aw portuguese august 2011

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Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Agosto 2011

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A I G R E J A E M A Ç Ã O

Editorial ............................. 3

Notícias do Mundo3 Notícias e Imagens

Visão Mundial8 Redescobrindo o Culto

Verdadeiro

S A Ú D E N O M U N D O

Tontura ............................11Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Reflexões sobre Um Dia de Chuva .................26Por Angel Manuel Rodríguez

E S T U D O B Í B L I C O

Vida Cheia do Espírito ............................27Por Mark A. Finley

I N T E R C Â M B I O M U N D I A L

25 Igreja de Um Dia29 Cartas30 Lugar de Oração31 Intercâmbio de Ideias

O Lugar das Pessoas .............................32

A R T I G O D E C A P A

O Milagre HiroshimaPor Ryoko Suzuki ......................................................................... 16A proteção de Deus durante um dos piores momentos da guerra.

D E V O C I O N A L

A Mente Humana Por Floyd A. Sayler .................................. 12Nossa conexão com a beleza, compaixão e divindade.

V I D A A D V E N T I S T A

Felicidade ou Desespero? Por Jung Park ........................... 14Como não podemos controlar o que acontece conosco, podemos controlar a nossa reação ao que acontece.

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Cinco, Dois e Um é a Mesma Coisa Por Richard A. Sabuin ................................................................. 20O que você está fazendo com os seus talentos?

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Companheiros de Trabalho Por James R. Nix ......................................................................... 22Como Tiago e Ellen White deram o melhor de si.

Agosto 2011

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 7, nº 8, Agosto de 2011.

Tradução: Sonete Magalhães Costa

www.portuguese.adventistworld.org

2 Adventist World | Agosto 2011

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O líder nacional da Guiana, país da América do Sul, elogiou a Igreja Adventista do Sétimo Dia pelo trabalho em prol da comunidade.

“Quero agradecer pessoalmente à Igreja Adventista pelo maravilhoso trabalho que está realizando para manter viva a fé na Guiana, e por ajudar na complexa tarefa social que estabelecemos para nós mesmos, como país,” disse Bharrat Jagdeo.

Seu comentário foi feito no discurso proferido no dia 25 de maio de 2011,

N O T Í C I A S D O M U N D O

durante reunião de negócios da Asso-ciação da Guiana, na qual os líderes da igreja homenagearam o ganhador do prêmio Campeão da Terra das Nações Unidas, por sua contribuição para a nação. Jagdeo estava entre vários pre-miados que voluntariamente dedicaram tempo e habilidades em prol do povo da Guiana.

Pregar uma vez por semana para pessoas já convertidas não transforma comunidades, Jagdeo lembrou aos delegados da assembleia.

O Ministério da Lembrança“Hoje, não tenho nada de original

para falar”, disse baixinho o professor da escola sabatina.

“Estou aqui para estudar com vocês uma história que, provavelmente, seja a história mais conhecida entre as que Jesus contou. Tudo que eu destacar no texto, provavelmente já lhes foi mostrado anteriormente. Meu objetivo é simplesmen-te lembrá-los do que já sabem ser verdade: que o amor do Pai é imensurável; que o perdão é real; que a misericórdia ainda nos alcança mesmo quando estamos muito distantes do lar.”

A lição sobre o filho pródigo se desenrolou a partir desse ponto sem drama, o ensaio de uma história sobre a qual milhares de sermões já foram pregados e escritas incontáveis páginas de comentário. O objetivo, disse o professor, não era uma novidade, mas a lembrança; um convite a ativar verda-des importantes já aceitas, mas muito facilmente esquecidas.

Ouvi suas palavras de bom grado, pois a pressão de dizer ou encontrar algo novo em nosso estudo das Escrituras, frequente-mente obscurece o significado maior da Palavra. Queremos, no púlpito ou nas classes, uma exibição de capacidade: os oradores que agradam nossos ouvidos com ensinos desconhecidos, também nos lisonjeiam como sábios, pessoas inteligentes que

conseguem compreender tal esperteza. Somos, porém, mais bem servidos por aqueles que usam o sermão de sábado ou a lição da escola sabatina ou ainda o estudo bíblico do meio da semana, para nos lembrar das verdades centrais sobre Deus e Seu caráter, que tão rapidamente são varridas de nossa mente.

Numa era de crueldade e vingança, devemos lembrar que aqueles que seguem a Jesus são chamados por Ele para “amar seus inimigos” (Mt 5:44).*

Enquanto a mídia do mundo se diverte com histórias de extravagância e ganância, devemos ser lembrados de que Jesus um dia ordenou: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6:33).

Quando procuramos por pessoas que receberam de Jesus muitos talentos para servirem Sua igreja, devemos lembrar que Ele foi radicalmente contra a busca por poder e autoridade: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos” (Mc 9:35).

Se o Espírito Santo está satisfeito com o ministério de nos lembrar o quê Jesus disse (Jo 16:14), então o povo guiado pelo Espírito também se alegra por ter recebido o ministério de lembrar, uns aos outros, em um mundo movido pela novidade, as verdades eternas e imutáveis.

– Bill Knott*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

E D I T O R I A L

Presidente da GuianaElogiaAdventistas

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HOMENAGEADO: Bharrat Jagdeo, presidente da Guiana, aceita homenagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia do país, por edificar o povo da Guiana. Durante seu discurso nas reuniões de negócios da Associação da Guiana, no dia 25 de maio, Jagdeo elogiou o impacto que a igreja causa na sociedade.

A Igreja em Ação

Agosto 2011 | Adventist World 3

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APROVAÇÃO PARLAMENTAR: O primeiro ministro da Bahamas, Hubert Ingraham, apresenta projeto de lei reconhecendo a recém criada União Missão Atlântico Caribenho da Igreja Adventista, como entidade legal nessa nação insular. Durante reunião do parlamento, no dia 9 de maio, Ingraham elogiou o ministério da igreja de serviço à comunidade .

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N O T Í C I A S D O M U N D O

“A vida de Jesus foi caracterizada não apenas pela oração, mas pelo serviço,” disse ele. “Assim, orar em belos edifícios não é suficiente, temos que ir às comunidades onde o povo está.”

Jagdeo reconheceu o papel da igreja no desenvolvimento nacional, convidando os adventistas a “fortalecer o caráter de cada guianense, tanto os que creem como os que não creem em Deus.” Ele disse que as evidências do desenvolvimento e progresso – tais como melhor acesso à saúde, educação, emprego e melhores salários – sozinhos, são inadequados para satisfazer a necessidade humana.

Em seu discurso, Jageo, que é hindu, fez várias referencias às Escrituras, e disse: “A Bíblia contém todas as lições que precisamos, não importa se somos ou não cristãos.”

Ele animou a Igreja Adventista a intensificar seu papel no sistema de apoio às pessoas com desafios sociais e econômicos. “A igreja tem que estar disponível [...] para estender a mão e ajudar,” disse ele.

Usando o discurso como uma oportunidade de promover melhor relacionamento entre as raças nos cidadãos da Guiana, Jagdeo citou o princípio bíblico de “amar ao próximo como a si mesmo”, declarado por Jesus, no Novo Testamento. “Se seguirmos esse princípio em nosso lar, em nossa sociedade, aqui na Guiana, ou no mun-do, então [...] nosso relacionamento com as pessoas será significativamente melhor,” disse ele.–reportagem de Barbara Savory, Divisão Interamericana/equipe ANN

Parlamento das Bahamas Reconhece Nova Sede Adventista

Durante as reuniões do parlamento, em maio de 2011, o líder nacional das Bahamas disse que essa ilha caribenha

dá as boas vindas à ênfase que a Igreja Adventista do Sétimo Dia dá à saúde, fortalecimento da família e à educação.

“Seu ministério de fé e de progra-mas de serviço social encontra eco em boa parcela de nossos cidadãos”, disse o Primeiro Ministro Ingrham, que apresentou um projeto de lei para reconhecer a recém-criada União Missão do Atlântico Caribenho, como uma entidade jurídica da igreja nas Bahamas. A medida recebeu voto unânime do parlamento.

Os líderes da igreja criaram a união missão ao dividirem a antiga União Associação das Índias Ocidentais em duas regiões administrativas: a União da Jamaica e a União Missão do Atlântico Caribenho, que inclui as Bahamas, Ilhas Caimã e as Ilhas Turks e Caicos. Ela serve cerca de 25 mil membros. A reor-ganização ocorreu devido ao aumento do número de membros na região.

Além de receber o reconhecimento oficial, o projeto de lei votado no dia 9 de maio confere à administração da igreja nas Bahamas a autoridade para

realizar transações comerciais e de cumprir as obrigações legais, disse Leonard Johnson, presidente da União Missão do Atlântico Caribenho.

Em reportagem para o Bahamas Journal, falando a favor do projeto de lei, o parlamentar Tommy Turnquest disse que a Igreja Adventista nas Bahamas deve se orgulhar do seu papel na comunidade, especialmente do seu trabalho com os jovens.

O parlamentar Fred Mitchell comentou o trabalho humanitário da igreja na ilha, citando a distribuição de alimentos e projeto de reparo de casas. “Quero agradecê-los por isso”, disse Mitchell. Outro parlamentar destacou o alto padrão da educação adventista e dos programas sociais.

A União Missão Atlântico Caribenho foi inaugurada em janeiro e é composta por três associações, uma missão e seis escolas de ensino fundamental e médio na região. Ela divide a propriedade e a administração da Universidade Caribenha do Norte, em Mandeville, Jamaica, com a União da Jamaica.–reportagem de Nigel Coke, ACUM

A Igreja em Ação

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Adventista Brasileiro, Cego, Serve Deficientes da Nação

Antônio José Ferreira, adventista do sétimo dia, que é cego, é o novo diretor da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos de Pessoas com Deficiên-cias (SNPD), do Brasil. Ele é membro da Igreja Adventista da Asa Norte, Brasília, e seu alvo agora, é canalizar recursos do governo para ajudar pessoas com deficiências.

Lembrando-se de sua infância pobre no interior do estado de Pernambuco, e a dificuldade que enfrentou na escola, Ferreira disse que, desde jovem desejou ajudar a outros em situação semelhante à sua: “Sempre tive consciência de que deveria lutar para que os deficientes desfrutem de uma vida melhor. Assim, desde muito cedo eu tinha esse propó-sito e fiz dele o grande alvo de minha vida. As dificuldades são tremendas, mas com fé e perseverança estamos vencendo batalhas”, disse ele.

Ferreira disse que sua fé é impor-tante e que acredita que Deus guiou sua trajetória: “É um milagre eu estar numa função tão importante no cenário

político brasileiro”, explica ele. “Por isso, continuo a pedir inspiração divina para contribuir positivamente na melhoria da vida de cerca de 30 milhões de bra-sileiros que, geralmente, não conhecem seus próprios direitos”, diz ele.

Ferreira nasceu cego do olho direito devido à glaucoma congênita. Aos seis anos de idade, perdeu a visão do olho esquerdo por um erro médico. Devido às dificuldades pela falta de recursos financeiros e saúde debilitada, ele começou seus estudos numa escola para cegos, em Recife.

Na idade de 14 anos, começou sua militância política e foi eleito presidente do Sindicato de Estudantes do Instituto de Cegos do Recife. Aos poucos, seu trabalho ganhou credibilidade e, em 2008, foi eleito o primeiro presidente da Organização de Cegos do Brasil (ONCB).–reportagem de Luzia Paula, Divisão Sul-Americana

Elinor Wilson, 91, Viúva de Ex-Presidente da AG, descansa no Senhor

Elinor Esther Neumann Wilson, 91, esposa e mãe de líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, faleceu na manhã do dia 8 de junho de 2011, em Dayton, Maryland (E.U.A.).

Seu falecimento ocorreu cerca de seis meses após a morte de seu esposo, Pr. Neal C. Wilson (14 de dezembro de 2010), que por onze anos dirigiu a Associação Geral, na função mais elevada do corpo administrativo. Seu filho, Pr. Ted N. C. Wilson, foi eleito o vigésimo presidente da Associação Geral no dia 25 de junho de 2010.

“Minha mãe foi uma pessoa extremamente leal, atenciosa e incenti-vadora”, escreveu o pastor Ted Wilson na edição de junho de 2011 da revista Adventist World. “Ela me mostrou um amor pessoal por Jesus como Salvador e amigo, e incutiu em outros uma fé

simples nos ensinamentos da Palavra e o que significa ser um cristão adventista do sétimo dia.”

Elinor Wilson nasceu no dia 21 de janeiro de 1920, e cresceu em Chicago, Illinois. Seus pais, Joseph Newmann, de Budapeste, Hungria, e Theresa Wehrde-rich de Velgersdorf, Áustria, imigraram separadamente para os Estados Unidos e se conheceram em Chicago, numa comunidade de língua alemã. Quando Elinor ainda era muito jovem, sua mãe se tornou adventista do sétimo dia, por meio de uma campanha evangelística realizada em alemão, e se uniu à igreja adventista do sétimo dia alemã, em Chicago.

