve-se, por-tanto, se buscar empresas fornecedoras de grande experi-ência, assim como exigir rigoroso controle tecnológico domaterial.

BibliografiasBOSILJKOV, V. B. SCC mixes with poorly graded aggregate and highvolume of limestone filler. Cemente and concrete Research, 2003.COPPOLA, L. Self-compacting concrete. In Concrete technology,2000.ENARC. Specification and guidelines for self-compacting concrete.2002.GEYER, A . L. B. & SENA, A. Avaliação do comportamento mecâni-co do concreto auto-adensável em comparação com o concreto con-vencional. IBRACON, 2001.TUTIKIAN, B. F. Método para dosagem de concretos de auto-desem-penho. Dissertação de mestrado. UFRGS, 2004.

Figura 7 - Passos do Slump Flow Test

O U-Box Test é mais apropriado para o uso em la-boratório ou na central de concreto, sendo medido nesteensaio a fluidez do material (Figura 8).

Considerações

O CAA é uma tecnologia que veio para ficar nomercado, pois uma vez compatibilizados aspectos de pro-dução, dosagem e custos não existem razões para se con-tinuar utilizado o concreto convencional.

A aplicação deste novo material, no entanto requerainda que se tenha rigoroso acompanhamento técnico,

Figura 8 - U-Box Test.

Pioneirismo nautilização doConcretoAuto-adensávelem edifícios emGoiânia:Realmix e Arcel Engenharia

Goiânia entra para o elenco de cidades que utili-zam em obras de edificação a tecnologia do ConcretoAuto-adensável, como uma forma de melhorar a quali-dade das estruturas de concreto, otimizar custos e aumen-tar a velocidade da execução das estruturas.

Em uma parceria entre a Realmix Concreto e aArcel Engenharia, com a acessória técnica do Labora-tório de Materiais de Construção da Escola de Enge-nharia Civil da Universidade Federal de Goiásdesenvolveu-se, para os materiais e condições locais,tecnologia de produção e execução de Concreto Auto-adensável para edificações.

O pioneirismo na região está apoiado e pesquisastecnológicas realizadas com o objetivo de se permitir autilização deste concreto, que possui grande fluidez e co-esão, com a utilização de matérias primas locais e com autilização de aditivos químicos de última geração.

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O pioneirismo da aplicação em obra

O CAA (concreto auto-adensável) tem sido utiliza-do no exterior em crescente quantidade, no Brasil, cida-des como Porto Alegre e São Paulo, a cerca de um anovêm se lançando mão desta tecnologia. Obras como a doMuseu Iberê Camargo, em Porto Alegre, que é considera-da um dos ícones da Engenharia e Arquitetura contem-porâneas brasileira tem utilizado o CAA.

Em Goiânia, embora pesquisas realizadas na UFGdesde 2001 ( GEYER & SENA, 2001) vinham demons-trando ser possível a sua aplicação, até dezembro de 2004nenhuma grande obra havia sido realizada com estatecnologia.

A Arcel Engenharia Ltda tendo em vista a necessi-dade de implementação de novas tecnologias que condu-zam a melhor qualidade, menor custo e maior velocidadede execução dos seus empreendimentos decidiu passar autilizar o CAA em uma de suas obras.

O pioneirismo na região de Goiânia foi aconcretagem, em 23/12/2004, de laje no Ed. Camila, noResidencial Sorelle. A Figura 1 mostra a vista geral doedifício Camila.

na Figura 3 a dosagem dos aditivos e na Figura 4 os ensai-os tecnológicos de concreto fresco (Flow Test).

Especificações e controle

Utilizando-se métodos de dosagens específicos aRealmix com a consultoria da Escola de Engenharia Civilda UFG, desenvolveu um traço de concreto fck 20 MPa,especificamente para atender esta obra. Para tanto foiespecificada com característica do concreto fresco um FlowTest entre 65 e 70 cm.

Foram utilizados materiais locais como areia natu-ral, brita de gnais, Cimento CP II F – 32 da CimentoGoiás, aditivos Superplastificantes e modificadores de vis-cosidade da MBT.

Na Figura 2 mostra-se o concreto chegando à obra,

Lançamento do concreto

Após a dosagem dos aditivos, realizada na chegadade cada Betoneira na obra o concreto foi liberado paraser bombeado.

Na Figuras 5 a 7 apresentam-se detalhes da opera-ções de lançamento e adensamento do concreto na lajedo edifício.

Figura 1 - Vista do Edifício Camila

Figura 4 - Ensaio de Flow Test

Figura 2 - Aspecto do CAA a ser retirado para ensaio de concreto fresco

Figura 3 - Dosagem dos aditivos de última geração realizada por técnico da UFG

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Figura 5 - Lançamento do concreto na laje, sem a necessidade de qualqueradensador com vibrador

Figura 6 - Auto-compactação do concreto

Figura 7 - Pequeno número de trabalhadores envolvidos na operação de auto-adensamento

Figura 8 - Aspecto do concreto após o lançamento, sem adensamento enivelamento

Dentre a principais vantagens, partindo-se do prin-cípio que o custo do CAA é compatível com o concretoconvencional estão:

Redução em torno de 70% na mão-de-obra de lan-çamento e adensamento. Como pode ser obser-vado nas figuras 5 e 7 o número de trabalhadoresé bastante otimizado.

