b-023 bruno aurelio camolezi
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8/6/2019 B-023 Bruno Aurelio Camolezi
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ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA HIDROGRFICA DO
RIBEIRO SANTO INCIO, ESTADO DO PARAN, BRASIL
Bruno Aurlio Camolezi
Susana Volkmer
Universidade Estadual de Maring
Programa de Ps-Graduao em Geografia - Mestrando em Geografia
Av. Colombo 5.790, Bloco H-12, Zona 7, Maring PR, Brasil
Universidade Estadual de Maring
Departamento de Geografia - Docente
Av. Colombo 5.790, Bloco J-12, Zona 7, Maring PR, Brasil
RESUMO
Este trabalho teve o objetivo de elaborar o zoneamento geoambiental da bacia
hidrogrfica do ribeiro Santo Incio (BHRSI), a partir da anlise integrada dos
elementos da paisagem. Tal estudo visa suprir a falta de informaes sobre a
rea, principalmente quelas pertinentes ao meio fsico. Para isso foram
levantadas informaes sobre a geologia, a geomorfologia, o clima, os solos, a
hidrografia, a vegetao, o uso do solo e a fragilidade ambiental. Estes dados
permitiram a definio de quatro unidades de p aisagens, a saber: unidade
Santo Incio (USI); unidade Imbiaaba (UI); unidade Alto Alegre (UAA); e
unidade Mendeslndia (UM). O resultado desse zoneamento revelou:
predomnio de fragilidades baixas a muito baixas (em USI, UI e UAA), exceto
nas reas de relevo mais acentuado (UM), indicao das unidades USI e UAA
para agricultura mecanizada, da unidade UI para pastagem, e da unidade UM,para agricultura familiar. As capacidades de uso das unidades mapeadas
podem auxiliar no planejamento, tanto regional, qua nto ambiental.
Palavras-chave: zoneamento geoambiental, fragilidade ambiental, unidades de
paisagem, ribeiro Santo Incio.
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1. Introduo
Importante fator a ser pesquisado a fim de se planejar e gerir o territrio,
a Geomorfologia uma rea da Geografia que estuda o relevo, priorizando a
sua gnese e suas relaes com outros aspectos fsico -econmicos
caracterizando uma anlise integrada da paisagem.
Alm da Geomorfologia, a Pedologia, a Geologia, a Biogeografia, bem
como a Hidrografia e a Climatologia, expressam intrnsecas relaes entre si,
e, de certa forma, subsidiam o planejamento ambiental.
Sprl (2001) e Ross (2004), afirmam que qualquer alterao nos
diferentes componentes da natureza (relevo, solo, vegetao, clima e recursos
hdricos) acarreta no comprometimento do sistema, quebrando o seu equilbrio
dinmico. Assim, os componentes naturais do ambiente podem sofrer
alteraes naturais, sejam elas endgenas ou exgenas, e antrpicas.
A fim de se reduzir os impactos provocados pelo homem, so realizados
estudos geogrficos referentes s potencialidades de uso do solo, aos
mapeamentos de zonas de risco aplicadas ao deslizamento de s olos, aos
riscos de queimada, e fragilidade ambiental. Alm disso, uma gama de
produtos cartogrficos e anlises integradas podem ser realizadas para reduzir
impactos ao meio.
O zoneamento geoambiental consiste em se definir unidades que
expressem relaes e caractersticas semelhantes entre si, podendo auxiliar no
planejamento e gesto territorial. Segundo Freitas Filho et al. (1996, p. 151), o
zoneamento geoambiental [...] pode ser considerado um ponto de partida para
um planejamento que visa o aproveitamento racional dos recursos naturais,
adequado pelas suas potencialidades e pelo equilbrio ambiental.
Outro importante instrumento para o planejamento ambiental o
mapeamento da fragilidade ambiental do meio pesquisado. Sprl (2001) versa
que o mapeamento da fragilidade ambiental identifica e analisa os ambientes
em funo de sua fragilidade. Pode-se assim, apontar reas com graus defragilidade menor, as quais favorecem determinados tipos de insero, e
tambm reas com maior fragilidade, nas quais so exigidas aes
tecnicamente mais adequadas a essas condies.
De acordo com Reis Nakashima (2001), a carta de fragilidade ambiental
importante para o entendimento da fragilidade relevo -solo, frente
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interveno desordenada do homem e da sociedade sobre os recursos da
natureza.
No presente trabalho, buscou-se identificar, mapear e realizar anlises
sobre as unidades de paisagem da bacia hidrogrfica do ribeiro Santo Incio,
priorizando aspectos geolgicos, geomorfolgicos, pedolgicos, biogeogrficos,
hidrogrficos, climatolgicos e scio-econmicos da referida bacia. Estes
aspectos, analisados de maneira conjunta, serviram de base para o estudo das
unidades geoambientais propostas, bem como para o zoneamento
geoambiental da BHRSI.
