avaliação + questionários + resenha modulo ii

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EDER SILVA RELATÓRIO MÓDULO II (COMENTÁRIOS, ATIVIDADES & AVALIAÇÃO) Trabalho de Graduação apresentado ao Curso Interdenominacional de Teologia Faculdade de Teologia Walter Martin. Módulo II.

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Avaliação módulo 2, ICP

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EDER SILVA

RELATÓRIO MÓDULO II

(COMENTÁRIOS, ATIVIDADES & AVALIAÇÃO)

Trabalho de Graduação apresentado ao Curso Interdenominacional de Teologia Faculdade de Teologia Walter Martin. Módulo II.

CURITIBA

2005

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COMENTÁRIOS

A Teologia é tão atraente e desejada que muitos, ao se aprofundarem tornam-se

amantes e, posteriormente, boa parte acaba por abdicar-se de suas vidas seculares,

mergulhando de cabeça na busca de ampliar o conhecimento desse estudo.

Tal condicionamento retrata a carência humana em relação ao sagrado, isto é,

quanto mais a humanidade se distancia da cultura estabelecida por Deus, há também, em

contrapartida, um vasto espaço que anseia por resgatar os valores divinos no

relacionamento Criador – Criação.

Muitos são os propósitos, e muitos são os objetos específicos de estudo trilhados por

estes a quem se deixam atrair por esta ciência. Mas a Teologia, assim vista com olhares

críticos, é o portal que se abre ao homem cujo espírito anseia por liberdade. E tal liberdade

somente é oferecida por Aquele que nos libertou com sua Palavra ecoada no Gólgota: “Está

consumado”.

Ao passo que o teólogo se deixa levar pelas revelações contidas nas Sagradas

Escrituras, de maneira voluntária e espontânea, livre de todo infortúnio e da tradição

humana filantrópica e materialista, maior é a probabilidade de ser conduzido divinamente

ao Porto Desejado. (Cf. 1Co 9:25; 1Co 13:12; 1Pe 1:23)

Neste módulo deparei-me com preciosos ensinos que muito contribuíram para a

solidificação das idéias que já me norteavam a respeito da pessoa e divindade de Jesus

Cristo Senhor. Questões como a de número 1 da Avaliação: “Como explicar o fato de Jesus

ser gerado e chamado de Filho de Deus uma vez que Ele é eterno?” faz-nos refletir de

maneira profunda e analítica os fundamentos mais íntimos de nossa fé. Assim, tenho por

bem tudo o que venho aprendendo neste curso proposto pelo ICP, ansioso por mais desafios

que contribuirão para meu amadurecimento espiritual.

DÚVIDAS

Na página 24, da apostila deste Módulo II, é relatado sobre as dificuldades de

compreensão da divindade de Cristo, e, entre as passagens mencionadas, gostaria de

maiores detalhes sobre Rm 9:5, ou seja, qual é realmente a dúvida levantada nos dias atuais

que os cristãos primitivos não conheciam?

Page 3: Avaliação + Questionários + Resenha modulo II

Meditei muito no conteúdo das páginas 30 e 31, no que diz respeito ao nascimento

virginal do messias Jesus Cristo. Muito profundo e muito direto e eficiente a explanação do

assunto, gostei muito da maneira em que foi abordado e da importância que foi creditada

pelo redator à respeito de tão nobre e essencial fato.

Já na seção do capítulo 4, intitulada: “Controvérsias cristológicas”, achei escasso o

material exposto; penso ser este um tópico muito importante, e, se vocês puderem me

mandar mais material a respeito (via e-mail), ou mesmo algumas referências bibliográficas

confiáveis acerca deste assunto, agradeço de antemão, principalmente em relação ao

sabelianismo e ao ebionismo.

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ATIVIDADES – TEOLOGIA SISTEMÁTICA II (Doutrina de Cristo)

1) O que significa o nome de Jesus e o termo Cristo?R: Jesus: “O Senhor é Salvação”. Cristo: “O Ungido”, quando se refere o Jesus, mas é um termo grego, que representa no hebraico “O Messias”. Portanto, Jesus Cristo é aquele que Deus prometeu ao povo judeu através dos séculos, mediante profetas, patriarcas e sacerdotes, que O registraram nas sagradas escrituras.

2) Como podemos interpretar as expressões “Filho de Deus” e “Filho do Homem”?R: Segundo a tradição dos homens, dizer ser filho de Deus não é errado, pois somos filhos de Deus mediante a obra redentora de Cristo Jesus. Mas, conforme a maneira pela qual Jesus assim se apresentou como filho unigênito do Pai, isto colocava-O como semelhante ao Pai, causando, assim alguns atritos e inconveniências entre os religiosos da época, pois as escrituras prediziam sobre o Messias que viria como o filho do Deus Vivo. Insatisfeitos ficaram principalmente os judeus, que esperavam o filho do Deus Vivo vindo em grande glória e majestade. Mas Jesus Cristo veio para testificar sobre a vontade do Pai, e não para julgar, cabendo tal incumbência somente no reino milenar, assim previsto nas Escrituras. Jesus Cristo veio como filho genuíno de Deus, na forma de homem.Na expressão: “filho do Homem”, o Senhor Jesus Cristo identifica-se com a humanidade em diversos aspectos, exceto no seu nascimento virginal e na sua isenção de pecado. Passagens comprovam tal natureza humana, como em : Jo 19:28; Mt 21:18; Jo 4:6; Mt 8:24. 3) Conforme os nossos estudos, como podemos provar a divindade de Cristo em relação

ao tempo?R: Cristo é filho eterno do Deus Altíssimo, e não foi criado, mas existe desde a eternidade, não se limitando ao tempo humano (cronos). Em Hebreus 7:3 temos um forte argumento para exemplificar tal afirmação. Jesus está eternamente envolvido nas atividades realizadas pela trindade, bem como sua existência e natureza divina. Tudo partiu da concordância das três pessoas da Santíssima Trindade. As três pessoas dão mutuamente testemunho de si mesmas, desde o princípio, até o fim, passando pelos dias atuais. Conforme afirma José A. de Laburu, no seu livro intitulado “Jesus Cristo é Deus?” (ed. Loyola): “Tão categóricas, tão afirmativas, tão abundantes, tão ricas nos mínimos detalhes, cumpridas com a mais fiel exatidão no fluir de séculos após séculos e no momento preciso por elas assinalado, tais predições jamais poderiam ser fruto da inteligência humana, nem qualquer homem sério e de crítica científica atrever-se-ia a assim supor”. Também, em relação às profecias messiânicas, afirma o mesmo autor: “É evidente que não aludo a uma predição do gênero “vamos ver se dá certo”, a um predizer puramente conjetural, e aventuroso. Vaticinar dessa forma é muito fácil, mas esse prognóstico longe está da predição precisa, categoricamente afirmada e matematicamente cumprida da profecia”.

4) Explique resumidamente o que a Bíblia revela ao declarar que todas as coisas foram feitas por ele, para Ele e Nele, e que subsistem por Ele?

R: Ao passo que as Escrituras não citam nada a respeito de anjos serem seres criadores, a Bíblia nos revela que todas as coisas foram feitas por Jesus Cristo, como em Jo 1:3; Jo

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1:10; Hb 3:3; Ap 4:11. Ele tem o poder tanto de criar, como também de habitar e tornar sob a forma de Sua criação. Mas a humanidade não pôde compreendê-Lo.Todas as coisas foram criadas para Ele representa o motivo pelo qual Deus criou o universo. O propósito de Deus era entregar tudo para o seu Filho Unigênito e Herdeiro, mas devido à queda e corrupção pela qual o homem passou. Então Deus, nos seus atributos naturais (onipotência, onisciência, onipresença, unidade, infinitude, imutabilidade) adotou novo propósito para redenção e reconciliação da humanidade. Isso explica o plano de redenção de Deus através da morte vicária de Cristo Jesus. Tudo isso para que a humanidade tivesse nova incorruptibilidade através de processo de purificação pelo próprio herdeiro, Jesus. Confirmar em: Mt 11:27; Jo 3:35; Rm 8:17; Cl 1:16.Quanto à expressão Todas as coisas foram criadas Nele, isso corresponde que tudo e todos, inclusive a infinitude do universo, estão contidos em Deus, ao invés de Deus estar contido. A Bíblia enfatiza que os céus dos céus não O podem conter. Isso é a infinitude de Deus em relação ao universo e tudo que nele há. Ele não é contido, mas sim Ele contém. Ver: Ef 1:23; Cl 1:16 e Jr 23:24.Principalmente em Hebreus 1:3 podemos compreender porque o universo ainda se mantém em atividade, pois pela palavra de Deus, Jesus sustenta todas as coisas. Isso refuta integralmente as idéias deístas que afirmam o abandono de Deus após a queda da criação. Todas as coisas subsistem pela palavra do poder de Deus.

