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Janeiro 2014 Cristo , Nossa Mensagem 8 Tiatira: Permaneça Firme! 27 Uma Tarefa 20 Impressionante Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia ADVENTISTA MISSÃO NO PANORAMA DA MUDANCAS

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Jane iro 2014

Cristo, NossaMensagem

8 Tiatira:Permaneça Firme!

27UmaTarefa20

Impressionante

Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

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Mudancas

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 10, Nº 1, Janeiro de 2014.

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 12 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

A R T I G O D E C A P A

16 Mudanças no Panorama da

Missão Adventista G. T. NgO mundo não é mais o mesmo.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Cristo, Nossa Mensagem Ted N. C. Wilson A mensagem e os métodos.

12 D E V O C I O N A L

A Cerca Tim Matsis O que significa adorar um Deus santo?

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

A Trindade Walter Steger Um mistério indescritível.

20 A H I S T Ó R I A A D V E N T I S T A

Uma Tarefa Impressionante John Fowler O evangelho avança em um dos países

mais populosos do globo.

22 D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O

D E P R O F E C I A

Ellen White e o Evangelismo Urbano

Ivan Leigh Warden e J. L. Thompson As cidades crescem cada vez mais. Nossos

esforços devem crescer em idêntica proporção.

24 V I D A A D V E N T I S T A

A Estratégia de Deus Hannele Ottschofski Podemos não compreendê-la, mas precisamos

cooperar com ela.

S E Ç Õ E S

Jane iro de 2014

3 N O T Í C A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial 10 Igreja de Um Dia

11 S A Ú D E N O M U N D O

Depressão Pós-Parto

26 R E S P O S T A S A

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Contagem do Tempo na Bíblia

27 E S T U D O B Í B I C O

Tiatira: Permaneça Firme!

28 T R O C A D E I D E I A S

2 Adventist World | Janeiro 2014

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O Caminho da Cruz

N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S

■ O dia 3 de novembro de 2013 foi especial para Priscah Jeptoo, 29 anos, do Quênia, não apenas por ser sua primeira participação na Mara-tona de Nova York, mas porque chegou em primeiro lugar, com o tempo de 2 horas, 25 minutos e 7 segundos. Ela cruzou a linha de chegada 49 segundos à frente da segunda colocada. Com a vitória, Jeptoo ganhou o título de Maratonista Mundial e um prêmio de 500 mil dólares.

Noah Kipkoeth Chumo, pastor de Priscah, disse: “Somos gratos por Priscah. Ela e o esposo são muito dedicados à igreja”. Chumo também mencionou que o esposo dela foi indicado para ser diácono da igreja em 2014, e acrescentou que quando a jovem voltasse de Nova York, eles iriam comemorar.

Priscah é recém-conversa ao adventismo. Ela começou a participar de competições importantes em 2008 quando, então, conheceu Abel Kirui, atleta adventista, em um campo de treinamento em Iten, no Quênia. Kirui ganhou a medalha de prata na Maratona Olímpica em 2012; sua história foi publicada na Adventist World de março de 2013 e on-line (http://bit.ly/IeQvaX). Ele convidou a amiga para visitar a igreja adventista. Priscah começou a frequentar regularmente as reuniões, e ali conheceu o futuro esposo.

Após seu batismo e casamento a carreira decolou. Ganhou medalha de prata no Campeonato Mundial de Daegu, em 2011, seguida também por mais uma de prata nas Olimpíadas de Londres e, então, o primeiro lugar e medalha de ouro na Maratona de Londres, em 2013.

Jovem Adventista Vence a

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CORRER PARA GANHAR: Priscah Jeptoo (centro), recebeu medalha de ouro na Maratona da cidade de Nova York, no dia 3 de novembro de 2013. Jeptoo faz parte da equipe da Associação de Atletas Adventistas do Quênia.

Janeiro 2014 | Adventist World 3

Uma história antiga, contada pelas fotografias de minha família, retrata o

encontro do professor de matemática e um garoto de dez anos de idade:

PROFESSOR: Joãozinho, se você tivesse duas maçãs e eu lhe pedisse uma, com quantas maçãs você ficaria?

JOÃOZINHO: Duas. Sorrimos porque conhecemos muito

bem o egoísmo inerente ao coração humano. Desde nossos primeiros anos de vida, compreendemos o poder que resulta de ser capaz de negar a alguém algo que nos pede. Assim, automaticamente as crianças recusam o pedido de alguém para brincar com seus brinquedos – não por falta de ter com o quê brincar, mas porque sua natureza pecaminosa sente um prazer perverso quando é capaz de dizer “não”. Os adultos – mesmo os crentes – negam, uns aos outros, pedidos de apoio, incentivo, perdão, às vezes por nenhuma razão melhor do que medir a dor que a recusa provocará. Quem recebe o pedido crê ser o melhor, pelo menos temporariamente, exer-cendo autoridade sobre coisas insignificantes como brinquedos e dinheiro.

“Mas entre vós não é assim”, disse Jesus a Seus discípulos. Com linguagem bastante clara, Cristo exige uma ética diferente daqueles que levarão Seu nome ao mundo: “Quem quiser se tornar grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc 10:43, 44, ARA).

Estamos nos aproximando dos conflitos decisivos dos últimos dias da Terra e, por mais que leiamos esse ensino fundamental de Jesus, sobre levar nossa cruz, isso não será suficiente. A menos que repitamos regularmente essas palavras uns aos outros – estudemos, oremos a respeito e construamos os processos deste movimento sobre elas –, inevitavelmente imitaremos as estruturas de poder, terríveis e más deste mundo, que machucam e oprimem a tantos.

Quando você ler o artigo de capa deste mês, a respeito da mudança do perfil interna-cional do adventismo, considere as implicações de como esse movimento avança e suplique o

Espírito de Jesus, a fim de ajudá-lo a ser o maior, aquele que doa,

perdoa e, realmente, se envolve na missão!

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N O T í C I A S D O M u N D O

Chumo explica que esses maratonis-tas organizaram a Associação Atlética Adventista. Quando eles viajam para participar de uma prova importante, a igreja realiza um culto especial de con-sagração, onde ele, como pastor, lembra aos atletas de que eles estarão correndo por intermédio do poder de Deus. – por Kimberly Luste Maran, com repor-tagem de Claude Richli

Associação de Montenegro Planeja Evangelismo para Pós-modernos

■ “VÁ ALÉM DO NORMAL: Faça Deus Conhecido na Europa” foi o tema dos seminários sobre secularismo e pós-modernismo, apresentados durante os dias 12 a 14 de novembro de 2013, em Montenegro, sob a coordenação da Divisão Transeuropeia.

Segundo Miroslav Pujic´, diretor do Ministério para Pós-modernos e orga-nizador do evento, o Senhor deu à Igreja Adventista a grande oportunidade de ministrar a uma geração desiludida com as instituições religiosas, mas que está buscando um sentido para a vida e aberta para ouvir a “história”, desde que seja pessoal e disseminada por meio de relacionamentos autênticos ou pelos meios modernos de comunicação.

A conferência abordou três temas principais: Cultura, essência e usos.

Cultura – analisou a rejeição pós- moderna da verdade absoluta e sua coerção (o homem está no centro de todas as coisas).

Essência – examinou os porquês do pós-modernismo e do que ele é

cultura europeia é secular e pós-moderna, e a igreja precisa aprender como intera-gir com essas pessoas”.

Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral da IASD, esteve presente à conferência, não como orador, mas como alguém interessado em participar. Ele disse: “Houve muitas coisas que desafiaram a mente de todos. Cada um deve contextualizar o que ouviu para sua realidade. Espero que as pessoas não tornem o ministério para os pós-modernos ou para qualquer outro grupo, muito complicado, porque realmente o que necessitamos é sim-plesmente de uma abordagem bastante racional e proativa para sair e tentar fazer amizade com as pessoas.”

Raafat Kamal, secretário da Divisão Transeuropeia e um dos organizadores, falou do seu desejo de realizar mais frequentemente eventos assim, a fim de “manter os assuntos abordados em nosso radar e para que novos elementos sejam debatidos”. – Claude Richli, editor associado da Adventist World.

feito (o fracasso de instituições moder-nistas como as religiões organizadas e ideologias).

Usos – os participantes debateram como é a comunicação dos crentes na cultura pós-moderna. Aproximadamen-te 140 pessoas participaram.

Segundo John Suridge, presidente da Missão Welsh, “uma das coisas que reconhecemos é que temos que ser honestos e admitir que há um longo caminho a palmilhar com muitas de nossas congregações. Mas há várias estratégias individuais que podemos tentar desde agora. Por exemplo, um estilo menos formal de culto; fazer com que pessoas de fora, pós-modernas, sintam-se em casa; levar nosso minis-tério para as comunidades, em lugar de tentar fazer de nossas igrejas os centros comunitários – por exemplo, oferecer estudos bíblicos nos restaurantes ou lojas comerciais”.

Anne-May Müller, pastor na Dina-marca, acrescentou que “isso tem sido um desafio, porque é necessário mudar a maneira como olhamos as coisas e o modo como a igreja age. Temos de repensar os métodos que estamos usando. É muito importante que a igreja se inteire da cultura onde ela está inserida. A

ÊNFASE NO PÓS-MODERNISMO: Participantes do congresso da Divisão Transeuropeia discutem ministério para pós-modernos.

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4 Adventist World | Janeiro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

Universidade Sahmyook Recebe Líderes de Escolas Particulares

■ No dia 11 de outubro de 2013, líderes educacionais da Coreia do Sul partici-param do 11º Congresso de Presidentes das Universidades Particulares da Coreia (KPUPC), realizado na Universidade Adventista Sahmyook, em Seul.

Estiveram presentes, Nam-soo Seo, ministro da Educação do país, com os vice-ministros e mais de cem presi-dentes de universidades particulares. A KPUPC é uma organização educacional consultiva, criada para promover o de-senvolvimento balanceado da educação por meio da cooperação mútua entre 158 universidades particulares.

A história e filosofia da Universidade Sahmyook foram apresentadas aos participantes do congresso no discurso de abertura do presidente Sanglae Kim. Jun Young Kim, presidente da Universidade Sungkyunkwan e diretor da KPUPC, expressou sua gratidão homenageando o presidente Kim com uma placa de reconhecimento. Foram debatidos assuntos pendentes que afetam as universidades particulares.

O ministro da Educação disse: “Fiquei surpreso ao saber que a Univer-sidade Sahmyook tem 107 anos de

parte do esforço liderado pela reforma para disseminar as Escrituras. No en-tanto, o Imperador Maximiliano II, que era católico romano, também apoiou financeiramente a impressão e distri-buição do volume, e pelo menos um ex-bispo católico, que já havia se unido à Reforma, também apoiou o esforço.

Esse Novo Testamento foi impresso no alfabeto glagolítico, singular da Croácia e usado pelos croatas há várias centenas de anos. Outra edição foi impressa no alfabeto cirílico, publicada nesse idioma e usada por alguns croatas (especialmente da Dalmácia e partes da Bósnia) no século 17. O cirílico também era usado pelos sérvios, búlgaros e alguns turcos do império otomano. Os dois alfabetos eram usados para que a Bíblia pudesse ser lida por todos os habitantes do sul dos Bálcãs.

Dragutin Matak, assistente de desen-volvimento do Adriatic Union College, observou que o Novo Testamento Glagolítico foi publicado com o propósito e a intenção de que o texto bíblico estivesse disponível a todos: “Devido à impressão daquele tempo, o glacolítico e o cirílico se tornaram parte integrante da cultura e identidade croata”, disse Matak. – Reportagem de Mark A. Kellner, editor de notícias da Adventist World.

história. Eu visitei o campus dessa escola há 40 anos, quando era estudante, mas está maravilhosa agora. Desejo sucesso nos empreendimentos da universidade.”

A instituição ofereceu aos presidentes um buffet vegetariano. Os presidentes brindaram à escola e fizeram comentários positivos sobre a culinária vegetariana. Expressaram, também, sua apreciação pelas boas-vindas calorosas e admiração pela beleza do campus. – Suk Hee Han, Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Estudiosos Comemoram o 450º Aniversário do Novo Testamento Glagolítico

■ No início do outono, numa linda tarde de sábado em Zagreb, adventistas vindos da Croácia, Estados Unidos e outros lugares, se reuniram com estudiosos e editores para comemorar o 450º aniversário do lançamento do Novo Testamento no idioma glagolítico, que na época era comum naquela região.

Embora alguns versos das Escrituras estivessem disponíveis desde a Idade Média, essa foi a primeira vez em que o Novo Testamento completo foi apresenta-do, sendo esse o motivo da comemoração.

O Presidente Croata, Ivo Josipovic, que não pôde comparecer à cerimônia, disse no comunicado oficial lido no evento, que “este é um esforço digno o qual veio no rastro da Reforma”, mencio-nando que a obra original “certamente será declarada como patrimônio cultural e intelectual croata”.

Os estudiosos do Adriatic Union College, bem como os professores de filosofia da Universidade Zagreb, orga-nizaram o seminário, do qual partici-param dezenas de alunos, professores e outros interessados na história singular do Novo Testamento Glagolítico. A obra foi compilada e impressa em Bad Urach, Alemanha, próximo de Tübingen, como

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CONGRESSO DE UNIVERSIDADES: Líderes de universidades particulares na Coreia reunidos na Universidade Adventista Sahmyook, para congresso sobre liderança.

