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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Janeiro 2013 L uz L ugares Encontrando Escuros em 12 O ssos 26 É Possível Reviverem? F értil S olo Encontrando 20 F aces ADRA da Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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Ó r g ã o I n t e r n a c i o n a l d o s A d v e n t i s t a s d o S é t i m o D i a

Jane iro 2013

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 9, Nº 1, Janeiro de 2013.

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial

11 S A Ú D E N O M U N D O

Voltando à Vitamina B12

A R T I G O D E C A P A

16Faces da ADRA Por Sandra Blackmer

A Agência Adventista de Desenvol-vimento e Recursos Assistenciais tem histórias para contar; e nós as contamos.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Nunca Duvide: Deus Está no Controle - Parte 1

Por Ted N. C. Wilson Seguir em frente é mais fácil quando confiamos

nAquele que está nos guiando.

12 D E V O C I O N A L

Encontrando Luz em Lugares Escuros

Por Michael Doernbrack Lições sobre Deus em Gênesis 3.

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Escrita em Nosso Coração Por Clifford Owusu-Gyamfi A diferença entre conhecer a lei de Deus e

obedecer à lei de Deus.

20 E S P E C I A L

Encontrando Solo Fértil Por James Park Como identificar os que são receptivos ao

evangelho?

24 H E R A N Ç A A D V E N T I S T A

Reascendendo a Chama do Reavivamento

Por Alejo Aguilar O que nossos antepassados aprenderam com

uma terrível catástrofe.

23 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Ministrando a Cura Física e Espiritual

26 R E S P O S T A A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

É Possível Ossos Reviverem?

27 E S T U D O B Í B L I C O

Renovando a Fé

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

Jane iro 2013

Capa: Essas lindas crianças vivem num campo de refugiados administrado pela ADRA, no Yemen. F o t o : C o r t e s i a d a a d r a

2 Adventist World | Janeiro 2013

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■ O Departamento de Saúde da União do Sudoeste Europeu (SEEUC) da Igreja Adventista, em parceria com a organização não governamental Life and Health (Vida e Saúde), realizou um seminário de dois dias para pastores e líderes de instituições de saúde em Belgrado, Sérvia, nos dias 30 de setembro e 1 de outubro de 2012.

O tabagismo é o maior problema de saúde pública na Sérvia. O governo e o Ministério da Saúde têm organizado campanhas bem suce-didas desde 2003, e o número de fumantes caiu 7% entre 2000 e 2006. Porém, os números ainda são altos, especialmente entre as mulheres.

O objetivo do seminário foi instruir as igrejas adventistas a se torna-rem um lugar de ajuda, apoio, conselho e assistência para quem deseja parar de fumar. Toda igreja que tenha um departamento de saúde pode organizar seminários sobre como parar de fumar com base no programa “Pare Agora! 7 Passos para a Liberdade”.

Đorđe Trajkovski, presidente da SEEUC, fez a abertura do seminário, que teve 150 participantes. O orador convidado foi Richard Willis, diretor executivo do Comitê Nacional para a Prevenção do Alcoolismo e Drogas, da Inglaterra, e diretor associado do Comitê Internacional para a Prevenção do Alcoolismo e Drogas, com sede em Washington, D.C., (EUA). Ele dividiu seu conhecimento e experiência em programas para deixar de fumar. Willis também desafiou os participantes, mesmo não sendo médicos, enfermeiros, ou profissionais de saúde, a trabalhar com fumantes. Durante as palestras, deu conselhos práticos sobre como lidar com o estresse e as crises de abstinência.

Entre os presentes estavam: o Dr. Zorica Plavšić, que fez palestra sobre a pandemia do cigarro, a situação na Sérvia e o hábito de fumar como fator de risco para a saúde; o Dr. Branislav Hačko, falou sobre a parceria entre as instituições de saúde e a comunidade local; e, o Dr.

N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S

Prática da Compaixão

Mensagem Antitabagista

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PARE DE FUMAR: Participantes do programa de treinamento contra o fumo, em Belgrado, Sérvia, promovido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Adventistas Levam

a Belgrado

“A mais longa jornada da vida cristã é a distância entre a cabeça e a mão.”

Somos, por definição, homens e mulheres de boas intenções e boa vontade. Nosso compromisso com Jesus como Senhor e com a igreja no tempo do fim, testificam do sincero desejo de crer nas verdades bíblicas e viver o estilo de vida do Salvador. Assumimos esse compro-misso primeiro no batismo, e muitas outras vezes depois, devido aos apelos do Espírito Santo.

Mas, como as boas intenções se tor-nam boas ações? De que maneira, minha crença no sábado se transforma numa vida renovada pela alegria e descanso no sétimo dia? Como a crença de que Deus ouve todas as minhas sinceras orações se torna um hábito diário de adoração, confissão, gratidão e súplica?

A resposta, claro, é prática. Toda vez que ouvimos e obedecemos a ordem de Cristo, a confiança nEle é fortalecida e a compreensão de Sua Palavra é aprofun-dada. Há meses, e talvez até anos, durante os quais nossa prática é imperfeita, espo-rádica e indiferente. Estamos aquém da intenção de viver como Jesus viveu e de nos importar como Ele Se importou. Mas, isso não significa que ações de bondade incompletas não têm valor, ou que Deus não pode usar nosso pão meio assado.

Na economia do Céu, nenhum ato de bondade é desperdiçado. O copo com água fria oferecido em nome de Jesus ainda serve o reino, mesmo quando podíamos ter feito mais. As crianças que vestimos, as viúvas que alimentamos e os poços que cavamos são bastante reais; e essa prática confirma em nós o juramento que fizemos de “ser como Jesus” para os Seus pequeninos.

Ao ler o artigo de capa deste mês sobre o ministério internacional da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), ore pela chance de praticar a bondade uma vez demonstrada

a você. Deixe que o dom da graça de Deus para você transforme-

-se no dom da graça de Deus por meio de você.

Janeiro 2013 | Adventist World 3

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Petar Borović, que realizou seminário sobre os efeitos positivos de abandonar o hábito de fumar.

Vlado Havran, diretor do Ministério de Saúde da SEEUC, apresentou expe-riências recentes do trabalho com as instituições e organizações de saúde.

Durante os seminários, os presentes receberam instruções práticas sobre como desenvolver o programa em suas igrejas e instituições. Cada participante recebeu um CD com material educativo e o livro Enjoy Without Tobacco Smoke (Divirta-se sem a Fumaça do Tabaco), escrito por Plavšić.– reportagem da Divisão Transeuropeia

No Brasil, Importante Subúrbio Ganhará Nova Igreja

■ A ênfase no evangelismo das gran-des cidades em 2013 deu um impor-tante passo na América do Sul, no dia 27 de outubro de 2012. Com a presença de mais de 120 líderes de oito países da América do Sul, foi lançada a pedra fundamental da futura congregação adventista na área conhecida como Lago Sul, em Brasília, capital federal do Brasil.

Segundo o Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) das Nações Uni-das de 2011, cerca de trinta mil pessoas moram nesse bairro, que tem um índice de desenvolvimento de 0,945, o mais alto do mundo. Trazendo esse número para o contexto global, a Noruega lidera a classificação de IDH mundial, com 0,943. O Brasil está em 85º lugar na lis-ta, com IDH de 0,718. A região do Lago Sul representa um dos maiores desafios para os adventistas em 2013 – construir novas igrejas nas áreas de classe alta das 79 maiores cidades da América do Sul.

Edison Choque, coordenador geral do projeto de evangelização das grandes

cidades na Divisão Sul-Americana (DSA), explica que esse lançamento é um exemplo para outras regiões. “Além de formar congregações em áreas no-bres das cidades, queremos estabelecer centros de influência com atividades que beneficiarão a saúde e educação das famílias, e servirão para demonstrar que os adventistas se preocupam com a vida das pessoas de forma geral”, destaca Choque. Juntamente com os líderes das regiões administrativas de oito países, ele coordenou a cerimônia do lançamento da pedra fundamental como demonstração de uma construção participativa.

O terreno mede 15.000 m2 e custou 17 milhões de reais (U$ 8,5 milhões). O investimento foi feito considerando a construção de uma igreja com capaci-dade para 380 membros e, também, será a nova sede administrativa da União Centro-Oeste Brasileira. Embora não haja data marcada para o início, espera--se que no local também seja construída mais uma escola da rede educacional adventista daquela região.

Jáder Carvalho, um dos líderes da Igreja Adventista nessa região, falou do sonho que a cerimônia representa, uma vez que existem vários pequenos grupos naquela área, com pessoas que já tomaram e estão tomando a decisão de aceitar a Cristo. Ele crê que o trabalho evangelístico necessita de uma estrutura como essa.

Durante a cerimônia, o presidente da DSA, Erton Köhler, afirmou que “evangelizar as grandes cidades sempre esteve entre os objetivos dos adventistas. Mas, em 2013, nossa ênfase é plantar novas congregações nos locais onde o poder aquisitivo e a secularização têm complicado o interesse da comunidade em ajudar a igreja.”

Köhler; Magdiel Pérez, secretário da DSA; Marlon Lopes, diretor financeiro da DSA; e, Ella Simmons,

vice-presidente da Associação Geral da IASD, depositaram no centro da pedra fundamental livros e revistas que falam dos princípios bíblicos adventistas. A mensagem foi clara: os prédios que serão erguidos ali serão construídos sobre a Bíblia e os livros que reforçam os ensinamentos de Jesus Cristo.– reportagem de Felipe Lemos, ASN

Primeira Adventista Australiana a Estudar Medicina

■ A história da primeira adventista do sétimo dia a estudar medicina na Austrália, nunca antes contada, está agora em um novo livro escrito por funcionária do Avondale College.

Rose-lee Power descreve a Dra. Margherita Freeman, no livro Born to Serve (Nascida para Sevir), como “corajosa e determinada”. Power men-ciona que “para uma mulher, estudar medicina era realmente ir contra todas as probabilidades daquele que então, era um mundo masculino”. Ela pesquisou a história durante três anos, na função de curadora do Centro do Patrimônio Adventista.

Freeman, formada pela Universida-de de Sidney em 1911, desempenhou importante papel na regulamentação do

N O T í C I A S D O M u N D O

EVANGELISMO URBANO: Erton Köller, presidente da Divisão Sul-Americana; Marlon Lopes, diretor financeiro; Magdiel Pérez, secretário executivo; e, Ella Simmons, vice-presidente da Associação Geral, posam com os livros da pedra fundamental da futura igreja do Lago Sul, influente região de Brasília, capital federal do Brasil.

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4 Adventist World | Janeiro 2013

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que na época, chamava-se Sanatório de Sidney. Em um tempo em que as mu-lheres geralmente eram vigiadas quando estavam em público, Freeman dirigia clínicas e, na ausência de seu marido, abriu um centro obstétrico, organizou curso para enfermeiros e participava de conferências.

O que o Hospital Adventista de Sidney é hoje, sua conexão com a comunidade e sua reputação de oferecer atendimento de qualidade, “é em grande parte devido ao trabalho da Dra. Freeman e de outros que à sua semelhança tinham a visão e espírito de serviço que a todos faria bem imitar”, disse Barry Oliver, presidente da Igreja no Sul do Pacífico e presidente da comissão admi-nistrativa do hospital.

Oliver esteve presente ao lança-mento do livro, que aconteceu num congresso de mulheres adventistas, realizado no Watson Park Convention Center ao norte de Brisbane. Ele ressalta

como a história da igreja na Austrália inclui “tantas histórias não contadas de coragem, compromisso e fé. Felizmente, Rose-lee não quis deixar esta história incrível cair no esquecimento dentro das pastas dos arquivos”.

Freeman é um “modelo completo para as mulheres de todos os lugares e em todas as épocas”, escreve Carole Ferch-Hohnson no prefácio. A diretora associada do Ministério Pastoral Feminino da Associação Ministerial da Austrália, relembra Freeman como “uma pessoa formidável” que comandava com “grande respeito”.

Rod e Nita Ellison, amigos de Freeman, começaram o projeto do livro. “Ela fez tanto por nossa igreja como mulher no ministério [...] nós a amáva-mos”, disse Nita. Ela lembra o senso de humor de Freeman. “Ríamos bastante quando a visitávamos.”

Ellison sugeriu a Power que termi-nasse de escrever a história, porém, pelo fato de Freeman não ter tido filhos, teve dificuldade de encontrar fontes precisas. Entretanto, uma série de documentos e fotografias tornou-se disponível numa casa para idosos chamada Freeman Nursing Home, em Rossmoyne, que recebeu esse nome em homenagem a Freeman. Os documentos confirmaram fatos e os supriram com imagens de Freeman já idosa.

Casa Publicadora das Filipinas Ganha Prêmio de Qualidade

■ A Philippine Publishing House (PPH) recebe o Prêmio Mundial de Compromisso com a Qualidade, na categoria Ouro, da Business Initiative Directions (BID).

A cerimônia de entrega do prêmio foi realizada durante a Convenção Mundial de Compromisso com a

Qualidade da BID – Paris 2012, onde 54 países do mundo foram reconhe-cidos por realizações em “qualidade e excelência”.

Jose E. Prieto, presidente e CEO da BID disse: “As companhias premiadas são símbolos de compromisso com a liderança, tecnologia e inovação, tornando-se modelo para outros em seus setores.”

Representando a PPH durante a cerimônia, realizada no Concerde La Fayette Hotel, em Paris, no dia 29 de outubro de 2012, estavam Florante P. Ty, presidente, e Ronaldo B. Dumapig, tesoureiro e vice-diretor financeiro.

Falando aos funcionários da PPH após o evento em Paris, Ty disse: “Louvamos a Deus porque depois de funcionarmos por quase cem anos, a Casa Publicadora das Filipinas foi reconhecida pela qualidade, inovação e compromisso com a excelência. Creio que a organização por trás desse prêmio achou por bem nos conceder a honra do Compromisso com a Qualidade Mundial devido ao nosso programa singular de distribuição pessoa-a-pessoa, que está sendo rea-lizado pelos colportores e líderes de publicação em todo o país.”

