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Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições B DECISÃO DA COMISSÃO de 27 de Abril de 2011 sobre a determinação das regras transitórias da União relativas à atribuição harmonizada de licenças de emissão a título gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho [notificada com o número C(2011) 2772] (2011/278/UE) (JO L 130 de 17.5.2011, p. 1) Alterado por: Jornal Oficial n.° página data M1 Decisão 2011/745/UE da Comissão de 11 de Novembro de 2011 L 299 9 17.11.2011 2011D0278 — PT — 17.11.2011 — 001.001 — 1

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  • Este documento constitui um instrumento de documentao e no vincula as instituies

    B DECISO DA COMISSO

    de 27 de Abril de 2011

    sobre a determinao das regras transitrias da Unio relativas atribuio harmonizada de licenas de emisso a ttulo gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE do

    Parlamento Europeu e do Conselho

    [notificada com o nmero C(2011) 2772]

    (2011/278/UE)

    (JO L 130 de 17.5.2011, p. 1)

    Alterado por:

    Jornal Oficial

    n. pgina data

    M1 Deciso 2011/745/UE da Comisso de 11 de Novembro de 2011 L 299 9 17.11.2011

    2011D0278 PT 17.11.2011 001.001 1

  • DECISO DA COMISSO

    de 27 de Abril de 2011

    sobre a determinao das regras transitrias da Unio relativas atribuio harmonizada de licenas de emisso a ttulo gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE do Parlamento

    Europeu e do Conselho

    [notificada com o nmero C(2011) 2772]

    (2011/278/UE)

    A COMISSO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da Unio Europeia,

    Tendo em conta a Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro de 2003, relativa criao de um regime de comrcio de licenas de emisso de gases com efeito de estufa na Comunidade e que altera a Directiva 96/61/CE do Conselho ( 1 ) e, nomeadamente, o seu artigo 10. o -A,

    Considerando o seguinte:

    (1) O artigo 10. o -A da directiva dispe que as medidas plenamente harmonizadas e a nvel da UE de atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito devem, na medida do possvel, estabelecer parmetros de referncia ex ante que assegurem que essa atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito se processe de uma forma que incentive redues das emisses de gases com efeito de estufa e tcnicas energticas eficientes, ao tomar em considerao as mais eficientes tcnicas, substitutos, processos de produo alternativos, cogerao de alta eficincia, recuperao eficiente de energia a partir de gases residuais, utilizao da biomassa e captura e armazenamento de dixido de carbono, sempre que existam as instalaes necessrias, no devendo incentivar o aumento das emisses. As atribuies devem ser fixadas antes do perodo de comrcio de emisses, a fim de permitir o bom funcionamento do mercado.

    (2) Na definio dos princpios de fixao de parmetros de referncia ex ante nos vrios sectores ou subsectores, o ponto de partida deve ser a mdia dos resultados dos 10 % de instalaes mais eficientes de um determinado sector ou subsector na UE, durante o perodo de 2007-2008. Os parmetros de referncia devem ser calculados relativamente aos produtos e no aos factores de produo, a fim de maximizar a reduo das emisses de gases com efeito de estufa e as economias em termos de eficincia energtica atravs de cada processo produtivo do sector ou subsector em causa.

    (3) A fim de estabelecer os parmetros de referncia, a Comisso consultou os interessados, incluindo os sectores e subsectores visados. As informaes necessrias para estabelecer os parmetros de referncia e os dados das instalaes relativos produo, s emisses e utilizao de energia foram recolhidos, a partir de Fevereiro de 2009, junto das associaes industriais, dos Estados- -Membros, de fontes pblica ou comercialmente disponveis e atravs de um inqurito solicitando a participao das instalaes.

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    ( 1 ) JO L 275 de 25.10.2003, p. 32.

  • (4) Na medida do possvel, a Comisso desenvolveu parmetros de referncia relativamente aos produtos, bem como aos produtos intermdios negociados entre instalaes, decorrentes das actividades enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE. Em princpio, deve definir-se um parmetro de referncia em relao a cada produto. Sempre que um produto seja um substituto directo de outro produto, devem ser ambos abrangidos pelo mesmo parmetro de referncia e pela definio do produto conexa.

    (5) A Comisso considerou que era possvel estabelecer um parmetro de referncia em relao a um produto quando, tendo em conta a complexidade dos processos de produo, existiam definies e classificaes dos produtos que permitiam verificar os dados de produo e aplicar uniformemente o parmetro de referncia em toda a Unio, para efeitos de atribuio das licenas de emisso. No foi feita qualquer diferenciao com base na geografia ou nas tecnologias, matrias-primas ou combustveis utilizados, para no distorcer as vantagens comparativas existentes na economia da Unio no que diz respeito eficincia em termos de emisses de carbono e para harmonizar adicionalmente a atribuio de licenas de emisso transitrias a ttulo gratuito.

    (6) Os valores dos parmetros de referncia devem abranger todas as emisses directas relacionadas com a produo, incluindo as emisses relacionadas com a produo de calor mensurvel utilizado no processo produtivo, independentemente de esse calor ter sido produzido in situ ou por outra instalao. Quando da fixao dos valores dos parmetros de referncia, deduziram-se as emisses relacionadas com a produo de electricidade e com a exportao de calor mensurvel, incluindo as emisses evitadas graas produo alternativa de calor ou de electricidade no caso dos processos exotrmicos ou produo de electricidade sem emisses directas. Caso no fosse possvel deduzir as emisses relativas exportao do calor mensurvel, esse calor no era elegvel para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito.

    (7) A fim de garantir que os parmetros de referncia resultam em redues das emisses de gases com efeito de estufa, no caso de alguns processos de produo em que as emisses directas elegveis para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito e as emisses indirectas da produo de electricidade, no elegveis para essa atribuio com base na Directiva 2003/87/CE, so, at certo ponto, intermutveis, foram consideradas as emisses totais, incluindo as emisses indirectas da produo de electricidade, para determinar os valores dos parmetros de referncia, de modo a assegurar a igualdade de tratamento das instalaes com utilizao intensiva de combustveis e de electricidade. Para efeitos da atribuio de licenas de emisso com base nos parmetros de referncia em causa, s deveria ter-se em conta a quota-parte de emisses directas no total de emisses, de modo a no serem atribudas licenas de emisso gratuitas s emisses relacionadas com a produo de electricidade.

    (8) Para determinar os valores dos parmetros de referncia, a Comisso utilizou como ponto de partida a mdia aritmtica dos resultados em matria de gases com efeito de estufa dos 10 % de instalaes mais eficientes em 2007 e 2008, relativamente s

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  • quais foram recolhidos dados. Alm disso, a Comisso analisou, em conformidade com o artigo 10. o -A, n. o 1, da Directiva 2003/87/CE e relativamente a todos os sectores que so objecto de um parmetro de referncia relativo a produtos indicado no anexo I, com base em informaes adicionais recebidas de vrias fontes e num estudo especfico sobre as tcnicas mais eficientes e o potencial de reduo a nvel europeu e internacional, se esses pontos de partida reflectem suficientemente as mais eficientes tcnicas, substitutos e processos de produo alternativos, a cogerao de alta eficincia, a recuperao eficiente de energia a partir de gases residuais, a utilizao da biomassa e a captura e o armazenamento de dixido de carbono, sempre que existam as instalaes necessrias. Os dados utilizados na determinao dos valores dos parmetros de referncia foram obtidos a partir de uma grande variedade de fontes, a fim de abrangerem um nmero mximo de instalaes que produziram produtos abrangidos por esses parmetros nos anos de 2007 e 2008. Numa primeira fase, foram recolhidos dados sobre os resultados em termos de gases com efeito de estufa das instalaes RCLE que produzem produtos abrangidos pelos parmetros de referncia pelas respectivas associaes sectoriais europeias, ou em nome destas, com base em regras definidas, os denominados manuais de regras sectoriais. Como referncia para esses manuais de regras, a Comisso forneceu orientaes sobre os critrios de qualidade e de verificao aplicveis aos dados utilizados na definio dos parmetros de referncia relativos ao RCLE-UE. Numa segunda fase, para complementar a recolha de dados efectuada pelas associaes sectoriais europeias, consultores contratados pela Comisso Europeia recolheram dados de instalaes no abrangidas pelos dados fornecidos pela indstria e as autoridades competentes dos Estados-Membros tambm facultaram dados e anlises.

    (9) Para garantir que os valores dos parmetros de referncia se baseiam em dados correctos e compatveis, a Comisso, apoiada por consultores, realizou verificaes aprofundadas da conformidade dos manuais de regras sectoriais e da plausibilidade dos valores inicialmente determinados a partir dos dados. Tal como sugerido nas orientaes relativas qualidade e verificao, os dados foram verificados na medida do necessrio por verificadores independentes.

    (10) S as instalaes que produzem um nico produto foram abrangidas pela recolha de dados e includas na fixao dos parmetros de referncia, ficando de fora as instalaes que produzem vrios produtos e em que no se considerou possvel imputar as emisses a cada um deles. o caso dos parmetros de referncia relativos cal, cal dolomtica, s garrafas e frascos de vidro incolor, s garrafas e frascos de vidro colorido, aos tijolos de fachada, aos blocos para pavimentos, aos ps obtidos por pulverizao, ao papel fino no revestido, ao papel tissue, ao testliner e canelura, ao carto no revestido e ao carto revestido. Para tornar os resultados mais significativos e verificar a sua plausibilidade, comparou-se a mdia dos resultados dos 10 % de instalaes mais eficientes com a literatura sobre as tcnicas mais eficientes.