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PALESTRANTE: Nikolaus Satelmajer (esquerda), erudito adventista, e seu tradutor, Dragutin Matak, do Colégio da União Adriática, no simpósio do Novo Testamento Glagolítico, em Zagreb, Croácia.

Janeiro 2014 | Adventist World 5

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N O T í C I A S D O M u N D O

Líderes da América Central se uniram a milhares de professores, diretores e educadores para reafirmar o

compromisso com a educação adventista, durante um concílio virtual, realizado no dia 16 de novembro de 2013, na sede da Divisão Interamericana (IAD) em Miami, EUA.

O programa, de cinco horas de duração, reuniu mais de 120 educadores das escolas adventistas das 22 regiões naquele território. Outros milhares assistiram ao evento on-line, em dezenas de escolas de ensino fundamental e médio, bem como nos auditórios e salas das Associações da IAD.

“Hoje, reconhecemos a força de nosso compromisso com Deus, com a Igreja e o compromisso de levar crianças e jovens aos pés de Jesus, preparando-os para o reino”, disse Gamaliel Florez, diretor de Educação para a América Central.

Os professores receberam motiva-ção para continuar buscando sabedoria de Deus e se comprometerem com a elevada responsabilidade de crescer individualmente, desenvolvendo e expandindo a educação adventista, a fim de impactar a vida de milhares de estudantes.

“A IAD está dedicando este quin-quênio, 2010 a 2015, para reestruturar a educação. Temos trabalhado para oferecer a cada criança e jovem adventista a oportunidade de receber educação apropriada”, disse Florez. Ele reconheceu o esforço e empenho que seus administradores têm realizado, fortalecendo a educação, melhorando fisicamente as escolas, reforçando a qualidade da educação, treinando professores, oferecendo novos livros textos, e muito mais.

Lisa Beardsley-Hardy, diretora de Educação da Associação Geral (AG), parabenizou os líderes e educadores pelos avanços feitos para melhorar a

na construção do caráter dos alunos neste mundo desafiador.

“Diariamente, os pais confiam seus filhos aos cuidados de vocês. Eles confiam na igreja e na organização nessa parceria entre lar e escola. A Igreja reconhece seu valor e sabe que sem sua influência seria difícil salvar essa geração”, comentou Leito.

Para garantir uma educação adven-tista forte, os administradores enfren-taram desafios e investiram milhões de dólares nas instituições de ensino em

educação em toda a Divisão Intera-mericana, e falou sobre os princípios fundamentais da educação adventista.

“A educação adventista contribui além do simples conhecimento aca-dêmico; ela transforma e promove o desenvolvimento equilibrado da pessoa em todas as áreas da vida, abrangendo o aspecto espiritual, intelectual, físico e social”, disse Beardsley-Hardy.

Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana, lembrou os professores de seu papel como parceiros dos pais

ABERTURA DO CONCÍLIO: A Divisão Interamericana (IAD) realizou um Concílio Virtual on-line para professores, diretores e educadores no dia 16 de novembro de 2013, em Miami, Flórida (EUA). O evento foi transmitido para as escolas e instituições do território da IAD.

Por Libna Stevens, Divisão Interamericana.

Conecta Milhares de Professores“Concílio Virtual” beneficiou educadores de 22 regiões.

Evento Histórico

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On-line

6 Adventist World | Janeiro 2014

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N O T í C I A S D O M u N D O

todo o território da IAD. Filiberto Verduzco, tesoureiro da IAD,

apresentou o relatório de crescimento da educação adventista na América Central, desde 1920, e os desafios enfrentados pelo sistema educacional. Verduzco também destacou o compromisso dos administradores para confrontar esses desafios.

Entre os compromissos assumidos para melhorar a educação adventista, estavam: aumentar o número de matrí-culas, estudar o padrão de crescimento dos membros, preparar os alunos para cumprir a missão, aumentar o número de professores adventistas com preparo adventista, melhorar a estrutura física das escolas, oferecer treinamento em liderança para os professores, incorpo-rar maior número de projetos sociais no currículo, promover o desenvolvimento profissional, melhorar a integração entre a fé e o aprendizado e melhorar o marketing das escolas na comunidade.

Na República Dominicana a missão educacional tem ajudado a melhorar as

escolas e sua administração, explicou Cesário Acevedo, presidente da Igreja no país. Ele mencionou que centenas de professores deixaram a rede adventista pelos altos salários oferecidos pelo ensino público dominicano. O problema obrigou a reestruturar nosso sistema educacional na ilha.

“Nosso objetivo era melhorar nossas escolas academicamente, oferecer melhores salários aos professores e proteger nossa filosofia da educação, tudo gerenciado pelo corpo adminis-trativo de professores. Vamos abrir um escritório para servir de sede nacional da educação, o qual irá gerenciar os escritórios regionais que administrarão as 90 escolas fundamentais e de ensino médio, método semelhante ao usado pelo sistema público de administração aqui. Esse escritório nacional poderá unificar os recursos e garantir o pagamento dos professores de forma consistente, permitindo assim desenvol-vimento profissional e incentivos mais diretos”, explicou Acevedo.

As estratégias revolucionárias na educação na República Dominicana levou a liderança da IAD a premiar seus líderes com uma placa especial de reconhecimento.

A liderança da União Mexicana do Norte também recebeu uma placa especial de reconhecimento pelos investimentos feitos na área, os quais criaram um novo modelo educacional e padronizaram os salários dos professores. Os líderes ainda foram homenageados pelo modelo de supervisão nos campos locais e por assumirem o sério compromisso de melhorar a educação.

O evento on-line revelou os finalistas de um concurso de matemática, realizado em todas as escolas de Ensino Médio das 12 Uniões da América Central. Mais de trinta alunos participaram da competição, disse Faye Patterson, diretor associado de Educação da IAD e

organizador do concurso. Como sinal de dedicação no me-

lhoramento da educação adventista, professores das escolas fundamentais e de ensino médio leram e assinaram o compromisso, em nome de milhares de professores dos territórios de idioma espanhol, inglês e francês.

Rachelle Romain é professora em nossa rede de ensino por mais de 35 anos no território das Antilhas Francesas. Ela veio do College Lycee La Perseverance, em Guadeloupe, México, e ficou feliz ao ouvir que os líderes tomaram a decisão de contratar mais professores adventistas. “Nossa missão como professores nunca ficou tão clara”, disse Romain. “Nossa paixão precisa continuar sendo a de tocar a vida dos alunos com o amor de Deus”.

Iraída Lopez, da Escola Andres Bello, em Bolívar, Venezuela, estava eufórica com sua participação no evento em Miami. Ela leciona há 21 anos e está convencida de que o amor de Jesus, representado por ela, faz a diferença na vida dos alunos. Como professora da primeira série, Iraída viu vários de seus alunos se tornarem doutores, viu também os filhos desses alunos em sua sala de aula. “Louvo a Deus pela opor-tunidade de poder moldar nossas crianças para Seu reino eterno”, disse ela.

A cada momento eram apresentados dezenas de relatórios, informando onde o programa estava sendo assistido. Mais de 400 professores se reuniram em vários sites por toda a Guatemala; 420 professores em Chiapas, México; 39 escolas estavam conectadas à programa-ção no litoral mexicano; e centenas na Colômbia, Venezuela, Caribe, Antilhas Francesas e outros.

A Igreja Adventista na América Central administra aproximadamente 1.000 escolas do ensino fundamental ao superior, e surpevisiona cerca de 10 mil professores e 153 mil alunos. ■

VENCEDOR GUATEMALTECO: Rolando Salazar, da Escola Adventista El Progresso, da Cidade da Guatemala, venceu o concurso de matemática. Salazar concorreu com dezenas de alunos das 24 escolas do país.

Conecta Milhares de Professores

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As últimas palavras de Jesus para Seus discípulos foram cheias de significado tanto para eles,

como para nós, hoje: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da Terra” (At 1:8, ARA).

Estamos pregando nos “confins da Terra”. A mensagem do evangelho está indo a todo lugar, mas ainda há milhões que nunca ouviram sobre Cristo, muito menos sobre as Três Mensagens Angélicas. Deus tem uma grande obra para reali-zarmos como Seus discípulos modernos.

O Único Objetivo da Igreja O livro de Atos dos Apóstolos na

Bíblia e o livro escrito por Ellen White com o mesmo nome, descrevem essa magnífica missão confiada aos servos de Deus no início da era cristã. “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evange-lho ao mundo” (Atos dos Apóstolos, p. 9).

A missão continua ainda hoje com o povo remanescente de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Este grupo é composto de pessoas que segundo Apocalipse 12:17 “guardam os manda-mentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; que sabe que Jesus voltará em breve e vive com essa expectativa em

a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At 2:32, 33).

Em completa harmonia com esse fato, Hebreus 8:1 e 2 dizem: “O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como Esse, o qual Se assentou à direita do trono da Majestade nos Céus e serve no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem”.

Cristo, nossa Mensagem e Missão

Quando os apóstolos pregaram o evangelho, não estavam limitados às notícias antigas; incluíam a poderosa verdade presente! O evangelho não é apenas a história do que Jesus fez; é a verdade do que Ele está fazendo agora, no lugar santíssimo e em nosso coração. Atos 24:25 registra Paulo apresentando o evangelho diante de Félix e como “se pôs a discorrer acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro”.

O evangelho é mais profundo que meramente uma história; ele é o próprio Salvador. O evangelho é Jesus Cristo e completamente Seu. É nEle que as Escrituras declaram habitar “corporalmente, toda a plenitude da Divindade” (Cl 2:9). Ele é nossa mensa-gem; Ele é nossa missão.

Esse evangelho completo, a pro-clamação ousada da verdade de Cristo combinada com a humilde demonstra-

seu coração e em seus lábios, enquanto serve a outros em nome de Jesus; povo que compartilha o evangelho em palavras e atos. Sem dúvida, o único objetivo da existência da igreja é levar o evangelho ao mundo.

O que é o Evangelho? Muito se discute sobre o que constitui

o evangelho que devemos pregar. É claro que o evangelho são as “boas-novas” sobre Jesus, mas o que isso realmente significa? A encarnação de Jesus? A verdade sobre Sua vida sem pecado e Seu ministério fiel? O sacrifício altruísta de Cristo na cruz?

Você pode dizer: “eu concordaria que esses são aspectos do evangelho, mas essas verdades isoladas não são toda a mensagem do evangelho que devemos compartilhar com o mundo”. O apóstolo Paulo explica: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé […] e se Cristo não ressusci-tou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Co 15:14, 17). Segundo Paulo, o evangelho sem a ressurreição de Cristo, não é evangelho!

E o evangelho ainda contém mais. Pedro, em seu sermão no Pentecostes, acrescenta a revelação da atual posição de Cristo nas cortes celestes: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai

Criatividade para anunciar o evangelho

Cristo,MensagemNossa

Por Ted N. C. Wilson

P i n t u r A D e e l G r e c o

V I S Ã O M U N D I A L

8 Adventist World | Janeiro 2014

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ção do Seu caráter, é a obra para a qual nós, como adventistas, somos chama-dos. Não permita que nenhum outro “evangelho” entre em seu pensamento, pregação ou vida.

Uma Mensagem, Vários Métodos

Foi essa mensagem, a verdade eterna e atual de Jesus Cristo, que os apóstolos foram incumbidos de apresentar ao mundo. Alguns testemunharam diante grandes concílios, outros a indivíduos. Alguns debateram com filósofos, outros pregaram em sinagogas e mercados. Cada audiência e circunstância exigiu um método de abordagem diferente, mas a mensagem do evangelho perma-neceu a mesma.

Talvez ninguém melhor que o após-tolo Paulo exemplifique esse equilíbrio delicado e crucial entre a adaptação do método e a fidelidade à mensagem. Ellen White descreve a maneira como o des-tacado apóstolo apresentou a verdade de Cristo em Atenas, a metrópole da cultura e dos filósofos: “Sua capacidade intelectual impunha respeito aos letra-dos, ao passo que seu fervoroso e lógico raciocínio e seu poder de oratória captavam a atenção de todo o auditório. Seus ouvintes reconheciam que ele não era nenhum aprendiz, mas era capaz de enfrentar todas as classes com argumentos convincentes em abono

de tal caráter que as não podiam imi-tar” (Atos dos Apóstolos, p. 286).

Deus nos prometeu que, se seguir-mos Seu conselho e Seus caminhos, Sua obra prosperará e Sua igreja será triun-fante. No entanto, o diabo faz tudo que pode para impedir que o povo de Deus siga o conselho bíblico. Ele cria aberra-ções e ideias confusas para tirar o povo de Deus do caminho certo. Precisamos nos concentrar na Palavra de Deus e não permitir que crenças místicas, formas estranhas de oração e práticas espiritualistas entrem na igreja.

Em todos os lugares por onde passa-va, Paulo encontrava novos obstáculos, mentalidades e estilos de vida que requeriam novos métodos de trabalho. Como igreja, devemos nos concentrar na criatividade e apoiar todo esforço para comunicar eficazmente a verdade presente às pessoas com mentalidade pós-moderna. Entretanto, necessitamos ser extremamente cuidadosos para não sermos varridos pelos feitiços da Éfeso moderna.

