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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Fevereiro 2014 Servir Outros Realmente Importa aos ARTIGO ESPECIAL Compartilhando S aúde e E sperança Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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Portuguese, Adventist World, Sabbath

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Page 1: Aw february 2014 portuguese

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Fe vere iro 2014

ServirOutros

Realmente Importa

aos

A R T I G O E S P E C I A LCompartilhando

Saúde e Esperança

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 10, Nº 2, Fevereiro de 2014.

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 12 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

A R T I G O D E C A P A

16 Servir aos Outros

Realmente ImportaSandra BlackmerAdventistas estão fazendo a diferença na Austrália.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Um Chamado Profético Urgente Ted N. C. Wilson Levando a mensagem que nos foi confiada.

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Encontros Radicais Frauke Gyuroka Devemos “disfarçar” nosso cristianismo,

ou vivê-lo?

21 A R T I G O E S P E C I A L

Compartilhando Saúde e Esperança

Sandra Blackmer A indústria de alimentos Sanitarium é conhecida

por algo além de seus produtos.

24 H I S T Ó R I A A D V E N T I S T A

Trilhas Missionárias Michael Sokupa A obra do Senhor edificada sobre fundamento

sólido.

S E Ç Õ E S

Fe vere iro 2014

CAPA: CORAÇÃO COMPROMETIDO: Integrante da equipe do StormCo com uma das crianças da área rural australiana.f o t o : L a r r y B L a c k m e r

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial 10 Histórias do GLOW

11 S A Ú D E N O M U N D O

Imunidade e Envelhecimento

12 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Fonte de Vida

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Transbordando

27 E S T U D O B Í B L I C O

Lições de Sardes para o Tempo do Fim

28 T R O C A D E I D E I A S

2 Adventist World | Fevereiro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S

■ Ele não era um típico missionário. Quando o fabricante de pentes, Moses Boursalian, um armênio refugiado de Antioquia, chegou a Chipre cem anos atrás, ele e a família foram os primeiros adventistas a se estabelecerem na ilha. Ali, deixaram que o evangelho fosse pregado primeiro por intermédio do testemunho pessoal.

Os primeiros missionários oficiais, Robert Greaves, pastor aposenta-do e a esposa, só chegaram à ilha em 1932. O casal Greaves havia retornado da África para a América do Norte devido a problemas de saúde. Mas assim que melhoraram, sentiram-se chamados para continuar o trabalho. Mudaram-se inicialmente para a Turquia, depois para a Grécia até chegarem finalmente a Chipre.

No sábado, 26 de outubro de 2013, aproximadamente 150 membros e amigos da Igreja reuniram-se em Nicósia, a capital do país, para comemorar o centenário da chegada da mensagem adventista. Moses Elmadjian, membro mais antigo da comunidade e neto da família pioneira, compartilhou histórias a respeito da direção divina sobre o povo desse lugar.

Ele cativou crianças, jovens e adultos ao mostrar um dos pentes de osso de camelo feito pelo avô.

Ao recordar episódios da sua infância, quando ia à casa do casal Greaves, ele disse: “Era como experimentar um pedacinho do Céu. A atmosfera era algo especial”.

O atual presidente da Igreja na região, Branislav Mirilov; o pastor da igreja local; um instrutor bíblico; e dois outros pastores, também

O Que o Céu Valoriza

COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO: Membros da igreja e convidados especiais durante as comemorações do 100°- aniversário.

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adventistas comemoram

Na ilha de Chipre,100 anos

A pessoa mais importante a ser ajudada é a que está exatamente à sua frente.

Um dos resultados, não intencionais, dos crescentes esforços filantrópicos e

governamentais para combater a pobreza, a doença e a dor no planeta é que os indivíduos podem ser levados a imaginar que sua participação pessoal no serviço de Jesus não é importante nem necessária.

“Afinal”, diz (ou pensa) o crente solitário: “que diferença fará minhas poucas horas e ínfimas doações nas causas mais bem servidas por campanhas financiadas pelos contribuintes bilionários do mundo ou em comparação com a imensa generosidade deles? Comparada ao financiamento governamental, ou às contribuições encabeçadas pelo Google, IBM ou a UNESCO, a minha ajuda é menor do que a oferta da viúva”.

Mas, amigo, note que Jesus elogiou não só a viúva mas também sua pequena oferta (Lc 21:1-4) devido ao valor moral do que ela deu, e não o valor financeiro relativo à sua pequena contribuição. O Céu valoriza muito mais a intenção do coração do que as moedas ou notas depositadas nas salvas de oferta. Deus estima o valor do que é doado. Até mesmo um único copo de água oferecido em nome de Cristo (Mt 10:42). Mais valioso do que isto, só mesmo o sangue do nosso Salvador!

Nossa Igreja tem uma longa história de serviço em nome de Jesus. Mais do que qualquer outro grupo religioso, os adventistas constroem hospitais, cavam poços, levantam escolas e alimentam crianças em todo o mun-do por mais de um século. Incontáveis milhões foram abrigados, nutridos e curados por atos que Ellen White frequentemente chamava de “benevolência desinteressada” – ações realiza-das devido à fidelidade a Cristo.

Mas até mesmo essas doações e o serviço internacional adventista em grande escala não mudam o valor essencial e intrínseco de um crente pegar uma pá, servir um prato de mingau ou confortar uma criança solitária.

Ao você ler o artigo de capa deste mês, “Servir aos Outros Realmente Importa”, peça a Deus sabedoria para usar seu tempo e talentos

não de maneira aparente, mas do modo que, acima de tudo, tem

valor inestimável, pois é isso o que realmente importa para Jesus e Seus pequeninos.

Fevereiro 2014 | Adventist World 3

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N O T í C I A S D O M u N D O

relataram experiências relacionadas à ação de Deus em tempos recentes. O futuro parece encorajador. Um terreno foi comprado no centro de Nicósia. A igreja está crescendo. De junho a no-vembro foram realizados 14 batismos. Foi organizado um clube de desbra-vadores e outros dois ministérios, um para estudantes e outro para grupos de nacionalidades diferentes.– Reportagem de Audrey Anderson, TED News

Estudantes de engenharia da Universidade Andrews desenvolvem projetos globais

■ “O ministério de Cristo foi marcado pelo trabalho de suas mãos – primeiro na carpintaria, depois pelo ministério de cura”, disse Wagner Kuhn, professor de Missão Global e Estudos Interculturais na Universidade Andrews. “Nós treinamos profissionais para que não trabalhem apenas para seu sustento, mas também com uma perspectiva centrada em Cristo”.

No verão de 2013, o professor de engenharia, Boon-Chai Ng, acompanhou seus alunos em uma viagem de estudos para Cingapura, onde estudantes e professores voluntários dedicaram seu tempo e habilidades para renovar a calçada de uma igreja local.

Esse não é o primeiro projeto que tem a colaboração de alunos e profes-sores. Como projeto de conclusão de curso em 2012, os alunos de engenharia, Adam Shull e Spencer Groff, trabalha-ram com o professor Hyun Kwon em um sistema de tratamento de água por-tátil para missionários. Eles escolheram este projeto devido ao grande número de organizações de ajuda humanitária como: ADRA, Maranatha, Cruz Verme-lha e Organização Mundial de Saúde que enviam funcionários e voluntários

tivos que trabalha com programas feitos pela e para a comunidade, visando ao próprio desenvolvimento por meio da elaboração e conclusão de projetos de engenharia sustentável.

“Participar do Engenheiros sem Fron-teiras vai nos ajudar a continuar cum-prindo nossa missão de servir e suprir as necessidades das pessoas”, comentou Ng.

O núcleo de Engenheiros sem Fronteiras da Universidade Andrews atuará em um projeto que levará recur-sos básicos como água e eletricidade a um país subdesenvolvido.

George Agoki, coordenador do departamento de Engenharia e Ciências da Computação, disse: “Nós temos o exemplo de apóstolos que imitaram a Cristo, como Paulo, que tinha a pro-fissão de construir tendas. Esse era um meio de autossubsistência, mas a missão não estava separada de sua profissão”.

Existem formas de suprir as necessi-dades de água, saneamento, eletricidade e tecnologia, com pesquisas e projetos dos próprios estudantes. O programa Engenheiros sem Fronteiras pode tornar isso uma realidade.

“Construtores de tendas fazem parte da missão de Deus”, acrescentou Kuhn. “Todas as iniciativas e oportunidades devem ser encorajadas e apoiadas para que o evangelho seja testemunhado, vivido e pregado para o maior número possível de pessoas e países.”– Reportagem de Rachel Boothby, Andrews University

Igreja em Samoa cresce com o projeto Missão para as Cidades

■ Samoa: Terra de mil igrejas. As igrejas suntuosas ofuscam todos os outros prédios da ilha.

Com aproximadamente 98% da população professando a fé cristã, a religiosidade está no coração de Samoa.

para países que não possuem suprimen-to adequado de água. Esse sistema de purificação pode prover água potável por 30 dias para 30 pessoas.

“Tanto nós como nossos alunos temos paixão em escolher projetos e conduzir pesquisas que possam impactar a sociedade. A engenharia também existe para melhorar a vida do próximo”, mencionou Kwon.

No laboratório de pesquisas do pro-fessor Kwon a equipe trabalha no projeto de um bio sensor. Esse tipo de tecnologia auxilia no diagnóstico “in loco” de do-enças, e pode agilizar o tratamento. Eles estão desenvolvendo um sistema econô-mico e portátil que possa ser disponibili-zado para países subdesenvolvidos.

Devido ao interesse e envolvimento dos alunos em prol de comunidades menos favorecidas, o Departamento de Engenharia e Ciências da Computação criou o núcleo de Engineers without Borders (EWB). Engenheiros sem Fron-teiras é uma organização sem fins lucra-

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EM CONSTRUÇÃO: Estudantes de engenharia da Andrews e voluntários da comunidade local trabalham para reparar a calçada de uma igreja nas Filipinas.

4 Adventist World | Fevereiro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

Até o lema nacional, Fa’avae i le Atua Somoa, proclama: “Samoa é fundada em Deus”. No entanto, a alta taxa de cristãos faz com que o evangelismo seja um tra-balho árduo. Somado a isso, está o fato de o país ter mudado recentemente para o lado oeste da Linha Internacional de Data, que impactou a questão da guarda do sábado. Houve receio de que a Igreja Adventista em Samoa tivesse que lutar por deslocamento e distinção.

E, exatamente este fato, é o que tornou miraculoso o resultado da série evangelística O Último Império, com mais de mil batismos no mês de no-vembro de 2013. No total, 1.440 pessoas foram batizadas em Samoa e Tokelau no ano passado – incluindo os batismos dos programas de reavivamento e pre-paração para o evangelismo.

Isso representa um aumento de mais de 15% no número de membros da Missão. Em 2012, o número era de 9.427 membros.

“A série evangelística foi uma bênção para nós”, disse Uili Solofa, presidente da Missão. “O programa proporcionou a oportunidade para testemunhar. Mas acima de tudo, essa série foi a resposta de Deus numa época desafiadora. Fomos abençoados por tê-la em nosso país.”

mero de batismos, bem como pelo número de sites que transmitiram simultaneamente a mensagem. “Esta foi a primeira vez que fizemos uma transmissão via internet e, até onde sabemos, fomos a primeira Igreja em Samoa a realizar um programa assim. Isso foi único. Nosso povo está muito empolgado”, comemorou Solofa.

Com tantos desafios enfrentados pela Igreja na região, é possível entender por que as pessoas estão tão empolgadas. E esta empolgação tem sido aproveitada. Bons resultados têm sido alcançados não por acaso, mas graças à oração e ao trabalho diligente.

“A oração foi a chave desse progra-ma”, disse Solofa. “Os membros da igreja, que trabalham na cidade, vinham ao local das reuniões durante seu horário de almoço para orar.”

O secretário da Missão, Sione Ausage, levou Adeline, todas as manhã, às 6 da manhã, a um lugar diferente para orar. Na Igreja Fasitootai, um grupo fez vigílias da meia noite às 6 da manhã, orando durante toda a noite. Outros grupos se uniram em jejum e um pro-grama de reavivamento foi conduzido antes do início da série evangelística.

A Missão Samoa-Tokelau sabe que este é apenas o começo. Alguns dos novos conversos estão sofrendo pressão de familiares e de suas comunidades.

“O grande desafio que estamos enfrentando agora é alimentar espiritu-almente essas pessoas. Este é o desafio. Temos que aceitá-las completamente e integrá-las à irmandade da igreja”, comentou Solofa.

Este processo já começou: três novas igrejas foram estabelecidas para atender às necessidades de novos conversos. Salomé, que compartilhou seu testemu-nho na última noite, disse: “Jesus não nos chamou de Fuji apenas para tra-balhar, mas para conhecer a verdade. Fomos batizados nesta manhã, mas estamos ansiosos para servir ao Senhor”. – Jarrod Stackelroth, RECORD

Apia foi a última das quatro cidades escolhidas pela Divisão do Sul do Pacífico para o projeto Missão para as Cidades. A Missão Samoa-Tokelau também aprovei-tou a oportunidade para transmitir a pro-gramação pela web, por meio do Living Ministry Media, para 23 sites nas ilhas de Upolu, Savaii, e Samoa Americana.

Aproximadamente 500 pessoas assistiram à série evangelística cada noite no moderno edifício Tui Atua Tupua Tamasese Efi. No último sábado, a programação e a cerimônia batismal foram realizadas na igreja de Lalovaea.