    (11) Nos casos em que no havia dados disponveis, ou em que no tinham sido recolhidos dados em conformidade com a metodologia aplicvel definio dos parmetros de referncia, utilizaram- -se informaes sobre os actuais nveis de emisso e de consumo

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  • e sobre as tcnicas mais eficientes, na sua maioria baseadas nos documentos de referncia (BREF) sobre as melhores tcnicas disponveis estabelecidos nos termos da Directiva 2008/1/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro de 2008, relativa preveno e controlo integrados da poluio ( 1 ), para calcular os valores dos parmetros de referncia. Em especial, devido falta de dados sobre o tratamento de gases residuais, as exportaes de calor e a produo de electricidade, os valores dos parmetros de referncia relativos ao coque e ao metal quente foram obtidos atravs de clculos das emisses directas e indirectas, baseados em informaes relativas aos fluxos de energia pertinentes fornecidas pelos respectivos BREF e nos factores de emisso por defeito estabelecidos na Deciso 2007/589/CE da Comisso, de 18 de Julho de 2007, que estabelece orientaes para a monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa, nos termos da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho ( 2 ). No caso do parmetro de referncia relativo aos minrios sinterizados, os dados foram igualmente corrigidos com base nos fluxos de energia relevantes fornecidos pelos BREF pertinentes, atendendo combusto de gases residuais no sector.

    (12) Nos casos em que no foi possvel calcular o parmetro de referncia de um produto, mas so produzidos gases com efeito de estufa elegveis para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito, essas licenas devem ser atribudas com base em abordagens de recurso genricas. Foram formuladas trs abordagens de recurso hierarquizadas para maximizar a reduo das emisses de gases com efeito de estufa e a economia de energia, pelo menos em parte dos processos de produo em causa. O parmetro de referncia relativo ao calor aplica-se aos processos de consumo de calor em que utilizado um vector trmico mensurvel. O parmetro de referncia relativo ao combustvel aplica-se quando consumido calor no mensurvel. Os valores dos parmetros de referncia relativos ao calor e ao combustvel foram calculados com base nos princpios de transparncia e simplicidade, utilizando a eficincia de referncia de um combustvel amplamente disponvel e que possa ser considerado como o segundo melhor em termos de eficincia quanto emisso de gases com efeito de estufa, tendo em conta as tcnicas energticas eficientes. No caso das emisses resultantes de processos, as licenas de emisso devem ser atribudas com base nas emisses histricas. A fim de assegurar que a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito relativamente a essas emisses incentiva suficientemente a reduo das emisses de gases com efeito de estufa e evitar diferenas de tratamento entre as emisses resultantes de processos atribudas com base nas emisses histricas e as que se inserem nos limites do sistema de um produto abrangido por um parmetro de referncia, o nvel histrico de actividade de cada instalao deve ser multiplicado por um factor igual a 0,9700 para determinar o nmero de licenas de emisso a conceder gratuitamente.

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    ( 1 ) JO L 24 de 29.1.2008, p. 8. ( 2 ) JO L 229 de 31.8.2007, p. 1.

  • (13) A partir de 2013, todas as licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE devero obedecer a estas regras. Para pr em prtica o sistema transitrio previsto pelo artigo 10-A, n. o 11, da Directiva 2003/87/CE, nos termos do qual a quantidade de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito deve diminuir de 80 % da quantidade de licenas a atribuir em 2013 para 30 % dessa quantidade em 2020, com vista a permitir a eliminao total destas atribuies em 2027, aplicam-se os factores estabelecidos no anexo VI. Se um sector ou subsector tiver sido includo na lista definida pela Deciso 2010/2/UE da Comisso, de 24 de Dezembro de 2009, que estabelece, nos termos da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, uma lista dos sectores e subsectores considerados expostos a um risco significativo de fuga de carbono ( 1 ), estes factores no so aplicveis. As atribuies efectuadas ao abrigo da presente deciso sero tidas em conta na determinao das futuras listas de sectores ou subsectores considerados expostos a um risco significativo de fuga de carbono.

    (14) Para facilitar a recolha de dados junto dos operadores e o clculo das licenas de emisso a atribuir pelos Estados-Membros, cada instalao deve ser dividida em subinstalaes, quando necessrio. Os Estados-Membros devem assegurar que as emisses so correctamente atribudas s subinstalaes respectivas e que no h sobreposies entre as diversas subinstalaes.

    (15) Os Estados-Membros devem assegurar que os dados recolhidos junto dos operadores e utilizados para efeitos de atribuio de licenas so completos, coerentes e to precisos quanto possvel. Devem ser verificados por um verificador independente, de modo a garantir que a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito se baseia em dados slidos e fiveis. A presente deciso deve prever requisitos mnimos especficos para a recolha e a verificao dos dados, a fim de facilitar uma aplicao harmonizada e coerente das regras de atribuio.

    (16) A quantidade de licenas a atribuir gratuitamente s instalaes existentes deve ser baseada nos dados de produo histricos. A fim de garantir que o perodo de referncia , tanto quanto possvel, representativo dos ciclos industriais, abrange um perodo relevante em que h dados de boa qualidade disponveis e reduz o impacto de circunstncias especiais, como o encerramento temporrio das instalaes, os nveis histricos de actividade basearam-se na produo mediana no perodo de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008, ou, caso seja mais elevada, na produo mediana no perodo de 1 de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2010. tambm conveniente ter em conta alteraes significativas da capacidade que tenham ocorrido no perodo relevante. No caso dos novos operadores, a determinao dos nveis de actividade deve basear-se na utilizao da capacidade normal determinada com base em informaes especficas do sector ou na utilizao da capacidade especfica de cada instalao.

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    ( 1 ) JO L 1 de 5.1.2010, p. 10.

  • (17) As informaes recolhidas pelos Estados-Membros devem facilitar a aplicao da presente deciso pelas autoridades competentes e pela Comisso.

    (18) A fim de evitar distores da concorrncia e assegurar um funcionamento correcto do mercado do carbono, os Estados-Membros devem garantir, ao determinar a atribuio de licenas a cada instalao, que no se verifique dupla contagem ou dupla atribuio. Neste contexto, devero prestar especial ateno aos casos em que um produto abrangido por um parmetro de referncia produzido em mais de uma instalao, em que vrios produtos abrangidos por parmetros de referncia so produzidos na mesma instalao ou em que h troca de produtos intermdios atravs dos limites das instalaes.

    (19) Para assegurar que o regime de comrcio de licenas de emisso permite obter redues ao longo do tempo, a Directiva 2003/87/CE prev que a quantidade de licenas de emisso emitidas no conjunto da Unio diminua de forma linear. Uma vez que esta quantidade decrescente a nvel da Unio tida em conta para determinar a quantidade mxima anual de licenas de emisso nos termos do artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE, todas as licenas atribudas a ttulo gratuito com base na presente deciso a instalaes no abrangidas por essa quantidade mxima anual mencionada no artigo 10. o -A, n. o 5, devem ser ajustadas da mesma forma linear que a quantidade de licenas a nvel da Unio, utilizando o ano de 2013 como referncia.

    (20) O factor de correco transectorial uniforme aplicvel em cada ano do perodo de 2013 a 2020 a instalaes que no esto identificadas como produtoras de electricidade, nem so novos operadores, nos termos do artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE, deve ser determinado com base na quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito durante o perodo de 2013 a 2020, calculada para essas instalaes nos termos da presente deciso, incluindo as instalaes que possam ser excludas em conformidade com o artigo 27. o dessa directiva. Essa quantidade de licenas de emisso gratuitas atribudas em cada ano do dito perodo deve ser comparada com a quantidade anual de licenas calculada nos termos do artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE para as instalaes que no so produtoras de electricidade nem novos operadores, tendo em conta a respectiva quota-parte da quantidade total anual a nvel da Comunidade, determinada nos termos do artigo 9. o da dita directiva, e a quantidade correspondente de emisses que s sero includas no regime da Unio a partir de 2013.

    (21) Caso seja trocado calor mensurvel entre duas ou mais instalaes, a atribuio gratuita de licenas de emisso deve basear-se no consumo de calor de uma instalao e ter em conta o risco de fuga de carbono. Deste modo, para assegurar que o nmero de licenas de emisso gratuitas a atribuir independente da estrutura de fornecimento de calor, devem atribuir-se licenas de emisso ao consumidor de calor.

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  • (22) Para conferir mais significado aos dados disponveis sobre os resultados em termos de gases com efeito de estufa obtidos pelas instalaes abrangidas pelo regime da Unio, os parmetros de referncia relativos pasta ao bissulfito, pasta termomecnica e pasta mecnica, bem como ao papel recuperado, baseiam-se nas informaes dos BREF sobre as tcnicas mais eficientes em matria de utilizao de combustveis fsseis apenas para a fase de arranque, a utilizao de combustveis fsseis (na produo de pasta ao bissulfito, pasta termomecnica e pasta mecnica) e de energia trmica (para o papel recuperado). O clculo de um valor significativo para o parmetro de referncia relativo ao papel de jornal tambm foi baseado nas tcnicas mais eficientes em matria de utilizao da energia trmica.

    (23) A fim de ter em conta as emisses adicionais de gases com efeito de estufa que no esto reflectidas nos dados utilizados para determinar os valores dos parmetros de referncia aplicveis a algumas instalaes, em particular as emisses de metano, e assegurar que a atribuio de licenas de emisso gratuitas com base no parmetro de referncia relativo ao produto toma em considerao a eficincia dos processos em termos de emisses de gases com efeito de estufa e no cria incentivos para aumentar as emisses, os diversos pontos de medio das instalaes inseridas na curva do parmetro de referncia relativo ao cido ntrico foram corrigidos com base nas informaes sobre a mdia dessas emisses fornecidas pela indstria e nas informaes provenientes dos BREF. O parmetro de referncia relativo ao cido ntrico reflecte essa correco.

