aves remanescentes parana2005

7/24/2019 Aves Remanescentes Parana2005

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ATUALIDADES ORNITOLGICAS N.123, janeiro/fevereiro de 2005, pg. 10

Observaes sobre a avifauna de pequenos remanescentesflorestais na regio noroeste do Paran (Brasil)

Fernando C.Straube1&

Alberto Urben-Filho2

Mlleriana: Sociedade Fritz Mller de Cincias Naturais. Caixa Postal 19093. Curitiba,Paran, Brasil. 81531-980. 1. [email protected]; 2. [email protected]

ABSTRACT: Between 1997 and 2003, thirty two forest remnants from 10 to 600 ha were

visited, within 16 counties of northwestern Parana, with the objective being to obtain birdspecies records. The proposal aims to collect information to indicate potential places for theestablishment of reserves in the interfluvial region of Paranapanema-Iva. In contrast with thelow richness found in each remnant (mean = 40,9 species), likely resulting from the shortsampling period, the main bird checklist for this area includes 217 species, one of the highervalues for northwestern Parana and adjacent regions. One of the 600 ha remnants surveyedwas in an excellent state of conservation, and had many interesting records (for example

Harpagus diodon, Buteo nitidus, Dromococcyx pavoninus, Asio flammeus, Phaethornis

squalidus, Synallaxis spixii, Myrmeciza squamosa, Grallaria varia, Turdus subalaris, Tiaris

fuliginosusand Carduelis magellanica.) and it is an obvious target for the establishment of aprotected area. Despite the low species numbers recorded, many species need conservationattention as Crax fasciolata, Primolius maracanaand Pteroglossus aracari, both consideredendangered and protected by the state law of 2004.

INTRODUO

A regio noroeste do Paran e adjacncias pode ser considerada uma das reas maisinvestigadas e conhecidas em todo o sul do Brasil (para uma coletnea de espcies videStraube et al., 1996), como efeito de vrios esforos de coleta e observao, bem como deoutros tipos de estudos de compilao, tais como avaliaes do estado-da-arte (Straube &

Urben-Filho, 2000, 2001), aspectos de biogeografia e paisagens (Straube, 1998), inventriossistemticos localizados (Scherer-Neto et al. 2001) e adies de espcies (Scherer-Neto &Carrano, 1998; Vasconcelos & Roos, 2000).

Ao tempo em que serve de exemplo pela abundncia de informaes sobre suaavifauna, essa regio sul-brasileira apresenta srias lacunas na distribuio dos dados deriqueza: apenas trs reas, correspondentes ao Parque Estadual do Morro do Diabo (Estado deSo Paulo) e s desembocaduras dos rios Iva e Piquiri, apresentam-se satisfatoriamenteamostradas (Straube & Urben-Filho, 2001). Com relao s demais reas, observa-se que das88 quadrculas de 15' x 15' latlong da malha cartogrfica atribuda a essa regio, cerca de 89%

possuem menos de 10 espcies de aves registradas, "mostrando que a maior parte do noroesteno foi sequer visitada, ainda que para estudos superficiais de curto perodo amostral"

(Straube & Urben-Filho, 2001).
http://www.ao.com.br/ao123.htmhttp://www.ao.com.br/ao123.htm


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Tal situao deve ser considerada extremamente problemtica tendo-se em vista oacentuado grau de modificao dos ambientes naturais nessa regio, cuja histria deantropizao resume-se, com maior importncia, s ltimas cinco dcadas de colonizao.

Nesse perodo mais de 90% das florestas originais foram substitudas por pastos e zonas deagricultura, intercalados por remanescentes que raramente alcanam os 100 hectares, em

grande parte descaracterizados pela extrao seletiva de essncias arbreas nativas, invasopelo gado, caa e proliferao exagerada de lianas. Esse processo gerou inmeros casos deextines locais de espcies de aves mais sensveis, assim como de ampliao de distribuiode espcies colonizadoras, acompanhando a gradativa predominncia de ambientes abertosem detrimento dos hbitats florestais (Straube & Bornschein, 1995).

Planos emergenciais visando o estabelecimento de unidades de conservao, projetosde recuperao florstica e para a formao de linhas de contacto entre os fragmentos(corredores florestais), tm sido avaliados, sugeridos e mesmo implantados por meio dainiciativa privada (proprietrios, prefeituras locais, organizaes no-governamentais atuantesna regio) e pelo poder pblico estadual (ADEMAVI, 2003; IAP, 2004).