Autoridades do governo, profis-sionais da saúde e membros da comu-nidade, assistiram às palestras sobre saúde, as quais abordaram a epidemia de doenças causadas pelo estilo de vida moderno. As mensagens foram apresentadas por Chester Kuma, diretor associado de Saúde da Divisão do Sul do Pacífico. Na sequência, Jean-Noel Adeline ministrou uma série de estudos sobre as profecias bíblicas.

Na última noite, jovens e idosos, agricultores e profissionais, membros de outras denominações e até mesmo pessoas sem religião responderam ao apelo para o batismo.

Foi um programa histórico pelo nú-

NOVO CONVERSO: Selelimalelei, chefe supremo da aldeia Lufilufi, é batizado em Fusi Saoluafata/Vailoa Anoamaa. Esse local transmitiu o programa ao vivo e recebeu o maior número de interessados na campanha evangelística Missão para as Cidades, em outubro e novembro de 2013.

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Fevereiro 2014 | Adventist World 5

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N O T í C I A S D O M u N D O

que uma pessoa pode superar qualquer obstáculo, dor, fracasso e se tornar uma fonte de bênção para a glória de Deus.

“Nossa oração como igreja ou indi-víduos, deve ser: ‘Senhor, abençoa-nos para que, de fato, possamos expandir nosso território’. Devemos pedir a bên-ção de Deus, não para o ganho pessoal, mas para a expansão do Seu trabalho e para a Sua glória.”

Joyce Bortey, membro da Igreja de Acra, disse: “Meu coração está trans-bordando de alegria! Este é um culto de sábado do qual nunca vou me esquecer”.

Em uma mensagem de texto para a equipe de comunicação, outra irmã, assim se expressou: “Esse culto foi especial e o sermão inspirador. A trans-missão ao vivo testemunhou de Cristo e Sua salvação!”

Líderes da Associação Geral, presen-tes ao evento, homenagearam os mem-bros cuja dedicada atuação contribuiu para o crescimento e expansão da Igreja no país. Dentre eles estavam: Matthew Bediako, ex-secretário executivo da AG; Andrews Ewoo e a Sra. Evelyn Boateng. O funcionário do parlamento de

continuar oferecendo seu melhor para a assistência humanitária que desenvol-vem”, disse Mahama.

Samuel Adama Larmie, presidente da União de Gana, deu glórias a Deus pelo crescimento da Igreja e privilégio de alcançar tantas pessoas com a men-sagem da salvação.

“A partir de um único folheto entregue a Francis Dolphijn, a Igreja Adventista em Gana cresceu exponen-cialmente, e agora, tem mais de 700 mil fiéis; mantém 600 escolas, que atendem a alunos do ensino básico ao ensino superior; e 25 instituições de saúde. Este é o Deus poderoso a Quem servimos”, comentou Larmie.

Delbert Baker, vice-presidente da Associação Geral (AG) e palestrante convidado para o evento, desafiou os adoradores a olhar para além da dor, dos obstáculos e das circunstâncias, e continuar trabalhando para Deus, sobre o alicerce construído por aqueles que desenvolveram a Igreja no país.

Citando a história de Jabez, relatada em 1 Crônicas 4, o pastor Baker afir-mou que podemos aprender a lição de

Acenando com lenços brancos e cantando hinos de louvor, mais de 20 mil participantes

comemoraram o 125°- aniversário da Igreja Adventista no país em um culto de ação de graças, realizado no dia 7 de dezembro de 2013, no Accra Sports Stadium. O tema do evento foi “Proclamar e Viver a Vida Cristã”.

O presidente de Gana, John Dramani Mahama, prestou homenagem por meio do discurso proferido pelo ministro da região da Grande Acra, Julius Debrah, o qual foi transmitido ao vivo para todo o país. Ele elogiou a Igreja pela contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do país, especialmente, nas áreas de educação e saúde, atenden-do a todos sem discriminação.

“De fato, a Igreja Adventista sempre está disponível para ajudar nosso povo onde quer que haja necessidade. Esta é a verdadeira essência do cristianismo: abençoar as pessoas que sofrem, levan-do esperança àqueles que enfrentam situações desesperadoras. Apreciamos o sacrifício e trabalho dedicado dos adventistas, e queremos incentivá-los a

Comemora 125 Anos

Por Solace Asafo-Hlordzi, diretora de Comunicação da União de Gana.

Gana

Milhares se reúnem em estádio para recordar a trajetória.

f o t o S : t u r L S o N o c r a N

da Igreja Adventista no país.

6 Adventist World | Fevereiro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

Gana, Emmanuel Kwesi Anyimadu, foi homenageado por representar a Igreja Adventista em seu serviço à nação.

Outras entidades religiosas, in-cluindo líderes da Igreja Católica e mu-çulmanos, que participaram do culto, elogiaram o trabalho dos adventistas naquele país.

No início daquela semana, Alhas-san Mumuni, muçulmano, membro do Parlamento de Gana, relatou seu testemunho. Ele contou que estava vivo devido aos cuidados que recebeu de um hospital adventista em 2012.

“Em novembro de 2012, fiquei doente e fui levado às pressas para o Hospital

madamente 1 milhão de membros faz parte da Igreja no país. A mensagem adventista é transmitida semanalmente por 48 estações de rádio e 4 canais de televisão.

A presença da Igreja também impacta a vida socioeconômica dos ga-neses que têm acesso às escolas, aos hos-pitais e serviços humanitários da ADRA Gana. Temos mais de 600 escolas de ensino básico, 14 escolas de ensino mé-dio, três escolas de enfermagem e uma faculdade em Asokore. A Universidade Adventista de Valley View é a primeira universidade particular credenciada pelo governo de Gana.

A Igreja mantém 13 hospitais, 12 clínicas e uma farmácia no país. Além de prestar atendimentos na área da saúde, ela contribui ainda na formação profissional de enfermeiros nas duas escolas de enfermagem e oferece cursos sobre saúde preventiva ministrados em todo o país.

O culto de ação de graças comemo-rativo dos 125 anos da igreja em Gana foi o último evento oficial da, então, União de Gana. Em janeiro deste ano, ela foi dividida em duas Uniões. ■

Universitário Tamale. Infelizmente, não fui admitido por falta de vaga. Naquela época, o hospital estava em expansão. Senhor presidente, quando não pude ser internado no Hospital Universitário, fui levado ao Hospital da Comunidade Adventista e tratado lá. Hoje, posso dizer que ainda estou vivo graças a esta instituição e seus funcionários”, comen-tou o membro do Parlamento.

O adventismo chegou a Gana por intermédio da colportagem, enquanto outras igrejas foram introduzidas no país por meio do trabalho de missio-nários. Em 1888, um ganês chamado Francis Dolphijn, recebeu um folheto perto da região central da costa de Apam e, ao lê-lo, abraçou a mensagem adventista.

Em 1894, seis anos após Dophijn se tornar adventista, os primeiros mis-sionários, Edward L. Sanford e Karl G. Rudolph, chegaram a Apam. Em 1895, a Associação Geral enviou a Cape Coast, na época, local da sede da Igreja na África Ocidental, outro grupo de mis-sionários liderados por Dudley U. Hale.

A partir dos primeiros batismos que ocorreram em 1897, hoje, aproxi-

ORADOR DO EVENTO: Pastor Delbert Baker, vice-presidente da Associação Geral, fala no 125°- aniversário da chegada do adventismo no país.

Acima, à esquerda: MULTIDÃO COMEMORA: Parte da congregação reunida no Accra Sports Stadium, na capital de Gana. Acima, à direita: BEDIAKO É HOMENAGIADO: O vice-presidente, Delbert Baker, entrega prêmio a Matthew A. Bediako, pastor ganês, hoje aposentado, que serviu como secretário executivo da Associação Geral e a Elizabeth Bediako, sua esposa.

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V I S Ã O M U N D I A L

Nota do Editor: Esta é a primeira parte da versão resumida de “Um Chamado Profético Urgente: Mensagem do presidente da Associação Geral”. A segunda parte será publicada na edição de março. O texto completo e vídeo estão na página http://adventistreview.org/ an-urgent-prophetic-calling.

Prezados irmãos e irmãs em Cristo: Como presidente da Associação Geral da Igreja Adventista do

Sétimo Dia, sinto-me muito seguro por saber que esta Igreja está nas mãos de Deus. Ele é seu Fundador, Líder e a verdadeira Cabeça. Ele guiou esse movimento continuamente no passado, sustenta-o diariamente no presente e guiará poderosamente no futuro. Nosso Criador, Redentor e Rei vindouro é a única esperança para hoje, amanhã e sempre. Ele levantou esta Igreja providencialmente, para uma missão singular, e ela não falhará em alcançar o destino para o qual Cristo a criou.

A Igreja Adventista é um movimen-to profético com um chamado profético urgente. Não somos simplesmente outra denominação no cenário religioso. Somos um movimento divino para o tempo do fim, com um propósito, uma mensagem e uma missão para todo o mundo no tempo do fim.

Isso não significa que a Igreja não tenha seus desafios. Ela tem. Mas, em meio aos desafios, o Espírito Santo está trabalhando poderosamente e o triunfo final da igreja é certo.

A Igreja é o Corpo de Cristo

Em Mateus 16:18, Jesus disse: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.* Esta Igreja não é uma organização burocrática, feita por mãos humanas, como muitos querem crer. Segundo as próprias palavras do Salvador, Ele cons-truiu Sua igreja e os portões do inferno não prevalecerão contra ela.

Em 1 Coríntios 12, a igreja é o corpo de Cristo. Em Efésios 5, a igreja é a noiva de Cristo, em 1 Pedro 2, a igreja é a propriedade de Cristo. Em

impressionantes: Em 1863, havia um adventista para cada 356 mil pessoas no planeta. Hoje, há um adventista para cada 400 pessoas no mundo. Foram necessários 107 anos para que a Igreja alcançasse o primeiro milhão de membros. Hoje, batizamos um milhão de pessoas todos os anos. Temos mais de 25 milhões de pessoas frequentando nossas 70 mil igrejas, em mais de 200 países. O Espírito Santo está Se movendo de modo fantástico.

Reavivamento e Reforma Nos últimos anos, temos enfatizado

reavivamento, reforma e missão. Por “reavivamento” referimo-nos a um despertar espiritual diário no coração e mente de cada um de nós. “Reforma” é aprofundar o compromisso espiritual de fazer a vontade de Deus, e diaria-mente alinhar nossa vida e tudo o que fazemos para agradar a Jesus.

A reforma acontece quando submetemos nossa vontade à Sua vontade, todos os dias. Ele, então, nos dá entendimento sobre qual é Sua missão para nós como indivíduos e como igreja.

Será que a Igreja Adventista do Sétimo Dia necessita de reavivamento e reforma? Ou esse é só mais um pro-grama denominacional? A mensageira de Deus, Ellen White, não deixa dúvida quando declara: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as

1 Pedro 2:9, o apóstolo proclama que o povo de Deus é “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”.

Triunfo Sobre os Poderes do Inferno

Cristo mantém a igreja em Suas mãos. Ela é Sua fortaleza, Sua cidade de refúgio em um planeta em rebelião. Ela é uma luz nas trevas, um farol na noite, e a luz que ilumina um caminho escuro. No livro Atos dos Apóstolos, lemos: “Através dos séculos de perseguição, conflito e trevas, Deus tem amparado Sua igreja. Nenhuma nuvem sobre ela caiu, para a qual Ele não estivesse preparado; nenhuma força oponente surgiu para impedir Sua obra, que Ele não houvesse previsto. Tudo sucedeu como Ele predisse. Ele não deixou Sua igreja ao desamparo, mas traçou em declarações proféticas o que deveria ocorrer. Aquilo que Seu Espírito inspirou os profetas a predizer, tem-se realizado. Todos os Seus propósitos serão cumpri-dos. Sua lei está vinculada a Seu trono e nenhum poder do mal poderá destruí-la. A verdade é inspirada e guardada por Deus e ela triunfará sobre toda oposição” (p. 11).

Nestas horas finais da história terrestre, vemos evidências de que a verdade de Deus está triunfando sobre os poderes do mal e há claros indícios de que Cristo está guiando Sua igreja. Deixe-me compartilhar alguns fatos

Por Ted N. C. Wilson

PA R T E 1

Deus Guia Sua Igreja

ChamadoProfético Urgente

Um

8 Adventist World | Fevereiro 2014

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nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos,

porém, mediante confissão, humilha-ção, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipu-ladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121).

Coração Saudoso Sem o poder sobrenatural divino,

a obra de Deus não será concluída em nossa vida e, certamente, não será con-cluída no mundo. Nós, simplesmente, não somos páreo para as forças do mal. Anseio pelo derramamento do Espírito Santo em minha vida, e anseio mais do que qualquer coisa, pelo derramamento do Espírito Santo em toda a Sua pleni-tude para a terminação da obra de Deus na Terra, para que Jesus possa voltar. Nossa maior, mais urgente e mais pre-mente necessidade é o derramamento do Espírito Santo.

estudando Sua Palavra e testemunhan-do para a glória do Seu nome. Fico tão animado quando vejo jovens totalmente comprometidos com a causa de Cristo!

Resultados do Reavivamento e da Reforma

O reavivamento e a reforma sempre levaram a testemunhar e evangelizar. Não pode haver reavivamento genuíno sem uma paixão renovada por ganhar almas. Quando Deus faz algo em nós, Ele também realiza algo por meio de nós. Pedro declarou: “pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20); Paulo proclamou: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação” (Rm 1:16); e João afirmou: “o que temos visto e ouvido anuncia-mos também a vós outros” (1Jo 1:3).