1.1 Localizao da rea de estudo
A bacia hidrogrfica do ribeiro Santo Incio, situa -se na regio Sul do
Brasil, ao Norte do Estado do Paran, abrangendo uma rea de 390,9 km,
limitada pelos paralelos 2237'53.02"S ao Norte, e 2257'13.68"S, ao Sul. O
limite leste da bacia corresponde ao meridiano 5142'33.9"W, e o limite oeste,
ao meridiano 51556.94"W (Figura 1).
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Figura 1:Localizao da rea de estudo
Fonte:Camolezi (2010)
2. Objetivos
O objetivo principal do trabalho visa propor um zoneamento ambiental na
bacia hidrogrfica do ribeiro Santo Incio, visando estabelecer classes de
instabilidade potencial ambiental que subsidiem o planejamento ambiental da
referida bacia.
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3. Materiais e Mtodos
A primeira fase de elaborao do trabalho consistiu no levantamento
bibliogrfico dos dados do meio fsico e scio -econmico.
A segunda etapa do trabalho consi stiu no levantamento de produtos
cartogrficos e do sensoriamento remoto. Para a elaborao da base
cartogrfica digital utilizou-se as cartas topogrficas de Santo Incio, Folha SF-
22-Y-B-V-1 (IBGE, 1973a), Colorado, Folha SF-22-Y-B-V-3 (IBGE, 1978), e da
carta de Centenrio do Sul, Folha SF-22-Y-B-V-4 (IBGE, 1973b). Foi tamb
disponobilizada imagem TOPODATA, de resoluo espacial d e 30m (fonte:
imagem SRTM (Shuttle Radar TopographyMission) .
Com o auxlio do software Global Mapper v. 11.0 as cartas foram
georreferenciadas para que pudessem ser inseridas nos Sistemas deInformaes Geogrficas utilizados.
Utilizando-se do software Spring v.5.0.5 (Instituto Nacional de
Pesquisas - INPE http://www.inpe.br), as cartas j georreferenciadas , foram
vetorizadas, priorizando os dados altimtricos e dados da rede de drenagem.
Por meio do banco de dados georrefenciado foi possvel delimitar a bacia do
ribeiro Santo Incio, e definir a sua rea.
Na etapa seguinte procedeu-se: elaborao das cartas hipsomtrica,
clinomtrica e pedolgica, adaptao da carta geolgica (MINEROPAR
(2006), ao mapeamento das unidades de paisagem,
Considerando-se as informaes supracitadas, adotou-se a metodologia
de Ross (1994) para a elaborao da fragilidade ambiental da bacia em estudo.
3. Resultados
3.1Geologia
A BHRSI parte integrante da Bacia Sedimentar do Paran, uma grande
Bacia intracratnica sul-americana, preenchida por rochas sedimentares e
vulcnicas, com idades do Siluriano ao Cretceo. As litologias encontradas na
rea equivalem s formaes Caiu (Kc), de origem elico-fluvial, Santo
Anastcio (Ksa), com sedimentos de plancie aluvial, e Adamantina (Ka), de
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origem fluvial. Encontram-se ainda, rochas vulcnicas da Formao Serra
Geral, representadas por basaltos do Jurssico (JKsg) (Figura 2).
Figura 2:Geologia da bacia do ribeiro Santo Incio.
Fonte:Camolezi (2010)
3.
2 Geomorfologia
A rea de estudo est inserida no Planalto de Maring (Santos et al.,
2006), situada no Terceiro Planalto Paranaense (Maack, 1948) . As formas
predominantes so os topos alongados e aplainados, com vertentes convexas
e vales em V. A direo geral da morfologia NW/SE, modelada
preferencialmente sobre rochas da Formao Serra Geral. As altitudes
compreendidas na rea de estudo so de 284,1 m e 542,9 m (Figura 3).
Quanto declividade, foram definidas 5 classes: < 6%, entre 6 e 12%, entre 12
e 20%, entre 20 e 30% e > 30% (Figura 4).
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Figura 3:Variao altimtrica da bacia do ribeiro Santo Incio.
Fonte:Camolezi (2010)
Figura 4:Declividade da bacia do ribeiro Santo Incio.
Fonte:Camolezi (2010)
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3.3 Pedologia
De acordo com EMBRAPA/EMATER (1999), ocorrem na rea de estudo
nas altas vertentes, Latossolo Vermelho distrfico tpico (LVd), textura mdia, e
nas mdias e baixas vertentes, Argissolo Vermelho distrfico tpico (PVd),
textura arenosa a mdia. Prximo foz do ribeiro Santo Incio, onde afloram
rochas baslticas da Formao Serra Geral, h Nitossolo Vermelho eutrofrrico
tpico (NVef). O mapa de solos da BRSI pode ser visto na figura 5.