    (24) A fim de ter em conta as diferentes configuraes de refinarias, o parmetro de referncia relativo aos produtos do sector das refinarias deve basear-se na abordagem tonelada ponderada de CO 2 (CO 2 weighted tonne) (a seguir denominada CWT). Desse modo, o nico produto da refinaria corresponde CWT e a sua produo foi calculada com base em unidades de processamento genricas definidas, cada uma das quais ponderada com um factor de emisso relativo destilao do petrleo bruto, denotado como factor CWT e representativo da intensidade de emisses de CO 2 a um nvel mdio de eficincia energtica, para o mesmo tipo de combustvel normal utilizado para combusto em cada unidade de processamento e para as emisses de processo mdias dessa unidade. Nesta base, os pontos de medio utilizados para fixar o parmetro de referncia relativamente ao produto foram calculados por comparao entre as emisses efectivas e a CWT total de cada refinaria. A atribuio gratuita de licenas de emisso s refinarias , assim, corrigida para excluir a utilizao e a produo de electricidade e ser coerente com o artigo 10. o -A, n. o 1, da Directiva 2003/87/CE.

    (25) Devido grande variedade de qualidades de produtos que podem ser obtidos, os parmetros de referncia relativos cal e cal dolomtica referem-se a uma composio normalizada respeitante ao xido de clcio e ao xido de magnsio. No que respeita s emisses de combusto, foram utilizados dados das emisses de combusto especficas da produo destes produtos normalizados com base na Deciso 2007/589/CE.

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  • (26) Atendendo a que vrios parmetros de referncia relativos a produtos, como o amonaco e o carbonato de sdio anidro, partem do princpio de que todo o CO 2 resultante dos processos de produo emitido para a atmosfera, as emisses devem ser vigiadas e comunicadas em conformidade com o regulamento relativo vigilncia e comunicao de informaes relativas a emisses das actividades enumeradas no anexo I, que deve ser aprovado at 31 de Dezembro de 2011, nos termos do artigo 14. o , n. o 1, da Directiva 2003/87/CE, presumindo que todo o CO 2 produzido durante esses processos de produo foi emitido para a atmosfera, independentemente de qualquer utilizao potencial do CO 2 como matria-prima em processos de produo qumica.

    (27) O parmetro de referncia relativo ao craqueamento sob vapor no abrange as denominadas matrias-primas suplementares, produtos qumicos de elevado valor que no so produzidos no processo principal, bem como as emisses conexas, mas, quando aplicvel, essas matrias-primas suplementares devem ser tomadas em considerao para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito utilizando factores de emisso especficos.

    (28) A fim de garantir a igualdade de tratamento para a produo de aromticos nas refinarias e nas instalaes qumicas, a atribuio gratuita de licenas de emisso para os aromticos deve basear-se na abordagem CWT e deve ser aplicado o valor do parmetro de referncia relativo aos produtos de refinaria.

    (29) Considerando que, na produo de cloreto de vinilo monmero, o hidrognio , em certa medida, utilizado como combustvel substituto de combustveis convencionais como o gs natural, reduzindo-se, assim, as emisses directas do processo de combusto, mas considerando tambm que prefervel a utilizao de hidrognio como matria-prima suplementar em termos de eficincia total das emisses de gases com efeitos de estufa, o parmetro de referncia relativo ao cloreto de vinilo monmero contabiliza o uso do hidrognio como combustvel como se fosse gs natural.

    (30) A fim de assegurar a igualdade de tratamento para a produo de hidrognio e de gs de sntese nas refinarias e nas instalaes qumicas, o parmetro de referncia relativo a esses produtos deve ser baseado na abordagem CWT e no valor do parmetro de referncia relativo s refinarias. Os parmetros de referncia relativos a ambos os produtos referem-se a uma concentrao volumtrica definida do hidrognio.

    (31) Uma vez que a partir de 2013 a venda exclusivamente em leilo dever constituir a regra no sector da electricidade, tendo em conta a sua capacidade para repercutir o aumento do custo do dixido de carbono e o facto de que no devem ser atribudas licenas de emisso a ttulo gratuito para a produo da electricidade, excepto no caso da atribuio transitria de licenas de emisso a ttulo gratuito com vista modernizao da produo de electricidade e no caso da electricidade produzida a partir de gases residuais, a presente deciso no deve abranger a atribuio gratuita de licenas de emisses relativas produo ou ao consumo de electricidade. No entanto, nos termos do artigo 10. o -A, n. o 6, da Directiva 2003/87/CE, os sectores ou subsectores considerados expostos a um risco significativo de fugas de carbono podem ser compensados pelos custos relacionados com as emisses de gases com efeito de estufa repercutidos no preo da electricidade atravs de medidas financeiras aprovadas pelos Estados-Membros, em conformidade com as normas aplicveis e a aprovar pela Comisso em matria de auxlios estatais neste domnio.

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  • (32) Tambm conveniente que os parmetros de referncia relativos aos produtos tenham em conta a recuperao energtica eficiente dos gases residuais e as emisses relacionadas com a sua utilizao. Para este efeito, o teor de carbono desses gases residuais foi largamente tido em conta na determinao dos valores dos parmetros de referncia relativos a produtos cuja produo gera gases residuais. Se os gases residuais forem exportados do processo de produo para fora dos limites do sistema abrangido pelo parmetro de referncia aplicvel ao produto em causa e queimados para produzir calor fora dos limites do sistema de um processo abrangido por um parmetro de referncia definido no anexo I, as emisses conexas devem ser tidas em conta mediante a atribuio de licenas de emisso adicionais com base no parmetro de referncia relativo ao calor ou ao combustvel. luz do princpio geral de que no devem ser atribudas licenas de emisso a ttulo gratuito para a produo de electricidade, a fim de prevenir distores indevidas da concorrncia nos mercados da electricidade fornecida a instalaes industriais e tendo em conta o preo do carbono inerente electricidade, justifica-se que, quando os gases residuais so exportados do processo de produo para fora dos limites do sistema abrangido pelo parmetro de referncia aplicvel ao produto em causa e queimados com vista produo de electricidade, no sejam atribudas licenas adicionais para alm das relativas percentagem do teor de carbono dos gases residuais considerada no parmetro de referncia relativo ao produto em causa.

    (33) Os parmetros de referncia relativos aos produtos tambm tm em conta as emisses histricas da queima de gases residuais relacionados com a produo de um determinado produto, devendo o combustvel utilizado na queima de segurana ser equiparado a combustvel utilizado para produzir calor no mensurvel, de modo a ter em conta o carcter obrigatrio dessas queimas.

    (34) So necessrios investimentos considerveis para combater as alteraes climticas e reduzir a intensidade de carbono das economias. A presente deciso deve, por isso, ser aplicada de modo a fomentar o investimento em tecnologias limpas em cada um dos sectores e subsectores. Em conformidade com a Directiva 2003/87/CE, outras polticas e medidas podero complementar, no futuro, este objectivo e incentivar a utilizao eficaz das licenas de emisso para gerar investimentos substanciais em tecnologias com maior eficincia energtica. Em especial, se a quantidade final anual de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a todas as instalaes existentes, determinadas nos termos da presente deciso, for significativamente inferior quantidade mxima anual de licenas de emisso mencionada no artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE, uma alterao presente deciso poder prever incentivos para redues adicionais das emisses de gases com efeito de estufa, em conformidade com o disposto no artigo 10. o -A, n. o 1, da Directiva 2003/87/CE, mediante a atribuio de licenas s instalaes capazes de aplicar tecnologias inovadoras que reduzam adicionalmente as emisses de gases com efeito de estufa.

    (35) Os investimentos em extenses significativas da capacidade que dem acesso reserva para novos operadores prevista no artigo 10. o -A, n. o 7, da Directiva 2003/87/CE devem ser inequvocos e ter uma certa dimenso para evitar o esgotamento precoce da reserva de licenas de emisso criada para os novos operadores, distores da concorrncia e encargos administrativos indevidos, bem como para assegurar a igualdade de tratamento

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  • das instalaes em todos os Estados-Membros. Por conseguinte, conveniente definir o limiar para uma modificao significativa da capacidade em 10 % da capacidade instalada da instalao e exigir que a modificao da capacidade instalada desencadeie um nvel de actividade significativamente maior ou menor da instalao em causa. Contudo, as extenses ou redues incrementais da capacidade devem ser tidas em conta ao avaliar se esse limiar atingido.

    (36) Atendendo ao nmero limitado de licenas de emisso que consta da reserva para novos operadores, adequado avaliar, quando da atribuio de uma quantidade considervel dessas licenas de emisso a novos operadores, se garantido um acesso justo e equitativo s licenas que restam nessa reserva. luz dos resultados dessa avaliao, pode ser prevista a possibilidade de um sistema de fila de espera. A concepo e a definio dos critrios de elegibilidade de um tal sistema devem ter em conta as diferentes prticas dos Estados-Membros em termos de licenciamento, devem evitar qualquer utilizao abusiva e no oferecer incentivos reserva de licenas de emisso durante um perodo de tempo injustificado.

    (37) Para assegurar que no so atribudas licenas de emisso a ttulo gratuito a uma instalao que tenha cessado a sua actividade, a presente deciso deve prever medidas que definam essas instalaes e probam a emisso de licenas, salvo se for possvel provar que a instalao reiniciar a sua actividade num prazo determinado e razovel.

    (38) A fim de adaptar o nmero de licenas de emisso a atribuir a uma instalao que tenha cessado parcialmente a sua actividade, definiram-se limiares especficos que comparam o nvel de actividade reduzido com o nvel de actividade inicial. O nmero de licenas de emisso a atribuir deve ser, por conseguinte, ajustado em conformidade a partir do ano seguinte quele em que a instalao cessou parcialmente a sua actividade. Se uma tal instalao voltar a atingir um nvel de actividade superior aos limiares, o nmero inicial de licenas de emisso a atribuir deve ser parcial ou mesmo inteiramente restabelecido, dependendo do nvel de actividade da instalao.