Todos os grandes movimentos de reavivamento e reforma na história foram acompanhados por grandes períodos de evangelismo e testemu-nho. Aconteceu nos tempos do Novo Testamento e na Reforma do século 16. Aconteceu, também, com o segundo grande despertamento na América do Norte e, em seguida, no início da história da Igreja Adventista.

Sem reavivamento e reforma nossas atividades para testemunhar serão impotentes. O evangelismo sem rea-vivamento produz poucos resultados. A obra de Deus deve ser completada pela cooperação de agentes divinos e humanos.

Quando reavivamento e reforma não encontram expressão no testemu-nho, logo se transformam em mero dis-curso sentimental que, posteriormente, morre. Cada membro é um maravilho-so missionário, chamado por Deus para compartilhar sua fé.

Alcançar as Cidades A igreja lançou o projeto Missão

para as Cidades objetivando alcançar as centenas de milhares de pessoas nas 650 maiores cidades do mundo. No ano passado foram realizadas aproximada-mente 400 séries evangelísticas em Nova

É seu desejo unir-se a mim e a outros líderes e membros de todo o mundo e humilharmos nosso coração diante de Deus, em oração sincera, suplicando pelo poderoso derrama-mento do Espírito Santo? Deus está nos chamando para nos comprometermos profundamente neste período crítico da história terrestre. Este é o tempo de dedicação completa a Cristo e à Sua mensagem.

Unidos em Oração O reavivamento acontece quando

passamos tempo com Deus em oração e estudo da Bíblia. Esse é o motivo pelo qual a igreja lançou a iniciativa 7-7-7 Oração (www.revivalandreformation.org/777). Milhares de membros estão participando e sendo renovados.

Outros milhares estão participando do plano Reavivados por Sua Palavra (revivedbyhisword.org), um programa diário de estudo para levar a Igreja a ler toda a Bíblia até a assembleia da Associação Geral em 2015. Os líderes da Igreja no Brasil relataram que tantas pessoas estão tuitando sobre sua experiência com o Reavivados por Sua Palavra, que o número alcançou o terceiro lugar entre todos os tuítes do país inteiro!

O reavivamento está acontecendo no mundo. O Espírito Santo está sendo derramado sobre grupos de jovens que estão buscando a Deus em oração,

a r t e P o r c o d y j e N S e N

Quando Deus faz algo em nós, Ele também realiza algo por meio de nós .

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V I S Ã O M U N D I A L

GLOW (inglês, BRILHO – Giving Light to Our World [Levando Luz ao Nosso Mundo]) – é um projeto evangelístico que surgiu na Califórnia, Estados Unidos, e agora está se ramificando para outras Divisões do mundo. Tem o objetivo de motivar os membros a ter sempre consigo literatura – panfletos chamados GLOW – para serem distribuídos gratuitamente. Atualmente, os panfletos estão sendo impressos em 35 idiomas.

A seguir estão duas pequenas histórias que retratam vidas tocadas pelo GLOW:

GLOW: Giving Light to Our World

HISTórIA 1 – ALEMAnHA: Em Berlim, um jovem chamado Gunther estava colocando folhetos do GLOW nas caixas de correios – atividade permitida na Alemanha – quando, em determinada caixa, encontrou um ninho de passarinho. Como não conseguiu colocar o folheto dentro da caixa, bateu à porta da casa e o entregou ao homem que atendeu. O homem disse a Gunter que estava aprendendo sobre os adventistas e sobre o livro O Grande Conflito pelo YouTube, e quando viu o folheto, percebeu a foto do livro no verso. Ele perguntou se Gunter era adventista e pediu um exemplar do

livro O Grande Conflito, que coincidentemente Gunter tinha consigo. Ele presenteou o homem e o convidou a participar da série evangelística que seria realizada em Berlim.

HISTórIA 2 – CArIbE: Certo adventista de origem russa, o qual chamaremos de Anton, estava trabalhando com um grupo médico missionário em uma ilha do Caribe, realizando

exames de saúde e tratamentos odontológicos. Os moradores falavam tanto o espanhol como o dialeto local. Anton distribuiu alguns folhetos do GLOW em espanhol para os pacientes. Algumas crianças ficaram fascinadas com as figuras coloridas dos folhetos, mas acabaram jogando-os fora por ainda não saberem ler em espanhol. Mais tarde, um dos dentistas da equipe trouxe para Anton um paciente que havia encontrado do chão, um folheto GLOW sobre profecias bíblicas e o sonho de Nabucodonosor. Ele quis saber mais e Anton teve a oportunidade de estudar a Bíblia com ele.

As histórias são compiladas por Nelson Ernst, diretor do GLOW na Associação Central da Califórnia. Para saber mais sobre o GLOW, acesse sdaglow.org. Para assistir os vídeos de testemunhos, acesse vimeo.com/user13970741.

r i c a r d o c a m a c h o

Histórias doYork. Pastores e membros leigos, vindos de vários países, provocaram um mara-vilhoso impacto, em nome do Senhor. Essa abordagem abrangente incluiu equipar centenas de membros para testemunhar em harmonia com seus dons. Como resultado desse esforço massivo, mais de 4.500 pessoas já foram batizadas.

Outras grandes cidades do mundo estão em meio a eventos similares e ob-tendo resultados semelhantes. Milhares estão sendo batizados e esse é apenas o início. Associado à Missão para as Cidades, lançaremos um ministério abrangente de saúde, segundo o modelo de Cristo.

Resultados Maravilhosos Deus está fazendo tanto por esta

Igreja que, às vezes, me surpreendo. É muita coisa para mencionar aqui. Um dos projetos que indicam a atu-ação poderosa de Deus é o Projeto O Grande Conflito. Colocamos o alvo de distribuir 50 milhões de exemplares e um alvo de fé de 100 milhões. Mas, pelo poder e intervenção de Deus, distribuímos – você distribuiu – mais de 140 milhões de exemplares do livro O Grande Conflito em várias versões. Louvamos a Deus por essa incrível ex-pansão da Sua obra. Esses livros estão sendo lidos por milhares e fazendo uma grande diferença! Ainda há tanta coisa para nos motivar neste movi-mento profético de Deus, antecipando o breve retorno de Cristo! ■

*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Versão Almeida Revista e Atualizada.

Ted N. C. Wilson é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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S A Ú D E N O M U N D O

Enquanto envelhecemos nosso sistema imunológico nem sempre funciona com a mesma eficiência.

Além disso, ocorre a diminuição de nossas células imunológicas, as quais, estimuladas pela infecção, forçam o corpo a produzir anticorpos de proteção, com rapidez suficiente para combater o agente infeccioso. Um exemplo disso é o risco do herpes. Pessoas mais idosas, que já tiveram catapora e, portanto, carregam o vírus escondido em suas células nervosas, podem sofrer uma crise de herpes quando a imunidade estiver baixa. As pessoas infetadas com HIV (vírus da AIDS) também têm o sistema imunológico afetado, se tornando mais suscetíveis às infecções.

Uma maneira de aumentar a imuni-dade contra agentes específicos é a vacina. Esse processo remonta ao tempo em que o soro da varíola bovina era usado para impedir a varíola humana. Ellen White usou esse método para si mesma e para a família. Desde então, a varíola foi total-mente eliminada, e muitas outras infec-ções epidêmicas agora estão controladas. Para as pessoas que estão envelhecendo ou já fazem parte da terceira idade, geral-mente recomendamos que se informem sobre os fatores de risco atuais, tomando vacina contra gripe. Para alguns, uma vacina periódica contra pneumonia também pode ser útil. Seu médico poderá aconselhá-la melhor sobre o tratamento específico para seu esposo.

No entanto, é importante reconhe-cer os benefícios do estilo de vida ativo e saudável. O exercício melhora o tônus

dieta cheia de nutrientes teve uma pro-porção bem menor de infecções e visitas ao médico. Eles também obtiveram melhores resultados na saúde em geral. No entanto, os suplementos não funcionaram tão bem para os outros dois grupos.

O dinheiro investido em frutas e vegetais, pelo menos cinco porções ao dia, será devolvido em melhor saúde do que a quantia gasta em suplementos. Vegetais com cores fortes como cenoura, abóbora, moranga, couve, brócolis, cou-ve de Bruxelas – todos pagam dividendos em boa saúde. Os grãos integrais são ricos em nutrientes, fornecendo zinco, vitamina B, ferro, fibra, magnésio e selênio. Um punhado pequeno de casta-nhas, consumidas diariamente, oferece ômega 3, zinco, vitamina E e, no caso da castanha do Pará, também o selênio. Entretanto, os suplementos de vitamina D podem oferecer benefícios durante os meses de inverno nas regiões do hemisfé-rio norte e do extremo do hemisfério sul.

A melhor maneira de ajudar seu esposo é planejar uma dieta equilibrada, certificando-se de preparar uma varie-dade de alimentos ricos em nutrientes saudáveis. ■

e a capacidade dos músculos respirató-rios e pode ser um grande aliado contra essas enfermidades.

Sabemos que as pessoas negligenciam sua nutrição à medida que envelhecem. Quando doente, o paciente se sente inclinado a não comer equilibradamente, o que piora as coisas.

Ao envelhecermos, pensamos que não podemos nos dar ao luxo de uma boa dieta. Alguns chegam a comprar suple-mentos, mas essa não é a melhor solução. Nossa dieta deve conter alimentos nutri-tivos. Tal dieta é repleta dessas maravilhas chamadas micronutrientes. Elementos como o zinco, selênio, vitaminas C e E, assim como os carotenoides que combatem doenças como a pneumonia.

O Journal of the American Geriatrics Society (Jornal da Sociedade Geriátrica Americana) publicou, em setembro de 2012, um artigo interessante. Aproxima-damente 217 pessoas, com idades entre 65 e 85 anos, foram observadas por três meses e tiveram outros três meses de acompanhamento. Um terço delas rece-beu uma dieta rica em nutrientes; outro terço recebeu suplementos na dieta para torná-la semelhante ao conteúdo do primeiro grupo; e o último grupo, recebeu sua dieta costumeira mais um placebo para que pensassem que tam-bém estavam tomando suplementos.

Todos os participantes mantinham um registro diário de como se sentiam, que infecções contraíam e se tinham febre ou não.

Os resultados mostraram que, no fim de seis meses, o grupo que consumiu a

Por Peter N. Landless e Allan R. Handysides

Meu esposo está com 80 anos de idade e já não resiste às gripes e infecções respiratórias, como antes. Vocês teriam alguma orientação para ajudá-lo?

f o t o : V i k t o r i a L a z e r

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Allan R. Handysides, médico ginecologista aposentado, é ex-diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

ImunidadeEnvelhecimentoe

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E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Enquanto o mundo necessita de simpatia, orações e assistência do povo de Deus, enquanto precisa

ver a Cristo na vida de Seus seguidores, o povo de Deus se acha em igual necessidade de exercer simpatia, de dar eficácia a suas orações e desenvolver um caráter segundo o modelo divino.

É para proporcionar essas oportu-nidades que Deus colocou entre nós os pobres, os desafortunados, os doentes e sofredores. São o legado de Cristo a Sua igreja, e devem ser cuidados como Ele o faria. Assim tira Deus a escória e purifica o ouro, dando-nos aquela cultura de coração e de caráter que nos é necessária.

O Senhor poderia levar avante Sua obra sem nossa cooperação. Não depen-de de nós quanto a dinheiro, tempo ou trabalho. Mas a igreja é muito preciosa a Seus olhos. É o tesouro que encerra Suas joias, o redil que Lhe abriga as ove-lhas, e anela vê-la sem mácula nem ruga ou coisa semelhante. Anseia por ela com inexprimível amor. Eis porque nos tem dado oportunidades de trabalhar para Ele, e aceita-nos os serviços como testemunhos de amor e lealdade.

Ao colocar os pobres e sofredores entre nós, o Senhor nos está provando a fim de nos revelar o que está em nosso coração. Não podemos, sem incorrer em risco, esquivar-nos dos princípios. Não podemos violar a justiça, não podemos negligenciar a misericórdia. Ao vermos um irmão em decadência, não devemos passar de largo, mas fazer decididos e imediatos esforços para cumprir a Palavra de Deus, ajudando-o. Não podemos trabalhar em contrário

às especiais direções de Deus, sem que o resultado de nossa obra se reflita sobre nós. Importa que fique firmemente determinado, arraigado e cimentado na consciência que não nos será benéfica qualquer coisa, em nossa conduta, que desonre a Deus.

Deve ser escrito na consciência, como com pena de ferro sobre a rocha, que aquele que despreza a misericórdia, a compaixão e a justiça, o que negli-gencia o pobre, que passa por alto as necessidades da humanidade sofredora, que não é bondoso e cortês, está-se con-duzindo de maneira que Deus não pode cooperar com ele no desenvolvimento do caráter. O cultivo do espírito e do coração ocorre mais facilmente quando sentimos tão terna compaixão pelos outros, que oferecemos nossos benefí-cios e privilégios a fim de suprir-lhes as necessidades. Adquirir e segurar tudo quanto nos é possível para nós mesmos, tende a empobrecer a alma. Mas todos os atributos de Cristo aguardam a recepção dos que fazem a própria obra que Deus lhes designou, trabalhando à maneira de Cristo.

