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EF

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO

Língua Portuguesa 7o ano do Ensino Fundamental Turma _________________

2o Bimestre de 2016 Data _____ / _____ / ______

Escola _________________________________________________

Aluno _________________________________________________

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3Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 7o ano do Ensino Fundamental

Leia o texto e responda à questão 1.

03/02/2016 15h27 - Atualizado em 03/02/2016 15h37

Lygia Fagundes Telles é indicada ao Nobel de Literatura

Escritora paulistana de 92 anos já recebeu os prêmios Camões e Jabuti

A escritora Lygia Fagundes Telles (Foto: Divulgação/UBE)

A União Brasileira de Escritores (UBE) enviou nesta quarta-feira (3) à Aca-demia Sueca a indicação de Lygia Fagundes Telles para o Prêmio Nobel de Literatura deste ano.

A diretoria da entidade elegeu a escritora paulistana por unanimidade. “Ly-gia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”, disse Durval de Noronha Goyos, presidente da UBE, em comunicado.

O anúncio do Nobel de Literatura deve acontecer em outubro deste ano em Estocolmo, na Suécia. No ano passado, a jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich foi a vencedora. Nenhum brasileiro venceu o prêmio até o mo-mento.

Lygia Fagundes Telles, de 92 anos, recebeu vários prêmios ao longo da car-reira, tais como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Ela tem obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV. Lygia fundou a UBE e faz parte do Conselho Di-retor da instituição.

Disponível em: <http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/02/lygia-fagundes-telles-e-indicada--ao-nobel-de-literatura.html>. Acesso em: 02 de abril de 2016. (adaptado)


4 Avaliação da Aprendizagem em Processo • Prova do Aluno – 7o ano do Ensino Fundamental

Questão 1

Segundo o texto, Lygia Fagundes Telles é uma forte candidata a ganhar o Nobel de Literatura porque

(A) a diretoria da UBE elegeu a escritora paulistana por unanimidade.

(B) é uma escritora de qualidade e sua produção é inquestionável.

(C) fundou a UBE e faz parte do Conselho Diretor da instituição.

(D) nenhum brasileiro venceu o prêmio até o momento.



Leia o texto para responder às questões de 2 a 4.

26 de junho de 2015

Idosos e crianças trocam afetos em espaço que junta asilo e pré-escola

As pequenas mãozinhas brincam com as mãos marcadas pelo tempo e de mo-vimentos lentos em Seattle, nos Estados Unidos.

As brincadeiras e as atividades poderiam confundir o visitante desavisado. Trata-se de uma casa de repouso para idosos ou uma pré-escola? O Interge-nerational Learning Center juntou as duas coisas.

O espaço tem a estrutura física que as duas instituições precisam, mas com a troca de afeto entre gerações que outras escolas e lares para idosos não têm. No local, a energia das crianças completa a experiência de vida dos mais velhos.

“Ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis entre idosos e crianças”, diz Evan Briggs, que gravou um filme sobre a experiência entre as duas gerações no ILC.

O local abriga crianças de até cinco anos que realizam atividades cotidiana-mente com os mais de 400 idosos atendidos no espaço.

De um lado, as crianças aprendem a se relacionar com diferentes gerações, a respeitar os mais velhos e a conviver com pessoas com limitações físicas. Já os idosos recebem carinho e são estimulados intelectual e fisicamente pelos exercícios com os alunos.

[...]

Disponível em: <http://jornaldeboasnoticias.com.br/idosos-e-criancas-trocam-afetos-em-espaco--que-junta-asilo-e-pre-escola/>. Acesso em: 16 de março de 2016. (adaptado)



Questão 2O trecho “Ao longo de meses filmando, observei muitas trocas incríveis en-tre idosos e crianças” é um exemplo de

(A) discurso indireto e reproduz o pensamento dos idosos.

(B) discurso direto e representa a fala de Evan Briggs.

(C) discurso direto e marca a fala do visitante desavisado.

(D) discurso indireto e reflete a convivência entre as crianças.

Questão 3No trecho “[...] que realizam atividades cotidianamente com os mais de 400 idosos atendidos no espaço”, a palavra grifada se refere a

(A) idosos.

(B) gerações.

(C) crianças.

(D) pessoas.

Questão 4No trecho “[...] os mais de 400 idosos atendidos no espaço”, a expressão grifada faz referência

(A) aos Estados Unidos da América (EUA).

(B) às casas que acolhem crianças de pré-escola.

(C) ao “Intergenerational Learning Center” (ILC).