Entretanto, via de regra, tais propostas ainda carecem de argumentao biolgica mais

consistente devido escassez de informaes bsicas sobre a biota regional, sendo que sequeros aspectos de fitossociologia so conhecidos, ao contrrio de outras regies paranaense (videIsernhagen, 2001; Isernhagen et al., 2001). Nesse sentido, este estudo visa apresentar-se comoadio ao conhecimento da composio avifaunstica do noroeste do Paran, como forma decontribuir a essas propostas e compreenso de diversos aspectos biolgicos daquela regio.

MTODOS

Foram visitados 32 fragmentos florestais de variadas dimenses, inseridos em 16municpios da regio noroeste do Paran, todos no interflvio Paranapanema-Iva. Quinzedeles foram investigados rapidamente com o intuito de identificar reas com caractersticas

biticas interessantes sob o ponto de vista de conservao, com vistas formalizao comoreservas naturais do patrimnio natural (RPPNs); apenas um dos fragmentos, situado naFazenda Barbacena (municpio de So Pedro do Iva), foi visitado mediante maior esforoamostral, objetivando um diagnstico avifaunstico local com idntico propsitoconservacionista.

Os locais visitados (figura 1), bem como informaes sobre o esforo amostraldedicado a cada um deles est apresentado na Tabela 1. As coordenadas geogrficas indicadasreferem-se s sedes de municpio, devido impossibilidade de obteno de informaes

cartogrficas mais precisas durante o trabalho de campo. Tal impreciso foi consideradapouco significativa e sem maiores prejuzos para propsitos de investigaes ligadas sdistribuies geogrficas e de composies avifaunsticas, tendo-se em vista as pequenasdimenses dos municpios estudados.


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Figura 1. Localidades visitadas durante o trabalho de campo para inventrio avifaunstico no interflvioParanapanema-Iva, entre 1997 e 2003.

Para os registros das espcies utilizou-se das tcnicas convencionais para inventriosornitolgicos, ou seja, por meio de identificao direta por contacto visual e auditivo, durantedeslocamentos pelo interior do fragmento avaliado, visando a mxima abrangncia de micro-ambientes.

Tabela 1. Municpios e nmero de fragmentos florestais estudados (citado entre parnteses) avaliados nopresente estudo, com indicao das dimenses aproximadas dos fragmentos, perodo de visita e esforo amostraldedicado a cada um deles.

MUNICPIODIMENSES DOS

FRAGMENTOS(ha)

DATA DE VISITAESFORO

AMOSTRAL (h)

Flora (2) 10 e 40 8 de abril de 1997 4So Carlos do Iva (1) 10 8-9 de abril de 1997 8Paraso do Norte (2) 15 e 50 9-10 de abril de 1997 8Mirador (1) 30 10 de abril de 1997 4Marilena (1) 100 11 de abril de 1997 4Itana do Sul (1) 100 11 de abril de 1997 4Terra Rica (5) 50, 70, 70, 150 e 200 12-13 de abril de 1997 8Santa Mnica (1) 300 13 de abril de 1997 4Sarandi (1) 50 25 de abril de 2000 3Floresta (1) 30 25 de abril de 2000 3Ivatuba (2) 30 e 30 25 de abril de 2000 3Munhoz de Mello (3) 10, 20 e 30 26 de abril de 2000 4

Santa F (3) 10, 20 e 300 26-27 de abril de 2000 8Ourizona (5) 10, 15, 20, 20 e 30 27-28 de abril de 2000 8


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So Jorge do Iva (2) 10 e 50 28 de abril de 2004 4

So Pedro do Iva (1) 60013-17 de outubro de 2003

10-14 de novembro de 200318-22 de dezembro de 2003

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RESULTADOS E DISCUSSO

1. Riqueza de espciesSe confrontadas isoladamente, as riquezas de espcies de cada uma das localidades

devem ser consideradas incipientes, como decorrncia do pequeno esforo amostral (mdia de40,9 espcies por municpio, desconsiderado o de So Pedro do Iva). Isso pode ser facilmentenotado no cmputo final de riqueza apresentado na Tabela 2. Entretanto, se tomadas em

conjunto (total de 217 espcies), constituem-se de um dos maiores esforos de pesquisaornitolgica j realizada contemporaneamente naquela regio, agregando cerca de 51 % daavifauna compilada por Straube et al. (1996), considerando-se as adies de Scherer-Neto etal. (2001).