N O T í C I A S D O M u N D O

CONTANDO A HISTÓRIA: A autora do livro Born to Serve, Rose-lee Power, do Avondale College, que escreveu sobre a vida da primeira adventista da Austrália a estudar medicina.

PRÊMIO DE QUALIDADE: Florante P. Ty, diretor da Casa Publicadora das Filipinas, e Ronaldo B. Dumapig, vice-diretor financeiro, recebem o Prêmio Mundial de Compromisso com a Qualidade de Jose E. Prieto, presidente da Business Initiative Directions, na Concorde La Fayette, em Paris.

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Janeiro 2013 | Adventist World 5

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AIgreja na América Central lançou oficialmente suas iniciativas para 2013, o Ano dos Leigos,

durante programação on-line na Igreja de Comayaguela, em Tegucigalpa, Honduras, no dia 27 de outubro de 2012. Dezenas de membros da comissão executiva participaram do evento histórico, enquanto milhares de membros das comissões das igrejas, em todo o território, estavam conectados via internet para testemunhar, e apoiar as iniciativas e atividades.

“A igreja tem sido enriquecida pelo trabalho árduo dos pastores e membros leigos na proclamação do evangelho em nosso território. Por esse motivo designamos 2013 como o Ano do Leigo, para que a atuação da igreja seja efetiva em toda comunidade”, disse Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana (IAD).

“O objetivo do evento on-line foi envolver diretamente as comissões de igreja para que vejam, unam-se, façam parcerias e adotem iniciativas que farão com que a igreja continue a prosperar no sentido de compartilhar ainda mais a Cristo, em 2013”, acrescenta Leito.

O evento preparou o ambiente para a abertura das reuniões semestrais da

num esforço conjunto em 2013, disse Melchor Ferreyra, diretor do Ministério Pessoal da IAD.

“Estamos muito animados pela par-ticipação total dos membros, que inclui profissionais, homens, mulheres, jovens e crianças na pregação do evangelho”, acrescenta Ferreyra.

Cerca de um milhão de leigos já foram treinados durante o programa da Divisão denominado Vision One Milion

mesa diretiva, no esforço de solicitar o apoio dos membros da comissão das igrejas locais, para se unirem na realiza-ção de campanhas evangelísticas em sua comunidade enquanto comemoram o trabalho dos leigos.

Os planos incluem eventos e ati-vidades como: celebrações espirituais, concílios via satélite, reuniões, batismos e campanhas evangelísticas, para que a igreja e seus ministérios se unam

(Visão Um Milhão). A iniciativa pro-curou treinar um milhão de discípulos em uma ou mais das seguintes áreas: pregação, estudos bíblicos, testemunho, liderança de pequenos grupos e pionei-ro de missão global.

Foram registrados mais de oito mil acessos ao programa on-line, e recebi-dos centenas de comentários durante a sua transmissão.

Em todo o território da Divisão

N O T í C I A S D O M u N D O

Reportado por Libna Stevens, Divisão Interamericana (IAD)

Evento On-Line

Reunião em Honduras discute planos para o Ano dos Leigos

LANÇAMENTO DO ANO DOS LEIGOS: Líderes da Igreja na América Central participam do lançamento do programa durante transmissão on-line, realizado na Igreja de Comayaguela, em Tegucigalpa, Honduras, no dia 27 de outubro de 2012. O evento conectou durante duas horas milhares de membros das comissões das igrejas em todo o território.

América Central

Lança Projetos Evangelísticos para 2013 na

6 Adventist World | Janeiro 2013

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estão sendo realizadas atividades que destacam o Ano dos Leigos, tais como: convocações ao reavivamento, um dia de jejum e oração, concílio via satélite com os ancião das igrejas e implantação de evangelismo, celebração do Visão Um Milhão, cerimônias batismais por anciãos de igreja e impacto comunitário através de atividades de saúde.

Ana Aceituno Ortiz da Igreja de Tepeyac, em Tegucigalpa, Honduras, estava entre os membros das comissões de trinta igrejas que se reuniram no evento ao vivo na Igreja de Comaya-guela. A comissão da sua igreja votou adotar as iniciativas apresentadas durante o programa. Como diretora do ministério da criança, Ortiz ficou feliz ao ouvir sobre as atividades especiais, particularmente, as relacionadas com a comunidade.

“Esse programa foi muito inspira-dor porque salientou como todos os ministérios podem trabalhar juntos para causar maior impacto. Temos que

continuar trabalhando para Cristo e compartilhando com aqueles que ainda não conhecem Jesus”, disse Ortiz.

Ela já organizou atividades com 65 crianças de sua igreja em festivais de música, feira de saúde e atividades em orfanatos e asilos para idosos de sua comunidade. “O ano que vem nos inspirará a fazer mais e evangelizar mais”, mencionou.

Para Ricardo Barrantes, ancião e diretor de Mordomia da Igreja de Kennedy, Tegucigalpa, assistir ao programa e ouvir as notícias sobre os oito maiores eventos votados para 2013, foi animador. “Esses planos e atividades são maravilhosos, o que significa que temos que trabalhar com mais afinco e pressa para continuar a servir a Deus e preparar outros para se encontrar com Jesus”, disse Barrantes.

Pessoas têm sido preparadas e treinadas em toda União Mexicana de Chiapas e em todo o território da América Central.

Ignácio Navarro, presidente da Igre-ja em Chiapas, México, esteve ao lado de colegas administradores de outras regiões da IAD no compromisso de unir esforços no planejamento para o Ano dos Leigos.

Até agora, cerca de 67 mil membros leigos já foram treinados a testemunhar na região sul do México, diz Navarro. “Esse programa on-line ajudou a reno-var os esforços da força leiga em nosso território”, acrescentou. A igreja está planejando realizar uma grande ceri-mônia batismal em um ginásio para 35 mil pessoas, no mês de fevereiro, como resultado do trabalho leigo.

Esta é uma mobilização dos mem-bros leigos para que testemunhem, preguem, distribuam literatura e desempenhem muitas outras atividades para alcançar os perdidos durante esse ano especial, o Ano dos Leigos, disse Edgar Redondo, presidente da Igreja no norte da Colômbia, e acrescenta que mais de 50 mil membros leigos já foram treinados para esse grande impacto.

“Essas iniciativas não só enrique-cerão nossa igreja, mas, sobretudo, ajudarão os membros a descobrirem individualmente seus dons e talentos, com o objetivo de compartilhar a graça e o amor de Deus”, disse Redondo.

Os membros das igrejas no norte da Colômbia já estão realizando feiras (exposições) de saúde, distribuindo 200 mil cópias do livro O Grande Conflito para autoridades, políticos e em toda a comunidade, segundo Redondo.

Em todos os lugares da IAD a igreja se prepara para ter um Ano dos Leigos histórico e para comemorar as vitórias alcançadas, informaram os líderes.

“Sem os leigos, a igreja não tem razão de existir. Assim, estamos certos de que Deus continuará abençoando”, disse Leito.

Para saber mais sobre as iniciativas e materiais para 2013, Ano dos Leigos, visite (2013.interamerica.org). ■

N O T í C I A S D O M u N D O

F o t o s : l i b N a s t e v e N s / i a d

LÍDERES: Israel Leito, presidente da IAD, fala aos líderes da igreja e para o público on-line sobre os projetos do Ano dos Leigos, em 2013.

EVANGELIZANDO CRIANÇAS: Cecilia Iglesias, diretora do Ministério da Mulher da IAD (terceira da esquerda para a direita), fala sobre as atividades planejadas para as crianças no próximo ano. Benjamin Carballo (centro), diretor do Ministério Jovem, e Dinorah Rivera (direita), diretora do Ministério da Criança, aguardam por sua participação durante o evento.

Janeiro 2013 | Adventist World 7

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V I S Ã O M U N D I A L

O artigo a seguir é a primeira parte de um sermão proferido no sábado, 13 de outubro, durante o Concílio Anual da AG. A parte final será publicada na próxima edição. – Os Editores

Nosso texto bíblico – Mateus 14 – apresenta mensagem poderosa e prática no cenário

de um acontecimento fascinante na vida de Cristo, dos discípulos e da igreja. Essa passagem também contém grandes lições para nós.

ta para a proclamação do alto clamor:Encargo 1: Nossa necessidade de

completa compreensão do trabalho médico-missionário e da reforma de saúde como parte integral da missão nas cidades.

Encargo 2: Nossa grande necessi-

cidades para vê-Lo. O livro A Ciência do Bom Viver descreve o método de Cristo para alcançar aquelas pessoas: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’ (João 21:19). É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam” (p. 143).

Como Cristo realizava Seu minis-tério abrangente de saúde? Ellen White afirma que “Embora interrompido, prejudicado em Seu repouso, não ficou impaciente. Ao observar o povo que vinha, vinha sempre, viu uma necessidade ainda maior a demandar-Lhe a atenção” (O Desejado de Todas as Nações, p. 364).

Quão simpáticos e atenciosos somos quando se trata de abrir mão de nosso tempo particular para oferecer cuidado amoroso e suprir as necessidades dos outros? O ministério de Cristo deve ser o nosso ministério.

Ministério de Saúde Abrangente

Tive o privilégio de visitar Israel pela primeira vez no mês de junho, para a Terceira Conferência Bíblica Interna-cional organizada pelo nosso Instituto de Pesquisa Bíblica (veja “International Bible Conference Opens in Israel,” disponível em www.adventistworld.org/article/1264/resources/english/issue-2012-1006/ibc-1).

Parte da conferência aconteceu no Mar da Galileia, não muito longe de onde deve ter acontecido o evento de Mateus 14. Foi emocionante imaginar o local nas encostas das colinas onde Jesus supria as necessidades do povo. Seu coração ansiava por ajudar as multidões a encontrar a cura espiritual e física que tanto necessitavam. Ele iniciou diante

Deus está no ControleParte 1

Duvide:Nunca

Jesus havia acabado de receber a notícia da decapitação de Seu primo e precursor, João Batista, e precisava de um tempo sozinho. Mateus 14:13 relata: “Jesus retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto. As multidões, ao ouvirem falar disso, saíram das cidades e o seguiram a pé.”

Mesmo em meio à tristeza pessoal devido à morte de João batista, o coração de Jesus se voltava para os necessitados. A missão sempre estava à Sua frente, mes-mo durante os momentos mais difíceis, ela devia estar em primeiro lugar. Traba-lhar e chorar com Jesus pelas pessoas das cidades deve ser a nossa paixão.

Observemos dois encargos importan-tes e inter-relacionados na vida de Jesus, descritos em Mateus 14. Eles também podem ser aplicados à nossa experiência como igreja remanescente, que se apron-

dade de unidade altruísta em Cristo ao proclamarmos as três mensagens angélicas.

O Método de Cristo Garante o Sucesso

Jesus queria um lugar tranquilo, longe das exigências constantes das pessoas que buscavam Sua presença e a verdade que Ele compartilhava. Ao procurarmos ministrar a outros como Jesus fazia, é importante que separemos tempo para permitir que o Espírito Santo repare e revigore nossa alma para servir.

No entanto, quando Jesus procurou um lugar tranquilo, as pessoas sentiram Sua falta e perguntaram onde Ele estava. Alguns perceberam a direção que Jesus tinha tomado e O seguiram por terra e mar. Milhares saíram das

8 Adventist World | Janeiro 2013

Por Ted N. C. Wilson

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F o t o : s a N d r a b l a C k M e r

deles o ministério abrangente de saúde do qual todos nós somos chamados a participar, por ser ele parte integral das três mensagens angélicas.

Lemos em 3 João 2: “Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma.” Como Adventistas do Sétimo Dia, cremos no conceito da pessoa como um todo, ministrando para os que estão ao nosso redor de modo abrangente. Deus deseja que estejamos reavivados, reformados e cheios de saúde – física, mental, social e espiritual.

Seguindo o Exemplo de Cristo Nosso magnífico Redentor quer que

prosperemos por meio do relaciona-mento com Ele e pelo serviço aos outros. Enquanto esteve na Terra, “Jesus ia pas-sando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas-novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças” (Mt 9:35).

Esse ministério de Jesus deve ser a responsabilidade de cada adventista. Em cada cidade, os adventistas devem ministrar às pessoas, não apenas na igreja local, mas em centros de influên-cia como clínicas de saúde, restaurantes vegetarianos, salas de leitura, centros de aconselhamento e centros de serviço comunitário. Palestras sobre saúde, lite-ratura evangelística, pequenos grupos, trabalho missionário de porta em porta, evangelismo inovador pela mídia e tra-balho social que seguem os métodos de Cristo, serão efetivos. Estudos bíblicos, evangelismo público, ministério abran-gente de saúde e milhares de outras ini-ciativas de evangelizar que ainda serão criadas pela direção do Espírito Santo, devem ser a marca de nosso trabalho nas cidades.

Essa tarefa requererá tanto o envol-vimento dos membros leigos como dos pastores, incluindo os Serviços Comunitários Adventistas, ADRA, Rádio Mundial Adventista, TV Adventista (Hope Channel/Novo Tempo), Livrarias Adventistas e muitos outros.

Trabalhando Unidos Para este trabalho vital de evangelizar

pessoas nas grandes cidades, Deus está nos chamando a revigorar o uso de um ministério de saúde balanceado e abrangente, unindo os esforços de nos-sas instituições e ministérios de apoio. Como conselho que ainda é relevante hoje, Ellen White escreveu: “Todo mi-nistro do evangelho deve estar preparado para realizar a obra médico-missionária prática. Tal obra deve estar unida com o ministério evangélico como o braço está ligado ao corpo. […] Em nossas grandes cidades, a obra médico-missionária deve andar de mãos dadas com o ministério evangélico. Ela abrirá portas à verdade” (manuscrito 117, 1901).

Ellen White aconselha a estabelecer pequenos institutos ou postos avan-çados no campo, próximos às cidades onde os obreiros possam morar ou visitar para renovar suas forças, onde um centro de estilo de vida simples e saudável possa cuidar de hospedes que queiram aprender novo estilo de vida, e um lugar onde os jovens pos-sam ser treinados para o evangelismo nas cidades.

