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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Junho 2012 (fé.simples) 8 C onflito na I greja 14 mas D istintos I ndivisível! 27 Mente T ransformada Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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D istintos – I ndivisível! Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Junho 2012 27 Mente mas 14

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Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Junho 2012

(fé.simples)

8 ConflitonaIgreja

14

masDistintos –

Indivisível!27 MenteTransformada

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

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3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial 10 Igreja de Um Dia

11 S A Ú D E N O M U N D O

Saúde dos Olhos

A R T I G O D E C A P A

16glauben.einfach(fé.simples)

Por Gerald A. KlingbeilCompartilhando a fé na cultura do século vinte e um.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Conflito na Igreja Por Ted N. C. Wilson Resolvendo conflitos por intermédio de consenso.

12 D E V O C I O N A L

O Vale . . . de Oração Por Marvene Thorpe-Baptiste Era um lugar encantador e misterioso.

21 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Unindo Coração e Mente

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Crime e Castigo

27 E S T U D O B Í B L I C O

Mente Transformada

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Distintos – mas Indivisível! Por Daniel K. Bediako Analisando o mistério da Trindade.

22 S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

A Igreja Sob a Árvore Por Ephraim Nkonya A fé remove montanhas, ou árvores?

24 V I D A A D V E N T I S T A

A Irrefreável Palavra de Deus Por Sally Lam-Phoon O Movimento Missionário Pioneiro está

transformando vidas em toda a Ásia.

Junho 2012

A R T E D A C A P A : S A R A H K O S T M A N N , S T I M M E D E R H O F F N U N G

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 8, Nº 6, Junho de 2012.

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O s l í d e r e s d a I g r e j a Adventista do Sétimo Dia na África Ocidental realizaram re-centemente a cerimônia de lan-çamento da pedra fundamental para a construção de uma uni-versidade adventista na Libé-ria. Será a primeira instituição adventista com terceiro grau no país e a quarta na Divisão Centro-Oeste Africana.

A escola será chamada Uni-versidade Adventista da África Ocidental, por estar localizada dentro do território da União Missão da África Ocidental, com sede em Monrovia, capital da Libéria. O canteiro de obras será executado sobre cem acres de terra em Gbeh Town, no dis-trito de Margibi.

Quando concluída, a escola iniciará como faculdade com habilitação de dois anos em educação, administração, enfermagem e teologia.

Autoridades do governo elogiaram a Igreja Adventista por sua contribuição para a educação no país. A Igreja possui várias escolas de ensino fundamental e médio, inclusive o único internato da nação.

A construção da universidade marca a primeira escola adventista de terceiro grau na Libéria, e os líderes da Igreja esperam contribuir para o desenvolvimento nacional após vários períodos de guerra civil.

Shelton Beedoe, presidente interino da Universidade Adventista da África Ocidental, foi citado no jornal local The Inquirer informando que a universidade oferecerá um “novo dinamismo” ao setor educacional da Libéria, e que fará a diferença entre as outras universidades da nação.

O diretor da Comissão Nacional de Educação Superior mencionou que a universidade da Igreja Adventista já deveria ter sido construída há muito tempo, desde o início da obra adventista no país, há 83 anos.

O comissário também disse que o empreendimento apoia a Estraté-gia de Redução da Pobreza do governo na área de desenvolvimento dos recursos humanos.

N O T Í C I A S D O M U N D OO Inesperado Aconteceu

CONSTRUÇÃO DA UNIVERSIDADE: Líderes de Educação durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da futura Universidade Adventista da África Ocidental, localizada perto de Monrovia, Libéria. A escola será a primeira universidade adventista no país.

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Universidade Adventista naFundamental para a

Libéria

“Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra” (At 10:44, ARA)

Tenho de admitir que essa passagem das Escrituras sempre me faz sorrir,

simplesmente porque o pregador foi inter-rompido pela ação do Espírito Santo. Na casa de Cornélio, bem no meio da explanação de Pedro sobre a misericórdia de Deus em conceder graça a quem Ele quer, o Espírito faz uma coisa surpreen-dente. Ele não espera o sermão terminar, nem chegar próximo ao fim. De repente, os que previamente haviam sido desig-nados como não pertencentes ao povo de Deus, são visível e inequivocamente os recipientes do poder do mesmo Espírito Santo que foi derramado pela primeira vez no Pentecostes. O resultado foi “surpreendente” e, em última análise, houve aceitação e afirmação.

Entre as muitas lições que encontra-mos no livro de Atos, essa tem particular importância para o povo de Deus hoje. A liberdade que o Espírito Santo tem em realizar o que deseja, anima a quem Ele escolhe e cria nova vida entre nós. Isso deveria ser uma boa notícia – mesmo quando essa nova vida não se apresenta da maneira como esperávamos. A fidelidade às Três Mensagens Angélicas e a mensa-gem bíblica do Adventismo do Sétimo Dia deve permitir que estendamos nosso apoio e incentivo aos muitos ministérios guiados pelo Espírito. As questões corre-tas são: “Será que essas novas iniciativas testemunham as verdades das Escrituras? Estão em harmonia com as crenças funda-mentais do Adventismo? São confirmadas pelos princípios do Espírito de Profecia?” Os novos ministérios ou movimentos que passam nesse teste merecem e necessitam do nosso amor e incentivo.

Leia o artigo de capa deste mês sobre as novidades que estão acontecendo na Europa e em outros lugares, e veja conosco

os sinais inconfundíveis da ação e direção do Espírito. Não se sur-

preenda se você ficar surpreso – e encantado!

Lançada a Pedra

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Os líderes adventistas da Libéria participaram da cerimônia no dia 27 de março, como também o ministro adjunto de Operações do Ministério de Obras Públicas, membros do Poder Legislativo Nacional e J. A. Kayode Makinde, presidente da Universidade Babcock, de propriedade da Igreja na Nigéria.

Segundo The Inquirer, Makinde teria dito que a “AUWA precisa crescer para suprir as necessidades educa-cionais da África e reduzir os índices de analfabetismo e pobreza em todo continente”.

Durante a cerimônia, um represen-tante da União de Columbia doou um cheque de 50 mil dólares para o projeto da construção. A União de Columbia é o órgão administrativo da Igreja Adventista na região do Meio Atlântico Leste nos Estados Unidos.

A criação da universidade remonta ao ano de 2003, quando o poder legislativo do país concedeu à Missão Adventista da Libéria licença para a construção da mesma. Porém, o projeto foi adiado devido aos conflitos civis e a falta de autorização da Comissão Nacional de Educação Superior. A autorização foi finalmente concedida em 2010, quando, então, a Missão adquiriu o terreno para o projeto.

A escola será a décima oitava univer-sidade na África.

Na Libéria, segundo estatísticas locais, vivem 3,8 milhões de pessoas e aproximadamente 26 mil membros Adventistas do Sétimo Dia.– Emmanuel Gamoe Kla George e Ansel Oliver

Evangelismo na Guatemala Resulta em Batismos

A Guatemala, país na América cen-tral, realizou um grande esforço evan-gelístico treinando evangelistas e reali-zando séries de conferências públicas,

o que resultou em milhares de novos membros.

Os líderes da Divisão Interamerica-na realizaram um treinamento específi-co para o evangelismo do mês de abril, o qual capacitou pastores e obreiros para a estratégia local. O treinamento de um mês reuniu cerca de 50 pastores para a educação continuada em evange-lismo público.

A Igreja Adventista na Guatemala está desenvolvendo um evangelismo agressivo este ano. Realizou mais de mil campanhas que já resultaram em aproximadamente cinco mil batismos em apenas três meses, informou o pastor Gustavo Menendez, diretor do Ministério Pessoal na Guatemala.

A maioria das campanhas locais também incluiu a liderança de mem-bros leigos. O programa Visão 60 mil é parte do projeto da Divisão para envol-ver um milhão de membros leigos no desenvolvimento do discipulado.

Abraham Tzic, secretário da Missão Adventista do Noroeste, um campo com 16 mil membros em Totonicapan, disse que 1.200 membros ativos se ins-creveram no programa de discipulado desde outubro de 2011. A região espera alcançar três mil até o final de 2012.

Como muitos pastores da região, o pastor Tzic pastoreia mais de 25 igrejas.

Com a falta de pastores, o Visão 60 mil foi direcionado para a participação dos membros da igreja; leigos que

assumiram o compromisso de alcançar pessoas ao seu redor com o evangelho. O resultado tem sido positivo, diz Guenther Garcia, presidente da Igreja Adventista na Guatemala. “Nosso re-corde deste ano para a Guatemala já foi quebrado”, informou o Pr. Garcia.

O batismo de mais de 300 pessoas realizado no Lago Atitlan, no dia 1º de abril, reuniu espectadores para ver os resultados dos seus esforços realizados durante meses levando o evangelho a amigos e vizinhos. O pastor Menendez explicou que é típico da Igreja Adventista na Guatemala realizar batismos em massa no último domingo do primeiro trimestre de cada ano nesse lago. – Libna Stevens, Divisão Interamerican

Milhões de Livros são Entregues em Um Dia

Antes da iniciativa evangelística massiva do dia 24 de março em São Paulo, a maior cidade do Brasil, Ted N. C. Wilson, presidente da Asso-ciação Geral, disse as seguintes pala-vras de incentivo: “Qualquer pessoa pode ser parte da igreja remanescente de Deus.”

Falando a uma congregação de duas mil pessoas na Igreja do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-1) – tendo cinco a seis mil espectadores assistindo a transmissão

N O T Í C I A S D O M U N D O

BATISMOS: Na Guatemala, cinco pastores batizam novos membros da Igreja no Lago Atitlan, em Panajachel, no dia 1º de abril. Os batismos foram parte das reuniões em que líderes da América Central se encontraram na Guatemala para coordenar o esforço evangelístico na região.

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em outros lugares – Wilson disse que planejava se unir aos milhares de mem-bros para a distribuição. O resultado foi quatro milhões de exemplares entregues do livro A Grande Esperança, um livro missionário baseado no O Grande Conflito, de Ellen White, pioneira e cofundadora do movimento Adventista do Sétimo Dia.

Um total de 25 milhões de livros foi distribuído em toda a América do Sul nesse dia.

Os líderes da Divisão Sul-Americana enfatizaram que o esforço do dia 24 não foi um evento isolado. No sábado seguinte, 31 de março, foi o “dia da amizade” no qual os vizinhos foram convidados a participar do culto em uma de nossas igrejas e almoçar com as famílias adventistas. O objetivo da campanha do “Impacto Esperança” é inspirar aos adventistas na América do Sul a viver um estilo de vida de evan-gelismo pessoal.

Da sua parte, Wilson elogiou a grande participação de todos e disse que outras Divisões da Igreja no mundo poderiam ser beneficiadas com progra-mas similares.

“A beleza de tudo isso é que toda a Igreja, de todos os níveis socioeconô-micos foi motivada a participar da dis-tribuição do livro entre os familiares, amigos, vizinhos e outros”, escreveu mais tarde Wilson numa mensagem enviada por e-mail. “A campanha levou a igreja a sair para a comunidade para se encontrar com o povo e o Espírito Santo abençoou imensamente… Ela mostrou que um único evento, associado a qualquer outra atividade missionária pessoal e evangelística da igreja local, pode ser um importante elemento para revigorar e estimular o povo de Deus no testemunho e no trabalho missionário. As Divisões e Uniões em todo o mundo necessitam usar essa abordagem para levar os membros das igrejas a se unir ao redor de algo que é muito maior e mais grandioso do que qualquer coisa que possamos fazer individualmente.”

Visitando um centro médico-missionário adventista recém-inaugurado numa comunidade carente da região, Wilson disse que a distribuição de literatura é um importante meio de evangelizar megacidades como São Paulo, com uma população de 11,3 milhões de pessoas (e adicional de 8 milhões em sua área metropolitana). A cidade também será uma das doze cidades brasileiras a sediar os jogos de futebol da Copa do Mundo em 2014.

“A igreja mundial se comprometeu a distribuir 175 milhões de cópias do livro A Grande Esperança nas versões completa ou especial [de O Grande Conflito] neste e no próximo ano”, informou Wilson.

Wilson acrescentou: “Deus usa Sua Palavra para transformar a vida das pessoas. Ele usa livros como este

[A Grande Esperança] para mudar a vida das pessoas.”

Essa mudança foi evidente na vida e testemunho de Sheyla Guimarães, dona de casa da cidade de Mineiros do Tietê, a cerca de 225 quilômetros de São Paulo. O vídeo contendo o testemunho foi projetado durante o culto e relatada a história de sua busca espiritual. Em outubro de 2011, a filha de Sheyla encontrou um livro A Grande Esperança na caixa de correio da família. Ela “de-vorou” o livro. Disse que achou respos-tas que não encontrara em nenhuma das outras igrejas. Hoje, ela é adventista do sétimo dia.

Sheyla e sua filha subiram à plata-forma e foram cumprimentadas pelo Pr. Wilson e outros líderes da Igreja. Ela disse aos pastores e à congregação quão feliz estava por pertencer à verda-deira família de Deus.– Mark A. Kellner, editor de notícias

Desafio aos Jovens Europeus para Evangelismo e Compromisso

Aproximadamente 1.300 jovens adventistas do sétimo dia de todos os países da Europa se reuniram em Mannheim, Alemanha, durante os dias 5 a 9 de abril para a conferência anual de oração e adoração denominada Jovens em Missão (YiM). Este ano, entre os oradores estavam Dwight Nelson, pastor da Igreja Pioneer Memorial da Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, EUA e Martin Pröebstle, pastor e professor de teologia do Seminário Adventista Bogenhofen, na Áustria.