5) Descreva as três passagens paralelas que se refiram ao Pai no Antigo Testamento e ao Filho no Novo Testamento.

R: Gênesis 1:1 - “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” João 1:1-3 – “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito.

Deuteronômio 32:4 – "Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” João 14:6 – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Isaías 41:4 – “Eu o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.” Apocalipse 1:17 – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”.

6) Comente sucintamente acerca da onipotência de Jesus.R: Como o Deus Pai, Jesus Cristo também pode todas as coisas, pois assemelha-se em essência com Deus e com o Espírito Santo. A Trindade possui a mesma essência, e são por si mesmas onipotentes no seu atributo natural. A única condição para tal é devido à submissão voluntária. Seu amor infinito ao Pai limita seu pode infinito. Confirmar em Mt 28:18; Jo 5:19; Fl 3:21.

7) Mencione passagens que comprovem as limitações físicas de Jesus.R: Em Mt 21:18 o autor que Jesus teve fome; em Jo 19:28 Jesus diz estar com sede, expressando, assim, a limitação física de Jesus Cristo antes da ressurreição. Em Lc 24:39-41, após sua ressurreição, o evangelista expõe detalhadamente a preocupação de Jesus Cristo em relação às futuras heresias que surgiriam com o intuito de anular tanto o seu caráter espiritual divino como também outras formas de doutrinas heréticas que tentariam ocultar seu caráter físico humano. Ali há uma prova concreta de que Jesus Cristo, mesmo

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na condição que se encontrava (ressuscitado), faz questão de salientar a possibilidade de ingerir alimentos sólidos.

8) Qual a importância do nascimento virginal de Cristo?R: Diz respeito à legalidade de Deus em entrar no mundo habitado pela raça humana sem pecado e sem mácula, com a finalidade de desfazer toda obra diabólica, e trazer novamente a oportunidade ao homem de dominar sobre todas as coisas na Terra, conforme ordem ditada pela Trindade Divina em Gênesis 1:26b. Para que se cumprisse a palavra de Deus dita a satanás em Gn 3:15 e Is 7:14. Também era necessário que o Messias nascesse de uma virgem, ou seja, fosse Jesus Cristo o filho do Deus Altíssimo, não concebido em pecado, ao contrário de todo homem, que, segundo as escrituras foram concebidos já em pecado, conforme relata o rei Davi, entre outros servos.

9) Destaque e responda uma controvérsia cristológica.R: Gnosticismo. Em relação a essa heresia, herdada de épocas anteriores, com influências filosóficas gregas, pode-se afirmar que não há meio de conciliá-la com as doutrinas bíblicas, tampouco adapta-las, pois mediante as diversas profecias, e até mesmo do próprio propósito divino, relatado nas escrituras, o Messias deveria ser Deus (Espírito) e homem (carne) ao mesmo tempo. Não devemos limitar Deus nos seus atributos peculiares, pois há controvérsias que somente se resolvem através da fé, visto que nosso entendimento é intrinsecamente limitado, ao passo que Deus não pode ser limitado. Ele, na sua majestade e poder, pode assumir duas naturezas distintas. Satanás também tomou forma de serpente (matéria) para que tivesse legalidade de enganar a humanidade, mas sem a onipotência, onipresença e onisciência que só se concentra nas pessoas da Santíssima Trindade. 10) Como a morte de Cristo foi prefigurada no Antigo Testamento?R: Para poder expressar melhor o sacrifício de Cristo na cruz, Deus, na sua onisciência, instituiu ao povo da Antiga Aliança símbolos e rituais que identificariam a sua obra redentora através da morte vicária de Seu Filho Unigênito, ou seja, um sacrifício definitivo de um cordeiro imaculado, para tirar todo e qualquer pecado no mundo. Há também outras passagens que podemos citar, como o sacrifício de Isaque por seu pai Abraão, expressando semelhança em passagens como Jo 3:16; também pelo sangue de um cordeiro o povo hebreu foi salvo da morte iminente no Egito, e deu, ao mesmo tempo, passaporte para sua libertação e peregrinação no deserto, para posterior purificação (Ex cap. 12). Em Apocalipse 13:8, há uma mensagem que diz ser Jesus o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

11) Quais foram as conseqüências da morte de Cristo?R: Perdão dos pecados através da anulação do poder do pecado no homem, por meio do derramamento de sangue de um homem sem pecado, morrendo em lugar da humanidade e para resgate da amizade do homem com o Criador. Deus, legalmente, anulou o golpe dado por Satanás na humanidade, criação de Deus e sua obra prima.

12) Que significado tem a ressurreição de Cristo?R: Confirma que Jesus realmente foi o Messias, expressa a vitória definitiva sobre a morte física, e também uma vitória sobre a morte espiritual, causada pelo pecado. Expressa também a confirmação de nossa esperança em sermos revestidos de incorruptibilidade para a ressurreição e vida eterna, à exemplo do Messias.

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13) Que significado tem a ascensão de Cristo?R: Representam o seu retorno ao lugar de glória, junto ao Pai, com objetivos tais quais: a intercessão contínua pelos cristãos professos, a soberania em relação a todos os principados e potestades, bem como na preparação das moradas destinadas aos salvos após o arrebatamento. É notável que tais significados dizem respeito a nossa visão humana, mas pode haver diversos outros significados, que são desconhecidos de nossa percepção.

14) O que você diria a respeito da pessoa de Jesus Cristo?R: Somente Ele foi capaz de cumprir todos os requisitos proféticos, da Lei, e também da vontade de Deus Pai aqui; mesmo sendo Deus, assumiu papel de homem, servindo ao Pai em obediência e humildade, desfazendo todo o engano causado por satanás à humanidade, dando-nos, pela graça oferecida, direção certa ao Porto Desejado, pois Jesus Cristo é a bússola, o capitão, e o barco. Conforme relata o padre José de Laburu, citando Renan: “... Jesus Cristo é a mais alta regra da vida, a mais destaca e a mais virtuosa. Ele criou o mundo das almas puras, onde se encontram o que em vão se pede a terá, a perfeita nobreza dos filhos de Deus, a santidade consumada, a total abstração das mazelas do mundo, a liberdade enfim, Ele construiu a verdadeira cidade de Deus, a verdadeira palingenésia, a apoteose do fraco, a reabilitação de tudo quanto é humilde, verdadeiro e simples. Fez tudo isso como artista incomparável, com caracteres que durarão eternamente...”. Também citando o racionalista alemão Harnack: “... A grandeza e a força da pregação de JESUS estão em que ela é, ao mesmo tempo, tão simples e tão rica; tão simples, que está encerrada em cada um dos pensamentos fundamentais por ela expressados, tão rico que cada um dos seus pensamentos parece inesgotável, dando-nos a impressão de que jamais chegamos ao fundo de suas sentença e parábolas”. Enfim, a obra que JESUS CRISTO fez ninguém pode jamais desfazer!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAC ARTHUR JR., John F. Nossa Suficiência em Cristo. Fiel Editora. 1995.AUSTIN-SPARKS, Theodore. Não se escandalize com o Senhor. Editora dos Clássicos. 1ª ed. 2002.SANTOS, João Ferreira. Teologia dos milagres de Jesus. JUERP. 1992.LABURU, José A de. Jesus Cristo é Deus?. Loyola Edições. 1979.