O pai de Elinor era barbeiro e sua mãe fazia vários trabalhos ao mesmo tempo, inclusive de costureira, para que seus filhos estudassem em escolas adventistas. Ela faleceu aos 42 anos, quando Elinor ainda cursava a faculdade.

Elinor Wilson frequentou primeiro o chamado Emmanuel Missionary College, conhecido hoje como Andrews University. Mudou-se, então, para o Pacific Union College onde conheceu Neal Wilson. Logo depois de se casa-rem, em 1942 (relacionamento que durou 68 anos), prepararam-se para o serviço missionário em Wyoming, e em seguida, estudaram o idioma árabe no Seminário Teológico Adventista do

ADVOGADO ADVENTISTA: Antonio José Ferreira, adventista do sétimo dia, cego, é o novo diretor da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos de Deficientes (SNPD).

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ESPOSA E MÃE DE PRESIDENTES: Elinor Esther Neumann Wilson, 91, esposa e mãe de líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, descansou no Senhor, na manhã do dia 8 de junho de 2011, em Dayton, Maryland (E.U.A).

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N O T Í C I A S D O M U N D O

Sétimo Dia, naquele tempo localizado em Washington, D.C.

Os Wilson partiram para o Egito em 1944, em plena II Guerra Mundial. O jovem casal utilizou quase todo tipo de transporte disponível para realizar sua viagem através da África até o Egito – era impossível viajar pelo Mar Mediter-râneo naquele período turbulento.

Durante os anos que passou no Egito, Elinor Wilson começou a lecionar para o ensino fundamental, atividade que continuou a desenvolver quando a famí-lia voltou a Maryland. Por muitos anos, ela lecionou para a segunda série na John Nevins Andrews School, deixando esse trabalho para apoiar o ministério de seu esposo, em suas extensivas viagens.

Neal Wilson foi eleito presidente da Divisão Norte Americana da igreja em 1966. Serviu ali até ser eleito presidente mundial da igreja em 1979.

Diferente de seu entusiástico e extrovertido esposo, Elinor Wilson “não era necessariamente uma pessoa públi-ca,” seu filho escreveu, “além do fato de ser uma professora da segunda série, que amava inculcar as lindas verdades espirituais em seus aluninhos. Isso ela sabia como fazer e o fez bem.”

Ela deixa o irmão, Dr. Richard Dunbar, de Loma Linda, Califórnia; seus dois filhos: Shirley Wilson-Anderson e Ted Wilson; quatro netos: Emilie Wilson DeVasher, Elizabeth Wilson Wright, Catherine Wilson Renck, Jonathan Anderson e cinco bistnetos: Lauren Wright, Matthew Wright, Henry DeVasher, Charlotte Renck, e Maryanne Wright. Dois de seus irmãos precederam sua morte: Sue Miklos e John Neumann Jr.

Uma pequena cerimônia fúnebre foi realizada durante a semana de 13 de junho. Em lugar de flores, a família pediu que doações fossem feitas, em memória de Elinor Wilson, para a Adra, Ministério da Herança Adventista, Rádio Mundial Adventista ou Serviço Cristão para Cegos. –Mark A. Kellner, Editor de Notícias, com informação da família Wilson.

Mais de trezentos teólogos, administradores e pastores, reuniram-se em Foz do Iguaçu, PR, para o nono simpósio bíblico-teológico da Divisão Sul Americana

(DSA), entre os dias 19 e 23 de maio de 2011, buscando maior compreensão sobre a doutrina do Espírito Santo. Vinte e nove palestrantes de doze países diferentes, examinaram o tema em seis áreas importantes: Antigo Testamento, Novo Testamento, história da igreja, história adventista, teologia sistemática e teologia aplicada.

O orador principal apresentava o assunto, seguido por várias apresentações de subtemas sobre o mesmo tópico. Cada bloco era concluído com perguntas e respostas. Os três dias e meio de apresentações e discussões, totalizaram cerca de 28 horas.

O Pastor Erton C. Köhler, presidente da divisão, em seu sermão de sábado intitulado “O Espírito Santo e a Terminação da Obra”, chamou a atenção para a desafiadora tarefa que a igreja tem diante de si.

Ao apresentar os números da população das grandes cidades da América do Sul e do mundo, comparado ao número de adventistas nessas cidades, Köhler perguntou: “Como poderemos alcançar tantos com tão poucos?” Comparando com a igreja primitiva, o segredo naquela época e agora, disse ele, é claro em Atos 1:8: “E receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês.”* E desafiou: “Quando Deus promete coisas grandes, como vamos nos contentar fazendo coisas pequenas?”

Jiří Moskala, professor de teologia do Antigo Testamento e exegese, e diretor do Departamento de Antigo Testamento do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, da Universidade Andrews, deu abertura ao simpósio com um estudo sobre o Espírito Santo no Antigo Testamento. “O Espírito Santo é uma pessoa muito humilde”, disse ele, negando a ideia de que o Espírito seja simplesmente o poder de Deus. O Espírito é o dom especial de Deus, completou.

John McVay, da Universidade Walla Walla, examinando o pa-pel do Espírito Santo no Novo Testamento, disse: “Os apóstolos podiam testificar sobre a vida, morte, ressurreição e ascensão. O que aconteceu em seguida tinha que ser concedido pelo Espírito

SimpósioBrasil,No

sobre oEspírito Santo

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Santo.” Ligando os pontos, McVay destacou o derramamento do Espírito no Pentecostes como a certeza da exaltação e coroação de Jesus no céu.

Merling Alomia, da Universidade Peruana, sumarizou a importância do Espírito Santo ao longo da história cristã. Segundo os protestantes, o Espírito Santo usa as Escrituras como um meio de levar pessoas ao Salvador, Jesus Cristo. A visão católica, declarada por João Paulo II, descreve o papa não apenas como o vigário de Cristo, mas também ocupando o lugar do Espírito Santo, por isso o título “Sua Santidade”.

Alberto Timm, reitor dos seminários de teologia e diretor do departamento do Espírito de Profecia na DSA, descreveu o desenvolvimento da compreensão da Igreja Adventista sobre o Espírito Santo em três períodos, compa-rando os benefícios da correção da posição (entre pioneiros) antitrinitária da igreja, com o rápido crescimento na com-preensão dos adventistas após o desapontamento de 1844.

Angel Manuel Rodríguez, que participou do simpósio pela última vez, como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica (BRI) da Associação Geral, colocou uma agenda ambiciosa diante dos teólogos da igreja para os próximos anos. “Não é suficiente”, disse ele, “crer que o Espírito Santo é uma pessoa.” Citando várias alusões ao trabalho do Espírito Santo ao longo das Escrituras, Rodríguez imaginou o Espírito Santo como “um profeta bem jovem, andando ao redor do planeta, banhando-o com poder.”

Abordando assuntos que variaram desde inspiração até a chuva serôdia, ele disse que devemos trabalhar mais para estabelecermos nossa compreensão bíblica sobre a chuva serôdia, incentivando reuniões para orarmos pelo Espírito de sabedoria. No último dia do simpósio, Rodríguez foi reco-nhecido com uma ovação, de pé, por ter apoiado esse evento anual e contribuído, por tantos anos, com ele.

Frank Hasel, diretor do Seminário Teológico Bogtenhofen, na Áustria, falando da doutrina do Espírito Santo, enfatizou o papel das Escrituras como o trabalho do Espírito Santo, que leva as pessoas a aceitar a Palavra de Deus e a obedece-la. “O Espírito Santo revela Deus e Sua vontade”, disse Hasel. “Ele torna a Palavra tangível, visível e humana.” E acrescentou que é o Espírito Santo quem dá a certeza da salvação, inspira con-fiança nas Escrituras, dá nova vida espiritual, trabalha para nos transformar à imagem de Cristo e capacita para a missão e para o evangelismo. Ele também une a igreja por meio do dom do discernimento para que possa levar a mensagem a todo o mundo.

Kwabena Donkor, diretor associado do BRI, falou sobre o delicado equilíbrio entre a igreja e a missão: “Se nossa com-preensão do Espírito Santo estiver errada, nossa compreen-são, tanto da igreja como da missão, também estarão erradas.” Donkor salientou que a chamada igreja emergente compro-mete o paradigma da criação-queda-redenção, e pergunta: “A missão é teocêntrica ou Cristocêntrica? Se é teocêntrica, então Deus está usando o budismo, hinduísmo, a cultura e muitos outros meios para cumprir Sua missão. “Mas,” continuou, “devemos insistir que a igreja é Cristocêntrica. Devemos ligar a missão com Jesus Cristo e Sua obra completada.”

Os delegados também elaboraram e discutiram uma declaração de consenso. O voto foi unânime, após a incor-poração de sugestões. O documento afirma que o Espírito Santo “é a terceira pessoa da Trindade”, e “coparticipante” na obra de criar e suster o mundo e de redenção da humanidade. Afirma, ainda, que o Espírito Santo respeita o livre arbítrio de cada indivíduo e que a igreja depende do Espírito Santo para o término da missão evangélica. O documento conclui, reafir-mando nossa necessidade da chuva serôdia e de reavivamento e reforma, para realizar a tarefa que nos foi confiada. ■

SimpósioEspírito Santo

Por Clinton Wahlen, diretor-associado do instituto de Pesquisa Bíblica com sede na Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, escrevendo de Foz de Iguaçu, Brasil.

BEM PLANEJADO, BEM EXECUTADO: Alberto Timm, coordenador geral do simpósio teológico, realizado em Foz do Iguaçu, PR (Brasil), entre 19 e 23 de maio.

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O Editor da Adventist World, Bill Knott, recentemente, entrevistou o Pastor Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral, para falar sobre como a ênfase renovada no reavivamento e reforma afeta nossa compreensão sobre adoração.

Ouvi muitas das suas mensagens sobre a Palavra de Deus nos últimos doze meses, e frequentemente, ouvi o senhor enfatizando o con-selho de Paulo, em Romanos 12:2, “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Por que esse texto tem se tornado cada vez mais importante no seu ministério?Talvez, Bill, seja porque ele tão cla-ramente sumariza o que Deus tem colocado em meu coração e no coração dos líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em todos os lugares, sobre a importância do reavivamento e reforma entre o povo de Deus. Desde o início da igreja de Cristo, Seus seguidores eram conhecidos como ekklesia, “os chamados para fora”. Pertencer a Jesus, segui-Lo como Senhor e Mestre, requer abandonar alguma coisa – e isso é algo que pode ser cada vez mais identificado como as muitas maneiras em que somos tentados a imitar as práticas do mundo em nossa vida, e até em nossa adoração.

Sempre gostei do modo como a tradução de Phillips exprime a primeira parte do texto: “Não deixe que o mundo ao seu redor o aperte em seu molde”. O povo remanescente de Deus, em todas as épocas, e especialmente nesses últimos dias, será tentado a aceitar e adotar práticas que são essencialmente opostas à pureza e à verdade do evan-gelho. Reforma sempre foi o lema dos Adventistas do Sétimo Dia, e sempre deverá ser.

O senhor também tem se concentrado na segunda frase do conselho de Paulo: “mas transformem-se pela renovação da sua mente”. Porque na essência, é nisso que consiste o reavivamento: na renovação da mente. Até os fieis seguidores de Cristo podem se acostumar com as rotinas da vida espiritual. É por isso que os líderes da igreja têm apelado tão veementemente por um período especial de busca ao Senhor por meio da oração e do arrependimento, pedindo que o poder do Espírito Santo seja derramado sobre aqueles que esperam pela vinda de Jesus [veja “O Dom Prometido por Deus: Apelo urgente por reavivamento, reforma, discipulado e evangelismo”, Adventist World, Janeiro de 2011; http://portuguese. adventistworld.org/images/2011-1001/ 2011-1001.pdf]. À medida que adquirimos nova apreciação por Jesus, por meio do profundo estudo de Sua Palavra, e crescemos devido à inspira-ção encontrada no Espírito de Profecia, ao permitir que nossa vida e nosso comportamento diário seja moldado pelo Espírito Santo, receberemos o que Paulo chama de “mente de Cristo” (1 Co 2:16).