Os resultados do evento podem ser traduzidos em números, e, eles são fantásticos: 180 dos participantes decidiram dedicar a Jesus um ano de trabalho; 140 decidiram ser bati-zados; 37 querem se tornar pastores

COMPARTILHANDO ESPERANÇA: Ted Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista posa com um grupo de voluntários que seguram livros A Grande Esperança, um livro missionário baseado no clássico O Grande Conflito de Ellen G. White. No dia 24 de março o Pr. Wilson participou da distribuição de quatro milhões de livros em São Paulo.

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O jovem olhou para a esquerda para ter certeza de que estava perfeitamente alinhado com

seus colegas de trabalho. Então, arru-mou a gravata.

“Estávamos esperando ansiosa-mente pela visita dos líderes da igreja Adventista há muito tempo”, disse o estudante Elisha Ding. Ele é um dos mais de cem jovens que estão sendo treinados para o ministério na Igreja Adventista de Beiguan, em Shenyang, ao norte da província de Liaoning.

Vestidos com ternos pretos, moças e rapazes se alinhavam na calçada cantando canções de boas-vindas en-quanto a delegação da Associação Geral caminhava em direção à igreja para o culto vespertino. Liderados pelo presi-dente mundial, Pr. Ted N. C. Wilson, a delegação em viagem oficial de dez dias à China, se encontrou com membros da igreja e líderes locais.

“A Igreja de Beiguan está focada no serviço e sacrifício”, disse o secretário da

Associação Geral, pastor G.T. Ng. “Esta igreja necessita de um enorme número de pessoas para que sua estrutura funcione, pois eles não têm o sistema formal de igreja”, acrescentou.

Os jovens são treinados pelo perí-odo de um ano e durante esse tempo recebem várias responsabilidades dos supervisores. Após um ano os melhores alunos são escolhidos criteriosamente para estudos teológicos adicionais. Alguns desses estudantes são enviados como missionários para vários países.

“Todos os nossos alunos precisam custear seus estudos”, disse Hao Ya Jie, líder da igreja e da escola.

A Igreja de Beiguan teve um início humilde, com vinte membros que se reuniam em uma casa. Mais tarde, dividiram com outra denominação uma igreja no centro de Shenyang. Aluga-ram depois uma igreja só para eles e, finalmente, conseguiram economizar o suficiente para construir seu próprio prédio de quatro andares.

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adventistas e mais de 600 se compro-meteram a estudar o livro O Grande Conflito durante os próximos doze meses. Mais de 800 jovens participaram do evento missionário na tarde de sábado e visitaram as casas e famílias de Mannheim.

“Deus me transformou por dentro neste congresso”, disse Fabian Raudies, de Bietigheim, Alemanha. “Eu encontrei respostas para tantas perguntas, senti-me acolhido nesta família singular e esperava ansiosamente por todos os sermões. Conheci pessoas com o mes-mo pensamento, as mesmas dúvidas e pude conversar e ser animado por elas.”

Johannes Waniek, de Kraichtal, Alemanha, um dos organizadores do evento, acrescentou: “A conferência do YiM tem lugar muito especial em meu coração. Deus fala comigo, fala a outras pessoas por meu intermédio e, é [assim] que sou incendiado para esta tarefa. Este é o meu lugar, é aqui onde quero estar.”– Kathrin Müller

GRUPO DE TESTEMUNHAS: Alguns jovens e adultos que participaram da conferência anual Jovens em Missão (Youth in Mission – YiM), que reuniu jovens adventistas de toda a Europa em Mannheim, Alemanha.

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Reportagem de Andre Brink, diretor associado de Comunicação da Associação Geral dos Adventistas dos Sétimo Dia

Início humilde da Igreja de Beiguan. Empresário não adventista constrói igreja em condomínio de luxo.

China,Adventistas Demonstram

Espírito de Serviço e Sacrifício

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N O T Í C I A S D O M U N D O

União Chinesa. “A maioria dos mem-bros da igreja trouxe seus cobertores de casa e os enrolou nessas colunas para salvar o prédio. Foi uma cena interes-sante de ver: ...todos aqueles cobertores coloridos”, comentou.

Hoje, a Igreja Adventista de Beiguan tem mais de três mil membros e gerou várias igrejas, totalizando outros sete mil membros. Todas as manhãs, às 5h00, 365 dias por ano, seus membros vão ao templo para orar.

“Os invernos no norte são muito frios e, às vezes, não comparecem muitas pessoas; porém, sempre há pelo menos uns cem membros orando a cada manhã”, disse Ng.

O Pr. Wilson lembrou aos membros de que Deus os está chamando para levar adiante a obra de reavivamento e reforma. “Vocês são parte vital do povo de Deus na terra, que está avançando em direção à segunda vinda de Cristo, um destino que o próprio Cristo prepa-rou”, disse Wilson.

Um dia antes, a delegação visitou a cidade cultural de Hangzhou. Ali, O Pr. Wilson falou aos membros da Igreja de Meilizhou, que está localizada num centro comercial e dentro de um con-domínio de luxo.

Essa igreja também surgiu com muito sacrifício, compromisso e visão de alguns membros. Um empresário, ancião da igreja, aproveitou a oportuni-dade e entrou em contato com um ami-go, empresário do setor imobiliário. Ele lhe disse que aquele condomínio tinha quase tudo, mas faltava um elemento importante – uma igreja.

O ancião empresário contribuiu com 25 por cento do valor e a constru-tora de seu amigo pagou pelo resto da construção. A igreja ficou muito bem localizada no condomínio. Como a Igreja de Meilizhou serve também a comunidade ao seu redor, o número de membros está crescendo rapidamente.

Robert Lemon, tesoureiro da Asso-ciação Geral, disse: “É incrível a maneira como nossos membros sacrificam seu tempo e recursos para que a obra do Senhor avance. É maravilhoso ver como foram capazes de construir uma igreja tão forte e vibrante, contando quase que exclusivamente com doações de voluntários locais.”

As igrejas na China são um teste-munho das bênçãos de Deus quando os membros estão dispostos a sacrificar seu tempo, talentos e recursos. ■

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SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE: Ted N. C. Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia durante visita recente à China. A congregação cresceu de vinte membros que se reunia numa casa, para uma comunidade de três mil adventistas. PARCERIA PLANTA CONGREGAÇÃO: Adventistas adoram na Igreja de Meilizhou. A igreja resultou da parceria entre um ancião da igreja local e um amigo empresário do setor imobiliário.

Muitos membros doaram suas economias para a educação de seus filhos. Outros, doaram grande parte dos seus recursos que estavam guardados para a aposentadoria. Com o inverno se aproximando, as colunas de concreto da igreja precisavam ser construidas com urgência, para evitar que rachassem.

“O concreto havia acabado de ser colocado, quando chegou uma frente fria causando grande preocupação”, disse David Kok Hoe Ng, presidente da

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Sempre que um grupo de pessoas se reúne, surge inevitavelmente, mesmo entre cristãos, o potencial

para conflito. Lá no início da igreja cristã esse conflito ocorreu também entre os crentes.

Como devemos nós, fieis adventistas do sétimo dia, lidar com o conflito, particularmente, quando ele surge dentro da igreja?

O livro de Atos oferece exemplos marcantes e orientação bíblica sobre como proceder em pelo menos três tipos de conflitos na igreja. Por meio de suas histórias descobrimos crentes em discórdia por questões de necessidades físicas, crenças teológicas e uns com os outros. Os modos criativos e amorosos como tais conflitos foram tratados, são modelos dignos de serem seguidos pela igreja ainda hoje.

Solução Prática de Conflitos

Após o Pentecostes, os apóstolos cuidaram das finanças da igreja para suprir as necessidades dos crentes (veja Atos 4:34, 35). No entanto, à medida que aumentava o número de crentes também crescia os desafios logísticos e práticos.

“Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas esta-vam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento” (Atos 6:1).* Perce-bendo que não poderiam assumir todas as responsabilidades da igreja que cres-cia rapidamente, os apóstolos reconhe-ceram que era hora de delegar algumas de suas responsabilidades a outros para que pudessem ficar livres para pregar o evangelho mais amplamente.

Os apóstolos convidaram os que estavam descontentes e pediram que procurassem entre eles “sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa” (verso 3). Todos ficaram satisfei-tos com a sugestão. Eles indicaram sete homens para assumir essa importante

responsabilidade. Os apóstolos oraram e “lhes impuseram as mãos” (verso 6), ordenando os primeiros diáconos da igreja cristã – devido ao conflito.

Por meio da oração e da direção do Espírito Santo o conflito foi resolvido. “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé” (verso 7).

Solução de Conflitos Teológicos Antioquia, localizada a mais de 480

quilômetros ao norte de Jerusalém, possuía uma igreja grande que ainda estava em crescimento. Essa cidade, a terceira em importância depois de Roma e Alexandria, era o centro da atividade missionária. Os membros da igreja eram formados por muitas classes de pessoas, tanto judeus como gentios. Alguns dos judeus convertidos estavam preocupados se os conversos gentios trariam algumas das suas práticas indesejáveis para a igreja cristã. Na es-perança de se proteger, bem como para manter sua singularidade como judeus, os cristãos hebreus insistiram que os gentios convertidos fossem circunci-

dados. Embora esse fosse um assunto de âmbito religioso, também era difícil para os primeiros cristãos abandonar sua herança nacional e seus direitos e privilégios como judeus. Eles estavam sendo chamados para superar seu orgu-lho como cidadãos de Israel e expressar sua nova identidade como cidadãos de um reino superior.

Para muitos esse era um ideal ina-tingível. As tendências políticas e sepa-ratistas levaram à desunião e divisão. As disputas e contendas dentro da igreja eram tão ferozes que temiam a divisão. Finalmente, Paulo, Barnabé e outros representantes da igreja foram a Jerusa-lém para se encontrar com os apóstolos, anciãos e os delegados de outras igrejas para resolver o problema. Os que estavam em Antioquia concordaram em parar a discussão e esperar pela decisão do Concílio de Jerusalém.

O modo como esse conflito teológi-co foi tratado no Concílio de Jerusalém está registrado em Atos 15.

Eles fizeram uma reunião do conselho geral. Uma vez que Cristo é a cabeça da igreja e ninguém na terra pode reivindicar esse direito, é impor-tante que os líderes e representantes

Trabalhando por meio de Consenso

ConflitoIgreja

na Por Ted N. C. Wilson

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da igreja peçam a direção do Espírito Santo quando discutirem assuntos im-portantes que afetem a igreja. Assim nos é dito: “Os apóstolos e os presbíteros se reuniram para considerar essa questão” (Atos 15:6).

Foi providenciado tempo para discussão. Fizeram uma clara descrição sobre a situação de Antioquia para que os delegados discutissem a questão: Se-ria necessário que os gentios conversos fossem circuncidados a fim de serem aceitos entre os cristãos?

Seguiu-se intensa discussão e todos tiveram oportunidade de falar. Pedro, então, concluiu a discussão lembrando ao conselho a visão que tivera sobre os animais impuros e a voz do Céu lhe dizendo: “Não chame impuro ao que Deus purificou” (Atos 11:9). Ele descreveu seu encontro com os gentios em Cesaréia e como havia visto o Es-pírito Santo descendo sobre eles, assim como sobre os crentes judeus.

Paulo e Barnabé apoiaram o argu-mento de Pedro dando exemplos de como eles também haviam visto o Espí-rito Santo em ação entre os gentios.

As ideias principais foram resumi-das e comparadas com as Escrituras. Uma proposta foi apresentada. Após todos terem a oportunidade de falar, Tiago, que dirigia a reunião resumiu os pontos principais e comparou o teste-munho de Pedro com as profecias das Escrituras: “A restaurarei.…para que o restante dos homens busque o Senhor, e todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas” (Atos 15:16-18).

Vendo que o testemunho de Pedro concordava com as Escrituras, Tiago propôs: “não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a Deus. Ao contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue” (versos 19, 20).

Chegaram a um consenso e a de-cisão foi escrita e enviada aos crentes gentios de Antioquia. Após ouvirem a proposta de Tiago, os apóstolos e anciãos concordaram que esse era o rumo cor-reto a ser tomado. Uma carta explicando a decisão do concílio foi enviada por Paulo, Barnabé e outros cristãos de Jeru-salém aos gentios crentes de Antioquia.

Embora os gentios estivessem satisfeitos com o resultado, nem todos estavam contentes. Ellen White escreveu: “Havia uma facção de irmãos ambiciosos e possuídos de presunção que a desaprovaram . . . Entregaram-se a muita murmuração e crítica, propon-do novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens a quem Deus ordenara ensinassem a mensagem do evangelho. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação dos tempos” (Atos dos Apóstolos, p. 196, 197).

Resolvendo Conflitos Interpessoais Entre Cristãos

De tempos em tempos, mesmo entre os cristãos, há conflitos interpessoais. Esse foi o caso entre Paulo e Barnabé quando estavam se preparando para deixar Antioquia. Os dois se preparavam para a viagem pois queriam visitar e animar os crentes em outros lugares. No entanto, quando Barnabé sugeriu levar o jovem João Marcos com ele, Paulo recusou. O jovem missionário já os havia abandonado uma vez quando as coisas ficaram difíceis, e Paulo não estava pronto para lidar com ele outra vez (Atos 15:36-40).