VANTAGENS REAIS OBTIDASPELA CONSTRUTORA

Maior Velocidade na execução da estrutura, o queem altas temperaturas permite uma menor expo-sição do concreto ao calor dentro dos caminhõesbetoneira, bem como uma antecipação nas ope-rações de cura

Eliminação de nichos e falhas de concretagem oque leva a uma maior qualidade e durabilidadeda estrutura.

Maior Qualidade e facilidade no nivelamento dalaje, pois se obtém, com o CAA uma laje pratica-mente auto nivelada. Como pode ser observadona Figura 8.

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INFORMAÇÕES AO CLIENTE REALMIXSOBRE SERVIÇOS DE CONCRETAGEMDesde o momento que contrata os serviços da REALMIX o cliente precisa saber quais as

providências que devem ser tomadas.

1-ANTES DA ENTREGA

É preciso tomar algumas medidas preliminares, pre-parando-se para o recebimento do concreto:

ESCORAMENTO: deve impedir que sob a ação dopeso das fôrmas, ferragens, do concreto a ser aplicado edas cargas acidentais, ocorram deformações prejudiciaisà forma de estrutura, ou esforços no concreto na fase deencurecimento.

FÔRMAS: antes do lançamento do concreto devemser conferidas as medidas e a posição das fôrmas, paragarantir que a geometria da estrutura corresponda ao pro-jeto.

O interior das fôrmas deve estar limpo e as juntasvedadas, para evitar a fuga da pasta. Nas fôrmas de pare-des, pilares ou vigas estreitas e altas, devem ser deixadasaberturas próximo ao fundo, para limpeza. Quanto às for-mas absorventes,é preciso molha-las até a saturação.

Quando as superfícies das fôrmas precisarem de tra-tamento antiaderente para facilitar a desmoldagem, essetratamento deve ser feito antes da colocação da armadu-ra. Os produtos empregados não devem deixar na super-fície do concreto resíduos que sejam prejudiciais oupossam dificultar a retomada da concretagem ou a aplica-ção de revestimentos.

ACESSO: prepare o acesso de tal forma que toda aoperação de concretagem possa ser realizada se, impedi-mentos e em um caminho firme, até o local de aplicação.

É preciso facilitar o tráfego de caminhões, de tal for-ma que não haja impedimento na entrada de um e saídade outro. O lugar de descarga deve esta localizado em pontofácil de ser alcançado sem manobras complicadas e quepossibilite a descarga no menor tempo possível.

2-RECEBIMENTO DO CONCRETO

NOTA FISCAL: em primeiro lugar, antes de iniciar-se a descarga do concreto, confira atentamente a nota fis-cal de simples remessa, verificando se:

A - A descrição do concreto é a solicitada pela a obra;B - Os dados da obra estão corretosC - Após a adição não ultrapasse o limite máximo espe-

cificado;D - Que o tempo transcorrido entre a primeira adição de

água aos materiais e o início da descarga seja supe-rior a 15 minutos. Qualquer outra adição de água

efetuada pela obra exime a REALMIX de responsa-bilidade quanto às características do concreto paratanto existe na Nota Fiscal a autorização para adiçãode água.

3-TRANSPORTE

A partir da primeira adição de água, o tempo de trans-porte que decorre desde o início da mistura até a entregado concreto, deve ser:

A - Fixada de forma que o fim do adensamento não ocor-ra após o início de pega do concreto e das camadasou partes contíguas a essa remessa (evitando a for-mação de junta fria);

B - Inferior a 90 minutos e fixado de maneira que até ofim da descarga seja de, no máximo, 150 minutos

4-LANÇAMENTO DO CONCRETO

O concreto deve ser lançado o mais próximo possí-vel de sua posição final, evitando-se incrustações de arga-massa nas paredes das fôrmas e nas armaduras.

Para os lançamentos que precisem ser feitos a seco,em recintos sujeitos a penetração de água, devem ser to-madas todas as precauções para que não haja água nolocal em que se lança o concreto ou possa o concretofresco vir a ser lavado.

Quando a altura do lançamento for muito elevadautilizam-se anteparos ou funil, para a desagregação do con-creto.

Quando o lançamento for submerso, o concreto deveter no mínimo 350 Kg de cimento por metro cúbico, terconsistência plástica e ser levado para dentro da água poruma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa noconcreto já lançada. Após o lançamento, o concreto nãodeve ser manuseado para não alterar sua forma definitiva.

5-ADENSAMENTO

Durante o lançamento do concreto e imediatamenteapós essa operação, o concreto deve ser vibrado ou soca-do contínua e energicamente, com equipamento adequa-do à trabalhabilidade do concreto. Em caso de utilizaçãode concreto Auto-adensável, o adensamento pode ser dis-pensado parcialmente.