Precisamos de um planejamento estratégico, inspirado pelo Espírito Santo e realizado por administradores, pastores e profissionais da saúde para todas as cidades do mundo que produzirão um tipo de “colmeia” de evangelismo abrangente e atividades comunitárias, como Ellen White descreveu estar acontecendo em São Francisco, ao redor de 1906 (veja “Buzzing About the Beehive,” disponível em www.adventistreview.org/issue.php?issue=2011-1511&page=18).

Alcançando as Pessoas das Grandes Cidades

Esse é o tipo de trabalho a ser realizado na cidade de Nova Iorque, na campanha evangelística gigantesca que estamos planejando para 2013. Os líderes e evangelistas da Associação Geral e de todo o mundo, juntamente com os

pastores locais, profissionais de saúde e membros leigos, participarão de aproxi-madamente 350 reuniões evangelísticas na área metropolitana de Nova Iorque, Nova Jérsei e Connecticut. Minha esposa, Nancy e eu realizaremos uma dessas campanhas evangelísticas por três semanas no local onde comecei o meu ministério, na Igreja de Manhattan, localizada na West 11th Street, em Gre-enwich Village.

Tudo isso será precedido e seguido por trabalho comunitário e ministério abrangente de saúde, para alcançar essas áreas e muitas outras cidades do mundo. Ore por esse esforço evan-gelístico a fim de que, pelo poder do Espírito Santo, esse ministério atinja cerca de 650 das maiores cidades do mundo até 2015.

Apelo a cada um de vocês, especial-mente aos jovens, a estudar, planejar, orar e participar do grande plano de Deus para esse evangelismo urbano e ministério abrangente de saúde. Ele está chamando você para fazer parte da Sua equipe de pastores, profissionais de saúde, obreiros e membros de igreja que mostrarão compaixão para com os cansados, perdidos e feridos tanto física como espiritualmente, e assim levá-los a um relacionamento com Cristo.

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V I S Ã O M U N D I A L

Compaixão Prática O ministério abrangente de saúde

está suprindo as necessidades das pessoas de uma maneira prática e demonstrando o amor de Jesus quando levam um pão integral a um vizinho, ou quando tratam um paciente com a bondade de Cristo em uma de nossas muitas instituições de saúde.

“A obra médico-missionária tem sido apresentada como uma introdu-ção à verdade presente”, escreveu Ellen White. “É por esse trabalho que cora-ções são alcançados, e os preconceitu-osos serão abrandados e subjugados” (carta 110, 1902).

Podemos mostrar o amor e compaixão de Cristo ao transformar nossa igreja local em centro de vida saudável. Materiais produzidos pelo departamento do ministério da saúde e outras entidades podem ser usados para testemunhar o cristianismo prático – compartilhando com os vizinhos os benefícios dos hábitos saudáveis ins-pirados pelo Céu. Estratégias de saúde preventivas e práticas. Procedimentos simples e de baixo custo que podem ser realizados em casa. “Cada igreja um centro de saúde comunitário” é uma das abordagens mais baratas e efetivas de cuidado preventivo da saúde, ao “contarmos ao mundo” sobre o plano de Deus de restaurar a pessoa em todas as áreas.

O Alto Clamor

O ministério de saúde abrangente desempenha forte papel no alto clamor. Salientando a importância desse traba-lho, lemos: “A reforma de saúde está tão intimamente relacionada com a men-sagem do terceiro anjo, como o braço está para com o corpo; mas o braço não pode tomar o lugar do corpo. A procla-mação da mensagem do terceiro anjo, os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, eis o fardo de nossa obra. A mensagem deve ser proclamada em alta voz e deve ir a todo o mundo” (Conse-lhos Sobre o Regime Alimentar, p. 75).

Os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos que proclamam a terceira mensagem angélica, e são eles que proclamarão o alto clamor. Algumas mudanças devem acontecer em nós e por nosso intermédio para realizarmos a obra dirigida pelo Céu. O alto clamor acontecerá em meio à tempestade de perseguição que afetará a todos nós.

Devido à relação de trabalho muito próxima entre a reforma de saúde e a terceira mensagem angélica, há uma obra a ser realizada na saúde pessoal antes que seja concedido aos pastores e ao povo o poder de proclamar a terceira mensagem angélica e o alto clamor. “O povo de Deus […] têm uma obra a fazer por si mesmos, e que não podem deixar para que Deus a faça por eles… É uma obra individual; uma obra que não pode ser deixada para outro” (ibid., p. 32).

Líderes e membros da igreja, estamos dispostos a proclamar fortemente e viver decididamente a clara ligação entre a verdade bíblica e nosso bem-estar físico? Nós realmente acreditamos que Deus deu uma luz singular aos Adven-tistas do Sétimo Dia a respeito do estilo de vida saudável e nos encarregou de “contar ao mundo”?

É verdade que necessitamos de sabedoria, não de fanatismo em nossa apresentação da mensagem de saúde. “A reforma pró-saúde, exposta sabia-mente, demonstrará ser uma cunha de entrada onde a verdade pode seguir-se com acentuado êxito. No entanto, apresentar a reforma pró-saúde insensa-tamente […] tem concorrido para suscitar preconceitos entre os descrentes […] deixando a impressão de que somos extremistas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 285)

Resposta aos Enganos do Inimigo

O ministério abrangente de saúde – a apresentação prática dos princípios divinos de saúde – é a resposta para o pós-modernismo, movimento da

Nova Era, misticismo e filosofias pagãs que são parte dos enganos do inimigo no tempo do fim. Não cedam ao “fogo estranho” das crenças e práticas místicas quer seja na saúde ou na vida espiritual. Permaneça perto da Bíblia, do Espírito de Profecia e em conexão com o Céu por meio da oração particu-lar para que o Espírito Santo o ajude a discernir a verdade e a evitar o erro e o extremismo.

Deus está nos chamando para um reavivamento e reforma tanto espiritual quanto fisicamente. Participe do “Rea-vivados por Sua Palavra” lendo conosco pelo menos um capítulo da Bíblia por dia (veja revivedbyhisword.org). Não devemos nos satisfazer apenas com a rica herança do ministério de saúde adventista, mas devemos renovar nosso compromisso com as abordagens de saúde prática, promoção de saúde e o ministério abrangente de saúde.

Apelo a nossos pastores e profissio-nais de saúde a se unirem sob o poder do Espírito Santo. Agradeço a Deus pelas coisas maravilhosas que estão acontecendo em nossas igrejas, institui-ções de saúde, escolas e ministérios de apoio. Apelo aos nossos seminários e faculdades para que ofereçam cursos de saúde para estudantes de teologia e de todos os outros cursos.

Tenhamos consciência do poder de uma abordagem uniforme e homogênea, pois Cristo é a fonte da vida e da saúde.

“O mundo necessita atualmente da-quilo que tem sido necessário já há mil e novecentos anos – a revelação de Cristo. É preciso uma grande obra de reforma, e é unicamente mediante a graça de Cristo que a obra de restauração física, mental e espiritual se pode efetuar” (A Ciência do Bom Viver, p. 143). ■

Ted N. C. Wilson é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia

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S A Ú D E N O M U N D O

Sou pesquisador e estudei sobre a vitamina B12. A seção “Saúde no Mundo”, edição de agosto da Adventist World, deixou subentendido que os ovolactovegetarianos podem obter mais dessa vitamina do que aqueles cuja dieta é totalmente baseada em plantas. Recentemente, pesquisando a literatura, descobri que todas as dietas vegetarianas são deficientes em vitamina B12. Poderia comentar?

Entramos em contato com pesquisadores que estão estudando cerca de 95 mil

adventistas norte-americanos, incluindo grupos cuja dieta é: totalmente baseada em plantas, os ovolactovegetarianos, onívoros e grupos entre eles (Estudo de Saúde Adventista II). Você está correto quando menciona que a vitamina B12 é a preocupação de todos os vegetarianos – e talvez dos que vivem onde os alimentos não são fortificados.

A vitamina B12 é solúvel em água e importante porque facilita a ação do ácido fólico. Ela também é necessária na formação do sangue e do tecido nervoso. É encontrada naturalmente apenas em alimentos de origem animal e, conse-quentemente, sua suficiência é importante a todos os vegetarianos. Os sintomas de deficiência demoram a se manifestar.

A princípio, o grupo de adventistas no Estudo Adventista de Saúde não parece apresentar índices importantes de deficiência de vitamina B12, talvez devi-do ao consumo consciente de alimentos fortificados com suplementos da B12. As descobertas dos níveis de vitamina B12 no Estudo Adventista de Saúde são pre-liminares e não devem ser interpretados

como definitivos. Há ainda a necessida-de de vigilância entre os vegetarianos, e mesmo daqueles que se sentem seguros por consumir carne ocasionalmente.

A doença chamada anemia perni-ciosa, na qual o indivíduo tem falta do que chamamos de “fator intrínseco”, provoca a má absorção da vitamina B12. Pessoas com anemia perniciosa normal-mente necessitam 1.000 microgramas de vitamina B12 (injetável) ao mês ou de comprimidos solúveis que são absorvi-dos na boca.

O Jornal da Associação Médica Canadense publicou recentemente um artigo sobre a deficiência da B12 em dois bebês amamentados com leite materno.1 Uma das mães era vegana e a outra portava anemia perniciosa. Quando a própria mãe tem níveis bai-xos de vitamina B12, seu leite também contém níveis inadequados da vitamina. Essas crianças se tornaram anêmicas e sofreram problemas na formação neu-rológica. Os sintomas exibidos eram: letargia, baixo tônus muscular, apatia e fraqueza geral. Isso demonstra que os vegetarianos devem ficar alertas sobre sua necessidade de vitamina B12.

Algo muito preocupante é o consu-mo do leite de soja, sem acréscimo de vitaminas, utilizado como substituto do leite de vaca. Ele não contém a fortificação necessária da vitamina B12. É importante conferir o conteúdo nutricional de todos os substitutos de produtos animais para certificar de que contêm vitamina. Se eles não contiverem, recomendamos que tais vegetarianos tomem suplementos de vitamina B12.

Estamos especialmente preocupados com mães veganas que amamentam. Elas devem tomar suplementos de B12 e seus bebês devem ser cuidadosamente supervisionados pelo pediatra no mo-nitoramento dos níveis da vitamina. Os

danos causados ao cérebro ou nervos, provocados pela deficiência da vitamina B12, geralmente são irreversíveis. O consumo mínimo recomendado é de 2,5 microgramas ao dia, e deve ser considerado.

O artigo do Jornal da Associação Médica Canadense (referindo-se a vários estudos) declarou que no Canadá, uma em cada 20 mulheres em idade fértil tem níveis inadequados de vitamina B12. A pesquisa descobriu que cerca de 5% das mulheres entre 20 e 45 anos de idade eram deficientes e tinham problemas na reserva.

Numa escala mundial, a deficiência da vitamina B12 registra risco significa-tivo nos subcontinentes da Índia, México, América Central e certas regiões da África.

Há importantes vantagens para a saúde na dieta vegetariana. Até agora, nem o Estudo de Saúde Adventista ou qualquer outro estudo científico válido permite a seleção de uma ou outra variedade de dieta vegetariana como sendo definitivamente superior a outras, mas é evidente que todo vegetariano deve estar ciente de sua necessidade de vitamina B12. ■

1 Nadia Ronmeliotis, David Dix, and Alisa Lipson, in Canadian Medical Association Journal 184, no. 14 (2 de outubro de 2012).

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral.

Voltando àVitaminaB12

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

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D E V O C I O N A L

Quando pensamos em Gênesis 3, comumente nos lembramos: Ah, sim, esse é o capítulo

em que Deus expulsou Adão e Eva do Paraíso. Sem dúvida, isso é verdade. O capítulo relata a triste história da queda e da saída obrigatória do casal. Porém, se olharmos com mais atenção, veremos a surpreendente revelação do caráter de Deus e do evangelho.

Conhecendo a Deus Só podemos desenvolver relaciona-

mento com alguém que realmente conhecemos. Quando temos a con-cepção errada sobre uma pessoa, isso afetará negativamente o relacionamento com ela. A mesma coisa acontece no relacionamento com Deus. Para desenvolvermos uma relação de amor com Ele, devemos compreender inteiramente Seu caráter. Foi por isso que Jesus disse: “Esta é a vida eterna: que Te conheçam” (Jo 17:3).1

Quando Deus criou Adão e Eva, eles O conheceram de maneira privilegiada. Eles O amavam. Descobriram que o que mais os alegrava era o tempo que pas-savam juntos. Mas quando Satanás en-ganou Eva, colocou na mente dela uma imagem errônea sobre Deus e a levou a crer que Deus era egoísta, injusto e que não desejava o melhor para eles (cf. Gn 3:1-5). Assim, seu relaciona-mento com Deus foi severamente prejudicado e eles se esconderam de Sua presença. É importante compreender que: O pecado não começa com um ato, mas com a aceitação da imagem errada do caráter de Deus! O ato de pegar o fruto proibido foi simplesmente a consequência desse conceito errôneo sobre Deus.

Conceitos Errôneos sobre Deus Essa não é apenas uma história

antiga. Ela ainda se repete hoje! Quan-tas pessoas, mesmo na igreja, têm uma

homem a imaginar Deus como um Ser cujo principal atributo fosse a justiça severa – um rigoroso juiz, e credor exigente e cruel. Representou o Criador como um ser que espreita desconfiado, procurando discernir os erros e pecados dos homens, para que possa trazer juízos sobre eles. Foi para dissipar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus baixou para viver entre os homens.”2

O Caráter de Deus em Gênesis 3 Essa revelação de Deus por meio de

Jesus Cristo não começou quando Jesus viveu na Terra, mas em Gênesis 3. Tão logo aconteceu o pecado, naquele mesmo momento e lugar, Deus Se revelou como Salvador do homem!