Barnabé, porém, viu o potencial de João Marcos e queria incentivá-lo na obra do evangelho. Os dois mis-sionários experientes discordaram a tal ponto, que terminaram indo para lugares diferentes, com Barnabé levando João Marcos para uma direção, e Paulo levando Silas, crente de Antioquia, com boas recomendações, para uma viagem em outra direção.

Felizmente, esse não foi o final da história. Sob a orientação de Barnabé, João Marcos se tornou um forte obreiro para o Senhor e, mais tarde, se recon-ciliou com Paulo, que se referiu a ele como “fonte de ânimo para mim” (Cl 4:11) e “me é útil para o ministério” (2Tm 4:11).

O que podemos aprender desses conflitos entre dois respeitados líderes da igreja?

Eles mantiveram sua discordância somente entre os dois, e não envolve-ram outros líderes ou a igreja.

Como não conseguiram chegar a um acordo, decidiram se separar indo em direções opostas, em vez de prolon-gar o conflito.

Ainda se respeitavam mutuamente e não falaram mal um do outro, permi-tindo que continuassem sendo obreiros efetivos para o Senhor.

Fundamentos Bíblicos para Administração da Igreja

Na próxima primavera (2013) nós comemoraremos 150 anos de Igreja organizada, construída sobre um siste-ma administrativo bíblico e orientado por Deus. Esse é o sistema que procura construir um consenso dirigido pelo Espírito Santo, com base e coerência na Sua Palavra.

Qualquer membro que visite a sede mundial da Igreja irá perceber que uma das principais características arquitetô-nicas do prédio são as salas de reunião fechadas com vidro, onde os líderes se reúnem para orar, discutir e votar importantes itens referentes à igreja mundial. Em lugar de ser administrada por uma oligarquia, a igreja funciona por meio de comissões que dependem da ação do Espírito Santo para liderar e guiar os assuntos discutidos e votados.

Ao observarmos e seguirmos os exemplos da igreja primitiva, como descrito no livro de Atos, nós também podemos estar seguros da direção de Deus no passado, presente e futuro.

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Deus nos chama para nos unirmos em Sua Palavra e trabalharmos juntos sob a direção do Espírito Santo. O apóstolo Paulo convidou os seguidores de Cristo a participarem do “ministério da reconciliação” (2 Co 5:18).

Ao nos aproximarmos do final deste mundo, não podemos permitir que o inimigo divida a igreja com conflitos ou controvérsias. Vamos rogar ao Senhor por reavivamento e reforma levando-nos à chuva serôdia do Espírito Santo, que nos manterá unidos em nossas crenças bíblicas e em nossa missão no mundo. Devemos seguir o exemplo dos primeiros discípulos ao cumprirmos o nosso desígnio como Seus discípulos dos últimos dias.

Ellen White escreveu: “Mais de dezenove séculos são passados desde que os apóstolos descansaram de seus labores; a história de suas lides e sacrifícios por amor de Cristo, porém, encontra-se ainda entre os mais preciosos tesouros da igreja. Essa história, escrita sob a inspiração do Espírito Santo, foi registrada a fim de que, por seu intermédio, os seguidores de Cristo pudessem, em todos os séculos, ser estimulados a maior fervor e zelo na causa do Salvador” (Atos dos Apóstolos, p. 593).

Que Deus guie Sua igreja e a cada um de nós pessoalmente, ao parti-ciparmos unidos no ministério da reconciliação enaltecendo Cristo, Sua justiça, Sua obra no santuário, Seu sábado, Suas três mensagens angélicas e Seu breve retorno! ■

*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional

A Jornada de um Sábado: El Triunfo, Equador

“Foi exatamente o que fizemos”, disse Carlos. “Desde os meus 15 anos de idade, até agora, todos os sábados saíamos de casa às 5h00 da manhã para iniciar uma caminhada de vinte quilômetros até a pequena cidade de El Triunfo. Levávamos cerca de cinco horas para ir e cinco para voltar. Era difícil, pois tínhamos que subir aproximadamente mil metros e cruzar muitos rios. Nossa família, porém, sábado após sábado caminhava pelas montanhas para chegar à igrejinha de El Triunfo.”

“É verdade!” anuncia Victor, um dos 25 membros de El Triunfo. “Eles vinham todos os sábados. Davam estudos bíblicos. Pregavam os sermões. Eles nos ensinaram a cantar hinos sobre a volta de Jesus. Eles nos amaram! Se temos a salvação hoje é graças ao Carlos, sua família e seus amigos.”

Hoje é possível ir de carro até El Triunfo, se o veículo for próprio para esse tipo de terreno. Mas a pequena estrutura de madeira que a congregação usava como igreja, agora está vazia e escura. Todavia, não muito longe dali, na montanha, está uma nova igreja com piso de concreto, janelas de vidro, eletricidade e portas feitas à mão.

“Nunca teríamos construído uma nova igreja”, diz Victor, ancião local, “se a estrutura de aço da Igreja de Um Dia não tivesse chegado até aqui. Bem, eu concordei em doar um pedaço de minha propriedade e, quando os homens da Maranatha construíram a igreja, fomos desafiados a doar e a trabalhar mais. Carlos e muitos outros nos ajudaram e agora concluímos nossa igreja. Você gostou dela?”

A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI), [Federa-ção de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” da Maranatha.

Ted N. C. Wilson é presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.

PARCEIROS DE MINISTÉRIO: Carlos (esquerda) e Víctor, primeiro ancião da Igreja de Um Dia em El Triunfo. IGREJA ANTIGA: A antiga igreja de El Triunfo serviu à congregação por muitos anos. A NOVA IGREJA: O prédio da nova igreja não somente é mais confortável, como também mais resistente e apropriado para resistir às intempéries do clima.

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V I S Ã O M U N D I A L

Igreja de Um Dia

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Você está levantando uma questão muito importante – seus olhos! A visão é um órgão

e um dom tão precioso que não devemos ignorar os seus sintomas. É imperativo procurar ajuda médica quando estes ocorrem. Geralmente, as pessoas igno-ram esses sintomas e usam vários colírios e, se automedicam com remédios de farmácia para desconforto ocular. Dessa forma, várias doenças são ignoradas resultando em graves consequências.

É particularmente importante redobrar a atenção quando os sin-tomas se apresentam em apenas um olho. Pode ser a presença de um corpo estranho na córnea ou nas áreas da conjuntiva (parte branca do olho), e isso pode causar desconforto intenso. Se o corpo estranho for ignorado, pode levar a uma infecção e cicatriz na córnea resultando em deficiência visual permanente.

Outra doença em potencial que provoca vermelhidão em apenas um dos olhos é a infecção por um vírus chamado herpes zoster – o mesmo vírus da catapora. O perigo nesse caso é du-plo. Primeiro, o diagnóstico pode ser ignorado, causando muita dor e danos à córnea. Segundo, “conselheiros” bem intencionados podem lhe oferecer seu colírio contendo cortisona, o

qual foi prescrito para um problema completamente diferente. A cortisona é um anti-inflamatório maravilhoso quando usado corretamente, mas numa infecção ocular por herpes zoster não diagnosticada, pode acelerar o dano e piorar todo o processo. Outras infecções podem causar vermelhidão em ambos os olhos, e algumas estão associadas à secreção em um ou ambos os olhos. Essas infecções necessitam de tratamento adequado. Lavar as mãos e limpar o rosto com frequência tam-bém ajudam a prevenir infecções que podem ser provocadas por esfregar os olhos após o contato com tais agentes infecciosos.

Sem dúvida, há muitas outras doenças que provocam o desconforto e os sintomas descritos por você. Secura nos olhos, por exemplo, é um dos problemas mais comuns. A umidade dos nossos olhos e o brilho e claridade da córnea são mantidos pelo constante fluxo das lágrimas. Elas também ajudam a prevenir infecções, combatendo os vírus e bactérias.

A redução na produção de lágrimas ou a intensa evaporação da umidade ao redor dos olhos podem causar a sua secura. Os processos inflamatórios localizados podem agravar o proble-ma. O clima quente no verão (ou a

exposição ao ar condicionado) e o ar seco dentro de casa durante o inverno, também agravam o problema. Uma maneira de o corpo reagir é aumentar a frequência das piscadas para espalhar as lágrimas por toda a superfície dos olhos. Entre as atividades que dimi-nuem a frequência das piscadas estão o trabalho ao computador, assistir televisão e até dirigir. A idade é outro fator. Quando ficamos mais velhos, as glândulas não apenas produzem menos lágrimas, mas as pálpebras inferiores podem ceder, não protegendo apro-priadamente o globo ocular. Doenças autoimunes como o mal de Sjögren e artrite reumatoide também podem agravar o problema. O uso prolongado de lentes de contato e de medica-mentos como os anti-histamínicos e betabloqueadores pode estar associado ao aumento da secura nos olhos.

A primeira coisa a fazer é procurar ajuda profissional e a avaliação. É muito importante beber quantidades adequadas de água e lavar o rosto regu-larmente. Mantenha suas mãos limpas e se esforce para não esfregar os olhos. Compressas mornas aplicadas sobre os olhos também podem ser úteis nos casos onde haja infecção e inflamação ao redor da pálpebra (blefarite).

Celebre o dom da vida e da visão, e mantenha seus olhos saudáveis para honra e glória de nosso bondoso Criador! ■

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral.

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

SaúdeOlhos

F O T O : R I N N A B O H U I

Sinto, às vezes, um desconforto como se tivesse areia nos olhos, associado à vermelhidão. É pior no olho direito e quando estou em ambiente quente e empoeirado. Percebo, ocasionalmente, a visão levemente embaçada quando tenho esses sintomas. O que poderia ser o problema?

S A Ú D E N O M U N D O

dos

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“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu” (Mt 6:9-11, ARA)

A decisão de mudar deve ter sido tomada com muita oração e cuidado. Estávamos deixando nossa casa na cidade e mudando para o campo, mais especificamente, para “o vale” enfeitado com uma vegetação muito viçosa.

Éramos crianças e víamos a mudança como uma aventura. Mas para nossos pais era uma necessidade.

A casa para a qual nos mudamos estava localizada perto do trabalho do meu pai, da igreja e do colégio. Em termos de espaço, a casa era grande o suficiente para acomodar uma grande família, e o fato de não possuir algumas amenidades não incomodava nem um pouco a nós crianças. Éramos vistos como os “estranhos” que chegamos à vila onde praticamente todo mundo era parente. E, não sabíamos que os moradores dali esperavam que não ficássemos por muito tempo.

“O pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (versos 11,12, ARA).

Nossa casa possuía uma boa horta e estava circundada por todas as árvores frutíferas que nossa mente juvenil podia imagi-nar. Ficamos alvoroçados experimentando e classificando nossas frutas preferidas que variavam entre mangas, goiabas, ameixas, toranjas, cerejas, tamarindos, bananas, limas e limões. Havia até

uma árvore de caju de onde aprendemos algumas lições – que o suco produz uma terrível nódoa e que a castanha que cresce no topo da flor, pode causar terríveis bolhas nos dedos ou na boca se for comida crua. Poder subir em todas essas árvores era uma glória, pelo menos foi o que aprendi com meus irmãos.

Para completar esse autêntico “Éden”, havia próximo dali um rio com várias piscinas, onde nos divertíamos tomando banhos matinais para o desespero de nossa mãe, que sempre reclamava com meu pai por nos levar às 5h30 ou 6h00 da manhã para banhar na água gelada.

Ao terminar o verão, descobrimos quanta sorte tivemos em morar na frente de uma escola fundamental. No primeiro dia de aulas ficou óbvio que os antigos moradores faziam e vendiam vários itens para o lanche das crianças. Minha mãe, muito prendada, descobriu o que todos apreciavam e rapi-damente aprendeu a fazer guloseimas como picolés, balas de goiaba, barras de amendoim, mangas e ameixas em conserva, bala de tamarindo que eram apenas alguns dos itens. Essa atividade ajudou no orçamento da família.

Citando Dickens, essa foi realmente “a melhor época” e “a pior época” – especialmente, para alguns membros de nossa família.

“E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” (verso 13, ARA).

Certa noite, fui acordada pelo que parecia um terremoto. A cama de casal que eu dividia com minha irmã mais nova

D E V O C I O N A L

Por Marvene Thorpe-Baptiste

Vale. . . Ode

Refletindo na proteção silenciosa de Deus Oração

F O T O S : C O R T E S I A D O A U T O R12 Adventist World | Junho 2012

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estava balançando violentamente! Sentada, descobri que minha irmãzinha estava encolhida e aterrorizada no canto da cama. Olhos esbugalhados, batendo com o queixo... Suas mãos tão agarradas ao cobertor que precisei força-las fisicamente para abrir seus dedos. Como era muito pequena, não conseguia dizer o que a tinha amedrontado tanto. Infelizmente, esse não foi um incidente único. Essas “noites de terror” continuaram por um período de tempo, sempre seguindo uma sequência conhecida. Finalmente, tornou-se um motivo de preocupação para meus pais.

Coincidentemente, meu irmão mais novo reclamou que algo o estava amedrontando durante a noite. Meus irmãos mais velhos brincaram e o acusaram de ter pesadelos por comer muito tarde à noite. Ele dividia um quarto espaçoso com outros quatro irmãos. Os meninos mais velhos instala-ram uma pesada cortina azul-marinho para dividir o quarto. Portanto, todos estavam no mesmo espaço, por que ele não se sentia seguro?