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ATIVIDADES – BIBLIOLOGIA II (Panorâmica do Antigo Testamento)

1) Visto que o autor de Gênesis não estava presente no dia da criação, como ele pôde ter escrito tal livro? Quem é o seu autor?

R: O autor do livro foi Moisés. Conforme a Bíblia nos orienta, Moisés primeiramente havia escrito as tábuas da lei, mediante revelação divina. Alguns críticos atestam que foi literalmente o dedo de Deus o autor das tábuas da lei. Em relação aos fatos sobre a criação do mundo e seu registro no livro de Gênesis, acredita-se que as revelações foram passadas oralmente a Moisés.

2) Como são conhecidos os cinco primeiros livros da Bíblia em hebraico e em grego?R: Em hebraico recebe o nome de Torah, ou seja, lei, ensino ou instrução. O vocábulo Pentateuco (coleção dos cinco primeiros livros) provém dos termos gregos penta (cinco) + teuchos (estojo para o rolo de papiro). O Pentateuco também é conhecido como: O Livro da Lei de Moisés (2 Rs 14:6); O Livro da Lei de Deus (Js 24:26); Lei do Senhor (Ex 13:9); Lei de Moisés (Js 8:31; 2 Cr 25:4); e Livro da Aliança (2 Rs 23:2).

3) Quais são as provas quanto ao autor do livro de Gênesis?R: Tanto a comunidade judaica, bem como o Senhor Jesus Cristo e os escritores do Novo Testamento justificam ser Moisés o autor do livro de Gênesis. A própria Bíblia nos dá informações de que Moisés teria erudição e capacidade suficiente para escrever o livro (At 7:22).

4) Comente sobre a pessoa de Jesus no livro do Êxodo.R: O livro de Êxodo é repleto de personificações do Senhor Jesus Cristo. Podemos notar em diversos acontecimentos, tais como: A redenção de Cristo Jesus personificada na Páscoa, na travessia do Mar Vermelho e na entrega da Lei. O próprio autor, Moisés, prefigura um tipo específico de Cristo, que tirou o povo do Egito e os conduziu pelo deserto. O Tabernáculo, os pães da proposição (Ex 25:30), o maná (Êx 16:35) também são tipificações de Cristo, conforme Jo 6:35, 49, 51.

5) Qual era o objetivo dos sacrifícios de animais no Antigo Testamento com base no livro de Levíticos?

R: Toda a ordem dos sacrifícios mencionados em Levíticos prefigura o sacrifício definitivo e suficiente de Jesus Cristo, através de sua expiação para remissão de nossos pecados.

6) O que os críticos dizem a respeito da autoria de Deuteronômio?R: Dizem que a autoria do livro é dos sacerdotes, por volta do século VII aC.

7) Relacione os juízes antes do período monárquico.R: Foram 13 os juízes: Otniel; Eúde; Sangar; Débora; Gideão; Tola; Jair; Jefté; Ibsã; Elom; Abdom; Sansão; Samuel.

8) Quais são os livros históricos?R: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

9) Analise na Bíblia e escreva o motivo que levou Ester tornar-se rainha.

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R: Em correlação com a leitura bíblica, tendo em vista a situação em que se encontrava o povo judeu (cativo), leva-se a crer que foi uma provisão divina o fato de Ester (judia) reinar, quando justamente os judeus, viviam sob o jugo do rei. No livro de Ester não é mencionado o nome de Deus, porém, pelo enredo e poder da narrativa em relação ao livramento de uma destruição iminente dos judeus, e visível influência de Ester em favor do seu povo, possui a mesma inspiração que os demais livros canonizados. Como o escritor Myer Pearlman narra em seu livro “Através da Bíblia” (p. 85): “... Deus permaneceu invisível ao seu povo e a seus inimigos, efetuando a salvação por intermédio de instrumentos humanos e meios naturais”. Sendo a ausência do nome de Deus que constitui a beleza principal do livro e não deve ser considerada como uma mancha sobre ele. O livro é visto como: “o romance da providência”.

10) Quem são os autores dos Salmos?R: Davi – possível autor de 71 salmos; Asafe – diretor da música no Templo e profeta; Salomão – rei; Moisés – o chefe e legislador; Hemã – cantor e poeta do rei; Esdras – escriba; Etã – cantor; Ezequias – rei de Judá; os filhos de Core – dirigentes do culto em Israel; Jedutum – cantor mor do Tabernáculo; e possivelmente outros que não são identificáveis, conforme consta no livro de Myer Pearlman: “Através da Bíblia”.

11) Quais são os livros da Bíblia denominados profetas maiores? Pesquise e comente sobre o título.

R: Isaías; Jeremias; Lamentações; Ezequiel; Daniel. O título “Profetas Maiores”, conforme notamos até os dias de hoje, deu-se ao fato de Agostinho, filósofo e teólogo do séc. IV, ter assim denominado os livros cujos volumes são maiores, mas não mais importantes que os denominados Profetas Menores. Foi somente ao fato de possuírem menor volume.

12) Descreva as partes da estátua, em sentido profético, do sonho de Nabucodonosor.R: Cada parte da estátua, em sentido profético, simboliza os impérios mundiais em sucessão:

A cabeça da estátua de ouro – Império Babilônico; por ser a cabeça, representava a liberdade de ações, a unidade.

O peito e os braços da estátua de prata – Império Medo Persa; este era duplo, representado por dois impérios a Média e a Pérsia, e o seu governo, Dario, necessitava de consultar a nobreza para a tomada de decisões, visão esta que se confirma na impossibilidade de livrar Daniel (6:12-16).

O ventre e as coxas de lata da estátua – Império Grego; este dependia do apoio da aristocracia militar, tão fracas, quanto às ambições de seus chefes. Fora dividido, posteriormente, em quatro partes, e era mais fraco que os dois anteriores.

As pernas de ferro e os pés e os dedos, parte de ferro e parte de barro da estátua – Império Romano; o poder dependia da boa vontade do povo, ora satisfeita, ora insatisfeita com o governo, e, segundo as profecias, será este dividido em dez partes nos últimos dias, até a vinda do Senhor.

13) Relacione entre os profetas menores os que profetizaram antes e depois do cativeiro.R: Antes: Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Obadias, Jonas, Naum, Habacuque, Sofonias; Depois: Ageu, Zacarias, Malaquias. 14) Quando Amós foi interpolado pelo sacerdote Amazias, o que ele disse? Cite o texto

bíblico.

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R: Am 7:14-17: “E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel. Ora, pois, ouve a palavra do Senhor: Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque. Portanto assim diz o Senhor: Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à espada, e a tua terá será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra".

15) Comente sobre o profeta Malaquias e descreva a relação do seu livro com o Novo Testamento.

R: Leva-se a crer que Malaquias era membro do templo. A exemplo da condição que os israelitas estavam passando nos tempos de Malaquias (frieza espiritual, apostasia, fraude nos dízimos e ofertas por parte de sacerdotes, quando estes defraudavam a viúva, não ajudava o órfão e o necessitado, bem como torciam o estrangeiro), Israel também se encontrava na mesma situação na época de Jesus; os erros cometidos pelos líderes religiosos eram similares, o povo não escutava mais a voz do Senhor. Deus, através do Senhor Jesus Cristo, transmite ao povo sua indignação, em relação às distorções da Lei por parte dos representantes. Jesus também se utiliza de critérios rígidos e diretos na repreensão do povo e dos representantes, quando da purificação do templo, quando da negação de sinais aos que pediam-lhe que enviasse sinais, enfim, até os dias de hoje o livro de Malaquias consegue impactar por sua mensagem forte, santificadora, e instrutiva para aqueles que tinham sensibilidade espiritual e produzia frutos de arrependimento. À elite dominantemente religiosa as exortações de Malaquias e de Jesus Cristo serviam para escândalo e objeto de descrédito e ódio, pois não admitiam seus erros, tendo seu coração petrificado pela ganância de poder e status. Como nos Evangelhos, encontramos também em Malaquias uma maneira de Deus conduzir o seu povo. Uns para a confusão, e outros para a redenção. Até os dias de hoje tanto as profecias bíblicas como os Evangelhos e Epístolas trazem em seu bojo características de divisões do que é do mundo e do que é espiritual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia. Editora Vida. 1935.VERMES, G. Os manuscritos do Mar Morto. MERCURY. 1992.BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida. 1969.

