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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Elizângela de Paula Paulino Jéssica Patrícia Vieira Rosalina Rodrigues AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARADA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ATUANTE EM UM HOSPITAL DO INTERIOR PAULISTA LINS SP 2016

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

Elizângela de Paula Paulino

Jéssica Patrícia Vieira

Rosalina Rodrigues

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE

PARADA E REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR DA

EQUIPE DE ENFERMAGEM ATUANTE EM UM

HOSPITAL DO INTERIOR PAULISTA

LINS – SP 2016

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ELIZÂNGELA DE PAULA PAULINO

JÉSSICA PATRÍCIA VIEIRA

ROSALINA RODRIGUES

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARADA E REANIMAÇÃO

CARDIOPULMONAR DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ATUANTE EM UM

HOSPITAL DO INTERIOR PAULISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Enfermagem, sob orientação da Prof. Fabiana Aparecida Monção Fidelis e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS - SP 2016

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ELIZÂNGELA DE PAULA PAULINO

JÉSSICA PATRÍCIA VIEIRA

ROSALINA RODRIGUES

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARADA E REANIMAÇÃO

CARDIOPULMONAR DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ATUANTE EM UM

HOSPITAL DO INTERIOR PAULISTA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em _____/_____/______.

Banca Examinadora:

Profª. Orientadora: Fabiana Ap. Monção Fidelis

Titulação: Especialista em administração em serviços de saúde, educação

permanente e gestão em micropolíticas de saúde.

Assinatura: _____________________

1° Prof.(a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _____________________

2° Prof.(a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _____________________

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A Deus que sempre esteve ao meu lado, que apesar de todos momentos difíceis durante

o curso, sempre me levantou e permitiu que eu chegasse até aqui;

À minha mãe, Maria Rita, que através dela, pude descobrir meu dom e minha vocação

nesta área. Mesmo do Céu, sei que olha por mim todos os dias;

Ao meu pai, sr. Edson que sempre me incentivou a correr atrás dos meus sonhos, me

impulsionando para o término desta faculdade;

Aos meus sogros que sempre foram verdadeiros pais e sempre me apoiaram,

incentivaram e cuidaram de mim nos momentos em que mais precisei;

Porém, dedico este trabalho especialmente meu marido Daniel que sempre me ajudou

em todos os momentos da minha vida. Se não fosse por ele, tenho certeza que teria

desistido do meu curso e da minha vida.

Com carinho, dedico esta pesquisa aos tesouros José Otávio e João Felipe, razões da

minha vida;

Elizângela.

A Deus, que plantou em mim um sonho que hoje se materializa, que sempre me deu

coragem e força para que, apesar de todas as dificuldades e renúncias, eu pudesse

chegar até aqui;

Aos meus pais, Eurico e Valdeci por sempre acreditarem e investirem em mim. O

cuidado e dedicação que depositaram em mim nestes cinco anos, sempre me apoiando

nos momentos mais difíceis, foram o que me deram força para seguir em frente. Eu amo

vocês!

À minha irmã Glaucia pelos conselhos que sempre me deu, pelas inúmeras ajudas para

que eu encontrasse a palavra que estava procurando para escrever este trabalho e por

todo carinho oferecido nos momentos da minha vida, em especial, neste.

Ao meu noivo Paulo, que se fez presente em todos os momentos alegres e difíceis desta

jornada, pela dedicação e ombro amigo, sempre me ajudando com palavras de incentivo

quando tudo parecia perdido. Obrigada por sempre estar do meu lado e ser

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compreensivo nesta etapa da minha vida. Eu não teria conseguido sem você. MUITO

obrigada!

Jéssica.

Dedico toda minha família pelo apoio que me deram para que eu pudesse chegar até

aqui, em especial às minhas lindas netas Ana Lívia, Lorena e Maria Alice, meus

melhores e maiores presentes.

Obrigada pela paciência, pelo incentivo, pela força e principalmente pelo carinho.

Valeu a pena toda distância, todo sofrimento e todas as renúncias. Hoje estamos

colhendo, juntos, os frutos de todo meu empenho!

Esta vitória é muito mais de vocês do que minha. Amo vocês.

Rosalina.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por toda força e todas bênçãos derramadas sobre mim durante todos

os anos de curso. Por todo livramento e toda coragem depositada em mim para

finalizar mais esta etapa da minha vida;

À nossa querida profª Mestre Jovira Sarraceni que nos momentos em que precisamos,

mostrou seu apoio, estímulo e sabedoria. Nossa admiração e gratidão.