    (39) Quando aplicvel, foram tidas em conta as orientaes relativas interpretao do anexo I da Directiva 2003/87/CE.

    (40) As medidas previstas na presente deciso esto conformes com o parecer do Comit das Alteraes Climticas,

    ADOPTOU A PRESENTE DECISO:

    CAPTULO I

    DISPOSIES GERAIS

    Artigo 1. o

    Objecto

    A presente deciso estabelece as regras transitrias da Unio relativas atribuio harmonizada de licenas de emisso a ttulo gratuito nos termos da Directiva 2003/87/CE, a partir de 2013.

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  • Artigo 2. o

    mbito de aplicao

    A presente deciso aplicvel atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito prevista no captulo III (instalaes fixas) da Directiva 2003/87/CE nos perodos de comrcio de licenas de emisso a partir de 2013, com excepo da atribuio transitria de licenas de emisso a ttulo gratuito com vista modernizao da produo de electricidade, ao abrigo do artigo 10. o -C da Directiva 2003/87/CE.

    Artigo 3. o

    Definies

    Para efeitos da presente deciso, entende-se por:

    a) Instalao existente, uma instalao que desenvolva uma ou mais actividades enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE ou uma actividade includa no regime da Unio pela primeira vez, nos termos do artigo 24. o da dita directiva e que:

    i) tenha obtido uma licena de emisso de gases com efeito de estufa antes de 30 de Junho de 2011 ou,

    ii) esteja efectivamente em actividade, tenha obtido todas as licenas ambientais relevantes, incluindo a licena prevista na Directiva 2008/1/CE quando aplicvel, at 30 de Junho de 2011 e cumprido at 30 de Junho de 2011 todos os outros critrios definidos no ordenamento jurdico nacional do Estado-Membro em causa, com base nos quais a instalao teria direito a receber a licena de emisso de gases com efeito de estufa.

    b) Subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, os factores de produo, rendimentos e emisses correspondentes relacionados com a produo de um produto relativamente ao qual tenha sido estabelecido um parmetro de referncia no anexo I;

    c) Subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, os factores de produo, rendimentos e emisses correspondentes no cobertos por uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos no que diz respeito produo ou importao a partir de uma instalao ou de outra entidade abrangida pelo regime da Unio, ou a ambas, de calor mensurvel que :

    consumido dentro dos limites da instalao com vista produo de produtos, produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade e ao aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade, ou

    exportado para uma instalao ou outra entidade no abrangida pelo regime da Unio, com excepo da exportao para a produo de electricidade;

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  • d) Subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis, os factores de produo, rendimentos e emisses correspondentes no cobertos por uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, relacionados com a produo de calor no mensurvel atravs da queima de combustveis consumidos com vista produo de produtos, produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade e ao aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade, incluindo a queima de segurana;

    e) Calor mensurvel, um fluxo lquido de calor transportado atravs de condutas identificveis que utilizem o calor como meio de transferncia, tais como, em especial, o vapor, o ar quente, a gua, o petrleo, metais lquidos e sais, em relao ao qual foi ou pode ser instalado um fluxmetro de calor;

    f) Fluxmetro de calor, um fluxmetro de calor na acepo do anexo MI-004 da Directiva 2004/22/CE do Parlamento Europeu e do Conselho ( 1 ) ou qualquer outro dispositivo para medir e registar a quantidade de energia trmica produzida com base nos fluxos volmicos e nas temperaturas.

    g) Calor no mensurvel, todo o calor que no o calor mensurvel;

    h) Subinstalao com emisses de processo, as emisses de gases com efeito de estufa enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE, com excepo do dixido de carbono, que ocorrem fora dos limites do sistema de um parmetro de referncia relativo a produtos enumerado no anexo I, ou as emisses de dixido de carbono que ocorrem fora dos limites do sistema de um parmetro de referncia relativo a produtos enumerado no anexo I em resultado de qualquer uma das seguintes actividades e emisses decorrentes da combusto de carbono parcialmente oxidado produzido na sequncia das actividades a seguir indicadas para fins da produo de calor mensurvel, de calor no mensurvel ou de electricidade, desde que sejam subtradas as emisses que teriam ocorrido devido combusto de uma quantidade de gs natural equivalente ao teor de energia tecnicamente utilizvel do carbono parcialmente oxidado consumido:

    i) reduo qumica ou electroltica de compostos metlicos em minrios, concentrados e materiais secundrios,

    ii) remoo de impurezas de metais e compostos metlicos,

    iii) decomposio de carbonatos, com excepo dos destinados a depurao dos gases de combusto,

    iv) snteses qumicas em que os materiais carbonados participam na reaco, para um fim primrio que no seja a produo de calor,

    v) utilizao de matrias-primas ou aditivos carbonados para um fim primrio que no seja a produo de calor;

    vi) reduo qumica ou electroltica de xidos metlicos ou xidos no metlicos como os xidos de silcio e os fosfatos;

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    ( 1 ) JO L 135 de 30.4.2004, p. 1.

  • i) Extenso significativa da capacidade, um aumento significativo da capacidade inicial instalada de uma subinstalao, com todas as seguintes consequncias:

    i) uma ou mais modificaes fsicas identificveis em relao sua configurao e funcionamento tcnicos, no limitada simples substituio de uma linha de produo existente, e

    ii) a subinstalao pode funcionar a um nvel de capacidade pelo menos 15 % superior sua capacidade inicial instalada antes da modificao da subinstalao, ou

    iii) a subinstalao com a qual esto relacionadas as modificaes fsicas apresenta um nvel de actividade significativamente superior de que resulta uma atribuio adicional de licenas superior a 50 000 licenas de emisso por ano, representando, no mnimo, 5 % do nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a essa instalao antes da modificao;

    j) Reduo significativa da capacidade, uma ou mais modificaes fsicas identificveis que resultam numa diminuio significativa da capacidade inicial instalada de uma subinstalao e do seu nvel de actividade de magnitude considerada como constituindo uma extenso significativa da capacidade;

    k) Modificao significativa da capacidade, uma extenso significativa da capacidade ou uma reduo significativa da capacidade;

    l) Capacidade adicionada, a diferena entre a capacidade inicial instalada de uma subinstalao e a capacidade instalada dessa mesma subinstalao depois de uma extenso significativa da capacidade, determinada com base na mdia dos dois meses com maiores volumes de produo nos primeiros 6 meses aps o incio do funcionamento modificado;

    m) Capacidade reduzida, a diferena entre a capacidade inicial instalada de uma subinstalao e a capacidade instalada dessa mesma subinstalao depois de uma reduo significativa da capacidade, determinada com base na mdia dos dois meses com maiores volumes de produo nos primeiros 6 meses aps o incio do funcionamento modificado;

    n) Incio do funcionamento normal, o primeiro dia verificado e aprovado de um perodo contnuo de 90 dias, ou, caso o ciclo de produo habitual no sector em causa no preveja uma produo contnua, o primeiro dia de um perodo de 90 dias dividido em ciclos de produo especficos desse sector, durante os quais a instalao funciona a, pelo menos, 40 % da capacidade permitida pelo equipamento tomando em considerao, quando adequado, as condies de funcionamento especficas da instalao;

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  • o) Incio do funcionamento modificado, o primeiro dia verificado e aprovado de um perodo contnuo de 90 dias, ou, caso o ciclo de produo habitual no sector em causa no preveja uma produo contnua, o primeiro dia de um perodo de 90 dias dividido em ciclos de produo especficos desse sector, durante o qual a subinstalao modificada funciona a, pelo menos, 40 % da capacidade modificada permitida pelo equipamento tomando em considerao, quando adequado, as condies de funcionamento especficas da subinstalao;

    p) Queima de segurana, a combusto de combustveis piloto e de quantidades muito variveis de gases de processo ou residuais numa unidade aberta a perturbaes atmosfricas, que seja explicitamente exigida, por razes de segurana, pelas autorizaes pertinentes da instalao;

    q) Agregado privado, uma unidade residencial na qual as pessoas providenciam, individualmente ou em grupos, pela satisfao das suas necessidades em termos de calor mensurvel;

    r) Verificador, indivduo ou organismo de verificao competente e independente, responsvel pela execuo do processo de verificao e pela comunicao dos respectivos resultados, de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Estado-Membro em conformidade com o anexo V da Directiva 2003/87/CE;

    s) Garantia razovel, nvel de garantia elevado mas no absoluto, expresso positivamente no parecer de verificao, quanto presena ou ausncia de inexactides materiais nos dados sujeitos a verificao;

    t) Nvel de garantia, o grau em que o verificador considera, nas concluses da verificao, que foi comprovada a presena ou ausncia de inexactides materiais nos dados apresentados relativamente a uma instalao;

    u) Inexactido material, uma inexactido substancial (omisses, imprecises e erros, sem considerar a incerteza admissvel) nos dados apresentados que, de acordo com a avaliao profissional do verificador, pode afectar a utilizao subsequente dos dados pela autoridade competente no clculo da atribuio das licenas de emisso.

    Artigo 4. o

    Autoridade competente e arredondamento

    1. Os Estados-Membros devem tomar as disposies administrativas adequadas, incluindo a designao da autoridade ou autoridades competentes, nos termos do artigo 18. o da Directiva 2003/87/CE, com vista aplicao da presente deciso.

    2. Todos os clculos relativos ao nmero de licenas efectuados em conformidade com a presente deciso so arredondados licena de emisso mais prxima.

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  • CAPTULO II

    INSTALAES EXISTENTES

    Artigo 5. o

    Identificao das instalaes

    1. Cada Estado-Membro deve identificar todas as instalaes situadas no seu territrio e elegveis para atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE.

    2. Cada Estado-Membro deve identificar tambm todos os geradores de electricidade que produzem calor e as pequenas instalaes, as quais podem ser excludas do regime da Unio nos termos do artigo 27. o da Directiva 2003/87/CE.