ATIVIDADES – HISTÓRIA DOS HEBREUS

1) Diferencie a história bíblica da história secular.

Page 11: Avaliação + Questionários + Resenha modulo II

R: Enquanto a história bíblica expressa a interação entre Deus e os homens através de um povo eleito: Israel, sendo que o messias prometido surgiria desta nação. De outra maneira, a história secular explica a moralidade, a intelectualidade e as influências no ser humano através do enfoque científico.

2) Por que podemos dizer que não existe uma cronologia exata?R: Supostamente Deus não estava tão interessado nas datas, mas sim, principalmente na salvação da humanidade.

3) A teoria da Evolução é confirmada pela ciência como um fato? Explique.R: A teoria da Evolução, na visão dos cientistas, é vista como uma teoria, mas que na verdade não passa de uma hipótese, visto que, para se tornar teoria, deve antes por uma bateria de testes, visto que, em muitos aspectos, contraria a Bíblia e não fornece provas suficientes que a Bíblia está equivocada.

4) Adão e Eva existiram realmente? Cite textos bíblicos.R: Sim, Jesus mencionou em Mt: 19:4-6; Paulo em Rm 5:12, 1 Co 11:3 e 1 Tm 2:13-14 também fazem menção.

5) Qual personagem se opôs a Deus, edificando construções? Faça um rápido relato.R: Nimrod. Este não aceitou a idéia de que o povo deveria se espalhar, expandindo e se multiplicando, então intentou, em ato de rebelião contra Deus, liderar um grupo a construir uma torre que chegasse até o céu, exercendo ele o domínio sobre todos os homens, em substituição à soberania divina. Mas Deus, na sua Majestade e onisciência resolve confundir as línguas, para que a torre não fosse um instrumento de maldição à humanidade. Até os dias atuais muitos homens erguem altas torres firmadas no egocentrismo, na presunção de que Deus não está no controle, mas acabam perecendo pelo tempo e pela mão do Senhor, que ainda tem o domínio sobre todas as coisas. Podemos afirmar que ao esperarmos a salvação nas nossas obras, sem a misericórdia e redenção de Deus através de Jesus, estamos assim construindo torres, enquanto que os homens humildes que reconhecem a impossibilidade de se salvarem por si mesmos alcançam a Deus sem necessitar de torres ou altares, mas sim através do Espírito enviado pelo salvador. Para maiores detalhes, ver no livro de Glenio Fonseca Paranaguá, intitulado: “Religião: Uma bandeira do inferno”.

6) Relacione os nomes dos patriarcas, de suas esposas e a idade com que cada um deles morreu?R: Abraão faleceu com 175 anos e suas esposas foram Sara e Quetura. Agar foi simplesmente escrava.Isaque faleceu com 180 anos e sua esposa se chamava Rebeca.Jacó faleceu com 147 anos e suas esposas foram: Lia e Raquel. Zilpa era serva de Lia enquanto Bila era serva de Raquel, mas não eram esposas de Jacó.7) Moisés era influente no Egito? Comente.R: Sim, pois viveu os primeiros 40 anos de sua vida no palácio de Faraó, e, provavelmente seria o herdeiro do trono do Egito, pois era muito educado e realizador de grandes obras.

8) Por que Deus levou os israelitas pelo caminho mais distante ao sair do Egito?

Page 12: Avaliação + Questionários + Resenha modulo II

R: Era necessário que o povo sofresse uma purificação por parte do Senhor, afim de que se esquecessem das práticas do passado, bem como aprendessem a viver na total dependência do Senhor, passando por dificuldades às quais somente Deus poderia os livrar.

9) O que é teocracia? Qual era a função dos juízes?R: É o sistema pelo qual o povo é governado por Deus e não por reis. Em Israel houve o período dos juízes, sendo que os mesmos tinham por função proteger o povo mediante a ação sobrenatural de Deus em suas vidas. Não governavam, mas sim eram levantados sob a vontade de Deus em tempos críticos.

10) Em que circunstância ocorreu a divisão do reino de Israel?R: A divisão do reino ocorreu com a sucessão do governo de Salomão por seu filho Roboão. Os anciãos, não se agradando deste, provocaram revoltas que, por fim, acabou culminando com a divisão em dois reinos: O do Norte, com dez tribos, governado por Jeroboão, cuja capital foi Samaria, e o reino do Sul, com duas tribos, governado por Roboão, cuja capital foi Jerusalém.

11) Como denominamos os dois reinos? Quais nações foram responsáveis pelos cativeiros destes reinos?R: Os dois reinos que surgiram após a morte de Salomão são comumente distinguidos com as designações “do Norte” ou Israel, cujas capitais sucessivas foram Siquém, Tirza e por fim Samaria; era constituída por 10 tribos, excetuando-se as tribos de Judá e Benjamim, que compunham o reino “do Sul”, cuja capital era Jerusalém, e recebia também o nome de Judá, por ser governada pela dinastia davídica.Enquanto Israel ou tribo do Norte sofreu o cativeiro dos assírios, Judá ou tribo do Sul estava sob o cativeiro babilônico.

12) Explique o que foi o “período interbíblico”. Quais são os quatro períodos dominantes naquela época?R: Foi o período que Deus silenciou com o povo de Israel, ou seja, após o profeta Malaquias não houve mais profetas em Israel até João Batista, no Novo Testamento. Este período durou quatrocentos anos. Israel foi governado por diversas nações, entre elas a Pérsia, a Grécia (Síria e Egito) e Roma. Houve quatro períodos dominantes:Período Pérsico (430 – 331 aC);Período Grego (331 – 167 aC);Período Macabeu (167 – 63 aC); Período Romano ( 63 aC)

13) Qual foi o comportamento religioso dos judeus em terras estranhas?

Page 13: Avaliação + Questionários + Resenha modulo II

R: Mesmo estando em terras estranhas, Israel jamais deixou de prestar culto a Jeová, enquanto cativos em Babilônia, construíram sinagogas para realizar estudos das Escrituras, costume este que perdura até os dias de hoje. Houve governadores de outras nações que respeitavam as religiões dos países conquistados, como os Persas.

14) Qual é a importância da história bíblica para os cristãos?R: Foi a maneira de Deus se manifestar a todos os povos por meio de um povo eleito (Israel), realizando de tempos em tempos maravilhas e grandes feitos. Os israelitas foram responsáveis pela transcrição, composição e armazenagem das Sagradas Escrituras, para que hoje desfrutássemos de todo conhecimento a nós apresentados. Foi por meio deste povo que Deus se manifestou ao mundo através da personificação humana em nosso Senhor Jesus Cristo, seu filho amado e Messias de todas as nações. Através da história bíblica podemos comprovar a existência de Jesus Cristo desde a formação do mundo até a eternidade, sendo Ele o início, o meio e o fim de todas as coisas mencionadas na Bíblia Sagrada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida. 1969.JOHNSON, Paul. História dos Judeus. ÍMAGO. 2ª edição. 1989.YERUSHALMI, Yosef Hayin. Zakhor – História Judaica e memória Judaica. ÍMAGO. 1992.SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento. Editora Vida Nova. 1ª ed. 1977.

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ATIVIDADES – PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II

1) Complete as seguintes orações com as palavras seção / sessão / cessão:

a) A próxima sessão começará atrasada.

b) Hoje estamos promovendo uma grande liquidação na seção de eletrodomésticos.

c) Os legisladores aprovaram a cessão de recursos financeiros para a educação nacional.

d) Devido aos atrasos dos participantes a sessão foi suspensa.

2) Complete os seguintes trechos bíblicos com as opções entre parênteses:

a) Trovejou desde os céus o SENHOR; e o Altíssimo fez soar a sua voz. (soar / suar)

b) No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque dela foste

tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás (suor / soor).

c) Assim diz o Senhor DEUS: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma.