Nosso Redentor envia Seus mensa-geiros para dar testemunho perante Seu povo. Ele diz: “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo” (Ap 3:20). Muitos, porém, recusam recebê-Lo. O Espírito Santo espera abrandar e submeter o coração; porém, eles não estão dispostos a abrir a porta e deixar o Salvador entrar, por temor de que Ele lhes exija alguma coisa. E, assim, Jesus de Nazaré passa. Anseia conceder-lhes

deFonte

as ricas bênçãos de Sua graça, mas recusam aceitá-las. Que terrível coisa é excluir a Cristo de Seu templo! Que prejuízo para a igreja!

As boas obras nos custam sacrifícios, mas é no próprio sacrifício que elas proveem a disciplina. Essas obrigações nos põem em conflito com os senti-mentos e propensões naturais, e ao cumpri-las obtemos vitória após vitória sobre os traços indesejáveis de nosso caráter. A luta prossegue, e assim cresce-mos na graça. Assim refletimos a ima-gem de Cristo, e nos preparamos para um lugar entre os bem-aventurados no reino de Deus.

Aos que transmitem aos necessitados o que recebem do Mestre, acompanha-rão bênçãos, tanto temporais, como espirituais. Jesus operou um milagre a fim de alimentar os cinco mil, uma multidão fatigada e faminta. Procurou um lugar aprazível para acomodá-los, e mandou-os sentar. Tomou, então, os cinco pães e os dois peixinhos. Sem

Vıda Por Ellen G. White

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dúvida, foram feitas muitas observações quanto à impossibilidade de satisfazer cinco mil homens famintos, além de mulheres e crianças, com aquela escassa provisão. Mas Jesus deu graças, e pôs a comida nas mãos dos discípulos para ser distribuída. Eles deram à multidão a comida que lhes aumentava nas mãos. E quando ela havia comido, os próprios discípulos sentaram-se e comeram com Cristo da provisão fornecida pelo Céu. Essa é uma preciosa lição para cada seguidor de Cristo.

A religião pura e imaculada é “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1:27). Os membros de nossa igreja estão em grande necessidade de conhecimento da piedade prática. Precisam praticar a abnegação e o sacrifício. Precisam dar provas ao mundo de que se asse-melham a Cristo. Portanto, a obra que Cristo exige deles não é para ser feita por procuração, colocando em alguma comissão ou instituição o

encargo que eles próprios devem assumir. Cumpre-lhes se tornar semelhantes a Cristo no caráter, mediante o dar de seus meios e tem-po, sua simpatia e esforço pessoal, o ajudar o enfermo, o confortar o contristado, aliviar o pobre, animar o abatido, esclarecer as almas em trevas, encaminhar os pecadores a Cristo, impressionar os corações com a obrigação de observar a lei de Deus.

O povo está observando e pesando os que pretendem crer nas verdades especiais para este tempo. Está obser-vando para ver se sua vida e conduta representam a Cristo. Empenhando-se humilde e zelosamente na obra de fazer bem a todos, o povo de Deus exercerá uma influência que testificará em toda vila e cidade em que a verdade alcançar. Se todos quantos conhecem a verdade se apoderarem dessa obra segundo se apresentarem as oportunidades, praticando dia a dia pequenos atos de amor na vizinhança do lugar em que moram, Cristo será manifesto aos seus vizinhos. O evangelho se revelará um poder vivo, e não fábulas artificialmente compostas ou vãs especulações. Será como realidade, não como resultado da imaginação ou do entusiasmo. Isso tra-rá mais consequências do que sermões ou exposições doutrinárias. ■

Não podemos, sem incorrer em risco, esquivar-nos dos princípios. Não podemos violar a justiça, não podemos negligenciar a misericórdia.

Este artigo foi extraído do livro Testemunhos para a Igreja (v. 6, p. 261-264). Os Adventistas do Sétimo Dia acreditam que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico durante mais de setenta anos de ministério público.

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Não é fácil escrever sobre o comportamento ou o estilo de vida do adventista. Na sociedade ocidental, colocamos tanta ênfase na individualidade e na

privacidade, que pensamos que ninguém tem o direito de escrever ou dizer algo sobre o assunto.

Minas TerrestresHá igrejas onde a questão do estilo de vida é reduzida

a discussões sobre vestuário – levando, quase sempre, a tensões dentro da congregação. Pode haver algumas irmãs, mais velhas e bem intencionadas, que chamem as garotas

tudo o que é divertido é proibido? Quem pode nos orientar?Para mim, o conselho do apóstolo Paulo, em sua

epístola aos Romanos, define a questão: “Portanto, irmãos (e irmãs), rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:1, 2, NVI). Deus quer que tenhamos um estilo de vida que nos diferencie das pessoas que não O temem. Esse padrão está na Bíblia; o

N Ú M E R O 2 2

Por Frauke Gyuroka

Transformados pela renovação da mentede lado (muitas vezes, até mesmo as não batizadas), para dizer que a saia está muito curta ou que os saltos são muito altos. Em alguns casos, há as que educadamente ignoram as conselheiras; porém, em outros, sentimentos de hostilidade levam pessoas a se afastarem da igreja. Há também aqueles que veementemente sustentam a opinião de que a aparência não é importante para Deus, portanto, não importa como nos vestimos para o culto ou durante a semana.

Alimentação é outra área que pode causar problemas entre nós, por vezes, levando à polarização dentro das igrejas. “Liberais” e “conservadores” acham o estilo de vida do outro completamente inaceitável, e têm certeza de suas perspectivas. Consequentemente, sempre perdemos de vista o objetivo real de nossa fé, a atmosfera da igreja fica contaminada e sua missão diminuída ou completamente paralisada. No entanto, isso não deveria ser assim!

O Princípio Bíblico do Estilo de Vida O que torna nosso estilo de vida cristão? Como os outros

podem ver que somos adventistas? Será que o estilo de vida cristão é sinônimo de uma vida enfadonha e antiquada, onde

próprio Jesus nos deu o exemplo. É uma transformação na maneira de pensar. Ela nos ajudará na conscientização sobre o que Deus quer – assim, realizaremos Sua vontade com alegria.

E isso é enfadonho ou antiquado? Para a pessoa desinte-ressada em Cristo, pode ser. No entanto, para o seguidor con-victo de Jesus esse é um desafio emocionante. Se realmente acreditamos que estamos sendo guiados pela Palavra de Deus, então, precisamos viver como Seus discípulos. Todavia, nosso desafio não é teológico. Nosso principal desafio é encontrar tempo e espaço para deixar que Sua Palavra nos transforme. Se a vida for dominada pelos meios de comunicação, trabalho, entretenimentos ou qualquer outra coisa imposta, será alta a probabilidade de adotarmos mais e mais (até inconsciente-mente) o ritmo e o estilo de vida de nosso ambiente. Precisa-mos atacar conscientemente essa tendência.

Olhe e Veja O Novo Testamento relata muitas histórias de pessoas

que foram transformadas quando se encontraram com Jesus. Você se lembra da mudança na vida do homem possesso na região dos gadarenos (veja Mc 5:1-20)? O encontro radical

14 Adventist World | Fevereiro 2014

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com Jesus mudou tudo, até o modo como se vestia (verso 15) e como gastava seu tempo (verso 20).

Os discípulos de Jesus são outros exemplos de como somos transformados pela comunhão com Ele. Homens egoístas, ambiciosos, buscando seus próprios interesses e não muito diferentes das pessoas que viviam na Judeia naquela época, foram transformados em homens altruístas, dedicados ao serviço e preparados para usar seus recursos (dinheiro, tempo, saúde e habilidades) para Jesus. Estavam dispostos a se sacrificarem por Ele, e até eram gratos por isso (veja At 5:41).

Aqui está o segredo deles (que pode ser o nosso também!): Para desenvolver um estilo de vida cristão, é imperativo ler as Escrituras e ser guiado pela influência do Espírito Santo de modo pessoal e prático. E, isso precisa acontecer diariamente. O estilo de vida simples de João Batista (veja Mt 3:4) me lembra a importância da simplicidade em minha vida. Quando leio que Jesus e Seus discípulos muitas vezes não tinham tempo nem para comer (veja Mc 3:20; 6:31) e que frequentemente Ele não tinha um lugar para descansar (veja Mt 8:20), concluo que, muitas vezes, valorizo muito o comer, o beber e a vida consumista. Talvez Deus queira que eu use melhor meu tempo e meu dinheiro.

De fato, Jesus é o exemplo perfeito do estilo de vida que Deus requer de nós. Embora, às vezes, Ele não tivesse tempo para comer, ou descansar, jamais nos dá a impressão de que estivesse estressado. Ele sempre tinha tempo para as coisas que eram importantes. Ele não se preocupava com as coisas

que os outros diziam ou faziam, mas concentrava-Se em Sua missão (veja Jo 17:4). Ele queria glorificar a Deus e salvar a humanidade; tudo o mais estava sujeito a esse grande objetivo. Finalmente, Jesus Se esqueceu de Si mesmo e deu Sua vida para que pudéssemos viver outra vez.

Aqueles que encontram esse Jesus em Sua Palavra são transformados pela influência do Espírito Santo de dentro para fora. “Isso significa que o eu já não tem a supremacia”, escreve Ellen White. “O Espírito tomou das coisas de Cristo, e as revelou [ao crente] sob uma luz tão atraente a ponto de ter um efeito transformador sobre seus hábitos e práticas [...] Seu prazer é o mesmo que o de Cristo, o de ver almas salvas”.*

Nossa saúde, aparência, nossas posses e nosso lazer não são fins em si mesmos, mas têm o sublime objetivo de glorificar a Deus e levar pessoas a Jesus. Isso não é antiquado e certamente não é enfadonho, mas proporciona alegria e contentamento que perdurarão até a eternidade. ■

*Ellen G. White, “Missionary Work,” Advent Review and Sabbath Herald, 6 de outubro de 1891.

Transformados pela renovação da mente

Somos chamados para ser um povo piedoso que pensa, sente e age

de acordo com os princípios do Céu. Para que o Espírito recrie em nós o caráter de nosso Senhor, só nos envolvemos naquelas coisas que pro-duzem em nossa vida pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isso significa que nossas diversões e entre-tenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e da beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário

deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verda-deira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranquilo. Significa também que, sendo o nosso corpo templo do Espírito Santo, devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, devemos adotar a alimentação mais saudável possível e nos abster dos alimentos imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas

alcoólicas, o fumo e o uso irresponsá-vel de medicamentos e narcóticos são prejudiciais ao corpo, também devemos nos abster dessas coisas. Em vez disso, devemos nos empenhar em tudo que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja nossa integridade, alegria e bem-estar. (Rm 12:1, 2; 1Jo 2:6; Ef 5:1-21; Fl 4:8; 2Co 10:5; 6:14-7:1; 1Pd 3:1-4; 1Co 6:19, 20; 10:31; Lv 11:1-47; 3Jo 2.) – Crenças Fundamentais dos Adventis-tas do Sétimo Dia, nº 22

Frauke Gyuroka é tradutora da Adventist World para o idioma alemão. Ela reside em Graz, Áustria.

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Os clientes de um salão de beleza de uma pequena cidade, ao norte da Austrália, surpreenderam-se com o homem fantasiado de palhaço que entrou e se

jogou no primeiro assento vazio. “Vim fazer permanente!” disse ele. Tinha as cores do

arco-íris pintadas e emolduradas no rosto. Passado o impacto, vieram as gargalhadas entre os que

haviam residido por alguns anos na comunidade de mineiros de opala negra, em Lightinin Ridge. “O StormCo voltou!” alguém gritou, e os demais deram boas- vindas ao palhaço Crunchy – mais conhecido por Chrys Martin, líder da equipe StormCo e membro da Igreja Avondale Memorial, em Cooranbong, New South Wales.

“Fizemos amizade com tantas pessoas nesta cidade, que eles esperavam que voltássemos; eles querem a gente de volta”, mencionou Martin. “A missão do StormCo é totalmente dedicada à cidade, bem como o compromisso dos jovens adventistas de servir os que moram aqui”.

O que é StormCo?É um projeto missionário nascido na Austrália. StormCo

significa: “Service to Others Really Matters Company” [“Companhia Servir aos Outros Realmente Importa”]. Ele surgiu de uma mudança de planos. Jerry Unser, ex-capelão universitário da Associação South Queensland, havia organi-zado uma viagem estudantil missionária ao exterior, porém,

na última hora, tudo deu errado. A equipe estava eufórica por algum tipo de aventura, então, Unser contatou alguns pastores da região e descobriu que um deles havia reunido um grupo em sua igreja para planejar algo útil para fazer naquela pequena cidade.

“Visitamos escolas, igrejas locais, membros das comuni-dades indígenas, e oferecemos até mesmo cursos de culinária. Após voltarmos para casa, ficamos ansiosos para sair e fazer tudo de novo”, conta Unger.

Vinte anos mais tarde, o programa ainda continua forte. As igrejas, escolas e Associações da Austrália e da Nova Zelândia enviam equipes para viagens missionárias de sete a dez dias. Os grupos geralmente são formados por 15 a 20 jovens. Muitos deles retornam todos os anos. O conceito de missão já atravessou oceanos e fincou raízes no Canadá e na Europa.

“O nome é alterado para se adequar à cultura”, diz Unser, agora aposentado. “Na Romênia é chamado de TinSerV. Soube que já chegaram a enviar 50 equipes em um ano.”

Unser explica que o StormCo não deve ser encarado como um programa, uma organização, uma forma de evangelismo ou um evento simplesmente, mas como uma “maneira singular de misturar aventura e serviço comunitário a qual se tornou um movimento adotado amplamente”.