    Artigo 6. o

    Diviso em subinstalaes

    1. Para efeitos da presente deciso, os Estados-Membros devem dividir cada instalao elegvel para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito ao abrigo do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE em uma ou mais das seguintes subinstalaes, consoante o necessrio:

    a) Uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos;

    b) Uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor;

    c) Uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis;

    d) Uma subinstalao com emisses de processo.

    As subinstalaes devem corresponder, na medida do possvel, a partes fsicas da instalao.

    No caso das subinstalaes abrangidas por um parmetro de referncia relativo ao calor, das subinstalaes abrangidas por um parmetro de referncia relativo a combustveis e das subinstalaes com emisses de processo, os Estados-Membros devem distinguir claramente, com base nos cdigos NACE e Prodcom, se o processo em causa serve ou no um sector ou subsector considerado exposto a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE da Comisso.

    Quando uma instalao abrangida pelo regime da Unio tiver produzido e exportado calor mensurvel para uma instalao ou outra entidade no abrangida pelo regime da Unio, os Estados-Membros devem considerar que o processo relevante da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor no serve, nesse caso, um sector ou subsector considerado exposto a um risco significativo de fuga de carbono, como determinado pela Deciso 2010/2/UE da Comisso, excepto se a autoridade competente considerar que o consumidor do calor mensurvel pertence a um sector ou subsector que se considere estar exposto a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE.

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  • 2. A soma dos factores de produo, rendimentos e emisses de cada subinstalao no deve exceder os factores de produo, rendimentos e emisses totais da instalao.

    Artigo 7. o

    Recolha de dados de base

    1. Em relao a cada instalao existente elegvel para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito nos termos do artigo 10. o -A da Directiva 2003/87/CE, incluindo instalaes que apenas funcionam ocasionalmente, em especial as que so mantidas de reserva ou em stand-by e as que operam sazonalmente, os Estados-Membros devem recolher junto do operador, relativamente a todos os anos do perodo de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008, ou de 1 Janeiro 2009 a 31 de Dezembro de 2010, quando aplicvel, em que a instalao esteve a funcionar, todas as informaes e dados pertinentes respeitantes a cada um dos parmetros enumerados no anexo IV.

    2. Os Estados-Membros devem recolher os dados relativos a cada subinstalao separadamente. Se necessrio, os Estados-Membros podem solicitar ao operador que faculte mais dados.

    Se 95 % dos factores de produo, rendimentos e correspondentes emisses da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis ou da subinstalao com emisses de processo, servirem sectores ou subsectores que se considere estarem expostos a um risco significativo de fuga de carbono conforme determinado pela Deciso 2010/2/UE, ou quando 95 % dos factores de produo, rendimentos e correspondentes emisses da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis ou da subinstalao com emisses de processo, servirem sectores ou subsectores no considerados como estando expostos a um risco significativo de fuga de carbono, os Estados-Membros podem dispensar o operador de apresentar dados atendendo distino em termos de risco de fuga de carbono.

    3. Os Estados-Membros devem exigir ao operador que apresente a capacidade inicial instalada de cada subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, determinado do seguinte modo:

    a) Em princpio, a capacidade inicial instalada deve ser a mdia dos 2 maiores volumes de produo mensais no perodo de 1 de Janeiro de 2005 a 31 Dezembro 2008, pressupondo que a subinstalao tenha funcionado com essa carga durante 720 horas por ms em 12 meses por ano;

    b) Caso no seja possvel determinar a capacidade inicial instalada nos termos da alnea a), proceder-se- a uma verificao experimental da capacidade da subinstalao, sob a superviso de um verificador, a fim de garantir que os parmetros utilizados so tpicos do sector em causa e que os resultados da verificao experimental so representativos.

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  • 4. Quando houver uma modificao significativa da capacidade de uma subinstalao entre 1 de Janeiro de 2005 e 30 de Junho de 2011, os Estados-Membros exigiro ao operador que apresente, para alm da capacidade inicial instalada dessa subinstalao, determinada nos termos do n. o 3 at ao incio do funcionamento modificado, a capacidade adicionada ou, quando aplicvel, a capacidade reduzida, bem como a capacidade instalada da subinstalao aps uma modificao significativa da capacidade, determinada com base na mdia dos dois meses com maiores volumes de produo nos primeiros 6 meses aps o incio do funcionamento modificado. Os Estados-Membros consideraro esta capacidade instalada da subinstalao aps uma modificao significativa da capacidade como a capacidade inicial instalada da subinstalao ao avaliar qualquer outra modificao significativa da capacidade.

    5. Os Estados-Membros devem obter, registar e documentar os dados de forma a permitir uma utilizao adequada dos mesmos pela autoridade competente.

    Os Estados-Membros podem solicitar ao operador que utilize um modelo electrnico ou especificar um modelo de ficheiro para a apresentao dos dados. Contudo, os Estados-Membros aceitaro que os operadores utilizem qualquer modelo electrnico ou modelo de ficheiro publicado pela Comisso para efeitos da recolha de dados ao abrigo deste artigo, salvo se o modelo electrnico ou modelo de ficheiro do Estado-Membro implicar a introduo, pelo menos, dos mesmos dados.

    6. Os factores de produo, os rendimentos e as emisses correspondentes relativamente aos quais s existam dados referentes instalao no seu conjunto, devem ser proporcionalmente imputados s respectivas subinstalaes, do seguinte modo:

    a) Quando forem produzidos produtos diferentes, um aps outro, na mesma linha de produo, os factores de produo, os rendimentos e as emisses correspondentes sero imputados sequencialmente com base no tempo de utilizao por ano para cada subinstalao;

    b) Caso no seja possvel imputar os factores de produo, os rendimentos e as correspondentes emisses conforme previsto na alnea a), estes sero imputados com base na massa ou no volume de cada um dos produtos produzidos ou em estimativas baseadas no rcio de entalpias livres das reaces qumicas envolvidas ou baseadas noutra chave de distribuio adequada que seja corroborada por uma metodologia cientfica slida.

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  • 7. Os Estados-Membros devem exigir aos operadores a apresentao de dados completos e coerentes e garantir que no se verifiquem sobreposies entre subinstalaes nem dupla contagem. Os Estados-Membros devem assegurar, em particular, que os operadores empreendam as devidas diligncias e apresentem dados com o mais elevado nvel de preciso possvel, por forma a proporcionar uma garantia razovel quanto integridade dos dados.

    Para este fim, os Estados-Membros devem assegurar que cada operador tambm apresente um relatrio metodolgico contendo, nomeadamente, uma descrio da instalao, a metodologia de recolha aplicada, as diferentes fontes de dados, as etapas de clculo e, se for caso disso, os pressupostos formulados e a metodologia aplicada para imputar as emisses s respectivas subinstalaes, em conformidade com o n. o 6. Os Estados-Membros podem obrigar o operador a demonstrar a exactido e a exaustividade dos dados fornecidos.

    8. Caso faltem dados, os Estados-Membros devem exigir ao operador que justifique devidamente essa falta.

    Os Estados-Membros devem exigir ao operador que substitua todos os dados em falta por estimativas prudentes baseadas, nomeadamente, nas melhores prticas industriais, nos conhecimentos cientficos e tcnicos recentes, antes ou, o mais tardar, durante a verificao a efectuar pelo verificador.

    Caso os dados estejam parcialmente disponveis, entende-se por estimativa prudente que o valor extrapolado no seja superior a 90 % do valor obtido quando se utilizam os dados disponveis.

    Se no existirem dados disponveis sobre os fluxos de calor mensurvel provenientes da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, poder calcular-se um valor aproximado a partir do consumo de energia correspondente, multiplicado pela eficincia medida da produo de calor conforme verificada por um verificador. Caso no haja dados disponveis sobre a eficincia, aplicar-se- uma eficincia de referncia de 70 % ao correspondente consumo de energia da produo de calor mensurvel.

    9. Mediante solicitao, cada Estado-Membro deve colocar os dados recolhidos com base no disposto nos n. os 1 a 6 ao dispor da Comisso.

    Artigo 8. o

    Verificao

    1. No processo de recolha de dados previsto no artigo 7. o , os Estados-Membros s devem aceitar os dados que tenham sido verificados e considerados satisfatrios por um verificador. O processo de verificao deve estar relacionado com o relatrio metodolgico e com os parmetros comunicados, referidos no artigo 7. o e no anexo IV. A verificao incidir sobre a fiabilidade, a credibilidade e a exactido dos dados fornecidos pelo operador e servir de base a um parecer em que seja declarado, com segurana razovel, se os dados apresentados esto ou no isentos de inexactides materiais.

    2. Os Estados-Membros devem assegurar que o verificador independente do operador, realiza as suas actividades com profissionalismo, probidade e objectividade e tem um bom conhecimento:

    a) Das disposies da presente deciso, bem como das normas e orientaes relevantes;

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  • b) Dos requisitos legislativos, regulamentares e administrativos relevantes para a actividade sujeita a verificao;

    c) Da produo de todas as informaes relacionadas com cada parmetro ou fonte de emisso existente na instalao, em especial no que diz respeito recolha, medio, clculo e comunicao de dados.