Mensagem e Experiência O cristianismo é uma mensagem,

não simplesmente uma experiência. O futuro pertence somente a Deus. Ele, em Sua graça, tornou Sua vontade conhecida a nós por meio das páginas das Escrituras. Como adventistas, devemos permanecer firmes e fiéis à

das doutrinas que ensinava” (Atos dos Apóstolos, p. 235).

Em Corinto, cidade de comércio, Paulo testemunhou a Áquila e Priscila, seus colegas na fabricação de tendas. Durante esse tempo, ele resolveu mudar seu método de apresentar o evangelho. Em 1 Coríntios 2:1 e 2, Paulo diz: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemu-nho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.” Fica claro que uma nova circunstância requeria uma nova abordagem. Mas a mensagem permanecia a mesma: Cristo e este crucificado.

Em Éfeso, cidade conhecida por sua superstição e culto idólatra, foi empregado outro método para chamar a atenção do povo. O Espírito Santo concedeu ao apóstolo poderoso contra-argumento à influência satânica tão difundida ali. Atos 19:11 e 12 relata como “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam”. Ellen White comenta: “Estas manifes-tações de poder sobrenatural eram tão mais poderosas que as que já haviam sido antes testemunhadas em Éfeso, e

Deus prometeu nos conceder força para as batalhas espirituais.

Janeiro 2014 | Adventist World 9

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ordem que recebemos – pregar as Três Mensagens Angélicas a toda nação, tribo, língua e povo.

Recebemos a promessa de que “Ao penetrarem em campo após campo, novos métodos e novos planos resul-tarão de novas circunstâncias. Novos pensamentos virão com os novos obreiros que se dedicarem ao trabalho. Ao procurarem o auxílio do Senhor, Ele Se comunicará com eles. Receberão planos elaborados pelo próprio Senhor” (Testemunhos para Igreja, v. 6, p. 476). Como igreja mundial, em nosso zelo de alcançar os perdidos e despertar os fiéis, é preciso lembrar que nossos planos para o trabalho criativo e ideias devem ser estabelecidos sobre princípios bíblicos claros, oração fervorosa e a voz orientadora do Espírito de Profecia.

Ao enviar Seus humildes discípulos a um mundo que os odeia, a oração de Cristo é que estejam enraizados firme-mente na Palavra. Ao enfrentarmos os enganos sofisticados do inimigo, Deus nos prometeu força para a batalha espi-ritual. “Deus proveu meios abundantes para o êxito na luta contra o mal que há no mundo. A Bíblia é a armadura com que podemos nos equipar para a luta” (Atos dos Apóstolos, p. 502). Vamos dedicar mais tempo à Palavra de Deus a qual será a única fonte provedora de discernimento espiritual quando vier o engano final de Satanás.

Deus quer que sejamos testemunhas poderosas para Ele no século 21, cheios do Espírito Santo e buscando refúgio na segurança da Palavra. Jesus logo virá e o movimento cristão que começou no tempo dos apóstolos, culminará com o fim do grande conflito entre Cristo e Satanás. Como será maravi-lhoso esse dia! ■

O Rugido do Yasur

Nas ilhas de Vanuatu (Oceania), a maioria das 31 Igrejas de Um dia foi construída por membros locais. Cada uma é centro de uma comunidade adventista em crescimento. Algumas dessas igrejas foram construídas na Ilha de Tanna, onde o vulcão Yasur lança diariamente rajadas de lava ao ar por centenas de metros.

Não muito longe do vulcão, numa trilha na selva, próxima ao mar, foi construída uma Igreja de Um Dia. Ela é uma testemunha visível de que não foi esquecida pela sede de sua Igreja, nos Estados Unidos.

“Dissemos aos nossos vizinhos que a ‘igreja grande’ (Associação Geral da IASD – AG), um dia, construiria uma igreja aqui”, relatou um membro. “Eles riram de nós e disseram que a ‘igreja grande’ nem sabia que estávamos ali. Até que um dia, um caminhão enorme contornou o vulcão e desceu a trilha em direção ao vilarejo. Estava carregado com aço. ‘Aço de igreja!’”

Se um dia você for a Tanna, caminhe até o alto do vulcão e olhe atentamente dentro do caldeirão de lava ardente. Em seguida, desça pelas encostas e siga a trilha estreita que leva ao mar, na direção de Manuwapen. Se for de manhã, bem cedo, ou ao pôr-do-sol, você ouvirá os filhos de Deus cantando louvores ao Criador.

Siga na direção da música e verá a igreja, cujas paredes e teto amplificam de tal forma o som das vozes, que faz a música parecer mais forte que o rugido do Yasur.

A Maranatha Volunteers International e ASI* colaboram financiando e facilitando projetos de Igrejas e Escolas de Um Dia. Desde que esse projeto foi lançado, em agosto de 2009, já foram construídas mais de 1.600 igrejas em todo o mundo.

*Associação de Empresários Adventistas da América do Norte

Ted N. C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

FÚRIA DA NATUREZA: À direita do vulcão, perto do mar, está uma Igreja de Um Dia como testemunha do poder de Deus.

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V I S Ã O M U N D I A L

Igreja de Um Dia

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Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Allan R. Handysides, médico ginecologista aposentado, é ex-diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Por Peter N. Landless e Allan R. Handysides

Adepressão pós-parto geralmente varia bastante em sua intensidade e de pessoa para pessoa. Algumas

mulheres sofrem uma psicose pós-parto extrema, onde os processos do pensamento podem ficar totalmente desorientados. Perde-se o senso da realidade, e vozes alucinatórias podem provocar paranoia e comportamentos presentes na esquizofrenia. Essa patologia é reconhecida internacionalmente e afeta mulheres em todas as culturas.

A depressão é a característica mais comum e provoca sérias implicações, tanto para a mãe quanto para o filho. Se o quadro não for identificado e tratado, pode provocar graves conse-quências, inclusive a morte. Na maioria das vezes, esses bebês são vítimas de negligência e podem apresentar atraso no desenvolvimento, desnutrição e crescimento mais lento.

O risco é maior quando a depressão pós-parto é subestimada, pois pode provocar grande sofrimento à mãe, até que esta chegue a uma situação limite, resultando em prejuízo para si mesma e para o bebê.

Não é fácil prever quem sofrerá depressão pós-parto. Alguns fatores parecem indicar alguma validade predi-tiva: histórico de depressão – incluindo depressão pós-parto –, falta de apoio social e, muitas vezes, uma situação nova de imigração.

obstetra, bem como um especialista em saúde mental, a respeito do desejo de sua esposa de ter outro filho.

A segunda gravidez, normalmente, é menos problemática do que a primeira, porque muitas das adaptações aconte-cem com mais facilidade. A depressão pós-parto pode ocorrer outra vez, embora não necessariamente.

O conhecimento das possíveis complicações envolvidas pode permitir maior apoio, melhores rotinas, e identificação mais rápida do problema. Entretanto, por outro lado, a mãe agora terá dois filhos para cuidar, uma situação que a poderá sobrecarregar.

A depressão pós-parto, na maioria dos casos, restringe-se a um período de tempo, e após consultar seu médico, você e a esposa poderão tomar uma decisão com maior segurança e planejar a maneira de lidar com os sintomas, caso eles ocorram. ■

1 Canadian Medical Association Journal, 17 de setembro de 2013, 185 (13).

Embora esses fatores possam aumentar o risco, sua ausência não é garantia de um período pós-parto tran-quilo. Admite-se a possibilidade de que as alterações hormonais que ocorrem no período pós-parto seja, provavelmente, o fator desencadeador do problema. A perda da placenta com sua grande con-tribuição hormonal, os níveis da afluên-cia da prolactina e a relativa inatividade ovariana, são fatores que exigem uma adaptação hormonal importante.

Mulheres que passaram por alto nível de estresse em anos que precede-ram o parto, ou sofreram abuso interpessoal ou isolamento social, correm grande risco.

Um estudo recente, publicado no Canadian Medical Association Journal, relatou que, no Canadá, a incidência é menor do que a registrada tradicio-nalmente em países desenvolvidos.1 Pesquisas constataram uma ocorrência de 7,4% contra 13% em outros países.

Curiosamente, esse estudo também sugere que a mulher da zona rural sofre menos depressão do que a mulher urbana.

Esses estudos mostram que o apoio, a conscientização e a intervenção rápida, podem reduzir o risco de tal depressão.

Devido à constatação de tantos fatores isolados em cada situação, nossa sugestão é que vocês consultem seu

Pós-Parto

Minha esposa teve depressão pós-parto após o nascimento do nosso primeiro filho. Ela se recuperou, mas foram três meses terríveis. Agora ela deseja ter outro bebê, porém estou temeroso. O que os senhores recomendam?

Depressão

f o t o : r i c K K i M P e l

S A Ú D E N O M U N D O

Janeiro 2014 | Adventist World 11

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Quando eu estudava no internato me contaram a respeito de um boi que tinha a fama de ser extremamente perigoso. Ele era bem grande,

musculoso e investia contra qualquer coisa que entrasse no que considerava ser “seu território”. Quando tinham que mudar o boi de um lugar para outro, dentro da fazenda, seus proprietários nunca entravam no reboque onde ele estava. Faziam isso pela segurança do transporte.

Imagine o dano que esse animal poderia ter feito se tivesse escapado do reboque e encontrado uma multidão, ou uma estrada movimentada? Felizmente, havia uma razão para ele nunca ter fugido. Em torno do estábulo havia uma cerca elétrica razoavelmente forte! Apesar de o animal desprezar os trabalhadores rurais, o caminhão e tudo o mais, mostrou grande deferência para com a cerca!

Até um animal estúpido reconhece que o mesmo poder que nos dá luz, calor e muitas outras conveniências, é digno de grande respeito. Na verdade, quem conhece um pouco de eletricidade, sabe que ela deve ser apreciada e temida.

Monte Sinai Quando Deus desceu ao Monte Sinai para Se encontrar

com Seu povo, também ordenou que construíssem uma cerca. Ele disse: “Estabeleça limites em torno do monte e diga ao povo: Tenham cuidado de não subir ao monte e de não tocar na sua base. Quem tocar no monte certamente será morto; será apedrejado ou morto a flechadas. Ninguém deverá tocá-lo com a mão. Seja homem, seja animal, não viverá” (Êx 19:12, 13).*

Essa não era uma reunião social comum, era uma audiência divina com o Onipotente Criador, em que o povo deveria ter uma atitude apropriada em uma ocasião tão solene. O povo se preparou para o encontro com Deus, limpando tanto o coração quanto suas vestes (Êx 19:14).

A Bíblia relata que no terceiro dia “houve trovões e raios, uma densa nuvem cobriu o monte e uma trombeta ressoou fortemente. Todos no acampamento tremeram de medo. O monte Sinai estava coberto de fumaça, pois o Senhor tinha descido sobre ele em chamas de fogo. Dele subia fumaça como que de uma fornalha; todo o monte tremia violenta-mente” (Êx 19:16, 18).

Deus estava tentando ensinar aos israelitas que o grande Deus da criação, que os havia protegido, aquecido e guiado por meio da nuvem, dia após dia e da coluna de fogo, noite após noite, também era um Deus que devia ser temido e respeitado. O Deus que os amava a ponto de resgatá-los de seus inimigos e alimentá-los com pão enviado do Céu, tam-bém era o Deus que exigia seu maior respeito e reverência.

Deus sabia que Seu desejo de condescender, habitar e falar com a humanidade caída, podia se tornar uma via de acesso explorada por Satanás para fomentar uma atitude de familia-ridade e desrespeito. No entanto, como a eletricidade, com as bênçãos adicionais da personalidade divina, Deus queria que soubessem que Ele deveria ser amado e temido.

Deus pediu repetidamente a Moisés para alertar o povo a respeito de Sua santidade e transcendência. Infelizmente, pouco tempo depois, o povo se esqueceu dessa importante lição (Êx 32). A solenidade que deveria caracterizar o culto ao Criador foi substituída por folia. Houve música e dança e, em lugar de se vestirem para se encontrarem com Deus, eles se despiram. Sua concepção da santidade divina foi reduzida à estátua de um animal – o bezerro de ouro. Se você for tentado a pensar que essa representação de Deus não era tão má por ser feita de ouro, imagine-se encomendando um retrato seu a um artista, descrever suas características por telefone, e receber em retorno a figura de uma vaca dourada!

Com razão, os levitas se recusaram a participar desse culto

CercaA superioridade e transcendência de Deus

Por Tim Matsis

AD E V O C I O N A L

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degradante. Eles foram honrados por Deus com o sacerdócio, enquanto muitos dos que lideraram e incentivaram esse falso e sedutor reavivamento, pereceram. Preocupo-me com a estreita ligação que há entre a perda de respeito e reverência a Deus e o crescente senso de independência humana, muitas vezes presente em nossa adoração.

Monte HorebeNão apenas o povo deveria ser ensinado a amar e respeitar

a Deus. Moisés, antes de ser chamado para liderar o povo de Deus, teve que se familiarizar com a maravilhosa misericór-dia de Deus e Sua terrível grandeza. No monte Horebe, na entrevista junto à sarça ardente, Deus revelou a Moisés Seu plano para libertar os israelitas. Mas, ao mesmo tempo, Suas promessas de realizar milagres foram precedidas da firme advertência: “Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa. Disse ainda: ‘Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó’. Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus” (Êx 3:5, 6).