(o / a).

d) Também não se pegará à tua mão nada do anátema, para que o SENHOR se aparte d

ardor da sua ira. (da / do).

e) O apóstolo Paulo disse que trazia em seu corpo os estigmas de Cristo. (os / as).

3) Complete as orações com os verbos entre parênteses:

a) A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela manhã. (ânsia / anseia).

b) Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia (incendeia / incendia).

c) Prevenir é melhor que remediar. Ele sempre remedeia mas nunca se previne. (remedia /

remedeia).

d) O SENHOR prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma.

(odia / odeia).

4) Complete as orações com as palavras entre parênteses:

a) O visitante jamais deve passar despercebido (desapercebido / despercebido).

b) Eu cometi aquele erro porque estava desapercebido (desapercebido / despercebido).

c) Faz muito tempo que eu tive meu encontro com Jesus (faz / fazem).

d) Assim diz o SENHOR: Jugos de madeira quebraste, mas em vez deles farás jugos de

ferro (em vez / ao invés).

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5) Identifique nas orações os elementos pedidos entre parênteses:

a) A sepultura; a madre estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem:

Basta! (Interjeição de desaprovação).

b) Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus (Interjeição de

animação).

c) Este caminho deles é a sua loucura; contudo a sua posteridade aprova as suas palavras

(Conjunção adversativa).

d) E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração

(Conjunção conclusiva).

e) Também não é bom punir o justo, nem tampouco ferir aos príncipes por equidade

(advérbio de negação).

f) Se o SENHOR não tivera ido em meu auxílio, a minha alma quase que teria ficado no

silêncio (advérbio de intensidade).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BÍBLIA SAGRADA. Edição Revista e Corrigida. 1969.TERRA, Ernani. MINIGRAMÁTICA.Ed Scipione. 4ª ed. 1995.

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AVALIAÇÃO – MÓDULO II

1) Como explicar o fato de Jesus ser gerado e chamado de Filho de Deus uma vez que Ele é eterno?R: Torna-se impossível, humanamente falando, a compreensão de passagens como em Salmos 2:7, Atos 13:33, Hebreus 1:5 e 5:5. Isto se deve ao fato de estarmos limitados à nossa carnal compreensão, mas graças à presença do Espírito Santo na revelação divina, poderemos então compreender “espiritualmente” as passagens acima, que se tratam justamente das duas naturezas de Jesus Cristo: humana e divina. O fato de Jesus Cristo ter sido gerado (verbo que se fez carne) por Deus (para a finalidade de anular o pecado introduzido no homem através da serpente - matéria) não anula sua existência eterna, pois Ele já existia, espiritualmente, antes do Éden e do pecado ter contaminado o homem, pelo fato de ter participado, juntamente com Deus Pai e Deus Espírito, na criação deste. Compreende-se então que, na sua onisciência, a Trindade já havia proposto um plano de redenção para a humanidade, a partir da personificação humana de Deus Filho gerado, para habitar no meio dos homens (Jo 1:1-5,14) e exercer o papel supremo de Sumo Sacerdote, e ao mesmo tempo, oferta de expiação do pecado (Hb 7:26-28, Hb 9:11-12, Hb 10:8-18). Deus não é limitado a uma natureza apenas, como satanás o é, que, para tocar na criação de Deus, este assumiu papel de animal (carne), a fim de induzir o homem ao pecado. Mas Deus, com seu poder infinito, assumiu o papel de homem (carne), sem, contudo, anular seu papel divino. Tudo isso para que fossem cumpridas as profecias e a fidelidade de Deus para com a Sua Palavra.

2) Selecione e comente três textos bíblicos que declaram a Divindade de Cristo.R: Mateus 11:28 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” + Ap 21:4-5 – “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas...” – Comentário: Duas passagens distintas, mas tão próximas pela expressão que o mesmo Jesus Cristo que estava conosco, tinha o mesmo poder daquele que estava afirmando na revelação de Apocalipse sobre o alívio de todas as dores.

João 4:13-14 – “Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. + Ap 21:6-7 – “E disse-me mais: Está cumprido: Eu sou o Alfa e o ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”. Comentário: Jesus Cristo oferece a seus ouvintes a mesma água que Deus oferece.

João 8:12 “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”.João 9:5 “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”.João 12:35 “Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai”.

+

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Ap 21:22-23 – “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.Comentário: a mesma luz que veio para iluminar o mundo é aquela que iluminará a cidade celestial com a glória de Deus.

3) Explique por que Jesus teria de morrer.R: Primeiramente, para que as Sagradas Escrituras fossem harmoniosamente consolidadas por Deus, haveria de se cumprir a profecia de que Deus estabeleceria novo Concerto, e poria a Lei no coração do homem. Segundo, se há um testamento novo, deve-se haver um testador e um ou mais herdeiros. Geralmente quando se faz um testamento, isto indica que alguém irá morrer. Pois a morte de Cristo fizera-se necessária para que, com o seu sacrifício, fosse anulado todo o poder que o pecado tinha sobre o homem, visto que a Lei fora estabelecida por Deus e impossível de ser cumprida integralmente pelos homens. Para isso, fazia-se necessário um sumo-sacerdote que, sem pecado, tivesse comunhão plena com Deus, e que realizasse um sacrifício definitivo para remissão de pecados, ou seja, um sacrifício melhor do que o de cordeiros e animais. E nada melhor do que o sangue de alguém inocente, sem pecado, imaculado verdadeiramente. Somente Deus é Santo. Então Deus veio até os homens, se fez sacrifício por todos os homens, e assim, através do seu próprio sangue estabeleceu Novo Concerto, pelo qual somente através da crença neste ato que o homem restabeleceria a comunhão plena com Deus. Para melhor entendimento sobre o assunto, temos em Hebreus 7:11-28 uma explicação completa e perfeita acerca do sacrifício definitivo e eficaz de Jesus Cristo.

4) Descreva quais foram as controvérsias cristológicas e comente duas concepções.R: As controvérsias cristológicas tiveram basicamente duas influências: a de Alexandria, que, devido à influência grega, inimiga da matéria, destacava mais o lado espiritual de Cristo, chegando até a negar a encarnação corpórea de Jesus Cristo. Já a de Antioquia pendia mais para a influência judaica, pois destacava mais o lado humano de Jesus. Ambas não retratavam a verdadeira pessoa de Jesus Cristo, pois ora destacavam mais o seu lado espiritual, ora destacavam mais o seu lado corporal. Podemos citar como exemplos:Gnosticismo: seita que afirmava ser o corpo de natureza má, portanto afirmam a impossibilidade de Deus assumiria a forma corpórea. Algumas escolas gnósticas, como os seguidores de Valentino (140 dC) tinham seus ideais parecidos com a ortodoxia cristã, mas diferiam em alguns aspectos, já outras escolas, como os seguidores de Carpócrates (140 dC), chegavam a se entregar a orgias, afirmando ser este um caminho para a destruição do corpo, assim, tornando mais próximo do espiritual. Seguiram caminhos parecidos com este algumas outras seitas heréticas, como: Ebionismo e principalmente o Docetismo. Hoje a igreja sofre muito com esta influência, o que poderíamos chamar “neognosticismo” Segundo John F. Mc Arthur Jr, no livro “Nossa Suficiência em Cristo”, cap. 1, relata que hoje esta heresia possui basicamente três características:

a psicologia humanista dentro da igreja, ocupando o lugar do aconselhamento bíblico e oração;

o pragmatismo vem modificando a maneira de posicionamento da igreja em relação aos métodos de evangelização. Dramatizações, shows, e promessas de prosperidade material vêm invadindo os púlpitos, com apelos atraentes, sem fundamentação bíblica, nem ao menos uma chamada ao arrependimento, deixando o cristocentrismo em segundo plano, mas sim a ênfase na experiência;

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o misticismo contribui também sobremaneira para as distorções ocorridas no corpo de Cristo, dá ênfase à interpretação bíblica segundo o entendimento individualizado. A frase: “o que a Bíblia significa para mim?” tem se tornado mais importante do que “o que a Bíblia significa”. A preferência é pelas visões, profecias, bem como manifestações do que a sã interpretação das Escrituras.