Mel Lemke, diretor de Jovens da Associação e David Jack, diretor do Ministério Pessoal e ADRA, captaram a visão do StormCo. “Nós três organizamos as viagens para outras

ServirRealmente Importa

Outros

Projeto missionário completa 20 anos.

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Por Sandra Blackmer

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A R T I G O D E C A PA

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DESENVOLVENDO AUTOCONFIANÇA: Membros da equipe StormCo e crianças da comunidade Toomelah na frente de uma parede de escalada, montada pelo departamento de Jovens da Associação para ajudar a desenvolver a autoconfiança das crianças.

comunidades, fora de Brisbane. Não muito tempo depois, os jovens abraçaram a ideia e levaram o conceito com eles. Esse foi, e ainda é, um movimento popular. Escrevemos manuais de treinamento, mas o StormCo não tem nenhuma estrutura de organização oficial, exceto nas igrejas locais, escolas e Associações que enviam suas próprias equipes”, comenta Unser.

As Diretrizes do StormCo foram elaboradas no ano de 2000. Elas tiveram a assistência de Gilbert Cangy, na época diretor de Jovens da Divisão do Sul Pacífico (atualmente, diretor de Jovens da Associação Geral). Elas contêm os funda-mentos e princípios do programa. Unser e Cangy, entretanto, não imaginaram que tantos anos mais tarde, ainda haveria equipes desenvolvendo amizade com as comunidades.

“StormCo tornou-se parte integrante do ministério jovem australiano”, diz Cangy. “O programa é um exemplo prático daquilo que Ellen White menciona a respeito do método de Cristo. À medida que avançamos em direção ao futuro, somos desafiados a desenvolver cada vez mais o relacionamento com a comunidade, estendendo-lhe inten-cionalmente o reino de Deus”.

Como Funciona? Várias Associações e instituições oferecem aos participan-

tes, seguro e um subsídio de mil dólares por viagem. Campa-nhas para levantar recursos nas igrejas locais complementam o subsídio, e cada participante paga a taxa de inscrição.

Doações de alimentos e outros itens necessários, feitos pelos membros da igreja, também são muito importantes para manter as equipes do StormCo financeiramente viáveis.

Simples, Mas Efetivo O objetivo do StormCo é duplo. O primeiro é estabelecer

e construir relacionamentos fortes e de confiança, para que as equipes voltem anualmente à mesma comunidade. O segundo, as equipes devem ir sem nenhuma “agenda”. Em lugar de chegar com um programa pré-estabelecido, os participantes devem visitar os líderes das comunidades e descobrir quais são suas necessidades, e então, perguntar como eles esperam que a StormCo ajude. Em alguns lugares, como em Lightning Ridge, a aproximadamente 740 quilômetros

PALHAÇADAS: Emma-Lea Lawrence, voluntária do StormCo, brinca com as crianças da comunidade durante as atividades do Clube das Crianças, em Lightning Ridge.

Realmente ImportaOutros

Projeto missionário completa 20 anos.

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A R T I G O D E C A PA

ao sudeste de Brisbane, houve a ne-cessidade de um clube para crian-ças. Para incentivá-las a participar, Martin e alguns companheiros de equipe se fantasiam de palhaço e andam pelas ruas da cidade.

“Cumprimentamos as pessoas no comércio e a todos que encon-tramos”, diz Martin. “Se vemos crianças, damos a elas um folheto convidando para participar do Clube da Criança. A maioria dos comerciantes sabe quem nós somos e o que fazemos. Eles fazem propaganda boca a boca para nós. Alguns mandam até fazer cartazes”.

O clube recebe diariamente cerca de cinquenta crianças. Elas cantam, assistem a programas de marionetes, partici-pam de encenações de histórias bíblicas, fazem artesanato e brincam.

Kayla Sleight de Cooranbong, que já participou em cinco viagens da StormCo, diz que “A princípio é chocante ver o ambiente difícil em que essas crianças vivem e a maneira hostil como brincam entre si, mas quando começamos a tratá-las com amor, divertimo-nos com elas e começamos a ver pequenas mudanças em suas respostas. Isso é maravilhoso!”

Joshua Page, aluno do Avondale College, participa das viagens do StormCo para Lighting Ridge há seis anos. Para ele, a sensação maravilhosa das boas experiências, a amizade entre os companheiros de equipe e o auxilio prestado às comunidades são fatores que incentivam a voltar sempre.

Durante as manhãs, integrantes da equipe assumem a estação de rádio local. Eles fazem os anúncios, transmitem as notícias e oferecem músicas cristãs.

“É muito divertido!” diz Nelson Eddy, de Euroa, Victoria, participante em Lightning Ridge há sete anos e coordenador do grupo que produz os programas de rádio.

“Nem sempre vemos os frutos de nosso trabalho imedia-tamente, porque estamos aqui apenas uma vez por ano, mas somos lembrados por muitas pessoas, especialmente pelas crianças. Desenvolvemos amizade com as pessoas daqui.”

Eddy também percebeu uma mudança em sua atitude em relação às pessoas e à missão.

“Quando você deixa sua zona de conforto e vem para cá, desenvolve uma perspectiva bem diferente do mundo.”

Bevan e Ann Brown, administradores da estação, estão felizes por ver os jovens do StormCo retornando a cada ano.

“Eles são sempre falantes; animam a estação e a resposta dos ouvintes é positiva. Por duas vezes, tivemos problemas

CLUBE DAS CRIANÇAS: Em Glen Innes, New South Wales: marionetes, jogos da Bíblia e música.

CRIANÇAS: As crianças são

prioridade no StormCo.

Disque Jóquei (DJ): Luke Vaughan, membro da equipe do StormCo, ajudando na estação de rádio em Lightning Ridge.

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com os computadores e o Nelson nos ajudou. Poderíamos usá-lo aqui mais vezes”, menciona Ann.

Todas as tardes, a equipe arregaça as mangas e realiza tarefas na comunidade, tais como: arrancar ervas daninhas, cortar madeira, pintar pisos, paredes e arquibancadas, fazer reparos nas casas de veteranos, limpar jardins de igrejas e manutenção em prédios.

“Certa vez, pagamos para trocar a caixa de água da igreja católica, pois estava vazando”, diz Martin. “Com o StormCo não há barreiras; não existem obstáculos. Nosso negócio é servir as pessoas.”

Os moradores da comunidade estão percebendo. Beulah James, membro da Igreja Adventista de Lighting Ridge, diz que, frequentemente, ouve os moradores elogiarem o trabalho e a dedicação da equipe.

Uma mulher relatou que suas filhas frequentaram o Clube da Criança todos os anos. Disse que as filhas ficavam radiantes quando chegava a época do StormCo. A mãe não consegue conter a emoção: “Minhas filhas aprenderam sobre Jesus, e cantam canções sobre Ele. É tão bom ouvi-las cantando em casa!”

Servir em Lugares “Difíceis”Aproximadamente 385 quilômetros a leste da Lightning

Ridge encontra-se Toomelah, uma comunidade indígena de 300 habitantes, onde Trudy e Jeff Chilcott, líderes do StormCo e sua equipe têm servido durante uma semana por ano, nos últimos 14 anos. Embora a melhora nas condições de saúde e no bem-estar dos indígenas australianos seja evidente, a vida nas comunidades aborígenes ainda é muito difícil.

Toomelah não é exceção. Esses indígenas têm maior índice de deficiências, doenças crônicas, hospitalizações, assaltos, suicídios e baixa expectativa de vida do que os australianos não aborígines.* As várias tentativas feitas por parte do governo e de outros grupos no sentido de mudar o estilo de vida de Toomelah, geralmente são recebidas com ceticismo e resistência, mas a reação não é a mesma com o StormCo.

“Eles abraçam os membros das famílias. Eles nos protegem e respeitam, e nós os amamos”, diz Trudy.

A equipe do StormCo de Toomelah é composta por vinte estudantes universitários determinados a se relacionar com as crianças, jovens e mães jovens. Eles mantêm o Clube da Criança durante as manhãs e, no período da tarde, levam os participantes para pescar, apanhar lenha para o fogo, receber orientações sobre higiene e nutrição e fazer trabalhos manuais.

Durante a noite, a equipe organiza programas jovens no auditório da comunidade para os maiores de treze anos.

“Brincamos com jogos antigos, em duplas, basicamente para conhecer uns aos outros”, explica Jeff. “Sexta-feira é a noite da fogueira. Pedimos aos jovens que deem seu teste-munho. Há um poder especial quando os jovens falam sobre o que Deus está fazendo por eles.”

A diferença que o StormCo faz em uma comunidade como Toomelah não ocorre alterando a cultura ou as pessoas, mas desenvolvendo amizades e oferecendo esperança.

“Quando chegamos, as mães jovens vêm orgulhosamente nos mostrar seus bebês, limpinhos e vestidos. As crianças estão bem cuidadas. A nutrição tem melhorado. Uma senhora idosa disse que estava impressionada, pois ela realmente acre-dita que o que estamos fazendo pelos jovens está mudando sua vida”, menciona Trudy.

Adam Bailey, de Melbourne, participa do StormCo em Toomelah desde 2008. Ele relata que, além de produzir um efeito positivo na vida das crianças, a experiência fez com que ele mesmo crescesse como pessoa.

“Você chega com um modo de pensar quase arrogante de que vai mudar o mundo; mas o que se aprende com eles e o amor que recebe, é muito maior. Simplesmente mostramos que eles têm valor e que são especiais para nós”.

Quando Stefanie Gaassen fez sua primeira viagem com o StormCo a Toomelah, em 2005, foi atraída pelas crianças e as ajudou a organizar o Clube da Criança. Depois, passou a coordenar as programações para jovens e idosos.

“Vi essas crianças crescerem e se tornarem adolescentes, e alguns deles agora já têm bebês e outros estão na escola”,

TRABALHO COMUNITÁRIO: O voluntário, Des Vau-ghan, arrancando ervas daninhas no centro comunitário Lightning Ridge.

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LÍDERES DE EQUIPE: Trudy e Jeff Chilcott, líderes de equipe do StormCo em Toomelah, posam com crianças da comunidade.

diz ela. “Eu os animo a ser perseverantes e a fazer algo positi-vo na vida”.

Stefanie agora é casada e Paulo, o esposo, também faz parte da equipe. Ele não era adventista quando conheceu Stefanie no StormCo, mas declara que essa experiência missionária foi o ponto da virada que o levou a aceitar a Jesus e ser batizado.

“Eu nunca havia feito nenhum tipo de serviço comu-nitário antes; foi uma experiência emocionante. É muito gratificante poder ajudar os outros e ver os benefícios desse trabalho, além de aprender sobre a cultura aborígene.”

Stefanie e Paulo estão estudando no Avondale College, preparando-se para ser professores.

Jeff Chilcott concorda que o segredo do sucesso do StormCo em Toomelah é a maneira como abordam a comu-nidade. Reunir-se com os líderes da cidade e perguntar quais são as necessidades e o que eles gostariam que a equipe de jovens fizesse para ajudá-los foi “a chave”. “Eles estavam acostumados a ver pessoas dizendo a eles qual era sua necessidade! Essa é a virtude desse programa. Foi como se apertasse um botão; a atitude deles se tornou completamen-te diferente. Nós não temos agenda; não temos expectativas e fazemos amizades.”

É para os Membros das Equipes Também.Enquanto faz amizade com as comunidades, a equipe

do StormCo também está desenvolvendo fortes laços com o

próximo e renovando sua relação com Deus. Jeff Parker, diretor Jovem da Associação North New South Wales, relata que vidas foram transformadas e conta a respeito de um jovem estudante que disse que quando participou de uma viagem do StormCo “realmente foi conquistado”.

“Ele disse: ‘Se isso é cristianismo, eu quero ser cristão’. Ele não era de um lar cristão, mas hoje ele é professor em uma de nossas escolas. E essa não é uma história isolada.”

Os Chilcotts também enfatizam o impacto positivo dos membros da equipe do StormCo.

“O StormCo está ensinando nossas crianças a ser líderes fortes, escolher a Deus e respeitar mais o próximo”, diz Trudy. “Eles levam essa experiência de volta às suas igrejas e isso os incentiva a se envolverem nos cargos de liderança e os orienta nas escolhas profissionais. Conheço um jovem que se tornou pastor pela influência do StormCo.”

Jeff acrescenta: “Servir aos outros também ajuda os jovens a não olhar só para si, mas a voltar sua atenção para os outros.”

A colocação de Martin é ainda mais contundente: “O StormCo está salvando nossos jovens para a eternidade. Tantos jovens estão se afastando de Deus e da igreja, mas com o StormCo eles desenvolvem paixão pelo serviço para Deus e pelo próximo . Eles se envolvem nas atividades da igreja. Tornam-se apaixonados por Cristo e não temem defender o cristianismo. Creio que o StormCo é um presen-te de Deus.”

Segundo Chrys, nem todos têm o dom da pregação, mas podem ajudar as pessoas. Podem sair para testemunhar o cristianismo na comunidade, e quando as pessoas fizerem perguntas, serão capazes de falar com elas sobre Jesus. “StormCo é levar Cristo para a comunidade. É o que significa ser cristão”, enfatiza ele.

Para conhecer mais sobre o StormCo, escreva para [email protected] ou [email protected]. ■

* www.aihw.gov.au/WorkArea/DownloadAsset.aspx?id=60129543818.