Antes de morrer, falando pela última vez para o povo de Israel, Moisés advertiu: “Tenham o cuidado de não esquecer a aliança que o Senhor, o seu Deus, fez com vocês… Pois o Senhor, o seu Deus, é fogo consumidor” (Dt 4:23, 24).

E Hoje? As lições que Deus ensinou a Israel não perderam sua re-

levância. E por que deveriam? Afinal, Deus não muda (Ml 3:6; Hb 13:8). A epístola aos Hebreus, lembrando a solene apari-ção divina no Monte Sinai, adverte: “Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso ‘Deus é fogo consumidor’” (Hb 12:28, 29).

Ellen White escreveu: “Da santidade atribuída ao santuá-rio terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o Senhor deseja encontrar-Se com Seu povo.”1

Em vez de perder a reverência e o respeito na adoração a Deus por não vermos mais os sinais visíveis da Sua presença, precisamos estar cientes de que, onde quer que nos encontremos com Ele, tal lugar deve ser considerado sagrado. Ellen White menciona: “A casa é o santuário da família; e o aposento particular ou o bosque o lugar mais recôndito para culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação.”2

Para nós, adventistas do sétimo dia, a reverência a Deus deve ser vivida em todos os aspectos de nosso culto, seja ele público ou particular. Deus nos chama a fazer mais do que apenas observar normas de reverência descritas aos israelitas no Antigo Testamento. Ele quer escrever Suas leis em nosso coração e mente. Só então nosso testemunho para o mundo realmente será “Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a Terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7).

Meu anseio é adorar meu Salvador e Criador com tudo o que sou. ■

1 Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 491.2 Ibid.* Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

Cerca

Tim Matsis é professor de Direito, Liderança e Ética no Instituto de Tecnologia do Sul e membro da Igreja de Invergargill, Nova Zelândia.

A superioridade e transcendência de Deus

Janeiro 2014 | Adventist World 13

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Triúno era tão importante, especialmente para ele! Francamente, eu nunca havia pensado muito porque isso era tão importante para mim! Eu mal sabia que estava descobrindo uma perspectiva totalmente nova e incompreensível da Trindade.

Por que é Tão Importante A Trindade não é um conceito filosófico isolado e incon-

sequente. O que cremos sobre a personalidade e a natureza do Pai, Filho e Espírito Santo exerce grande impacto sobre muitas outras doutrinas e crenças. Essa crença não é algo que podemos deixar de lado sem que afete vários outros aspectos cruciais da vida cristã, tais como:

Salvação: Se na cruz a graça e a verdade necessitavam se encontrar e a justiça e a paz se beijar (Sl 85:10, ARA), então Cristo teria que ser completamente divino e parte do Deus Triúno. Caso contrário, Deus teria que depender de um ser inferior, criado para demonstrar Seu amor e satisfazer Sua justiça. Deus estaria colocando Sua ira sobre uma terceira parte inocente, e com tal ato, colocando em questionamento toda Sua justiça. Felizmente Deus cumpriu os requisitos da justiça por meio da Sua própria decisão de oferecer-Se como sacrifício divino, pois “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19)! E, é certo que, só um ser que naturalmente possui imortalidade pode oferecer vida eterna àqueles que se apossam do poder salvífico por intermédio de Sua morte expiatória (Jo 11:25). Graças a Deus nossa salvação

Por Walter Steger

Ela é tão importante assim?

A

Que diferença faz?” Pensei comigo mesmo. “Por que o conceito bíblico da Trindade é tão importante?”

Eu estava estudando a Bíblia com Miguel, um senhor bem-intencionado e simpatizante das testemunhas de Jeová. Sua esposa era membro fiel dessa denominação e havia falecido recentemente. Ela disse a ele que Cristo e o Espírito Santo não eram Deus; que a “Trindade” não existia. Ele acre-ditou no que a esposa havia ensinado. Eu já havia tentado, de todas as maneiras, convencê-lo do contrário, mostrando com segurança cada detalhe da linguística, semântica e evidência gramatical que pude encontrar na Bíblia a favor da Trindade, mas sem resultado. Miguel simplesmente não estava interes-sado na minuciosa exegese das evidências bíblicas a favor da personalidade e divindade do Filho e do Espírito Santo. Isso era muito abstrato e impessoal para ele.

Afinal, que diferença faz? Pensei. Quando, de repente, percebi: Eu estava me desviando totalmente do ponto. O que eu tinha de fazer era mostrar a Miguel por que o conceito de um Deus

Trindade

C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

N Ú M E R O 2

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não depende de nenhum ser criado e inferior, mas do próprio Deus Triúno e eterno!

O Conhecimento de Deus: Muito do que sabemos sobre Deus vem daquilo que Cristo revelou por meio de Seus ensi-nos e exemplo (Jo 1:18; 14:9). No entanto, somente Ele, que é Deus no sentido mais amplo da palavra pode nos mostrar de forma eficaz, quem é Deus. Caso contrário, a revelação do Pai em Cristo teria sido falha e incompleta. Apenas um Ser divino poderia realmente mostrar à humanidade a verdade sobre Deus. E só o divino Espírito Santo, que está eternamente ligado ao coração de amor abnegado do Pai e do Filho, pode comunicar plenamente tal amor aos seres humanos perdidos. Além disso, o fato de que o Espírito Santo é uma pessoa totalmente divina, e não meramente uma “força” ou “poder”, é muito importante. Não podemos nos relacionar com uma força, como nos relacionamos com uma pessoa. Um “poder” impessoal pode ser facilmente manipulado, mas não uma pessoa. Só uma pessoa divina e real pode nos consolar, ensinar e guiar ( Jo 14:16 , 16:13) .

Reconciliação: A reconciliação da humanidade com Deus só poderia ser realizada por alguém que fosse igual a Deus, possuidor dos atributos divinos que permitissem a Ele inter-ceder a favor do homem perante o Deus Infinito, e também representar a Deus diante de um mundo caído. Devia, ainda, possuir nossa natureza humana – uma conexão com a família humana a quem devia representar – para ser o mediador entre Deus e a humanidade (Hb. 4:14–16). Além disso, somente um Espírito onipresente, que conhece plenamente o coração de nosso grande Sumo Sacerdote e Intercessor, pode nos consolar de forma adequada e transmitir as bênçãos da constante intercessão de Cristo em nosso favor.

Santificação: O pecado distorceu a criação de Deus de tal maneira que o único que pode consertá-la é o Criador divino e nenhum outro. Jesus, o Criador, torna-Se o grande Médico da alma humana. Só Ele tem o poder de recriar a imagem de Deus em qualquer pecador que, de bom grado e humilde-mente, vem a Ele em busca de restauração.

No entanto, Cristo não está mais presente fisicamente para realizar essa tarefa. O único ser capaz de trabalhar em conjunto com Ele para operar essa transformação é o Espírito Santo, o qual também trabalhou com o Filho na criação.

Unidade: Jesus orou por Seus discípulos (filhos) de todos os tempos, pedindo “para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em Mim e eu em Ti” (Jo 17:21). Se o Filho e o Pai não fossem completamente iguais em poder, natureza e atributos, que tipo de unidade poderia Cristo estar pedindo? Seria uma “unidade” desigual e subordinada. Mas como Ele e o Pai (e o Espírito Santo) são mutuamente interdependentes em

Seu amor, existência e trabalho, Cristo pediu essa mesma unidade para os discípulos: para que também fossem um em interdependência e serviço amoroso.

Casamento e Igualdade: No princípio, Deus criou o homem “à Sua imagem”, homem e mulher Ele criou (Gn 1:27). O ideal expresso na Criação era de que o homem e a mulher formassem um núcleo no qual deveriam se complementar e interdepender mutuamente, seguindo o padrão de relaciona-mento da Trindade (Jo 17:24).

Se houvesse diferenças hierárquicas na natureza e nos atributos do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não faria sentido algum ser criado “à Sua imagem” quando aplicado à igualdade entre homens e mulheres (Gl 3:28).

InevitáveisPara alguns, a Trindade é um paradoxo supremo. De algum

modo, Eles são separados, mas inseparáveis, são três, e ao mesmo tempo, um só. Mas, se você olhar para as alternativas, a doutrina da Trindade é inevitável.

Podemos não ser capazes de resolver completamente o mistério da Santíssima Trindade nesta vida, e talvez nem mesmo na próxima. Mas uma coisa é certa: Não há outro Deus além dEle. Ele vem a nós em Sua Trindade, e este Deus, Três em Um, é tudo o que precisamos. ■

Walter Steger é editor da Casa Editora Sudamericana, em Buenos Aires, Argentina.

TrindadeHá um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma

unidade de três Pessoas coeternas. Deus é imortal,

onipotente, onisciente, acima de tudo e sempre presente.

Ele é infinito e está além da compreensão humana,

mas é conhecido por meio de Sua autorrevelação.

Para sempre é digno de culto, adoração e serviço por

parte de toda a criação. (Dt 6:4; Mt 28:19; 2Co 13:14;

Ef 4:4-6; 1Pe 1:2; 1Tm 1:17; Rv 14:7.) – Crenças

Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 2

A

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Como lidar com as novas realidades?

Por G. T. Ng

dois ter osMais de

dos cristãos vivem na África, américa Latina e Ásia.

Vivemos numa época de mudanças. O adágio de Heráclito, filósofo grego, de que

“a mudança é a única constante” é mais verdadeiro hoje do que nunca. Poucas pessoas percebem que, ao longo da última década, seis das dez economias que mais cresceram no mundo são africanas e nos últimos oito anos a África tem crescido mais rapidamente do que o leste da Ásia, incluindo o Japão.1

O mundo em desenvolvimento não vem se destacando apenas na área econômica; o crescimento da igreja também avança em ritmo acelerado e o

costumavam ser os continentes industrializados e que enviavam missionários, enquanto o “Sul Global” indicando a Ásia, África e América Latina, eram considerados campos missionários.4 Esta redistribuição da participação cristã se deve, em parte, ao sucesso da evangelização na África, Ásia e América Latina e, também, ao declínio sem precedentes da adesão cristã na Europa.

Neste artigo, considerarei as principais mudanças em quatro áreas importantes. São elas: número de membros, missão, teologia e recursos financeiros. Correndo o risco de simpli-ficação excessiva em um mundo diverso e complexo, devemos concluir que existem exceções para cada tendência. O cristianismo é um corpo coletivo de cristãos em todo o mundo. Cada ramo da comunidade cristã adere a diversas tradições, que diferem inclusive de suas respectivas crenças. Apesar da comple-xidade, existem tendências perceptíveis e mensuráveis. Nem todas as tendências serão absorvidas pela igreja, no entanto, sua existência deve nos desafiar a pensar para além do nível local e olhar para o panorama global.

Número de MembrosEm termos gerais, o número de

cristãos no Norte Global diminuiu visi-velmente, enquanto que no Sul Global o crescimento tem sido consistente ao longo das últimas décadas. O pesqui-sador cristão, Christian David Barrett, estimou que, em 2000, havia 1,9 bilhão de cristãos no mundo, sendo que 59% desses viviam na África, Ásia ou Améri-ca Latina, 28% na Europa e apenas 11% na América do Norte. Barret calculou que até 2005 os cristãos na África, Ásia e América Latina representariam 68% do total mundial e na Europa e América do Norte, apenas 30%.5 Dana Robert resumiu essa estimativa de mudança de-mográfica da seguinte forma: “O típico cristão do fim do século 20 não é mais um homem europeu, mas uma mulher latino-americana ou africana”.6

A notável mudança e alteração demográfica de dois terços do cristia-nismo no mundo também é visível na Igreja Adventista. Em 1962, a Igreja no Sul Global era composta por 818.716 membros (60% do número de mem-bros mundial, 1.362.775). Em 2012, o número de membros do Sul Global saltou para 16.380.066,7 representando

cenário religioso está sendo redesenha-do. Philip Jenkins, historiador cristão, chama essa mudança de “um dos momentos transformadores na história da religião global”.2

Nos últimos anos, o centro do cristianismo se transferiu dos Estados Unidos e da Europa para a África, Ásia e América Latina. A incrível redistribuição dos cristãos redefiniu os contornos da missão mundial. O cora-ção cristão da Europa está encolhendo perceptivelmente e se expandindo rapidamente na África, Ásia e América Latina, fazendo com que o centro do cristianismo mude do chamado Norte Global para o Sul Global.3 O termo “Norte Global” é usado aqui referindo-se à Europa e à América do Norte, que

no panoraMa daMudancas

16 Adventist World | Janeiro 2014

A R T I G O D E C A PA

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Como lidar com as novas realidades?

60%1962

2012 chegou a92%

dos adventistas viviam no sul Global em

92% do total de membros no mundo. O Norte Global tinha 544.059 membros em 1962 e chegou a 1.502.425 ou ape-nas 8% do total de membros, em 2012.

O número de membros aumentou proporcionalmente aos batismos. Em 1962, os batismos no Norte Global representavam 24% e no Sul Global, 76% dos batismos no mundo, respectivamen-te. Em 2012, os batismos do Sul Global triplicaram para um extraordinário 96% de todos os batismos daquele ano.