Arianismo: afirmava que Cristo era o mais exaltado entre os homens, não admitiam o sofrimento do messias, assim não compreendendo o plano de redenção divino. Foi um dos maiores responsáveis por distorções interpretativas que ocorrem até os dias de hoje. As testemunhas de Jeová têm os mesmo princípios, bem como grupos diversos oriundos da mesma tese. 5) Quais são os dois principais aspectos que diferenciaram Jesus da raça humana?R: Ele foi o único gerado por uma virgem, sendo este um propósito, pois um nascido da semente de Adão não conseguiria cumprir os propósitos de Deus, pois seria corruptível por natureza. Igualmente Ele permaneceu sem pecado, também para satisfazer os propósitos de Deus, pois Jesus seria o exemplo de santidade, e que fosse um sacrifício melhor que os anteriores, ou seja, um sacrifício único e puro, sem mácula.

6) Qual o livro do Antigo Testamento que não possui referência no Novo Testamento?R: Ester.

7) Qual é a relação entre o livro do profeta Daniel e o Novo Testamento?R: É considerado o “Apocalipse do Antigo Testamento”, por possuir visões semelhantes às concedidas ao apóstolo João em Patmos, bem como transmitir profecias que abordam temas apocalípticos, como: grande tribulação, anticristo, segunda vinda de Nosso Senhor Jesus, triunfo do Reino de Deus, ressurreição dos justos e dos ímpios e juízo final. As expressões de ambos são similares, no que diz respeito às profecias, embora tivessem vivido em períodos diferentes.

8) Qual livro do Antigo Testamento é citado por Jesus por ocasião de sua tentação no deserto?R: Deuteronômio. 9) De que forma podemos designar os Salmos?R: Podem ser designados das seguintes formas:* Naturais ou da Natureza: 8, 19, 29, 65;* Penitentes: 6, 25, 32, 38, 39, 40, 51, 102, 130, 143;* Sofrimento: 37, 42, 43, 49, 77, 90, 109, 137; * Imprecatórios: 7, 35, 58, 59, 137; * Segurança: 3, 4, 11, 16, 20, 23, 27, 31, 36, 46;* Adoração: 26, 73, 84, 100, 116, 122;* Louvor: 8, 23, 24, 87, 103, 107, 114, 136, 139, 148, 150; * Messiânicos: 2, 8, 16, 22, 23, 40, 41, 45, 68, 69, 72, 87, 89, 102, 110 e 118;* Históricos: 78, 105 e 106;* Cântico dos Degraus: 120 a 134.

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10) Quais são os cinco livros que faziam parte do Meguillot?R: Rute, Ester, Eclesiastes, Cantares de Salomão e Lamentações de Jeremias.

11) Como podemos entender a confusão das línguas na construção da Torre de Babel?R: Foi o modo que Deus resolveu interromper a construção da Torre de Babel, pois assim os seus propósitos não seriam sucumbidos por intenção humana.

12) Fale sobre o período hasmoniano.R: Compreende o que chamamos também de período Macabeus, que ocorreu em Israel por conseqüência de uma revolta de Judas Macabeu em protesto contra as atrocidades cometidas por Antíoco Epifânio ao povo judeu. Foi Judas quem restaurou a religião judaica, sendo que neste período houve grande perseguição por parte de Antíoco, chegando até a intentar extinguir a nação de Israel, bem como o culto a Jeová.

13) Faça um comentário acerca da decadência do monoteísmo primitivo.R: Devido às conquistas, muitos povos não eram exterminados por completo, mas sim transformados em serviçais, que, futuramente cresciam em número e se rebelavam contra o cativeiro. Já fortalecidos, apresentavam resistência, criando cidades e ameaçando Israel, e até algumas vezes vencendo algumas batalhas. Isso enfraqueceu o povo de Israel, bem como houve mistura de raças, misturando também as crenças. Outro fator que influenciou na decadência do monoteísmo primitivo foi o comodismo do povo judeu, se afastando assim da dependência exclusiva do Senhor.

14) Aliste as disciplinas auxiliares que podem ser associadas ao estudo histórico.R: Arqueologia, Antropologia, Cronologia, Diplomática, Economia, Epigrafia, Filosofia, Filologia, Genealogia, Geografia, Heráldica, Lingüística, Numismática, Paleografia, Paleontologia, Sociologia, Sigilografia.

15) Qual foi o primeiro povo a utilizar o calendário? Qual é o calendário que utilizamos hoje?R: Os egípcios. O calendário que utilizamos hoje é o gregoriano.

16) Grife a palavra incorreta existente nos textos bíblicos abaixo:

a) “E Arão e seus filhos ofereceram sobre o altar do holocausto e sobre o altar do incenso, por todo o serviço do lugar santíssimo, e para fazer espiação por Israel, conforme tudo quanto Moisés, servo de Deus, tinha ordenado”.

b) “Tão-somente guardai-vos da anátema, para que na toqueis nem tomeis alguma coisa dele, e assim façais maldito o arraial de Israel, e o perturbeis”.

c) “Assim diz o Senhor DEUS: Tira a diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo”.

d) “E Salomão contou todos os homens estrangeiros, que havia na terra de Israel, conforme o senso com que os contara Davi seu pai; e acharam-se cento e cinqüenta e três mil e seiscentos”.

e) “E, depois do conserto com ele, usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente”.

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17) Somente para alunos matriculados nas modalidades Médio e Bacharel:Elaborar resenha de três a cinco páginas sobre a obra:ZACAHRIAS, Ravi. Por que Jesus é diferente? São Paulo: Editora Mundo Cristão.R:Identificação da obra: Por que Jesus é diferente? Editora Mundo Cristão. 1ª ed. SP: 2003.Autor: Ravi Zacharias, de origem indiana, convertido ao cristianismo aos dezessete anos de idade, estudou na Trinity Evangelical Divinity School, e na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Já percorreu mais de 50 países ensinando e levando a mensagem da cruz. É apologista, ensinador e também presidente do Ministério Internacional Ravi Zacharias, autor de livros como: Pode o Homem Viver sem Deus?, Do coração de Deus, Livra-nos do Mal, entre outros. Tem feito palestras sobre a questão da existência de Deus em diversas Universidades como em Harvard e Princeton. É casado com Margie e tem três filhos: Sarah, Naomi e Nathan.

Neste livro o autor mantém a narrativa predominantemente em primeira pessoa.

RESENHA – Por que Jesus é diferente? (Ravi Zacharias)A obra se inicia confrontando as possíveis divergências que ocorrem na nossa

compreensão quando vislumbramos as diferentes religiões, bem como sua evolução até os dias atuais. Tudo se converge com a tentativa de consolidar as religiões dominantes no mundo ocidental adaptando-se ao misticismo do mundo oriental. De outro lado, as religiões dominantes do mundo oriental passam a adotar o marketing e o poder de persuasão da mídia como pano de fundo para sua propagação, ou seja, tudo caminha para uma possível globalização na religiosidade humana, andando paralelamente com as tendências sociológicas e economicistas que expressam a realidade em que vivemos.

Mas quando se trata de Jesus Cristo, há uma natural rejeição. Em meio a tantos sistemas religiosos que exigem sacrifícios, vínculos cegamente determinados, mercantilismo e ganância demasiada baseada em monopólio da fé, a verdade é colocada como insuficiente para chegarmos a um fator determinante de nossa comunhão com Deus, ou seja, a humanidade não se conforma com a simplicidade, veracidade e eficácia do Evangelho. Preferem “o algo mais”, fazem a religião ao seu próprio gosto. Aceitam as diversas formas de sacrifícios, sendo muitas vezes bizarras, e combatem ferozmente a propagação do Evangelho e o ensino cristão nas escolas. Esta é uma das tendências modernistas.

É com base primeiramente na experiência do autor que o livro se desenvolve no capítulo primeiro, depois, nos seguintes, entra o argumento em defesa da fé cristã.