O adensamento deve ser realizado de tal forma queo concreto preencha todos os recantos da fôrma. Durante

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o adensamento devem ser tomadas as precauções neces-sárias para que não se formem vazios a seu redor, o queprejudicaria a aderência. No adensamento manual, as ca-madas de concreto não devem exceder 20 cm. Quando seutilizarem vibradores de imersão, a espessura da camadaprecisa ser, no máximo, aproximadamente igual a 3/4 docomprimento da agulha.

6-JUNTAS DE CONCRETAGEM

Quando o lançamento do concreto for interrompidoe, assim, formar-se uma junta de concretagem, convémtomar precauções para que, ao reiniciar o lançamento, hajasuficiente ligação de concreto endurecido com o do novotrecho. Antes de reiniciar o lançamento, deve ser removi-da a nata e feita a limpeza da superfície da junta, com es-cova de aço e jato de água.

É preciso também tomar precauções para garantir aresistência aos esforços que podem agir na superfície dajunta. Isso pode ser obtido deixando-se barras cravadasou redentes no concreto mais velho.

As juntas devem localizar-se onde for menor o es-forço de cisalhamento, de preferência em posição normalaos de compressão, salvo se for demonstrado que a juntanão diminuirá a resistência da peça. O concreto deve serperfeitamente adensado até a superfície da junta. Se fornecessário, usa-se uma fôrma para garantir oadensamento. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pila-res ou paredes, o lançamento de ser interrompido no pla-no de ligação do pilar ou parede com a face inferior da lajeou viga, ou no limite inferior de mísulas e capitéis. Essainterrupção se faz necessária para evitar que o assenta-mento do concreto produza fissuras ou descontinuidadena vizinhança daquele plano.

7-CURA E OUTROS CUIDADOS

Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, oconcreto deve ser protegido contra agentes prejudiciaismudanças bruscas de temperatura, secagem, vento, chu-va forte, água torrencial, agentes químicos, bom com con-tra choques e vibrações de intensidade tal que possamproduzir fisuras no concreto ou prejudicar sua aderência àarmadura.

A proteção contra secagem prematura, pelo menosdurante os sete primeiros dias após o lançamento do con-creto (aumentando esse mínimo quando a natureza doconcreto exigir), pode ser feita mantendo a superfícieumedecida ou protegendo-a com uma película impermeá-vel. Em caso de utilização da cura com água, esta deveráser permanente, não devendo-se criar ciclos de molhagemou secagem, os quais podem comprometer a estrutura.As superfícies devem ser mantidas permanentementeúmidas.

O endurecimento do concreto pode ser antecipadopor meio de tratamento térmico adequado e devidamente

controlado, sem dispensar as medidas de proteção con-tra secagem. (fonte: ABESC)

8-RETIRANDO FÔRMAS E ESCORAMENTOS

PRAZO: a retirada das fôrmas e do escoramento sópode ser feita quando o concreto alcançar a resistência àcompressão e o módulo de elasticidade estabelecidos peloprojetista estrutural.

Se as condições acima não tiverem sido indicadasnão devem ocorrer antes dos seguintes prazos:

· faces laterais: 3 dias;· faces inferiores, mantendo pontaletes bem

encunhados e convenientemente espaçados: 14 dias;· faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias

PRECAUÇÕES: a retirada do escoramento e das fôr-mas deve ser efetuada sem choques, obedecendo a umprograma elaborado de acordo com o tipo de estrutura.

9-OBRIGAÇÕES DO CLIENTE

- Programar as solicitações das prestações de servi-ços com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência para oconcreto / argamassa convencional é 48 (quarenta e oitohoras) para o concreto e argamassa bambeável, indican-do em cada solicitação o tipo / sua resistência (Mpa) e oslump desejado.

- Tomar todas as providências necessárias para quea descarga do concreto e argamassa seja feita no modo etempos devidos, de acordo com as normas técnicas vi-gentes.

- Fornecer a mão-de-obra necessária a concretagem/ lançamento quando não bombeável e adensamento doconcreto.

- Fornece mão-de-obra necessária ao escoramentoda tubulação para bombeamento do concreto, bem comoa argamassa necessária à lubrificação da mesma antes decada concretagem.

- Responder pela resistência do concreto, no atrasode aplicação, inclusive nos casos em que o concreto fordescarregado em recipientes intermediários como porexemplo carrinhos, giricas, masseiras, etc.

- Responder por quaisquer danos ou acidentes in-termediários causados com o equipamento da REALMIX,em virtude de inadequação e/ou deficiências da vias e/oudos meios de acesso dos mesmos ao local da descargado concreto/argamassa na obra.

- Registrar a competente anotação de Responsabili-dade técnica junto ao CREA-GO, nela incluindo os servi-ços prestados pela REALMIX. (Fonte: ABESC)