azibo rural dez 14

8
EDITORIAL Nº 33 - Bimestral - Dezembro de 2014 - Director: Helder Fernandes Distribuíção Gratuíta T erminou mais uma época de rega, da responsabili- dade dos atuais Órgãos Sociais, a sexta, que pela negativa revelou uma diminuição de cerca de 40 ha da área regada. Foi também o Ano que a Associação fez 25 anos, que a Direcção entendeu comemorar com diversas iniciativas ao lon- go do Ano, culminando com as Jornadas comemorativas dos 25 Anos, subordinadas ao tema: Regadio do Azibo, passado, presente, que futuro?. Contou com a presença do Sr. Direc- tor Geral da Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Engº Pedro Teixeira, o Director de Serviços do Regadio, Eng.º Campeã da Mota, Chefe de Divisão, Eng.º José Pombo, e Eng.º Vitor Freitas, responsáveis máximos pelo regadio e são quem lida de mais perto com o Aproveitamento Hidroa- grícola de Macedo de Cavaleiros, a sua presença é sinal do apoio da Direcção Geral ao Regadio de Macedo e também o entendemos como apoio e reconhecimento do trabalho reali- zado pela Direcção ao longo destes seis anos. Marcaram também presença o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Professor António Afonso, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Dr. Duarte Moreno, o Sr. Vice-Presidente Engº Carlos Barroso, o Sr. Vereador Dr. Rui Costa, Representantes das Juntas, dentro do Perímetro de rega, Representantes das Associações de Beneficiários e/ou Regan- tes, que fazem parte da Federação dos Regadios Públicos do Norte, Associados e colaboradores, as Jornadas tinham como objectivo central, chamar a atenção aos responsáveis presentes para a necessidade de realizar investimentos no regadio e para a necessidade de se dar outra importância, no sentido de garantir mais e melhor futuro para o regadio. O regadio é com toda a certeza o maior investimento alguma vez feito de apoio á economia local, tendo o regadio instalado um investimento superior a cinquenta milhões de euros, que como sabemos está muito subaproveitado, e que as estruturas físicas instaladas podem potenciar a criação de riqueza no Concelho. O início deste novo Quadro Comunitário, PDR 2020, deve ser, desde já preparado no sentido de criar uma nova dinâmica na Agricultura local em articulação entre entida- des, nesse sentido, criamos já uma parceria com a COPA- DONORDESTE, Cooperativa de produtos agrícolas, com vista a potenciar o aumento da área regada, e aumentar a produção de bens agrícolas. Nesta altura Natalícia, os Órgãos Sociais da ABMC dese- jam a todos os Sócios, aos seus colaboradores, aos funcioná- rios da DGADR ao serviço do regadio de Macedo, aos Benefi- ciários e respectivas Famílias um Santo Natal e um Excelente Ano de 2015. A Direcção «Vender terra é sinal de fraqueza para as famílias, é uma tradição que está a impedir que se ceda a terra que não se utiliza.» Pág. 4 www.abmc.pt facebook.com/abmc.pt Primeiras candidaturas ao PDR2020 até 31 de Dezembro Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros 25 ANOS Pág. 6 Entrevista com Pedro Teixeira, director geral da DGADR Pág. 2 Pág. 8 Pág. 8 ABMC celebra os seus 25 anos ao lado dos sócios ABMC e COPANORDESTE estabelecem parceria Novas Eleições para a Cooperativa Agrícola A associação de regadio macedense celebrou no pas- sado dia 18 de Novembro os seus 25 anos de histó- ria e labor em prol da agricultura do concelho. O encontro que começou no Centro Cultural e terminou com um almoço convívio entre associados e amigos da ABMC contou com a presença do Director geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Pedro Teixeira, do Director regional da Agricultura e Pescas, Manuel Cardoso, dos representantes da Federação de Regadios Públicos do Norte e dos autarcas locais. A cooperativa agrícola COPANORDESTE e a ABMC es- tabeleceram um protocolo de cooperação que vai pos- sibilitar a cada uma destas organizações uma série de van- tagens, como a realização conjunta de acções de formação ou a participação em seminários, os associados irão também usufruir de algumas vantagens, como o recebimento gratui- to do jornal Azibo Rural e o acesso a preços bonificados da água do regadio. A Cooperativa Agrícola de Macedo vai de novo a elei- ções, dia 17 de Maio do próximo ano. Este é o resul- tado do processo que em tribunal contestava a legalidade do último ato eleitoral que ocorreu a 3 de Fevereiro de 2013.

Upload: aziborural

Post on 17-Nov-2015

13 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Associação de Beneficiários de Macedo de CavaleirosAZIBO RURALNº 33 - Bimestral - Dezembro de 2014 - Director: Helder Fernandeswww.abmc.pt

TRANSCRIPT

  • EDITORIAL

    N 33 - Bimestral - Dezembro de 2014 - Director: Helder Fernandes Distribuo Gratuta

    Terminou mais uma poca de rega, da responsabili-dade dos atuais rgos Sociais, a sexta, que pela negativa revelou uma diminuio de cerca de 40 ha da rea regada.Foi tambm o Ano que a Associao fez 25 anos, que a

    Direco entendeu comemorar com diversas iniciativas ao lon-go do Ano, culminando com as Jornadas comemorativas dos 25 Anos, subordinadas ao tema: Regadio do Azibo, passado, presente, que futuro?. Contou com a presena do Sr. Direc-tor Geral da Direco Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Eng Pedro Teixeira, o Director de Servios do Regadio, Eng. Campe da Mota, Chefe de Diviso, Eng. Jos Pombo, e Eng. Vitor Freitas, responsveis mximos pelo regadio e so quem lida de mais perto com o Aproveitamento Hidroa-grcola de Macedo de Cavaleiros, a sua presena sinal do apoio da Direco Geral ao Regadio de Macedo e tambm o entendemos como apoio e reconhecimento do trabalho reali-zado pela Direco ao longo destes seis anos.