Finalmente o levamos a sério quando, certa manhã, os meninos descobriram um grande rasgo na cortina. Sob questionamento, nosso garoto explicou que quase todas as noites ele via o que parecia ser uma mão grande vindo em sua direção como se fosse estrangulá-lo. Por esse motivo e para se proteger, começou a dormir com uma faca embaixo do travesseiro. Na noite em questão, ele decidiu atacar a “mão”, e rasgou a cortina.

O que estava assustando essas crianças? Por que só os dois mais novos? E por que somente à noite? Essas eram apenas algumas das perguntas que inquietavam a nossa mente.

Lentamente as peças foram se juntando. Ao relatarmos os vários incidentes para nosso vizinho

mais próximo, mamãe descobriu que os primeiros moradores participavam de práticas e rituais de ocultismo realizando “reuniões secretas” e sessões tarde da noite. Os vizinhos contaram histórias de vários indivíduos chegando e saindo em diferentes horários do dia e da noite, e de uns barulhos estranhos, do “outro mundo”, e às vezes assustadores que vinham daquela casa.

Quão ingênuos e inocentes tínhamos sido! E ainda havia tanta coisa que não sabíamos!

Logo que nos mudamos, não sabíamos o que significavam uns desenhos de círculos com cruzes e uns animais assusta-dores no centro, que havia na parede. Simplesmente os apaga-mos e jogamos fora uns artefatos estranhos que encontramos dentro e ao redor da casa. Nem compreendemos por que nosso vizinho havia sido tão enfático quando nos disse para jogarmos fora e nunca, nunca abrir as muitas garrafas cheias com um líquido vermelho, verde e azul que descobrimos quando procurávamos por “tesouros” ao redor da casa.

Sempre havia sido um mistério para nós, por que a casa parecia ser um céu para todas as criaturas “grande e

pequenas” – desde morcegos e corujas que faziam suas rondas noturnas dentro da casa, até uma serpente ocasional –, como também vários escorpiões e lagartos que agiam como se eles, não nós, fossem donos do lugar. Nós, entretanto, levamos tudo na brincadeira, e felizmente, nunca fomos feridos por qualquer dessas criaturas, especialmente pelos escorpiões. Pensávamos que tudo isso fosse normal na vida no campo.

“Pois Teu é o reino” (verso 13, ARA).

Os desenhos, os frascos com líquido colorido e as várias criaturas, todos significavam alguma coisa—mas apenas para os que criam piamente no outro mundo.

Graças a Deus meus pais não se encaixavam nessa cate-goria. Nunca levantaram um alarme ou deram um nome aos incidentes assustadores. Descobriram que não estávamos lutando contra sangue e a carne, e sim … contra os domina-dores deste mundo tenebroso” (Ef 6:12).

Decidiram intensificar a atmosfera espiritual do nosso lar. Todas as manhãs, éramos despertados muito cedo para o culto familiar, quer chovesse ou fizesse sol. Esse era repetido no final do dia, especialmente às sextas-feiras à noite.

Meus pais desenvolveram uma maravilhosa e poderosa vida de oração pessoal, onde cada um de nós era apresentado em oração a Deus. Meu pai tinha sua devoção pessoal ao re-dor das 4h30 da manhã. Mamãe em algum momento durante o dia quando estávamos na escola. Suas orações como um grande manto protegeu a nós, os inocentes, dos poderes do mal. Pois, em pouco tempo o “terror e os visitantes noturnos” diminuíram em frequência e intensidade até desistirem total-mente. Na verdade, as coisas ficaram tão normais que minha irmã caçula nasceu naquela casa.

Entretanto, essa experiência desagradável não tirou a nos-sa alegria de viver num local onde éramos livres para passear, explorar e nos divertir com as bênçãos da terra – mesmo que por pouco tempo. Pela graça de Deus os mais novos, até hoje, não sofreram nenhuma consequência maligna por terem morado “no vale”. Minha mãe resumiu muito bem quando disse: “Realmente foi a misericórdia de Deus e Suas bênçãos que nos acompanharam naqueles anos difíceis.”

“Pois Teu é o poder e a glória, para sempre, Amém” (Mt 6:13, ARA). ■

Marvene Thorpe-Baptiste é assistente editorial das revistas Adventist Review e Adventist World.

LOCAL MEMORÁVEL: O esplendor da natureza em Trinidade foi o cenário para esta história. Elvira, a mãe da autora, e a irmã Sharon (no detalhe).

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De todos os ensinamentos cris-tãos, a doutrina sobre Deus é a mais difícil de ser explicada.

Isso porque nossa mente humana finita não consegue compreender com-pletamente o Deus infinito. No centro dessa doutrina está o conceito da Trindade, pelo qual se entende que Deus é um em essência, mas três em pessoa. Assim, os cristãos geralmente creem em um Deus – um Deus triúno – não três Deuses. Mas, se Deus é um, como pode haver uma Trindade? E se há uma Trindade, por que cremos que há um Deus? Vamos procurar algumas respostas na Bíblia!

A Unidade de Deus A Bíblia nos diz que há um só

Deus: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso

a Moisés na sarça ardente (Ex 3:2) chama a Si mesmo de “o Senhor” (verso 15) e “Eu Sou” (verso 14). Foi esse “Anjo” que Deus enviou para guiar Israel a Canaã (veja Ex 23:20, 21; cf. Ex 14:19) e que aparece em Josué 5:14 como “comandante do exército do SENHOR” (NVI). No Salmo 45:6 a 8 (cf. Hb 1:8, 9) Deus é ungido por Deus, sugerindo, como nos textos acima, que há mais que uma pessoa divina. Isaías 63 apresenta três pessoas divinas: o SENHOR/Pai (versos 8-11, 16), o “anjo da Sua presença” (verso 9) e Seu Espírito Santo (versos 10, 11, 14). Como em Isaías 63:16, Deus também é chamado de Pai (e.g., Dt 32:6; Is 64:8; Ml 2:10).

Há, ainda, referências a Deus-Filho: “Porque um menino nos nasceu, um

Por Daniel K. Bediako

Deus, é o único Senhor” (Dt 6:4; veja 1Co 8:4-6).1 A mesma Bíblia, no entanto, diz que o Pai é Deus (Mt 27:46; 1Co 8:6), que o Filho/Cristo é Deus (Jo1:1; 20:28; 2Pe 1:1) e que o Espírito Santo também é Deus (At 5:3, 4; 2Co 3:17, 18). Essas pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – formam a Trindade.

A Pluralidade de Deus: Antigo Testamento

O conceito da Trindade não é explícito no Antigo Testamento, embora não esteja completamente ausente. A divina convocação em Gênesis 1:26 (“Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança”; cf. Gn 3:22) tem sido compreendida, muitas vezes, tendo a Trindade em vista. O “Anjo do Senhor” que apareceu

Distintos –

Indivisível! mas

N Ú M E R O 2

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

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filho se nos deu; … e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Isaías 53 se refere a um “Servo” a quem o Senhor fez levar toda a ini-quidade dos outros (versos 6, 10, 11). Universalmente, compreende-se que esse Servo se refere a Cristo e que é distinto do Senhor (i.e., o Pai) e do Espírito (Is 42:1; 48:16). Semelhantemente, Daniel 7:9 a 14 apresenta dois seres divinos: o “Ancião de Dias” que preside o julgamento e o “Filho do Homem” a quem foi dado o reino eterno. O Messias ungido (Dn 9:25), o “homem vestido de linho”(Dn 10:5, 6) e, Miguel (versos 13, 21; Dn 12:1), todos se refe-rem ao Filho do Homem. Finalmente, segundo Isaías 63, às vezes, há referên-cias ao Espírito Santo com característi-cas pessoais (e.g., Gn 6:3; Is 48:16).

A Pluralidade de Deus: Novo Testamento

No Novo Testamento o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apresentados como pessoas distintas. Deus o Pai é referido muitas vezes (Jo 5:36, 37). O Pai enviou o Filho para salvar o mundo (Jo 3:16, 17). O Filho obedeceu ao Pai (Mt 26:39-42), a quem Ele chama de “MEU DEUS” (Mt 27:46). Cristo é “o Filho” (Lc 22:70) e, é Deus (Jo 1:1; Cl 2:9; Tt 2:13). Esse Deus-Filho foi crucificado, mas ressuscitou da morte e retornou ao Pai (Jo 20:17). Posteriormente, o Pai e o Filho envia-ram o Espírito Santo (At 2:33), que também é Deus (At 5:3, 4) e possui características pessoais (Jo 16:7-13; At 13:2, 4; 16:6, 7).

Alguns creem que existe um Deus, mas rejeitam o conceito da Trindade. Para eles, Pai, Filho e Espírito são manifestações de uma única pessoa. Esse posicionamento encontra difi-culdade em passagens onde vemos três pessoas realizando ações distintas, simultaneamente. Por exemplo, no batismo de Jesus, o Espírito desceu em forma de pomba e o Pai falou lá do céu: “Tu és o meu Filho amado” (Mc 1:11). Além disso, considerando que foi o Pai quem enviou o Filho a Terra, e sendo que ambos enviaram o Espírito, conclui-se que o Espírito é uma pessoa distinta das outras duas.

Há uma fórmula da Trindade que apresenta a Divindade como três pes-soas coexistentes e eternas, que embora distintas, são uma unidade indivisível (Mt 28:19; 2Co 13:14; 1Pe 1:2; Jd 20, 21). Por exemplo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizan-do-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Note que o batismo é realizado não nos nomes, mas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Isso implica que, embora as pessoas da Trindade sejam distintas, são indissoluvelmente unidas em essência e natureza: “Portanto é evidente que na substância de Deus há três pessoas, nas quais o Deus uno é reconhecido.”2

Função ou Relação?Porque Deus é um em três, os

termos Pai, Filho e Espírito Santo podem ser melhor compreendidos em termos de função como oposto à relação. Assim, o Pai envia o Filho

Indivisível!

Trindade Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito

Santo, uma unidade de três Pessoas coeter-nas. Deus é imortal, onipotente, onisciente, acima de tudo e sempre presente. Ele é infinito e está além da compreensão humana, mas é conhecido por meio de Sua autorevelação. Para sempre é digno de culto, adoração e

serviço por parte de toda a criação. (Dt 6:4; Mt 28:19; 2Co 13:14; Ef 4:4-6; 1Pe 1:2; 1Tm

1:17; Ap 14:7.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, No 2

A

Daniel K. Bediako é doutor em Teologia e professor da Escola de Teologia e Missões na

Valley View University, em Gana. É casado com Gifty e tem dois filhos, Hehra e Daniel.

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(Jo 3:16, 17), o Filho realiza a Sua tarefa (Jo 19:30), e o Espírito Santo continua a obra divina (Jo 14:26). Quanto compreendida em termos de função, não precisamos questionar se o Filho foi realmente nascido do Pai, ou se o Pai e o Filho são superiores ao Espírito. Embora Maria tenha ficado “grávida pelo Espírito Santo” (Mt 1:18), o Espírito não é o Pai do Filho, que também é “Pai da Eternidade” (Isa. 9:6). Nós adoramos um Deus que Se revela um e é composto de três pessoas distintas que participam de uma substância e coexistem em unidade. Essa doutrina é bíblica, mesmo permanecendo um mistério. ■

1 A menos que especificado, todas as citações bíblicas neste artigo foram extraídas da versão Almeida – Revista e Atualizada, 2ª edição. 2 So John Calvin, veja Ekkehardt Mueller, “Our God” (http://biblicalresearch.gc.adventist.org/Bible%20Study/Our%20God.pdf).

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Eles estão em todas as cidades superpopuladas: os profissionais de seus vinte e poucos anos, com os olhos grudados nos iPads ou smartphones. Homens e mu-

lheres ocupados tentando encontrar tempo para gastar com a família e muitas vezes vivendo distantes uns dos outros. Aposentados solitários passam entre nós nas ruas movimen-tadas das cidades. A maior parte deles, quando perguntados sobre Deus e o futuro, balançam as mãos – sem tempo, sem interesse, sem chance de abrir o coração. Mesmo assim nos perguntamos: Como podemos chegar até esse povo diverso, em sua maioria secular, para falar sobre o amor de Jesus?

O Desafio Os missiologistas dizem que por todo o mundo desen-

volvido (e cada vez mais no mundo em desenvolvimento,

Por Gerald A. KlingbeilFé.SimplesEmbalagem certa para

a mensagem eterna

particularmente nas metrópoles) o secularismo torna o evangelismo cada vez mais difícil. As pessoas não gostam de abrir as portas. Outros estão muito ocupados para ouvir. Alguns simplesmente não se importam. Os secularistas mais convictos são visceralmente contra o cristianismo e suas respostas “fáceis” para os desafios da vida.

Aqui estão alguns números da Alemanha, bem no coração da Europa secular: menos de 20 por cento de todos os ale-mães frequentam regularmente qualquer tipo de igreja.1 Enquanto cerca de 65 por cento são nominalmente luteranos ou católicos, tem-se a impressão de que isso não faz diferença em sua vida, incluindo as visitas à igreja.2 Mais de 60 por cento declararam em 2009 que o ser humano evoluiu de outras formas de vida, e outros 20 por cento não tinham certeza sobre o relato bíblico da criação.3 (Veja o quadro). Para a maioria das

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Simples AO VIVO: Todas as noites os apresentadores interagiam com os convidados especiais, com o público presente no estúdio do centro de mídia e com a grande audiência via mídia social.

A R T I G O D E C A PA

pessoas que vivem na Alemanha, o cristianismo organizado e sua fundamentação bíblica é de pouca ou nenhuma impor-tância – obviamente um grande desafio quando tentamos ser fieis à comissão de Jesus de ir e fazer discípulos (Mt 28:18-20).