Tabela 2. Nmero de espcies registradas em cada um dos municpios investigados.

MunicpioNmero de espcies

registradasFlora 33

So Carlos do Iva 73Paraso do Norte 60Mirador 60Marilena 36Itana do Sul 15Terra Rica 67Santa Mnica 56Sarandi 39Floresta 15Ivatuba 35Munhoz de Mello 14Santa F 45

Ourizona 41So Jorge do Iva 24So Pedro do Iva 178

TOTAL 217

Se levada em considerao a rea definida como "noroeste do Paran" por Straube etal. (1996) e Straube & Urben-Filho (2001), alm das adies de Scherer-Neto et al. (2001), asinformaes obtidas no presente estudo permitem a incluso de duas espcies ainda noregistradas formalmente para a regio (Melanotrochilus fuscus e Anthus lutescens).Adicionalmente, outros 11 txons merecem discusso por estarem presentes marginalmente a

essa regio e ainda no citadas como ocorrentes em seu permetro: Harpagus diodon, Buteonitidus, Dromococcyx pavoninus, Asio flammeus, Phaethornis squalidus, Synallaxis spixii,


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Myrmeciza squamosa, Grallaria varia, Turdus subalaris, Tiaris fuliginosus e Carduelismagellanica.

2. A questo cronolgica e conservao

Cabe mencionar, que algumas espcies que foram farta ou razoavelmente bemregistradas at a dcada de 50 do Sculo 20 (cf. Straube et al., 1996), contaram com escassosregistros nos nossos trabalhos de campo ou simplesmente no foram localizadas na regio(p.ex. Tinamus solitarius, Crypturellus undulatus, Mesembrinibis cayennensis, Sarcoramphus

papa, Notharchus swainsoni, bem como alguns Accipitridae, Cracidae, Ramphastidae,Dendrocolaptidae, Pipridae, Cotingidae), indicando processos de declnio populacional e

provavelmente de extines localizadas. Adicionalmente, alguns txons tipicamente florestais(e.g. Harpagus diodon, Dromococyx pavoninus, Phaethornis squalidus, Baryphthengusruficapillus, Pteroglossus aracari, Baillonius bailloni, Selenidera maculirostris, Ramphastos

dicolorus, Myrmeciza squamosa, Grallaria varia, Philydor lichtensteini, Cranioleuca

obsoleta, Xenops rutilans, Xenops minutus, Xiphocolaptes albicollis, Tolmomyias

sulphurescens, Pipra fasciidauda, Trichothraupis melanops e Habia rubica) foram apenasencontrados no fragmento de maior porte investigado (So Pedro do Iva), o que deve serinterpretado como um desaparecimento na maior parte da suas reas de ocorrncia, com amanuteno de raras populaes residuais, confinadas aos remanescentes mais significativos.

Um registro de destaque deve ser conferido meno, por parte de informantes locais,da presena do mutum (Crax fasciolata), no fragmento com cerca de 100 ha do municpio deMarilena. Esse cracdeo considerado "criticamente ameaado" no mbito estadual, tendocomo nico registro recente aquele obtido, e tambm a partir de informao de terceiros, naEstao Ecolgica do Caiu (E.Carrano per Straube et al., 2004). Adicionalmente, outrasespcies de interesse conservacionista (Straube et al., 2004), tambm foram constatadas:Primolius maracana, Pteroglossus aracari(ambas com status "vulnervel") eAsio flammeus(status indeterminado).

Por outro lado, algumas espcies com escassos registros na regio at o fim da dcadade 50 do Sculo 20 (p.ex. Rupornis magnirostris, Falco sparverius, Vanellus chilensis,Crotophaga ani, Guira guira, Colaptes campestris, Volatinia jacarina) ou simplesmente noverificadas ali at esse perodo (Milvago chimachima, Caracara plancus, Patagioenas

picazuro, Zenaida auriculata, Athene cunicularia, Phaethornis pretrei, Furnarius rufus,

Synallaxis spixii, Todirostrum cinereum, Machetornis rixosa, Anthus lutescens, Mimus

saturninus, Ammodramus humeralis), foram encontradas posteriormente em diversos pontosamostrais, podendo tratar-se respectivamente de expanses de populacionais ou decolonizaes recentes, uma vez que so espcies peculiares de hbitats alterados ou abertos.