    Marcaram tambm presena o Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Professor Antnio Afonso, o Sr. Presidente da Cmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Dr. Duarte Moreno, o Sr. Vice-Presidente Eng Carlos Barroso, o Sr. Vereador Dr. Rui Costa, Representantes das Juntas, dentro do Permetro de rega, Representantes das Associaes de Beneficirios e/ou Regan-tes, que fazem parte da Federao dos Regadios Pblicos do Norte, Associados e colaboradores, as Jornadas tinham como objectivo central, chamar a ateno aos responsveis presentes para a necessidade de realizar investimentos no regadio e para a necessidade de se dar outra importncia, no sentido de garantir mais e melhor futuro para o regadio.

    O regadio com toda a certeza o maior investimento alguma vez feito de apoio economia local, tendo o regadio instalado um investimento superior a cinquenta milhes de euros, que como sabemos est muito subaproveitado, e que as estruturas fsicas instaladas podem potenciar a criao de riqueza no Concelho.

    O incio deste novo Quadro Comunitrio, PDR 2020, deve ser, desde j preparado no sentido de criar uma nova dinmica na Agricultura local em articulao entre entida-des, nesse sentido, criamos j uma parceria com a COPA-DONORDESTE, Cooperativa de produtos agrcolas, com vista a potenciar o aumento da rea regada, e aumentar a produo de bens agrcolas.

    Nesta altura Natalcia, os rgos Sociais da ABMC dese-jam a todos os Scios, aos seus colaboradores, aos funcion-rios da DGADR ao servio do regadio de Macedo, aos Benefi-cirios e respectivas Famlias um Santo Natal e um Excelente Ano de 2015.

    A Direco

    Vender terra sinal de fraqueza para as famlias, uma tradio que est a impedir que se ceda a terra que no se utiliza.

    Pg. 4

    www.abmc.pt facebook.com/abmc.pt

    Primeiras candidaturas ao PDR2020 at 31 de Dezembro

    Associao de Beneficirios de Macedo de Cavaleiros

    AZIBO RURAL25ANOS

    Pg. 6Entrevista com Pedro Teixeira,

    director geral da DGADR

    Pg. 2

    Pg. 8

    Pg. 8

    ABMC celebra os seus 25 anos ao lado dos scios

    ABMC e COPANORDESTE estabelecem parceria

    Novas Eleies para a Cooperativa Agrcola

    A associao de regadio macedense celebrou no pas-sado dia 18 de Novembro os seus 25 anos de hist-ria e labor em prol da agricultura do concelho. O encontro que comeou no Centro Cultural e terminou com um almoo convvio entre associados e amigos da ABMC contou com a presena do Director geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Pedro Teixeira, do Director regional da Agricultura e Pescas, Manuel Cardoso, dos representantes da Federao de Regadios Pblicos do Norte e dos autarcas locais.

    A cooperativa agrcola COPANORDESTE e a ABMC es-tabeleceram um protocolo de cooperao que vai pos-sibilitar a cada uma destas organizaes uma srie de van-tagens, como a realizao conjunta de aces de formao ou a participao em seminrios, os associados iro tambm usufruir de algumas vantagens, como o recebimento gratui-to do jornal Azibo Rural e o acesso a preos bonificados da gua do regadio.

    A Cooperativa Agrcola de Macedo vai de novo a elei-es, dia 17 de Maio do prximo ano. Este o resul-tado do processo que em tribunal contestava a legalidade do ltimo ato eleitoral que ocorreu a 3 de Fevereiro de 2013.

  • 02 Dezembro de 2014 - AZIBO RURAL

    Director: Helder Fernandes; Redao: ABMC; Colaboradores: Amndio Salgado Carloto, Ar-mando Augusto Mendes, Hlder Fernandes, Horcio Cordeiro, Jos Carlos Trovisco Rocha, Nuno Morais; Victor Santos; Paginao: Edies Imaginarium, Lda.; Propriedade e editor:

    Associao de Beneficirios de Macedo de Cavaleiros; Impresso: Escola Tipogrfica - Bragana; 1500 exemplares Registado no ICS com o n. 125 768

    AZIBO RURALfIchA TcnIcA

    Sede: Edificio da Zona Agrria; Av Ilha do Sal; Apartado 23; 5340 951 - Macedo Cavaleiros; Telf.: 278 420 024; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected]; facebook.com/abmc.pt; Aproveitamento Hidroagricola de Macedo de Cavaleiros: Telf.: 278 420 020; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected]

    Notcias

    Os agricultores de Alfn-dega da F, no distrito de Bragana, tm gua garantida para as prximas dcadas graas a uma interveno de 1, 2 milhes de euros na reabilitao e amplia-o do permetro de rega.

    As obras esto concludas e esta interveno assume especial relevncia para o de-senvolvimento agrcola do con-celho, na medida em que veio modernizar e garantir a susten-tabilidade do regadio para os prximos 40/50 anos, infor-mou o municpio.

    As obras, da responsabilida-de da Direco Geral de Agricul-tura e Desenvolvimento Rural, permitiram tambm aumentar a rea do permetro de rega dos 196 para os 270 hectares.

    O Permetro de Rega da Barragem da Estevenha, agora reabilitado e alargado, tinha sido construdo h cerca de meio s-culo e encontrava-se em avan-ado estado de degradao, conduzindo a muitas perdas de gua e consequentemente a uma deficiente utilizao da

    mesma, segundo aponta, em comunicado, a autarquia local.

    A reabilitao vai conduzir a uma maior sustentabilidade no uso da gua, evitando desperd-cios e melhorando a eficincia e tal ter reflexos positivos na produo agrcola, acrescenta.