Esse, porém, não é um fenômeno alemão ou europeu somente. Em todo mundo podemos ver tendências similares. O secularismo está em ascensão, especialmente nas grandes cidades espalhadas pelo nosso planeta.

O Sonho O que é interessante geralmente começa com um sonho.No começo de 2007, Matthias Müller, gerente geral

do Stimme der Hoffnung, Centro de Mídia da Divisão Euro-Africana (EUD), começou a sonhar após retornar do Concílio sobre Evangelismo e Testemunho na sede mundial

da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, EUA, onde ouvira sobre a disponibilidade de um dízimo extraordinário para projetos missionários especiais. Enquanto caminhava pelos corredores do Mídia Center em Alsbach-Hähnlein, Alemanha, encontrou-se com Klaus Popa, um dos editores, e espontaneamente, perguntou se ele estaria interessado em planejar uma abordagem evangelística inova-dora usando todos os tipos de mídia: TV, cinema, Internet e redes sociais. Ele se interessou (e não foi porque era seu chefe quem estava perguntando!). Mais tarde naquele ano, durante as reuniões administrativas da EUD (Divisão Transeuropeia), Matthias consultou o tesoureiro da Divisão: “Quão grande pode ser o nosso plano?” E a resposta foi: “Pense alto!” – e, foi isso que eles fizeram. No verão de 2007, Matthias e Klaus gastaram muitas horas trocando ideias. O que seria necessário para alcançar uma sociedade secular e pós-moderna, falando uma linguagem compreensível? Quais elementos e que mídias deveriam incluir? Como deveriam “vender” a ideia para as igrejas para que aceitassem tal programa?

Em Dezembro de 2007 o projeto foi encaminhado pela EUD a uma comissão de apropriação na Associação Geral. Oito meses mais tarde, Matthias e Klaus receberam sinal verde e começaram a desenvolver mais amplamente a ideia. Finalmente, em dezembro de 2009, o projeto foi votado por uma comissão administrativa regional da Igreja (com repre-sentantes de todos os países de fala alemã na Europa). Foram dois anos de extenso debate e planejamento. Agora havia chegado a hora de promover o projeto. Em fevereiro de 2010, durante as reuniões do Hope Channel (TV Adventista Mun-dial) em Beirute, Líbano, o ambicioso projeto foi apresentado aos especialistas em mídia de todo o mundo.

Um mês mais tarde, as Uniões de fala alemã formaram uma comissão de supervisão e nomearam o Pr. Willie Schulz como coordenador do glauben.einfach [fé.simples].4 Ninguém contou as dezenas de visitas às igrejas locais, reuniões minis-teriais ou mesas administrativas. À medida que as igrejas iam se envolvendo, crescia o entusiasmo por essa nova abordagem evangelística. No final, fé.simples teve 462 sites de downlink (e vários não oficiais) – grande acréscimo quando comparado às experiências anteriores de evangelismo via Internet.

A equipe, dirigida pela comissão de supervisão, decidiu transmitir ao vivo um programa de televisão por 17 noites. Duas vezes por semana, entre 8 de outubro e 3 de dezembro de 2011. O espaço de tempo relativamente longo daria aos convidados conectados no fé.simples uma chance mais realística de estabelecer uma ligação com a igreja local. Além disso, o ritmo mais ameno do projeto evangelístico ajudaria a evitar saturação. Após 482.115 folhetos, 37.715 cartões de visita com a logo do fé.simples, convites e 16.089 cartazes, o relógio badalava cada vez mais alto. Foi formada uma corrente de oração on-line que orou por 365 dias. Centenas de igrejas, milhares de seus membros, bem como a incansável equipe de Matthias e Klaus estavam prontos – ou quase. Estava na hora de comunicar para uma cultura secular e

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I L U S T R A Ç Õ E S : S A R A H K O S T M A N N , S T I M M E D E R H O F F N U N G Junho 2012 | Adventist World 17

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pós-moderna que a fé é realmente simples, que Deus ainda está no trono e que a dor, morte e as calamidades não são para sempre.

A Experiência Após mais de quatro anos de trabalho, fé.simples final-

mente foi ao ar no dia 8 de outubro de 2011.O programa de cada noite era formado por cinco blocos.

Na primeira parte era mostrado um pequeno vídeo de três a cinco minutos, sobre um filme de longa metragem filmado em Nova Iorque em 2010. Embora o filme não tivesse sido feito pelo Mídia Center, a equipe teve grande participação no processo de escrever o roteiro e na produção. O filme conta a história de Niklas, um jovem alemão de sucesso, gerente de

banco com a missão de fechar uma filial em Nova Iorque. E Letícia, jovem talentosa do Brooklyn que fora criada num lar cristão. Filha do pastor de uma igreja da mesma cidade, que sonha com uma carreira musical. Quando essas duas

pessoas se encontram e convivem, sua visão do mundo entra em choque e surgem muitos questio-namentos e conflitos.

Cada episódio do filme, cuidadosamente selecionado, era relacionado com uma pequena exposição do tema da noite (15 a 20 minutos) apresentado por

Matthias ou Klaus e, também, filmada em Nova Iorque. A ligação com Nova Iorque ajudou a ligar a exposição do tema ao clipe do filme recém-apresentado e fez

a reflexão mais universal e aplicável a diferentes culturas e contextos. A filmagem das reflexões nas ruas de Nova Iorque também ajudou a ressaltar a ênfase que o fé.simples dá à vida real. Os visitantes podiam intuitivamente compreender que a Palavra de Deus não está restrita a um púlpito. Ela toca simplesmente tudo em nossa vida.

Em seguida havia um painel de discussão de 30 minutos, transmitido ao vivo do estúdio do Mídia Center em Alsbach-Hähnlein. Todas as noites um dos apresentadores era âncora do programa e interagia com dois convidados especiais e com a audiência ao vivo. Klaus se lembra do que mais impressionou o público: a espontaneidade da conversa. Aquele era um programa de TV “arriscado”, mas muito pessoal. Por meio de conversas abertas sobre um Deus que está buscando as pes-soas, mas que nem sempre pode ser explicado. “Alcançamos um nível de interatividade que impressionou nosso público”, lembra-se Matthias. A Bíblia era o centro de nossa conversa, e era relacionada com a vida real.

Havia um segmento adicional de 25 a 30 minutos antes do fechamento do programa que realmente fundamentava a apresentação bíblica e a conectava com a audiência. Logo após a discussão transmitida ao vivo do Centro de Mídia, cada local de downlink na Áustria, Alemanha, Suíça e muito mais continuavam discutindo com o seu público o assunto daquela noite. As pessoas interagiam, tanto ao vivo como virtualmente, sobre o tema específico da noite: criação, sába-do, o futuro, os eventos finais, morte e batismo. Cada local de downlink tinha um líder dirigindo a conversa. As pessoas se sentiam à vontade para fazer perguntas e ao procurarem juntas as respostas nas Escrituras, havia uma sensação de

ConversandoO editor associado Gerald Klingbeil conversou com Matthias Müller e Klaus Popa durante recente visita à Associação Geral. Aqui estão alguns trechos da conversa.

Como as pessoas reagiram ao estilo e abordagem do fé.simples?KP: Na verdade, em minha opinião, o que mais impressionou nosso público foi a espontaneidade do programa como um todo. Nós não preparamos nossos convidados para as perguntas e não demos a eles as respostas.MM: Eles insistiram muito dizendo: “Por favor, diga o que vocês querem. Qual deve ser o resultado do debate?” E, sempre dizíamos: “Desculpe, não podemos dizer como deve ser a conclusão.

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Queremos que seja aberto para qualquer um expressar suas ideias e compartilhar sua experiência.” KP: Era pessoal e, de certo modo, alcançamos um nível de vulne-rabilidade porque permitimos um espaço que não controlávamos. Penso que esse elemento de vulnerabilidade foi o fator relevante que impressionou nosso público.

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NOVA IORQUE, NOVA IORQUE: Matthias Müller (abaixo) e Klaus Popa (no carro acima) gravaram em Nova Iorque a parte principal do programa de

cada noite. Isso funcionava como uma ligação direta com a história do filme e deixou o programa mais internacional.

O fé.simples foi um tipo de evangelismo “suave” – do tipo evangelismo “sinta-se bem”?KP: Entendi sua pergunta. Não, não era. Abordamos assuntos vitais sobre a fé. Assuntos como o sofrimento, o começo do mun-do, criação, amor, sexualidade, desejo, morte, fim dos tempos, o sábado e Apocalipse 13.

Então vocês abordaram as principais doutrinas adventistas?KP: Sim, nós falamos delas. Mas não apenas isso, nós realmente fizemos perguntas difíceis. Desafiamos uns aos outros em nossos diferentes papeis, como apresentador e como convidado. Por exemplo, tínhamos ali pessoas que haviam perdido um ente que-rido, e fizemos a difícil pergunta: Como a fé cristã o ajudou? Ela realmente ajudou? Esse não é um evangelismo “suave”; é tocar em questões existenciais com as quais as pessoas cristãs ou não cristãs estão lutando. Quando você perde sua esposa, sua fé está em risco. Quando você perde seu filho de três anos de idade, sua fé está em risco. É como perguntar pra pessoa: Sua fé é real, tem substância capaz de carregá-lo, ou é somente “fé”?

Nova Iorque tem um papel significativo na iniciativa de evangelizar as grandes cidades do mundo cada vez mais seculares, pós-modernas e difíceis de evangelizar. Vocês acham que a abordagem do fé.simples pode contribuir com essa iniciativa? MM: Enquanto estávamos produzindo em Nova Iorque, passamos um tempo lá e visitamos várias igrejas adventistas da cidade. Fomos sempre bem recebidos e as igrejas são maravilhosas. No entanto, havia diferenças. Sugerimos que para essa população não preguem apenas. Há uma população especial em Nova Iorque, os profissionais de finanças e os artistas. Você precisa encontrar um caminho para entrar em contato pessoal com eles. Apenas pregar, não vai funcionar. Digo isso de coração, mesmo tendo sido pastor evangelista a minha vida toda. Se, queremos alcançar as cidades, precisamos estabelecer algum tipo de servi-ço comunitário envolvente para que as pessoas sintam que esta Igreja oferece mais do que apenas sermões.

comunidade. Os estranhos começaram a se sentir em casa. Finalmente, o apresentador da noite fazia uma conclusão

de cinco minutos. Esse era um momento decisivo, muitas vezes com experiências pessoais e bastante conteúdo. O programa era concluído com um apelo para entrega a Deus – uma decisão, mesmo que pequena, leva à mudança; porque a vida como conhecemos, não permanece a mesma depois de encontrarmos a Jesus. Assim terminavam os noventa minutos que falavam de Jesus de um modo compreensível para pessoas seculares e pós-modernas. As luzes do estúdio se apagavam. Entretanto, Matthias, Klaus e a equipe do Mídia Center passavam ainda uma hora, cada noite, interagindo com centenas de pessoas pelas redes sociais e via telefone. No programa, as pessoas comentavam, faziam perguntas, pediam oração e obtinham arquivos de mídia para o seus sites.

As Vozes Matthias conta de uma senhora católica que viajou uma

hora e meia em seu carro para estar presente no estúdio. Ela havia descoberto o Hope Channel “por acaso” na primeira apresentação do fé.simples. “Eu fiquei impressionada em fren-te à TV”, disse ela. “Será possível encontrar algo tão autêntico na TV?” Ela chamou seu marido que é cético, e assistiram juntos. Então, ela perdeu o canal. Encontrou mais tarde e continuou assistindo todas as noites. Na última semana ela trouxe as duas filhas ao estúdio. “Meu marido ateu agora está matriculado no curso bíblico por correspondência”, ela disse alegremente.

Veja a reação de Sonja no final do último programa no dia 3 de dezembro de 2011: “Querida equipe do fé.simples, quero agradecer profundamente por essa série e por tanto compro-metimento. Minha amiga e eu fomos muito abençoadas. Após

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MUITA ATENÇÃO: Fé.Simples tinha como objetivo alcançar todas as gerações, dos jovens aos aposentados.

Todas as noites era dedicado um tempo significativo para as pessoas falarem sobre o tema do programa na perspectiva bíblica e falar de sua própria experiência.

alcançar todas as gerações, dos jovens aos aposentados.

Gerald A. Klingbeil, natural da Alemanha, é editor associado da Adventist World, casado com Chantal e têm três filhas.

assistiram pelo satélite ou TV a cabo. Com base nos rela-tórios dos sites houve a participação de cerca de 1.500 não adventistas a cada noite. Esses números podem parecer in-significantes em algumas partes do mundo. Entretanto, esses 10 mil espectadores representam cerca de 25 por cento da população adventista da Áustria, Alemanha e Suíça – uma grande parte da população total da Igreja.

Muitos membros da igreja de fala alemã sentiram-se seguros com essa abordagem evangelística culturalmente sensível. Membros da Igreja de Hohe Marter em Nuremberg, Alemanha, destacaram a importância de ter dois apresen-tadores, cada um representando um grupo etário diferente, permitindo que atingissem públicos distintos e demonstran-do cooperação entre gerações. “Sempre sonhei que todos os grupos etários deveriam ser capazes de trabalhar juntos na igreja. Para mim, esse é o cumprimento de Malaquias, trazendo os pais de volta aos seus filhos.” Klaus acrescenta: “Nós dois assumimos o risco de embarcar numa jornada, representando diferentes grupos e personalidades diferentes. Algumas pessoas nos disseram: ‘Vocês são meio diferentes.’ Mas acreditar que grupos etários diferentes podem trabalhar tão próximos—só isso já era um sinal.”