A nossa coordenadora do curso Helena Mukai, que com sua amizade e compreensão,

não mediu esforços para compreender todas minhas necessidades para continuar neste

curso, que hoje concluo;

Aos nossos mestres que conduziram nossas vidas ao conhecimento nestes cinco anos e

nos mostraram como alcançar nossos objetivos. Foram mais do que professores: foram

verdadeiros amigos;

À minha família, em especial à minha mãe Maria Rita (in memorian), ao meu pai

Edson, ao meu marido Daniel, aos meus sogros José e Sebastiana, que com carinho,

disponibilizaram seu tempo e sua casa para cuidarem dos meus filhos, durante todos

estes anos letivos.

De modo carinhoso, agradeço aos meus filhos José Otávio e João Felipe, que, sem

saberem, me deram toda força que precisava para concluir esta etapa.

Sem vocês, não chegaria até aqui. Meu muito obrigada! Amo todos vocês.

Elizângela.

Agradeço, еm primeiro lugar, а Deus, pela força е coragem durante toda esta longa

caminhada.

À professora Fabiana pela paciência nа orientação е incentivo quе tornaram possível а

conclusão desta monografia.

Ao professor Paulo, por todo auxílio, apoio е amizade. Pode ter certeza, professor, que

sempre serei grata por toda ajuda e ensinamentos.

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A todos оs professores dо curso, quе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica e

sempre me motivaram a chegar até aqui.

À minha família que, cоm muito carinho е apoio, nãо mediram esforços para quе еu

chegasse аte esta etapa dе minha vida.

À equipe de Enfermagem do hospital em que realizamos a coleta de dados o meu

“muito obrigada” por separar um tempo do seu trabalho para responder o nosso

questionário. Sem a ajuda e a paciência de vocês, esta pesquisa não seria possível.

A todos aqueles quе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo esta

vida valer cada vеz mais а pena.

Jéssica.

Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta

caminhada. Agradeço também ao meu esposo Ariovaldo, que de forma especial e

carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades.

Quero agradecer também aos meus filhos Thiago, Indinara, meu Genro Wilson e minha

Nora Daiane que sempre me apoiaram para que este sonho se concretizasse.

E não deixando de agradecer de forma carinhosa à minha mãe que no dia 06/03/16

partiu eternamente junto de Deus, mas que durante a vida sempre torceu pelo termino

da minha graduação. A ela eu rogo todas as noites a minha existência.

À minha professora Fabiana, pela paciência na orientação e incentivo que tornaram

possível a conclusão desta monografia.

À coordenadora do curso, Helena Mukai, pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão e

pela amizade.

A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e

no desenvolvimento desta monografia.

Agradeço às minhas companheiras de TCC Jéssica Vieira e Elizângela Paulino e todos

os amigos que me apoiaram, pois que juntos tornaram realidade tudo isso que estou

vivenciando hoje. Vocês foram demais!

Rosalina.

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“Não existem sonhos impossíveis para aqueles que

realmente acreditam que o poder realizador reside no

interior de cada ser humano. Sempre que alguém

descobre esse poder, algo antes considerado impossível

se torna realidade”.

Albert Einstein.

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RESUMO

A parada cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como a cessação abrupta da atividade mecânica ventricular do coração, juntamente com a respiração. Seu diagnóstico acontece a partir do reconhecimento da morte clínica do paciente, ou seja, da falta de incursões respiratórias e batimentos cardíacos eficientes com viabilidade cerebral e biológica. Nas últimas décadas, os cuidados prestados aos pacientes vítimas de PCR desenvolveram-se muito. A American Heart Association (AHA) atualiza a cada cinco anos o protocolo de atendimento à vítima, na tentativa de melhorar a assistência e aumentar a chance de sobrevida destes pacientes. Pensando no atendimento à vítima e nas tentativas de reanimação cardiopulmonar, vê-se a necessidade da equipe de enfermagem estar atualizada neste assunto, a fim de aumentar o sucesso na reanimação. Desta maneira, foi realizado uma pesquisa através de um questionário que abordavam temas referentes a questões pessoais e de conhecimento específico dos funcionários de uma instituição. Com isto, foi demonstrado que o conhecimento dos mesmos frente ao tema foi bastante assustador, pois, demonstrou que o conhecimento da equipe de Enfermagem da Instituição em questão encontra-se bastante deficiente, indicando a necessidade investimento em cursos de capacitação e programas de educação continuada para todos funcionários que lidam com atendimento ao paciente. Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória. Reanimação Cardiopulmonar. Conhecimento de Enfermagem.