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Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World.

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Produtora da marca de cereais matinais mais vendidos na Austrália e na Nova Zelândia,

o Weet-Bix, e de outros alimentos e bebidas, a Sanitarium Health e Wellbein é conhecida internacionalmente por seus produtos vegetarianos e naturais. De seu humilde começo no ano de 1898, em Melbourne, Austrália, quando o padeiro Edward Halsey produziu o primeiro cereal australiano pronto para consumo e vendido de porta em porta, a Sanitarium cresceu para o que é hoje – 1.700 funcionários, quatro fábricas na Austrália e duas na Nova Zelândia.

Entretanto, o que pode não ser amplamente conhecido é o compromis-so da empresa para com a sociedade e

sua visão de “conduzir, inspirar e ser fonte de vida feliz e saudável” entre os que vivem em sua região ou fora dela. O Departamento de Alimentos e Saúde da Divisão do Sul do Pacífico (SPD), que inclui a Sanitarium, tem a missão de oferecer “esperança e uma vida melhor e abundante”, por meio de uma variedade de empreendimentos que incluem: uma clínica de trata-mentos naturais, uma lanchonete vegetariana, programas de desjejum e triatlo para crianças, serviços de saúde em ambientes de trabalho, programa de intervenção no estilo de vida, inicia-tivas para a sustentabilidade ambiental e apoio para projetos comunitários no exterior.

Santuário SanitariumEstrategicamente situado em Porto

Darling, Pyrmont, New South Wales, o Santuário tem uma equipe de 16 profissionais que ajudam a suprir as necessidades da pessoa como um todo. A equipe é formada por médicos de clínica geral, um fisioterapeuta, um conselheiro pastoral, um massagista, entre outros. Esses profissionais da saúde priorizam problemas médicos agudos, doenças crônicas e complexas, saúde da mulher, pequenas cirurgias, pediatria, saúde emocional e espiritual, nutrição e educação em saúde.

O Santuário foi fundado em 2010. Cathy McDonald, administradora geral, descreve-o como bem-sucedido, mas ainda em crescimento.

“Este Santuário é o pioneiro, mas nossa intenção é eventualmente ex-pandir para 15 a 20 unidades em toda a Austrália e Nova Zelândia. A ideia foi extraída do conceito expresso em João 10:10: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (NVI); e também dos conselhos que Ellen White escreveu para a Sanitarium. Ela sugeriu que abrissem pequenos ‘centros de influência’1 nas cidades para que ‘nossa luz brilhasse’2 e abrisse uma ‘porta de esperança’.3 Ela fala sobre oferecer curso de culinária, prover atendimento médi-co, massagens e coisas afins. O Santuário foi moldado segundo seus conselhos.”

A Kitchen da Sanitarium Oferecendo café da manhã e almoço

para uma multidão no coração de Brisbane, a Kitchen Sanitarium oferece

Por Sandra BlackmerCompartilhando

EsperançaSaúde eA História da Sanitarium

CLUBE DO DESJEJUM: Nas escolas, todos os dias, cerca de 1.200 voluntários fornecem o café da manhã a 5 mil crianças que vivem nas áreas pobres, por meio do Clube do Desjejum Comece Bem, da Sanitarium.

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várias opções de alimentos vegetarianos saudáveis. As refeições preparadas no local e com produtos orgânicos estão motivando um grande número de australianos, especialmente os jovens, a cuidar cada vez mais da saúde e do meio ambiente, e o atendimento amigo faz com que voltem.

“Fazemos questão de nos lembrar do nome das pessoas. É parte de nossa filosofia. Observamos também o que nossos fregueses regulares mais apreciam e consomem”, diz a gerente da lanchonete, Anca Popovaćau.

“Steve é muito talentoso”, diz ela. “Os pratos que ele cria realmente dão vida à diversidade de sabores que os alimentos integrais oferecem. Nossos fregueses amam a comida”.

O aumento de 26% no número de clientes atendidos em 2012 em relação ao ano anterior, juntamente com um índice de aprovação de 92% da UrbanSpoon, uma comunidade que avalia restaurantes on-line, confirma a avaliação de Popovaćau.

Lanchonetes vegetarianas não são um conceito novo para a Sanitarium. Em 1902, ela inaugurou a primeira, seguida por muitas outras em toda a Austrália e Nova Zelândia. Devido às mudanças de mercado na década de 1980, a Sanitarium precisou fechar suas lanchonetes e lojas. Portanto, a Kitchen, hoje, é uma nova versão do modelo antigo.

O conceito revisado surgiu em 2000, quando a liderança da Sanitarium, dirigida por Kevin Jackson, questionou: “Para onde estamos levando essa organização? Como será seu futuro? Como podemos envolver as pessoas nessa jornada?”

“Voltamos e pesquisamos a história de nossa Igreja, de onde viemos, quem somos, por que Ellen G. White disse as coisas que disse”, observa Jackson. “Dali tiramos inspiração para o futuro, sobre onde estamos indo e desenvolvemos nossa filosofia. Portanto, estamos nos mantendo fiéis a quem somos e para

que existimos, em vez de simplesmente dizer: ‘Qual é a moda agora?’ A coisa boa é que nossa filosofia de saúde, na verdade, é o que está em moda agora.”

A Kitchen proclama, sem rodeios, em seu cardápio e em um grande cartaz exposto em lugar visível na lanchonete, sua ligação com a herança da Igreja Adventista e com os princípios de saúde apresentados por Ellen G. White.

Clubes de Desjejum Bom Começo

Estudos indicam que uma em cada quatro crianças na Austrália não toma o café da manhã regularmente. Esse número é ainda maior nas regiões com menos recursos. Essa situação não é restrita ao Sul do Pacífico. A Sanitarium iniciou uma parceria com a Cruz Vermelha australiana para realizar uma mudança no quadro. Como resultado, foram criados os Clubes de Desjejum Bom Começo, através dos quais a Sani-tarium já doou 4,7 milhões de porções de cereais e produtos à base de leite de soja. Durante o ano letivo, aproxi-madamente 1.200 voluntários servem o desjejum a cinco mil crianças que moram em áreas de grande necessidade e ajudam a conscientizar a comunidade sobre o papel da boa nutrição no de-sempenho escolar.

Julie Praestiin, gerente de comu-nicação da Sanitarium, menciona que a Cruz Vermelha despertou a atenção deles quanto à necessidade. “As crianças estavam indo à escola sem desjejum, e nossa reposta foi: ‘Não podemos deixar que isso aconteça na Austrália’. O pro-grama cresceu e passou a servir 750 mil refeições ao ano, e estamos incentivan-do as comunidades a ajudar a sustentar o projeto.”

A Sanitarium mantém um progra-ma similar na Nova Zelândia chamado KickStart, servindo aproximadamente 2,7 milhões de desjejuns por ano.

O Weet-Bix da Sanitarium e o Triátlon Infantil

Por mais de 20 anos, a série Triátlon da Sanitarium tem promovido atividade física para crianças entre 7 a 15 anos, com o objetivo de combater problemas de saúde durante o crescimento como a obesidade infantil e o diabetes e desenvolver neles uma atitude confiante de “eu consigo fazer”.

Os eventos do Triátlon são realiza-dos entre os meses de janeiro e junho em 11 locais na Austrália e 13 na Nova Zelândia. Em 2013, o evento Trans- Tasman quebrou o recorde mundial quando mais de 36 mil crianças parti-ciparam das modalidades de ciclismo, natação e corrida.

“A obesidade e a inatividade con-tinuam sendo os grandes problemas para as crianças na Austrália”, explica Brett Lee, embaixador nacional do Triátlon. “Creio que envolver as crian-ças nos exercícios físicos, onde são premiadas por participar [...] é parte da solução.”

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Vitality Works: A Saúde no Ambiente de Trabalho

Vitality Works é um programa que auxilia organizações e indústrias, tais como: escolas, empresas, escritórios, fábricas, indústrias de mineração e outras, na Austrália e na Nova Zelândia, a montar um portfólio de ações de saúde e bem-estar a fim de melhorar as condições de saúde de seus funcionários e diminuir os custos médicos nas em-presas. Os resultadossão imensuráveis.

São realizados exames de saúde para que os trabalhadores compreendam os problemas e, em seguida, programas personalizados são sugeridos. A iniciati-va tem sido bem-sucedida.

Vitality Works leva a filosofia adven-tista às pessoas ocupadas, tornando-a prática e útil para ser usada em seu ambiente de trabalho.

CHIP O programa bem-sucedido de inter-

venção no estilo de vida desenvolvido por Hans Diehl, em 1988, e denomi-nado Coronary Health Improvement

Program (CHIP) e o Instituto Médico de Estilo de Vida (LMI), também criado por Hans Diehl, foram adotados pela Igreja na Divisão do Sul do Pacífico (SPD). O CHIP, agora denominado, Programa de Melhora Total da Saúde, tem papel fundamental na prevenção, interrupção

e reversão de doenças crônicas. Ele foi relançado com a assistência e a gerência da Sanitarium Health and Wellbeing Company. O LMI permanece sendo o provedor e o guardião do programa.

“Essa é uma parceria não apenas entre o LMI e a Igreja Adventista, mas também entre outras entidades que oferecem assistência significativa, como a Signs Publishing Company (editora adventista na Austrália), o Centro Adventista de Mídia e as igrejas locais que oferecem o programa às suas comunidades”, informa Anja Sussmann, gerente de desenvolvimento dos servi-ços médicos do LMI.

Além do novo visual dos materiais produzidos, há uma elevada ênfase nas pesquisas científicas que apoiam os resul-tados benéficos do CHIP para a saúde.

“Os resultados dos estudos do CHIP foram documentados e publicados em revistas de prestígio como o American Journal of Cardiology, The British Medical Journal Open, e outros”, diz Sussmann. “Temos constatado reduções significativas nos fatores de risco das doenças crônicas, bem como nos custos de cuidados com a saúde dentro de um período de tempo relativamente curto.”

Diehl continua como coordenador principal do CHIP nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, juntamente com outros apresentadores como Darren Norton, doutor em fisiologia do exercício, e Andrea Avery, médica especializada em medicina interna e professora de medicina na Universidade da Califórnia.

Maior do que Nós A visão da Sanitarium de cuidar do

mundo ao redor influencia sua maneira de administrar. Em 2006, ela implemen-tou um sistema de gestão ambiental para diminuir os riscos e identificar oportu-nidades ecologicamente eficientes. Ela também minimiza o impacto ambiental de suas embalagens, e se comprometeu a reduzi-las a resíduo zero para aterro até 2015. Utiliza fontes de energia mais lim-pas e trabalha também para reduzir as emissões de CO2. A Kitchen Sanitarium foi premiada com o certificado Green Table Austrália em julho de 2011 por minimizar seu impacto sobre o ambien-te e usar, sempre que possível, produtos locais, orgânicos e produzidos manual-mente. Os alimentos da Sanitarium não possuem modificações genéticas.

A organização faz doações para insti-tuições no exterior e, por intermédio da ADRA Austrália, também envia alimen-tos para regiões como o Camboja e a Tailândia, onde ajudam dando assistên-cia humanitária, educação e programas de assistência a crianças.

“Desenvolvemos uma abordagem comunicativa com as pessoas, tornando nossa mensagem relevante e apropriada”, comenta Praestiin. “Em vez de nos isolarmos, vamos aonde estão as pessoas. Dizemos a elas: ‘Somos assim!’ e espe-ramos que elas se unam a nós e façam dessa jornada uma experiência saudável e feliz.”

Para saber mais sobre a Sanitarium Health e Wellbeing (antiga Sanitarium Health Food Company) acesse: www.sanitarium.com.au ou www.sanitarium.co.nz ■

1 Ellen G. White, The Health Food Ministry (Washington, D.C.: Ellen G. White Publications, 1970), p. 12, 15.2 Ibid., p. 89.3 Ibid., p. 56.

Esquerda: CHEFE: Alimentos saborosos e saudáveis preparados pelo chefe Steve Warden-Hutton trouxeram os clientes de volta.Acima: KITCHEN SANITARIUM: AncaPopovacau atende um cliente na loja deprodutos vegetarianos da Sanitarium,localizada no coração de Brisbane.

Esquerda: Em 2013, o número recorde de 36 mil crianças da Austrália e da Nova Zelândia participaram do Weet-Bix Crianças, série Triátlon Sanitarium.

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Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World.

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A África do Sul teve seu quinhão de vivência, tanto colonial como missionária. Se observarmos

rapidamente a divisão geopolítica do continente ao longo dos séculos, veremos o processo dinâmico que ele revela.

A comemoração dos 150 anos da Igreja Adventista como movimento organizado nos dá a oportunidade de refletir sobre a maneira pela qual a obra missionária começou no sul da África. A contribuição dos missionários ad-ventistas nessa região é particularmente interessante.

O Primeiro MissionárioEm julho de 1887, as famílias mis-

sionárias de C. L. Boyd e D. A. Robinson chegaram à África do Sul. Ellen White encontrou-se com essas famílias em Moss, Noruega, quando viajavam. Ela escreveu para eles dando o seguinte conselho: “Queridos Irmãos em Viagem para o Distante Campo de Trabalho: Gostaria de ter falado com vocês, mas não me atrevi porque senti não ter for-ças para fazer justiça a qualquer assunto em uma conversa em particular”.1 Em seu testemunho “Conselho a Missioná-rios a Caminho da África” ela aconselha os obreiros a “não ficarem longe uns dos outros, mas a trabalhar juntos em

tudo o que interesse à causa de Deus”.2

Ellen White preveniu os missioná-rios quanto à influência dos tipos de pessoas que encontrariam, e a não se-rem influenciados a fazer discriminação de raça ou nível socioeconômico.