Figura 5:Solos da bacia do ribeiro Santo Incio.
Fonte:Camolezi (2010)
3.4 Fragilidade ambiental
A partir da metodologia de Ross (1994), utilizada para a definio da
fragilidade ambiental da rea de estudo, considerou-se, como varivel
importante de anlise, a declividade, alm do tipo de solo e do uso do solo
(quadro 1). Foram identificadas cinco classes de fragilidade, sendo elas: muito
baixa, baixa, mdia, alta e muito alta. Conforme mostra a figura 6, a grande
maioria da rea de estudo apresenta fragilidade muito fraca ou fraca, e apenas
cerca de 10% da rea apresenta fragilidade mdia, forte ou muito forte.
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A friabilidade do material rochoso intemperizado, e a ausncia de
cobertura vegetal original em alguns setores da BHRSI propiciam maior
vulnerabilidade degradao ambiental .
Classe de
Fragilidade Descrio das Classes baseada na declividade
1.1.1
Declividades inferiores a 6% com presena de
Nitossolo Vermelho com textura argilosa e cobertura
vegetal natural
1.3.1
Declividades inferiores a 6% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura vegetal natural
1.3.3 Declividades inferiores a 6% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura vegetal do tipo
pastagem
1.3.4
Declividades inferiores a 6% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura vegetal do tipo
agricultura temporria
2.3.1
Declividades entre 6 e 12% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura vegetal natural
2.3.3
Declividades entre 6 e 12% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura do tipo
pastagem
2.3.4
Declividades entre 6 e 12% com presena deLatossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura do tipo
agricultura temporria
3.3.3 Declividades entre 12 e 20% com presena de
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Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura do tipo
pastagem
3.3.4
Declividades entre 12 e 20% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura do tipo
agricultura temporria
4.3.3
Declividades entre 20 e 30% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura do tipo
pastagem
4.4.4
Declividades entre 20 e 30% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho comtextura arenosa a mdia e cobertura do tipo
agricultura temporria
5.3.3
Declividades Superiores a 30% com presena de
Latossolo Vermelho ou Argissolo Vermelho com
textura arenosa a mdia e cobertura vegetal do tipo
pastagem
Quadro 1 Classes de fragilidade ambiental da bacia do ribeiro Santo Incio
PR.
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Figura 6:Fragilidade ambiental da bacia hidrogrfica do ribeiro Santo Incio
PR.
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3.5 unidades geoambientais
A integrao dos dados geolgicos, geomorfolgicos, pedolgicos, de
vegetao, de hidrografia, fragilidade ambiental e dados scio -econmicos
auxiliaram no estabelecimento de quatro unidades geoambientais (Figura 7).
As unidades que compem o zoneamento geoambiental da bacia hid rogrfica
do ribeiro Santo Incio so: Unidade Santo Incio, Unidade Imbiaaba,
Unidade Alto Alegre e Unidade Mendeslndia.
3.1.1 Unidade santo incio
A unidade Santo Incio (USI) est localizada ao Norte da rea de
estudo, desde a confluncia do ribeiro Santo Incio com o rio Paranapanema
at prximo ao centro da BHRSI. As formaes geolgicas dominantes nesta
unidade correspondem s formaes Serra Geral (basaltos), e Santo Anastcio
(arenitos e lamitos de plancie fluvial).
O relevo plano a suave ondulado, com presena de baixos
topogrficos; as vertentes so dominantemente retilneas, convexas e amplas.
A densidade de drenagem baixa. Os solos so de tipo Latossolo Vermelho,
Argissolo Vermelho, e Nitossolo Vermelho, devid o grande quantidade de
rochas baslticas.
Acredita-se que esta unidade deva favorecer processos acrecionais ,
tendo em vista a presena de baixios, e do represamento do rio Paranapanema
nas imediaes da foz do ribeiro Santo Incio, com este rio, a parti r da
construo da Usina Hidroeltrica de Taquaruu em 1989.
Alm disso, a paisagem local sofreu influncia do intenso
desmatamento, da cultura canavieira, e das pastagens. A associao de todos
os fatores citados permitiu a determinao de uma fragilidade ambiental muito
baixa, para a unidade Santo Incio (USI).