3. A problemtica ambiental do noroeste do ParanImagens de satlite e demais artefatos cartogrficos recentes ilustram a situao

ambiental da regio noroeste do Paran com suficiente preciso de detalhes. O queoriginalmente apresentava-se como uma rea vasta e contnua de cerca de 30.000 km2,dominada pela floresta estacional, vez ou outra miscigenada com paisagens de fisionomiadiferenciada, principalmente nas vrzeas dos grandes rios (Braga, 1962) e zonas com ntidainfluncia dos cerrados do Brasil Central (Maack, 1942; Straube, 1998), atualmente foidizimada a rarssimos fragmentos decadentes e isolados meio a uma matriz da ambientesagropastoris, muitas vezes apresentando solo exposto e erodido.

Embora ainda hajam alguns remanescentes com dimenses muito maiores do que osaqui avaliados (e.g. nos municpios de Cianorte e Paranava), o panorama ambiental do


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noroeste paranaense pode ser considerado como merecedor de aes conservacionistasurgentes. Inmeras tentativas, incluindo averiguaes apriorsticas de imagens de satlite,sobrevos, contactos com proprietrios e polticos locais, no sentido de identificarremanescentes com algum significado quanto s dimenses e grau de preservao nointerflvio Paranapanema-Iva, falharam e a exaustividade desse trabalho parece caracteriza-

lo como definitivo (Figura 2).

Figura 2. rea de estudo articulada de acordo com imagens de satlite obtidas em Miranda & Coutinho (2004).

Tendo-se em vista o presente panorama, considera-se urgente a realizao delevantamentos cartogrficos e de campo a fim de identificar os maiores e mais significativosremanescentes de vegetao original, visando o estabelecimento de futuras unidades deconservao. Paralelamente, estudos florsticos, fitossociolgicos e faunsticos so igualmenteapreciveis, tendo-se em vista a sua bvia utilidade como refinamento da argumentao para aconservao dos ltimos remanescentes florestais nessa regio paranaense.

AGRADECIMENTOS:Nossa sincera gratido a Vanderlei Parma, presidente da Ademavi, cuja iniciativa foifundamental para o desenvolvimento dos nossos trabalhos de campo. Os amigos Marlia Borgo, Liliani Tiepolo,Paulo Labiak, Paulo H.C.Marques, Osmar S.Ribas e Tadeu Motta, forneceram, alm do companheirismo nostrabalhos de campo, informaes importantes em especial do ponto de vista florstico. Somos gratos aos prefeitose demais funcionrios pblicos dos municpios estudados pelo apoio conferido, bem como aos respectivosproprietrios rurais pela permisso de acesso s suas reas. Um destaque especial ao proprietrio da FazendaBarbacena (Joo Watt Longo) e todos os funcionrios ligados a ela e Iva Agropecuria, destacadamente CibeleM.R.Portella, Joo Carlos P.Maldonado e nosso querido amigo "Colega". Pesquisas sobre reas prioritrias parainventrios avifaunsticos no Paran tm sido parcialmente financiadas pela Nuttall Ornithological Club(Cambridge, EUA), entidade qual somos gratos por meio de David C.Morimoto.


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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ADEMAVI. 2003. [Homepage da] Associao Brasileira de Defesa e Recuperao do Meio Ambiente, SeoProjetos. URL: http://ademavi.org.br/projetos.jsp#. Acessada em 6 de setembro de 2004.

Braga, R. 1962. Contribuio ao estudo fitogeogrfico do Estado do Paran: Serra dos Dourados.Bol.Paran.Geogr.6-7:25-40.

IAP. 2004. [Homepage do] Instituto Ambiental do Paran, Seo Programas e Projetos - Projeto ParanBiodiversidade. URL: http://www.pr.gov.br. Acessada em 6 de setembro de 2004.

Isernhagen, I. 2001. A fitossociologia florestal no Paran e os programas de recuperao de reasdegradadas: uma avaliao. Curitiba, Universidade Federal do Paran: Departamento de Botnica.Dissertao de mestrado.