O FuturoFé.simples não é um evento que aconteceu uma vez e

que funcionou na Alemanha, no coração da Europa secular. Fé.simples é muito maior que isso. Ele representa um modelo de como apresentar a imutável verdade de uma maneira culturalmente sensível que pode atingir diferentes grupos etários. É uma maneira de atingir integralmente as mentes seculares, indo além dos argumentos modernos e dando atenção ao método de Jesus: Alcançar os Não Alcançados. Ele enfatiza a necessidade de ouvir e de come-çar o diálogo com as pessoas além das paredes de nossas igrejas. No evangelismo duradouro deve sempre haver o diálogo – começa com um convite e continua com uma conversa honesta que dura pela eternidade. A fé é simples assim – ponto. ■

1 Ver: http://de.statista.com/statistik/daten/studie/179832/umfrage/haeufigkeit--- kirche-oder-religioese-veranstaltungen-besuchen/, que foi baseado numa pesquisa com cerca de 20 mil pessoas, em 2008. 2 Veja os números: http://de.statista.com/statistik/daten/studie/179440/umfrage/zugehoerigkeit- zu-einer-religionsgemeinschaft/, dos quais 30 por cento indicaram que não pertencem a qualquer comunidade religiosa. 3 Compare o site: http://de.statista.com/statistik/daten/studie/5171/umfrage/glauben-an- schoepfungsgeschichte-oder-evolution/.4 Siga as formas digitais de expressão. O título deve ser lido: “Faith-dot-Simple.” Confira a versão alemã no site www.glauben-einfach.com.

o programa da quarta-feira passada, minha amiga orou pela primeira vez em sete anos. Deus lhe deu uma linda experi-ência de oração e ela mal podia acreditar. Agora estamos assistindo aos programas anteriores pela internet e queremos agra-

decê-los outra vez pela coragem e energia em permitir que Deus os use.” E o que dizer de Sabine que encontrou o canal “por acaso”? Quando o instalador de sua antena lhe falou sobre uma igreja adventista numa pequena cidade não muito longe da sua, ela encontrou uma congregação muito respeita-da em sua pequena comunidade. “Minha neta de 14 anos de idade está procurando por Deus e eu a levei para a igreja. Foi o primeiro culto que ela assistiu na vida! Ela está gostando de ler a Bíblia.”

O programa alcançou uma média de 10 mil espectadores nos sites oficiais de downlink. Além disso, 500 computadores acessaram a página da Web e ninguém sabe quantas pessoas

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Pela providência de Deus, os que estão arcando com a respon-sabilidade de Sua obra vêm se

empenhando para colocar vida nova nos antigos métodos de trabalho, e para inventar novos planos e novos métodos para despertar o interesse dos membros da igreja num esforço conjunto para evangelizar o mundo…

Pesquise as EscriturasNos últimos anos, falei a favor do

plano de apresentar nosso trabalho missionário e o seu progresso aos nossos amigos e vizinhos, e tenho apresentado o exemplo de Neemias. Agora, desejo exortar nossos irmãos e irmãs a mais uma vez estudar a experiência desse homem de oração, fé e discernimento que ousou pedir ajuda a seu amigo, o rei Artaxerxes, para o avanço dos inte-resses da causa de Deus. Compreendamos que ao apresentar as necessidades de nosso trabalho, os crentes podem refle-tir luz para os outros, à medida que eles como Neemias se aproximam de Deus e vivem em íntima ligação com o Doador de toda luz. Nossa própria vida deve estar firmemente fundamentada no conhecimento da verdade, se quisermos

Santo dirija cada obreiro; e deixe que cada um esteja disposto a ouvir os conselhos daqueles que foram escolhi-dos para dirigir as várias atividades da igreja. Assim, a verdade sempre estará em terreno vantajoso. Alguns podem melhor recomendar a verdade, não por argumentos ou conversas, mas vivendo os princípios da verdade, levando uma vida modesta e humilde como discípu-los consistentes do Cristo manso e humilde. Isso é especialmente verdade para aqueles que são incapazes de dar uma razão para sua fé, e aqueles que têm zelo não devido ao conhecimento. Esses crentes devem falar menos em defesa da nossa fé e estudar mais a Bíblia, deixando que sua conduta seja um testemunho eloquente do poder para o bem que a verdade exerce sobre uma vida e um coração dispostos. ■

Publicado em Manuscript Releases, v. 7, p. 363, 364; este trabalho foi originalmente intitulado “Methods for Reaching Unbelievers” [Métodos para Alcançar os Descrentes]. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

ganhar outros do erro para a verdade. Precisamos agora, pesquisar as Escrituras diligentemente para que, ao nos tornar-mos familiarizados com os descrentes, possamos apresentar diante deles o Cristo ungido, crucificado, Salvador ressurreto, testemunhado pelos profe-tas, testificado pelos crentes e que, por meio do Seu nome, recebemos o perdão dos nossos pecados.

Ao exaltarmos a cruz do Calvário diante de outros, veremos que ela nos exalta. Que todo crente se levante agora, em seu lugar, inspirado pela obra que Cristo realizou por nossa vida neste mun-do. Necessitamos do ardor cristão que persevera até o fim, sempre contemplan-do Aquele que é invisível. Nossa fé deve ser ressuscitada. Onde quer que esteja-mos, sejam quais forem às oportunidades, sejam limitadas ou extensas, devemos exercer influência positiva para o bem.

Deixe que o Espírito Dirija A fim de cumprir o propósito de

Deus como cooperadores com Ele, não é necessário que todos os crentes traba-lhem da mesma maneira ou juntos, na mesma direção. Não devem estabelecer direções precisas. Deixe que o Espírito

Alcançando os Descrentes

UnindoCoração eMente

Por Ellen G. White

E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

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Não há previsão do tempo que seja confiável na Tanzânia. Portanto, todos os sábados,

pela manhã, Magulyati Pandageila costumava observar o céu à procura de sinais de chuva.

Ele não estava sozinho. Outros membros da igreja não vinham ao culto se percebessem que iria chover. Os du-zentos membros da igreja de Pandageila em Ikunguilipu, norte da Tanzânia, se reuniam sob uma árvore de acácia, alta e frondosa, mas que não oferecia muita proteção contra a chuva. A igreja co-meçou como um grupo se reunindo na escola fundamental local estabelecida pelos adventistas do sétimo dia.

Em 1961, poucos anos depois de conquistar a independência, o governo da Tanzânia se apossou de todas as es-colas fundamentais e baniu o culto das salas de aula. Esse fato forçou a congre-gação a realizar seus cultos sob a árvore de acácia que pertencia a um fazendeiro não adventista.

O fazendeiro, talvez incomodado com o “barulho” dos cânticos, cortou a árvore forçando os membros a procura-

rem um lugar alternativo para o culto.Nesse período, os membros da

igreja se esforçaram para construir uma pequena capela que foi concluída em 1998. A igreja foi construída com tijolos de barro e folhas de zinco. Infelizmente, a parede do prédio foi derrubada por uma ventania muito forte, que se repe-tiu em 2000, fazendo voar o telhado e forçando os membros a realizar, mais uma vez, seus cultos sob outra árvore.

A despeito das dificuldades, a con-gregação cresceu de aproximadamente cem membros em 1980 para mais de duzentos em 2004.

Movido por Desastres Em 2002, a tia de Pandageila,

Yohana Nkonya, morreu em um acidente de trem quando retornava do encontro de mulheres em Morogoro, leste do país. Muitas pessoas de fora daquela aldeia compareceram à ceri-mônia fúnebre sob a árvore. A dolorosa experiência incentivou vigorosa cam-panha de arrecadação de fundos para a construção de uma igreja mais forte, que se iniciou em outubro de 2002.

A construção ficou paralisada por dois anos por falta por falta de recurso, mas recomeçou em dezembro de 2004 quando a igreja realizou outro funeral: Perpétua Maduhu, uma das primeiras adventistas do local. Mais uma vez, familiares e amigos vieram de fora da cidade para se despedir dela. Então, decidiram se unir à congregação para realizar o sonho de Perpétua – construir uma igreja na vila!

Em questão de semanas, o telhado cobriu a construção de 33 x 74 metros da igreja. Devido à falta de água enca-nada, eletricidade, máquinas ou outros equipamentos quase toda a construção foi feita à mão.

Os membros da igreja pediram ajuda até de quem não era membro da igreja. Toda a comunidade se uniu na construção do prédio. A construção deixou de ser um projeto adventista para ser uma atividade comunitária. Os voluntários que não eram mem-bros responderam carregando água, quebrando pedras e levantando as estruturas pesadas.

As crianças se ofereceram para ajudar

S E R V I Ç O

IgrejaÁrvoreSob a

A Por Ephraim Nkonya

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A fé concedeu um prédio, e muito mais.

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Ephraim Nkonya é nativo da Tanzânia e trabalha para o International Food Policy Research Institute

em Washington, D.C., Estados Unidos.

nos feriados escolares. Elas usavam vasilhas pequenas para coletar água enquanto cantavam canções cristãs.

Finalmente, os membros puderam se reunir sob “um teto”, protegidos das intempéries, no dia 25 de dezembro de 2004. O novo prédio e o espírito renovado os incentivou a realizar planos evangelísticos ambiciosos.

O apoio maciço da comunidade durante a construção parecia a confir-mação do poder de Deus e, a recom-pensa pelo esforço.

Evangelizando a Comunidade Em maio de 2005, a igreja realizou

uma série evangelística dirigida pelo Pr. Daudi Ndekeja da Associação Tanzânia Nyanza-Sul. O evento de três semanas teve boa frequência.

No último dia das conferências compareceram mais de 33 mil pessoas, cerca de cinco vezes a população local. Mais de 330 pessoas foram batizadas e 604 se matricularam nas classes batismais! Com apenas esse esforço, o número de membros sextuplicou: de cerca de 200 para 1.136!

sensação de que teriam de informar ao doador que sua doação fora leiloada.

Os membros da igreja continuaram orando, pedindo a Deus para salvá-los desse constrangimento. Solicitaram isenção da taxa de armazenamento, ar-gumentando que a demora fora provo-cada pela perda dos documentos já em posse da TRA e, portanto, a igreja não era a responsável. Porém, sua petição foi negada. Todos os esforços humanos foram em vão, e os membros e seus amigos foram forçados a entregar seus fardos Àquele que nunca falha.

O anúncio do leilão foi publicado no jornal local e também anunciado nas estações de rádio. O despachante da igreja aconselhou os membros a parti-ciparem do leilão para tentar comprar parte dos ladrilhos. Isso renovou neles a esperança de que Deus responderia suas orações ao Seu tempo.

No dia 26 de maio de 2009, o TRA informou à igreja de que seriam retiradas as taxas de armazenagem dos “ladrilhos de Deus”. A essa altura, o valor já havia chegado a 17.747 shillings tanzanianos (10.650 dólares). No en-tanto, foi solicitado que a igreja pagasse apenas 25 por cento das taxas, que era exatamente o valor já pago para tirar os ladrilhos do porto!

Esse milagre provocou outro marco no crescimento da igreja. O sonho de construir uma igreja moderna nessa vila remota se tornou realidade!

Se, cremos em Deus e colocamos todos os nossos fardos sobre Ele, a fide-lidade de nosso Pai não permitirá que o inimigo envergonhe Seu povo e impeça seu crescimento e entusiasmo. Que Seu nome seja louvado! ■

O rápido crescimento da igreja foi outra demonstração da poderosa mão de Deus.

Um Presente Quase PerdidoAo terminar a construção do prédio

da igreja, os membros decidiram cobrir o piso de chão batido com ladrilhos como expressão de gratidão a Deus pelo constante crescimento de membros, e por responder fielmente suas orações.

Eles pediram aos familiares e amigos que moram fora da aldeia para ajudar no plano de assentar o piso de ladri-lhos. Um irmão da Europa respondeu dizendo que doaria os ladrilhos se os membros pagassem o frete da Europa até Ikunguilipu.

Após um frenético período de angariação de fundos, a igreja pagou o transporte dos ladrilhos da Europa a Dar es Salaam no valor de 14.824 euros. As igrejas na Tanzânia são isentas das taxas de importação sobre materiais para a igreja, mas o processo de libera-ção é cansativo e dispendioso.

O processo de isenção fiscal é iniciado no bairro onde a igreja está localizada. Foi necessária uma carta oficial atestando que a Igreja de Ikun-guilipu existia e que havia comprado os ladrilhos para o seu piso. Demorou ainda dois meses para que a carta fosse escrita, a despeito das constantes solicitações.

Todos os dias a taxa de armazena-mento aumentava em vinte dólares. A carta foi enviada para as autoridades da Receita da Tanzânia (TRA) em Dar es Salaam, mas se perdeu nos seus escri-tórios. A igreja teve que solicitar outra carta, uma vez que a TRA só aceita documentos originais. Isso levou mais um mês. Entretanto, esse documento também foi extraviado, atrasando ainda mais a liberação dos ladrilhos. O pior é que a igreja não tinha o dinheiro para pagar o armazenamento e se este não fosse pago, os ladrilhos seriam leiloados. A situação causou neles a

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sua esposa se matricularam na melhor universidade da cidade, e rapidamente fizeram amigos. Logo, pediram a Shen para ser professor de línguas. Foi assim, que ele ganhou a confiança dos prin-cipais líderes da universidade e, mais tarde, recebeu a responsabilidade de atuar nas relações internacionais com outras universidades estrangeiras para incentivar melhor comunicação entre professores e alunos.