    A nota de imprensa do muni-cpio liderado por Berta Nunes, reala ainda que esta era uma obra h muito ansiada e reclama-da pelos agricultores, mas tam-bm pela prpria autarquia, que v nesta interveno forma de melhorar a produo, aumentar o rendimento dos agricultores e po-tenciar o aparecimento de novos projectos e investimentos.

    A expectativa de com as no-vas condies surja novas inicia-tivas de investimento, nomeada-mente na fruticultura, numa zona onde predominam o olival, amen-doal e cerejal, produes de gran-de peso econmico concelho. A gesto do regadio ser da respon-sabilidade da recentemente criada a Associao de Beneficirios.

    Fonte: Lusa

    Agricultores de Alfndega da F com regadio garantido

    Um grupo internacional de capitais maiorita-riamente chineses instalou-se em Vinhais, a zona onde se concentra a maior parte da produo portuguesa de cas-tanha, com uma unidade que vai recolher e comercializar para o mercado europeu.

    A unidade comeou a re-colher castanha j na ltima campanha e a perspectiva de que a partir do prximo ano Vinhais assegure no mnimo as necessidades da empresa-me, a Minerve, sediada na zona da Breta-nha, em Frana, h 60 anos, adiantou Lusa o represen-tante do accionista portu-gus, Filipe Pessanha.

    Este negcio abre tambm as portas do mercado euro-peu aos investidores chine-ses. A perspectiva avana-da pela representante local de que a unidade de Vinhais passe no futuro a assegurar o

    milho de quilos de castanha que processado anualmen-te em Frana.

    Numa primeira fase, a uni-dade de Vinhais dar resposta s necessidades da empresa francesa e numa fase seguin-te o projecto apresentado com a inteno de colocar tambm o produto no territ-rio portugus e noutros mer-cados como Espanha, Alema-nha, Holanda e no mercado do fresco em Frana e Itlia.

    A perspectiva avanada da criao de 14 postos de trabalho e de no prxi-mo ano comear tambm a trabalhar para o mercado do congelado.

    A zona de Vinhais, na Ter-ra Fria Transmontana concen-tra quase metade da castanha nacional, com uma produo anual que ronda as 15 mil to-neladas.

    Fonte: Lusa

    Chineses investem na castanha em Vinhais

    A Associao dos re-gantes de Macedo de Cavaleiros e a Cooperativa agrcola COPANORDESTE, re-centemente criada estabelece-ram um protocolo que ir bene-ficiar os produtores concelhios. Os objectivos desta parceria e as aces em que se traduz essa cooperao so os que abaixo se transcrevem:

    O Protocolo tem por finali-dade:

    Contribuir para a uma maior expanso da rea agrcola de regadio do Concelho; Promover a aproximao en-tre o meio rural e o meio as-sociativo, facultando meios e oportunidades de escoamento para os seus produtos.

    A cooperao proposta ser desenvolvida de acordo com as possibilidades de cada institui-o e efectuada atravs de: Realizao de formao e va-lorizao profissional dos seus

    associados e cooperadores; Participao mtua em semi-nrios, workshops e iniciati-vas pblicas. Disponibilizar em parceria, equipamentos, instalaes e apoio tcnico que as duas insti-tuies possam vir a necessitar; A ABMC, proprietria do Jornal Azibo Rural, disponibilizar COPADONORDESTE, espao participativo para publicaes de artigos tcnicos e divulgao de informao de interesse aos seus

    associados e cooperadores; Os associados e cooperado-res das duas instituies, bene-ficiaro do recebimento gratuito do Jornal Azibo Rural, bem como usufruir preos bonifica-dos na gua para regadio; Realizao de campos de en-saio, para o estudo de adapta-o e produtividade, de novas culturas emergentes no circuito de consumo de produtos agro-alimentares.

    ABMC e COPANORDESTE formam parceria para beneficiar agricultores

  • 03AZIBO RURAL - Dezembro de 2014

    O Inqurito Estrutura das Explorao Agrco-las publicado a 28 de Novem-bro tem 2013 como ltimo ano de recolha de dados e o quin-qunio de 2008 a 2012 como referncia base.

    Das variantes analisadas pelo INE, as estatsticas mos-tram o papel impulsionador do regadio na agricultura nacional. Feitas as contas, o valor de pro-duo da explorao por um hectare de superfcie agrcola utilizada (SAU) em que a rea maioritariamente regada qua-tro vezes superior mdia das restantes exploraes em Por-

    tugal, conclui o relatrio do INE.No resumo publicado, escre-

    ve o INE que o VPPT [valor de produo padro total] gerado por um hectare de superfcie agrcola utilizada nas explora-es predominantemente de re-gadio atinge os cinco mil euros. Este valor quatro vezes supe-rior mdia nacional e sete ve-zes maior que o das exploraes exclusivamente de sequeiro.

    Sobre os efeitos da irrigao na agricultura nacional, o INE destaca ainda as consequn-cias da barragem do Alqueva, que o actual Executivo espera ter concludo at ao final do

    prximo ano. O desenvolvi-mento do regadio no Alentejo, promovido pela infra-estrutura do Alqueva, comprovado pelo aumento de cerca de 20 mil hectares da superfcie regada (+10,2%) desde 2009.

    Nos mesmos cinco anos (2009 a 2013), a rea regada em Portugal aumentou, no to-tal, 2,3%: metade (50,8%) das exploraes nacionais regaram 479,8 mil hectares.

    Vinha diminui, olival cresce

    Diz ainda o relatrio do

    INE que a superfcie de cul-turas permanentes aumentou em 2,6% entre os anos 2009 e 2013 constituindo a vinha a nica exceo, dado que de-cresceu 8,8%. Para este au-mento contribuiu o crescimento da rea dedicada ao olival que aumentou 4,4 mil hectares e passou a representar 48,0% da superfcie de culturas perma-nentes observa o INE.