    3. Complementarmente aos requisitos estabelecidos na Deciso 2007/589/CE, os Estados-Membros devem garantir o cumprimento dos seguintes requisitos mnimos, na sua totalidade:

    a) Que o verificador planificou e efectuou a verificao com uma atitude de cepticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstncias de que resultem inexactides materiais nas informaes e dados comunicados;

    b) Que o verificador s validou os parmetros comunicados determinados com um elevado grau de certeza. Para estabelecer esse elevado grau de certeza, o operador deve demonstrar que:

    i) os parmetros comunicados so coerentes,

    ii) a recolha dos parmetros foi efectuada de acordo com as normas ou orientaes cientficas aplicveis,

    iii) os registos relevantes da instalao so completos e coerentes.

    c) Que o verificador iniciou o processo de verificao com uma anlise estratgica de todas as actividades relevantes realizadas na instalao e tem uma perspectiva geral de todas as actividades e da sua importncia para efeitos da atribuio de licenas de emisso;

    d) Que o verificador teve em conta as informaes contidas no ttulo de emisso de gases com efeito de estufa ou noutras autorizaes ambientais relevantes, como a licena prevista nos termos da Directiva 2008/1/CE, em especial ao avaliar a capacidade inicial instalada da subinstalao;

    e) Que o verificador analisou os riscos inerentes e os riscos de controlo relacionados com o mbito e a complexidade das actividades do operador e com os parmetros de atribuio, que possam levar a inexactides materiais e elaborou um plano de verificao no seguimento desta anlise dos riscos;

    f) Que o verificador efectuou uma visita ao local, quando adequado, a fim de inspeccionar o funcionamento dos medidores e sistemas de monitorizao, realizar entrevistas e recolher informaes e provas suficientes. Se considerar que no oportuna uma visita ao local, o verificador deve poder justificar plenamente a sua deciso a uma autoridade adequada;

    g) Que o verificador executou o plano de verificao, reunindo dados segundo os mtodos de amostragem definidos, realizando testes presenciais, anlises de documentos, procedimentos analticos e de reviso de dados, incluindo todos os elementos adicionais pertinentes, com base nos quais o verificador basear o seu parecer de verificao;

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  • h) Que o verificador solicitou ao operador que fornecesse os dados eventualmente em falta ou que completasse seces da pista de auditoria, explicasse variaes dos parmetros ou dos dados relativos s emisses, revisse clculos ou adaptasse os dados comunicados;

    i) Que o verificador preparou um relatrio de verificao interna. O relatrio de verificao deve registar dados que provem que a anlise estratgica, a anlise de riscos e o plano de verificao foram plenamente executados e apresentar informaes suficientes para justificar os pareceres de verificao. O relatrio de verificao interna deve igualmente facilitar uma potencial avaliao da auditoria por parte da autoridade competente e do organismo de acreditao.

    j) Que o verificador fez um juzo quanto ao facto de os parmetros comunicados conterem ou no inexactides materiais e haver ou no outras questes relevantes para o parecer de verificao, com base nas constataes constantes do relatrio de verificao interna;

    k) Que o verificador apresentou a metodologia de verificao, as suas constataes e o parecer de verificao num relatrio de verificao dirigido ao operador e a apresentar por este autoridade competente, juntamente com o relatrio metodolgico e os parmetros comunicados.

    4. Os Estados-Membros no devem atribuir licenas de emisso a ttulo gratuito a uma instalao se os dados relativos mesma no tiverem sido verificados como satisfatrios.

    Os Estados-Membros s podem decidir atribuir licenas de emisso a ttulo gratuito a uma instalao quando os dados relativos mesma no tenham sido verificados como satisfatrios, se considerarem que as lacunas nos dados conducentes ao juzo do verificador se devem a circunstncias excepcionais e imprevisveis que no podiam ser evitadas, mesmo com a maior diligncia, e que escaparam ao controlo do operador da instalao em causa, nomeadamente circunstncias como catstrofes naturais, guerra, ameaa de guerra, actos terroristas, revolues, motins, sabotagem ou actos de vandalismo.

    5. Quando da verificao, os Estados-Membros devem assegurar, nomeadamente, que no existem sobreposies entre subinstalaes nem dupla contagem.

    Artigo 9. o

    Nvel histrico de actividade

    1. Relativamente s instalaes existentes, os Estados-Membros devem determinar os nveis histricos de actividade de cada instalao, para o perodo de referncia de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008, ou, caso sejam mais elevados, para o perodo de referncia de 1 de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2010, com base nos dados recolhidos nos termos do artigo 7. o .

    2. O nvel histrico de actividade relacionada com o produto, relativamente a cada produto para o qual foi determinado um parmetro de referncia mencionado no anexo I, deve referir-se produo histrica anual mediana desse produto na instalao em causa, durante o perodo de referncia.

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  • 3. O nvel histrico de actividade relacionada com o calor deve referir-se importao mediana anual histrica a partir de uma instalao abrangida pelo regime da Unio ou produo, ou a ambas durante o perodo de referncia, de calor mensurvel consumido nos limites da instalao para a produo de produtos, para a produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade, para o aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade ou exportado para instalaes ou outra entidade no abrangidas pela regime da Unio com excepo da exportao para a produo de electricidade, expresso em terajoules por ano.

    4. O nvel histrico de actividade relacionado com os combustveis deve referir-se ao consumo histrico mediano anual de combustveis utilizados na produo do calor no mensurvel consumido na produo de produtos, na produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade e no aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade, incluindo as queimas de segurana, durante o perodo de referncia, expresso em terajoules por ano.

    5. No caso das emisses de processo, ocorridas em relao com a produo de produtos na instalao em causa, durante o perodo de referncia mencionado no n. o 1, o nvel histrico de actividade relacionado com os processos deve referir-se s emisses de processo histricas medianas anuais, expressas em toneladas de equivalente de dixido de carbono.

    6. Para efeitos da determinao dos valores medianos mencionados nos n. os 1 a 5 apenas sero tidos em conta os anos civis durante os quais a instalao tenha funcionado durante pelo menos um dia.

    Se a instalao tiver funcionado durante menos de dois anos civis nos perodos de referncia relevantes, os nveis histricos de actividade sero calculados com base na capacidade inicial instalada de cada subinstalao, determinada de acordo com a metodologia definida no artigo 7. o , n. o 3, multiplicada pelo factor de utilizao da capacidade relevante, de acordo com o estabelecido no artigo 18. o , n. o 2.

    7. Em derrogao do n. o 2, os Estados-Membros devem determinar o nvel histrico de actividade relacionado com os produtos relativo aos produtos a que so aplicveis os parmetros de referncia mencionados no anexo III, com base na produo histrica mediana anual, de acordo com as frmulas indicadas no mesmo anexo.

    8. As instalaes existentes que apenas funcionem ocasionalmente, incluindo, nomeadamente, as instalaes mantidas em reserva ou em stand-by e as instalaes que operam sazonalmente e que no tenham funcionado pelo menos durante um dia num dado ano civil do perodo de referncia, devem ser tidas em considerao quando da determinao dos valores medianos referidos no n. o 1, quando estejam satisfeitas todas as condies seguintes:

    a) Seja claramente demonstrado que a instalao utilizada ocasionalmente, nomeadamente que funciona regularmente como uma capacidade em stand-by ou de reserva, ou a nvel sazonal;

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  • b) A instalao esteja abrangida por um ttulo de emisso de gases com efeito de estufa e por todos os outros ttulos relevantes exigidos pelo ordenamento jurdico nacional do Estado-Membro para o funcionamento da instalao;

    c) Seja tecnicamente possvel iniciar a actividade a curto prazo e a manuteno seja realizada regularmente.

    9. Caso uma instalao existente tenha sofrido uma extenso significativa da capacidade ou uma reduo significativa da capacidade, entre 1 de Janeiro de 2005 e 30 de Junho de 2011, os nveis histricos de actividade da instalao em causa sero a soma dos valores medianos determinados em conformidade com o n. o 1, sem a modificao significativa da capacidade, e dos nveis histricos de actividade da capacidade adicionada ou reduzida.

    Os nveis histricos de actividade da capacidade adicionada ou reduzida sero a diferena entre as capacidades iniciais instaladas de cada subinstalao que tenha sido objecto de uma modificao significativa da capacidade determinada de acordo com o artigo 7. o , n. o 3, at ao incio do funcionamento modificado, e a capacidade instalada aps a modificao significativa da capacidade determinada de acordo com o artigo 7. o , n. o 4, multiplicada pela utilizao histrica mdia da capacidade da instalao em causa nos anos anteriores ao incio do funcionamento modificado.

    Artigo 10. o

    Atribuio a nvel de cada instalao

    1. Com base nos dados recolhidos nos termos do artigo 7. o , os Estados-Membros devem calcular, em cada ano, o nmero de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a partir de 2013 a cada instalao existente no seu territrio em conformidade com os n. os 2 a 8.

    2. Para efectuar esse clculo, os Estados-Membros devem determinar primeiramente o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a cada subinstalao separadamente, da seguinte forma:

    a) Para cada subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a um dado ano corresponder ao valor desse parmetro de referncia mencionado no anexo I, multiplicado pelo nvel histrico de actividade relativo ao produto em causa;

    b) Para:

    i) a subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, o nmero anual preliminar das licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a um dado ano corresponder ao valor do parmetro de referncia relativo ao calor mensurvel mencionado no anexo I, multiplicado pelo nvel histrico de actividade respeitante ao consumo de calor mensurvel,

    ii) a subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a um dado ano corresponder ao valor do parmetro de referncia mencionado no anexo I, multiplicado pelo nvel histrico de actividade respeitante ao combustvel consumido,

    iii) a subinstalao com emisses de processo, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a um dado ano corresponder ao nvel histrico de actividade relacionada com o processo, multiplicado por 0,9700.

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  • 3. Na medida em que o calor mensurvel seja exportado para agregados privados e o nmero anual preliminar de licenas de emisso determinado de acordo com o estabelecido no n. o 2, alnea b), subalnea i), relativamente a 2013 seja inferior s emisses histricas anuais medianas relacionadas com a produo de calor mensurvel exportado para agregados privados por essa subinstalao no perodo de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Dezembro de 2008, o nmero anual preliminar de licenas de emisso para 2013 ser ajustado dessa diferena. Em cada um dos anos do perodo de 2014 a 2020, o nmero anual preliminar de licenas de emisso determinado de acordo com o n. o 2, alnea b), subalnea i), ser ajustado na medida em que o nmero anual preliminar das licenas de emisso relativas a esse ano seja inferior a uma percentagem das emisses histricas anuais medianas supramencionadas. Esta percentagem ser de 90 % em 2014 e ser reduzida de 10 pontos percentuais em cada ano subsequente.