Isernhagen, I.; Silva, S.M. & Galvo, F. 2001. A fitossociologia florestal no Paran: listagem bibliogrficacomentada. Publicao on line, acessada em 6 de setembro de 2004. URL:http://www.ipef.br/servicos/teses/isernhagen,i.pdf.

Maack, R. 1942. Algumas observaes a respeito da existncia e extenso do arenito superior So Bento ouCaiu no Estado do Paran. Arq.Mus.Paran.1:107-139.

Miranda, E.E. de & Coutinho, A.C. (coord.). 2004. Brasil visto do espao. Campinas, Embrapa Monitoramentopor Satlite, 2004. Disponvel em URL: . Acesso em 24 desetembro de 2004

Scherer-Neto, P. & Carrano, E. 1998. Gampsonyx swainsoni (Vigors, 1825) no Estado do Paran. AtualidadesOrnitolgicas 82:2.

Scherer-Neto, P.; Carrano, E. & Ribas, C.F. 2001. Avifauna da Estao Ecolgica do Caiu (Diamante do Norte,Paran) e regies adjacentes.In: F.C.Straube ed. Ornitologia sem fronteiras, incluindo os Resumos doIX Congresso Brasileiro de Ornitologia (Curitiba, 22-27 de julho de 2001). Curitiba, Fundao OBoticrio de Proteo Natureza. R192, p. 352-353.

Straube, F.C. 1998b. O cerrado no Paran: ocorrncia original e subsdios para sua conservao. Cadernos daBiodiversidade 1(2):12-24.

Straube, F.C.; Bornschein, M.R. & Scherer-Neto, P. 1996. Coletnea da avifauna da regio noroeste do Estadodo Paran e reas limtrofes (Brasil). Arquivos de Biologia e Tecnologia 39(1):193-214.

Straube, F.C. & Urben-Filho, A. 2000. Anlise do conhecimento ornitolgico da regio noroeste do Paran areas adjacentes. In: F.C.Straube, M.M.Argel-de-Oliveira & J.F.Cndido-Jr. eds. Ornitologiabrasileira no Sculo XX, incluindo os Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Ornitologia

(Florianpolis, 9 a 14 de julho de 2000). Curitiba, Editora Popular. R195, p.371-372.Straube, F.C. & Urben-Filho, A. 2001. Anlise do conhecimento ornitolgico da regio noroeste do Paran e

reas adjacentes. In: J.L.Albuquerque, J.F.Cndido-Jr., F.C.Straube e A.Roos eds. Ornitologia econservao: da cincia s estratgias. Florianpolis, Sociedade Brasileira de Ornitologia, Unisul eCNPq.

Straube, F.C.; Urben-Filho, A. & Kajiwara, D. 2004. Aves. In: S.B.Mikich & R.S.Brnils. Livro vermelho dafauna ameaada no Estado do Paran. Curitiba, Instituto Ambiental do Paran. p.143-496.

Straube, F.C. & Bornschein, M.R. 1995. New or noteworthy records of birds from northestern Paran andadjacent areas (Brazil). Bull.Brit. Ornith. Club 115(4):219-225.

Vasconcelos, M.F. de & Roos, A.L. 2000. Novos registros de aves para o Parque Estadual do Morro do Diabo,So Paulo. Melopsittacus 3(2):81-84.


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ANEXO

Lista de espcies registradas durante os trabalhos de campo. Legenda: 1. Flora; 2. So Carlosdo Iva; 3. Paraso do Norte; 4. Mirador; 5. Marilena; 6. Itana do Sul; 7. Terra Rica; 8. Santa

Mnica; 9. Sarandi; 10. Floresta; 11. Ivatuba; 12. Munhoz de Mello; 13. Santa F; 14.Ourizona; 15. So Jorge do Iva; 16. So Pedro do Iva. A letra "e" indica que a espcie foiindiscutivelmente identificada com base em entrevistas cedidas por moradores do local.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Ordem TinamiformesFamlia TinamidaeCrypturellus obsoletus xCrypturellus parvirostris x x x x xCrypturellus tataupa x x x x x xRhynchotus rufescens x x x x xNothura maculosa x

Ordem PodicipediformesFamlia PodicipedidaeTachybaptus dominicus x

Ordem PelecaniformesFamlia PhalacrocoracidaePhalacrocorax brasilianus x x x x

Ordem CiconiiformesFamlia ArdeidaeSyrigma sibilatrix x x

Ardea cocoi xArdea alba xBubulcus ibis x xButorides striatus x xNycticorax nycticorax xTigrisona lineatum x