(D) às casas de repouso que atendem idosos.



Leia o texto e responda às questões 5 e 6.

Especialista ensina teatro a cegos em Ribeirão Preto

Deficientes visuais e idosos podem participar de aulas no Centro Cultural Pala-ce toda terça-feira

Pedro Gomes 11 Mar 2016 16h15

Um curso de teatro tem ganhado destaque no centro de Ribeirão Preto. A professora Anna Carlomagno, formada em terapia ocupacional, tem ensina-do Arteterapia, através do teatro, para deficientes visuais. Segundo a espe-cialista, o objetivo inicial era ensinar teatro para aqueles que não enxergam da maneira convencional. “Ou seja, eles enxergam de um outro modo, com a alma, com outros sentidos”.

Anna, que é estudiosa em Psicanálise, conta que, para sua surpresa, quem acabou aprendendo foi ela mesma. “Venho de uma família de artistas, e sempre enxerguei a arte como uma ferramenta poderosa para a transfor-mação. Pensando nisso, construí minha trajetória profissional focando nos processos de artes terapêuticas. Por se tratar de um trabalho recente no Brasil, no começo era bem difícil. As coisas começaram a acontecer quando Meire Teixeira, coordenadora do Centro Cultural Palace, abriu as portas para realizarmos um grupo voltado para a terceira idade”.

A ideia de ajudar deficientes visuais surgiu assim que Anna foi até a Asso-ciação Lar dos Cegos para divulgar seu trabalho com os idosos. Foi assim que ela percebeu que, muitos deles ali, estavam interessados no teatro. O projeto conta com a atriz Renata Carlomagno. “O teatro social também é algo muito novo, é uma proposta de teatro que vai além das técnicas de artes dramáticas, pois através da expressão corporal e da criatividade, ele trabalha a transformação pessoal através do estímulo da inteligência so-cial e emocional dos alunos. Nas aulas, percebíamos que os alunos traziam



questões relacionadas à dificuldade e, principalmente, ao preconceito que sofriam por não enxergar”, explica Anna.

“No início dos trabalhos, a interação dos alunos era muito tímida, muitos ficavam com receio de se movimentar. Trabalhar a expressão corporal é um dos grandes desafios, pois eles usam o corpo como ferramenta para com-preender o mundo e não estão acostumados a expandir o físico de forma mais espontânea, aos poucos dá para perceber que eles se soltam e adqui-rem mais confiança em si mesmos e no outros. É emocionante de se ver”, finaliza a professora.

[...]

Disponível em: <http://www.revide.com.br/noticias/especialista-ensina-teatro-cegos-em-ribei-rao/>. Acesso em: 16 de março de 2016.

Questão 5O trecho “Venho de uma família de artistas, e sempre enxerguei a arte como uma ferramenta poderosa para a transformação [...]” é um exemplo de discurso que representa a fala

(A) de um idoso, de forma indireta.

(B) de um artista, de forma direta.

(C) da atriz Renata, de forma indireta.

(D) da professora Anna, de forma direta.

Questão 6Anna conta que se surpreendeu com seus alunos, pois eles demonstraram

(A) força de vontade e dedicação às atividades teatrais.

(B) ansiedade por não enxergarem de forma convencional.

(C) receio para se movimentarem durante os jogos teatrais.

(D) timidez ao desenvolverem exercícios de interpretação.



Leia o texto e responda às questões de 7 a 9.

Todo janeiro, a fazenda dos meus avós, no interior de Minas, ficava estufada de primos e tios. Nada de compromissos, nada de horários. Férias! Você co-nhece bem o sabor dessa palavra, não é mesmo? Os dias começavam com uma bela mesa de café, e depois era só brincar, brincar e brincar. À noite, eram as rodinhas aconchegantes em volta de um tio – e tome histórias de assombração. Assim era dia após dia, sempre deliciosamente iguais.

Numa certa tarde, de sol muito quente, brincávamos de jogar pião no terrei-ro quando, de repente, uma batida forte de tambores veio vindo da estrada de terra que chegava na fazenda. Interrompemos imediatamente a brinca-deira, levantamos as orelhas e espichamos os olhos na direção daquele som estranho. Na curva da estrada surgiu, então, uma figura mascarada vestindo uma roupa larga e estampada, cheia de fitas coloridas. A coisa rodopiava e dava saltos, sacudindo uns chocalhos amarrados na cintura, nos pulsos e nas canelas. Pra mim aquilo era o demônio que vinha cobrar nossos peca-dos. Eu tremia dos pés à cabeça.