Sua ênfase no conselho de Paulo o tem levado a falar também sobre a importância do culto na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por que, só agora, esse assunto passou a ter destaque em sua pregação?Por mais de 150 anos, a Igreja Adventista do Sétimo Dia compreende que o culto – verdadeiro, bíblico, que guarda os mandamentos – está no âmago deste movimento. Desde nossos pioneiros, no grande movimento do Segundo Advento, ouvimos e respondemos ao chamado à mensagem do primeiro anjo para “adorar Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7), e santificar o sétimo dia de Deus, o sábado. Isso foi rapidamente

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V I S Ã O M U N D I A L

seguido por um chamado para sair dos lugares onde obstinadamente se agarravam ao falso sistema de culto; o que Apocalipse 14 chama de Babilônia. E a mensagem do terceiro anjo é um chamado à adoração persistente e fiel, não deixando que “o mundo ao redor o aperte em seu molde.” O culto sempre foi o cerne de nossa mensagem e mis-são, e agora, mais do que nunca, preci-samos responder ao chamado urgente para restabelecer nossa experiência de adoração corporativa baseada nos prin-cípios da Palavra de Deus e na direção que recebemos do Espírito de Profecia.

do que eu vivesse em quatro diferentes culturas em minha vida, e ter gasto qua-se vinte anos morando fora da cultura norte-americana. Como servo do povo de Deus, também tive o privilégio de viajar por dezenas de países, adorando com centenas de congregações locais, por cerca de quarenta anos de minis-tério. Aprendi a respeitar e a apreciar as expressões de adoração, diferentes daquelas com as quais cresci.

Quando, porém, chegamos ao bási-co da vida, às motivações que nos levam a querer adorar Aquele que fez o céu e a terra, vemos que as pessoas geralmente

meio das cartas e bilhetes que recebo de fieis adventistas, tenho me preocupado; porque vejo que necessitamos urgen-temente de “renovar a nossa mente” na questão da adoração pública.

Muitas práticas que, vistas super-ficialmente, pareciam inocentes, têm invadido o culto adventista do sétimo dia, especialmente nas áreas da oração e da música. Como Paulo advertiu há dois mil anos, precisamos estar especialmente vigilantes para “não nos conformar com este mundo.” Algumas práticas de oração, incluindo o que, às vezes, é conhecida como “oração centrada”, “labirintos” e “orações contemplativas”, frequentemente são associadas aos filósofos não cristãos que incentivam o esvaziamento da mente. A oração bíblica, ao contrário, leva-nos a uma contemplação tranquila e racional da Palavra de Deus e de Sua fidelidade que resulta na “mente de Cristo.”

A música, certamente um dos maiores dons dados por Deus ao ser humano, tem se tornado de igual modo, um veículo de incorporação de estilos e apresentação, que muito frequente-mente se esquece de que o verdadeiro público é o grande Deus do universo, nosso Salvador Jesus Cristo e o Espírito Santo. Perguntas simples nos ajudarão a sublinhar os princípios bíblicos e verda-deiros, tanto da música como da oração no culto: “Eu seria capaz de orar dessa maneira na presença de Jesus?” “Eu cantaria essa canção, ou dessa maneira, na presença do Santo dos Santos?”

O senhor planeja continuar falando e pregando sobre esses temas nos próximos meses?Você e os milhões de leitores da Adventist World podem contar comigo! Deus colocou uma preocupação em meu co-ração sobre o reavivamento da adoração bíblica entre nós, como Seu povo, e não vou deixar de falar nesse assunto, até que Ele me diga para parar. ■

aAlguns podem dizer que a adoração é uma experiência altamente pessoal e particular. Outros defenderão que deve ser permitido que ela seja moldada por costumes e preferências locais, e que cada congregação pode decidir por si mesma, que estilo de culto é apropriado no adventismo dentro do seu contexto.Em uma família mundial de adventis-tas, naturalmente temos muitas dife-renças e variadas expressões culturais, incluindo diferenças na linguagem, estilo musical e sequência do culto. Deus não quer, e Sua igreja não deve procurar obter, apenas uma expressão de culto numa família com cerca de vinte milhões de pessoas!

Dou glórias a Deus por ter permiti-

são semelhantes em todos os lugares. Indo mais ao ponto, os princípios da Palavra de Deus são os mesmos em todo o mundo e se aplicam a todos nós. Toda essa experiência me faz lembrar, e a muitos outros líderes da igreja – pre-ocupados por sentirem que a cultura mundana tem nos pressionado – que existe uma cultura bíblica/celestial para qual somos chamados.

O senhor crê que, nos últimos anos, a cultura mundana tem feito incursões no culto da Igreja Adventista do Sétimo Dia?É com dor no coração que digo isso, Bill, mas acredito que sim. Em minhas viagens ao redor do mundo, conversan-do com muitos líderes da igreja, e por

Reforma sempre foi o lema dos Adventistas do Sétimo Dia, e sempre deverá ser

A Igreja em Ação

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Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Departamento do Ministério da Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento do Ministério da Saúde da Associação Geral.

TonturaTontura Allan R. Handysides e Peter N. Landless

Algumas pessoas sofrem uma baixa nos níveis de açúcar no sangue após a refeição, se a insulina for

liberada muito rapidamente. Porém, a hipoglicemia é uma doença, com fre-quência, diagnosticada indevidamente.

músculos, e os tornam mais eficientes para suportar as mudanças requeridas em vários tecidos; assim, caminhe por 30 minutos, diariamente.2. Beba um ou dois copos com água entre 15 a 30 minutos antes da refeição.

Consuma mais alimentos integrais, legumes, óleos saudáveis e proteínas.6. A baixa da pressão após a refeição, melhora após 30 minutos a uma hora, portanto, descanse um pouco. Sente ou deite por um pequeno intervalo. Muitas

Muitos que reclamam de hipoglicemia, na realidade, nunca tiveram baixos níveis de açúcar no sangue.

Existe uma doença conhecida, que provoca a baixa da pressão sanguínea após a refeição, chamada de hipotensão pós-prandial. É possível que seja essa a causa dos sintomas que você está sentindo. O ato de comer conduz sangue para o trato digestivo e, como consequência, diminui o fluxo no cére-bro, nos músculos e em outros órgãos. Há algumas pessoas cujo mecanismo de adaptação não é o ideal e, por isso, podem sentir tontura, fraqueza e até cair. À medida que as pessoas envelhe-cem, o mesmo acontece com o sistema vascular, provocando declínio na sua adaptação. Há, porém, algumas coisas que você pode fazer para ajudar:1. Exercícios físicos regulares tonifi-cam o sistema vascular, assim como os

Isso ajudará a aumentar o volume do sangue e a reduzir a tendência de queda de pressão após a refeição.3. Coma menos do que está acostu-mado, e mais devagar. Demorar mais tempo para comer o ajudará a sentir-se satisfeito após 15 a 20 minutos, fazendo com que você coma menos e dando mais tempo para a digestão.4. Embora duas refeições ao dia reduza o estresse metabólico que sentimos após a refeição, algumas pessoas são beneficiadas com refeições menores e mais frequentes.5. Preste atenção no tipo de carboidra-to que você está comendo. Alimentos feitos com farinha e açúcar refinados como os bolos, pão branco, rosquinhas, etc., e até o arroz branco e refrigeran-tes/sucos adoçados, causam um rápido aumento na absorção com grande ten-dência para a hipotensão pós-prandial.

pessoas descobriram que trabalham melhor, que suas funções mentais me-lhoram e que são mais produtivos após 15 ou 20 minutos de sono.

Nosso conselho é que você discuta o assunto com seu médico; ele poderá encontrar algo específico que deva ser feito no seu caso. ■

Geralmente sinto tontura após a refeição. Será que esse sintoma pode estar sendo provocado pela falta de açúcar ou excesso de insulina no sangue?

S A Ú D E N O M U N D O

Muitos que reclamam de hipoglicemia, na realidade, nunca tiveram baixos níveis de açúcar no sangue.

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Todo músico profissional que se apresenta em público utiliza dois compartimentos da mente,

talvez, de maneira mais singular do que em qualquer outra profissão. Não fosse pela incrível capacidade mental, formada pelo Criador, nenhum artista poderia comparecer a um palco e tocar com precisão quase perfeita por uma ou mais horas, sem que houvesse uma nota se quer diante de si. Considere, por exemplo, um pianista que deseja apresentar um concerto de piano. Para preparar esse concerto, ele terá que passar várias horas, todos os dias, aprendendo, conscientemente, todas as notas, a fórmula de compasso (tempo), dinâmica e nuances de expressão e interpretação. Todos os inumeráveis movimentos envolvendo as duas mãos sobre o teclado, assim como os pés nos pedais do piano fazem com que o ato de tocar seja um processo mental bastante complicado.

A Música e a Mente O que acontece na mente do mú-

sico quando está tocando? Enquanto, conscientemente, ensaia a peça, está acontecendo um processo maravilhoso e misterioso. Todas as centenas de notas, com vários andamentos e dinâmicas, estão sendo gravadas na região do subconsciente, junto com sua inter-pretação e expressão pessoal. Quanto mais frequentemente a peça é tocada, mais forte se torna a gravação mental. Finalmente, a gravação se torna tão firmemente impressa no subconsciente, que o repertório todo pode ser tocado sem que haja necessidade de pensar conscientemente sobre o mecanismo das notas e seu andamento. O consciente mental simplesmente refletirá as linhas gerais e o fluxo da música. Ele [músico] é capaz de manter até uma rápida conversa enquanto toca. Isso acontece porque o subconsciente se encarregou da apresen-tação da música, deixando o consciente livre para fazer outra atividade como responder a uma pergunta ou fazer um

comentário. Essa é uma façanha mental maravilhosa que ajuda a compreender e apreciar aquilo que o salmista exclamou: “de modo assombrosamente maravilhoso me formaste” (Sl 139:14).

Se, o pianista tocar um concerto de Chopin, deve incluir a “Fantasie- Impromptu” do autor. Essa peça tem aproximadamente três mil notas, que serão armazenadas em sua memória. Além disso, outras múltiplas anotações serão armazenadas ali, tais como: o

andamento (tempo) de cada nota, o volume, o toque (legato ou staccato), o dedilhado e o pedal. Isso significa que há cinco anotações mentais para cada nota tocada, além de, tocar a nota certa! Isso resulta ao redor de quinze mil anotações mentais, que serão armaze-nadas em seu subconsciente, em apenas uma peça musical. O pianista ainda pode decidir tocar a Balada de Chopin, em Lá bemol. Ela tem cerca de 5.400 notas, resultando em cerca de 27 mil

MenteA

D E V O C I O N A L

HumanaA obra prima da criação de Deus

Por Floyd A. Sayler

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O criador

dotou o ser humano

com um computador

vivo, infinitamente

mais elaborado

e complexo do que o

computador mais

desenvolvido que

temos hoje

anotações no subconsciente. Para fazer um concerto de uma hora, é provável que o músico tenha um total de aproxi-madamente 210 mil anotações mentais no seu subconsciente, prontas para serem lembradas, quando necessário.

Na verdade, o Criador dotou o ser humano com um computador vivo. Este é, infinitamente, mais elaborado e complexo do que o computador mais desenvolvido que temos hoje, no mo-derno mundo da tecnologia. Ellen White declara que “foi maravilhoso Deus ter criado o homem e sua mente.”1 É a mente, ou a capacidade de raciocinar, que coloca a humanidade acima das outras espécies de seres e faz do homem a coroa da obra da criação de Deus. Ele nos deu um simples diagrama para nos ajudar a compreender como, na realidade, esse computador vivo funciona. Em 2 Coríntios 6:16 é mencionado que os seres humanos são templos onde Deus deseja habitar pelo Espírito Santo. Essa passagem cita Êxodo 25:8, onde Deus disse à Moisés : “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.” Com a planta do santuário, podemos aprender algo a respeito de nós mesmos, que é simples, embora profundo.

Lições do SantuárioO santuário foi projetado com um

pátio externo que antecedia o seu inte-rior de dois compartimentos. Da mes-ma forma, o templo humano também tem seu pátio externo e um santuário interior com dois compartimentos. Paulo refere-se a ele em 2 Coríntios 4:16 quando declara: “Por isso, não desani-mamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.” O pátio exterior representa o ser exterior, o corpo físico, que pode ser visto e tocado. Os ossos, nervos, músculos, cérebro e órgãos do corpo, são todas partes exteriores do nosso ser. O pátio interno, com seus dois compartimentos, representa o lado consciente e subconsciente da mente: o

intelecto, o seu “eu” interior que projeta sua individualidade e personalidade. Essa é a parte espiritual da natureza humana que não pode ser tocada. No entanto, sua influência é muito real e poderosa. A Bíblia usa vários sinônimos para descrever a mente. Termos como: coração, alma e espírito são comumente usados referindo-se à mente e suas funções.2

Cérebro, Mente e CaráterHá uma diferença entre o cérebro

físico e a mente. Note a citação a seguir: “O cérebro é o órgão e instrumento da mente e controla todo o corpo.”3 Aqui, o cérebro é comparado a um órgão e a mente a um organista. O órgão não pode produzir nenhum som sem o organista; nem o organista pode tocar uma nota sem o órgão. Eles são depen-dentes. “A mente rege o homem todo. Todas as nossas ações, quer sejam boas ou más, originam-se na mente […] Todos os órgãos físicos são servos da mente, e os nervos os mensageiros que transmitem suas ordens a cada parte do corpo, dirigindo os movimen-tos do mecanismo vivo”.4

Assim, quando o pianista faz sua apresentação, o subconsciente envia ao

cérebro as anotações musicais ali ar-mazenadas que, por sua vez, transmite os sinais para os nervos que guiam os movimentos das mãos e dos dedos para tocarem o teclado com incrível precisão, produzindo o som inspirador que gos-tamos tanto de ouvir. Esse é, realmente, um processo mental muito complicado que normalmente não valorizamos.