Ordem AnseriformesFamlia AnatidaeDendrocygna viduata xAmazonetta brasiliensis x x xCairina moschata x

Ordem FalconiformesFamlia CathartidaeCoragyps atratus x x x x x x x x x x x x xCathartes aura x x x x xCathartes burrovianus x

Famlia AccipitridaeElanus leucurus x xHarpagus diodon xIctinia plumbea x xButeo nitidus xButeo albicaudatus x

Buteo brachyurus xRupornis magnirostris x x x x x x x x x x x x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Heterospizias meridionalis xGeranospiza caerulescens x

Famlia FalconidaeHerpetotheres cachinnans x

Micrastur ruficollis xMilvago chimachima x x x x x x x xCaracara plancus x x x x x x x x xFalco femoralis x xFalco sparverius x x x x x x x xFalco peregrinus x

Ordem GalliformesFamlia CracidaePenelope superciliaris x x x x xCrax fasciolata e

Ordem GruiformesFamlia RallidaePardirallus nigricans xPorzana albicollis xAramides saracura xGallinula chloropus x x

Ordem CharadriiformesFamlia JacanidaeJacana jacana x x

Famlia CharadriidaeVanellus chilensis x x x x x x x x x x x x x

Famlia ScolopacidaeTringa flavipes x

Ordem ColumbiformesFamlia ColumbidaePatagioenas picazuro x x x x x x x x x x x x xPatagioenas cayennensis x x x x x x x x xZenaida auriculata x x x x x x x x x x x x x xColumbina picui x x x x xColumbina talpacoti x x x x x x x x x x x x x xScardafella squammata x x x x

Leptotila verreauxi x x x x x x xLeptotila rufaxilla x

Ordem PsittaciformesFamlia PsittacidaePrimolius maracana xAratinga leucophthalma x x x x x x xPyrrhura frontalis x x x x xBrotogeris versicolurus xPionus maximiliani x x xAmazona aestiva e x

Ordem CuculiformesFamlia CuculidaeCoccyzus melacoryphus x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Piaya cayana x x x x x x x x x x x x x xCrotophaga major xCrotophaga ani x x x x x x x x x x x x x xGuira guira x x x x x x x x x x x x x xTapera naevia x x x x

Dromococcyx pavoninus x

Ordem StrigiformesFamlia TytonidaeTyto alba x x

Famlia StrigidaeMegascops choliba xGlaucidium brasilianum xAthene cunicularia x x x x x x x xAsio flammeus x

Ordem CaprimulgiformesFamlia NyctibiidaeNyctibius griseus x

Famlia CaprimulgidaeLurocalis semitorquatus xChordeiles sp. xPodager nacunda xNyctidromus albicollis xHydropsalis forcipata x

Ordem ApodiformesFamlia ApodidaeChaetura meridionalis x x

Ordem TrochiliformesFamlia TrochilidaePhaethornis eurynome x xPhaethornis squalidus xStephanoxis lalandi xAnthracothorax nigricollis xLeucochloris albicollis xMelanotrochilus fuscus xChlorostilbon aureoventris x x xHylocharis chrysura x x x x x

Ordem TrogoniformesFamlia TrogonidaeTrogon surrucura x x x x x x x x

Ordem CoraciiformesFamlia AlcedinidaeCeryle torquata x x x x xChloroceryle amazona xChloroceryle americana x

Famlia MomotidaeBaryphthengus ruficapillus x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Ordem PiciformesFamlia BucconidaeNystalus chacuru x

Famlia Ramphastidae

Pteroglossus castanotis xPteroglossus aracari xSelenidera maculirostris xBaillonius bailloni xRamphastos dicolorus x

Famlia PicidaePicumnus temminckii x x x x x x x x x xPicumnus albosquamatus x xMelanerpes candidus x x x x xMelanerpes flavifrons x x x xVeniliornis passerinus x x

Veniliornis spilogaster x x x x xColaptes melanochloros x x x x x xColaptes campestris x x x x x x x x x xCeleus flavescens x xDryocopus lineatus x x x x x x