Ravi Zacharias descreve as dificuldades enfrentadas no relacionamento entre pai e filho, e a luta interior na resistência e revolta para com um mundo que escondia os seus verdadeiros significados. Isso durou até os dezessete anos de idade, período em que o autor teve um encontro com Jesus Cristo durante a exposição do Evangelho, e, posteriormente um impacto causado por Deus em sua vida, quando da tentativa de suicídio. Aqui as coisas passam a adquirir um significado mais sólido e comovente.

Acostumado no oriente a ouvir chavões como: “... Nós andamos por rotas diferentes, mas acabamos todos no mesmo local”, aqui Ravi Zacharias retruca afirmando não ser Deus um lugar, um sentimento ou uma experiência. Rebate as culturas pluralistas com argumentação direta, rejeitando a maneira passiva e pouco crítica das pessoas seguirem uma religião, sem antes indagarem sobre o caminho que irão percorrer ou para onde serão levadas.

A temática principal aqui é: a vida deve ser definida de acordo com o que buscamos ou minha busca deve ser definida de acordo com o significado da vida?

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Baseando-se numa experiência vivida pelo autor, podemos dizer que o cristianismo tem como base o Messias Jesus Cristo que nos conduzirá a Deus, pois Ele mesmo afirmou ser o caminho único e certo para o Criador.

Ao contrário, muitos dos líderes de outras religiões não se preocupam ou não possui esperança e certeza para onde irá findar os dias dos seus seguidores.

Essa é uma característica marcante do cristianismo autêntico. Outra marca é a de que Deus nos amou primeiro, então antes mesmo de nos darmos conta, é Ele que nos encontra, mas não os nossos próprios esforços. Na nossa busca somos surpreendidos pela presença de Deus. Ele se revela de maneira eficaz e pura, mudando nosso viver, tornando a primeira causa de nossos pensamentos. Essa mudança é causada por Ele, através do Espírito Santo.

No segundo capítulo o autor nos convida a refletirmos mais sobre a compreensão limitada que temos da pessoa divina de Jesus Cristo, bem como as dificuldades associativas de compreendermos a perfeita harmonia da encarnação de Deus na pessoa de Seu Filho Unigênito, habitando no meio dos homens, mas sem morada física. Quando questionado acerca de onde habitava, não respondia de maneira direta, mas com a expressão: “... vinde e veja...”.

Parece bastante confuso o fato de o Criador do universo não se vangloriar do lugar onde habitava, ou sequer fazer menção deste. Simplesmente escolheu um lugar humilde para nascer, uma cidade insignificante para viver, uma família pobre e humilde. Parece que o mestre dos mestres queria ensinar algo a seus discípulos. Jesus, assim, faz-nos trilharmos uma viagem por dentro de nossa própria consciência, faz-nos refletirmos mais a respeito das coisas espirituais e suas diferenças cruciais das coisas terrenas. Como pode ser uma pessoa humilde e com um apelo pacífico ser o realizador e dono de milagres, curas, sinais e libertação espiritual? Mas o Senhor nos chama: “... vinde e veja!”. Parece que Ele quer nos conduzir a refletirmos e buscar a Verdade de tudo, e, ao mesmo tempo afirma ser Ele a Verdade, desafiando-nos a compreender os mistérios que até então não tivera sido revelados.

Enquanto o templo fora construído com empenho e beleza inigualável em Israel, Deus se manifestara de maneira humilde e contraditória em relação àquela pompa religiosa que se encontrava na cultura do povo.

Perguntar “onde” é a casa de Jesus é o mesmo que perguntar “quando” é o início de Deus, pois Ele transcende os limites de tempo e espaço. Foi o que disse Deus a Davi em 2 Sm 7:5. Nenhum outro personagem que reivindica status divino ou profético teria respondido àquela pergunta sobre sua casa desta maneira. João Batista sempre procurou lembrar os seus discípulos, como está registrado em Jo 3:37, 31, 32. Jesus é de cima, como diz o escritor do Evangelho, enquanto os demais são da terra, comissionados por Deus.

Enquanto todas as pessoas que lideraram movimentos religiosos possuíram um início, o autor do tempo, que vivia no eterno, encarnou no tempo para que possamos viver com a visão no eterno. A mensagem de Cristo não foi introdução de uma religião, mas a introdução da verdade.

As respostas de Jesus fizeram com que os discípulos refletissem mais sobre as coisas espirituais, que, posteriormente, através do Espírito Santo, os impulsionou a darem a própria vida em prol daquele que é o dono da vida. Isso é o poder da palavra que Jesus pregava! Nenhum outro profeta ou líder conseguir impactar os seguidores a ponto de fazê-los morrerem passivamente em prol da causa do amor.

Outro fator determinante abordado pelo autor, é o de que Jesus, em momento algum teve que pedir perdão a outrem devido a alguma falta que fora cometido por Ele. Jesus se

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expôs de maneira eficaz e sem falta alguma, pregava abertamente a doutrina de Deus, ensinava na sinagoga, e se disponibilizava para eventuais perguntas, e sempre respondia eficientemente àquilo que lhe era interrogado. Muitas religiões se esquivam de serem postas à prova humana, e não respondem às muitas indagações feitas pelos homens.

Enquanto Maomé ficou confuso quando afirmara receber uma revelação divina, Jesus nunca procedeu assim. Desde sempre Ele conhecia a missão à qual fora designado.

Como Buda se qualifica dentro dos padrões de pureza pessoal estabelecido por Jesus? O fato de experimentar várias encarnações implica numa série de vidas imperfeitas. Quando deixou a todos e a tudo, Buda buscava uma resposta. Ele não começou com uma resposta. Era um caminho para a pureza a iluminação que buscava, e não a pureza em si. Jesus não deixou um ambiente mais confortável em busca de iluminação, o budismo sim.

Jesus não veio dar a certo grupo étnico uma dignidade, o islamismo sim. Jesus não deu a nenhum povo razão para se vangloriar de privilégios culturais e sua existência milenar, a maioria das religiões panteístas sim. Jesus não veio exaltar o poderio militar de uma cidade, declarando-a eterna, os romanos sim. Jesus não veio homenagear as habilidades intelectuais dos gregos, nem mesmo veio exaltar uma cultura por ser o recipiente da lei moral de Deus, que foi o caso dos hebreus se vangloriarem. Mas sua reivindicação foi a de que o céu era a sua morada e a terra o estrado de seus pés. Nosso mundo se desviou tanto da vontade divina que afundamos na miséria medindo-nos em termos de raça, poder, progresso ou conhecimento acadêmico.

Neste capítulo terceiro são mencionadas as distorções ocorridas por parte daqueles que se consideravam guardiões da fé. É o caso dos sacerdotes do templo e escribas, que pediam um sinal a Jesus para comprovar sua divindade. Preferiam acreditar que o templo era sua própria salvação. Jesus foi altamente criticado pelas autoridades eclesiásticas quando disse que a incredulidade do povo era decorrente da hipocrisia praticada.

O mesmo ocorre até os dias de hoje em nossos arraiais – essa mercantilização do desejo humano em busca de barganha com Deus, os chamados “mercenários da fé cristã”.

“Quando os homens se inclinam, reconhecem o sagrado”. Quando exploram os outros, exalta o material, ou seja, a fé corresponde à crença centralizada na salvação em Jesus Cristo, e não na realização dos nossos desejos através Dele. Primeiramente somos conduzidos pelos propósitos de Deus em nossa vida, mesmo que Ele não nos corresponda imediatamente, então permanecemos adorando-O – essa é a verdadeira fé “em Deus”.

No Seu confronto, que envolveu os principais do templo acerca da necessidade de um sinal que comprovasse a menção que Jesus tinha feito sobre o templo como “casa de meu Pai”, respondeu com maior ímpeto ainda: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei...” (Jo 2:19). Aqui fica registrado um dos maiores argumentos acerca da divindade de Jesus Cristo. Entra em questão a fé correspondendo à razão movida pela revelação divina. Muitos não entenderam, pois estavam cegos com a religião que praticavam hipocritamente. Não entendiam que Jesus se referia ao seu corpo.

É explorado o lado mais crítico da religião judaica, o templo. Jesus entra nas intimidades religiosas daquele povo, afirmando ser Ele o próprio templo de Deus. Aqui a razão é invadida pela fé. Entendemos que, às vezes, a religiosidade exagerada vem se tornando um obstáculo para a verdadeira espiritualidade e adoração.