Há nisso uma profunda lição espiritual. Se o pianista for descuidado com a maneira como estuda as peças que deseja apresentar, se não toca todas as notas corretas ou perde o tempo em algumas passagens, refletirá tudo isso no palco, quando estiver apresentando o concerto. Do mesmo modo, se for-mos descuidados com nosso modo de pensar, se guardarmos pensamentos amargos ou impuros, eles serão refleti-dos em nosso caráter e personalidade ao nos apresentarmos em nosso cotidiano. Como o pianista que expressa sua per-sonalidade e individualidade de caráter numa apresentação; também, nós, refle-tiremos o caráter e a personalidade no cotidiano. A importância de fazer uma boa gravação em nosso subconsciente é priorizada quando compreendemos que nosso caráter, ou individualidade, é a única coisa que poderemos levar desta vida para a eternidade. Lá, a mente continuará a se desenvolver e a se expandir para níveis mais altos de realizações. Sem os efeitos inibidores e limitadores do pecado, a mente que Deus criou como Sua obra prima, poderá, então, expressar-se completa e verdadeiramente. ■

1 The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Ellen G. White Comments, v. 6, p. 1105.2 Compare Mt 26:41; Ez 36:26 e Ef 4:23.3 Ellen G. White, Conselhos sobre Saúde, p. 586.4 Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 396.

Floyd A. Sayler é compositor musical, da cidade de Oliver, Columbia Britânica, Canadá.

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Jisun Lee era aluna do último ano na Universidade para Mulheres Ewha, em Seul, Coreia, quando sua vida virou de cabeça para baixo. Em 2002, um motorista bêbado

bateu no seu carro, causando a colisão de vários veículos. Seu irmão a puxou para fora do carro em chamas, já com terríveis queimaduras, e correu com ela para o hospital. No caminho ele chegou a se despedir dela, dizendo: “Você foi uma irmã maravilhosa. Nunca vou me esquecer de você. Durma em paz.”

Jisun, entretanto, sobreviveu, apesar de ter 55 por cento de seu corpo queimado. Antes, Jisun era uma linda mulher, agora, porém, estava severamente desfigurada.

As vítimas de queimaduras graves na face, geralmente ficam profundamente deprimidas a ponto de tentar suicídio. Jisun, no entanto, escolheu assumir uma atitude diferente. Apesar de terrivelmente traumatizada tanto física como psico-logicamente, ela aprendeu a expressar sincera gratidão a Deus por salvá-la da morte. Com o tempo, Jisun agradecia a Deus, inclusive, pelas bênçãos que recebeu em meio ao sofrimento.

Jisun queria dividir sua experiência com outros, assim, ela criou uma página pessoal na Internet, que tem sido visitada por milhares de pessoas. Que maravilhoso testemunho de esperança e fé em Deus, mesmo em meio à adversidade!

Uma Questão de Escolha Ninguém está imune às aflições da vida, inclusive os

cristãos. Às vezes, a adversidade nos torna amargos; outras vezes, faz perder a esperança. No entanto, pessoas que escolhem encarar as adversidades de modo diferente, são capazes de usar sua experiência como um trampolim para a felicidade e a realização.

Abraham Lincoln disse: “As pessoas serão tão felizes quanto decidirem em sua mente que serão.” William James (1842-1910), famoso psicólogo da Harvard University,

declarou: “A maior descoberta da minha geração é que os seres humanos podem mudar sua vida, se mudarem suas atitudes.”1 A Bíblia diz: “Ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (1Ts 5:21 NVI).

Lamentavelmente, muitas pessoas escolhem ser infelizes porque experimentam quase todas as coisas, e ficam com o que é mau. Não conseguem ver as bençãos que recebem, a todo tempo, especialmente, quando passam por grande tribulação.

Num esforço por descobrir o que torna a felicidade possível, Harold Greenwald (1910-1999), psicoterapeuta, entrevistou pessoas de todas as classes sociais e publicou um livro intitulado The Happy Person [A Pessoa Feliz]. Ele escre-veu: “A [descoberta] mais surpreendente foi a quantidade de pessoas entrevistadas que eram felizes e satisfeitas [...] e que haviam passado por traumas, frustrações e derrotas muito semelhantes aos pacientes que se sentiam miseráveis [...] Todas as pessoas felizes que entrevistei haviam escolhido não ser vítimas. [...] Elas escolheram ser alegres. Muitas vezes essa decisão foi tomada no ápice de uma grave crise emocional ou física, um acidente quase fatal ou um desastroso divórcio. [...] As pessoas amargas culpam essas mesmas circunstâncias por sua infelicidade. Então, por que aquelas pessoas não eram tristes? Eles… [reexaminaram] seu modo de enxergar [a vida]. Então, decidiram [...] que eram responsáveis por sua própria felicidade.”2

O psiquiatra Frank Minirth e Paul Meier, chegaram à mesma conclusão e escreveram o livro Happiness Is a Choice [A Felicidade é uma Escolha]. Minirth e Meier, estabeleceram clínicas de saúde mental para pacientes com depressão em vários lugares nos Estados Unidos.

Durante o último meio século, as pesquisas têm demons-trado que o tratamento bem sucedido de doenças deve ser integral. Mente e corpo não são entidades separadas. O Deus

F elicidadeV I D A A D V E N T I S T A

Por Jung Park

ou

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que nos fez, diz: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque essa é a vontade de Deus, em Cristo Jesus, para convosco.” (1Ts 5:16-18 AA). Como, então, podemos colocar em prática a Palavra de Deus?

Ellen G. White, uma das minhas escritoras prediletas, escreveu: “Se olharmos o lado brilhante das coisas, acharemos bastante para nos tornar bem-humorados e felizes. Se dermos sorrisos, eles nos serão devolvidos.”3 “Devemos estar arrancando de nossos pensamentos todas as ervas ruins da murmuração e da crítica. Não continuemos a olhar para qualquer defeito que vejamos.4

Em Tudo Dai Graças Deus quer que tenhamos uma atitude positiva quando

coisas ruins acontecem. É impossível nos “alegrarmos sempre”e “em tudo dar graças”, quando, continuamente, nutrirmos uma atitude negativa. Pela graça de Deus, o cristão pode adotar uma atitude positiva em qualquer ambiente e em qualquer circunstância. Temos um maravilhoso legado na promessa: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28).

É bom olharmos o lado positivo de qualquer circunstân-cia. É benéfico perguntar, mesmo em meio à adversidade: “O que posso aprender com isso?” “Como posso crescer?” e “O que posso realizar como resultado dessa situação?” Se perdemos toda a esperança e a coragem sempre que nos deparamos com uma grande dificuldade, talvez, seja porque não estejamos olhando, regularmente, para o lado positivo.

Visão Pessoal Eu conheço a adversidade. Convivi com ela todos os dias.

Desde a adolescência até próximo aos trinta anos, sofri de dor física continua. Sofria de artrite severa, uma doença chamada ‘espondilite anquilosante’. Às vezes, eu sentia que

?A escolha é nossa

meu sofrimento era muitas vezes maior do que outros sofreriam a vida toda. Não via esperança para o meu futuro e cria que, literalmente, estava chegando ao fim da vida.

Entretanto, conforme o tempo foi passando, comecei a compreender que a pior adversidade havia se tornado a maior bênção da minha vida. Cresci consciente de que as lições que estava aprendendo, como resultado do sofrimento, eram verdadeiros tesouros que não seria possível conseguir de outra maneira. Aprendi que durante os momentos mais desesperadores da minha vida, Deus estava mais próximo de mim. Glórias a Ele! Concentrar-me no que era positivo, como aprendi nas Escrituras, foi uma das principais razões pelas quais me recuperei daquela terrível doença.

A vida é uma mistura de desastres e bênçãos, e não deve-mos tirar conclusões precipitadas das situações difíceis que se apresentam diante de nós. É melhor procurar o que é “bom “ no “mau”, porquê o bem pode resultar do mau.

O maior desastre na vida pode se transformar numa grande bênção. Sou prova disso. Assim, quando nos agarrarmos ao que é bom em nossa vida diária, aprenderemos a estar contentes sob quaisquer circunstâncias. A escolha é nossa. ■

1 www.knowledgerush.com/kr/biography/304/William_James/ 2 Harold Greenwald, The Happy Person, p. 15-17.3 Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 573.4 Ibid., p. 789.

elicidade

Jung Park era aluno do doutorado em educação em saúde na Universiade de Loma Linda, quando escreveu este artigo.

Agosto 2011 | Adventist World 15

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Mılagre

A R T I G O D E C A PA

MılaMılaM greMO

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Nota do Editor: Dia 6 de agosto de 1945, Hiroshima, Japão – primeira cidade na história a ser destruída por uma bomba atômica. Apesar da terrível devastação e perda de vidas, hoje, no sexagésimo ano desse evento fatídico, refletimos nas histórias impressionantes dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Hiroshima – todos sobreviveram!

Asako Furunaka nasceu no dia 12 de agosto de 1921, filha de um empresário de sucesso no Japão. Independente e muito inteligente,

frequentou a escola noturna após se formar como professora. Aos 32 anos de idade, tornou-se repórter de um jornal, algo incomum para uma mulher naqueles dias. Casou com um professor universitário e, embora não tivessem filhos, teve uma vida feliz. Um dia, porém, quando já se aproximava

dos 50 anos, a vida de Asako foi aba-lada quando seu esposo confessou

ter uma amante e pediu o di-vórcio. O desespero e a raiva

a oprimiram e a tristeza e o ódio por seu marido

enchiam seus dias

e noites fazendo com que cresse que nunca mais confiaria em ninguém. Logo caiu em profunda depressão.

Quando sua vida estava no fundo do poço, alguém a convidou para ir à igreja, começando a frequentá-la regularmente. Ali, aprendeu sobre o perdão, encontrou esperança na Bíblia e a paz retornou ao seu coração. No entanto, naquela época, não conseguiu se decidir pelo batismo.

Histórias Inacreditáveis

Devido às suas habilidades e qua-lificações, ela foi convidada para ser a professora de Bíblia das crianças na igreja. Muito feliz, aceitou o cargo e começou a ensinar as lições da Escola Sabatina para as crianças. Um dia, a lição relatava a história do livro de

A primeira bomba atômica do mundo foi jogada sobre Hiroshima, Japão, no dia 6 de agosto de 1945. Extrema esquerda: Após a tragédia da bomba, Dra. Tomiko Kihara trabalhou incansavelmente para salvar muitas vidas. Esquerda: Iwa Kuwamoto estava a um quilômetro do local onde a bomba caiu, e sobreviveu.

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UMA MISSÃO: Asako Furunaka queria saber a verdade.

Por Ryoko SuzukiPor Ryoko SuzukiPor Ryoko Suzuki

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Daniel, sobre os três jovens que foram salvos, embora tivessem sido jogados na fornalha ardente. Ela contou a história, mas quando terminou, um dos garotos exclamou: “Eu não acredito nisso!” Então, uma das meninas disse: “Eu acredito porque minha avó sempre me conta como nenhum membro da igreja (adventista) em Hiroshima foi morto quando a bomba caiu naquela cidade.”

Ao ouvir isso, a irmã Furunaka con-

lhaços de vidro chegassem a até 16 quilômetros de distância. A radiação incrivelmente forte transmitida pela bomba, provocou, nos que estavam ex-postos a ela, a perda de todas as funções corporais e apoptose celular, um tipo de suicídio das células. Como resultado da explosão propriamente dita, os in-cêndios consequentes e as queimaduras pela radiação, 200 mil habitantes de Hiroshima perderam a vida.

Todos os outros vinte membros da igreja adventista de Hiroshima tam-bém foram salvos. Apesar de seis deles já terem falecido pela idade avançada, os casais Morita e Yoshimura, assim como os irmãos Sumi, Matasutani e outros, ainda estão ativos.

A irmã Iwa Kuwamoto que, aos 83 anos, ainda faz evangelismo de sua casa por telefone e por carta, estava a um quilômetro do local onde a bomba caiu. Quando ela conseguiu sair debai-xo dos escombros do prédio, pôde ver a nuvem semelhante a um cogumelo gigante, que escondeu o sol e envolveu a terra com sua escuridão. Ela tentou desesperadamente ajudar seu esposo, descrente na época, a sair dos escom-bros, mas os incêndios ameaçavam engoli-los. Tomando a mão do marido e chorando, a irmã Iwa disse: “O fogo está chegando. Não posso fazer mais nada, então vamos morrer juntos. Deus sabe de tudo. Por favor, creia em Jesus Cristo. Eu não posso salvá-lo!” Seu esposo, porém, disse: “Não, vou morrer aqui, mas você deve correr por causa das crianças. Você precisa en-contrar as crianças e buscar um lugar seguro. Faça isso pelas crianças!”