Nos últimos 50 anos, em todo o mundo, a taxa de crescimento da Igreja ultrapassou a da população. Tanto o Norte como o Sul têm realizado um bom trabalho, considerando o enorme crescimento da população no mundo em desenvolvimento. No Norte, há cinquenta anos, havia um adventista para cada 1.380 não adventistas, enquanto que em 2012 o número baixou para 1 em cada 692. O rápido crescimento do número de membros do Sul Global reduziu a média de membros em relação aos não membros, de 1 adventista para cada 2.918 não adventistas em 1962, para 1 em cada 368 no ano de 2012.

Em 1962, o Norte Global tinha 47%

do total de membros da Igreja. Meio século mais tarde, a proporção foi reduzida a 13%. Em contraste, no Sul Global esse número aumentou de 53% para 87% durante o mesmo período. A mesma tendência também é refletida em relação a pastores. A porcentagem do número de pastores no Norte Global foi reduzida de 64% (5.334) em 1962 para 25% (6.708) em 2012, enquanto que no Sul Global houve um aumento de pastores de 36% (3.017) em 1962 para 75% (20.115) nesses últimos 50 anos.

Missão O Sul Global tem se desta-

cado por seu fervor missio-nário. É comum encontrar missionários sul-coreanos na Europa, missionários brasileiros no Oriente Médio, ou missio-nários filipinos na África. Atualmente, são as igrejas do Sul Global que enviam missionários para o Norte Global. Hoje, mais de 10 mil

obreiros estrangeiros estão trabalhando na Inglaterra, França, Alemanha e Itália – mais de 35 mil nos Estados Unidos.8 A Coreia do Sul tem cerca de 22 mil mis-sionários servindo no exterior, muitos dos quais são fabricantes de tendas. A Nigéria já enviou 5.200 missionários para todo o mundo. Eles esperam reu-nir 50 mil missionários para trabalhar no norte da África.9

Nessa inversão do movimento mis-sionário do hemisfério sul para o norte, os antigos conceitos de “país de origem” e “país beneficiário” foram deixados de lado. Em 1962, a Igreja enviou 490 missionários de longo prazo, sendo a esmagadora maioria deles (443, ou 90%)10 originados de países do Norte Global. Em 2012, a tendência foi rever-tida. A proporção de missionários do Norte Global para o mundo caiu para 53%,11 enquanto que a participação do Sul Global no envio de missionários transculturais (representados pelas Divisões que mais enviam missionários: Divisão Pacífico Sul-Asiático, Divisão Sul-Americana e Divisão Interameri-cana) aumentou para 47%. O cenário missionário adventista está muito diferente do que era 50 anos atrás, refle-tindo mudanças similares de gravidade do Norte para o Sul.

adventistaMissãono panoraMa da

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A R T I G O D E C A PA

Além do movimento missionário inverso, o Sul Global é conhecido pelo movimento intramissionário. Um caso que se destaca é a Igreja na China. O avanço exponencial do evangelho nas últimas décadas é atribuído à criativida-de e empenho de missionários nativos e

baseadas no Iluminismo, tendem a fazer perguntas filosóficas relativas a temas sobre a natureza de Cristo e o Calvinis-mo versus Arminianismo. Alguns grupos rejeitam os relatos bíblicos de milagres ou fazem deles alegorias. Consideram os milagres nos Evangelhos como lendas e não plausíveis historica-mente. Felizmente, na Igreja Adventista, tal desrespeito ao sobrenatural das Escrituras é raro, se não inexistente.

Para os cristãos do sul, debates teológicos são estranhos e irrelevantes na realidade do seu cotidiano. São conscientes de que vivem em um mundo sobrenatural e se preocupam com batalhas entre anjos e demônios. Para eles, os eventos sobrenaturais são normativos. Sonhos e visões fazem parte de sua realidade atual. Os cristãos no Sul Global valorizam os encontros com anjos e também reconhecem o vasto poder da feitiçaria e o confrontam, queimando fetiches.

Em grande parte do mundo, os cristãos estão mais ligados à Bíblia, lendo-a em seu contexto existencial. Quando leem narrativas de cura, veem um Deus que Se importa com o sofrimento. Quando leem relatos sobre milagres, agradecem a Deus pela intervenção divina. A Bíblia é, ao mesmo tempo, plena e relevante. Na África, “você não tem que interpretar o cristianismo do Antigo Testamento para os africanos; eles vivem no mundo do Antigo Testamento”.12

Recursos FinanceirosA mudança na população traz con-

sigo uma mudança na distribuição do poder aquisitivo. A Escola de Economia de Londres estima que, em 1980, o centro da economia mundial estava localizado no meio do Atlântico. Em 2050, “o centro de gravidade econômico do mundo estará em algum lugar entre a Índia e a China”.13 A despeito do desenvolvimento econômico e acúmulo de riqueza em dois terços do mundo, os países ocidentais permanecem opu-lentos em contraste com os outros. O Sul Global tem maior número de

membros, mas enfrenta maiores desafios econômicos. Com o declínio do número de membros no Norte Global e o crescimento exponencial no mundo em desenvolvimento, a distribuição dos recursos continua distorcida.

Hoje, a minoria cristã do Norte continua doando recursos significativos para o Sul Global, mais deficitário, porque “a preponderância dos recursos para as missões ainda vem do Ociden-te.14 Na Igreja Adventista, a Divisão Norte-Americana, maior componente do Norte Global, permanece sendo a coluna dorsal para o orçamento mundial da Igreja. Através de dados mais recentes, notamos que o dízimo do Norte Global aumentou de 57,6 milhões dólares em 1962 para 1,22 bilhão de dólares em 2011, os quais re-presentaram 53,8% do total de dízimos da Igreja. Em outras palavras, 8,5% dos membros do norte contribuíram com 53,8% dos dízimos mundiais.

Por outro lado, o Sul Global tem contribuído com quantidades cada vez maiores, ao longo dos anos. Em meio século, seu dízimo aumentou muito mais rápido do que no Norte Global, embora o norte ainda contribua mais em quantidade de dólares. O sul devol-via apenas cerca de 7,4 milhões dólares (11% dos dízimos mundiais) em 1962, mas em 2011, contribuiu com mais de um bilhão de dólares, ou aproximada-mente 46,2% dos dízimos da Igreja.

Implicações Importantes O que significa para a Igreja

Adventista a notável mudança de epicentro do cristianismo da Europa

1962 a proporção de adventistas para não adventistas era

20121 2.918eM

1 368eM

75%em

de todos os pastores serviam no sul Global

2012

líderes. Quando todos os missionários estrangeiros deixaram a China entre 1949 e 1952, todas as nossas escolas, hospitais, o seminário e a editora se tor-naram inoperáveis. Então, os membros assumiram as responsabilidades e as propriedades da Igreja. Eles começaram do chão, propagando-se da base, para se tornarem um movimento exemplar em crescimento. Com força de vontade, sem ajuda financeira ou pessoal de países estrangeiros, com a missão no coração, passaram a organizar e treinar líderes em um ritmo considerado im-pensável no mundo exterior.

TeologiaO cenário teológico entre o Norte

e o Sul está em forte contraste, tanto nas denominações cristãs tradicionais quanto, até mesmo, no mundo evan-gélico. Estudiosos do Norte Global, influenciados pela educação e cultura

18 Adventist World | Janeiro 2014

Page 19: Aw january 2014 portuguese

e Estados Unidos para a África, Ásia e América Latina?

Uma das implicações da mudança de paradigma é que o Sul Global tem sido razoavelmente bem-sucedido no evangelismo, e muito desse sucesso é atribuído aos leigos treinados e ativos.

A missão é parte importante do DNA do Sul, e a receptividade da população do mundo em desenvolvimento é uma vantagem. Em termos de desafios, no geral, o sul é mais pobre do que o norte, e a autossuficiência financeira é um sonho distante para muitos. Entretanto, cada vez mais, o Sul Global tem levado a sério a mordomia e, nos últimos anos, vem se aproximando rapidamente dos índices de doações do Norte.

Outro desafio para o Sul Global é o ministério urbano. O evangelismo rural, há muito, tem sido a maneira padrão de evangelizar. Temos conversos aos milhões, vindos das montanhas e cidades do interior, mas temos visto poucos conversos nas cidades. A rápida urbanização é uma tendência global nos países em desenvolvimento. Mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas. Cada vez mais o Sul Glo-bal deve priorizar a missão urbana em cidades que “têm sido negligenciadas há tanto tempo”.15

Ao compartilhar a necessidade de

um ministério urbano, o Norte Global também enfrenta diferentes desafios. Diante do avanço do secularismo, a fé cristã e sua prática estão em declínio no antigo coração do cristianismo. Sua preciosa herança cristã corre o risco de se perder. A igreja é grandemente afetada pelo crescimento lento, quase estagnado. É interessante notar que todas as Uniões, cujo número de membros diminuiu entre 2008 e 2012, encontram-se nas três Divisões euro-peias. Os membros do Norte Global estão envelhecendo rapidamente e a necessidade de infundir sangue novo se tornou mais urgente.

Considerando o fato de que o Sul Global tem os membros e o Norte Global tem o dinheiro, quais são as implicações? A grande disjunção entre os dois é óbvia, mas muitas vezes não se fala a respeito, pelo menos não em público. Onde está a igreja? Alguém poderia argumentar: “A Igreja é o lugar onde estão os membros”, ou “a Igreja é o lugar onde está o dinheiro”. Como, então, devemos votar? Nós votamos com carteiras ou com números? Fazer esta pergunta é fazer a pergunta errada, porque os números e as carteiras não são mutuamente exclusivos. Se temos carteiras sem números erramos o alvo, e se temos os números sem carteiras podemos sufocar o crescimento.

Talvez a pergunta mais apropriada seja: “Como carteiras e números podem

se complementarem um ao outro de maneira colaborativa e equilibrada

para cumprir a missão?” Com o dinamismo e a riqueza

crescente do Sul associados à riqueza do Norte, a

Igreja poderia realizar muito mais em uma escala nunca antes imaginada. Tanto o Norte quanto o Sul têm muito para colaborar. Oportunida-des não faltam. A tarefa missiológica nunca foi

mais premente, ou mais

urgente, e necessita de uma parceria efetiva entre o Norte e o Sul.

Ao iniciarmos 2014, estamos cons-cientes de que bilhões ainda precisam ouvir as Três Mensagens Angélicas. Grandes porções da Janela 10/40 con-tinuam estéreis. Centenas de cidades populosas continuam a nos desafiar. No entanto, devemos nos lembrar de que não estamos sozinhos nessa empreitada. O Espírito Santo está pronto para capa-citar a Igreja. Reavivamento e reforma precederão a chuva serôdia. Na verdade, a chuva serôdia será derramada na medida certa, e Deus “cumprirá a Sua palavra sobre a Terra, cabalmente e em breve” (Rm 9:28).

Espero ansiosamente por esse momento! ■

1 “Africa Rising”, The Economist, 3 de dezembro de 2011, p. 15.2 Philip Jenkins, Next Christendom: The Coming of Global Christianity, edição revista (Oxford: Oxford University Press 2011), p. 1.3 Ibid., p. 2.4 Nesse artigo, o Norte Global é definido como Europa, América do Norte, Japão, Austrália e Nova Zelândia.5 David Barrett, George Kurian e Todd Johnson, World Christian Encyclopedia: A Comprehensive Survey of Churches and Religions in the Modern World, 2ª edição (Oxford: Oxford University Press, 2001).6 Dana Robert, “Shifting Southward: Global Christianity Since 1945”, International Bulletin of Missionary Research 24 (Abril de 2000), p. 50.7 Relatório Estatístico Anual (Silver Spring: Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Dept. de Arquivos, Estatísticas e Pesquisa, 2013), p. 5.8 David Barrett, Todd Johnson e Peter Crossing, “Missionmetrics 2007”, International Bulletin of Missionary Research 31 (Janeiro 2007), p. 31. Veja também Michael Jaffarian, “The Statistical State of the Missionary Enterprise”, Missiology 30 (Janeiro 2002), p. 15-32. 9 Howard Brant, “Seven Epicenters of Emerging Mission Move-ments”, SIMS, 30 de outubro de 2008, on-line na página http://www.sim.org/index.php/content/seven-epicenters-of-emerging- mission-movements.10 303 da Divisão Norte Americana, 53 da Divisão Norte Euro-peia, 50 da Divisão Australiana, e 37 da Divisão Europeia do Sul. 11 33% Divisão Norte-Americana, 7% Divisão Transeuropeia, 8% Divisão Euro-Africana e 5% Divisão do Pacífico Sul-Asiático. 12 Philip Jenkins, The New Faces of Christianity: Believing the Bible in the Global South (Oxford: Oxford University Press, 2006), p. 46.13 Ibid.14 “Faith and Conflict: The Global Rise of Christianity”, Pew Forum on Religion & Public Life, 2 de março de 2005. On-line em http://www.pewforum.org/Christian/Faith-and-Conflict- The-Global-Rise-of-Christianity.aspx.15 Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 3, Nº 180, p. 220.

Dr. G. T. Ng é secretário da Associação Geral da IASD e reside em Laurel, Maryland, EUA.