Qual foi a resposta de Deus após Adão e Eva terem pecado? Ele não precisou encontrar argumentos para provar que o mal era errado. Ele demonstrou que Ele era totalmente diferente daquilo que Satanás afirmava. Vejamos com mais atenção como Deus agiu:

imagem errônea sobre Deus? “Deus me ama quando sou bom!” “Deus não vai me perdoar; já fui muito longe.” “Deus me ama tanto que vai me salvar, não importa o que eu faça.” São tantos conceitos errôneos sobre Deus, em todas as formas e cores, que acabam afastando as pessoas dEle. Isso é trágico! Quando temos a imagem errada de Deus, não podemos nos relacionar adequadamente com Ele, porque cremos em um deus que não existe. É por essa razão que o inimigo está tão ansioso para espalhar mentiras sobre o caráter de Deus! Essa também é a razão pela qual Deus move Céus e Terra para nos mostrar quem realmente Ele é! Ele tem diversas maneiras de nos ajudar a compreender que é amoroso e justo. Porém, a melhor revelação de Deus encontramos em Jesus Cristo. “Não obstante todas essas provas, o inimigo do bem cegou o espírito dos homens, de maneira que foram levados a olhar a Deus com temor, considerando-O severo e inexorável. Satanás levou o

Por Michael Doernbrack

O Evangelho segundo Gênesis

Encontrando

Lugares Escurosem

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1. Após a Queda, Deus poderia mandar anjos prenderem Adão e Eva e os conduzir ao tribunal celeste. Mas Ele não fez isso. Deus escolheu deixar o Céu e descer onde havia acontecido o pecado, encontrar-Se com a humanida-de onde ela estava. Mais tarde, Deus fez a mesma coisa quando deixou o Céu e tornou-Se homem para nos salvar.

2. Quando Adão e Eva se escon-deram da presença de Deus, Ele os procurou e fez perguntas. Ele perguntou a Adão: Onde está você? Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer? (versos 9, 11). Quando Adão culpou Eva e consequentemente Deus, Ele perguntou a Eva: Que foi que você fez? (verso 13). Ela culpou a serpente, e também a Deus, porque, afinal de contas, quem havia criado a serpente?

Pense bem! Por que Deus faz per-guntas? Ele não sabe todas as coisas? É certo que sim. Quando Deus faz perguntas na Bíblia, nunca é por falta de conhecimento de Sua parte.

experimentar as consequências do pecado. Mas Deus não os tirou do paraíso sem esperança. Na sentença dada a Satanás, Deus fez a promessa do Salvador que viria destruir Satanás e salvar a humanidade.

4. Deus Se revelou como um Deus de amor. Ele viu a humanidade com as imperfeitas roupas de folhas e sabia que elas não funcionariam no mundo que estavam prestes a entrar. Assim, fez roupas de peles para vesti-los. Foi derramado sangue inocente. Foi Deus quem providenciou o sacrifício. Deus fez as roupas. Deus os vestiu. É importante notarmos que até aquele ponto não havia sinal algum de arre-pendimento por parte de Adão e Eva. As roupas não foram uma reação de Deus ao arrependimento deles. Elas eram presentes da graça! Que lindo quadro de salvação Ele nos oferece por meio da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Gênesis 3 não é um capítulo que mostra apenas como Deus expulsou Adão e Eva do paraíso. É um capítulo que demonstra uma linda imagem do caráter de Deus e, por fim, revela o evangelho. Da próxima vez que você ler esse capítulo, lembre-se de que a graça salvadora de Deus é maior do que o pecado! ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.2 Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 10, 11.

Michael Doernbrack é pastor da Igreja de Isny, Alemanha. É também o fundador e diretor da

Escola Missionária Josias, que treina jovens dispostos a dedicar algum tempo de sua vida como discípulos, capazes de comunicar o evangelho efetivamente.

O pecado não começou com uma ação.

Quando Elias fugiu de Jezabel, Deus perguntou duas vezes a ele: “O que você está fazendo aqui, Elias?” (1Rs 19:9, 13). Quando levaram o cego Bartimeu a Jesus, Ele perguntou: “O que você quer que Eu lhe faça?” (Mc 10:51). Antes de Jesus curar o homem no tanque de Betesda, perguntou-lhe: “Você quer ser curado?” (Jo 5:6).

Quando Deus faz perguntas, é porque Ele quer que as pessoas percebam quanto necessitam dEle. Deus quer levá-las ao arrependimento e à salvação. Isso é importante: O Deus que faz perguntas é o Deus que quer salvar. Quando Deus veio ao jardim depois da queda, veio como um Salvador compassivo que queria desesperadamente salvar Adão e Eva. Quando Deus foi a Satanás, Ele não fez perguntas. Por quê? Porque o ini-migo tinha ido muito longe. Deus não foi como Salvador, mas como Juiz.

3. Deus também demonstrou Sua justiça e Sua aversão ao pecado. Adão e Eva tiveram que deixar o paraíso e

O Evangelho segundo Gênesis

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Há algum tempo, vi a caricatura de um homem descendo a montanha com duas tábuas de pedra nas mãos. Ele parecia cansado, exausto e foi apresentado

como um Moisés moderno. Vendo-se assediado por profis-sionais da mídia, começou sua declaração com as seguintes palavras: “Devido à natureza delicada do assunto, minha fonte de informações deseja permanecer no anonimato.”

Qual é nossa opinião hoje, sobre a lei de Deus e os Dez Mandamentos? É esse um assunto (ou doutrina) “delicado” sobre o qual preferimos manter silêncio?

de Salvador. Porém, o plano da salvação foi criado porque a humanidade desobedeceu os mandamentos de Deus. Como resultado, nos tornamos pecadores e necessitados de um Salvador. A Trindade fez um plano, e Seu nome era Jesus. Sua graça salvadora é nossa única esperança e nos transforma. A Bíblia deixa bem claro: “Todo aquele que nEle permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não O viu nem O conheceu” (1Jo 3:6). Um pouco antes, no verso 4, João defini o pecado: “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.”

NÚmerO 19

A obediência inspira o amorPecamos ao transgredir a lei, o que significa que destru-

ímos nosso relacionamento com O Doador da lei. Mesmo comumente definida, ilegalidade (transgressão) é não ter respeito ou consideração pela lei. Se cremos que Jesus nos salvou do pecado, devemos crer que o poder para obedecer aos mandamentos de Deus também está nEle, pois nEle não há pecado (verso 5). Essa obediência não está apoiada no legalismo, mas moldada pela graça que produz o amor em nós (1Jo 5:3).

Um LembreteLemos em Romanos 3:20: “pois é mediante a Lei que nos

tornamos plenamente conscientes do pecado”. Mais tarde, Paulo elabora um pouco mais esse pensamento, observando: “Que diremos então? A Lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da Lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a

EscritaCoração

em nosso

O Autor Em contraste com essa caricatura de Moisés, o Moisés real

do passado começou sua mensagem se referindo à verdadeira fonte: “E Deus falou todas estas palavras: Eu sou o Senhor, o teu Deus” (Ex 20:1, 2).1 Deus claramente distinguiu a Si mesmo (dos outros deuses) como o autor dos Dez Manda-mentos. É muito fácil dizer o seguinte: “os Dez Mandamentos não são mais obrigatórios”. Quantos cristãos dizem que “os Dez Mandamentos divinamente inspirados, já não são mais válidos?” A fonte de um texto nos fala sobre seu conteúdo e está intimamente ligada à sua autoridade. Quando negligen-ciamos a fonte suprema dos mandamentos, estamos negando Sua autoridade (Ex 31:18).

O Ponto Principal A salvação está centralizada somente em Cristo. Se não

há pecador, não há absolutamente nenhuma necessidade

Por Clifford Owusu-Gyamfi

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Lei não dissesse: ‘Não cobiçarás’” (Rm 7:7). E ele continua: “E então, o que é bom se tornou em morte para mim? De maneira nenhuma! Mas, para que o pecado se mostrasse como pecado, ele produziu morte em mim por meio do que era bom, de modo que por meio do mandamento ele se mostrasse extremamente pecaminoso.”

Ao abrirmos a Palavra, o Espírito de Deus nos convence do pecado e revela suas terríveis consequências. Como lembrete, a lei de Deus dirige nossa atenção a Cristo. Ela nos leva a buscar O Salvador. Assim, agradeçamos a Deus por ter escrito a lei nas tábuas do nosso coração e mente (Jr 31:31-33; Hb 8:10).

O Testemunho do Amor Certa vez, um advogado perguntou qual era o manda-

mento mais importante, e Jesus deu a seguinte resposta: “O mais importante é este: ‘Ouça, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu en-tendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes” (Mc 12:29-31).

Ninguém deve pressupor que esse seja um novo manda-mento do Novo Testamento. Jesus citou um texto do Penta-teuco, algo que fazia com frequência quando ensinava (Dt 6:4 e 5; Lv 19:18). O povo de Deus conhecia a lei de amor desde o princípio, mas ela foi negligenciada.

Posso imaginar o advogado concordando com um sorriso e dizendo: “Muito bem, Mestre!” (Mc 12: 32), enquanto Jesus continuava: “Você não está longe do Reino de Deus” (verso 34).

Nós também não estamos longe do reino de Deus quando reconhecemos a verdadeira natureza de Sua lei, mais espe-cificamente, os Dez Mandamentos. É por meio da lei que podemos aprender como amar a Deus e ao próximo. Reco-nhecemos que Deus deve ser o primeiro e o mais importante. Compreendemos a importância da obediência e do respeito entre pais e filhos. Apreciamos o relacionamento sagrado de amor entre marido e esposa. A lei de Deus escrita no coração nos conduz à ilimitada fonte do amor divino, que, em troca, compartilhamos com os que estão ao nosso redor.

A Cruz e a Lei Em última análise, é importante destacar que a cruz define

o amor (Jo 3:16), e que a lei exige amor (Jo 14:15; 1Jo 5:2). Guardamos a lei (que aparece junto com os testemunhos de Jesus em Apocalipse 12:17). Somente a verdadeira compre-ensão sobre a cruz e a lei fará de nós cristãos completos. O testemunho de Jesus Cristo e a lei de Deus andam juntos e são a marca do povo de Deus no tempo do fim.

Deus nos deu Seus mandamentos para guiar nosso comportamento moral. Eles são os únicos princípios legais para dirigir a vida. São destinados a orientar a mente e a consciência; e quando regem a nação, é uma bênção! Sim, às vezes tropeçamos, mas Sua graça sempre é suficiente por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Obedecemos porque O amamos. Foi assim que Ele viveu Sua vida, e isso Ele requer de nós também. ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

Clifford Owusu-Gyamfi é nativo de Gana e está cursando doutorado na Universidade de Lausanne, Suíça.

A obediência inspira o amor

LeiDeusde

a

Os grandes princípios da lei de Deus são incorporados nos Dez Mandamentos e exemplifi-cados na vida de Cristo. Expressam o amor, a vontade e os propósitos de Deus acerca da conduta e das relações humanas, e são obrigatórios a todas as pessoas, em todas as épocas. Esses preceitos constituem a base do concerto de Deus com Seu povo e a norma no julgamento de Deus. Por meio da atuação do Espírito Santo, eles apontam para o pecado e despertam o senso de necessidade de um Salvador. A salvação é inteira-mente de graça, e não pelas obras, mas seu fruto é a obediência aos mandamentos. Essa obediên-cia desenvolve o caráter cristão e resulta numa sensação de bem estar. É uma evidência de nosso amor ao Senhor e de nossa solicitude por nossos semelhantes. A obediência da fé demonstra o poder de Cristo para transformar vidas e fortalece, portanto, o testemunho cristão. (Ex 20:1-17; Sl 40:7, 8; Mt 22:36-40; Dt 28:1-14; Mt 5:17-20; Hb 8:8-10; Jo 15:7-10; Ef 2:8-10; 1Jo 5:3; Rm 8:3, 4; Sl 19:7-14.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, No 19

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A R T I G O D E C A PA

FacesADRAda

O serviço humanitário da igreja é o braço que oferece esperança e cura.

A van parou repentinamente e um passageiro de aparência distinta, com cabelos grisalhos, óculos com aros pretos, colocou a cabeça fora da janela para observar o comboio

de veículos enfileirados à frente. Caminhões, ônibus, carros e carroças puxados por animais se estendiam por cerca de dez quilômetros entre ele, os funcionários da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) e a ponte bombardeada. Uma balsa grosseiramente construída, aparentemente era o único meio disponível para atravessar o rio, e por ter a capacidade de transportar apenas uns poucos veículos por vez, Robert L. Rawson, então tesoureiro da Associação Geral e assistente do presidente da comissão administrativa da ADRA, resignou-se à longa espera.

Rawson estava a caminho de Sarajevo, capital da Bósnia. Em fevereiro de 1996, cerca de dezoito meses antes, a severa intervenção militar da OTAN finalmente acabou com os quase quatro anos do cerco sérvio à cidade, e Rawson estava indo lá para acompanhar o trabalho dos funcionários e voluntários da ADRA naquela região. Ele havia ouvido muitas histórias de coragem sobre os funcionários da ADRA em Sarajevo. Uma mulher havia arriscado continuamente a vida caminhando mais de oito quilômetros todos os dias até o depósito da ADRA–se escondendo atrás dos prédios para se livrar dos projéteis caindo ao seu redor – a fim de classificar correspondência e pacotes que a ADRA da Alemanha furti-vamente fazia chegar até a cidade. Ela sobreviveu, mas a filha de outra funcionária da ADRA, uma das que traziam as cor-respondências, não teve a mesma sorte. Foi morta enquanto ajudava outros.

Rawson estava ansioso por encontrar e falar com as pessoas que haviam arriscado e sacrificado tanto, mas agora, ao ver a longa fila de veículos à sua frente, pensou: Vamos ficar aqui por um bom tempo. No entanto, para sua surpresa, em poucos minutos um atendente militar uniformizado se dirigiu até a van e ordenou ao motorista que fosse para a frente da fila. Rawson e seu grupo entraram na balsa em sua primeira travessia do rio naquele dia.

“O que aconteceu?” Rawson perguntou ao motorista.“É o logo da ADRA do lado de fora da van. Ele é muito

conhecido e altamente respeitado por aqui. O povo aprecia o que fazemos”, explicou.