    Mas no perodo em anlise, o investimento na fruticultura ala-vancado pelo ProDer promoveu o aumento de culturas dos frutos de casca rija (+21,6%) e dos frutos pequenos de baga (+175,7%).

    Produo por hectare regado 7 vezes superior do sequeiro

    O resumo do Inqurito s Exploraes Agrcolas recentemente publicado pelo INE indica que se por um lado a agricultura portuguesa se en-contra um pouco mais prxima da mdia europeia (UE 28) no que diz respeito ao aumento da dimenso das exploraes, os valores da produo por explo-rao esto ainda a uma distn-cia significativa daquela mdia.

    A agricultura ocupa meta-de do territrio portugus. Em 2013 foram contabilizadas 264,4 mil exploraes agrcolas, menos 40,8 mil que em 2009 ocupando pouco mais de 4,5 milhes de hectares, ou seja, 50% do territrio nacional. Em contrapartida, a SAU [Superfcie Agrcola Utilizada] no registou grandes alteraes, mantendo-se nos 3,6 milhes de hectares (39,5% da superfcie territorial), o que se traduziu no aumento da dimenso mdia das explo-raes, que passou dos 12,0 hectares por explorao em 2009 para os 13,8 hectares em 2013, aproximando-se da mdia da UE 28 (14,4 hectares por ex-plorao) diz o relatrio.

    Contudo, se a comparao for baseada no Valor de Produ-o Total por explorao, a m-dia portuguesa que de 17,1 mil

    euros de VPPT por explorao fica muito aqum dos 25 mil eu-ros da UE 28. Tendo 2010 como referncia, a lder destacada em termos de dimenso econmi-ca por explorao a Holanda, acima dos 250 mil euros por ex-plorao, seguida da Dinamarca (200 mil euros) e da Blica.

    Espanha, que entrou na Unio no mesmo ano que Portugal, j ultrapassou os 25 mil euros por explorao europeus em 2010.

    Uma diferena que o INE in-terpreta dizendo que os dados revelam a realidade portuguesa de uma agricultura baseada em exploraes de pequena di-menso econmica cuja ges-to maioritariamente feita por produtores envelhecidos (os mais idosos da UE 28) e que em larga maioria tm apenas formao prtica. Do relatrio destaca-se ainda a percenta-gem de produtores que vivem exclusivamente da agricultu-ra, apenas 6,2% sendo que a maioria complementa o seu rendimento com penses e re-formas (65,3%).

    Empresarializao cresce

    Apesar de representarem apenas 3,8% do total de ex-ploraes agrcolas do pas, as

    Produo agrcola portuguesa aqum das mdias europeias

    empresas agrcolas exploram quase um tero da Superfcie Agrcola Utilizada, e 45% do efetivo pecurio produzido por estas empresas diz o INE.

    As 10 mil sociedades agr-colas contabilizadas at De-zembro de 2013 apresentam, segundo o INE, caractersticas muito distintas das explora-es de cariz mais familiar. Em mdia, cada sociedade agrcola explora 114 hectares de SAU e 93 cabeas normais [de gado], respetivamente 12 e

    21 vezes mais que os produ-tores singulares, alm de a dimenso das exploraes ser consideravelmente maior, subli-nha o INE.

    A empresarializao da agricultura, expressa pelo cres-cimento do nmero de socieda-des agrcolas, tem contribudo para o aumento da eficincia do sector devido adopo de processos de gesto mais pro-fissionais e economias de esca-la, argumenta ainda o relatrio do INE relativo a 2013.

    fonte: agroportal.pt

  • 04 Dezembro de 2014 - AZIBO RURAL

    EntrevistaEntrevista: Pedro Miguel Costa da Silva Teixeira, director geral da DGADR

    Ou as pessoas se juntam ou continuamos com uma agricultura de subsistncia

    O director da Direco Geral

    da Agricultura e Desenvolvi-

    mento Rural, Pedro Teixeira,

    foi um dos convidados a

    participar na celebrao

    dos 25 anos da Associao

    de Beneficirios do regadio

    macedense. O responsvel

    da DGADR, reafirmou a

    necessidade de promover

    junto dos agricultores locais

    a utilizao da terra abran-

    gida pelo sistema de rega, e

    a regularizao da situao

    fiscal das propriedades rs-

    ticas, em particular aderin-

    do Bolsa de Terras.

    Como est a correr a bol-sa de terras?

    Bom, a Bolsa de Terras um projeto com uma matura-o longa, no um projeto de curto prazo e neste mo-mento podemos falar de al-gum sucesso, no sentido em que temos 14 mil hectares de terras disponibilizadas, o que significativo. Abrimos um concurso para 25 terras do Estado que teve 160 ofertas e ai se v o interesse que h e a expectativa que havia. H algum constrangimento cultu-ral, e vejo aqui em Macedo, pessoas que querem terra mas no conseguem, mas h terra. Vender terra sinal de fraqueza para as famlias, uma tradio que penso que est a impedir, em parte, que se ceda a terra que no se utiliza. As pessoas preferem deix-la abandonada. A emi-grao outro problema, mas tambm pode ser uma opor-

    tunidade se nos mobilizarmos no sentido certo.

    As cooperativas, as autar-quias, as juntas de freguesia e todos os grupos de ao local podem e devem limpar essa m ideia, porque no normal que haja investimento, que haja necessidade de ter-ra e que ela esteja parada e tenhamos um aproveitamen-to hidroagrcola com apenas 15% de utilizao.