Mais uma vez ela disse: “Não, não tenho como escapar do fogo. Vou morrer aqui com você.” Mas seu esposo não quis ouvi-la. Ele disse: “Não! Eu estou bem aqui. Por muito tempo me rebelei contra você e minha mãe, e não acreditava em Deus. Mas agora eu creio na salvação de Deus, assim poderemos nos ver outra vez. Por favor, por favor, vá encontrar as crianças. Por favor, vá!” Assim, com lágrimas de desespero, ela deixou seu esposo ali. Jogando água em seu corpo enquanto caminhava, escapou das chamas e, mais tarde, encontrou seus filhos.

Tomiko Kihara era médica e tinha sua própria clínica. Havia estado de plantão na noite anterior e chegara a casa às duas da manhã, de modo que

cluiu que, embora estivesse ensinando a lição, ela também não acreditava naquela história, nem podia acreditar no que a menina dissera. Ao mesmo tempo, porém, um pensamento veio à sua mente – “Eu sou jornalista, não sou? Então devo ser capaz de descobrir se o que esta menina está dizendo é verdade ou não. Eu realmente devo conferir essa história!” Assim, começou sua pesquisa, visitando todos os membros da igreja que haviam estado em Hiroshima na época da bomba atômica.

Dia FatídicoQuando a primeira bomba atômica

da história foi jogada em Hiroshima na manhã do dia 6 de agosto de 1945, tudo foi destruído, instantaneamente, num raio de 2 quilômetros; a temperatura do solo alcançou inimagináveis 6.000º C. Todas as pessoas vivas, num raio de 4 quilômetros, morreram queimadas. Foi provocada uma terrível ventania, com a velocidade de 4,4 quilômetros por segundo, derrubando prédios inteiros e fazendo com que os esti-

Nenhum Adventista Ferido No meio de toda essa devastação,

seria possível que nenhum membro da igreja, mesmo os que moravam a um quilômetro de distância de onde a bomba caiu, tivesse sido morto ou feri-do? Incrédula, a irmã Furunaka come-çou a visitar, um por um, os membros da igreja que estiveram lá na ocasião. O que encontrou foi que, mesmo em meio às mais terríveis possibilidades de morte daquele dia, nenhum membro da igreja pereceu ou ficou ferido. A garotinha que dissera acreditar que os três fiéis rapazes foram mantidos vivos dentro da fornalha ardente, porque sua avó sempre lhe contava que nenhum dos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Hiroshima fora ferido, dissera a verdade.

Durante sua investigação, a irmã Furunaka ouviu o testemunho de um membro da igreja, Hiroko Kainou que, ao ser surpreendida pela fúria do vento, caiu de joelhos e orou. Embora todos os vidros da casa tenham quebrado e voado, ela saiu sem nenhum arranhão.

Nenhum membro da igreja Adventista foi morto pela bomba que caiu sobre Hiroshima

A R T I G O D E C A PA

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dormia quando a bomba explodiu. Embora estivesse a menos de um quilômetro de distância do centro da explosão, nada caiu sobre ela e não teve um ferimento sequer. Assustada com a explosão, correu para fora para ver o que estava acontecendo. Mas, tudo o que pode ver foi o chão queimado e escuro. Reconhecendo a seriedade da situação, correu para o hospital do outro lado da cidade, e ali, por uma semana, sem descansar ou dormir, ela atendeu as vítimas, pois era um dos poucos médicos da cidade a sobreviver à explosão. Nas semanas e meses seguintes à tragédia, ela con-tinuou dando tudo de si para ajudar as vítimas.

Crente de Verdade

Como resultado de ouvir esses testemunhos, a irmã Furunaka veio a crer completamente em Deus e foi batizada. Recebeu, depois, um convite para falar da fidelidade do Salvador aos outros, e, aos 58 anos, matriculou-se no curso de teologia do Colégio Saniku Gakuin, no Japão. Após a formatura, tornou-se pastora da Igreja Adventista Kashiwa e, mais tarde, trabalhou como instrutora bíblica na Igreja Adventista Kisarazu. Mesmo depois de jubilada, continuou a ser uma ativa evangelista. Hoje, gozando de boa saúde aos 88 anos de idade, ela diz: “Não tenho mais família aqui na terra, mas Deus me ama e eu estou contente.” ■

Pedir ao primeiro ancião da Igreja Adventista do Sétimo dia de Hiroshima para supervisionar a

demolição de sua própria igreja, parecia uma ironia cruel. Porém, era o verão de 1945 e o governo japonês estava inflexível por causa do aumento dos ataques aéreos, e aquele prédio estava marcado para ser um alvo certo. Tinha que ser demolido.

A bonita estrutura, construída em 1917, serviu como local de reunião dos adven-tistas em Hiroshima, por muitos anos. A igreja foi um presente de amor de um de seus membros, Dr. S. E. Tatsuguchi, que adiantou quase todo o recurso necessário para a construção. No dia 5 de fevereiro de 1917, A. G. Daniells, então presidente da Associação Geral, e sua esposa Maria, estiveram presentes à dedicação da igreja de Hiroshima, onde Daniells fez o sermão da cerimônia.

Em menos de três décadas, porém, a igreja foi demolida e seus membros espa-lhados. Para Morita San, primeiro ancião da igreja, esse ato agressivo por parte do governo não foi surpresa. Em 1943, foi fundada a Grande Associação Patriótica Religiosa do Tempo de Guerra no Japão, e essa instituição rapidamente eliminou toda religião que não estivesse em harmonia com o xintoísmo.

No início da manhã do dia 20 de setembro de 1943, a polícia invadiu a casa de San, prendendo o ancião da igreja e colocando-o na prisão. Embora fosse solto mais tarde, foi obrigado a supervisionar a demolição de sua querida igreja.

Mas, o que a princípio parecia uma maldição, tornou-se uma bênção. Por causa da perseguição religiosa, até 4 de agosto de 1945, a maioria dos membros da igreja de Hiroshima já havia deixado a cidade. Uns poucos permaneceram, inclusive Morita San e sua família, que também estavam presentes quando a bomba foi lançada. Eles, e outros adventistas que ainda estavam em Hisroshima naquele dia, sobreviveram.

Após a guerra, os adventistas se reuniam nos lares dos membros da igreja nos arredores de Hiroshima. Em 1951 foi comprado um terreno dentro da cidade e construída uma nova igreja, assim como a casa pastoral, a escola e, mais tarde, uma clínica. Ao longo dos anos, seus membros têm sido ativos no trabalho missionário e a igreja de Hiroshima tem sido uma das mais fortes no Japão.

AAAMaldiçãoMaldiçãoMaldição

Bênção

Devastação na cidade de Hiroshima Esquerda: Primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia de Hiroshima, dedicada no dia 5 de fevereiro de 1917, e demolida pelo governo japonês em 1945.

Ryoko Suzuki é bibliotecária da Divisão Ásia-Pacífico Norte (NSD), localizada na república da Coreia.

Seu esposo, Akeri Suzuki, é o secretário executivo da divisão. O casal pastoreou igrejas no Japão por mais de trinta anos e têm três filhos adultos.

Agosto 2011 | Adventist World 19

MaldiçãoMaldiçãoBênçãBênçã

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POR GINA WAHLEN

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Fui ensinado na classe batismal que se eu utilizasse meus dons espirituais, Deus me daria outros dons. Após meu batismo em 1984, descobri que eu gostava de cantar,

ensinar e incentivar as pessoas. Hoje, ainda canto, ensino e incentivo as pessoas. Não me foram acrescentados outros três dons espirituais como descrito na parábola dos talentos (Mt 25:14-30).

Em que aspecto, então, esses talentos são multiplicados? Qual a diferença entre cinco, dois ou apenas um talento? E, finalmente, qual é a função do dom espiritual?

Cinco e Dois são Iguais Para o servo que dobrou seus cinco talentos, o mestre

disse: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25:21).1 O interessante é que o mestre diz exatamente a mesma coisa para o servo que tem dois talentos (verso 23). Esse paralelo sugere que cinco talentos e dois talentos são igualmente considerados como “poucas coisas”. A recomendação dada a eles é simplesmente a mesma; a recompensa que recebem não é diferente. Cinco não é mais do que dois e dois não é mais do que cinco.

Dois e Um São IguaisA parábola sobre a separação das ovelhas dos cabritos

(Mt 25:31-46), contada por Jesus logo após a parábola dos talentos, esclarece ainda mais o significado dos cinco, dois e um talentos. A razão da separação está relacionada ao que eles fizeram para Jesus: dando alimento quando Ele estava faminto, dando-Lhe água quando estava com sede, rece-bendo-O quando Ele era estrangeiro, vestindo-O quando estava nu, cuidando dEle quando estava doente e visitando-O quando estava na prisão. Esse conjunto de motivos é repetido quatro vezes: (1) na declaração do rei para a “ovelha” (versos 35, 36), (2) na pergunta da “ovelha” ao rei (versos 37-39), (3) na declaração do rei para os cabritos (versos 42 e 43), e (4) na pergunta dos “cabritos” ao rei (verso 44).

No primeiro conjunto, há seis verbos explicando o que é feito por Jesus ou para um dos Seus pequeninos irmãos, ou seja, dando de comer, dando água, hospedando, vestindo, cuidando e visitando. O interessante é que quando esse conjunto de motivos é repetido pela segunda vez, os últimos dois verbos, cuidar e visitar, estão unidos em um verbo: visitar (verso 43). Isso significa que dois é igual a um e um é igual a dois. O que desempenha duas funções, realiza um serviço e o que realiza uma função, faz dois. Portanto, a questão não é quantos dons possuímos, mas o que fazemos com eles.

Cinco e Um são Iguais Quando o conjunto de motivos é repetido pela segunda

e terceira vez, os seis versos citados na primeira se tornam em cinco, porque Deus se transforma em um. Agora, note como o conjunto de motivos é repetido pela quarta vez: “Senhor, quando Te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não Te ajudamos?” (verso 44). Você percebeu? Os cinco verbos que permaneceram, agora se fundiram em apenas um verbo, diakoneo, “servir ou ministrar”. Essa combinação dos verbos demonstra que alimentar, dar água, hospedar o estrangeiro, vestir e visitar pode ser resumida em uma palavra: servir ou ministrar. Isso sugere que cinco talentos é igual a um talento, e um talento é igual a cinco talentos. A questão não é quantos dons temos, mas o que estamos fazendo com eles.

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Dons para o Serviço

Por Richard

A. Sabuin

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Apenas Dois GruposA separação entre as ovelhas e os cabritos em Mateus

25:31-46 demonstra que existem apenas dois grupos de pessoas: aqueles que servem ao Senhor e os que não servem ao Senhor; os bons e fieis e os maus e negligentes (verso 26). Os primeiros dois servos são chamados bons e fieis porque cumpriram sua responsabilidade como servos do seu senhor e fazem o seu melhor para o benefício desse senhor. Não é tanto o fazer que os torna bons e fieis. É principalmente sua atitude em relação ao senhor – é o ser. Além disso, não são apenas os atos do terceiro servo (ou a falta deles) que resultou no rótulo de mau e negligente, mas, também, o que ele pensa a respeito do seu senhor. Ele diz: “Eu sabia que o senhor é um homem severo” (verso 24). Com essa percepção errada sobre o seu senhor esse servo não faz o seu melhor para servi-lo. E é interessante que ele não reclama por ter recebido apenas um talento. A imagem correta de Deus e uma atitude amorosa para com Ele, resulta numa demonstração diligente e frutífera dos dons espirituais a nós confiados.

Os Dons Espirituais e a Segunda Vinda A parábola dos talentos não é uma parábola isolada,

mas faz parte dos ensinos sobre a segunda vinda de Cristo

(Mt 24 e 25). Ela deve ser lida e compreendida no contexto da segunda vinda de Jesus. Com essa luz, o propósito dos dons espirituais não tem apenas “o fim de preparar os santos para a obra do ministério” (Ef 4:12), mas, também, prepará-los para a volta de Jesus.

O objetivo dos dons espirituais não é necessariamente adicionar dons, mas um ministério frutífero que leve muitos a Cristo. Cinco, dois ou um é exatamente a mesma coisa. Estou satisfeito com a quantidade e com o tipo de dom que tenho. A pergunta é: Estou usando meus dons para o avanço do reino de Deus? ■

1 Todos os textos bíblicos utilizados foram extraídos da Nova Versão Internacional.

Richard A. Sabuin, nativo da Indonésia, é professor de Novo Testamento e diretor do Seminário Teológico Adventista no Instituto Internacional de Estudos Avançados

em Silang, Filipinas.