Quase duas décadas mais tarde, Rawson, que deixou sua aposentadoria em julho para servir como presidente interino dessa agência, conta a experiência para exemplificar o com-promisso da ADRA para com o serviço humanitário.

“A ADRA é as mãos e os pés de Jesus”, disse Rawson à Adventist World. “Sua missão é alimentar o faminto, vestir o nu, visitar o encarcerado e ajudar as pessoas sem esperança a ter uma visão de Jesus […]. Essa é a mais gloriosa tarefa que Deus pode dar a uma pessoa – ajudar aos outros.”

Como Tudo Começou As raízes da ADRA remontam ao ano de 1956, quando a

igreja instituiu a primeira organização de assistência humanitária chamada de Seventh-day Adventist Welfare Service (SAWS) [Serviço Social Adventista do Séti-mo Dia]. Em dois anos, a SAWS

Por Sandra Blackmer

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estava dando assistência ativamente a 22 países, provendo alimento, água e roupas, num total avaliado em aproxima-damente 500 mil dólares. Em 1973, o nome foi mudado para Seventh-day Adventist World Service (Serviço Mundial Adventista do Sétimo Dia) e a missão da organização foi ampliada para incluir programas de desenvolvimento a longo prazo e assistência a desastres.

Para espalhar mais acuradamente essa ênfase, foi criada uma organização intrinsecamente nova chamada Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais que substituiu a World Service em 1983. Hoje, a ADRA tem cerca de seis mil funcionários – 69 em sua sede internacional em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos – desenvolvendo programas em mais de 120 países. Com sua base financeira calcada em subvenções governamentais e doações particula-res, a cada ano assiste milhões de pessoas em todo o mundo.

“Quando você se encontra com as pessoas que estamos ajudando e vê como a ADRA leva esperança e socorro para os que estão aparentemente desesperados, é algo que muda a vida. Os adventistas devem se orgulhar do trabalho que a ADRA desenvolve”, diz Rawson.

Setores da ADRAA ADRA tem como missão tornar conhecido o justo,

misericordioso e amorável caráter de Deus por meio do serviço humanitário. Seu princípio inclui o direito que todas as pesso-as têm aos bens básicos, serviços e cuidados, assim como uma vida de oportunidades e de liberdade para escolher seu próprio futuro. Para atingir esses objetivos, a ADRA oferece cinco

setores principais de serviço: Socorro em emergências, agricultura, direitos humanos, saúde primária e educação básica.

Em Tempo de Crise A ADRA é uma das primeiras a responder a muitos desas-

tres internacionais, muitas vezes chegando ao local, 24 horas após a ocorrência. Emanuel da Costa, diretor de administração e resposta a emergências, diz que isso é devido à grande rede de escritórios locais e regionais e planos redefinidos de respostas a emergências. Para desastres de pequenas proporções, o diretor da ADRA do país e a equipe regional verificam os estragos e notificam à ADRA Internacional, a qual planeja o auxílio que mais se adequa às circunstâncias e necessidades. Desastres de larga escala requerem a resposta não só da ADRA Internacio-nal, mas também das sucursais em países como Alemanha, Austrália e Canadá. Nos mega desastres como o terremoto de 2010 no Haiti, a ADRA Internacional e suas regionais dos países e organizações parceiras, colaboram com seus esforços.

“O objetivo da ADRA é mudar a vida das pessoas tão radicalmente para o bem como os desastres mudaram drama-ticamente para pior”, diz da Costa.

Da Costa, funcionário da ADRA há doze anos, já serviu em três países da África. Ele conta que sofrimento e a pobreza que testemunhou são de cortar o coração, mas observa que “não mudaria de emprego por nada no mundo”. Ele também não espera que a necessidade de socorro a desastres termine tão cedo.

“Vemos aumentar os períodos de seca seguidos por chuvas pesadas causando enchentes devastadoras e recorrentes em

ZIMBÁBUE: (Esquerda) Tonderai, cujos pais morreram de AIDS, agora tem acesso a água limpa e fresca do poço furado pela ADRA. BRASIL: (Acima) O treinamento da ADRA melhora as técnicas agrícolas e aumenta a produção da lavoura. BANGLADESH: (Direita) As figuras são ferramentas simples mas muito eficientes para ensinar sobre saúde e nutrição.F o t o s : C o r t e s i a d a a d r a

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A R T I G O D E C A PA

muitos lugares do mundo. Essa tem se tornado a nova realidade para muitas populações que não podem lidar com mudanças permanentes e muitas vezes extremas nos padrões climáticos. Os desastres que podem estar associados com as mudanças e conflitos climáticos estão aumentando significativamente em número e em impacto.”

Ele menciona que as necessidades crescentes adicionam pressão ao uso dos recursos da agência. “Deus colocou uma grande responsabilidade sobre as pessoas desta organização. Devemos ser canais apropriados para a assistência. Essa é nossa missão e devemos executá-la bem.”

Para Longo TermoA ADRA oferece não apenas socorro em emergências;

ela se estabelece nos países em desenvolvimento por períodos de no mínimo três a cinco anos e muitas vezes por períodos mais longos. A vice-presidente de finanças da ADRA, Robyn Mordeno, explica que transformar vidas para melhor leva tempo, especialmente se é para fazer diferença a longo prazo.

“Precisamos de tempo para desenvolver as pessoas e as comunidades, de modo que as mudanças sejam sustentáveis. Dessa maneira nos tornamos bem conhecidos nas regiões e em nossas atividades, e porque já estamos lá, quando acontecem as emergências podemos nos mobilizar rapidamente.”

Mordeno cita o Vietnam como exemplo de promoção da sustentabilidade. A ADRA construiu e equipou um hospital ali. Instruiu médicos e enfermeiros a como usar o equipamento. Financiou a viagem e treinamento da equipe a um hospital já estabelecido em outro país.

“Foram ensinadas técnicas e tecnologias modernas, e trouxeram o que aprenderam para integrar aos seus próprios costumes e contexto local”, disse Mordeno.

Agricultura A ADRA tem consciência ecológica e defende a sustentabi-

lidade do meio ambiente muito antes do “ser verde” se tornar uma tendência. Projetos agrícolas em suas comunidades nas regiões em desenvolvimento, tais como: Bolívia, Chade, República Democrática do Congo, Nicarágua, Moçambique e Peru, recebem alternativas orgânicas de pesticidas e fertilizantes para os agricultores, e promovem a conservação. Utilizam produtos ambientalmente amigáveis e técnicas que resultam em rendimentos mais elevados, mais alta qualidade dos produtos e aumento da fertilidade do solo, diz Jozimo Santos Rocha, conselheiro técnico de agricultura e desenvolvi-mento econômico.

“A maioria de nós está aqui por que ama a Deus, a igreja e a missão da igreja. Cremos no que a igreja está fazendo para ajudar os outros. Vendo as mudanças positivas nas pessoas e nas comunidades – mudando a condição das pessoas, de méto-dos agrícolas ineficientes e improdutivos para técnicas simples, eficientes e de baixo custo que reduzem a carga de trabalho e aumentam a produtividade da lavoura – é o que fortalece seu comprometimento”, diz Rocha.

BOLÍVIA E GANA: (Acima e à direita)

A ADRA desenvolve projetos agrícolas em

regiões vulneráveis do mundo onde há insegu-rança de mantimentos

como na Bolívia e Gana. NÍGER: (Abaixo) Milhares

de meninas em Níger podem agora frequentar

a escola devido ao programa “Cabras para Meninas”, desenvolvido

pela ADRA.

18 Adventist World | Janeiro 2013

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Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World e mora em Silver Spring, Maryland, E.U.A.

Ele conheceu, em Moçambique, um desses agricultores subsistentes que produzia milho, alimento importante na região. A produção era baixa e ele caminhava mais de nove quilômetros para vender seu produto no mercado. O que ganhava mal dava para sobreviver com sua família. Três anos após a ADRA chegar e fornecer assistência técnica e treina-mento, o agricultor não estava apenas cultivando e vendendo maiores quantidades de milho, mas também outros produtos mais lucrativos como amendoim e ervilha. Hoje, ele é parte da organização comunitária de agricultores e seus produtos são agregados aos produtos de outros agricultores e transpor-tados para o mercado por um caminhão. O padrão de vida de sua família melhorou, pois ele agora pode comprar outros bens, inclusive uma bicicleta.

“Quando você vê esforço e dinheiro investidos em algo que realmente muda a vida de pessoas e comunidades, é muito compensador”, menciona Rocha.

Iniciativas de Saúde Sonya Funna Evelyn, conselheira chefe de técnicas de saúde,

define como integral o cuidado da ADRA com a saúde do indi-víduo. Ela explica que concentrar atenção na família inteira – marido, mulher e filhos – é o maior potencial de boa saúde.

“Em países como o Sudão, quando uma mulher fica grá-vida, garantimos que ela receba de seu esposo o apoio de que precisa e a nutrição necessária para si e para o bebê. Quando o bebê nasce, mais uma vez queremos garantir que recebam (mãe e bebê) nutrição adequada e que o bebê seja vacinado. Educamos o marido a se conscientizar das necessidades da sua família – para que quando sai para trabalhar, use o salário para educação, saúde ou o que seja necessário”, diz Evelyn.

Usando ferramentas simples como cartazes, a equipe da ADRA vai frequentemente às casas educando as famílias sobre nutrição e saúde. Essas pessoas compartilham o conhe-cimento adquirido com as pessoas das vilas próximas.

“O efeito multiplicador é enorme”, diz Evelyn. “Come-çamos com poucas centenas de mulheres e acabamos com milhares. E não demora muito para vermos o impacto. As crianças não adoecem tão frequentemente; menos crianças morrem; as mulheres tornam-se mais saudáveis, e eles são muito receptivos e agradecidos pelo que nós fazemos.”

Não é Para Quem Não tem CoragemOs funcionários da ADRA em regiões politicamente

instáveis arriscam a vida, sendo que alguns pagam o preço máximo. Outros deixam para trás sua casa e familiares para viver em condições inferiores, em climas extremos, colocando sua saúde em risco.

Jason Brooks, atual gerente de doações particulares para a ADRA, trabalhou como diretor durante cinco anos em Níger (África). Cerca de cem membros adventistas somente vivem nesse país dominado pelo islamismo. As temperaturas lá podem subir a 54º C, e embora o povo seja trabalhador, mal consegue ganhar a vida cultivando o solo duro e arenoso.

“Níger é um local com muitas necessidades e subdesen-volvido, e com o calor intenso, poeira e falta de saneamento para a maioria das pessoas, não é fácil viver lá. Mas a ADRA realmente está fazendo a diferença e os muçulmanos vêm os adventistas como pessoas boas devido às muitas maneiras como os temos ajudado”, menciona Brooks.

A influência da ADRA na educação das meninas em Níger é visível. A pobreza força os pais a manterem as filhas em casa para ajudar nas tarefas domésticas em vez de enviá-las para a escola. Assim, Brooks e seus colegas criaram um programa chamado “Cabras para Meninas”. Os pais que concordam em matricular suas filhas na escola recebem uma cabra para complementar a renda. Como resultado “milhares de me-ninas estão frequentando a escola”. Brooks acrescenta ainda que, “a recompensa de ver essas meninas sendo educadas é inacreditável. O bem- estar da família, como elas cuidam de seus filhos mais tarde, tudo melhora quando são instruídas”.

Compartilhando Jesus O proselitismo aberto é vetado aos funcionários da

ADRA, porque para financiar muitos projetos a ADRA utiliza recursos públicos. “Mas, declaramos quem nós somos”, diz Rawson. “Somos uma ONG religiosa; deixamos isso claro e todos compreendem. Entretanto, nas comunidades onde a ADRA serviu o solo está fértil para o evangelismo. A ADRA espalha a semente e lança o alicerce sobre o qual outros podem construir. Podemos não estar usando palavras para proclamar o evangelho, mas estamos proclamando com nossas ações. Também mostramos que Jesus ama as pessoas, quando as amamos e cuidamos delas.”

No dia 10 de outubro, a ADRA Internacional nomeou Jonathan Duffy, CEO da ADRA Austrália, como presidente do braço humanitário da Igreja Adventista. Duffy era o CEO da ADRA Austrália desde 2008. Para ler a reportagem completa, veja a edição de dezembro de 2012 da Adventist World ou visite a página (adventistworld.org).

Embora ocasionalmente façam parceria, a na maioria das vezes a ADRA serve países fora dos Estados Unidos, e a Adventist Community Services (communityservices.org) é a entidade da igreja que responde a desastres e outras necessidades humanitárias nos Estados Unidos.

Para saber mais sobre a ADRA, visite (adra.org). Você também pode seguir a ADRA Internacional no Facebook (facebook.com/joinADRA) e no Twitter (twitter.com/ADRAIntl). ■

F o t o s : C o r t e s i a d a a d r a Janeiro 2013 | Adventist World 19

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A R T I G O E S P E C I A L

EncontrandoPor James Park

Compreendendo como as pessoas respondem ao evangelho

A maioria de nós já viu fotografias, assistiu a vídeos e leu reportagens sobre grande

número de pessoas sendo batizadas em terras distantes. Em contraste com esses relatórios fantásticos, a igreja na maioria dos países desenvolvidos, tem crescido muito mais lentamente e tem até experimentado o decréscimo.

Embora a generalização acima tenha pouco de verdade, penso que alguns membros ficariam surpresos ao saber que há muitos lugares no mundo cujo crescimento é bem mais difícil do que na América do Norte. Neste artigo, quero descrever brevemente o quadro do crescimento mundial de nossa igreja e como isso se relaciona com o impor-tante princípio da receptividade.

Taxa per Capita de Adventistas do Sétimo Dia

Os dados estatísticos básicos aqui utilizados correspondem ao número de adventistas do sétimo dia por 10 mil habitantes em um país. Os dados são do Yearbook (on-line) de 2010 da Associa-ção Geral.1

Utilizando essa proporção básica, verificamos vasta divergência na pene-tração da Igreja Adventista no mundo. Note dois extremos: na Turquia a pro-porção de adventistas na população é de

Fértil

F o t o s : C o r t e s i a d a a d r a

20 Adventist World | Janeiro 2013

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cerca de 0,01 membro para cada 10 mil habitantes. Por outro lado, o Zimbábue tem o elevado índice de 473 membros para cada 10 mil habitantes.