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Figura 7:Unidades Geoambientais da bacia do ribeiro Santo Incio
3.1.2 Unidade imbiaaba
A unidade Imbiaaba (UI) est localizada na p arte oeste da rea de
estudo. Do ponto de vista geolgico predominam arenitos elicos da Formao
Caiu, ocorrendo ainda arenitos e lamitos da Formao Santo Anastcio, e
basaltos da Formao Serra Geral junto ao curso do ribeiro Santo Incio.
Quanto s caractersticas geomorfolgicas, esta unidade apresenta
dominncia de vertentes convexas e de densidade de drenagem mdia, do tipo
subdendrtico, com canais de primeira ordem.
O solo apresenta profundidade alta e textura arenosa ou mdia ; so
solos de tipo Latossolos Vermelhos nas altas vertentes, e Argissolos
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Vermelhos nas mdias e baixas vertentes, conforme descrevem Nakashima
(1999), e Gasparetto (1999).
Nas reas de baixa declividade prevalece a agricultura canavieira, e nas
de declividade mais acentuada, pastagem para criao de rebanho bovino.
3.1.3 Unidade Alto Alegre
A unidade Alto Alegre (UAA) est localizada no flanco Centro -Sul da
BHRSI. Nesta unidade afloram as formaes Caiu e Santo Anastcio, em
propores areais semelhantes. A Formao Adamantina ocorre nas altitudes
superiores a 480 m. As altitudes variam de 430 e 480 metros.
Do relevo, destacam-se vertentes convexas amplas, e predominam altos
estruturais, margeando toda a borda sul da BHRSI. Estas formas evidenciam ocontrole estrutural na rede de drenagem, e na constitui o do relevo. A
densidade de drenagem mdia a alta e o padro observado do tipo pinado.
Os solos, dominantemente de textura arenosa e mdia, correspondem
aos Latossolos Vermelhos e Argissolos Vermelhos.
3.1.4 Unidade Mendeslndia
A unidade Mendeslndia (UM) diferenciada das demais unidades;
caracteriza-se por um relevo acentuado, apresentando as maiores altitudes e
declividades. Esta unidade est localizada na borda sudeste da bacia, tendo
como litologia dominante, os arenitos elicos da Formao Caiu. As altitudes
variam entre 430 e 530 metros acima do nvel do mar.
Predominam vertentes convexas e declividades altas (entre 12 e 20%).
A dissecao horizontal alta, porm a vertical baixa, com algumas
excees em reas de confluncias de drenagem. O solo dominante o
Argissolo, e o tipo de uso de solo predominante para pastagem. A fragilidadeambiental predominante de grau mdio; as de grau muito alto ocorrem
associadas s declividades superiores a 30%.
Nesta unidade h a maior densidade de drenagem, com padro de tipo
dendrtico. H influencia de lineamentos estruturais dominantemente NE-SW.
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4. Consideraes Finais
Por meio da integrao dos dados levantados da bacia hidrogrfica do
ribeiro Santo Incio obteve-se quatro unidades geoambientais, para posterior
obteno do zoneamento geoambiental da referida bacia .
Em relao ao aspecto geolgico as unidades apresentaram certa
similitude, tendo em vista o domnio de litologias sedimentares, com
semelhana em sua granulao, colorao, estratificao e grau de alterao.
Por esta razo foi adotado o carter geomorfolgico, como o ponto de
diferenciao das quatro unidades.
Os nveis de fragilidade ambiental foram igualmente imp ortantes para a
obteno do zoneamento geoambiental proposto para a rea de estudo. Opredomnio de fragilidades baixas a muito baixas (exceto nas reas de relevo
mais acentuado) determinou planejamento de uso e ocupao do solo para
reas especficas da BHRSI, visando explorao de suas potencialidades,
tendo em vista o menor impacto possvel para as reas ocupadas.
Para a unidade Santo Incio recomenda-se uso de agriculturas
temporrias que necessitam de grandes reas para mecanizao. A fertilidade
natural do solo pode ser recuperada com uso de corretores de pH e insumos
agrcolas.
A unidade Imbiaaba, pode ser indicada para pastagens, contanto que
se previnam processos erosivos provocados pelo pisoteio do gado.
Na unidade Alto Alegre, apesar da dissecao elevada, a instalao de
agriculturas permanentes seria vivel, visto que esta rea apresenta uma
densidade de drenagem adequada, e o relevo no muito acentuado.
Para a unidade Mendeslndia prope-se uso de agricultura familiar, de
pequenas propriedades e cultivo de olercolas, visto que estas culturas nonecessitam de reas extensas e o solo desta unidade apresenta condies
favorveis a este tipo de cultivo (horizonte A frivel).
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Agradecimentos
Os autores agradecem ao CNPq pela concesso da bolsa de Mestrado
ao autor Bruno Aurlio Camolezi, processo nmero 132831/2011 .
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