A dança agitada daquela figura levantava uma poeira amarela que a luz do sol transformava em efeito especial. No meio da poeira, logo atrás do mas-carado, vinham os músicos tocando viola, violões, tambores e pandeiros. Acima de tudo, uma bandeira vermelha presa a um mastro fazia aquela nu-vem de poeira e gente parecer um barco maluco se arrastando pela estrada.

Chegaram até junto da sede da fazenda, tocaram, cantaram com uma voz aguda feito ponta de agulha, tomaram café com queijo, broa de fubá, bis-coitos, e se foram. Meu coração não parou de pular um minuto.

Um tio me disse que aquilo era folclore.

Passei anos com medo de folclore.

Muito tempo depois, soube que havia assistido, naquelas férias, à passagem de uma autêntica Folia de Reis – uma das mais belas manifestações do fol-clore brasileiro.

[...]

Acho importante você saber que o folclore não é apenas uma coisa do pas-sado, da tradição. Ele é vivo, e está presente no seu dia a dia, muito mais do



que você imagina. Está na sua moeda da sorte, nos apelidos da sua turma de colégio, nas gírias, nas suas superstições, em algumas coisas que você come, em gestos, jogos, brincadeiras ou festas que você frequenta. Por isso é tão importante conhecer o folclore. Ele está ligado à nossa vida de um jeito muito forte.

[...]

Marcelo Xavier

Disponível em: <http://www.marceloxavier.art.br/mx/2012/10/18/festas/>. Acesso em: 18 de março de 2016.

Questão 7No segundo parágrafo do texto, a expressão “de repente” significa que um assunto inesperado e diferente será

(A) introduzido.

(B) finalizado.

(C) detalhado.

(D) comentado.



Questão 8No trecho “que chegava na fazenda” a palavra em destaque se refere à

(A) batida de tambores.

(B) curva da estrada.

(C) ponta de agulha.

(D) estrada de terra.

Questão 9O texto tem como finalidade

(A) relatar uma experiência que foi vivenciada na infância.

(B) divulgar o folclore e a autêntica Folia de Reis da fazenda.

(C) explicar que as brincadeiras aconteciam em tardes ensolaradas.

(D) confirmar que as batidas dos tambores vinham pela estrada de terra.



Leia o texto e responda às questões de 10 a 12.

Perde o gato

Carlos Drummond de Andrade

Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina1, hoje, não interessa a nin-guém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio2 de mudar de coluna. Trata-se de um gato.

Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, con-tei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial3 dos gatos. Mas Inácio desapareceu [...].

Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela4, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva5 quanto a outra.

O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.

[...]

Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civili-zado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não care-ce6 de suplemento de informação. Livros e papéis beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.

Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta--lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funcio-

1 “máquina” – máquina de escrever.2 “obséquio” – favor.3 “imemorial” – sem memória.4 “vitela” – carne de bezerro. 5 “esquiva” – arisca.6 “carece” – precisa, necessita.



na” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de perso-nalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a pre-sença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.

Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explica-ções. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção7 e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a alti-vez, a serenidade e a elegância dos gatos.

Disponível em: <http://thaisnicoleti.blogfolha.uol.com.br/2013/05/11/uma-cronica-para-os-que--amam-os-gatos/#_=_>. Acesso em: 01 de abril de 2016.

Questão 10Segundo o texto, um gato vive

(A) como símbolo de altivez, guardião da vida intelectual, em silêncio e cheio de personalidade.

(B) se transformando em cuíca e, com a escassez de alimentos, substitui a carne de vitela.

(C) sendo homenageado por seu charme pessoal, uma mistura de cautela e leveza

(D) um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua, sobre a mesa no escritório.

7 “circunspeção” – cautela, seriedade, reserva.



Questão 11Segundo o texto, o trecho “O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna” sugere que a leitura

(A) necessitará ser repartida.

(B) poderá ser desagradável.

(C) precisará ser feita com atenção.

(D) deverá ser deixada para depois.

Questão 12Uma das finalidades da crônica escrita por Carlos Drummond de Andrade é

(A) detalhar que donos de gatos ficam penalizados quando seus bichinhos são capturados para virarem carne de churrasco.

(B) explicar que todo escritor tem dificuldade de fazer com que o assunto seja interessante para o leitor.

(C) narrar uma história baseada em um acontecimento comum como, por exemplo, o sumiço de um gato.

(D) relatar que gatos costumam sumir no Rio de Janeiro, pois a fabricação de cuícas alimenta as indústrias.



Anotações do Professor


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