    4. Para efeitos da aplicao do artigo 10. o -A, n. o 11, da Directiva 2003/87/CE, os factores mencionados no anexo VI sero aplicados ao nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito determinado em relao a cada subinstalao, nos termos do n. o 2 do presente artigo, para o ano em causa, caso os processos realizados nessas subinstalaes sirvam sectores ou subsectores que se considere no estarem expostos a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE.

    Caso os processos realizados nessas subinstalaes sirvam sectores ou subsectores que se considere estarem expostos a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE, o factor a aplicar em relao aos anos de 2013 e 2014 ser de 1. Os sectores ou subsectores que tenham o factor 1 para os anos de 2015 a 2020 sero determinados nos termos do artigo 10. o -A, n. o 13, da Directiva 2003/87/CE.

    5. Se no mnimo 95 % do nvel histrico de actividade da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis ou da subinstalao com emisses de processo, servirem sectores ou subsectores que se considere estarem expostos a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE, considera-se que a subinstalao no seu conjunto est exposta a um risco significativo de fuga de carbono.

    Se no mnimo 95 % do nvel histrico de actividade da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo ao calor, da subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a combustveis ou da subinstalao com emisses de processo, servirem sectores ou subsectores que se considere no estarem expostos a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE, considera-se que a subinstalao no seu conjunto no est exposta a um risco significativo de fuga de carbono.

    6. O nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a subinstalaes que receberam calor mensurvel de subinstalaes que produzem produtos abrangidos pelos parmetros de referncia relativos ao cido ntrico mencionados no anexo I deve ser reduzido pelo consumo histrico anual desse calor, durante o perodo de referncia mencionado no artigo 9. o , n. o 1, multiplicado pelo valor do parmetro de referncia relativo a esse calor mensurvel, mencionado no anexo I.

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  • 7. A quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a cada instalao ser a soma dos nmeros anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a todas as subinstalaes, calculados em conformidade com os n. os 2, 3, 4, 5 e 6.

    Se uma instalao incluir subinstalaes que produzam pasta de papel (pasta kraft de fibra curta, pasta kraft de fibra longa, pasta termomecnica e pasta mecnica, pasta ao bissulfito ou outra pasta no abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos) que exportem calor mensurvel para outras subinstalaes tecnicamente conexas, a quantidade total preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito s ter em conta, sem prejuzo dos nmeros anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a outras subinstalaes da instalao em causa, o nmero preliminar anual de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito na medida em que esses produtos de pasta produzidos nessa subinstalao sejam colocados no mercado e no sejam transformados em papel na mesma instalao ou em instalaes tecnicamente conexas.

    8. Quando determinarem a quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a cada instalao, os Estados-Membros devem assegurar que no haja dupla contagem das emisses e que a atribuio no seja negativa. Designadamente, se um produto intermdio abrangido por um parmetro de referncia relativo a produtos, de acordo com a definio dos respectivos limites do sistema estabelecida no anexo I, for importado por uma instalao, as emisses no devero ser objecto de dupla contagem aquando da determinao da quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito s duas instalaes em causa.

    9. A quantidade final total anual de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a cada instalao existente, excepto instalaes abrangidas pelo artigo 10. o -A, n. o 3, da Directiva 2003/87/CE, ser a quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a cada instalao, determinada em conformidade com o n. o 7, multiplicada pelo factor de correco transectorial determinado nos termos do artigo 15. o , n. o 3.

    No caso das instalaes abrangidas pelo artigo 10. o -A, n. o 3, da Directiva 2003/87/CE e elegveis para a atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito, a quantidade final total anual de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito corresponder quantidade total anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a cada instalao, determinada nos termos do n. o 7, ajustada anualmente pelo factor linear referido no artigo 10.-A, n. o 4, da Directiva 2003/87/CE, utilizando a quantidade total preliminar anual das licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito instalao em causa em 2013, como referncia.

    Artigo 11. o

    Atribuio respeitante ao craqueamento sob vapor

    Em derrogao do artigo 10. o , n. o 2, alnea a), o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito para uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos relacionada com a produo de produtos qumicos de elevado

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  • valor (a seguir denominados QEV) corresponder ao valor do parmetro de referncia relativo ao craqueamento sob vapor mencionado no anexo I, multiplicado pelo nvel histrico de actividade determinado em conformidade com o anexo III e multiplicado pelo quociente das emisses directas totais, incluindo emisses de calor lquido importado durante o perodo de referncia mencionado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, expressas em toneladas de equivalente de dixido de carbono, e da soma dessas emisses directas totais com as emisses indirectas relevantes durante o perodo de referncia referido no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, calculadas de acordo com o estabelecido no artigo 14. o , n. o 2. Ao resultado deste clculo sero adicionadas 1,78 toneladas de dixido de carbono por tonelada de hidrognio, vezes a produo histrica mediana de hidrognio a partir de matrias-primas suplementares expressas em toneladas de hidrognio, 0,24 toneladas de dixido de carbono por tonelada de etileno, vezes a produo histrica mediana de etileno a partir de matrias-primas suplementares expressas em toneladas de etileno e 0,16 toneladas de dixido de carbono por toneladas de QEV, vezes a produo histrica mediana de outros qumicos de elevado valor para alm do hidrognio e do etileno a partir de matrias-primas suplementares, expressas em toneladas de QEV.

    Artigo 12. o

    Atribuio respeitante ao cloreto de vinilo monmero

    Em derrogao do artigo 10. o , n. o 2, alnea a), o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito para uma subinstalao relacionada com a produo de cloreto de vinilo monmero (a seguir denominado CVM) corresponder ao valor do parmetro de referncia relativo ao CVM, multiplicado pelo nvel histrico de actividade da produo de CVM, expresso em toneladas e multiplicado pelo quociente das emisses directas resultantes da produo de CVM, incluindo as emisses de calor importado lquido no perodo de referncia indicado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, calculadas em conformidade com o artigo 14. o , n. o 2, expressas em toneladas de equivalente de dixido de carbono e a soma dessas emisses directas com as emisses relacionadas com o hidrognio utilizado na produo de CVM, no perodo de referncia mencionado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, expressas em toneladas de equivalente de dixido de carbono, calculadas com base no consumo histrico de calor proveniente da combusto de hidrognio expressas em terajoules (TJ), vezes 56,1 toneladas de dixido de carbono por TJ.

    Artigo 13. o

    Fluxos de calor entre instalaes

    Se uma subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos incluir calor mensurvel importado a partir de uma instalao ou outra entidade no includa no regime da Unio, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito para a subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos em causa, determinado nos termos do artigo 10. o , n. o 2, alnea a), ser reduzido da quantidade de calor historicamente importado de uma instalao ou de outra entidade no abrangida pelo regime da Unio no ano em causa, multiplicado pelo valor do parmetro de referncia aplicvel ao calor mensurvel estabelecido no anexo I.

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  • Artigo 14. o

    Substituibilidade entre o combustvel e a electricidade

    1. Tomando em considerao a substituibilidade entre o combustvel e a electricidade, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito para cada subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos mencionado no anexo I corresponder ao valor do parmetro de referncia relativo ao produto em causa, estabelecido no anexo I, multiplicado pelo nvel histrico de actividade relacionado com o produto e multiplicado pelo quociente das emisses directas totais, incluindo as emisses de calor importado lquido, no perodo de referncia mencionado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, expressas em toneladas de equivalente de dixido de carbono e da soma dessas emisses directas totais com as emisses indirectas relevantes no perodo de referncia mencionado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso.

    2. Para efectuar o clculo previsto no n. o 1, as emisses indirectas relevantes referem-se ao consumo de electricidade relevante conforme especificado na definio de processos e emisses abrangidos pelo anexo I durante o perodo de referncia indicado no artigo 9. o , n. o 1, da presente deciso, expressos em megawatt-horas, com vista produo do produto em causa, vezes 0,465 toneladas de dixido de carbono por megawatt-hora e expressos em toneladas de dixido de carbono.

    Para efeitos do clculo a efectuar em conformidade com o disposto no n. o 1, as emisses de calor importado lquido referem-se quantidade de calor mensurvel para a produo do produto em causa importado de instalaes abrangidas pelo regime da Unio durante o perodo de referncia indicado no artigo 9. o , n. o 1 da presente deciso, multiplicadas pelo valor do parmetro de referncia relativo ao calor indicado no anexo I.

    CAPTULO III

    DECISES DE ATRIBUIO

    Artigo 15. o

    Medidas nacionais de aplicao

    1. Em conformidade com o disposto no artigo 11. o , n. o 1, da Directiva 2003/87/CE, os Estados-Membros devem apresentar Comisso, at 30 de Setembro de 2011, uma lista de instalaes abrangidas pela Directiva 2003/87/CE no seu territrio, incluindo as instalaes identificadas nos termos do artigo 5. o , utilizando o modelo electrnico fornecido pela Comisso.