90%

53%1962

dos missionários pertenciam ao norte Global

2012 reduziu

para

Janeiro 2014 | Adventist World 19

Page 20: Aw january 2014 portuguese

História AdventistaD i v i s ã o s u l - A s i á t i c A

Jeyaselvi mora sozinha, em uma casa modesta e recém-construída em Kannakuruchi, pequena cidade

no sul da Índia. Ela é uma empresária bem-sucedida no ramo atacadista de amendoim, principal produto da região. Todos os sábados ela dirige uma “igreja no lar”, com cerca de 30 adultos – uma igreja nascida de suas lutas pessoais e da maravilhosa direção de Deus.

Como Tudo Começou A história começa nove anos atrás. Desesperada, sem teto e com fome,

Jeyaselvi pensou que havia chegado ao fundo do poço. A vida para essa mãe solteira não era justa, e seu filhinho mal conseguia compreender a diferença

com os do filho ao seu lado. Muitas expressões de pena, algumas de tristeza, vários conselhos de como não ser mordida por um cão, vieram dos que pas-savam por ela, mas nenhum pedaço de pão, ou sequer um voluntário para lim-par a ferida e estancar o sangramento.

Quando cessaram todos os sons de piedade, a mulher ferida foi deixada sozinha na calçada. Ela se arrastou para baixo de um viaduto, procurou um lugar para se deitar e esperou para ver o que o “destino” traria.

Seu choro chamou a atenção de dois homens que passavam. Não precisou nenhuma investigação científica para

levada a pensar, mais uma vez, que a “sorte” nunca esteve mesmo ao seu lado. A comida havia acabado e, de novo, sua decepção se transformou em lágrimas. Um voluntário do Hope Channel não suportou tanta tristeza e colocou uma nota de 20 rúpias em sua mão, sugerindo que ela comprasse alguma coisa para comer no caminho para casa. A mulher desesperada percebeu que a esperança tem uma maneira própria de deixar sua marca. Pegou o filho e rapidamente foi comprar comida. No caminho, ela teve que passar por várias casas e nas escadas de uma delas, estava uma mulher de meia-idade, com um pacote embrulhado em folhas de banana. Ela estava espe-rando para cumprir um voto que fizera de que todos os sábados daria uma refeição a algum necessitado, era sua maneira de amenizar a fome no mundo. Foi a primeira refeição decente que Jeya e o filho tiveram em vários dias.

A Vida Após o Incidente A fome foi saciada, porém Jeya

ainda tinha um problema: o que faria com a nota de 20 rúpias? Até o mais pobre dos pobres tem consciência e, às vezes, lida com algumas questões difíceis.

Jeyaselvi não tinha uma visão teológica, mas era uma pessoa com ética própria. Naquele momento, sua fome

ver qual era a necessidade daquela mulher sofredora – curativo para suas feridas e algo para comer. Eles a ajuda-ram com a primeira necessidade, e a convidaram para ir a um pequeno local de reunião, próximo dali, onde recebe-ria alimento naquela tarde de sábado. Era esse o “evangelho” que Jeya estava esperando ouvir. Ela pegou o filho e foi imediatamente para o Centro de Estu-dos do Hope Channel (TV Adventista Mundial), onde voluntários estavam distribuindo alimento para os pobres após o culto de sábado.

Assim que chegou ao local, ela foi

entre justiça e injustiça; tudo que ele queria naquele momento era um pedaço de pão. E foi por esse motivo que Jeya saiu naquele dia pelas ruas estreitas de Kannakuruchi. Enquanto procurava por alguma pessoa bondosa que pudesse doar uma ou duas rúpias para o seu pro-jeto do dia – comprar um pão – ela não esperava encontrar o visitante inespera-do, que a atacou e enterrou seus dentes afiados no músculo de sua panturrilha.

Jeya cambaleou e caiu de bruços na calçada de cimento. Os gritos daquela mulher desesperada, desabrigada, faminta e agora sangrando, misturavam-se

Adventistas do Sul da Ásia

Por John M. Fowler

Impressionante UmaTarefa

A

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Page 21: Aw january 2014 portuguese

havia passado e o dinheiro poderia ser usado por outra pessoa. Ela voltou ao Centro de Estudos do Hope Channel e devolveu o dinheiro ao voluntário que teve compaixão dela. “Deus supriu mi-nha necessidade hoje”, ela disse; “talvez o dinheiro possa ajudar outra pessoa”.

O obreiro bíblico, John Prakasam, ficou impressionado com a atitude dessa mulher sem-teto, desesperada e miserável. Ela podia ser tudo isso, mas John viu nela alguém à procura de algo mais que alimento. Começaram a estudar a Bíblia, e ela mergulhou fundo na Palavra de Deus. Em poucas semanas, quando a equipe do Hope Channel anunciou que haveria um batismo, ela decidiu ser batizada. “Seu amor pela verdade era tão grande”, disse o pastor S. Johnson, coordenador do Hope Channel, evangelista da União e pioneiro da TV Adventista no Sul da Ásia, “que não hesitamos e não tivemos qualquer dúvida em batizá-la”.

Após a cerimônia, Johnson e os colegas orientaram Jeyaselvi num plano de autossuficiência econômica. É verdade que “nem só de pão viverá o homem”, mas todos precisam de pão para viver. Com amor cristão e direcionamento prático, a equipe de Johnson fez uma pesquisa de mercado e incentivou Jeya a se tornar vendedora de amendoim. Toda a área era famosa por suas plantações de amendoim. Com bastante trabalho, planejamento e fé nas promessas divinas, a vendedora principiante daquele tempo, tornou-se a principal comerciante atacadista de amendoim da região. Hoje, ela não está mais desesperada, sem-teto e faminta. Com as bênçãos de Deus cons-truiu sua casa e nela mantém uma sala de reuniões para o grupo de membros daquela cidade.

Nasceu uma igreja! Um pouco de compaixão, persistência na divulgação das boas-novas e disposição para pla-nejar um meio de vida; tudo dirigido a uma mulher em extrema necessidade. O pó da terra pode se transformar em instrumento para construir um templo para o Criador e Redentor do mundo. Em pouco tempo Jeyaselvi já havia levado 30 pessoas a Cristo, aumentando assim o número de adoradores em sua casa. A pessoa que um dia não teve casa, ofereceu uma casa para Deus!

Uma Sequência de Milagres Tais milagres, antigos e novos, mar-

cam a história e missão da igreja no Sul da Ásia. A primeira pessoa missionária adventista na Índia foi uma mulher, Georgia Burrus, em 1896; e a primeira pessoa a se converter por intermédio do seu ministério foi também uma mulher. De Georgia a Jeyaselvi, a igreja tem visto milhares de homens e mulheres, obreiros pagos e membros leigos, jovens e idosos, que vivem com esperança, semeando em lágrimas e colhendo com alegria. No sul da Ásia, a Igreja que começou com apenas 23 membros em 1899, atualmente se prepara para ultrapassar a marca dos 2 milhões até a próxima assembleia da Associação

Geral. Tanto em áreas urbanas como nas rurais, a região está explodindo com a mensagem adventista. O crescimento não é somente no número de membros. As ondas de rádio, antes indisponíveis para a proclamação do evangelho, estão agora ao nosso alcance. O Hope Channel transmite sua programação em 6 idio-mas, alcançando uma grande massa de pessoas.

O evangelismo não é mais monopó-lio masculino. As mulheres estão cada vez mais envolvidas no desenvolvimento e crescimento da igreja. A educação adventista é oferecida por meio de 7 colégios em nível superior e 356 escolas de ensino fundamental, totalizando 175 mil alunos.

O Nepal e Butão, pela primeira vez, estão experimentando a alegria do evangelho sem restrições. Nunca antes na história do Sul da Ásia tem sido realizado tanto, por tão poucos, para a salvação de muitos.

No entanto, o que ainda há para ser feito é tão imenso quanto o Monte Everest, se comparado às planícies do que foi realizado até agora. De pé, na planície da realização, os líderes e membros do sul da Ásia confrontam os milhares de picos a ser escalados: As auditorias do número de membros revelaram a fidelidade do povo que tem o dízimo per capta mais baixo do mundo (US$3.23 em 2011), oferecendo salários dignos para nossos pastores e professores, avançando na proclamação do evangelho e atingindo milhares de cidades e povoados ainda não alcançados pelas Três Mensagens Angélicas.

O desafio é impressionante. Mas, há poder. O Espírito deseja usar aqueles que, semelhantes a Jeyaselvi, se rendem a Ele para realizar a tarefa. ■

Esquerda (acima): PLANTANDO A SEMENTE: O Hope Channel é mais que a proclamação do evangelho pela televisão, é um dos melhores meios para se plantar a semente nos pequenos grupos e produzir frutos.Esquerda (abaixo): CÉLULAS: Discipulado e pequenos grupos oferecem oportunidades que de outra forma não estariam disponíveis.Acima: HEROÍNAS ANÔNIMAS: As mulheres emergiram como uma força poderosa no testemunho e na vida de oração no Sul da Ásia, dando novo significado ao evangelismo e à conversão das pessoas.

John M. Fowler, pastor jubilado, serviu à Igreja por mais de 50 anos, dos quais 21 foram na

Associação Geral.

Janeiro 2014 | Adventist World 21

Page 22: Aw january 2014 portuguese

Os escritos de Ellen White alertam para a grande urgência e apelam para o zelo missionário quanto ao evangelismo urbano. Após passar um período

extenso de tempo nas grandes cidades da América do Norte e Europa (de 1874 a 1901), ela se tornou mais preocupada com as necessidades de Nova York do que de outras cidades.1 De fato, ela “sentia que a Igreja havia negligenciado a obra do evangelho nas cidades. Corrigindo tal situação, a Sra. White daria ênfase a essa questão entre 1901 e 1910”.2 Sua convicção sobre o assunto era tão forte que ela se recusou a se encontrar com A. G. Daniels, na época, presidente da Associação Geral, até que ele delineasse uma estratégia urbana agressiva.3 Ellen White escreveu em 1908: “Existem meios, agora presos, que deviam ser empregados em benefício das cidades não trabalhadas na Europa, na Austrália e na América do Norte, e nas regiões afastadas.”4

Não Apenas Uma Abordagem O modelo evangelístico da vida rural e dos “centros

avançados”5 é uma orientação fortemente destacada em seus escritos. Nesse modelo, os missionários moram no interior e vão à cidade para testemunhar.

Mas, George Knight lembra que outras declarações, “mesmo sendo igualmente válidas e importantes, têm sido negligenciadas. Assim, os adventistas geralmente têm destaca-do parcialmente a perspectiva de Ellen White”.6

Ela também registrou apoio ao modelo dos centros avan-çados: “Há ao nosso redor cidades e vilas em que não se está fazendo esforço algum para salvar almas. […] Por que não haveriam de se estabelecer nesses lugares famílias conhecedoras da verdade presente, para aí hastear a bandeira de Cristo.”7

Esses dois conselhos não se contradizem, eles apenas fornecem maiores detalhes sobre onde fixar instituições e residências. Ellen White tentou evitar que um grande número de famílias se mudasse desnecessariamente para as cidades, devido ao estabelecimento das instituições. Ela não enfatizou a abordagem dos centros avançados em relação às igrejas locais,8 e mais, seu conselho sobre migração rural é expresso sob a assinatura da direção pessoal e providencial de Deus.

Declarações Equilibradas Uma de suas primeiras declarações sobre mudança da

região urbana para a rural, escrita em 1885, ilustra bem o assunto: “Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder para decretar obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório para sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas.”9 Por Ivan Leigh Warden e J. L. Thompson

Ellen

EvangelismoWhite e o

Urbano

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

22 Adventist World | Janeiro 2014

Page 23: Aw january 2014 portuguese

Esse conselho prático e gradual é extensivo ao estabele-cimento das instituições, como demonstrado por ela pelo uso de frases como “enquanto for possível que saiam” ou “o caminho se abre diante deles para que o façam”.10 É evidente nessas citações que a postura de Ellen White é tanto prática quanto não dogmática, enfatizando a importância da direção divina na decisão sobre uma realocação rural.

Ela incentivava os membros a adotar uma abordagem equilibrada: “Conquanto esteja no plano de Deus que obrei-ros escolhidos, de consagração e talento, sejam estacionados em importantes centros de população para realizar conferências públicas, é também Seu propósito que os membros da igreja que vivem nessas cidades usem os talentos que Deus lhes deu trabalhan-do em favor das almas”.11 Em outro lugar, ela enfatiza que: “Especialmente os membros que vivem nas cidades de-vem, com toda a humildade, exercer os talentos que lhes foram dados por Deus, no trabalho com os que estão dispostos a ouvir a mensagem que deve ir ao mundo neste tempo. […] Ao se entregarem tais obreiros à conquista de almas para Jesus, descobrirão que muitos que jamais seriam alcançados de qual-quer outro modo, responderão ao esforço pessoal, inteligente.”12

A Sra. White defendia viver e estabelecer as instituições da Igreja, o quanto possível, fora das cidades; também era bem clara sua posição para que as famílias “aproveitassem dos meios designados por Deus e saíssem das cidades”.13 Em seus escritos, ela critica algumas famílias por serem “negligentes” e “não envidando decididos esforços” para realocar.14

Evidentemente, a ênfase de seus conselhos sobre a ne-cessidade de mudança para as regiões rurais (vida no campo) não significa ignorar as instruções de Deus com respeito ao tempo. Todavia, enquanto as famílias esperam pela direção ou sinal de Deus, ela incentiva o modelo urbano de evange-lismo relacional. “Enquanto permanecerem, devem ser mais ativos no trabalho missionário, por mais que sua esfera de influência seja limitada [...] Deus os abençoará com sabedoria e discrição, e de Sua própria maneira e tempo, fará o pos-sível para que eles se coloquem onde não serão cercados constantemente pelas influências contaminadoras da vida da cidade moderna.”15

Sem ContradiçãoO conselho de Ellen White não apresenta contradição

entre suas instruções sobre a vida rural e o evangelismo urbano. Seus ensinos referentes ao assunto podem ser resu-midos assim: (1) Deus está orientando Seu povo em relação ao “tempo” em que devem se mudar das grandes cidades;

(2) Ele também está chamando alguns a se mudarem para as cidades a fim de evangelizá-las; (3) surgirão novos conversos dentro das cidades em resultado do evangelismo urbano; (4) Deus iluminará esses novos crentes urbanos ao optarem por Seu método evangelístico.