Na América do Norte, há 32 adventistas para cada 10 mil habitantes, índice relativamente alto para um país desenvolvido. Em contraste, a União Britânica da IASD tem 4,5 e a Itália 1,4 para cada 10 mil habitantes. Esses números da Europa Ocidental são pró-ximos a alguns nos campos mais difíceis da Ásia. A média em países budistas modernos, como a Tailândia e Taiwan é de cerca de 2 para cada 10 mil, e o Japão secular tem 1,2 para cada 10 mil

habitantes. Um fator importante que ajuda a compreender a razão para essa grande divergência é o “princípio-chave da receptividade”.

Receptividade – Um Fator Importante

Muitos exemplos nas Escrituras e vida cotidiana ilustram que a recep-tividade de um indivíduo ou país ao evangelho é grandemente afetada pela quantidade de mudanças e dificuldades que enfrenta. A prisão de Manassés (2Cr 33:10-13), a lepra de Naamã (2 Rs 5) e a mensagem de julgamento contra Nínive (Jonas 3) atraíram vidas para o poder de cura do evangelho. Mudanças negativas como perda de emprego, divórcio, morte, mudança, desastres naturais, etc., tendem a aumentar a receptividade ao evangelho, pois oferecem respostas para quem tem sido desafiado até o cerne.

Ellen White declara no livro O Desejado de Todas as Nações, que essa abertura ao evangelho pode ocorrer com uma pessoa (o apóstolo João estava “mais receptivo”)2 ou em uma área geográfica – o povo da Galileia estava mais aberto à recepção da verdade”3. Stan Guthrie sugere que “países que en-frentam instabilidade política e desastres naturais estão particularmente maduros,

oportunidade de ficar mais próximas, tanto física como socialmente. Essas sociedades são mais parecidas com o ideal de comunidade do Novo Testa-mento e as igrejas formadas por essas culturas têm maior capacidade de crescimento devido às oportunidades naturais de relacionamentos construídas no tecido social. Vejamos como tais princípios de receptividade funcionam em áreas e países específicos marcados pela baixa, média e alta porcentagem per capita de adventistas.

Países/Regiões com Baixo Índice de Adventistas Turquia, Indonésia e países das Divisões Euro-Asiática e Sul-Asiática

Os muçulmanos estão entre os grupos religiosos mais difíceis de evan-gelizar. Mesmo assim, o princípio da receptividade está ajudando a espalhar a mensagem do evangelho. A Turquia e a Indonésia, que são países mulçumanos, podem servir de exemplo. Considere a Turquia, país pró-ocidente e secular, que tem apenas 77 adventistas em todo o seu território, e a Indonésia com 8,2 adventistas para cada dez mil habitantes. Não há dúvida de que as restrições à obra cristã na Turquia e em muitos ou-tros países muçulmanos sejam o maior motivo do crescimento ser tão lento. De certa maneira, pode-se também usar o argumento de que a relativa riqueza nos países do Oriente Médio os tem fechado à influência e ideias estrangeiras.

Por outro lado, o padrão de vida na Indonésia é bem mais baixo do que na Turquia e em outros países do Oriente Médio. A despeito de ser o maior país muçulmano do mundo, a Igreja Adventista tem um trabalho muito sólido ali, especialmente entre os povos Batak, Manadonese e Timor.

A Divisão Euro-Asiática, composta na maior parte pela ex-União Soviética, tem 5 adventistas para cada 10 mil habi-tantes. Organizada em 1990, logo após a queda do comunismo, esse é um campo relativamente novo. A igreja entrou ali com força após a queda da cortina de ferro, devido à melhor receptividade na ocasião. Recentemente, a Rússia tem se

Compreendendo como as pessoas respondem ao evangelho

especialmente quando os cristãos com-binam o ministério de ajuda prática e de desenvolvimento com palavras de teste-munho”.4 Em outras palavras, o que deve influenciar o planejamento estratégico da igreja é estar pronta para socorrer de maneira abrangente áreas específicas que estejam enfrentando crise.

Receptividade, Riqueza e Comunidade

E o que dizer das áreas no mundo onde a maioria da população tem sido assolada por crises prolongadas? No livro The Fat Lady and the Kingdom [A Dama Obesa e o Reino], George Knight tenta compreender a prosperidade e seu efeito na missão da igreja. Knight cita John Wesley para mostrar o padrão de crescimento, institucionalização e deca-dência: “Sempre que as riquezas aumen-taram, a essência da religião diminuiu na mesma proporção. Portanto, não vejo como seja possível, pela natureza das coisas, qualquer reavivamento da re-ligião verdadeira ser mantido por muito tempo. Embora a religião deva estimu-lar tanto o trabalho como a frugalidade, esses não têm como evitar o fato de que produzem riquezas. Com o aumento das riquezas, entretanto, haverá orgulho [...] e amor pelo mundo em todas as suas formas [...] Assim, embora a forma de religião permaneça, o espírito está desaparecendo rapidamente.”5

A prosperidade também tende a aumentar a privacidade particular e decrescer o componente de comunidade ou a amizade oikos dentro da igreja. No estudo sobre pequenos grupos na Amé-rica do Norte, Robert Wuthnow desco-briu que quando as pessoas se reúnem, estão buscando amizade e comunidade. “Comunidade é o que as pessoas dizem estar procurando quando vão a um pequeno grupo. No entanto, o tipo de comunidade que elas criam é um tanto diferente das comunidades nas quais as pessoas viviam no passado. Essas comu-nidades estão mais preocupadas com o estado emocional de cada indivíduo”.6

Devido à escassez de espaço e locais de convivência apinhados nos países em desenvolvimento, as pessoas têm

Janeiro 2013 | Adventist World 21

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tornado o maior produtor de petróleo e o aumento de sua riqueza torna o evangelismo mais difícil.

A Divisão Sul-Asiática, formada principalmente pela Índia, tem 12,1 adventistas par cada 10 mil habitantes. O desafio da Índia e dos campos adja-centes, é sua população massiva. Com menos da metade do território dos Esta-dos Unidos eles têm mais que três vezes a sua população. Após garantir posição segura por muitos anos, o fruto do bom trabalho tem mostrado um aumento no número de membros. Como na Rússia, essa economia emergente do mundo deve se tornar menos receptiva à medi-da que cresce o seu produto nacional.

Países/Regiões com Médio Índice de Adventistas Argentina, Austrália e Coreia do Sul

É interessante notar como os países desenvolvidos fora da Europa, mas que foram muito influenciados pela cultura ocidental, têm aproximadamente o mesmo quadro per capita que a Amé-rica do Norte. Dois desses países são a Argentina e a Austrália, cuja proporção de membros é de 25 para cada 10 mil habitantes. A tendência demonstra que forças sociológicas semelhantes estão moldando a receptividade ao evange-lho em outras regiões fora da América do Norte.

Um dos países da Ásia moderna que possui a mesma proporção de adventistas que a América do Norte é a Coreia do Sul. Esse rico país asiático tem 29,7 adventistas para cada dez mil habitantes, que o contrasta diretamente com o Japão, que possui apenas 1,2 para cada dez mil. Como isso aconteceu? Podemos explicar parcialmente pelo ex-celente sucesso que os primeiros missio-nários tiveram antes da atual expansão econômica, quando o país enfrentou muitas dificuldades. Segundo pesquisa, a igreja apresentou maior crescimento nos quatro períodos de guerra durante o século vinte. Andrew Roy observa que “os problemas diminuíram o orgulho nacional e a arrogância em relação às ideias estrangeiras, elevando a recepti-vidade ao evangelho”.7 Esse dado mais

uma vez comprova que as dificuldades aumentam a receptividade, tanto nas pessoas como nos países.

Países/Regiões Com Alto Índice de Adventistas Divisão Interamericana, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Ruanda e Zimbábue

A igreja tem particularmente obtido sucesso nas regiões e países citados a seguir, com seu respectivo número de adventistas para cada 10 mil habitantes: Filipinas, 70; Divisão Interamericana, 120; Peru, 158; Papua Nova Guiné, 368; Ruanda, 463 e Zimbábue, 473.

As evidências demonstram que onde há pouca preparação do solo antes da semeadura do evangelho e interesses cultivados após as reuniões, há uma taxa relativamente baixa de discipulado. O princípio de “fáceis idas e vindas” deve ser aplicado aqui e a necessidade de um ciclo mais longo de treinamento no discipulado, resulta, sem dúvida, em melhor crescimento a longo prazo. Para contrariar essa tendência, o Peru desenvolveu um excelente círculo anual de discipulado baseado em pequenos grupos.

O que Podemos Aprender 1. Nos países com taxa per capita

baixa. Em um mundo excessivamente fixado em números altos, pode ser de-sanimador trabalhar em campos onde vemos poucos resultados aparentes. No entanto, toda semeadura é uma questão de fé e Cristo prometeu que todo tra-balho verdadeiro não ficará sem frutos. Devemos lembrar que um pouco de fermento leveda toda a massa. Como Jesus, precisamos nos concentrar pri-meiro nos poucos que são receptivos, antes de podermos alcançar a muitos. Ellen White nos anima com o princípio que “a obra feita totalmente por uma pessoa é extensiva a muitas”. 8

2. Nos países com taxa per capita média. Embora a riqueza atualmente iniba a macro receptividade na maior parte do mundo desenvolvido, atente para as muitas oportunidades no micro nível, como indivíduos ou áreas que

A R T I G O E S P E C I A L

estão enfrentando crises. Desenvolver amizade e atentar cuidadosamente para as oportunidades de semear a semente do evangelho quando chegam as prova-ções. Lembre também que Deus, muitas vezes, nos prepara para ministrar a pessoas que passam por provações, pri-meiro permitindo que experimentemos a dor em nossa vida. Levar pessoas a Deus é mais do que uma técnica; é um processo profundo pelo qual os que foram redimidos pela fé agora cantam sua canção de libertação para outros em necessidade (Sl 40:1-3).

3. Nos países com altas taxas per capita. Em países onde os batismos são numerosos, há a necessidade de se rees-tudar a Grande Comissão. O Senhor res-suscitado comissiona Sua igreja a “fazer discípulos”, batizando e ensinando-lhes todas as coisas que Ele ordenou. Na realidade, o êxito do batismo não pode ser medido até pelo menos um ano após o compromisso assumido com o Senhor e Sua igreja. Então, ficará evidente se a planta aprofundou suas raízes e está produzindo frutos, ou se seguiu o desti-no dos ouvintes em terreno pedregoso e infestado de espinhos (Mt 13:1-8).

Ao pregarmos as boas-novas da salvação, precisamos prestar atenção aos diferentes tipos de solos e contextos. Essa tarefa requer análise cuidadosa, humildade, trabalho duro e, acima de tudo, o mesmo amor e visão que carac-terizaram o ministério de Jesus.

Agora é o tempo de semear! ■

1 www.adventistarchives.org/docs/YB/YB2010.pdf. As taxas refletem os números reportados no dia 30 de junho de 2009.2 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 292.3 Ibid., p. 232.4 Stan Guthrie, “Doors Into Islam”, Christianity Today 46, nº 10 (9 de setembro de 2002): p. 34.5 In George Knight, The Fat Lady and the Kingdom (Boise, Idaho: Pacific Press Pub. Assn., 1995), p. 32.6 Robert Wuthnow, Sharing the Journey (New York: Free Press, 1994), p. 3.7 Andrew T. Roy, On Asia’s Rim (New York: Friendship Press, 1962), p. 29.8 Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 255.

Dr. James Park, Ph.D., é professor associado de discipulado e missão no Instituto Adventista Inter-

nacional de Estudos Avançados, Filipinas.

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E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Quando Cristo enviou Seus discípulos na primeira viagem missionária, disse-lhes: “À

medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10:7, 8, ARA). Ao findar Seu ministério terrestre os enviou dizendo:

“Estes sinais acompanharão os que crerem: em Meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados” (Mc16:17, 18, NVI). Após a ascensão de Cristo, lemos sobre os discípulos : “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (verso 20, ARA).

Discípulos de Cristo hoje têm infinitas oportunidades de ministrar a pessoas enfermas pelo pecado e aos que necessitam da cura física. Ela está unida à comissão evangélica. A obra médico-missionária é a obra pioneira do evangelho.

Os filhos de Deus devem ser missio-nários genuínos. Precisam aprender a atender a todas as necessidades físicas e espirituais do ser humano. Oferecer tratamentos simples, mas que auxiliam no alívio da dor e na remoção da do-ença. Devem estar familiarizados com os princípios da reforma de saúde, para que possam mostrar aos outros, por há-bitos corretos ao comer, beber e se ves-tir, que as doenças podem ser prevenidas e a saúde recuperada. A demonstração do valor dos princípios da reforma de

nossos recursos, devemos lutar com todo o coração para cumprir os propó-sitos dAquele que é o Alfa e o Ômega da obra médico-missionária. Além de todas as correntes, devemos semear a semente da verdade, ganhando pessoas para Cristo com terna compaixão e interesse altruísta.

Procure Compreender Devemos procurar compreender

as necessidades daqueles com quem entramos em contato, para obter sua confiança. As pessoas anseiam por ouvir a verdade daqueles cujos lábios são governados pela lei da bondade. As palavras divinas, ditas por tais men-sageiros, serão como música aos seus ouvidos. Assim, muitos cuja mente está agora cheia de preconceito contra a verdade presente serão ganhos para Cristo.

Nosso trabalho é grande e solene e necessita de homens que compreendam o que significa se entregar num esforço altruísta para a salvação dos perdidos. Porém, não é necessário o serviço de homens que são mornos. São necessários homens e mulheres cujo coração foi tocado pela aflição e sofrimento humanos, homens e mulheres que ouviram a mensagem do céu e cuja vida torna evidente de que estão recebendo e transmitindo luz, vida e graça. ■

O trabalho pioneiro do evangelhosaúde fará muito na remoção de precon-ceitos contra nossa obra missionária. O Grande Médico, o originador da obra médico-missionária, abençoará cada um que avançar com humildade e confiança, procurando transmitir a verdade para este tempo.