    O que preciso mais

    para atrair pessoas, para mudar essa mentalidade? Porque esses 14 mil hecta-res so significativos, mas existem muitos mais

    Estes 14 mil hectares so maioritariamente do Estado, no s [mas sobretudo] atra-vs das direes regionais de agricultura, que identificaram algum patrimnio que no ti-nha fim prprio. O Estado tem que deter alguma terra, seja para investigao cientfica, mecenato, etc. Esta terra veio

    por parte pblica da ESTA-MO, REFER, ESTRADAS DE PORTUGAL e tantas outras entidades que esto interes-sadas e aderiram disponi-bilizao de terras, usando como veculo, a nossa plata-forma que uma montra de publicitao de terras.

    Agora o que preciso mu-dar? Mentalidades e atrair jo-vens para a terra.

    Aqui, nesta zona particular, onde a estrutura de proprieda-de muito fragmentada e as

  • 05AZIBO RURAL - Dezembro de 2014

    propriedades so pequenas, ou as pessoas se juntam ou formam parcerias que permi-tam ganhar rea e dimenso, ou continuamos com uma agricultura de subsistncia, com fracos rendimentos, de part-time e no empresarial e competitiva.

    Associado a esta ques-to da Bolsa de Terras est tambm a do Cadastro da Propriedade Rstica. As pessoas para alm de no venderem, tambm no tm a propriedade registada.

    O Cadastro em Portugal um problema. A soluo de se fazer o Cadastro como sem-pre se fez muito cara. Por-tanto h que identificar todas as possibilidades e todas as ferramentas. Algum falou de 600 a mil milhes de euros para se poder fazer o cadastro tradicional, que montarmos balco, mandar os topgrafos terra, comearem a falar com as pessoas, pr marcos e depois fazer reclamaes sucessivas e ouvir pessoas e conflitos de geraes e her-deiros. O Estado est ali a montar balco, e no fim deci-de, marca e produz uma car-ta com um dono, escreve na conservatria e nas finanas. O que acontece que ns te-mos vrios sistemas que pro-duzem informao de base cadastral, que so ferramen-tas como as que o IFAP tem, o parcelrio. Temos informa-o obtida por via das expro-priaes, por via de projetos de emparcelamento. Essa informao tem de ser recu-perada e integrada, e penso eu, com uma grande partici-pao do poder autrquico, porque s quem est l que conhece o territrio. Esta pro-blemtica tinha que ser uma conscincia generalizada, s que as pessoas no tm mo-tivao, porque sabem que no pagam impostos e depois no usam e no vendem. um problema sociolgico.

    Aquela ideia de que, ou se faz gesto da terra ou tem que se pagar, pode vir a funcionar?

    Agora h pouco tempo, o projeto de lei da fiscalidade verde, comeava j a [fun-cionar] na floresta. Por exem-plo, quem tem floresta gerida tem uma iseno de 15% ou no paga IMI. O mesmo ser aplicado para a parte agr-cola, quem trata da terra di-

    gamos que est a trabalhar em prol da comunidade, est a trabalhar com um produ-to transacionvel, est por exemplo a manter um terreno que no arde no perodo de fogos, est por isso a contri-buir para o ordenamento do territrio. Ferramentas como a bolsa de terras permitem uma iseno de 75% na atu-alizao da propriedade, se est em nome do avozinho, de herdeiros, etc. As pessoas podem aproveitar, deixam a terra na bolsa para arrendar ou para vender com um ga-rante total de confidencialida-de, ningum identificado e

    as pessoas podem aproveitar isto para regularizarem a si-tuao da terra. Seno, sa-bemos que custa bastante di-nheiro qualquer ato de registo no notariado.

    Falou no incio do pa-pel das associaes. O que pode fazer mais, uma as-sociao de regantes com atividade limitada, tomando como exemplo, a Associa-o de Beneficirios de Ma-cedo de Cavaleiros?

    As associaes de regan-tes tm um poder, que co-nhecimento, conhecem as pessoas. So entidades que gerem o territrio que devia ser conhecido, porque tem que cobrar taxas, porque tem que entregar a taxa dos re-

    cursos hdricos Agncia do Ambiente, portanto tem poder. Conhecem o territrio, tem o cadastro da rea beneficiada e podem servir de veculos de promoo das polticas, sen-sibilizando as pessoas para se associarem, para fazer uma central de compras, para partilharem mquinas, j que as reas so pequenas. Se tiverem variedades comuns, com o mesmo perodo de maturao, nomeadamente nas fruteiras, a colheita pode ser contnua. Podem ter uma central de armazenamento, de distribuio ou calibragem. Portanto, tudo que agregue pessoas tem pelo menos o poder de passar ideias e pol-ticas e juntar assembleias.

    Mas a maior parte das pessoas j tm alguma ida-de, e mais que alterar men-talidades, essas ideias im-plicam alterar as prticas das pessoas.

    H muitas organizaes que concorrem para o mesmo territrio, segundo me disse o presidente da cmara, Mace-do tem 10 organizaes e tal-vez devessem trabalhar mais juntos, porque o interesse comum.

    Est a o novo quadro de desenvolvimento, o PDR 2020. Qual a diferena em relao ao quadro anterior, para a agricultura?