A experiência da própria Sra. White na América do Norte, Europa e Austrália – e as mensagens que tinha para os que se envolveram no ministério urbano em seus dias16 – demonstra sua paixão pelo evangelismo nas grandes cidades. “Os minis-tros ordenados sozinhos não são suficientes para a tarefa de

advertir as grandes cidades. Deus está chamando não somente pastores, mas também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros da igreja, de diferentes talentos, que tenham o conhecimento da Palavra de Deus e possuam o poder de Sua graça, para que considerem as necessidades das cidades não advertidas. O tempo está passando rapidamente, e muito resta a ser feito. Todos os meios devem ser postos em operação, para que as oportuni-dades atuais sejam sabiamente aproveitadas.”17 ■

1 Ellen G. White noted that “the work in Greater New York should have the help of the best workers that can be secured” (Evangelism, Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1946, p. 384).2 George R. Knight, “Another Look at City Mission”, Adventist Review, 6 de dezembro de 2001.3 Arthur L. White, Ellen G. White: The Later Elmshaven Years, 1905-1915 (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1982), p. 223-228.4 Ellen G. White, Evangelismo, p. 428.5 Ibid., p. 76 e Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 358. 6 George R. Knight, “Another Look at City Mission”, Adventist Review, 6 de dezembro de 2001. 7 Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 180. 8 George R. Knight, “Another Look at City Mission”, Adventist Review, 6 de dezembro de 2001. 9 Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja,v. 5, p. 464, 465.10 ___________, “Behold, What Manner of Love!” Review and Herald, 27 de setembro de 1906.11 ___________, Atos dos Apóstolos, p. 158.12 ___________, Medicina e Salvação, p. 332.13 ___________, Vida no Campo (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1946), p. 11. 14 Ibid.15 Ellen G. White, “Behold, What Manner of Love!”16 Stephen N. Haskell começou a trabalhar na cidade de Nova Yorke em 1901, especialmente orientado por Ellen White quanto ao trabalho urbano (veja Hetty Haskell para E. G. White, 29 de julho de 1901, e S. N. Haskell para E. G. White, 18 de julho de 1901; 29 de julho de 1901).17 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 158, 159.

Por Ivan Leigh Warden e J. L. Thompson

White e o

Urbano A irmã White incentivou e apoiou o modelo urbano de evangelismo relacional.

Ivan Leigh Warden é diretor associado do Patrimônio Literário Ellen G. White e J. L. Thompson é pastor da Igreja de Berea, em Vallejo, Califórnia (EUA).

Janeiro 2014 | Adventist World 23

Page 24: Aw january 2014 portuguese

No verão passado, enquanto estava de férias na Finlândia, meu esposo e eu visitamos

amigos e parentes que não víamos havia bastante tempo. Tínhamos muita conversa para pôr em dia. Por exemplo, eu não sabia que, dois anos antes, minha amiga Tytti tinha sofrido um acidente, com risco de vida, e, consequentemente, ficou doente por muito tempo. Ela me contou a respeito de como Deus a curou da hemiplegia (paralisia de um lado do corpo), e de como havia aprendido a andar novamente, graças ao poder da oração intercessora.

Tytti me perguntou o que eu estava fazendo naquela época, e eu lhe contei

que havia sido convidada para gravar programas cristãos no Hope Channel da Ucrânia. Na verdade, eu havia acaba-do de gravá-los, antes de sair de férias. Ela arregalou os olhos enquanto me ouvia atenciosamente. Então, explicou que havia sido convidada para parti-cipar de um programa cristão em um canal de televisão na Finlândia, onde iria contar sua experiência do acidente e de como tinha sido curada. Ela daria um testemunho pessoal da resposta divina à sua petição e sobre o poder da oração intercessora.

Tytti estava convencida de que o nosso reencontro naquele momento

Acima: ATUALIZANDO: Tytti e Hannele desfrutando

da visita à Finlândia

Direita: NOVAS AMIGAS:Titty e Satu, logo que se

encontraram, tornaram-se amigas imediatamente.

específico, não era por acaso. Tive a oportunidade de animá-la e sugerir al-gumas técnicas de gravação em estúdio. Eu também estava ansiosa para assistir ao programa.

Dois meses mais tarde, Tytti me enviou o link da internet, e eu pude vê-la apresen-tando seu testemunho pessoal. Ela parecia radiante e feliz, suas palavras, obviamente, brotavam de um coração sincero. Ela dava glórias a Deus por sua cura!

Link CompartilhadoApós assistir ao programa, lembrei-me

da minha amiga Satu, que também é natural da Finlândia, mas que, como

EstratégiaDeus

Nem sempre é o que esperamos.

V I D A A D V E N T I S T A

de

A

24 Adventist World | Janeiro 2014

Page 25: Aw january 2014 portuguese

eu, mora na Alemanha. Satu é cristã e pensei que ela poderia se interessar em ver o programa. Então, enviei o link e mencionei que Tytti é minha amiga.

No dia seguinte, Satu escreveu: “Muito obrigada por ser um elo da corrente de bênçãos de Deus!” Então, ela explicou que estava orando inces-santemente, durante meses, por dois amigos que são para ela muito queridos. Ela havia chorado e sofrido com eles. Participou de uma semana de oração realizada em sua igreja, onde orou fervorosamente por seus amigos. No entanto, parecia que Deus não estava respondendo suas orações. A situação piorava e ela estava ficando muito desanimada. Disse que se sentia como o rei Davi no Salmo 38:8 e 9, quando escreveu: “Sinto-me muito fraco e to-talmente esmagado; meu coração geme de angústia. Senhor, diante de Ti estão todos os meus anseios; o meu suspiro não Te é oculto”.* Ela precisava de um sinal que mostrasse que suas orações não tinham sido em vão.

Foi quando recebeu o link do pro-grama sobre o testemunho de minha amiga. Ela me disse que o programa foi uma bênção e um consolo tão grande, que não conseguia expressar sua alegria em palavras. Satu assistiu ao programa várias vezes e agradeceu a Deus por Sua mensagem de amor. Depois, entrou em

contado com Tytti, pelo Facebook, e, imediatamente, se tornaram amigas.

A experiência de Satu mostra que o tempo de Deus é providencial. Satu e Tytti agora desfrutam de uma amizade maravilhosa. Elas compartilham expe-riências e animam uma à outra; estão ansiosas para descobrir o que mais Deus tem reservado para elas no futuro.

Instrumentos de Deus Deus pode nos usar para Seus

propósitos mesmo quando não temos consciência disso. Sinto-me privilegiada por ter feito um contato pelo qual as bênçãos de Deus puderam fluir.

Fico maravilhada com os pequenos passos necessários para obter tão grande resultado. Parece que Deus usou uma estratégia específica para nos colocar no lugar certo, na hora certa, a fim de sermos uma bênção para os outros. Há dez anos, encontrei-me com Satu pela primeira vez, numa viagem que fiz a Rosenheim, durante a apresentação do coral em que eu cantava. Na época, não podíamos imaginar que um dia estaría-mos diante de Deus, louvando-O e im-pressionadas com Seu amor e bondade.

Deus disse a Abraão: “O abençoarei. […] e você será uma bênção” (Gn 12:2). Deus quer que todos os Seus filhos sejam uma bênção para os outros. Pode-mos crer na direção divina e que Ele fará o melhor para nós e para nossos queri-dos. Assim, Ele poderá nos usar como Seus instrumentos de amor e graça.

Uma ferramenta ou instrumento não pode fazer nada por si mesmo, mas quando o Mestre o toma em Suas mãos, coisas boas acontecem. Ele é um artesão experiente e podemos crer que Ele fará todas as coisas muito bem. ■

“Senhor, faze de mim um

instrumento de Tua paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu

leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu

leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erro, que eu

leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu

leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu

leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, faze que eu procure mais

Consolar, que ser consolado;

compreender, que ser compreendido;

amar, que ser amado.

Pois, é dando que se recebe,

é perdoando que se é perdoado,

e é morrendo que se vive para a

vida eterna.”

– Conhecida como a Oração de S. Francisco, mas o verdadeiro autor desses lindos versos é desconhecido.

*Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

Hannele Ottschofski é diretora do Ministério da Mulher no sul da Alemanha e apresentadora do Hope

Channel Ucrânia (Tv Adventista na Ucrânia).

EstratégiaDeus Por

Hannele Ottschofski

Janeiro 2014 | Adventist World 25

Page 26: Aw january 2014 portuguese

R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Sua pergunta é sobre quan-to tempo Jesus esteve na se-

pultura. Alguns creem que Ele ficou morto por 72 horas literais;

outros argumentam que foi menos de três dias e três noites. Esse é um caso em que é muito importante saber como eram contados os

dias nos tempos bíblicos. A fim de evitar mal-entendidos, é sempre aconselhável analisar o contexto e o uso de termino-logia semelhante em outros lugares na Bíblia.

1. Três Dias e Três Noites: O texto parece bastante claro: “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12:40). Para nós, esta é uma afirmação literal de um tempo específi-co: três dias de 24 horas cada. Porém, não necessariamente o é para o escritor bíblico que está simplesmente enfatizando.

Um dia, na Bíblia, é constituído do período claro (chamado dia) e período escuro (chamado noite). Portanto, “três dias e três noites” é outra maneira de dizer “três dias”. Mateus diz que Jesus jejuou “quarenta dias” (Mt 1:13). Os escritores bíblicos não estavam pensando no exato período de 24 horas. Não estavam preocupados com isso, pois não tinham relógio como temos hoje. As duas frases são sinôni-mas, mas a primeira enfatiza o número de dias, não sua exata extensão em horas. Nós somos mais acostumados em termos de horas.

2. Outras Frases: Os Evangelhos usam diferentes ex-pressões relacionadas à ressurreição de Jesus. Algumas pare-cem contraditórias: “Três dias depois[meta] Ele ressuscitará” (Mc 9:31; 10:34; Mt 27:63); “em três dias” (com a preposição em; Mt 27:40; sem a preposição, Mt 16:21; 17:23; 20:19; Lc 9:22; 18:33; 1Cor. 15:4); e “em/após[dia] três dias” (Mt 26:61). Nesse último caso a preposição dia pode ser traduzida “em ou no período de três dias” (veja Os 6:2). “Depois” parece sugerir que a ressurreição aconteceu no quarto dia, mas isso é negado pelas outras frases. A pergunta, então, é: Qual o significado de “depois” (meta) (Mt 27:61)?

Os judeus usavam a frase “depois de três dias” significan-do “o dia depois de amanhã”, e é assim que as pessoas

entendiam. De acordo com Mateus 27:63, aqueles que ouviram Jesus entenderam que Ele iria ressuscitar no terceiro dia e que Seu túmulo deveria ser guardado “até [‘heos’] o terceiro dia. Isto implica que a expressão “após três dias” se refere a um período de tempo que compreende qualquer parte de três dias, e pode ser utilizado como equivalente a “no terceiro dia”. Em Mateus, Jesus menciona os três dias apenas no capítulo 12:40: “três dias e três noites”, indicando que Seus contemporâneos compreendiam que Ele estava dizendo “dentro de três dias”.

3. Contagem Inclusiva: Nossa análise das diferentes frases indica que a expressão idiomática “três dias” pode tanto significar partes de um dia quanto dias inteiros. Sendo uma expressão idiomática ela não deve ser compreendida literalmente. No Antigo Testamento, encontramos um uso semelhante.

A expressão “três dias e três noites” significa “três dias” (1Sm 30:12, 13). Ester pediu que as pessoas jejuassem com ela por “três dias, e três noites” (4:16). Então, “no terceiro dia”, ela apareceu diante do rei (5:1). Esta, inclusive, era uma estimativa; nos três dias estão incluídas porções de dias contados como dias. O rei Roboão pediu ao povo para voltar a ele “daqui a três dias”. Eles voltaram no “terceiro dia” (1Rs 12:5, 12). Nós encontramos o mesmo fenômeno entre os não-israelitas. O rei da Mesopotâmia, no oitavo século a.C., fala sobre sua chegada a uma cidade: “Esperei na cidade de Azlayanu por três dias e no terceiro dia eles se aproximaram”. Uma porção do primeiro dia, mais uma porção de um terceiro dia são contados como três dias.

Para interpretar a Bíblia corretamente, temos de contar os dias da forma como os escritores bíblicos contavam. Jesus morreu na sexta-feira e ressuscitou no terceiro dia! ■

Ángel Manuel Rodríguez atuou como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral por muitos anos. Hoje, aposentado, mora no Texas, EUA.