Cınco

Dons para o Serviço

EspırıtuaısDeus concede a todos os membros

de Sua igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve em-pregar em amoroso ministério para o bem comum da igreja e da humanidade. Sendo outorgados pela atuação do Espí-rito Santo, o qual distribui a cada membro como Lhe apraz, os dons proveem todas as aptidões e ministérios de que a igreja necessita para cumprir suas funções divinamente ordenadas. De acordo com

as Escrituras, esses dons abrangem mi-nistérios como a fé, cura, profecia, pro-clamação, ensino, administração, recon-ciliação, compaixão e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para funções reconhecidas pela igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos e de ensino especialmente necessários para habilitar os membros

para o serviço, edificar a igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade da fé e do conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como fieis despenseiros da multiforme graça de Deus, a igreja é protegida contra a influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provem de Deus e é edificada na fé e no amor (Rm 12:4-8; 1Co 12:9-11, 27, 28; Ef 4:8, 11-16; At 6:1-7; 1Tm 3:1-13; 1Pe 4:10, 11). – Crenças fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, No 17

Dons e Ministérios

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CompanheirosReflexões sobre o Casamento de

Por James R. Nix

de

C O R T E S I A D O E L L E N G . W H I T E E S T A T E / M O D I F I C A D A D I G I T A L M E N T E

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

TrabalhoTiago e Ellen White

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Poucos dias antes do que seria o sexagésimo aniversário de casamento de Ellen White, ela

relembrou com carinho a pessoa de Tiago White, seu esposo, já falecido. “Nos casamos e assim estamos desde então. Apesar de ele estar morto, em minha opinião ele foi o melhor homem deste mundo. A despeito do que [as pessoas] possam dizer [...] em minha viuvez, eu não uniria minha vida com mais ninguém. Sinto[...] que devo preservar a memória de meu esposo.”1

Muito em Comum Tiago e Ellen provavelmente se

encontraram, pela primeira vez, no verão de 1844. Ambos eram adventistas mileritas, que ansiosamente aguarda-vam o retorno de Cristo em 1844. A despeito de sua saúde, Ellen falava em reuniões e testemunhava de sua fé para outros. Tiago era um jovem pregador entusiasta, que em uma turnê evangelística de quatro meses, num período de pesadas nevadas no início de 1843, converteu mil pessoas.2 Em relação às suas crenças, os dois tinham muito em comum.

Poucas semanas após 22 de outubro de 1844, quando Jesus não retornou como esperado, Ellen recebeu sua primeira visão.

Quando exatamente foi a primeira vez que Tiago ouviu a respeito dela, não se sabe. No entanto, ele logo se

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uniu ao grupo de amigos de Ellen que a acompanhavam nas viagens para testemunhar sobre suas visões.

No dia 30 de agosto de 1846, Tiago Spinger White, 25 anos e cerca de 1,83 m de altura, e Ellen Gould Harmon, 18, e com 1,57 m, se casaram diante de Charles Harding, juíz de paz em Portland, Maine.3 Esse foi o início de quase 35 anos de parceria que terminou com a morte de Tiago, no dia 6 de agosto de 1881.

Vida de Casados

Como recém-casados, Tiago e Ellen começaram a vida em Gorham, Maine, morando com Robert e Eunice Harmon, pais de Ellen. Eles ainda moravam ali quando ela deu à luz ao seu primeiro filho, Henry Nichols, em 1847. Mais tarde, os White tiveram mais três filhos, James Edson, em 1849, William Clarence, em 1854, e John Herbert, em 1860. Somente o segundo e terceiro filhos sobreviveram até a idade adulta.

Durante alguns anos, Tiago e Ellen viajaram por toda a Nova Inglaterra, o estado de Nova Iorque e Canadá, reali-zando reuniões e incentivando a fé dos novos conversos. Devido às condições primitivas das viagens naquele tempo, eles deixaram seu filho mais velho, Henry, aos cuidados da família de amigos adventistas, Stockbridge Howland4, por cinco anos, em Topsham, Maine (EUA).

Obra de Pubicação

No final de 1848, Deus instruiu Ellen White, em visão, que seu esposo deveria começar uma revista.5 Só no mês de julho do ano seguinte, Tiago, que não tinha dinheiro e pouca educação formal, conseguiu lançar o primeiro jornal da igreja nascente, Present Truth (A Verdade Presente).6 Essa não foi a primeira vez que Deus falou através de Ellen para o avanço da jovem igreja. Embora nem sempre soubesse qual o melhor modo de agir, Tiago, tanto quanto sabemos, nunca respondia: “Não! Outra visão, não!” Ao contrário, ele sempre foi o herói de sua esposa, seu defensor e editor.

Com o tempo, Present Truth deu lugar à Advent Review and Sabbath

Herald (Revista Adventista e Arauto do Sábado), conhecida hoje como Adventist Review (Revista Adventista). Mais uma vez, Ellen apoiou o novo empreendi-mento. Certa vez, quando Tiago chegou a casa, totalmente desanimado por não ter dinheiro suficiente para publicar o próximo exemplar da revista, ela lhe entregou uma meia cheia de moedas que

aos vizinhos que quando ele pedisse ajuda para recolher o feno, deveriam dizer que estavam muito ocupados para ajudá-lo. Ellen carregava a carroça com o feno enquanto Tiago arriava e condu-zia a parelha de cavalos.11 Algum tempo antes, ela fizera uma trilha na neve com os pés, para que ele pudesse caminhar seguindo suas pegadas.12 Lentamente, Tiago recuperou a saúde. Ela ficou muito feliz quando, outra vez, ele pode voltar ao púlpito para pregar.

Trabalhando Juntos Ao longo dos anos, os dois sempre

oravam juntos e às vezes até escolhiam um bosque perto da sua casa para os momentos de oração em conjunto. Eram generosos em doar seus recursos. Ellen White declara, em 1885, que ela e Tiago haviam doado trinta mil dólares para a obra de Deus.13 Eles viajavam a cavalo, de charrete, bote, diligência e, várias vezes cruzaram os Estados Unidos de trem. Eles falavam em escolas, tendas, bosques, igrejas, celeiros, reuniões campais e nas casas das pessoas. Também fundaram instituições, escreveram artigos para as revistas que Tiago iniciara e até acamparam juntos no Colorado. Logo no princípio, quando paravam para comer, Tiago, às vezes, escrevia artigos usando a aba de seu chapéu como escrivaninha, enquanto Ellen preparava a refeição.

Embora nem sempre concordassem em tudo, o amor e respeito de um pelo outro… superava tudo

para que seu esposo se recuperasse. Quando o tratamento do instituto de saúde em Dansville, Nova Iorque, para o qual ela o havia levado, divergiu do que ela achava que ele precisava, Ellen levou Tiago de volta para casa, em Battle Creek.9 Mais tarde, foram para Greenville, Michigan.10 Não querendo que Tiago ficasse inativo, Ellen pediu

havia cuidadosamente poupado para uma futura emergência. Havia ali exata-mente o suficiente para sanar a crise.7

A Vida Nem Sempre foi Fácil

Em 1852, Tiago e Ellen se mudaram para Rochester, Nova Iorque. A quali-dade de vida era bem primitiva, mas continuavam trabalhando juntos para o avanço da igreja. Eles alugaram uma casa por 175 dólares por ano. A vida do casal não era fácil. Na sala de estar abrigavam a nova máquina de imprimir e vários dos jovens que ali trabalhavam, também moravam com eles.

De Rochester, os White se mudaram para Battle Creek, Michigan, em 1855, onde compraram sua primeira casa. Durante os anos seguintes, continuaram trabalhando juntos; Tiago pregava pela manhã e Ellen falava à tarde. Às vezes, eles eram desafiados por críticas de membros da igreja. Na verdade, até seus filhos, especialmente o segundo, Edson, foi um grande desafio para eles. Muitas vezes Ellen era a mediadora entre pai e filho. A personalidade, muitas vezes rebelde de Edson, contrastava com a do seu irmão mais novo, William, que tendia a ser mais obediente.

Desafios na Saúde

Tiago White sofreu, pelo menos, cinco derrames, iniciando em 1865.8 Toda vez, Ellen fazia tudo o que podia

Trabalho

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Embora nem sempre concordassem em tudo, o amor e respeito de um pelo outro somado ao objetivo comum de preparar pessoas para se encontrar com Jesus, superava tudo. Entretanto, quando Tiago teve a ideia de liderar uma cara-vana de carroças do Texas ao Colorado, em 1878, Ellen não ficou contente. A despeito de suas reservas, porém, ela o acompanhou para arrumar as camas, todas as noites, e preparar as refeições. Mesmo assim, as chuvas torrenciais não facilitaram a viagem pra ninguém!14

alteraram em muito seu humor, tanto que ele decidiu ir sozinho a uma via-gem de palestras, enquanto Ellen ficou em casa, em Oakland, Califórnia, onde moravam.17

Embora Ellen não compreendesse exatamente o que estava causando esse tipo de comportamento no seu esposo, suas cartas revelam uma mulher que amava muito seu marido. Tiago tinha grande consideração pelas mensagens que Deus, às vezes, enviava a ele por meio de sua esposa. De fato, após

nunca vacilou. Em 1874, ele recomen-dou que seu filho Willie desse à sua mãe o que ela precisasse. “Tenha o mais terno cuidado para com a sua querida mãe [...] Não concorde com suas ideias de economia, levando-os a sofrer priva-ções.” Sempre generosa com os outros, Ellen era bem econômica quando pre-cisava gastar dinheiro consigo mesma.18 Ellen, por sua vez, também expressava sua preocupação e carinho por Tiago. Em 1878, quando o deixou de férias no Colorado enquanto participava de

A música era parte importante do ministério que Tiago e Ellen compar-tilhavam. Geralmente, em sua casa, cantar era parte dos cultos em família. Tiago compilou quatro dos primeiros hinários usados pelos pioneiros adventistas.15 Certa ocasião, Tiago estava presidindo uma assembleia da Associação Geral. A vida era difícil. No intuito de animar as pessoas, ele convidou sua esposa e, juntos, cantaram um dueto que alcançou com sucesso o seu objetivo.16 Em vários aspectos, eles faziam um trabalho de equipe.

Mais Desafios

Entre 1873 e 1876 Tiago White sofreu vários derrames cerebrais. Eles

admoestá-la, por carta, para que não lhe escrevesse meros conselhos de es-posa, disse-lhe que se Deus lhe enviasse uma mensagem para ele, ela deveria enviá-la! Apesar de estar tremenda-mente enfermo naquele tempo, Tiago reconhecia sua profunda necessidade da ajuda divina, por isso não queria que sua esposa omitisse nenhuma mensa-gem especial para ele. Mesmo assim, nos anos seguintes e até sua morte, em várias ocasiões diferentes Tiago e Ellen concluíram que seria melhor trabalharem separadamente, seguido de períodos de esforços combinados.

A despeito do comportamento excêntrico de Tiago, resultante dos derrames, seu amor por sua esposa

algumas reuniões campais, ela escreveu para ele: “Podemos escrever no inverno. Deixe isso de lado agora. Livre-se de todo fardo e torne-se um garoto despreocupado outra vez [...] Faça caminhadas, acampe, pesque, cace, vá a lugares onde nunca esteve antes, descanse e desfrute de tudo. Volte, então, revigorado para seu trabalho.”19

Um Exemplo Digno

Cerca de um ano antes da morte de Tiago que aconteceu num sábado à tarde, no dia 6 de agosto de 1881, vítima de malária,20 ele escreveu sobre Ellen: “Ela tem sido minha coroa de regozijo.”21 Tiago morreu quatro dias após seu aniversário de sessenta

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anos. Quando alguém sugeriu a Ellen que um monumento de uma coluna quebrada fosse usado para representar a vida de seu esposo, ela recusou, pois achava que isso desonraria suas notáveis realizações.22 Eles resistiram às tempestades da vida e nada, além da morte, quebraria sua união. Hoje, 130 anos após a morte de Tiago, seu casa-mento com Ellen ainda é um exemplo de serviço para a igreja que ajudaram a fundar. ■

1 “Interview With Mrs. E. G. White, RE Early Experiences,” 13 de agosto de 1906, Patrimônio Literário de Ellen G. White, documento 733c. Essa entrevista foi realizada alguns dias após o aniversário de vinte e cinco anos da morte de Tiago White, ocorrida no dia 6 de agosto de 1881. 2 James White, Life Incidents, in Connection With the Great Advent Movement, as Illustrated by the Three Angels of Revelation XIV (Battle Creek, Mich.: Steam Press, Seventh-day Adventist Pub. Assn., 1868), v. 1, p. 96.3 Certidão de Casamento de Marriage Tiago e Ellen White, Patri-mônio Literário de Ellen G. White, sede mundial.4 Arthur L. White, Ellen G. White: The Early Years, 1827-1862 (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn., 1985), p. 153.5 Ellen G. White, Life Sketches of Ellen G. White (Mountain View, Calif.: Pacific Press Pub. Assn., 1915), p. 125.6 A. L. White, p. 167.7 Ibid., p. 272.8 Gerald Wheeler, James White, Innovator and Overcomer (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn, 2003), p. 216. 9 Arthur L. White, Ellen G. White: The Progressive Years, 1862-1876 (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn., 1986), p. 118-127.10 A grafia correta é “Greenville,” não “Greeneville.”11 A. L. White, The Progressive Years, p. 166, 167, 172, 186, 188, 189.12 Ibid., p. 161.13 Manuscritos de Ellen G. White 35, 1885.14 Arthur L. White, Ellen G. White: The Lonely Years, 1876-1891 (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn, 1984), p. 107-112.15 Virgil Robinson, James White (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn, 1976), p. 146.16 William A. Spicer, Pioneer Days of the Advent Movement (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1941), p. 163, 164.17 A. L. White, The Progressive Years, pp. 442-445.18 James White to W. C. White, July 5, 1874, in A. L. White, The Progressive Years, p. 439, 440.19 Ellen White para James White e filhos (carta1, 1878), em A. L. White, The Lonely Years, p. 94, 95.20 Telegrama de Dr. J. H. Kellog para W. C. White. Documento do Patrimônio Literário de Ellen White, documento 720.21 Life Sketches: Ancestry, Early Life, Christian Experience, and Extensive Labors of Elder James White, and His Wife, Ellen G. White (Battle Creek, Mich.: Steam Press of the Seventh-day Adventist Pub. Assn., 1880), p. 126. 22 Ellen G. White, Mensagens Seletas, V. 1, p. 105 (Casa Publicadora Brasileira).