A proposta do capítulo quarto é justamente retratar a dificuldade que se tem no entendimento da verdadeira fé em Jesus Cristo. Muitos dos discípulos e pessoas que O acompanhava deixaram-no subitamente, depois de alguns posicionamentos do Mestre.

Quando se dirigia à multidão apregoando que Ele era a própria Verdade, o único Caminho e o Pão da Vida que desceu do céu, muitos não O compreenderam, e,

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consequentemente não conseguiram se desvencilhar dos costumes que a sociedade lhes refletia como regras. Enquanto as bênçãos vinham facilmente, sem exigir uma ruptura com os dogmas e tradições humanas seguiam-No sem questionar, mas quando o Senhor começara um discurso reflexivo, de maneira a fazer com que os seguidores repensassem sobre a posição que estariam prestes a tomar, houve ali, então, grande confusão, e muitos voltaram para onde haviam saído. Muitos estavam sendo conduzidos ou induzidos por realizações materiais e sobrenaturais, mas quando ouviram a respeito de coisas eternas, não suportaram a pregação. Assim é o Evangelho, causa divisão e ruptura dos dogmas, mas também oferece certezas eternas, em contraposição a todas outras religiões e líderes, que não oferecem a certeza das coisas eternas.

Mas o que o Senhor Jesus quer nos sensibilizar é que a Sua presença pode saciar os mais intermináveis desejos que temos, enquanto que as coisas materiais, nenhuma delas pode satisfazer plenamente a nossa fome e desejo. Poucos são espiritualmente encorajados a mergulhar de cabeça nesta mensagem.

Muitos preferem entender que Deus está contido dentro de si mesmo, que é o caso do hinduísmo, outros já contrariamente preferem entender que Deus é inacessível ao homem, que é o caso do islamismo.

A essência da mensagem de Jesus Cristo nos leva a pensar acima de nossas necessidades, ou seja, nos leva a querer ter um contato mais intenso com Deus, de adoração e de entrega. Podemos dizer que a tarefa da igreja não é tornar Deus relevante para o povo, mas sim tornar as pessoas relevantes para Deus. Esse é o verdadeiro evangelismo.

O sofrimento e o mal ofuscando a compreensão que deveríamos ter dos desígnios de Deus em nossa vida é o relevante tema central do capítulo quinto.

Aqui, não só é embasado este critério de compreensão, mas também o próprio caminho percorrido por Jesus Cristo em direção ao retorno do lugar de honra e glória ao lado de Deus Pai.

Na verdade são utilizados exemplos para que possamos entender, ao final do capítulo, que o sofrimento e o mal são os caminhos mais impactantes de nos concentrarmos nos mistérios da bondade de Deus em nossas vidas. Só entendemos o bem real através da santificação operada por Deus em nossas vidas. Para ficar mais fácil a compreensão, podemos afirmar que, ao centralizarmos nossas vontades e desejos em Deus, ultrapassamos assim os limites da dor, pois o contato verdadeiro com Deus faz-nos superar todas as barreiras físicas que nos circunda, ou seja, só sabe o sentido da dor aquele que sofre e não o que faz com que o próximo sofra. Na Sua crucificação a mensagem que Jesus nos forneceu foi que, na ausência física e momentânea de Deus na vida de Jesus, ao mesmo tempo a vontade de Deus se encontrava no centro da vida de Cristo. Este é o grande mistério que muitos céticos e incrédulos não conseguem sentir, pois Deus ainda não lhes curou a cegueira espiritual na qual a humanidade tenta encobrir e se esquivar. O sexto capítulo trata das intenções de Jesus, ao silenciar-se diante dos homens, quando estava prestes a ser julgado. Tal atitude ecoa até os dias atuais nas nossas vidas. O silêncio da verdade falou mais alto do que o ruído da ira e a hipocrisia estampada no semblante da humanidade. Como dizem as profecias, o messias teria que ser rejeitado pelos seus, e moído como ovelha muda diante de uma platéia ímpia para que fossem manifestos os planos redentores de Deus a toda a humanidade. É sublime o exemplo deixado por Cristo, que, através do seu próprio sacrifício e silêncio, nos favoreceu para que assim pudéssemos ter a oportunidade de confessá-lo como único caminho que nos conduz a Deus. É loucura para os sábios e escândalo para os religiosos, mas oportunidade grandiosa para aqueles que têm coração sincero e quebrantado. Foi o método que Deus utilizou para que o

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nosso coração fosse desnudado diante de toda a humanidade, fazendo efeito até os dias de hoje, contrariando aqueles que tentam explicar a salvação divina à sua própria maneira, e que esperam que Jesus seja meramente um operador de milagres. O silêncio de Jesus faz com que sejamos conduzidos a um questionamento interno em relação ao nosso posicionamento de fé racional em Deus. É o modo que Jesus toca no coração do homem, não com persuasão, mas expressando o verdadeiro amor. Ninguém nasce cristão, pois todos nós devemos de ter um encontro pessoal com Jesus. Não é questão de cultura ou de patriotismo, mas sim através de experiência autêntica em um novo propósito de vida. Isso se chama Evangelho, uma vida nova, entregue voluntariamente e por amor a Deus. É um método jamais utilizado por quaisquer outras religiões.

São citados no sétimo e último capítulo quatro exemplificações da relutância do homem em não querer dar crédito à voz do Criador.

No primeiro exemplo, ou jardim, o autor levanta a questão da dúvida se Deus havia ou não falado ao homem, com o objetivo de anular a palavra de Deus em nossas vidas. Esta teoria afirmava ser o homem dono do próprio nariz, dando assim origem às idéias humanistas. No segundo jardim, ou segundo passo, não se trata mais sobre a questão da voz de Deus, mas sim em relação ao comportamento guiado pela mente humana, com os diversos deuses criados pela vontade do homem. Isso condiz com as religiões politeístas arraigadas nas tendências ditadas pela Nova Era, que o homem pudesse também ser um deus. Isso nos faz concluir que pela mudança de uma palavra ou por algum tipo de justificação, nada é mais essencialmente bom ou mau, mas sim tudo é relativo. É uma moralidade de fabricação própria, sem a participação do Criador, alcançada mediante os esforços individuais, refletindo assim principalmente a religião budista e hinduísta.

O terceiro jardim corresponde ao poder de Deus de mudar o significado das coisas, ou seja, fazer com que a morte e a crucificação (símbolos de derrota e vergonha) representasse vida eterna e salvação. Mais tarde notou-se que a pregação do Evangelho sem fazer menção da crucificação, ressurreição e ascensão de Cristo não tinha poder nenhum sobre a ira de Deus que estava sobre toda a humanidade. O autor expressa a grandeza da mensagem deste livro na seguinte passagem: “Ele não morreu como mártir por uma causa, como outros fizeram, nem apelou para o pacifismo, de modo que o inimigo se rendesse mediante a pressão da opinião pública como ainda outros fizeram. Ele nem mesmo morreu porque estava disposto a pagar o preço para que outrem pudesse viver. Ele veio para derramar sua vida para que aqueles mesmo que O mataram, que representavam todos nós, pudessem ser perdoados...”.

O quarto jardim corresponde ao chamado de Jesus aos seus seguidores, meus aqueles que seguiam-No anonimamente, temendo os homens, no caso de José de Arimatéia e Nicodemos. Também corresponde quando Deus nos chama pelo nosso nome, que é o caso de Maria, quando foi visitar o túmulo de Jesus, no jardim do Getsemani. Isso nos mostra o quanto Deus quer se relacionar conosco.

Concluindo, o autor nos instrui acerca de que há três relacionamentos que permeiam nossa vida: o de Deus com os homens – expressa a santidade e adoração; do homem com o seu cônjuge e com o seu próximo – a santidade do relacionamento; e do homem com a ordem criada – a santidade da mordomia. Sobre e a partir do primeiro fluem os dois outros.

Enfim, esta obra é indicada a todos que anseiam buscar conhecimento acerca das maravilhas que o Criador opera no meio da humanidade.