Nessa função, Shen descobriu várias oportunidades para ministrar o evange-

“Vocês não sabem quanto seus filhos estão ajudando a me adaptar à nova cultura e idioma”, disse a esposa de Shen. “Já que seus filhos ajudam os meus filhos a aprender chinês, quere-mos ajudá-los com o inglês.”

Num país onde ganhar dinheiro é a prioridade número um, fazer qualquer coisa de graça geralmente levanta suspeitas. Mas, no caso da família Shen, os pais aceitaram como um serviço para os filhos e se sentiram confortáveis com o fato de estarem aprendendo inglês

Evangelismo incomum não encontra barreiras

Como espalhar as boas novas do evangelho em um ambiente comunista, onde as reuniões

públicas foram banidas e as regras e regulamentos restringiram a liberdade religiosa? Na verdade, isso só é possível porque não há limites para a semente do evangelho. Como fermento na massa de pão, a verdade do evangelho cresce e produz muitos frutos.

Um missionário chamado Shen1, do Movimento Missionário Pioneiro (MMP)2, encontrou seu “nicho” (público) numa universidade comunista secular, onde as sementes de sua fé estão cres-cendo e multiplicando. Desejoso de aprender o idioma local, tanto ele como

lho aos jovens. Com o tempo, seu teste-munho silencioso resultou na conversão de alguns líderes da universidade.

Enquanto Shen trabalhava, sua es-posa começou a cuidar de um grupo de crianças em sua casa. Todas as quintas-feiras, à noite, 70 crianças vinham para aprender inglês, cantar canções e ouvir histórias. Seus pais estavam encantados. Eles perguntavam à esposa de Shen: “Por que você insiste em ensinar inglês gratuitamente? Todos que ensinam inglês aqui cobram bastante por isso.”

Por Sally Lam-PhoonA

IRREFREÁVELPalavra Deusde

V I D A A D V E N T I S T A

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num ambiente seguro. De tempos em tempos, os pais agradecidos enviam presentes e recursos para os Shen como incentivo para suas aulas de inglês.

Livro-Texto PoderosoNa universidade aconteceu algo

incomum. Para que tivessem uma base forte no idioma, o departamento de in-glês decidiu que os alunos deveriam ler livros nessa língua. Uma das disciplinas do currículo é o estudo Bíblia e, todos os alunos do curso de inglês a usam como livro-texto. A universidade se assegurou de que os instrutores fossem agnósticos ou ateus, e vissem a Bíblia simplesmente como um livro-texto e não um livro sagrado.

Entretanto, o que a universidade não compreendeu foi o poder da Palavra de Deus. Uma aluna chamada Serene pegou a Bíblia em sua mão pela primei-ra vez quando se matriculou no curso. Ela foi invadida por um sentimento estranho e de repente exclamou: “Quem sabe um dia eu me torne Cristã!” Imediatamente rejeitou o pensamento. “Como posso ter pensado tal coisa? Sou membro do Partido Comunista. Isso é impossível!”

Porém, enquanto Serene avançava lendo suas páginas as dúvidas aumen-tavam. Assim, ela procurou seu novo amigo Shen, pois sabia que ele recebera uma formação cristã e teológica. Pouco a pouco, Serene começou a compreen-der mais sobre o cristianismo.

Seu coração estava tumultuado e a luta começou. Serene vinha de uma família de líderes comunistas e, como membro do partido, já se despontava como líder estudantil. À medida que a confiança entre ela e Shen crescia, ela lhe revelava seu tumulto interno. Shen usou a história de Moisés como exemplo. “Esse príncipe do Egito escolheu abrir mão de sua posição na corte para ser o líder de seu povo”, disse a ela. “Preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres

do pecado durante algum tempo. Por amor de Cristo, considerou sua desonra uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua recompensa” (Hb 11:25, 26 NVI).3

Shen continuou: “E onde está Moisés agora? Ele viveu por seu povo, servindo-o até o dia da sua morte, e foi levado para morar no céu onde agora desfruta da vida eterna com Deus.”

Após essa conversa, Serene se entre-gou a Jesus e se uniu à igreja. Logo após o batismo, envolveu-se ativamente com-partilhando a Palavra com suas colegas no dormitório. Shen a ensinou sobre a importância de nos alimentarmos diariamente do maná do céu. Dessa forma, dia após dia enquanto estudava a Bíblia, convidava suas amigas para lerem com ela.

Hoje, Serene é uma das “ovelhas” de um pequeno rebanho de 44 pessoas. Ela prega nas igrejas vizinhas, ensina as crianças sobre Jesus e testemunha para seus amigos da universidade sobre como a Palavra de Deus muda vidas e comunica esperança. Ela já levou cinco pessoas ao batismo. Atualmente, mais de vinte estudantes universitários já foram batizados e agora compartilham o amor de Deus com seus colegas de classe.

Shen tem mais ideias para o evange-lismo urbano. Seu sucesso na pequena cidade o inspirou a pedir a Deus para realizar sonhos maiores. Hoje, Shen tem uma escola de inglês e outras línguas estrangeiras. Tem também uma loja onde vende todos os tipos de produtos, desde cosméticos a acessórios e roupas. Por intermédio dessa loja ele pode dar emprego a jovens recém-conversos para que façam parte da missão.

Testemunha ProfissionalLee, uma profissional de saúde,

trabalha em um país comunista há sete anos, fazendo amizade discretamente e conquistando reconhecimento em sua área. Ela realiza seminários em sua área

Sally Lam-Phoon, nativa da Malásia, está servindo como diretora do Ministério da Mulher, da

Família e da Criança na Divisão do Pacífico Norte-Asiático, em Hsau, Coréia do Sul.

de especialização, treina líderes e sim-plesmente vive sua vida como cristã. Lee descobriu que os seminários eram um excelente veiculo para se aproxi-mar dos participantes. Quando ganha-va a confiança, eles a crivavam com perguntas. Lee, então, os convida para discutir o assunto em seu apartamento. Com um sorriso, ela gentilmente avisa que seus princípios são baseados no cristianismo e nos ensinos de Jesus. Se não se importarem com isso, ela tem a maior alegria de recebê-los. Muitas vidas já foram tocadas por esse método, mas possivelmente só veremos os frutos desse tipo de evangelismo quando Jesus voltar.

A Palavra de Deus irá adiante, mesmo nas situações mais difíceis. A primeira epístola de Pedro 1:23 chama a palavra de Deus de “viva e permanente” (NVI), a irrefreável Palavra que conti-nua a trabalhar como o fermento, mes-mo nos ambientes mais hostis. Nada pode matá-la ou destruí-la, porque contêm o poder vivo de Deus para um mundo que agoniza. Como o fermento, ela cresce silenciosa e constantemente até preencher a mente de milhões com o alimento que só Deus, por meio de Sua Palavra, pode dar. ■

1 Os nomes foram trocados.2 O Movimento Pioneiro Missionário (MMP) é um projeto da Missão Global da Divisão do Pacífico Norte-Asiático que envia pastores como pioneiros para plantar igrejas em países estran-geiros da Divisão. Seu contrato é por um período de seis anos. Durante o primeiro ano eles aprendem o idioma local. Mais de 50 pastores estão servindo no Japão, Taiwan, Hong Kong, Mongólia e China. Solicitações também de países fora dessa Divisão tem levado o MMP a enviar obreiros para a Rússia, América do Sul e África. 3 Textos bíblicos creditados à NVI são da Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional. Copyright © 1973, 1978, 1984, 2011 by Biblica, Inc. Usado com permissão. Todos os direitos reservados em todo mundo.

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O próprio texto responde, mas

não especifica explicitamente qual

a base legal para tal decisão. Para responder a

sua pergunta, temos que compreender a natureza do crime de Saul e, a lei aplicada em

tais casos. Isso requer a revisão de algumas informações do contexto e discutir o fator legal.

1. Um pouco do Contexto: Os gibeonitas eram cananitas que durante a conquista dos israelitas sob a liderança de Josué, resolveram se entregar com medo de serem extermi-nados. Após dizerem a Josué que haviam ouvido a fama do seu Deus, expressaram o desejo de fazer um acordo de paz. Quando perguntaram de onde eles vinham, enganaram os israelitas dizendo que vinham de uma terra distante e que simplesmente queriam ser seus servos (Js 9:7-11). Na verdade, eles moravam há uma pequena distância ao noroeste de Jerusalém. Sem consultar o Senhor, os israelitas fizeram aliança de paz com o gibeonitas e preservaram sua vida (versos 14, 15). Três dias depois, descobriram que foram enganados. Não podiam, porém, fazer mais nada a respeito, pois, como parte da cerimônia da aliança, haviam feito um juramento diante do Senhor de que poupariam os gibeoni-tas, os quais habitariam com os israelitas como seus servos.

2. Natureza do Crime: Vários séculos mais tarde, Saul decidiu desfazer a aliança com os gibeonitas. Segundo aquele povo, Saul foi o homem que “quase nos exterminou [ka-lah] e que pretendia destruir-nos [sha-mad]” (2Sm 21:5, NVI). O verbo hebreu ka-lah significa “pôr fim”, que no con-texto expressa a ideia de acabar com eles. O verbo sha-mad confirma a ideia enfatizando a tentativa de destruí-los total-mente. O escritor bíblico confirma essa acusação declarando que Saul “havia tentado exterminá-los [na-kah, para infligir um golpe de morte]” (2Sm 21:2, NVI). Saul fez isso “em seu zelo por Israel e Judá”. Assim, por razões nacionalistas, Saul era culpado de tentativa de genocídio. Davi tomou conhe-cimento dessa situação após consultar o Senhor a respeito da fome que havia afligido Israel por três anos. Ele chamou os gibeonitas e lhes perguntou o que poderia ser feito para

reparar o erro de Saul e sua família. Esse era um caso de culpa de sangue.

3. Fundamentos Legais: Na Bíblia, culpa de sangue ocorre quando a vida de alguém é tirada ilegalmente. Matar sem justificativa muitas vezes era assassinato premeditado. Em tais casos, o sangue da vítima estava nas mãos ou sobre os ombros do agressor que era legalmente responsável por seus atos. Esse derramamento de sangue ilícito contaminava a terra, e a única maneira de purificá-la dessa mancha era por meio do sangue do culpado (Nm 35:33). Em alguns casos, um vingador do sangue solicitava legalmente que o crime fosse reparado. Mas, por falta de poder, foi impossível aos gibeonitas levar o rei de Israel à justiça e, consequente-mente, o crime foi ignorado (veja 2Sm 21:4). Foi quando o Senhor tomou o caso deles em Suas próprias mãos e permi-tiu que a culpa do sangue caísse sobre a terra na forma de um longo período de fome.

O crime cometido por Saul foi ilegal não apenas por não haver uma razão justificável, mas, particularmente, por ter violado um juramento feito diante do Senhor que protegia os gibeonitas. Seu nacionalismo era mais importante para ele que obedecer ao Senhor. Em casos de culpa de sangue, o veredito era claro: Retribuição equivalente – a punição deveria corresponder ao crime (cf. Lv 24:21, 22). A tentativa de genocídio poderia ter resultado no extermínio da família de Saul. Porém, Davi e os gibeonitas concordaram em limi-tar a extensão da aplicação da lei com a execução de apenas sete descendentes de Saul. Justiça executada.

O abuso do poder não é ignorado pelo Senhor, que na Sua bondade, amor e justiça determinou um dia de jul-gamento quando os crimes da raça humana serão tratados com justiça. Enquanto isso, devemos praticar a justiça e defender os que não podem defender a si mesmos. ■

Ángel Manuel Rodríguez foi diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral por muitos anos.

Por que Davi apoiou o pedido

dos gibeonitas para matar os sete filhos de Saul em

2 Samuel 21:1 a 9?

CrimeCastigoe

R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

26 Adventist World | Junho 2012

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Isaac Watts, autor de 759 hinos, é considerado o pai da hinologia inglesa ou dos compositores de hinos. Em certa ocasião, já no fim de sua vida, foi realizado em Londres

um desfile em sua homenagem. As ruas estavam cheias de admiradores. Watts era um homem de baixa estatura, mas com uma grande mente. Enquanto o desfile passava, uma senhora gritou admirada: “O quê? O senhor é Isaac Watts?”

Imediatamente Watts se levantou da carruagem e respon-deu: “Madame, se eu pudesse alcançar os polos e segurar a criação em minha mão, ainda assim seria medido por minha mente, pois é pela mente que se mede um homem.”

Ele estava certo. A essência de quem somos se encontra no fundo de nossa mente. Nesta lição, exploraremos a importância do pensamento transformado e sua relação com nosso crescimento na graça e no viver uma vida totalmente consagrada a Jesus.

1 Leia e reflita em Filipenses 2:5 (NVI). Qual o conselho do apóstolo Paulo sobre a mente transfor-mada? O que Paulo está dizendo quando usa a expressão “a atitude de vocês”? O que ele quer dizer com “atitude” de Cristo?

2 Que duas palavras contrastantes Paulo usa em Romanos 12:2 que descreve como nossa mente é moldada de um modo ou de outro? Todos os dias nossa mente está sendo transformada à imagem de Cristo ou à semelhança do mundo. A palavra usada por Paulo para transformada é metamorphosis, de onde deriva a palavra metamorfose. A metamorfose é uma transformação completa, como a lagarta que se transforma em borboleta.