“Haverá homens de posses que irão discriminar algo do caráter da obra”, escreveu ela, “embora não tenham cora-gem de falar sobre a cruz e de suportar o opróbio que resulta da verdade impo-pular. Evangelizem primeiro, se possível, as classes altas, mas não negligenciem as classes baixas”.3 Ela também os instruiu quanto aos métodos que deveriam usar como missionários. No topo da lista estavam os materiais impressos. “Deixe que as publicações, revistas e panfletos trabalhem entre as pessoas, preparando a mente da classe educada para a prega-ção da verdade. Nenhum esforço deve ser poupado nessa direção, e o trabalho, se iniciado sabiamente, e prosseguido com inteligência, resultará em sucesso”.4 O papel da literatura foi observado quando um mineiro adventista, William Hunt, a compartilhou com Pieter Wes-sels e George Van Druten.

Ellen White também aconselhou os missionários a “ser humildes e dispostos a aprender [...] no caminho da verdade e justiça”.5

Por Michael Sokupa

A primeira igreja foi organizada por C. L. Boyd, em Beaconsfield, Kimberley. Ironicamente, antes que Ellen White enviasse sua orientação em relação a “ser influenciado pelas classes, posses ou raça”, pessoas abastadas e de posição social elevada foram atraídas para a verdade do sábado por meio de estudos pessoais das Escrituras.

Pieter Wessels e George Van Druten descobriram o sábado estudando a Bíblia sozinhos. Quando foram encon-trados diamantes nas terras da família Wessels, o pai de Pieter contribuiu financeiramente para o desenvolvimento da obra adventista. Pieter Wessel e A. T. Robinson, visitaram Cecil Rhodes, primeiro-ministro da Colônia do Cabo, para pedir um pedaço de terra que mais tarde se tornaria a Missão Solusi.

trilhasOs Adventistas da Divisão Sul-Africana-Oceano Índico construíram sobre base sólida

Missionárias

MISSIONÁRIOS PIONEIROS (sentido horário): C. L. Boyd, fotografado com Maud Sisley Boyd e Sra. L. G. Boyd, ajudaram a organizar a primeira congregação adventista na África. H. M. Sparrow e a esposa moraram por cinco meses em uma carroça puxada por bois. A. T. Robinson, fotografado com a esposa e filha, conseguiram um terreno de Cecil Rhodes para a Missão Solusi.

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História AdventistaAd i V i S ã o t r a N S e u r o P e i a

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A Obra AvançaEm 1894, as famílias missionárias se

estabeleceram em uma área de turbu-lência política no sul da Rodésia (hoje Zimbábue). G. B. Tripp e a esposa; H. M. Sparrow e a esposa; e W. H. Anderson e a esposa trabalharam na construção da Missão. A Violência racial forçou os missionários a fugir para Bulawayo. As três famílias tiveram que morar em um carro de boi durante cinco meses.

Em 1902, foi comprada uma pro-priedade dos Batistas do Sétimo Dia, em Nyasaland (hoje Malaui), e a sede da Missão conhecida como Plainsfield, mais tarde, denominada Malamulo. Joseph Booth e Thomas H. Branch foram os primeiros missionários em Nyasaland.

Em 1905, W. H. Anderson cruzou o rio Zambesi para estabelecer a Missão Rusangu, em Zâmbia. Hoje, esta é a União que apresenta maior crescimento na Divisão Sul-Africana-Oceano Índico.

Em 1919, Anderson iniciou a obra em Bachuanaland (hoje Botsuana) em cooperação com o médico missionário A. H. Krestschmar, que iniciou o hospi-tal em Kanye.

Em 1922, Anderson viajou para o Sudoeste da África, atual Namíbia, para estudar a possibilidade de estabelecer uma Missão naquele território. Foi-lhe negada a passagem por Ovamboland. Ele teve que viajar de volta para Windhoek a fim de conseguir permissão para passar por Angola. Finalmente, ele chegou ao Bongo, após viajar por dois meses em uma carroça puxada por burros. No ano

frequentemente ao local das reuniões, Anderson percebeu que raramente os

africanos se recusavam a receber qualquer um que fosse à sua casa.8

Quanto ao envolvimento dos missionários em questões políticas, Anderson declarou ca-tegoricamente que os missionários

deviam evitar tais relações. Ele enfatizou que, antes de julgar o sistema

era importante, primeiramente mostrar o caminho certo às pessoas. Nessa questão, Jesus era seu modelo. Havia problemas sociopolíticos no governo romano de Seu tempo, ele afirmou, mas Jesus sempre co-locava a humanidade em primeiro lugar.9

Firme Fundamento Embora Ellen White nunca tenha

visitado o continente Africano, sua consi-deração pelo trabalho dos missionários é evidenciada pelos conselhos escritos aos que serviam lá. A extensa obra realizada por W. H. Anderson foi um modelo para o trabalho dos missionários naqueles primeiros anos. Anderson tomou tempo para registrar as estatísticas, bem como os métodos usados por ele.

A Divisão Sul-Africana-Oceano Índico já alcançou a marca de três milhões de membros. De seu início humilde, com métodos simples, Deus tem cuidado providencialmente de Sua obra nessa parte do mundo. ■1 Ellen G. White, Testimonies to Southern Africa (Cape Town, South Africa: South African Union Conference of Seventh-day Adventists, 1977), p. 7.2 Ibid., p. 8.3 Ibid., p. 10.4 Ibid., p. 13, 14.5 Ibid., p. 146 W. H. Anderson, “Frontier Evangelistic Methods”, Ministry, abril de 1940.7 W. H. Anderson, “Missionary Problems Considered”, Ministry, outubro de 1933.8 W. H. Anderson, “Work Among African Natives”, Ministry, julho de 1946.9 W. H. Anderson, “Veteran Missionary Answers Questions”, Ministry, setembro de 1935.

seguinte, com a ajuda de T. M. French e J. D. Baker, Anderson escolheu um terreno para a Missão em Bongo.

Primeiros Métodos Anderson contribuiu tremenda-

mente com o início da obra no sul da África ao documentar seus métodos.

Quando observou os evangelistas locais realizando reuniões com duração de apenas duas semanas, ele insistiu em séries mais longas. Ele relatou que em Lower Gwelo, Zimbábue, por exemplo, quando terminaram as primeiras duas semanas, apenas duas pessoas tomaram a decisão.

Na terceira semana, mais 15 pessoas se decidiram e na quarta, outras 38 entregaram a vida a Cristo.

Durante as séries, ele relatou que 84 pessoas se uniram à classe dos “ouvintes” ou “estagiários”. Nessa classe (pós-batismal), os novos conversos eram instruídos durante dois anos. De-pois disso, se continuassem fieis, eram encaminhados para a igreja.6

Anderson advertiu: “Quando um homem vai para o campo missionário, se quiser ganhar as pessoas, deve amá-las. Se ele não tem amor, é melhor que não vá [...] O amor é a base de todo o trabalho missionário.”7

Em 1946, Anderson relatou que havia seguido um plano no qual designou uma área de casas para ser visitada por seus colegas de trabalho evange-lístico. Era esperado que cada obreiro visitasse cada uma das casas, todos os dias. Embora as pessoas não fossem

Michael Sokupa é diretor do Centro de Pesquisas E. G. White do Helderberg College, Somerset West, África do Sul.

CRUZANDO CAMINHOS: Em junho de 1887, Ellen White, na campal em Moss, Noruega, reuniu-se com as famílias de Boyd e Robinson, que estavam em viagem para a África. Posteriormente, suas cartas escritas a eles foram publicadas no livro Testemunhos para a África Austral.

PARCEIROS NA MISSÃO: William H. Anderson e esposa,

Nora, serviram quase 50 anos em vários países da África.

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Fevereiro 2014 | Adventist World 25

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

A metáfora “cálice do Senhor” foi usada

na antiguidade para se referir a taças literais, em

que se bebiam, ou envenena-vam um inimigo. Na maioria dos

casos, beber juntos em uma taça era uma expressão de amizade e gentileza. Essas imagens são usadas na Bíblia para expressar ideias distintas.

1. A Taça das Bênçãos de Deus: O Senhor preparou uma refeição de confraternização para o salmista, durante a qual, ele exclama: “Meu cálice transborda” (Sl 23:5). Prova-velmente, o salmista esteja se referindo aqui à abundância das bênçãos de Deus recebidas por ele. De fato, existe algo como a “taça da salvação” que contém a provisão divina de salvação para os justos (Sl 116:13). Provavelmente, os israelitas proclamavam a salvação de Deus durante suas refeições de confraternização no templo, ao beber da taça do Senhor, em Sua presença. A conexão entre a taça e as bênçãos de Deus levou o salmista a equiparar a taça Àquele de quem fluem todas as bênçãos (Sl 16:5). O utensílio diariamente usado para beber água e suco, manifestações das bênçãos de Deus, é transformado na lembrança da constante provisão das bênçãos e da salvação para o povo de Deus. Em certo sentido, cada cálice em Israel se transfor-mou em um “cálice do Senhor”.

2. O Cálice da Ira de Deus: O oposto do cálice da salvação é o “cálice de Sua ira [de Deus]” (Is 51:17). Em alguns casos, somente o termo cálice é usado, seguido pelas consequências negativas de beber dele (Jr 49:12; Lm 4:21; Ez 23:31-33). Esse cálice está na mão de Deus (Jr 25:17, 18) ou em Sua mão direita (Hc 2:16). Os efeitos de beber do cálice são ilustrados pelo comportamento do bêbado, mas vão ainda além: Para que bebam e tremam (Jr 25:16); irão tirar suas roupas, símbolo de sua vergonha (Lm 4:21); e irão vomitar e cair para não mais se levantar (Jr 25:27). A taça da ira do Senhor torna-se um símbolo do Seu juízo final contra os ímpios. Esse é um cálice de “horror e desolação” (Ez 23:33) e traz “riso e escárnio” (verso 32). Para o ímpio, “a porção de sua taça” será “vento abrasador”

acompanhado por “brasas de fogo e enxofre” (Sl 11:6). Os pecadores em Samaria e Judá (Ez 23:31-33) também terão que beber dele assim como todas as nações da Terra (Jr 25:17-26). Portanto, beber do cálice da ira de Deus é um símbolo do julgamento universal.

3. Origem e Significado da Metáfora: Por que o Senhor usa a imagem do cálice para se referir ao Seu julgamento contra o pecado? Talvez encontremos a resposta na execução do ritual requerido do homem que suspeita do adultério da mulher (Nm 5:11-31). Na ausência de evidências para provar a suspeita, ela era levada ao templo, onde o sacerdote prepa-rava uma poção, colocava num cálice e dava para ela beber. Quando bebia do cálice, o Senhor revelava sua inocência ou culpa. Somente o Senhor sabia os fatos, e Ele fez com que soubessem pelo fato de beber da taça. No caso do cálice da ira de Deus, os que bebem já são culpados e, ao beber, recebem o julgamento de Deus contra eles. A taça não é um instru-mento para determinar quem é culpado ou inocente; é um símbolo do juízo universal de Deus contra o culpado. O cálice contém o veredito divino contra os pecadores. Ele está nas mãos de Deus e Ele o dá aos pecadores e ordena que o bebam (Jr 25:15). Beber é compulsório, mas, ao mesmo tempo, as pessoas devem voluntariamente beber dele. Se eles se recusam a beber, o profeta lhes diz: “Tereis de bebê-lo” (verso 28). De certa forma, são persuadidos a bebê-lo!

Jesus bebeu do cálice da ira de Deus quando tomou sobre Si mesmo o julgamento divino contra o pecado (Mt 26:39). Consequentemente, Ele tornou possível a nós bebermos do cálice da salvação e da nova aliança (versos 27, 28). Ele tomou a condenação que era nossa para desfrutarmos do que era dEle: o cálice da salvação. Isso é especialmente imortalizado na cerimônia da Santa Ceia. ■

O que significa a expressão

“o cálice do Senhor”?

Ángel Manuel Rodríguez atuou como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral por muitos anos. Hoje, aposentado, mora no Texas, EUA.

Transbordando

26 Adventist World | Fevereiro 2014

Page 27: Aw february 2014 portuguese

E S T U D O B Í B L I C O

Sardes prosperou sob o governo do rei Croesus, da Lídia. Alguns historiadores afirmam que Croesus era o homem mais rico do mundo, naquela época. A riqueza da cidade

vinha principalmente do metal precioso depositado nos seus riachos e rios. Acredita-se que a primeira moeda de ouro cunhada na Ásia Menor, tenha sido produzida em Sardes. A cidade possuía um mercado próspero, templos ornamentados, um centro de saúde luxuoso e arquitetura extraordinária. Evidentemente, no tempo em que o livro do Apocalipse foi escrito, a comunidade cristã, em Sardes, era relativamente pequena. Era muito difícil ser um cristão comprometido em meio ao materialismo e à riqueza de Sardes. A mensagem de João a essa igreja também fala ao povo do tempo do fim, o povo que espera pelo retorno de Jesus.

1 Leia Apocalipse 3:1. Como nosso Senhor apresenta a Si mesmo na introdução da mensagem a Sardes? Por que Ele usa o simbolismo dos “sete Espíritos de Deus” e das “sete igrejas”?No livro do Apocalipse, o número sete sempre representa perfeição.