    2. A lista mencionada no n. o 1 deve conter, nomeadamente, em relao a cada instalao existente:

    a) A identificao da instalao e dos seus limites utilizando o cdigo de identificao da instalao no DIOC;

    b) A identificao de cada subinstalao da instalao;

    c) Em relao a cada subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, a capacidade inicial instalada juntamente com os volumes anuais de produo do produto em causa no perodo entre 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Dezembro de 2008;

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  • d) Para cada instalao e subinstalao, informaes sobre se ela pertence ou no a um sector ou subsector considerado exposto a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE;

    e) Para cada subinstalao, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito durante o perodo de 2013 a 2020, determinado em conformidade com o artigo 10. o , n. o 2;

    f) Complementarmente alnea d), no caso das subinstalaes que no servem um sector ou subsector considerado exposto a um risco significativo de fuga de carbono, tal como determinado pela Deciso 2010/2/UE, os nmeros anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito vo diminuindo anualmente em quantidades iguais, ao longo do perodo de 2013 a 2020, desde 80 % da quantidade determinada de acordo com o artigo 10. o , n. o 4, em 2013, at 30 % dessa quantidade em 2020;

    g) Para cada instalao, as quantidades totais anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito durante o perodo de 2013 a 2020, determinadas em conformidade com o artigo 10. o , n. o 6.

    A lista tambm deve identificar todos os geradores elctricos que produzem calor e as pequenas instalaes que podem ser excludas do regime da Unio nos termos do artigo 27. o da Directiva 2003/87/CE.

    3. Aps a recepo da lista mencionada no n. o 1 do presente artigo, a Comisso deve avaliar a incluso de cada instalao mencionada na lista e as respectivas quantidades totais anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito.

    Depois da notificao efectuada por todos os Estados-Membros das quantidades totais anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito durante o perodo de 2013 a 2020, a Comisso deve determinar o factor de correco transectorial uniforme mencionado no artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE. O factor ser determinado por comparao entre a soma das quantidades totais anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a instalaes que no so produtoras de electricidade em cada ano do perodo de 2013 a 2020, sem aplicao dos factores mencionados no anexo VI, com a quantidade anual de licenas calculada nos termos do artigo 10. o -A, n. o 5, da Directiva 2003/87/CE para as instalaes que no so produtoras de electricidade nem novos operadores, tendo em conta a respectiva quota-parte da quantidade anual a nvel da Unio, determinada nos termos do artigo 9. o dessa directiva, e a quantidade pertinente de emisses que s sero includas no regime da Unio a partir de 2013.

    4. Se a Comisso no rejeitar a inscrio de uma instalao nessa lista, incluindo as respectivas quantidades totais anuais preliminares de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito a essa instalao, o Estado-Membro em causa proceder determinao da quantidade final anual de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito para cada ano do perodo de 2013 a 2020, em conformidade com o artigo 10. o , n. o 9, da presente deciso.

    5. Aps determinao da quantidade anual final relativa a todas as instalaes existentes no respectivo territrio, os Estados-Membros devem apresentar Comisso uma lista das quantidades anuais finais de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito durante o perodo de 2013 a 2020, determinadas de acordo com o disposto no artigo 10. o , n. o 9.

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  • Artigo 16. o

    Alteraes quanto exposio ao risco de fuga de carbono

    No prazo de trs meses a contar da adopo da lista mencionada no artigo 10. o -A, n. o 13, da Directiva 2003/87/CE para os anos de 2015 a 2020 ou da adopo de uma adio lista determinada pela Deciso 2010/2/UE da Comisso para os anos de 2013 e 2014, cada Estado- -Membro deve rever a lista mencionada no artigo 15. o , n. o 1, da presente deciso, indicando claramente as alteraes a fugas de carbono a que se consideram expostas as instalaes e subinstalaes e a respectiva quantidade anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito, quando aplicvel, e apresentar essa lista Comisso.

    CAPTULO IV

    NOVOS OPERADORES E ENCERRAMENTO DE INSTALAES

    Artigo 17. o

    Pedido de atribuio de licenas de emisso a ttulo gratuito

    1. A pedido de um novo operador, os Estados-Membros devem determinar, com base nas presentes regras, a quantidade de licenas a atribuir a ttulo gratuito quando a instalao em causa iniciar a sua actividade normal e quando tiver sido determinada a sua capacidade inicial instalada.

    2. Os Estados-Membros s aceitaro os pedidos que sejam apresentados autoridade competente no prazo de um ano aps o incio do funcionamento normal da instalao ou subinstalao em causa.

    3. Os Estados-Membros devem dividir a instalao em causa em subinstalaes, de acordo com o estabelecido no artigo 6. o da presente deciso, e exigir ao operador que apresente autoridade competente, juntamente com o pedido mencionado no n. o 1, todas as informaes e dados relevantes sobre cada parmetro enumerado no anexo V em relao a cada subinstalao, separadamente. Se necessrio, os Estados-Membros podem exigir ao operador que apresente dados mais desagregados.

    4. Para as instalaes referidas no artigo 3. o , alnea h), da Directiva 2003/87/CE, com excepo das instalaes que tenham sido objecto de extenso significativa aps 30 de Junho de 2011, os Estados-Membros exigiro ao operador que determine a capacidade inicial instalada de cada subinstalao em conformidade com a metodologia estabelecida no artigo 7. o , n. o 3, utilizando o perodo contnuo de 90 dias com base no qual o incio do funcionamento normal determinado como referncia. Os Estados-Membros aprovaro esta capacidade inicial instalada de cada subinstalao antes de proceder ao clculo da atribuio a efectuar instalao.

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  • 5. Os Estados-Membros s aceitaro os dados apresentados nos termos do presente artigo que tenham sido verificados como satisfatrios por um verificador, em conformidade com os requisitos estabelecidos no artigo 8. o , a fim de garantir que os dados comunicados so fiveis e correctos.

    Artigo 18. o

    Nveis de actividade

    1. Em relao s instalaes mencionadas no artigo 3. o , alnea h), da Directiva 2003/87/CE, com excepo das instalaes que foram objecto de uma extenso significativa aps 30 de Junho de 2011, os Estados- -Membros devem determinar os nveis de actividade de cada instalao da seguinte forma:

    a) O nvel de actividade relacionada com o produto ser, para cada produto relativamente ao qual foi determinado um parmetro de referncia mencionado no anexo I, a respectiva capacidade inicial instalada para a produo desse produto da instalao em causa, multiplicada pelo factor normal de utilizao da capacidade;

    b) O nvel de actividade relacionado com o calor deve referir-se capacidade inicial instalada para a importao a partir de instalaes abrangidas pelo regime da Unio ou produo, ou ambas, de calor mensurvel consumido nos limites da instalao para a produo de produtos, para a produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade, para o aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade ou exportado para uma instalao ou outra entidade no abrangida pela regime da Unio com excepo da exportao para a produo de electricidade, multiplicado pelo factor de utilizao da capacidade pertinente;

    c) O nvel de actividade relacionado com os combustveis deve referir- -se capacidade inicial instalada para o consumo de combustveis utilizados na produo do calor no mensurvel consumido na produo de produtos ou na produo de energia mecnica com excepo da utilizada para a produo de electricidade e para o aquecimento ou arrefecimento com excepo do consumo para a produo de electricidade, incluindo as queimas de segurana, da instalao em causa, multiplicado pelo factor de utilizao da capacidade relevante;

    d) O nvel de actividade relacionada com os processos deve ser a capacidade inicial instalada de produo de emisses de processo da unidade de processamento, multiplicada pelo factor de utilizao da capacidade pertinente.

    2. O factor de utilizao da capacidade normal mencionado no n. o 1, alnea a), ser determinado e publicado pela Comisso, com base na recolha de dados realizada pelos Estados-Membros em conformidade com o artigo 7. o da presente deciso. Para cada parmetro de referncia relativo a produtos estabelecido no anexo I, ser o percentil 80 dos factores anuais mdios da capacidade de utilizao de todas as instalaes que produzem o produto em causa. O factor anual mdio de utilizao da capacidade de cada instalao que produz o produto em causa corresponder produo anual mdia no perodo de 2005 a 2008, dividida pela capacidade inicial instalada.

    B

    2011D0278 PT 17.11.2011 001.001 30

  • O factor de utilizao da capacidade relevante referido no n. o 1, alneas b) a d), ser determinado pelos Estados-Membros com base em informaes devidamente fundamentadas e verificadas independentemente sobre o funcionamento normal previsto da instalao, a manuteno, o ciclo de produo normal, tcnicas energticas eficientes e utilizao tpica da capacidade no sector em causa em comparao com informaes especficas de um dado sector.

    Ao determinar o factor de utilizao da capacidade relevante referido no n. o 1, alnea d), em conformidade com o perodo anterior, os Estados- -Membros devem tambm ter em conta as informaes devidamente fundamentadas e verificadas independentemente sobre a intensidade em emisses dos factores de produo e de tcnicas eficientes em termos de emisso de gases com efeito de estufa.

    3. No caso das instalaes que foram objecto de uma extenso significativa da capacidade aps 30 de Junho de 2011, os Estados-Membros devem determinar, em conformidade com o n. o 1, apenas os nveis de actividade relativos capacidade adicionada das subinstalaes a que a extenso significativa da capacidade diz respeito.

    No caso das instalaes que foram objecto de uma reduo significativa da capacidade aps 30 de Junho de 2011, os Estados-Membros devem determinar, em conformidade com o n. o 1, apenas os nveis de actividade relativos capacidade reduzida das subinstalaes a que a reduo significativa da capacidade diz respeito.

    Artigo 19. o

    Atribuio de licenas de emisso a novos operadores

    1. Para efeitos da atribuio de licenas de emisso a novos operadores, com excepo das atribuies s instalaes mencionadas no terceiro travesso do artigo 3. o , alnea h), da Directiva 2003/87/CE, os Estados-Membros devem calcular o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito, a partir do incio do funcionamento normal da instalao, em relao a cada subinstalao separadamente, da seguinte forma:

    a) Para cada subinstalao abrangida por um parmetro de referncia relativo a produtos, o nmero anual preliminar de licenas de emisso atribudas a ttulo gratuito em relao a um dado ano corresponder ao valor do parmetro de referncia do produto em causa, multiplicado pelo nvel de actividade com este relacionado;

    b) Para cada subinstalao abrangida por um parmetro de