Mpasa, Malawi

James R. Nix é diretor do Patrimônio Literário de Ellen G. White, situado na sede mundial da

Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Silver Spring, Maryland, E.U.A.

Igreja de Um Dia

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A nova igreja de aço se estende debaixo de uma árvore gigante. O brilho

dos pilares galvanizados destaca o tesouro da aldeia – o telhado de aço.

Há quinze anos, a congregação adventista do sétimo dia em Mpasa, Maláwi, começou a construir seu novo prédio para os cultos. Embora não houvesse recursos para o telhado, conseguiram fabricar tijolos e secá-los sob o sol africano.

Eles usaram o barro vermelho do rio para a argamassa, e construíram paredes altas o suficiente para suportar um telhado forte.

Em seguida vieram as chuvas e, em poucas semanas, as paredes se transfor-maram em montes de barro.

Assim, eles começaram de novo: novos tijolos, barro vermelho do rio, fortes paredes e o céu como telhado.

Então, chegaram as chuvas, e tiveram de começar tudo de novo! Seis vezes eles fizeram o seu melhor, sempre orando para que Deus providen-

ciasse um telhado. Cinco pilhas de barro, e agora, quatro grandes pilhas de tijolos estavam perto da sua nova igreja de um dia, feita de aço.

“Esperamos quinze anos por esse dia”, disse o irmão Maranatha. “Nesta tarde, vamos começar a colocar os tijolos sob o telhado de aço. Deus respondeu às nossas orações!”

Mais tarde, naquele dia, duas senhoras da vila, caminhando pela estrada daquela comunidade, viram a nova estrutura de aço da igreja de um dia e perguntaram ao irmão Maranatha se elas podiam comparecer à igreja no sábado. “Se o seu Deus deu um prédio tão forte a vocês”, disseram elas, “gostaríamos de conhecer mais sobre Ele.”

A Igreja de Um Dia é um programa de colaboração entre a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Adventist-laymen’s Services e Industries (ASI)[Federação de Empresários Adventistas] e Maranatha Volunteers International. A iniciativa da Igreja de Um Dia foi inicialmente criada e desenvolvida por Garwin McNeilus, empresário de Minessota e membro da ASI. Estas histórias chegam até você, todos os meses, por meio de Dick Duerksen, o “Contador de Histórias” da Maranatha.

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P E R G U N TA : Segundo a Bíblia, qual é a origem da chuva?

Não sei se compreendi o objetivo da sua pergunta, mas presumo que você está interessado em demonstrar como a percepção bíblica da chuva, como um

fenômeno natural, difere da visão científica contemporânea. Provavelmente, seja desaconselhável qualquer comparação, uma vez que a Bíblia foi escrita muito antes de surgir no ocidente, o interesse pela ciência. Estudiosos críticos, considerando a Bíblia como filha do antigo Oriente Próximo, concluíram que, respeitando as operações do mundo natural, ela corres-ponde às conclusões mitológi-cas das culturas circunvizinhas. A visão bíblica da chuva não apoia essa perspectiva. A chuva é um fenômeno surpreenden-temente complexo.

1. Chuva do Céu: A asso-ciação da chuva com o céu é natural, baseada na obser-vação: a chuva cai do céu (“Mas a terra [...] bebe chuva do céu” (Dt 11:11). Segundo os estudiosos críticos, os hebreus criam num oceano cósmico acima do firmamen-to e, ocasionalmente, suas janelas eram abertas e terrí-veis chuvas caíam (Gn 7:11). Outros textos dão a impressão de que encontramos no céu garrafas cheias de água, e sempre que Deus as inclina, a água cai na terra (Jó 38:37). Essas sugestões precisam ser avaliadas.

Primeiro, a Bíblia não ensina que o firmamento é uma abóboda sólida que retém águas cósmicas. Isso pode ser parte da mitologia antiga, mas não é bíblico. Segundo, a linguagem de reservatórios, garrafas e janelas, são obviamente metafóri-cas. As janelas do céu também são mencionadas junto com as bênçãos, pão e problemas vindos do céu (Ml 3:10; 2Rs 7:2; veja Sl 78:23; Is 24:18). Tanto quanto eu saiba, ninguém jamais sugeriu que essas janelas devem ser compreendidas como literais. Terceiro, os israelitas sabiam que a chuva caía durante a estação das chuvas (Jl 2:23), e que ela caía das nuvens (Ec 11:3). Eles também sabiam que o vento do norte trazia chuva (Pv 25:23).

2. A Origem da Chuva: Como, segundo a Bíblia, a água vai para o céu ou para as nuvens? Os israelitas tinham um

método natural para explicar esse fenômeno, ou simples-mente diziam: “É Deus quem faz isso”? Há uma resposta que não exclui Deus. Primeiro, deveríamos indicar que as nuvens “desde os confins da terra” (Sl 135:7; Jr 10:13), pode referir-se ao oceano (1Rs 18:44) carregado de água (Jó 26:8). Essa água não vem de um oceano cósmico acima do firmamento, mas da terra. Segundo, os escritores bíblicos tinham uma noção básica do ciclo da evaporação: “Porque atrai para si as gotas de água que de seu vapor destilam em chuva, a qual as nuvens [Heb. šeúa-qîm, “nuvens, céu”] derramam e gotejam sobre o homem abundantemente – (Jó 36:27, 28, AA). Note o processo: Deus atrai as gotas de

água transformando-as em vapor (vaporização), o vapor transforma-se em líquido (condensação) e cai do céu/nuvens em forma de chuva (precipitação). Deus não foi excluído porque é por meio do Seu poder que tudo isso acontece.

3. É Deus Quem Faz Isso! Chuva na Bíblia é simples, embora misteriosa, previsível e imprevisível; ela alimenta a vida e a destrói. Embora os hebreus tivessem boa compreensão sobre o assunto, sempre ficavam maravilhados com o seu significado, creditando ao Senhor essa maravilha: “Ele realiza maravilhas insondáveis, milagres que

não se pode contar. Derrama chuva sobre a terra, e envia água sobre os campos” (Jó 5:9, 10). Esse senso de admiração é expresso em louvores ao Senhor: “Cantem ao Senhor com ações de graças; que cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra” (Sl 147:7, 8). Mesmo não sendo capazes de compreender todos os aspectos do fenômeno, principalmente, quando assumia a forma de tempestade, eles sabiam que Deus o compreendia muito bem (Sl 29). Ao dizer “Deus fez isso”, mostravam gratidão e nunca consideravam a chuva como garantida. Ela era, sempre, um presente do Senhor. ■

Angel Manuel Rodríguez recentemente aposentou-se como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral.

Reflexões

PorÁngel Manuel Rodríguez

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

DiaChuva

sobre um de

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E S T U D O B Í B L I C O

Em sua vida cristã, alguma vez você já se sentiu impotente contra o pecado? Você já errou repetidas vezes e se pergunta por quê? A Bíblia tem algumas respostas. Nesta lição, exami-naremos os segredos da vida cristã vitoriosa. Compreender o mistério do Espírito Santo, faz toda a diferença. O Espírito realiza em nós o que é impossível realizarmos por nós mesmos.

1. Como todo crente é capacitado por Cristo para vencer as tentações de Satanás? “Oro para que, com as Suas gloriosas riquezas, Ele [Cristo] os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por

meio do Seu Espírito” (Ef 3:16).*

Somos com

por meio do Seu .

2. O que o apóstolo Paulo prometeu para os que estão cheios do Espírito de Cristo?“Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade” (2Co 3:17).

Os que estão cheios do Espírito recebem .

Qual é outra palavra para liberdade?

A presença do Espírito Santo em nossa vida nos liberta do ódio, da amargura, do ressentimento e da cobiça. Somos libertos da escravidão do pecado pelo maravilhoso poder do Espírito Santo (Rm 8:15).

3. Leia o texto a seguir e descreva, em suas palavras, o que significa andar no Espírito. “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, […] a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte[…] Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja.

A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz” (Rm 8:1, 2, 5 e 6).

Nesses versos, o apóstolo Paulo claramente descreve a vida cheia do Espírito. Caminhamos no Espírito quando reclamamos, pela fé, as promessas de Deus e permitimos que o Espírito Santo molde nossa vida e transforme nosso comportamento. Andar no Espírito significa dar permissão, para que Ele transforme o processo de nossos pensamentos e molde o nosso caráter.

PorMark A. Finley

Cheıa do EspírıtoVıda

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4. Quando o Espírito Santo habita em nós, quem reside em nós, realmente? “Os que obedecem aos Seus mandamentos nEle permanecem, e Ele neles. Do seguinte modo sabemos que Ele

permanece em nós: pelo Espírito que nos deu” (1Jo 3:24).

Cristo habita em nós por meio do Seu Santo Espírito. O Espírito Santo em nós dá testemu-nho de Jesus e produz o fruto do Espírito, as qualidades da vida de Jesus em nossa vida. Não vivemos a vida cristã sozinhos. Somos capacitados por meio do Espírito Santo.

5. Quando o Espírito Santo habita em nós, qual é o Seu objetivo final? “Ora, é Deus quem faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo. Ele nos ungiu, nos selou como Sua propriedade e pôs o Seu Espírito em nosso coração como garantia do que está por vir” (2Co 1:21, 22).

Ele nos e nos pôs o Seu Espírito em nosso

como uma .

O objetivo final do Espírito Santo em nossa vida é nos “selar”. O que significa sermos selados? Nos tempos antigos, um selo autenticava um documento. Para os cristãos, o selamento é o processo pelo qual o Espírito Santo nos desperta o desejo de viver em harmonia com a vontade de Deus, e nos capacita a lhe obedecer. Quando o Espírito Santo muda nossa vida, leva-nos a viver uma santa vida de obediência. A transformação que acontece em nós é uma garantia de que somos cristãos autênticos.

6. O que acontece se falhamos em responder à convicção do Espírito Santo e nos recusamos a permitir que Ele viva em nossa vida e molde nosso comportamento? “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção” (Ef 4:30).

7. Qual é a maior evidência de que somos filhos de Deus?“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:16).

O Espírito ao nosso espírito que .

O Espírito Santo, quando habita em nós, traz profunda paz e alegria ao nosso coração. Sabemos que somos Seus filhos. Essa segurança nos capacita a vivermos com esperança no meio deste mundo de doenças, sofrimento e morte. Por meio do Espírito Santo, temos confiança de que nosso Pai celestial, um dia, consertará todas as coisas erradas e nos levará para Seu lar eterno, onde o mal já não existirá e o amor reinará eternamente.

*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional

O capítulo final da série sobre o Espírito Santo será

“A Vida de Oração de Jesus.”

28 Adventist World | Agosto 2011

Page 29: AW Portuguese August 2011

C A R T A S

Quando Alguém se Importa Na Adventist World, edição de janeiro de 2011, Jean Cummings respondeu à his-tória de Sudha Khristmukti, “Mustaq” (outubro de 2010). Por que Cummings ficou tão surpreso e chocado com a história de Mustaq? Em quase todas as escolas, ao redor do mundo, algumas pobres crianças são desprezadas e ridicularizadas em graus variados. Eu fui uma dessas crianças e, infeliz-mente, após ser aceita, fiz o mesmo com outra criança. A intimidação, em qualquer grau é inaceitável.

Conheço a Sudha e sua família muito bem. Seus pais, hoje já fale-cidos, cursavam dois anos a minha frente na escola de medicina. Sudha nasceu quando faziam residência. Aí nossos caminhos seguiram outros rumos e fomos servir em diferentes hospitais missionários, da Índia. Por isso, fiquei muito interessado quando li o artigo de Sudha, alguém que conheci apenas quando bebê.