Estabelecendo Instituições de Saúde

Devem ser estabelecidos sanatórios em vários lugares, para que sirvam de memoriais para Deus. Sei que a verdade alcançará o coração de muitos que, não fosse pela agência dessas instituições, nunca seriam iluminados pelo brilho da mensagem do evangelho. Obreiros que sacrifiquem a si mesmos, que tenham completa fé em Deus, devem ser escolhidos para dirigir essas insti-tuições. Devem assumir esse trabalho, não com a esperança de obter vantagens financeiras, mas porque seu coração está pesado com o fardo da mensagem para este tempo. Devem estar dispostos a sacrificar ganhos e conveniências pes-soais pela causa da salvação das pessoas.

Obra que Demanda Sacrifício A obra de Deus deve ser levada

adiante com negação e sacrifício pró-prio. “Se alguém quer vir após mim”, disse Cristo, “a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me” (Mc 8:34, ARA). Cristo tornou-Se pobre para que participássemos do “eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2Co 4:17, ARA). Devemos ter o mesmo sentimento de sacrifício que O levou a entregar-Se até a morte de cruz para tornar possível a vida eterna ao ser humano. Em tudo o que fazemos ou dizemos, na maneira como gastamos

Este artigo é uma seleção extraída do artigo “A Bênção do Serviço”, publicado na Advent Review and Sabbath Herald, no dia 5 de maio de 1904, por Ellen G. White. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico durante mais de setenta anos de ministério público.

Por Ellen G. White

Cura Física e EspiritualMinistrando a

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H E R A N Ç A A D V E N T I S T A

Que tipo de sermão você esperaria ouvir se a igreja que normalmente frequenta tivesse sido destruída por um incêndio há apenas quatro dias? Qual seria

o assunto do sermão do seu pastor se um dos hospitais mais importantes e a casa publicadora de sua denominação tivessem sido devastados pelo fogo? Que tipo de artigos você esperaria que fossem publicados na primeira edição da Adventist World após tal desastre hipotético?

Primeiras Reações No dia 18 de fevereiro de 1902, o famoso Sanatório

Adventista de Battle Creek, no Michigan, Estados Unidos, foi totalmente destruído por um incêndio. A tragédia causou desânimo entre os líderes da igreja, e, compreensivelmente, houve referencia ao incidente em muitos púlpitos e na Advent Review and Sabbath Herald publicada exatamente uma semana após a catástrofe.

Destacando-se entre as reações à tragédia estava o relatório do diretor do sanatório, John Harvey Kellogg, deixando claro que planejava começar imediatamente a reconstrução de um sanatório maior e melhor.1

Um projeto semelhante ao que ele imaginava custaria 250 mil dólares, no mínimo. Mas Kellogg já tinha tudo planejado. Com o dinheiro que esperava receber do seguro, mais as doações de alguns pacientes abastados e de instituições, o líder visionário esperava alcançar seu alvo sem fazer dívida.2

No entanto, Kellogg não era o único entusiasmado com os

planos para as novas instalações. O sermão emocionado que W. W. Prescott pregou no Tabernáculo de Battle Creek no pri-meiro sábado após o incêndio reflete o sentimento que predo-minava. No sermão baseado em Ageu 2:9, Prescott assegurou aos ouvintes que da mesma forma como a glória do “segundo templo” havia sido maior como resultado da presença de Cristo, a glória do “segundo sanatório” também seria maior.3

Mas, será que a voz profética tinha algo a dizer além dessas opiniões convergentes? Estaria o Senhor enviando mensagem específica para momentos como aquele? A mesma edição da Review and Herald publicada no dia 25 de fevereiro de 1902, inclui uma mensagem inspirada sobre o fato.

Uma Visão Diferente No início daquela edição, Ellen G. White escreveu o

artigo “A Necessidade de um Reavivamento e Reforma”, que certamente se tornou a fonte essencial quando se estuda o que a mensageira do Senhor escreveu sobre o assunto. “Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no

Chama do Reavivamentor e A S C e N D e N D O

Por Alejo Aguilar

Lições de um famoso incêndio

CHAMAS DEVASTADORAS: O Sanatório Adventista do Sétimo Dia de Battle Creek foi completamente destruído pelo fogo no dia 18 de fevereiro de 1902. PLANO: John Harvey Kellogg fez planos para reconstruir o prédio após o incêndio.

F o t o s : C o r t e s i a d o C e N t r o P a r a P e s q u i s a s a d v e N t i s t a

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24 Adventist World | Janeiro 2013

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realizá-la, precisam fundir-se.”4

Embora a declaração seja conhecida e importante, é provável que nem sempre tenhamos em consideração o momento

específico em que foi escrita. Divergindo claramente do pensamento de tantos líderes

da igreja – especialmente de Kellogg – a men-sagem de Ellen White foi um divisor de águas

naquele momento da história de nossa igreja, e certamente tinha o objetivo de levar tanto líderes

como membros a refletir em suas prioridades. Enquanto que, para alguns a coisa mais importante

era construir um prédio maior e melhor, o Senhor queria que Sua igreja se desviasse de tal caminho. Desejava que Seu povo compreendesse que nenhum prédio grandioso seria capaz de superar a importância da busca sincera pelo reavivamento verdadeiro e por um profundo movimento de reforma.

Será que hoje, há mais de um século do trágico incêndio de 1902,5 ainda podemos aprender com ele? Há alguma coisa nessa história que nos ajuda a compreender e aproveitar ao máximo a ênfase atual da igreja no reavivamento e reforma?

O Incêndio em Battle Creek e o Reavivamento Adventista

O crescimento experimentado desde aquele fato tem sido marcante. Atualmente o sanatório não pertence à nossa igreja; mas ela administra centenas de hospitais, clínicas, dispensários, e também muitas escolas, companhias de alimentos e publicadoras.

Mas, pela graça de Deus, embora o orçamento da igreja esteja muito acima dos 250 mil dólares necessários para reconstruir o sanatório destruído, não seria o caso do crescimento financeiro e institucional também estar muito acima do comprometimento espiritual? Alcançamos um ponto em nossa experiência espiritual que não sentimos a necessidade dos apelos do Espírito de Profecia para nos guiar ao reavivamento e reforma? Será que também preci-samos de alguns “incêndios” em nosso meio para ajudar a reconsiderar nossas prioridades?

Na verdade, o que Ellen White escreveu apenas dois dias após o incêndio no Sanatório de Battle Creek também inclui uma mensagem para nós. Ela escreveu: “As provações vêm a todos nós para nos levar a investigar nosso coração e ver se está purificado de toda contaminação. O Senhor está trabalhando constantemente para o nosso bem presente e futuro. As coisas que acontecem parecem inexplicáveis,

mas se confiarmos no Senhor e esperarmos pacientemente por Ele, humilhando diante dEle o nosso coração, Ele não permitirá que o inimigo triunfe… O Senhor procura educar Seu povo a depender inteiramente dEle. Seu desejo é que, por meio das lições que ensina, seu povo se torne mais e mais espiritualizado. Se Sua Palavra não for seguida com toda humildade e mansidão, Ele permite tais experiências que, se recebidas corretamente, ajudarão a prepará-lo para a obra que precisa ser realizada em Seu nome.”6

A lição é clara: à medida que continuamos a construir prédios e planejar orçamentos, e nos esforçamos para que nossas instituições tenham a mais alta qualidade, Deus quer nos lembrar que – a despeito de tudo isso – não há nada mais importante do que permitir “que o Espírito Santo realinhe nossa vida com os princípios bíblicos; que é submeter cada área da vida à vontade de Deus.”7

Essa deve ser também a nossa prioridade. Mark Finley está correto quando menciona que “o espírito de reavivamen-to e reforma conduzirá cada líder de instituição e das comis-sões administrativas a reavaliar as práticas das instituições que lideram à luz dos princípios bíblicos e dos conselhos do Espírito de Profecia. […] O apelo do Céu à reforma é um chamado para reavaliar toda prática pessoal e corporativa por meio da resplendente luz da Palavra de Deus. Apela urgentemente para renovarmos o compromisso de cumprir a vontade de Cristo em todos os aspectos de nossa vida.”8

Enquanto avançamos no cumprimento da missão, peçamos ao Senhor para que nos ajude a mantermos os prédios e ampliações de espaços com a presença permanente de Jesus. ■

1 Arthur L. White, Ellen G. White: The Early Elmshaven Years, 1900-1905 (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1981), v. 5, p. 200, 201. Veja também Advent Review and Sabbath Herald, 25 de fevereiro de 1902.2 Ibid.3 Advent Review and Sabbath Herald, 25 de fevereiro de 1902. Enquanto os que trabalham no sanatório adaptem sua vida aos princípios bíblicos. 4 Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128.5 O prédio da Review and Herald também sofreu um incêndio, mais tarde, naquele mesmo ano. 6 Ellen G. White, Manuscrito 76, 20 de fevereiro de 1902. “The Burning of the Sanitarium,” em The Upward Look (Washington, D.C.: Review and Herald Pub. Assn., 1982), p. 65.7 Mark A. Finley, “Is ‘Reformation’ a Confusing Term?”, ver www.adventistreview.org/issue.php?issue=2011-1514&page=6.8 Ibid.

Alejo Aguilar é professor de Antigo Testamento na Universidade Navojoa, Navojoa, Sonora, México.

Não há nada mais importante que permitir ‘que o Espírito Santo realinhe nossa vida com os princípios bíblicos.’

Chama do Reavivamento

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Tentarei responder sua pergunta

comentando algumas passagens bíblicas onde

ossos humanos são men-cionados. Essa parte da anatomia

humana desempenha papel importante na com-preensão bíblica da natureza do homem. Segundo

as Escrituras, somos uma unidade física, mental, emocional e espiritual. Neste aspecto, os ossos desempenham diferentes funções formando, assim, a estrutura do corpo humano.

1. Ossos e Vida: Os ossos humanos ficam escondidos, cobertos por tendões, músculos e pele (Ez 37:3-10). Eles são um símbolo apropriado da vida interior, ou do local da vida e suas emoções. A vida foi criada por Deus (Jó 10:11), mas pode ser ameaçada pelas forças do mal. Emoções como o terror, medo e tristeza, manifestam-se pelo tremor (Jr 23:19), disjunção e quebra dos ossos, não fisicamente, mas no sen-tido de deixar a pessoa totalmente sem força física ou emo-cional (Sl 31:10). Quando o ser interior está com medo ou ferido emocionalmente, a paz é roubada dos ossos da pessoa; figuradamente os ossos se tornam frágeis, incapazes de sustentar a plenitude da vida (Jó 30:17; Pv 12:4). Pecados não confessados provocam a culpa e deterioram a condição interior da pessoa; o seu osso/interior vive em angústia (Sl 32:3) e não há shalom (Sl 38:3). Somente Deus pode fortalecer nossa vida interior, e isso acontece quando os ossos/pessoa ora ao Senhor (Sl 35:10).

2. Ossos e Morte: Os ossos são os restos de uma pessoa, e estão, portanto, associados à morte. Nesse caso o termo ossos muitas vezes é usado no sentido literal. Ossos secos são considerados extensão da pessoa, e, nesse sentido, evocam a memória dela nos outros (1Sm 31:13; 2Sm 21:12). Os mortos não são respeitados durante a guerra, e, conse-quentemente os ossos deixados no campo ou tirados das tumbas “serão como esterco sobre a terra” (Jr 8:2 ARA; veja

também Am 2:1 e Sl 53:5). Esta é uma expressão não apenas de vitória sobre o inimigo, mas de desprezo total. Os ossos também podem representar o cadáver (Gn 50:25, 26; Am 6:10). Uma ferida fatal pode atingir os ossos (Sl 42:10); e quando eles estão apenas cobertos de pele, a pessoa está morrendo (Jó 19:20; Sl 22:17; 102:5). Os ossos ligados à morte são fonte de impureza; tocá-los significa imundície (Nm 19:16). Como fonte de impureza os ossos também podem profanar altares ao serem espalhados ao seu redor (Ez 6:5) ou queimados sobre ele (1Rs 13:2; 2Rs 23:14, 16, 20). A pessoa enferma que se sentia próxima da morte, podia descrever tal experiência como se fosse atacada por um leão que quebra os ossos de sua vítima (Is 38:13).

3. Ossos e Parentesco: Todos os seres humanos têm ossos, e isso infere a ideia de semelhança. Os seres humanos estão ligados uns aos outros pelo fato de que todos são de carne e osso. Esse conceito nos reporta a Adão quando identificou Eva como “osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2:23) – ou seja, eram iguais. O conceito é parti-cularmente usado para parentes. Davi perguntou a Amasa: “Não és tu meu osso [Hebraico, cetsem, ‘osso’] e minha carne?” (2Sm 5:1).

Sim, os ossos podem se alegrar, pois representam a pessoa completa, cujo interior é impactado pela experiência e ações. Essa alegria é afetada pela doença, dor, culpa e tristeza que perturba o bem-estar (Pv 17:22) e, finalmente, acaba com a vida. Ansiamos o momento em que Deus fará com que nossos “ossos” vivam de novo e nunca mais morram. ■

Ángel Manuel Rodrígues está aposentado após servir à igreja por muitos anos como pastor, professor e administrador.

Gostaria de entender por que a

Bíblia, às vezes, refere-se a ossos como

“alegria”?

OssosÉ Possível

Reviverem?

26 Adventist World | Janeiro 2013

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E S T U D O B Í B L I C O

Você já sentiu como se sua fé estivesse “estacionada no ponto morto”? Você não consegue ir para lugar nenhum porque parece estar num impasse. Você

anseia por experiência cristã mais profunda, mas questiona se é possível. Você sabe para onde quer ir, mas não sabe como chegar lá. Na lição deste mês exploraremos a base para a vida espiritual vibrante. Prepare-se para descobrir alguns princí-pios que farão tremenda diferença em sua vida.