Ordem PasseriformesFamlia ThamnophilidaeMackenziaena severa x x xThamnophilus doliatus x x x x x x x x x x x xThamnophilus caerulescens x x x x x x x x x x x x xThamnophilus ruficapillus xDysithamnus mentalis x x x xHerpsilochmusrufimarginatus

x

Herpsilochmus longirostris x x x x xPyriglena leucoptera x xMyrmeciza squamosa x

Famlia FormicariidaeChamaeza campanisona x xGrallaria varia x

Famlia ConopophagidaeConopophaga lineata x x x x x x x x x x x

Famlia FurnariidaeFurnarius rufus x x x x x x x x x xSynallaxis ruficapilla x x x x xSynallaxis frontalis x x xSynallaxis spixii xCerthiaxis cinnamomeus xCranioleuca obsoleta xPhilydor lichtensteini xAutomolus leucophthalmus x xXenops rutilans xXenops minutus x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Famlia DendrocolaptidaeSittasomus griseicapillus x x x xXiphocolaptes albicollis xDendrocolaptes platyrostris x x x

Famlia TyrannidaeCamptostoma obsoletum x x x x xMyiopagis caniceps xMyiopagis viridicata x xElaenia flavogaster x x x x x x xPhylloscartes ventralis xCapsiempis flaveola x x x x x x xEuscarthmus meloryphus x x xLeptopogon amaurocephalus x xMyiornis auricularis x x x x xPoecilotriccus plumbeiceps x x x x xTodirostrum cinereum x x x x x x x x

Tolmomyias sulphurescens xPlatyrinchus mystaceus x xMyiophobus fasciatus x xLathrotriccus euleri x x x x x xCnemotriccus bimaculatus x x x x x x xPyrocephalus rubinus xArundinicola leucocephala xXolmis cinereus xColonia colonus x xGubernetes yetapa x xMachetornis rixosa x x x x x xSyristes sibilator x xMyiarchus swainsoni xMegarynchus pitangua x x x x x x x xConopias trivirgata x xLegatus leucophaius xMyiozetetes similis x x x x x x x xPitangus sulphuratus x x x x x x x x x x x x x xMyiodynastes maculatus xEmpidonomus varius xTyrannus melancholicus xTyrannus savana xPachyramphus viridis xPachyramphus castaneus xPachyramphus polychopterus x x x

Pachyramphus validus x xTityra cayana x x x xTityra inquisitor x

Famlia PipridaePipra fasciicauda x

Famlia HirundinidaeTachycineta albiventer xProgne tapera xProgne chalybea x xNotiochelidon cyanoleuca x x x x x x x x x xStelgidopteryx ruficollis x x x xHirundo rustica x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Famlia MotacillidaeAnthus lutescens x x x x x

Famlia TroglodytidaeDonacobius atricapilla x x

Troglodytes musculus x x x x x x x x

Famlia MimidaeMimus saturninus x x x x x x x x x x

Famlia TurdidaeTurdus subalaris xTurdus rufiventris x x x x x x x x x xTurdus amaurochalinus xTurdus leucomelas x x x x x x x x x

Famlia Emberizidae

Zonotrichia capensis x x x x xAmmodramus humeralis x x xSicalis flaveola x x xVolatinia jacarina x x x x x x x x xSporophila caerulescens xTiaris fuliginosus xArremon flavirostris x x x xCoryphospingus cucullatus x x x xSaltator similis x x x x x xPasserina brissonii xCissopis leverianus x x xHemithraupis guira x x x x x x xNemosia pileata x xTachyphonus coronatus x x x xTrichothraupis melanops xHabia rubica xThraupis sayaca x xEuphonia chlorotica x x x x x x x xEuphonia violacea xDacnis cayana x x x

Famlia ParulidaeParula pitiayumi x x x x x x xBasileuterus culicivorus x x x x x x x x x xConirostrum speciosum x x x x x x

Famlia VireonidaeCyclarhis gujanensis x x x x x x x x x x x

Famlia IcteridaeCacicus haemorrhous x xIcterus cayanensis x x xLeistes superciliaris x xGnorimopsar chopi x xMolothrus bonariensis x x x x x

Famlia CorvidaeCyanocorax chrysops x x x x x x x x x


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Famlia FringillidaeCarduelis magellanica x

ATUALIDADES ORNITOLGICAS N.123, janeiro/fevereiro de 2005, pg. 10
http://www.ao.com.br/ao123.htmhttp://www.ao.com.br/ao123.htm

aves remanescentes parana2005

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