    A responsabilidade da conceo do PDR do gabi-nete de Planeamento e Pol-ticas e estou a falar de forma muito informal, mas digo que o que se pretende sempre que as regras sejam mais simples, o acesso seja mais fcil e que haja mais dinheiro. O dinheiro praticamente o mesmo, distribudo de forma diferente. Simplificaram-se os pagamentos nicos, o agri-cultor recebe o pagamento nico sem qualquer formali-dade, desde que tenha uma rea at 1 hectare (no sei precisar ao certo). Temos, sobretudo, uma preocupao muito grande em concentrar, unificar tudo, ou seja organi-zaes de agricultores. Por-tanto as pessoas que con-corram sozinhas tm menos do que se concorrerem orga-nizadas. Reformular o apoio aos jovens agricultores e es-timular os jovens uma gran-de prioridade. A capacitao e formao so outra enor-me prioridade. A inovao,

    sem dvida e o investimento, como sempre. No regadio, com enormes dificuldades por parte da comisso euro-peia que no compreendem bem as especificidades dos pases de sul e a dependn-cia enorme que tm da gua, e consideram uma agresso ambiental. H um mau estar generalizado no norte da Eu-ropa em relao ao sul por regar. Por outro lado, o apoio ao investimento para explora-o agrcola, que abriu agora a ao 3.2 e 3.3, que um investimento acima de 25 mil euros e uma inovao que darmos um pequeno investi-

    mento, abaixo de 25 mil eu-ros, mas deciso dos GAL, Grupos de Ao Local. Quem est no territrio sabe melhor o que bom para o seu pr-prio territrio, faz a sua estra-tgia, tanto os GAL, como as comunidades Intermunicipais devem partilhar um territrio semelhante e definir o seu prprio destino, a sua pr-pria estratgia e para onde querem ir. E so eles que vo aprovar e ponderar a estru-tura de gesto do PDR 2020 e passar para as regies a aprovao do pequeno inves-timento na explorao agrco-la. Haver uma sensibilidade maior e uma desburocratiza-o tambm por proximidade maior.

    Ferramentas como a bolsa de terras permitem

    uma iseno de 75%

    na actualizao da

    propriedade, ().

    As pessoas podem

    aproveitar, deixam

    a terra na bolsa para

    arrendar ou para

    vender com um ga-

    rante total de confi-

    dencialidade

    As associaes de regantes tm um poder, que conhe-

    cimento, conhecem

    as pessoas. ()

    Conhecem o territ-

    rio, tm o cadastro

    da rea beneficiada e

    podem servir de ve-

    culos de promoo

    das polticas, sensi-

    bilizando as pessoas

    para se associarem

  • 06 Dezembro de 2014 - AZIBO RURAL

    COnTACTOS TEIS

    ABMC Ass. BenefiCirios MAC. CAvAleiros 278 420 024DGADr Aproveit. hiDroAGrColA MAC. CAv. 278 420 020ApA AssoCiAo portuGuesA Do AMBiente 278 426 735ACriGA AssoCiAo CriADores De GADo 278 426 546AGriArBol Ass. pt. AGro-fl. terrA quente 278 421 698AJAp Ass. Jovens AGr. portuGAl MAC. CAv. 278 425 756DrAp-n Dir. reG. AGr. pt. norte MirAnDelA 278 260 900DrAp-n DeleGAo Do norDeste MAC. CAv. 278 426 627CooperAtivA AGrColA De MAC. CAvAleiros 278 421 145AnCorCB Ass. nAC. Cri. ovinos ChurrA BADAnA 278 426 383CAp ConfeDerAo De AGriCulturA portuGAl 278 421 337AnCoteq Ass. nAC. Cri. ovinos ChurrA tq 278 426 357fAtA feD. AGriCulturA De trs-os-Montes 278 426 454veterinrio MuniCipAl 278 421 747CluBe De CAA e pesCA De MACeDo CAvAleiros 278 425 160Afn AutoriDADe florestAl nACionAl 278 421 448ifAp vilA reAl 259 340 690

    Calendrio Indicativo de pagamentos Associados ao Investimento - 2014/2015

    Apoio / Ajuda Semana PrevistaDEzEMBRO 2014

    MANUTENO ACT. AGR. ZONAS DESFAVOR. (PRODER) Saldo (*) 31 Dez

    RPU 1 prestao 31 Dez

    PRMIO POR VACA EM ALEITAMENTO 1 prestao 31 Dez

    PRMIO POR OVELHA E CABRA 1 prestao 31 Dez

    ART. 68 - MANUTENO DE RAAS AUTCTONES 1 prestao 31 Dez

    QCA I e II - MEDIDAS FLORESTAIS DOS REG. 2328/91 E 2080/92 31 Dez

    jAnEIRO 2015

    PRODER Floresao de Terras Agrcolas (*) 30 Jan

    MEDIDAS AGRO E SILVO AMBIENTAIS (PRODER) - saldo (*)Modos Produo, Conservao Solo e ITI 30 Jan

    ART. 68 - TOMATE 1 prestao 30 Jan

    ART. 68 - MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS 1 Prestao 30 Jan

    ART. 68 - SECTOR DOS PRODUTOS LCTEOS Leite de vaca - 1 prestao 30 Jan

    (*)Condicionado existncia de disponibilidade oramental.

    As primeiras candidaturas s medidas de investi-mento agrcola e agro-industrial do Programa de Desenvolvimen-to Rural 2014-2020 abriram no passado dia 15 de Novembro.

    A Autoridade de Gesto do PDR 2020 - Programa de Desen-volvimento Rural do Continente para 2014-2020, iniciou o perodo de apresentao de candidaturas

    da Ao 3.2 Investimento na explorao agrcola e da Ao 3.3 - Investimento na transfor-mao e comercializao de pro-dutos agrcolas que decorre at 31 de Dezembro de 2014.

    Anunciou o governo que a deciso de proceder abertura destas medidas, serve para as-segurar a continuidade no inves-timento, sendo expectvel que a

    aprovao do PDR2020 submeti-do Comisso Europeia, em 5 de Maio de 2014, ocorra a todo o mo-mento, podendo por isso, vir a ser necessrio adaptar as candida-turas apresentadas ao abrigo da presente portaria pode ler-se no Portal do Balco do Beneficirio.

    A medida de apoio aos Jo-vens Agricultores, dever ser aberta at ao final do ms de

    Dezembro, em funo da estabi-lizao da medida decorrente do processo de aprovao do PDR.