Consegui fazer contato com ela. Essa história aconteceu quando ela estava na escola, que era cristã, porém não adventista. Há muitas dessas escolas na Índia. A maior parte dos alunos ali, não é cristã, mas crianças adventistas em escolas adventistas, às vezes, também intimidam e despre-zam. No caso de Mustaq, alguém se importou, e foi Sudha, uma cristã que, demonstrando espírito cristão, reuniu

Coisas terrenas como talentos, honra, riqueza e prestígio não são contrários à nossa fé cristã, enquanto não estiverem acima da lei e dos mandamentos de Deus– Lawrence Tesoro,

Quezon City, Filipinas

Intercâmbio Mundial

Agosto 2011 | Adventist World 29

Da Ignorância ao Conhecimento A história de Adug-naw Worku, “Da Ignorância ao Co-nhecimento” (maio de 2011), é muito inspiradora. Oro para que os jovens que leram o artigo sejam,

também, inspirados e animados a seguir os seus passos. A educação adventista não é apenas para ricos e jovens, mas para todos os determinados, diligentes e que perseguem firmemente um objetivo, com a direção e as bênçãos de Deus.

Rosie Clamor AbrahamLondres, Inglaterra

A Esperança do Novo NascimentoFui tocado pelo poema “Novo Nasci-mento”, escrito por Kathryn Barnett Elting (fevereiro de 2011). Há uma mensagem de esperança em seu poema. Quando o Espírito Santo vem a nós e nos convence de nossos pecados, fraque-zas e transgressões, um novo nascimento de nossa velha natureza se abre à nossa frente e se torna realidade. Há coisas a serem abandonadas, como Paulo, que considerou sua riqueza, honra e for-mação acadêmica como insignificante prestígio mundano – também, descrito pelo autor do poema. Em nossa visão, coisas terrenas como talentos, honra, riqueza e prestígio não são contrários à nossa fé cristã, enquanto não estiverem acima da lei e dos mandamentos de Deus.

Contanto que Deus esteja acima em nossas prioridades (tal como obediência aos Seus mandamentos), não importa onde estejamos ou o que façamos, se não violarmos a vontade de Deus, estaremos no caminho certo.

Lawrence TesoroQuezon City, Filipinas

seus amigos para ajudar o garoto.Cummings está certo em salientar

que coisas tão tristes, às vezes, aconte-cem em nossas igrejas.

Eric MoserÍndia

Por que a Missão é Importante?

Sou um pastor aposentado e moro na Espanha. Atualmente traba-lho num projeto de Missão Global na província da

Ciudad Real, Castilla-la Mancha, onde organizamos dois novos grupos, Ciudad Real e Tomelloso. Frequentemente recebo a Adventist World e quero para-beniza-los por essa revista tão especial. A última edição que li foi a de outubro de 2010 e apreciei o espírito de Missão Global (veja artigo de capa “Por que a Missão é Importante?” por Stephen Chavez). Encontrei maravilhosas ideias nesse artigo, inspiração para ajudar na conclusão de nosso santo desafio de preparar o mundo para o glorioso retorno de Jesus.

Gostei muito do artigo “Fome da Palavra”, por Sylvia Renz. Identifiquei-me com sua experiência com a Palavra de Deus viva. O artigo “A Mais Fascinante de Todas as Histórias”, por Herbert E.

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C A R T A S

Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.

Douglass, é um tema profundo, porém o autor simplificou e explicou muito bem, tornando a compreensão simples. Fiz uma cópia desse artigo e enviei para um amigo.

Meu desejo é que a revista Adventist World e a Missão Global provoquem um alto clamor por todo o mundo.

Moisés Bolaño HerreraEspanha

Minhas PreferênciasObrigado por publicar mensalmente a Adventist World. Gosto de ler a revista toda, especialmente os artigos das Crenças Fundamentais e Descobrindo o Espírito de Profecia, pois aprofundam minha compreensão e fé.

Gosto imensamente dos artigos de Capa e das histórias do Serviço Adventista, pois elas despertam em mim o desejo de testemunhar por Cristo, do meu jeito simples. Distribuo exemplares desta revista com não adven-tistas e desconhecidos, para que possam

encontrar esperança em suas páginas.Mais uma vez, muito obrigado e que

Deus os abençoe.Weng Navarro Makati City, Filipinas

Guardo Todos os ExemplaresAlguns leitores podem ter o mesmo hábito que eu tinha todas as vezes que pegava uma revista: olhar a data e jogar fora se não fosse a “última” edição. Continuei com a mesma atitude em relação à Adventist World, até que num dia em que estava entediado, comecei a folhear as páginas das edições “antigas” [...] Logo me arrependi de haver descartado tantas revistas.

A Adventist World é a mensagem de Deus para todos os tempo, imune

à dinâmica do progresso humano. Por favor, guarde todos os exemplares que você encontrar!

Kellys KaundaJohanesburgo, África do Sul

Título Apropriado O título da Adventist World é muito apropriado! Como somos agradecidos pela possibilidade dela ser distribuída, simultaneamente, em quase todo o mundo.

Que Deus abençoe a conquista de unir nossa família adventista em uma só esperança - Jesus Cristo.

David EvansWarrington, Inglaterra

Por favor ore por mim, para que eu per-maneça longe de todo tipo de pecado e seja leal à vontade de Deus. Ore também, para que eu seja promovido em meu trabalho.

Ken, Zâmbia

Peço à equipe de oração que ore pelo evento que realizaremos a fim de levan-tar fundos para uma viagem missioná-ria. Ore também por minha filha, para que seja aprovada nos exames finais e possa se formar. Obrigada.

Carol, Estados Unidos

Peço encarecidamente que ore para que Deus dirija a vida de meu filho.

Lucimagna, Brasil

Por favor, ore por meu irmão que está na prisão. Ajude-o a arrepender-se verdadeiramente pelo que fez e voltar para Deus.

Janet, por e-mail

Ore por meu filho que está terminando o ensino médio. Oro para que seja pos-sível a ele, frequentar uma universidade adventista para receber influência cristã. Obrigada!

Lillian, Botswana

Por gentileza, ore por minha mãe que está com insuficiência renal. Ela tem lutado contra essa doença há três anos.

Seipati, África do Sul

Nosso programa da escola cristã de férias começa em breve. Teremos a par-ticipação de cerca de 60 crianças; temos que providenciar alimento, material, etc., para cada uma delas. Por favor, ore para que Deus supra todas as nossas necessidades e nosso programa seja bem sucedido.

Ramesh, Índia

L U G A R D E O R A Ç Ã O

Cartas para o Editor – Envie para: [email protected] cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.

Intercâmbio Mundial

30 Adventist World | Agosto 2011

Page 31: AW Portuguese August 2011

I N T E R C Â M B I O D E I D E I A S

Há catorze anos, repentinamente, meu pai ficou muito doente. Ele necessitava de atendimento médico urgente. O University Teaching Hospital, hospital-

escola público, onde costumávamos ser atendidos, estava enfrentando alguns desafios na época, o que nos obrigou a levá-lo para um hospital particular. Um bom hospital parti-cular, requer um “bom dinheiro”, e após procurar em minha bolsa, encontrei K385.264,50 (equivalente a cem dólares), o único dinheiro que eu tinha para despesas particulares. Embora tivéssemos algum dinheiro no banco, era sexta-feira,

e os bancos já estavam fechados para o final de semana. Naquele tempo ainda não existiam caixas automáticos no Zâmbia.

De repente, me lembrei de que tinha um envelope com o dinheiro do meu dízimo, para entregar no próximo sábado. O envelope do dízimo continha mais dinheiro do que eu havia encontrado em minha bolsa.

Durante minha vida, sempre apreciei e me esforcei para praticar o princípio do dízimo que aprendi com meus pais. “Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor” (Lv 27:30 NVI). Mas, enquanto nos arrumávamos para ir ao hospital, várias ideias passaram em minha mente. Finalmente, decidi que levaria o envelope de dízimo comigo para o hospital, e se as despesas hospitalares ultrapassassem o valor que eu tinha na bolsa, eu completaria com o dinheiro do envelope e devolveria meu dízimo mais tarde. Orei ao meu Pai celestial, silenciosamente, racionalizando meu plano e pedindo a Ele que compreendesse, e segui com meu pai para o hospital.

Papai foi atendido rapidamente, e recebi a conta para o pagamento. Passei os olhos pela nota e uma inexplicável sensação invadiu o meu corpo. Abri os lábios, mas as palavras não vieram – eu estava sem palavras! O caixa olhou para mim e, percebendo minha expressão de surpresa, perguntou: “A conta é muito alta?”

Olhei para ele e respondi: “Não é alta ou baixa; é simplesmente perfeita.” Esvaziei o conteúdo da minha bolsa e entreguei ao rapaz. A conta era K385.264,50 – exatamente a quantia de dinheiro que eu tinha na bolsa, até o último centavo!

Ali estava eu, prestes a ser infiel, mas o Senhor permaneceu fiel e interferiu divinamente na minha decisão. Esse foi um lembrete de que Deus é capaz de suprir todas as minhas necessidades, e que nenhuma situação é justificável para violar o Seu dízimo. Dirigi de volta para casa, com meu envelope de dízimo intacto e meu pai, deitado no banco detrás, alheio ao milagre do dinheiro. Cantei louvores ao Senhor, agradecendo a Ele por outra grande lição.

O Senhor é fiel. Provai-O (Ml 3:10)! Faça a conexão divina com a fonte da riqueza e você ficará impressionado com Seus canais de providência.

–por Tracy Lisulo, Lusaka, Zâmbia

Neste mês, leitor conta experiência sobre o dízimo

SenhorO

éFiel

B R A N O H U D A K / M O D I F I C A D A D I G I T A L M E N T E

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor AdministrativoBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist WorldLee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk

Editor-ChefeBill Knott

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (associate editors), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran, Gina Wahlen

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Jung Kwon; Park, Jan Mae

Editor On-lineCarlos Medley

Coordenadora TécnicaMerle Poirier

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Assistente Executiva de RedaçãoRachel J. Child

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Atendimento ao LeitorMerle Poirier

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Fatima Ameen

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

Vol. 7, No. 8

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Agosto 2011 | Adventist World 31

Page 32: AW Portuguese August 2011

RESPOSTA: No Canadá, um grupo de jovens e líderes jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia Nepean, em Ottawa, Ontário, passaram uma fria tarde de sábado oferecendo sopa e bebidas quentes para os transeuntes, do lado de fora de um complexo comercial da cidade. As pessoas que experimentavam a sopa e as bebidas, também recebiam informação sobre a igreja e eram convidadas a participar das atividades que a igreja oferece ao público, como o curso de cozinha vegetariana.

Q U E L U G A R É E S T E ?

O Lugar das

PESS AS

E N V I A D O P O R M A R C O S P A S E G G I

P A R T I C I P E C O N O S C ONecessitamos de participação nas seguintes categorias:FRASES ADVENTISTAS (profundas ou espontâneas)VIDA ADVENTISTA (anedotas curtas, especialmente sobre adultos)FAMÍLIA DE DEUS (fotos em JPEG de membros da igreja fazendo trabalho comunitário, adorando, cantando, etc.)

Por favor, envie sua colaboração para The People’s Place, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA. Fax: 301-680-6638. E-mail: [email protected]. Por favor, inclua número de telefone e e-mail. O material enviado não será devolvido.

nós dormimos. Minha Bíblia ficou no meu colo, aberta em 2 Timó-teo 1:7. Percebi, mais tarde, que o homem estava olhando e tentando ler alguns dos versos!

Quando o avião estava prestes a pousar, ele perguntou se eu era pastor. Eu disse: “Sim.”

“Bem”, disse ele, “eu estava lendo o verso em sua Bíblia, sobre Deus nos dar o poder do amor e não do medo! Isso realmente me confor-tou.” Enquanto estávamos em pé,

V I D A A D V E N T I S T AHá alguns anos, eu estava de

viagem para uma reunião campal em companhia de dois outros passageiros no avião. O homem à minha esquerda estava indo para Columbus, visitar sua irmã. À mi-nha direita estava uma mulher de negócios que acabara de voltar da Noruega. Conversei com os dois e depois de um tempo, abri minha Bíblia para ler, como frequente-mente faço nos voos. Logo, todos

esperando para sair do avião, ele pôs algo em minha mão e disse: “Deus me impressionou pra dar-lhe isso.” Eu agradeci mas não olhei até chegar ao portão. Quando abri mi-nha mão, vi uma nota de 10 dólares.

Contei essa experiência na campal e disse: “Eu devia ler minha Bíblia em todos os voos.” Isso provocou uma boa gargalhada na congregação, e o dinheiro foi minha oferta naquele dia!–Leo Ranzolin, Estero, Flórida (EUA)

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OP

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F R A S E D O M Ê S

“Deus nunca nos deixa à mercê das circunstâncias. Ele sabe os limites de nossas forças e de nossa resistência e estará ao nosso lado quando necessitarmos.”–Larry R. Valorozo, durante estudo bíblico em The Hague, Holanda.