TempoContagem dona Bíblia

Qual o significado da

expressão bíblica “três dias e três

noites”?

26 Adventist World | Janeiro 2014

Page 27: Aw january 2014 portuguese

E S T U D O B Í B L I C O

As mensagens das sete igrejas do Apocalipse contêm lições fundamentais para a igreja de Deus hoje. Elas apresentam princípios para uma vida cristã piedosa

e sobre nossa conduta no mundo. Essas mensagens de Jesus não são tratados teológicos, difíceis de ser entendidos pelas pessoas comuns ou para ser debatidos apenas pelos teólogos de instituições acadêmicas. São cartas pastorais destinadas a todos os membros da igreja, falando sobre o crescimento na vida cristã e como permanecer firme na fé em meio às dificuldades e em tempos difíceis. Isso é especialmente verdade na mensagem de Jesus à igreja de Tiatira.

1 Leia Apocalipse 2:19. Que elogio nosso Senhor faz à igreja de Tiatira? Liste cinco qualidades dessa igreja elogiadas por Ele. Por que essas coisas são tão importantes? A igreja em Tiatira parecia uma comunidade espiritual próspera. Ela foi elogiada por suas obras, perseverança e fé, e ainda, por seu amor e serviço. Aparentemente, os membros se envolviam ativamente em “boas obras” na comunidade. Realizavam um serviço comunitário admirável. Mas, havia um problema.

2 Leia Apocalipse 2:20. Como Jesus descreve o problema da igreja de Tiatira?

3 Quem era Jezabel? O que ela representa? O que define o simbolismo do adultério? Leia os textos a seguir para encontrar pistas sobre o real problema em Tiatira: 1 Reis 16:30-33; 19:1, 2; 21:25; Tiago 4:1-4 e Apocalipse 17:1, 2.Acabe, rei de Israel, desobedeceu à ordem divina e se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios. Além disso, ele contrariou a vontade de Deus adorando a Baal, comprome-tendo sua integridade e levando o povo à apostasia. Israel foi invadido pela apostasia.

Jezabel, esposa de Acabe, representa o “adultério espiri-tual” – uma mistura da verdade com o erro – e a “apostasia

da verdade” de Deus. A igreja de Tiatira representa a mistura da verdade com o erro, concessão, corrupção da fé que man-tém uma aparência de cristianismo.

4 Qual foi a resposta de Deus à apostasia de Tiatira? Leia Apocalipse 2:21, 22.Nosso Deus misericordioso e perdoador deu tempo para Tiatira se arrepender. Mas a misericórdia de Deus é sempre misturada com Seus juízos para aqueles que rejeitam Seu amor e Sua graça. A expressão “matarei os filhos daquela mulher” (verso 23) deve ser compreendida no contexto da morte espiritual para aqueles que violam constantemente os mandamentos de Deus. A apostasia e rebelião passam de uma geração a outra e resultam em perdição eterna. Todavia o ciclo de morte pode ser quebrado pelo arrependimento.

5 Leia Apocalipse 2:24. Houve alguém em Tiatira que resistiu à apostasia, permanecendo fiel a Cristo? A expressão “aos demais em Tiatira” lembra-nos o remanes-cente, ou o “restante de sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus” (Ap 12:17). No tempo do fim, mais uma vez, Jesus terá um remanescente fiel que não cederá às pressões das heresias doutrinárias.

6 Que conselho Jesus deu à igreja de Tiatira e como esse conselho se aplica aos últimos dias? Compare Apocalipse 2:25 com Mateus 24:13 e 42.

7 Leia Apocalipse 2:26-28. Que promessa fez nosso Senhor aos vencedores em Tiatira? Uma das claras lições deixadas nas mensagens às sete igrejas do Apocalipse é simplesmente: Seja qual for a circunstância que enfrentamos, é possível vencer por meio da graça de Cristo. Na vida não existe desafio grande demais para a graça de Deus.

Que notícia maravilhosa! ■

Por Mark A. Finley

Permaneça Firme!Tiatira:

Janeiro 2014 | Adventist World 27

Page 28: Aw january 2014 portuguese

do objetivo de libertar Monteiro, não vou apenas assinar a petição (ele é parte da família de nossa Igreja!) – Vou suplicar a Deus por sua liberdade. Apelo a todos os membros que orem incessan-temente também.

Charles AbdonelGonaives, Haiti

O Início de Um Movimento Agradeço a pu-blicação da seção especial “O Início de um Movimento” (AW- maio 2013). Minha família e

eu ficamos especialmente felizes por poder aprender sobre o início da Igreja Adventista e a primeira visão de Ellen G. White. Foi muito bom conhecer todos os detalhes da visão.

Angie AnayaBarrancabermeja, Colômbia

GratidãoMeu muito obrigado a Adventist World por manter os membros da igreja bem informados sobre os milagres e atos de nosso amoroso Deus e Pai. Os artigos nos mostram como a obra de Deus

Legado de Família A foto dos meus tataravós, Julio Dupertuis e Ida Arn Dupertuis, publica-da no artigo de Silvia Scholtus Roscher “O Cuidado Maravilhoso de Deus”, AW – outubro 2013, foi para mim motivo de emoção indescritível.

Coincidentemente, o culto de pôr do sol do sábado, 19 de outubro, na Igreja de Loma Linda, foi sobre a histó-ria de J. N. Andrews, o primeiro missio-nário adventista. Niels-Erik Andreansen e a tataraneta de Andrews, Jeanne Andrews-Willumson, participaram. Foi maravilhoso poder contar a história da minha família para essa mulher extra-ordinária e agradecer o trabalho mis-sionário de sua família, o qual mudou para sempre nossa história. Mostrei-lhe a carta que Julio, meu tataravô, escreveu em 1889 para a Adventist Review and

Sabbath Herald (atual Adventist Review) na qual ele agradece a Associação Geral pelas cartas de encorajamento, descreve sua situação como guardador do sábado e pede que enviem obreiros para sua região.

Mais de cem anos depois, um dos meus tios leciona na Universidade Andrews; meu irmão é presidente da Associação do Arizona; dois sobrinhos estão estudando teologia; e eu servi como estudante missionária no Haiti enquan-to fazia faculdade de enfermagem.

Sempre quis saber como meus tataravós receberam a revista Sinais dos Tempos pela primeira vez, dúvida que foi respondida pelo artigo. É realmente impressionante como funciona o tempo de Deus!

Graciela Elvira Anobile (Dupertuis) Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos

Orando pelo Pr. Antonio MonteiroFiquei entristecido quando soube pela Adventist World que o pastor Antonio Monteiro ainda está preso (“Filme Exibe Família de Pastor Aprisionado”, edição de junho 2013). Para ajudar e participar

Minha esposa e eu estamos preocu-pados com o futuro da nossa filha. Por favor, ore para que Deus a ajude a encontrar um jovem cristão, a fim de que possam constituir uma família que honre a Deus. Muito obrigado!

Victor, Argentina

Cartas

É realmente impressionante como funciona o tempo de Deus!

– Graciela Elvira Anobile (Dupertuis) Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos.

Estou estudando teologia, porém já faz dois semestres que tranquei o curso devido à falta de recursos. Ore para que o Senhor faça o impossível por mim e eu consiga voltar a estudar.

Humphrey, Zâmbia

Peço oração em favor de uma bolsa de estudos. Meu desejo é servir a Jesus.

Chisomo, Malaui

Tenho problemas de saúde e preciso de ajuda financeira. Conto com suas orações.

Mylabathula, Índia

T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOraçãow

28 Adventist World | Janeiro 2014

Page 29: Aw january 2014 portuguese

se expande no mundo. Parabéns pelo excelente material!

Depois de Jesus, meu personagem bíblico preferido é o apóstolo Paulo, que a despeito de suas lutas e tribu-lações, foi fiel em seguir as ordens do Senhor para levar o evangelho a todos.

Heitor Aparecido dos Santos Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil

A Adventist World é uma excelente publicação. Quero parabenizá-los pelo bom trabalho. É notório que a revista é elaborada por uma equipe muito capaz.

Em minha opinião, esta é a melhor revista do mundo. Nós a recebemos todos os meses.

Gustavo Rafael SantajulianaDichato, Chile

A Adventist World é uma revista produzida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Interessados podem entrar em contato com o Departamento de Comunicação da Associação local ou com a CPB. A revista também está disponível na internet e pode ser acessada através da página www.adventistworld.org. Somos gratos a Deus por a revista estar suprindo sua necessidade.

– Os Editores

Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Meu filho está trabalhando em Pequim, na China, está sozinho, confuso e deprimido. Por favor, ore por ele e por mim. Decidi ser rebatizada e sinto que Satanás está me atacando. Estou muito cansada e desejo que Jesus volte logo.

Adele, por e-mail

Confira

Uma Jornada de Descobertas através da BíbliaDeus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros, em mais de 180 países, que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:

1 DE FEVEREIRO DE 2014 • Provérbios 28

ReavivadosSua Palavrapor

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

Suplico que orem a Deus em favor do meu país.

Mosses, Quênia

A página da Igreja na internet,

www.adventist.org, foi totalmente

atualizada para atrair tanto pessoas seculares

como os leitores religiosos. Os posts

sobre o modo de vida adventista

estão disponíveis em inglês, francês,

espanhol e português

Janeiro 2014 | Adventist World 29

Page 30: Aw january 2014 portuguese

Tenha mais saúde e melhor

condicionamento físico dedicando

diariamente apenas 30 minutos

para “atividades físicas moderadas

e casuais”. Entre outras, essas

atividades incluem: subir escadas,

passear com o cachorro, varrer a

calçada, limpar o jardim e trabalhar

na horta. Fonte: Medicine and Science in Sports and Medicine/Men’s Health

Mulheres que comem tomate, três a quatro vezes por semana, têm 70% menos probabilidade de contrair câncer do ovário do que aquelas que o consomem esporadicamente. No caso dos homens, comer tomate diminui a chance de ter câncer de próstata.

Fonte: www.theatlantic.com/health/archive/2013/02/the-lovely-hill-where-people-live-longer-and-happier/272798

A escritora e profissional de saúde, Sarepta Myrenda Irish Henry, morreu no dia 16 de janeiro de 1900, em Graysville, Tennessee, Estados Unidos.

Filha de um pastor metodista do estado de Illinois, Sarepta, acompa-nhou o pai em muitas de suas viagens. Ela estudou no Seminário Rock River e se casou com James W. Henry. Após dez anos de casados, seu esposo faleceu, deixando-a com três filhos pequenos. Ela mantinha sua pequena família escrevendo e publicando histórias e poesias.

Aos 35 anos, Sarepta se envolveu ativamente no movimento de tempe-rança, tornando-se, mais tarde, a porta-voz da União das Mulheres Cristãs Pró-Temperança. Problemas de saúde a obrigaram a uma aposentadoria antecipada e, em 1896, foi internada como paciente no Sanatório de Battle Creek, onde aceitou a mensagem adventista e teve a saúde recuperada.

No ano seguinte, seus artigos começaram a ser publicados na Advent Review and Sabbath Herald (Revista Adventista e Arauto do Sábado). Ela viajou extensivamente fazendo palestras sobre o papel das mães na educação moral da sociedade. Em 1898, a Associação Geral votou conceder-lhe uma licença ministerial.

Tomates#

Minutos30

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T R O C A D E I D E I A S

114Anos

Há maıs

30 Adventist World | Janeiro 2014

Entre sete mil idiomas, os dez abaixo são usados como primeira língua por aproximadamente metade da população da Terra.

Chinês 1.213 bilhões Espanhol 329 milhões Inglês 328 milhões Árabe 221 milhões Hindi 182 milhões Bengali (Bengalês) 181 milhões Português 178 milhões Russo 144 milhões Japonês 122 milhões Alemão 90 milhõesFonte: National Geographic

Page 31: Aw january 2014 portuguese

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Pyung Duk; Park, Jae Man; Kim, HyoJun

Editor On-lineCarlos Medley

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Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 10, Nº1

Primavera!

Algo paraSe Pensar

RESPOSTA: Betty E. Reynolds (esquerda) com a neta, Ann Reynolds, no Tennessee, Estados Unidos. A fotografia foi tirada pouco antes de Betty participar da demonstração de escalada de rochas, tendo Ann como instrutora. O evento faz parte do programa de esportes ao ar livre da Universidade Adventista Southern.

Hoje, aos 88 anos, Betty vive ativamente sua aposentadoria, em Oklahoma (EUA), onde desenvolve trabalho voluntário na igreja local.

– Pastor Graceson Kamei, no concílio de pastores em Manipur Section, Índia.

Um momento sem Jesus, é ir em direção à confusão.Um dia sem Jesus, um passo mais perto da destruição.Uma semana sem Jesus, uma jornada para lugar nenhum.Um ano sem Jesus, um ensaio para a perdição eterna.

Acordem-mena

Quando está hibernando, os batimentos do coração de um ouriço caem de 190 batidas para 20 por minuto.

f o t o : A l i t A y l o rf o t o : G A b r i e l r e z e n D e s o u z A

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Que

Fonte: National Geographic

Janeiro 2014 | Adventist World 31

Page 32: Aw january 2014 portuguese

A revista que nos une à família da Igreja!

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