    At ao final do ms de De-zembro dever ainda ser publi-cado o cronograma de abertura de medidas a decorrer durante o prximo ano de 2015.

    Para mais informaes con-sulte o Balco do Beneficirio: http://www.pdr-2020.pt/

    O secretrio de Estado da Agricultura anun-ciou que o governo vai re-forar temporariamente as equipas das Direces-gerais de Agricultura para dar segui-mento quantidade de can-didaturas ao quadro comu-nitrio de apoio recebido no regime de transio.

    Jos Diogo Albuquerque diz que no total sero contratados cerca de 159 tcnicos, 39 se-ro contratadas j at ao Na-tal deste ano, afirma. No ano que vem, ser um nmero en-tre 90 e 120 diz o governan-te que espera assim deixar os agricultores descansados.

    A tutela tem, actualmente, 10 mil candidaturas em mos (dos quais 3.500 j decididas) aos programas de apoio agri-cultura - anterior (ProDer) e ao regime de transio. E a partir de 15 de Novembro, abrem os concursos s duas primeiras medidas de apoio ao investi-

    mento do PDR 2020.Portugal obteve de Bruxelas

    uma verba adicional ao PDR (que no total ascende a 4.050 milhes de euros entre 2014 e 2020). O montante extra de 500 milhes de euros para a agricultura no exige co-finan-ciamento do Oramento do Estado, pelo facto de no Pas vigorar o Programa de Assis-tncia Econmica e Financeira (PAEF).

    So esses 500 milhes que o Ministrio da Agricultura vai agora usar para fazer o reforo dos recursos humanos afectos ao programa de desenvolvi-mento. Espero que, com isso, no segundo trimestre do ano que vem, estejamos a receber candidaturas mesma veloci-dade que estamos a analisar, e estaremos a pagar estas medi-das de investimento mesma velocidade que os agricultores apresentam facturas disse Digo Albuquerque.

    500 Milhes para contratar tcnicos para o novo PDR

    PDR2020 j arrancou

    fonte: radioplanicie.com

  • 07AZIBO RURAL - Dezembro de 2014

    Os blocos So Pedro/ Baleizo/ Quintos e Cinco Reis/ Trindade, ligados ao Alqueva, vo ficar conclu-dos at Maro de 2015, ga-rantindo mais 20 mil hectares de regadio.

    A garantia foi dada pelo presidente da EDIA, Jos Pe-dro Salema, em entrevista ao programa da ACOS Agricul-tores do Sul, onde explica que esta nova mancha de terras regadas vai juntar-se aos 68 mil hectares j instalados para rega.

    De acordo com este respon-svel, os trabalhos referentes

    s restantes 10 empreitadas do projecto do Alqueva, que correspondem a cerca de 30 mil hectares, devero ficar con-cludos at final de 2015, sendo que a obra correspondente ao concurso pblico para a cons-truo do ltimo bloco foi con-signada na passada segunda-feira, 27. Tudo est a ser feito pela EDIA para garantir o cum-primento dos prazos definidos pelo Governo para concluso de todas as obras de Alqueva at ao final de 2015, acres-centou o presidente da EDIA.

    Fonte: Correio Alentejo

    Portugal poder co-mear a exportar en-chidos de carne de porco para a China a partir de 2015, am-pliando a sua oferta de produ-tos agro-alimentares no maior mercado do mundo, afirmou a Ministra da Agricultura e do Mar, Assuno Cristas.

    Estas declaraes foram feitas agncia Lusa em Xan-gai, na China, onde a Ministra se encontrou numa visita ofi-cial, acompanhada pelo Secre-trio de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu.

    Lembrando a abertura deste mercado importao de lacticnios portugueses, alcanada este vero, aps um prolongado processo de certificao, Assuno Cristas sublinhou que este foi um passo muito signi-ficativo e rapidamente te-remos tambm a carne de porco. Estou bastante op-timista, pois tem havido um esforo muito intenso, a n-vel tcnico, poltico e diplo-mtico neste sentido.

    Inspectores veterinrios chineses estiveram h duas

    semanas em Portugal, e - den-tro de dois meses - devero concluir o seu relatrio, rela-tivamente aos enchidos de carne de porco. Quanto aos lacticnios, j h 33 empresas portuguesas habilitadas a ex-portar para a China, explicou a Ministra.

    Durante a sua estada na China, Assuno Cristas participou num certame inti-tulado Noite portuguesa, organizado por uma cadeia local de supermercados que j vende cerca de 200 produ-tos portugueses. A Ministra da Agricultura assistiu tam-bm abertura de duas fei-ras agro-alimentares de que fazem parte 60 empresas portuguesas, 48 das quais produtoras de vinhos.

    Segundo dados oficiais da China, nos primeiros nove meses de 2014 as ex-portaes portuguesas cres-ceram 27% em relao ao perodo homlogo do ano anterior, somando cerca de mil milhes de euros.

    Fonte: www.portugal.gov.pt

    PRIMEIRA ETAPA PARA OPERACIOnALIzACO DA REFORMA PAC 2015:

    APELA-SE AOS AGRICULTORES QUE MAnIFESTEM InTEnO PARA BEnEFICIAR DOS PAGAMEnTOS

    LIGADOS AOS AnIMAIS

    A partir de 3 de novembro e at 31 de dezembro de 2014, os agricultores que tenham a inteno de beneficiar em 2015 dos pagamentos ligados aos animais tero de manifes-tar essa inteno atravs do portal do IFAP (Instituto de Finan-ciamento da Agricultura e Pescas l.P.) www.ifap.pt ou atravs de entidades receptoras reconhecidas por este organismo.