Há sete igrejas, sete selos, sete trombetas, sete estrelas, sete anjos e, claro, o sábado do sétimo dia revelado como o selo de Deus. Nessa passagem, as sete estrelas representam o minis-tério perfeito dos anjos para as sete igrejas e os sete Espíritos representam o ministério perfeito do Espírito Santo (Ap 1:20). O Espírito Santo e os anjos são testemunhas invisíveis que impressionam corações, revelando a verdade e combatendo as forças do mal a fim de guiar o povo de Deus para o que é certo e verdadeiro. Eles são testemunhas de nossa decisão e escolhas no conflito entre o bem e o mal.

2 releia Apocalípse 3:1. Como o Médico Divino descreve a aflição espiritual de Sardes? Observe a semelhança entre a condição espiritual dos crentes de Sardes e os cristãos de Éfeso e Laodiceia. Em Sardes, os membros da igreja mantinham uma vida espiritual de aparência, mas, na realidade, estavam espiritualmente mortos. A igreja de Éfeso havia perdido o primeiro amor. Laodiceia era morna, sem vitalidade ou intimidade com Jesus. Em cada caso havia uma forma externa da espiritualidade sem a comunhão profunda e permanente com Jesus.

Os cristãos de todas as gerações enfrentam esse desafio:

ser genuíno e autêntico, totalmente comprometido com Jesus. A aparência de santidade pode facilmente substituir a verdadeira religião no coração.

3 Leia Apocalipse 3:2, 3. Qual é o remédio divino para a doença espiritual que infectou os santos em Sardes?

4 Leia as passagens a seguir, sobre ser vigilante: Mateus 24:42-44; 26:38-41; Marcos 14:34-38; Lucas 21:34-36. Escreva em suas palavras, o que significa vigiar? A expressão “vigiar” foi muito usada por Jesus para descrever uma atitude de “estar atento”, não perder a preciosa experi-ência com Jesus. Essa palavra é frequentemente associada a um período tranquilo de oração e meditação. Na agitação das atividades rotineiras, nosso Senhor nos incentiva a desacelerar o suficiente para ouvirmos Sua voz.

5 Compare o conselho de Jesus em Apocalipse 3:2 e 3, com o de Mateus 24:42-44. Que similaridades você vê? Que lições Apocalipse 3:3 tem para os que esperam pelo retorno de nosso Senhor?

6 Por que “lembrar” é tão importante em Apocalipse 3:3? Do que a igreja deveria se lembrar?

7 Leia Apocalipse 3:4. Houve alguém que perma-neceu fiel? Compare esse verso com Apocalipse 3:18 e Apocalipse 19:7-9. O que são as vestes brancas? A linguagem usada na mensagem para a igreja de Sardes é a linguagem da segunda Vinda. Evidentemente, a mensagem se aplica à igreja em todas as eras.

Ela é um apelo solene para ser fiel a Deus em meio à riqueza, materialismo, falsa doutrina e apostasia.

Mas, nessas passagens, há outra mensagem importante para a igreja de Deus, hoje. É a mensagem para banhar-se no amor de Cristo, vestir-se com a justiça de Deus, encher-se com a bondade de Cristo e ser salvo pela graça de Jesus. A “fé morta”, realidade da maioria dos cristãos em Sardes, não servia. Somente uma fé viva em Cristo, totalmente dependente de Sua Justiça, permanecerá na grande crise final. ■

Lições de

Por Mark A. Finley

para o Tempo do FimSardes

Fevereiro 2014 | Adventist World 27

Page 28: Aw february 2014 portuguese

a história desse milagre operado pelo Senhor. Re-centemente, porém, descobrimos que os exemplares antigos estão disponíveis no site www.adventistworld.org

e, agora, enviamos por e-mail esse ma-ravilhoso artigo, colorido, diretamente a todos quantos quiserem. Louvado seja o Senhor!

O Senhor é Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Nome acima de todos os nomes. A Ele seja toda glória e louvor!

Alfredo T. SuzukiSão Paulo, Brasil

AgradecimentoGrato por tudo o que Deus tem realiza-do em minha vida, quero compartilhar um pequeno testemunho, para que os leitores da AW conheçam o verdadeiro Deus, e possam compartilhar os preciosos tesouros do Seu reino.

Quando me encontrei com Cristo eu estava arruinado física, moral e

Encontrando a Verdade Li o artigo de Ted N. C. Wilson, “Encontrando a Verdade”, e os outros artigos da Adventist World (novembro 2013). Eles são devocionais mara-vilhosos. O artigo do pastor Wilson reavivou em mim a necessidade de continuar testemunhando.

Que Deus abençoe nossos líderes e todos os membros de nossa Igreja – e que, segundo Suas promessas, até o fim Ele “nos livre de cair”.

John NwakanmaNigéria

O Sonho Que Acabará com Todos os Sonhos O artigo “O Sonho Que Acabará com Todos os Sonhos” de Joseph Olstad (AW-novembro 2013) foi um dos melhores artigos que já li. Olstad deixou claro um assunto complexo e confuso, declarando que: “Tudo o que Ele (Jesus)

tem a fazer é observar todos correndo para perto ou para longe dEle”. Quão simples e relacional é isso! O resto do artigo explica coisas de uma forma compreensível e memorável. Apreciei muitíssimo! Qualquer outro artigo desse autor será muito bem-vindo.

Quero ainda expressar minha gra-tidão pelos artigos históricos a respeito dos pioneiros e missionários (seção História Adventista). É sempre bom aprender ou relembrar nossa história e os sacrifícios que tantos fizeram para espalhar o evangelho.

Obrigada por essa maravilhosa revista. Sempre a leio de capa a capa.

Anne CampbellOregon, Estados Unidos

Na WebO artigo de Ryoko Suzuki “O Milagre de Hiroshima” (AW-agosto 2011) chamou nossa atenção pelo comentário feito por nosso professor da Escola Sabatina. Ele é um amigo que mora em Cary, Carolina do Norte. Emprestou-nos sua revista (Adventist World) para fazermos cópias do artigo e distribuí-las, a fim de espalhar

Cartas

Necessito da providência divina para a matrícula escolar. Tenho conseguido estudar, vivendo pela fé. Não tenho dinheiro, mas desejo terminar rapida-mente meus estudos, trabalhar e pagar minhas dívidas. Quero ajudar na obra do Senhor. Estou procurando emprego.

Solicito suas orações. Sei que Deus me ajudará (veja Pv 16:1-3).

Asa, Quênia

Necessito do poder de Deus para vencer meus vícios.

Nyakundi, Quênia

Peço a Deus que, em Sua misericórdia, abra os olhos do meu filho para que reconheça sua verdadeira situação e sinta a necessidade de um Salvador. Orem pela situação financeira difícil que estamos passando. Preciso desesperadamente de suas orações. Necessito também de apoio espiritual e emocional. Obrigada.

Joanne, Estados Unidos

Gosto muito de ler a respeito da maneira pela qual Deus tem ajudado as pessoas em todo o mundo e utilizado a Igreja por intermédio da Adventist World e outras revistas similares.

– Abraham Kemboi, Quênia

T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOraçãow

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Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

financeiramente. Mas a leitura da Bíblia iluminou meus pensamentos.

Sou especialmente grato pela ajuda espiritual que recebi. Graças ao amplo e perseverante estudo da Bíblia, da leitura dos livros de Ellen White e, também, desta revista, saí da condição enferma e triste em que me encontrava para desfrutar uma vida de paz e saúde abundante. Obrigado!

Tchamda Belmond Duval Yaoundé, Camarões

Agradecimento e Pedido Sou estudante universitário. Gosto muito de ler a respeito da maneira pela qual Deus tem ajudado as pessoas em todo o mundo e utilizado a Igreja por intermédio da Adventist World e outras revistas similares. Obrigado por esta revista. Que Deus continue abençoando seu trabalho!

Por favor, ore por minha irmã e por mim. Somos estudantes universitários e enfrentamos desafios financeiros. Nossos pais administram um sítio, e tem sido um grande desafio pagar nossos estudos.

Abraham KemboiQuênia

RESPOSTA: Hein e Melissa Myburgh, cuja história foi publicada no artigo “Dois Cora-ções, Uma Missão” (AW-julho 2012, adventistworld.org/issue.php?issue=2012-1007&page=14), trabalham na Mukuyu Outreach, no sul do Zâmbia. Eles foram abençoados com a chegada de uma linda garotinha à família, Inge, nascida no dia 6 de maio de 2013.

A Mukuyu Outreach, membro do Outpost Centers International, auxilia pessoas por intermédio da educação e ajuda humanitária (www.mukuyu.org).

Meu filho ainda se encontra gravemen-te enfermo. Ele quase morreu. Está se alimentando e respirando por meio de tubos há três anos. Por favor, ore por ele.

Tresford, África do Sul

Conto com suas orações em meu favor. Deus abençoe!

Claudia, Estados Unidos

Meu esposo e eu somos adventistas fiéis e comprometidos com a missão. Porém, temos enfrentado problemas com fami-liares que não são cristãos. Estamos sob ataque; isso só pode ser obra de Satanás. Confiamos na proteção divina e nas orações dos irmãos.

Lyuba, Bulgária

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradeci-mentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@ adventistworld.org. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

LugaréEsse?

Que

Uma Jornada de Descobertas pela bíbliaDeus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros, em mais de 180 países, que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:

1 DE MARÇO DE 2014 • isaías 5

ReavivadosSua Palavrapor

Fevereiro 2014 | Adventist World 29

Page 30: Aw february 2014 portuguese

Os primeiros adventistas na Inglaterra foram evangelizados pelo pioneiro John N. Lough-borough. Seis pessoas foram batizadas em Southampton no dia 8 fevereiro de 1880.

Esse batismo resultou de um apelo feito pela Associação Geral, nas páginas da Advent Review and Sabbath Herald de 1879, para angariar cem mil dólares para o avanço da obra no Reino Unido. Maud Sisley, que trabalhava na Suíça, uniu-se a Loughbo-rough como obreiro bíblico e colportor. Logo depois,

iniciaram uma Escola Sabatina com 19 membros.No verão daquele mesmo ano, John N. Andrews chegou para ajudar

Loughborough no evangelismo da tenda. O local recebeu o nome de Espaço e Sociedade Missionária. Hoje, a União Britânica, que inclui a Irlanda, Escócia e Inglaterra, tem mais de 31 mil membros e 250 igrejas.

O diabetes tipo 2 afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Ela é a quinta enfermidade que mais mata nos Estados Unidos. Porém, foi descoberto um trata-mento natural que estimula a produção de insulina no corpo, evitando danos no fígado, rins, olhos e membros. O que é?

RESPOSTA: A saliva do monstro Gila. Animal nativo do noroeste do México e sudoeste dos Estados Unidos, que pode medir até 61 centímetros de comprimento. Sua dieta consiste de pequenas aves, mamíferos e répteis.

Fonte: National Geographic.

Você quer se sentir melhor física, emocional e espiritualmente? Participe.Pessoas voluntárias em escolas, igrejas, abrigos, que ajudam os menos

afortunados, podem esperar uma diminuição de 40% do risco de sofrer com pressão alta.

F R A S E

Para que a vinha do Mestre tenha sucesso, é necessário que haja trabalhadores.

– Eric Chisama, Lusaka, Zâmbia

Faça o Bem, Sinta-se Bem

134

Sabia?Entre os voluntários:

76% são mais saudáveis

78% são menos estressados

80% têm mais controle sobre sua saúde

94% sentem melhora no humor

Fonte: Women’s Health.

Na China, pesquisas indicam que pessoas não fumantes, que consomem uma dieta rica em alho cru, são 33% menos propensas a desenvolver câncer de pulmão do que aquelas que não comem alho.

Na Espanha, um estudo também descobriu que o alho roxo tem maior número de componentes que ajudam no combate ao câncer.

Fonte: Men’s Health.

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■ O hino “Será de Manhã?”, me faz recordar de quando éramos crianças e nossa família o cantava quase todas as manhãs. Quando Jesus vier, e formos todos juntos ao Céu, então entoaremos a canção feliz da vinda de Cristo. Aleluia!

– Eunice, Jakarta, Indonésia ■ “Oh! Que Amigo em Cristo Temos”, lembra-me da importância da oração. Quando sinto solidão, tenho em Jesus, meu amigo eterno.

– Matías, Buenos Aires, Argentina ■ “Minha esperança está em Jesus” tem sido meu testemunho. Permanecendo sobre a “Rocha Eterna”, Ele nos ajudará a atravessar as provações desta vida e nos garantirá um lugar no Seu reino, quando Ele aparecer ao som da trombeta.

– Ethel, Massachusetts, Estados Unidos ■ Sempre que eu canto o hino “Quando Jesus Descansou”, me desconecto do mundo, dou “pausa” em tudo e lembro-me de quão maravilhoso é o dia de descanso.

– Cláudia, Panamá ■ “Castelo Forte” me faz pensar na história de Martinho Lutero, quando ele enfrentou o inimigo, porém encontrou forças no Senhor.

– Luis, Medellin, Colômbia

Da próxima vez, escreva com até 50 palavras qual é sua promessa bíblica preferida. Envie a reposta para:[email protected] e, no e-mail, coloque: “50 Words or Less”.

5OA T É P A L A V R A S

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

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Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 10, Nº 2

Sabia?

Meu Hino Preferido…

Fevereiro 2014 | Adventist World 31

Page 32: Aw february 2014 portuguese

É o que somos.

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