Jesus Cristo, pelo poder do Seu Espírito Santo, deseja transformar o processo de nosso pensamento para que nossa mente seja renovada e tenhamos os pensamentos do céu.

3 Leia os seguintes textos e descubra o princípio básico do pensamento transformado: Tiago 4:7 e 8; 2 Coríntios 5:17 e 10:4. Como podemos cooperar com o Espírito Santo para termos os pensamentos do céu? Qual é o nosso papel? Qual é o papel do Espírito Santo?Aqui encontramos um princípio fundamental na transformação da mente: Nossos pensamentos atuais não serão transformados

sem a divina atuação transformadora do Espírito Santo. Deus não transformará nossa mente sem nossa cooperação. Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). Paulo acrescenta: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fl 4:13).

4 Leia a primeira linha de Provérbios 23:7 e Mateus 15:8. De onde vêm todos os pensamentos e desejos maus? Nas Escrituras o “coração” muitas vezes representa o lado profundo de nossas emoções, afeições e pensamentos. O Espírito Santo deseja transformar o mais profundo de nosso ser. Seu trabalho não é superficial como arrancar as folhas de uma árvore podre. Ele quer criar um novo sistema de raízes em nosso coração para que o fruto do Espírito cresça natural-mente em nossa vida.

5 Leia 2 Coríntios 3:18. Como podemos cooperar mais efetivamente com Deus, permitindo que o Espírito Santo transforme nossos pensamentos?A lei da mente é ir gradualmente se adaptando ao que ela passa tempo observando. Quanto mais enchermos nossa mente com assuntos terrenos, mais mundana ela será. Reflita por alguns minutos sobre essa verdade em Colossenses 3:1-4.

6 Leia Filipenses 4:7. Que conselho dá o Espírito Santo por meio do apóstolo Paulo para salvaguardar o processo de nosso pensamento?Assim como as telas protegem as janelas de nossa casa contra moscas e mosquitos, em Filipenses as telas de Deus, hones-tidade, pureza, amabilidade, o que é bom e verdadeiro nos protegem contra a invasão do maligno.

7 Leia Ezequiel 11:19 e Hebreus 8:10. Que pro-messas transformadoras de vida e dos pensamentos encontramos na Bíblia?Se consentirmos, nosso Senhor fará por nós o que nunca poderemos fazer por nós mesmos. Ao submetermos o pen-samento a Deus, Ele o transformará. Por meio do Seu Santo Espírito, o Senhor escreverá tão profundamente os princípios de Sua lei no coração e na mente, que nosso maior desejo será agradá-Lo em tudo o que pensamos e fazemos. ■

Por Mark A. Finley

Mente

F O T O : E D D Y V A N / M O D I F I C A D A D I G I T A L M E N T E

E S T U D O B Í B L I C O

Junho 2012 | Adventist World 27

Transformada

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Devo Comer Peixe?“Devo Comer Peixe” (Março 2012) foi uma leitura interessante! Alguns vegeta-rianos acham que devem comer peixe, como se peixe fosse um tipo de vegetal. Penso que o problema com os peixes é que não são “bonitinhos”, como se a dor de serem capturados e “arrancados” da água fosse insignificante.

Não precisamos de peixe ou de qualquer outra criatura viva em nossa dieta. Deus sabe do que nosso corpo precisa e providenciou o necessário. Não havia morte no Éden e não haverá morte no Céu; portanto nenhum animal ou peixe precisa morrer.

N. BarbourInglaterra, Reino Unido

Podemos Ouvi-los?“Podemos Ouvi-los?” por Larry R. Evans (fevereiro de 2012), tocou profundamente meu coração. O assunto foi abordado com competência e compaixão. Esse é um grande grupo de pessoas e os pro-gramas devem ser acessíveis. Gostei do que o autor escreveu sobre a cultura dos surdos sem a rotular. É estimado que o número de surdos no mundo seja entre 93 e 300 milhões e todos são preciosos aos olhos de Deus e merecem ser alcan-çados pelo evangelho. É uma boa ideia ter um pastor surdo ou interprete em cada associação.

Certa vez, estive em uma reunião com nossos irmãos surdos e não surdos. Foi uma experiência maravilhosa. Eles estavam realmente interessados no que eu queria dizer e foram muito pacientes comigo. Questiono se os que “ouvem” estão dispostos a receber os “surdos” tão calorosamente em seus círculos de relacionamento.

A Adventist World é um instrumento de conexão, unidade e compreensão entre as pessoas. Muito obrigado por reportagens tão interessantes e anima-doras sobre vários assuntos.

Waltraud Rühling-HuberBogenhofen, Áustria

Cartas

Por favor, ore pelo povo adventista de Orissa. Eles perderam sua igreja e uma pequena clínica durante as rebeliões e estão esperando por ajuda para reconstruí-las.

Sijo, Índia

Por favor, ore por minha filha caçula que se divorciou, deixou a igreja e está espiritualmente confusa. Ore também por seus dois filhos e pelo homem com quem está planejando se casar. Creio que ele seja receptivo à mensagem adventista.

Betty, Estados Unidos

Por favor, ore por mim e por minha família. Preciso de ajuda financeira para meus estudos. Ore também por nosso reavivamento espiritual.

Harrison, Quênia

Por favor, ore pelo Elbio, que foi diag-nosticado com câncer.

Anônimo, Argentina

Sou completamente surdo. “Podemos Ouvi-los?” foi um artigo ma-ravilhoso e bem escrito. O meu muito obrigado a Larry R. Evans pela importante informação para nossas igrejas.

Fico sentado em casa aos sábados, assistindo a 3ABN (canal de TV adventista), pois tem legenda para os surdos. Gostaria de ver um maior esforço da Igreja, disponibilizando legenda nos programas transmitidos pelo Hope Channel, para que seja um exemplo ao mundo de que estão minis-trando para a comunidade de surdos.

Arthur L. Chaput Pawtucket, Rhode Island, Estados Unidos

Onde Está Deus? Apreciei muitíssimo o artigo “Onde Está Deus Quando Precisamos dEle?”, por John Skrzypaszek (janeiro de 2012).

Todos os grandes heróis da Bíblia passaram por alguma forma de sofri-mento (veja Hb 11).

Para mim, o exemplo mais forte é o de Eliseu, um dos profetas mais pro-eminentes do Antigo Testamento, que não foi poupado do sofrimento antes de morrer (2Rs 13:14).

Denis GnutzmansPiracicaba, São Paulo, Brasil

T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOração

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Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua em sua carta o nome do artigo e a data da publicação. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Gostaria que meu esposo fosse à igreja comigo. Ele fuma e bebe. Temos três filhos. Também necessitamos de uma casa. Muito obrigada.

Dorica, Zimbábue

Por favor ore por minha esposa, pelo filho recém-nascido e por mim. Ore também pela cidade onde moramos.

Tsefaye, Etiópia

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600 E.U.A.

Muito obrigado por suas orações! Passei no exame de validação do meu diploma de enfermagem. Agora estou orando por emprego para que eu possa ajudar o projeto de construção de uma igreja em nossa província.

Flor, Filipinas

O Dom de Profecia Recebi duas revistas Adventist World de presente. Das duas, uma foi especialmen-te bênção para mim por causa do artigo de Gerhard Pfandl, “O Dom de Profecia” (Novembro de 2010), que fala sobre Ellen White, a mensageira do Senhor.

Será que posso receber mensalmente essa revista? Ela será uma bênção para mim e para minha família.

Henry Javier SantiagoRepública Dominicana

Nosso conselho aos leitores com o mesmo desejo é que entrem em contato com os escritórios da União ou Divisão da Igreja Adventista do Sétimo Dia na sua região. Somos gratos por essa revista estar suprin-do essas necessidades. – Os Editores

Muito Grato Estou muito grato por poder ler o que Deus quer de mim por meio de sua re-vista. Estou interessado no que é escrito para o povo de Deus todos os meses. Deus os abençoe.

Claver Kabaya Matadi, República Democrática do Congo

A Universidade Harvard acompanhou 121 mil pessoas por vinte anos, e descobriu que os alimentos que mais ajudam na manutenção do peso saudável são:1. Castanhas2. Iogurte3. Frutas frescas

4. Grãos integrais 5. Vegetais frescos

Fonte: New England Journal of Medicine, 2011

RESPOSTA: No Peru, 86 diretores de educação e coordenadores do ensino fun-damental oram antes do início do seu curso de treinamento, em janeiro 2012.

GRATIDÃOOração

maıs

LugaréEsse?

Que

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por cento da água no mundo é encontrada nos oceanos, mares e baías.

por cento é a porcentagem de água doce encontrada no planeta. Desses, mais da metade está concentrada em geleiras e nos topos das montanhas nevadas.

por cento é a quantidade de água disponível (a qualquer tempo) para o consumo humano e para a agricultura.

95.5

4.5

2Fonte: The Atlantic, 2011

A alegria faz bem para sua saúde; a tristeza e a melancolia deixa seus ossos cansados

– Pv 17:22, A Mensagem*

F R A S E D O M Ê S

A conversão/escrita para risada nas mensagens digitais varia de país para país, e de idioma para idioma.

Fonte: National Geographic, Março 2012

*Textos creditados são da versão paráfrase A Mensagem, Copyright © 1993, 1994, 1995, 1996, 2000, 2001, 2002. Usado com Permissão da NaviPress Publishing Group.

Graça?

= laughing out loud (rindo alto)Inglês

= mort de rire (morrer de rir)Francês

= ha ha haEspanhol

= ma khanda mikonon (estou rindo)Dari (Afegão)

= ha vezes trêsMalásia

= asgarv (rolar de rir)Suécia

= griner (risada)Holandês

= ha ha haCoreano

lol

mdr

jajaja

mkm

ha3

asg

g

T R O C A D E I D E I A S

Há Anos

Com Sede?

Qual é a

30 Adventist World | Junho 2012

A R Q U I V O S A D V E N T I S T A S A primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia no Japão foi organizada em Tóquio, com 13 membros no dia 4 de junho de 1899. Poucas

semanas mais tarde, foi lançada uma revista mensal, Owari no Fukuin (O Evangelho para os Últimos Dias), e paga com o lucro da venda de alimentos saudáveis. O nome da revista mudou para Toki no Shirushi (Sinal dos Tem-pos) em julho de 1917.

Dez anos antes, em 1889, Abram La Rue, missionário pioneiro voluntário na China, fez várias visitas ao Japão e distribuiu publicações adventistas em Yokohama e Kobe. S. N. Haskell visitou o Japão em 1890. Escrevendo de Hong Kong, no dia 16 de julho, relatou: “Batizamos um homem no Japão. Há outros interessados e soubemos que a questão do sábado foi discutida entre os japoneses e que alguns deles já estão guardando o dia do Senhor.” (Revista Adventista e Arautos do Sábado, 26 de agosto de 1890). O primeiro missionário adventista do sétimo dia enviado ao Japão foi W. C. Grainger, ex-presidente do Healdsburg College, e T. H. Olohira, natural do Japão e ex-aluno do Healdsburg. – Robert Costa.

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5OA T É P A L A V R A S

■ Meu hino preferido é “And Can It Be?” (não traduzido para o português) O motivo? A letra de Charles Wesley no coro explica tudo: “Maravilhoso amor! Como o Senhor, meu Deus, pode ter morrido por mim?”

– Flavia, Milwaukee, Wisconsin, Estados Unidos

■ Sempre que canto “Oh! Que Esperança!” me lembro das vezes que o ouvi ser cantado nas assembleias da Associação Geral ao longo desses anos. Ele descreve perfeitamente nossa esperança no retorno de Jesus.

– Sook Yi, Seoul, Coreia do Sul

■ “Tu És Fiel, Senhor” traz lágrimas aos meus olhos sempre que o canto. Mesmo que muitas vezes me sinta indigno de Sua graça, a fidelidade de Deus nunca falha.

– Herbert, Brighton, Inglaterra

■ “Mas Allá del Sol” (“Muito Além do Sol”) é um hino oficial para muitos hispânicos na América do Norte. Muitos de nós sabemos a letra de cor, lembrando-nos de que, embora não tenhamos riquezas no mundo, temos um lar, um lindo lar, muito além do sol.

– Carlos, Harlem, Nova Iorque, Estados Unidos

Meu hinoF R A S E D O M Ê S

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Pyung Duk; Chun, Jung Kwon; Park, Jae Man

Editor On-lineCarlos Medley

Coordenadora Técnica e de RevisãoMerle Poirier

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Administrador Financeiro Rachel J. Child

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Assistente do Editor Chefe Gina Wahlen

Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 8, Nº 6

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

preferido...

Junho 2012 | Adventist World 31

Na próximo mês, conte-nos em até 50 palavras qual é a sua promessa bíblica preferida. Envie sua resposta para: [email protected]. No assunto coloque “Bible Promisses.”

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Uma Família. Um Mundo. Adventist World.

Hebert Blomstedt é maestro de renome internacional. Já foi maestro titular da orquestra Staatskapelle Dresden (uma das orquestras mais antigas do mundo, fundada em 1548), da Sinfônica de São Francisco, da Sinfônica NHK (Tóquio, Japão) e muitas outras orquestras de prestígio.

Todos os meses a Adventist World chega às mãos do maestroHerbert Blomstedt lê a Adventist World

para se manter em contato com a família

adventista ao redor do mundo.

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a família mundial da Igreja. Se a Adventist

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