    Segundo o Secretrio de Estado da Agricultura, Jos Diogo Albuquerque: Esta a primeira etapa da operacionalizao da reforma da PAC. Pedimos aos agricultores que manifes-tem a sua inteno de candidatura aos pagamentos ligados aos animais para que possamos preparar a campanha de ajudas em 2015 com normalidade. Estamos a fazer todos os esforos para que a primeira campanha de ajudas desta nova PAC corra da melhor forma. Para isso esto a ser colocadas disposio dos agricultores informaes nos sites dos nossos servios sobre o incio da campanha.

    0 novo regime destes pagamentos funcionar em regime de candidatura a prmio de forma anual, acabando o antigo regime de direitos. Este apoio est, ainda, condicionado aprovao pela Comisso Europeia.

    Para beneficiar destes regimes de apoio o agricultor de-ver:

    1 - Formalizar a sua inteno da participao nestes novos regimes de apoio no portal do IFAP em www.ifap.pt, direta-mente ou atravs das entidades receptoras reconhecidas por este organismo.

    2 - Apresentar a partir de 2015 a candidatura anual ao Pe-dido nico de Ajudas (PU), em data a definir, a fim de identifi-car a sua explorao agrcola.

    Importa salientar que a falta de apresentao ou o inde-ferimento por apresentao fora de prazo, da declarao de inteno aos prmios animais num determinado ano, d lugar excluso da anuidade dos prmios previstos para o ano em questo.

    Lisboa, 31 de outubro de 2014

    Mais 20.000 hectares no Alqueva

    Aumenta exportao de produtos agro-alimentares para a China

    fonte: fumeiro.org

  • 08 Dezembro de 2014 - AZIBO RURAL

    O ltimo ato eleitoral para a direco da Coopera-tiva Agrcola macedense, dei-xou dvidas que foram agora resolvidas em tribunal. A de-ciso judicial, conseguida por acordo entre as partes, vai levar a Cooperativa a novas eleies j no prximo dia 17 de Maio de

    2015. Antes, em Maro, a direc-o actual eleita no contestado ato de 3 de Fevereiro de 2013 ir apresentar contas e a de-misso dos cargos.

    No ltimo ato eleitoral, em 2013, concorriam trs listas, a Lista A, que obteve 358 votos, liderada pelo anterior presiden-

    te Manuel Rodrigues, a Lista B, que obteve 322, liderada por Hlder Fernandes e a Lista C, liderada por Carlos Pereira que somou 83 votos.

    Dos 358 votos obtidos pela lista vencedora contavam-se 59 representaes de votantes. A Lista B, que ficou em segundo

    lugar na eleio, considerou na altura que o processo pelo qual foram efectuadas algumas das representaes no foi claro e decidiu contestar em tribunal a legalidade do ato eleitoral. A nova direco da cooperativa ser conhecida e tomar posse j em Maio do prximo ano.

    Cooperativa Agrcola vai a eleies a 17 de Maio de 2015

    Fundada em 1989, a As-sociao de Beneficirios de Macedo de Cavaleiros, con-ta com 25 anos de existncia e de histria que celebrou a 18 de Novembro. As comemoraes do aniversrio decorreram no Auditrio do Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, com a presena da grande maioria dos associados da ABMC que duran-te a manh ouviram em discurso o actual presidente da direco Hlder Fernandes e as palavras do Director Regional da Agricul-tura e Pescas, Manuel Cardoso e de Pedro Teixeira, Director Geral da Agricultura e do Desenvolvi-mento Rural e ainda do presiden-te da Cmara macedense Duarte Moreno. Presente no encontro esteve tambm Fernando Brs, presidente da Federao das As-sociaes de Regadios Pblicos do Norte, criada h cerca de um ano e meio. Ao encontro seguiu-se um almoo convvio com todos os presentes no encontro.

    Potencial do regadio ainda

    subaproveitado

    Dos 3000 hectares de terre-

    nos agrcolas includos na rea do Regadio da Albufeira do Azibo, apenas 15%, 450 so regados.

    O presidente da DGADR, Pedro Teixeira, diz que este no um nmero razovel no panorama nacional, onde a m-dia de rea regada nos perme-tros das barragens , segundo diz de 60 a 70 por cento, su-blinhando que tal significa que no h adeso ao regadio. Um incentivo econmico, diz o responsvel da DGADR pode-r vir a incentivar uma maior adeso. Em lugar dos 3 cnti-mos por metro cbico de gua utilizada, Pedro Teixeira sugere que uma taxa nica a pagar por quem tem terras no permetro de regadio poder promover o investimento na dinamizao da rea beneficiada se tiver-mos uma taxa fixa que todos pagam reguem ou no reguem, isso um estmulo para as pes-soas no deixarem a terra pa-rada. Se rega paga tudo se no rega tem um preo de condom-nio, porque esta obra no pode estar parada.

    Hlder Fernandes, presi-dente da ABMC diz que apesar

    ABMC celebrou 25 anos

    de haver alguns produtores de mdia dimenso, ainda a agri-cultura familiar e de pequena dimenso que domina o sector H aqui pessoas que fazem alguma agricultura para quem a gua fundamental, a produo dos morangos essencialmente de um regante que temos, de um olival que tem uma dimen-so muito considervel, da par-te da vinha e algumas pessoas na parte da pecuria. Fora isso, a situao um bocadinho m sobretudo pela situao de ve-rificarmos que embora tendo

    muitos regantes regam parce-las pequenas essencialmente a agricultura familiar.

    Para o actual presidente da ABMC, o potencial da rea be-neficiada pelo regadio s poder ser atingido se houver desenvol-vimento paralelo das organiza-es voltadas para a comercia-lizao da produo porque sem organizao logicamente que no h por conseguinte um estmulo natural que as pessoas aumentem as produes e da haja um aumento claro do au-mento da rea regada.