1 Leia Salmos 119:25, 28, 107, 154. Que apelo sincero faz Davi em relação ao reavivamento?A Palavra de Deus é a base do reavivamento. O mesmo Espírito Santo que impeliu os escritores da Bíblia a registrar a Palavra de Deus nos ilumina ao lê-la. Meditar na Palavra de Deus transforma vidas.

2 Leia Salmos 1:2; 119:11, 15, 16, 81, 97. Qual era o objeto de meditação de Davi?A meditação cristã é centrada na Palavra de Deus, na obra de Deus e nos caminhos de Deus. Esse preenchimento com os princípios de justiça, graça e verdade transforma nosso processo de pensar e expulsa nossos pensamentos malignos (veja Fl 4:7, 8). Somos transformados pela Palavra de Deus (veja Rm 12:1, 2).

3 Leia Atos 20:32 e Tiago 1:21. Se nossa vida espiritual parece estagnada, o que acontece quando estudamos a Palavra de Deus?

4 As profecias da Bíblia predizem um grande derramamento do Espírito Santo pouco antes da vinda de Jesus. Leia Efésios 5:25-27 e João 17:17. Como Deus preparará Sua igreja para essa manifestação especial do poder do Espírito?O Espírito Santo será derramado derramado antes da antes da segunda vinda de Cristo. A Terra será “iluminada” com a glória de Deus. O povo de Deus revelará em sua vida e pro-clamará com seus lábios sobre a graça, justiça e a verdade de nosso Senhor.

5 Leia 2 Coríntios 3:18; Provérbios 23:7 e Romanos 12:1 e 2. Por que meditar na Palavra de Deus age tão poderosamente no reavivamento?Ao estudarmos a Palavra de Deus e meditarmos em oração em suas passagens, aplicando as verdades que descobrimos em nossa vida, os padrões de pensamento são modificados. Somos transformados à Sua semelhança. Contemplando a Jesus, nos tornamos semelhantes a Ele.

Ellen White escreveu: “É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transforma-mos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido se ocupar. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. Jamais se levantará o homem acima de sua norma de pureza, de bondade ou de verdade” (O Grande Conflito, p. 555).

6 Leia Colossenses 3:1 e 2. Que apelo urgente Paulo faz a cada um de nós sobre crescermos como cristãos?O apóstolo Paulo nos exorta a “colocar” ou “fixar” nossa mente nas coisas de cima, não nas coisas de baixo. Quando entregamos a vida a Cristo nos tornamos “nova criatura”, e todas as coisas se fazem novas (2Co 5:17).

No entanto, nossa velha natureza ainda permanece. Ela não será totalmente erradicada até que Jesus retorne e sejamos arrebatados em glória com Ele. Enquanto estivermos neste corpo “corruptível” a natureza pecaminosa continua conosco, mas não precisa reinar. O pecado não tem mais domínio sobre nós, porque a graça de Deus é mais poderosa que nossa nature-za pecaminosa (Fp 3:20, 21; 1Co 15:51-54; Rm 6:11-14).

Aqui está a peça-chave para vencermos o pecado na vida; o segredo se quem vencerá será Cristo ou o pecado: Qual natureza você está alimentando? Com o que você está enchendo sua mente? Em que estão concentradas as suas afeições?

Se a mente está cheia das coisas da eternidade, se diaria-mente passamos tempo nos relacionando com Jesus e Sua Palavra, se temos relacionamento vital com Jesus pela fé em Sua graça salvadora e poder triunfante, viveremos um cristianismo vibrante. Cresceremos na graça, a fé será fortalecida e a vida espiritual renovada diariamente.

Você gostaria de preencher sua mente com a Palavra de Deus e viver no poder do Seu Espírito? Em Jesus, e por meio dEle, você pode viver a vida cristã vitoriosa, hoje! ■

Por Mark A. Finley

RenovandoFéa

Y a N M o u r a

Janeiro 2013 | Adventist World 27

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Saúde no Mundo Uma das primeiras páginas que procuro quando recebo a Adventist World é a seção “Saúde no Mundo”, dos Drs. Allan R. Handysides e Peter N. Landless. Muito obrigada pela informação nos artigos, especialmente o de agosto de 2012. Tenho falta de algumas vitaminas, inclusive a B12. O artigo me ajudou bas-tante; agora sei que tipo de vegetariana eu sou.

Apryll Eunice Comison Pagadian City, Província de Zamboanga del Sur, Filipinas

Desfalque na Igreja Escrevo sobre o artigo de Robert Lemon, “Desfalque na Igreja” (AW-julho de 2012). O que aconteceu com a “fé, espe-rança e amor” como princípios por trás da obra de Deus?

A economia do mundo desenvolvi-do caminha para uma sociedade sem dinheiro em espécie. O que colocare-mos nas salvas de ofertas? Promessas de pagar com smartcard? Os detalhes do pagamento on-line?

Jesus nos mostrou o caminho expul-sando os cambistas da casa de Seu Pai. Deveríamos fazer o mesmo. Deixe que Deus cuide dos fracos. Ele finalmente limpará o templo e fará dele novamente uma casa de oração.

Vamos Terminar a Obra Quando o artigo de capa “De Pessoas Para Pessoas”, por Chantal e Gerald Klingbeil, foi publicado (AW-outubro de 2012), fui a Portugal para produzir o documentário sobre o projeto para a TV, como parte da série patrocinada pela ASI (Associação de Empresários Adven-tistas) apresentando as instituições OCI na Europa. Não preciso dizer que o local é esplêndido e o pessoal maravilhoso.

Entretanto, algo me incomoda desde aquela visita. É interessante ver o lado bom em estar “num local em construção”, mas por que não apressá-lo para finalizar o mais rápido possível, abrindo-o ao público? Sejamos práticos: eles precisam de dinheiro para concluir o local. Com alguma ajuda financeira ele será concluído rapidamente. Sonho com uma instituição médica onde pessoas doentes possam ir e encontrar cura, um local onde pessoas confusas possam encontrar esperança e certeza. Isso já está sendo feito, mas por que não multiplicar os milagres em vinte, trinta vezes em um prédio concluído?

Adrian BocaneanuIlfov, Romênia

E os Solteiros? Estou ofendida. Li o artigo de capa da AW-setembro de 2012 com o título “Famílias Primeiro”.

Sou solteira por opção e há bem pouca gente como eu na igreja. Vocês nos relegaram a seres humanos de segunda classe, porque as famílias vêm primeiro! Quantos solteiros há nas igre-jas locais, e quanto trabalho eles fazem? Vejam outra vez. Essa capa parece dizer que eles não têm tanto significado. Por que as famílias primeiro?

O que Jesus teria dito? Mette KjøllerDinamarca

Liberdade de Consciência Escrevo em relação ao artigo “Liberdade de Consciência”, por Ted N. C. Wilson (AW-agosto de 2012). A Adventist World é uma bênção: ela nos mostra as mara-vilhas que Deus realiza por meio de Seu povo, e isso nos une à igreja mundial que cumpre a missão.

O artigo do Pr. Wilson mostra que liberdade religiosa não é apenas presen-te de Deus, é a abordagem atualmente correta. Como Wilson sugere, precisa-mos estar vigilantes e agir em defesa da liberdade religiosa; e, em toda a ocasião – sendo ela uma situação de tensão ou crise atual – compartilhar o evangelho. E, quando necessário, defender nossa fé e convicção.

Isaiah MontillaCidade do Panamá, Panamá

Cartas

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28 Adventist World | Janeiro 2013

T r O C A D e I D e I A S

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Após quase 200 anos, falando sobre reavivamento espiritual e preparo para o “tempo do fim”, será muito triste se a igreja mudar seu objetivo e se tornar “Igreja Adventista do Sétimo Dia S/A”.

Libby BeamentStanhope Gardens, Austrália

Apreciação Não sou adventista, mas sou cristã. Recebi de um amigo o exemplar da Adventist World de dezembro de 2011. Fui inspirada pela revista inteira. Apreciei especialmente o artigo de Maike Stepanek, “Dicotomia e Devoção Divina”.

Obrigada e fiquem com a bênção de Deus.Damaris RutoQuênia

Como enviar as Cartas: Por favor envie para [email protected]. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua em sua carta o nome do artigo e a data da publi-cação. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Liberdade religiosa não é apenas um presente de Deus. Atualmente, é a abordagem correta.– Isaiah Montilla,

Cidade do Panamá, Panamá

Quando assada, refogada ou cozida no vapor, fornece 9 gramas de fibra, 115 calorias e é boa fonte de vitaminas A, B6 e C.

Fonte: Men’s Health

AcornAbóbora

F o t o : a l e x C H e e k / d i g i t a l M e N t e M o d i F i C a d a

Arthur Stanley Maxwell nasceu no dia 14 de janeiro de 1896, em Londres, Inglaterra. Ele serviu a igreja por 54 anos como autor, editor e administrador.

Embora tenha trabalhado nos Estados Unidos por 34 anos como editor da Signs of the Times, talvez, ele seja mais conhecido como o “Uncle Arthur” (Tio Arthur) das Histórias para Dormir do Tio Arthur. Essa série teve tanto sucesso que, em 1945, foi-lhe solicitado escrever uma coleção de histórias da Bíblia para crianças. Foram gastos sete anos para comple-tar os dez volumes. O resultado é a coleção “The Bible Story” (Histórias da Bíblia), ainda vendida por colportores em todo o mundo.

O livro mais popular de Maxwell para adultos, Your Bible and You, vendeu cerca de dois milhões de cópias. Durante a década de 1970, um quinto de todas as publicações adventistas levava o seu nome.

Fonte: Robert E. Costa

Anos117Há

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RESPOSTA: À altitude de mais de três mil metros, esses

membros desfrutam do cenário no acampamento adventista

em Ancash, nos altiplanos do Peru.

GRATIDÃOOração

Por favor, ore para que Deus liberte meu filho das drogas! E ore para que meu filho entregue seu coração ao Senhor.

Denise, Martinique

Sou recém-batizado. Por favor, ore por mim. Minha família quer que eu trabalhe aos sábados em nosso comércio. Necessito de um novo trabalho para que eu possa mudar da minha casa.

Timothy, Uganda

Por favor, peça a Deus que proteja meu irmão que sofre de terrível depressão. Que o dirija a procurar a Deus, aconse-lhamento ou terapia.

Elaine, Estados Unidos

Por favor, ore por meus dois filhos, 4 e 2 anos de idade. Ambos têm problemas de coração.

Vitalijus, Inglaterra

Meu filho e sua esposa, que moram no Japão, dizem que não creem mais em Deus. Eles rejeitaram Jesus e o Espírito Santo e afirmam serem eles sua própria religião. Por favor, una-se a mim em oração por eles.

Laura, por e-mail

Por favor, ore para que eu tenha oportu-nidade de estudar em uma universidade adventista. E ore pelos missionários jovens em todo o mundo.

Hirok, Áustria

Ore para que Deus me envie um marido. E, por favor, ore para que Deus fortaleça minha fé, provendo para o meu aluguel, dando-me um emprego e boa saúde.

Prudence, Gabão

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradeci-mentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@ adventistworld.org. As participações devem ser curtas e conci-sas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600 E.U.A.

Velocidade atingida por Usain Bolt na corrida de 100 metros rasos, nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

quilômetros por hora

T r O C A D e I D e I A S

LugaréEsse?

Que

30 Adventist World | Janeiro 2013

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r i C a r d o C a M a C H o

GLOW (em inglês, BRILHO) – Giving Light to Our World [Levando Luz ao Nosso Mundo] – é um projeto evangelístico que surgiu na Califórnia, Estados Unidos, e agora está se ramificando para outras Divisões do mundo. Tem o objetivo de moti-var os membros a levarem sempre consigo literatura – panfletos chamados GLOW (BRILHO) – para ser distribuída gratuitamente aonde quer que forem, e em qualquer oportunidade. Atualmente, os panfletos estão sendo impressos em 29 idiomas.

Leia, a seguir, duas curtas histórias, uma da Alemanha e outra de Camarões, que retratam vidas alcançadas pelo GLOW:

GLOW: Levando Luz ao Nosso Mundo

HISTóRIA 1: Edgar, que é alemão e recém-batizado, estava distribuindo os folhetos do GLOW em sua vizinhança, quando uma garotinha se aproximou dele e perguntou o que estava fazendo. Edgar explicou que ele era da Igreja Adventista e estava distribuindo um material de leitura muito interessante. A garota perguntou se ela podia ganhar um, e Edgar deu-lhe um folheto chamado “Um Presente para Você”, escrito em alemão. Esse folheto fala sobre o dom da salvação. Mais tarde, ele viu a garota lendo o folheto com seus amigos. Ela, então, correu até ele e disse: “Esse folheto é muito bom! Posso ganhar outros?” Edgar deu a ela outros folhetos e também o livro Caminho a Cristo para presentear a sua mãe.

HISTóRIA 2: Um missionário adventista de Camarões, comprou folhetos do GLOW durante visita aos Estados Unidos. Quando retornou, deu um folheto sobre o estado dos mortos a um amigo, que por sua vez doou para outro amigo, e, finalmente, acabou nas mãos de um homem que pertencia a outra denominação. O homem traduziu o folheto para o francês e o usou no sermão em um funeral. Após a cerimônia, as pessoas lhe disseram: “Nós não sabí-amos que não íamos direto para o Céu ou para o inferno após a morte”. Ele respondeu: “Eu também não sabia, mas é isso que diz esse folheto”. Assim, o folheto despertou discussão sobre esse importante tema bíblico.

Histórias compiladas por Nelson Ernst, diretor do GLOW da Associação Central da Califórnia, Estados Unidos. Para ler mais sobre o GLOW, visite sdaglow.org.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

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Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

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Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 9, Nº 1

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

Histórias do

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Data: 28-31 de agosto de 2013Local: Jeju International Convention Center, Jeju, Coreia

- Relatórios Poderosos das Missões- Testemunhos Inspiradores- Seminários sobre Missão- Encontros Culturais- Apresentações Musicais- Concerto dos Golden Angels- Exibição do Arena for Mission

Renove seu compromisso com a Missão!

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