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ABSTRACT

The cardiorespiratory arrest (CRP) can be defined as the abrupt cessation of mechanical ventricular mechanical activity along with breathing. Its diagnosis comes from the recognition of the patient's clinical death, that is, the lack of respiratory incursions and efficient heartbeats with cerebral and biological viability. In the last decades, the care provided to patients who have undergone CRP have developed a great deal. The American Heart Association (AHA) updates every five years the protocol of care for the victim, in an attempt to improve care and increase the chance of survival of these patients. Considering the care given to the victim and the attempts at cardiopulmonary resuscitation, we see the need of the nursing team to be updated on this subject in order to increase the success in resuscitation. In this way, a research was carried out through a questionnaire that dealt with subjects related to personal and specific knowledge of the employees of an institution. With this, it was demonstrated that their knowledge about the subject was quite frightening, since it showed that the knowledge of the nursing team of the institution in question is very deficient, indicating the need for investment in training courses and continuing education programs for all employees dealing with patient care. Key-words: Cardiorespiratory Arrest. Cardiopulmonary Resuscitation. Knowledge Nursing.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Algorítmo de PCR em adultos para profissionais de saúde de SBV

..........................................................………....…………....………………...…....21

Figura 2: Fibrilação ventricular no traçado do Eletrocardiograma………....…...23

Figura 3: Taquicardia Ventricular Sem Pulso no traçado do Eletrocardiograma

…………………………………………………………………………………....…....23

Figura 4: Atividade Elétrica Sem pulso no traçado do Eletrocardiograma….....24

Figura 5: Assistolia no traçado do Eletrocardiograma....………..……….....…...25

Figura 6: Algoritmo de SBV para profissionais de saúde…………….....……….27

Figura 7: Cadeia de sobrevivência de PCR intra-hospitalar e PCR extra-

hospitalar………………………………………………………...…………….……...28

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Causas de tratamento da Atividade Elétrica Sem Pulso....………....25

Quadro 2: Relação compressão X ventilação…………………………………….30

Quadro 3: Profundidade das Compressões Torácicas………………………......31

Quadro 4: Localização das mãos durante a RCP………....……………....……..31

Quadro 5: Medicamentos utilizados na RCP……………………………………...33

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: área de atuação dos funcionários do hospital de coleta - 2016.......37

Tabela 02: setor de atuação dos funcionários do hospital de coleta - 2016......37

Tabela 03: tempo de formação dos funcionários do hospital de coleta –

2016..................................................................................................................38

Tabela 04: “o tempo de formação acadêmica propicia ao Enfermeiro maior

habilidade frente a um episódio de PCR”. Respostas da equipe de enfermagem

do hospital de coleta - 2016...............................................................................38

Tabela 05: atuação atual ou anterior da equipe de enfermagem do hospital de

coleta nos setores de Pronto-socorro e/ou UTI – 2016.....................................39

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Tabela 06: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente à

maior chance da PCR ocorrer em PS ou UTI – 2016........................................40

Tabela 07: conhecimento da equipe de Enfermagem do hospital de coleta

referente à mudança nas diretrizes da American Heart Association (2015) –

2016...................................................................................................................40

Tabela 08: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente

à capacidade dos mesmos em desenvolver suporte básico de vida (SBV) e

auxiliar no suporte avançado de vida (SAV) na vítima de parada – 2016.........41

Tabela 09: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referentes

aos fatores que interferem em adequado SBV e auxílio no SAV na vítima de

parada – 2016....................................................................................................42

Tabela 10: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente à

frequência das compressões na atual diretriz ser de 100 a 120/min. e a

profundidade das compressões torácicas em adultos é de até 5 cm. – 2016...43

Tabela 11: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente ao

atendimento à vítima de PCR, usando a seguinte ordem na prestação de

Socorro: A (abertura das vias aéreas), B (Breathing = respiração), C

(circulação) – 2016............................................................................................43

Tabela 12: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente ao

uso da vasopressina continuar ser mantida na RCP em adultos. – 2016.........44

Tabela 13: conduta da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente

ao caso clínico abaixo – 2016............................................................................45

Tabela 14: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta em utilizar

na parada uma dose de vasopressina EV/IO, que substitui a primeira ou a

segunda dose de epinefrina no tratamento da PCR – 2016..............................45

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Tabela 15: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta em não

permitir o retorno total do tórax a cada compressão, durante a RCP – 2016....46

Tabela 16: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta sobre uso

do desfibrilador automático externo (DEA) disponível em uma parada –

2016...................................................................................................................47

Tabela 17: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta sobre

administrar 01 ventilação a cada 6 segundos, enquanto são aplicadas

compressões torácicas contínuas......................................................................47

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACLS: Advanced Cardiovascular Life Support

AESP: Atividade Elétrica Sem Pulso

AHA: American Heart Association

AVP: Acesso Venoso Periférico

BPM: Batimentos por minuto

cm: Centímetro

DEA: Dispositivo Externo Automático

ECG: Eletrocardiograma

EUA: Estados Unidos da América

EV: Endovenoso

FC: Frequência Cardíaca

FiO2: Frações inspiradas de Oxigênio

FV: Fibrilação ventricular

IO: Intra-ósseo

K: Potássio

mEq/Kg: Miliequivalente por quilograma

Mg/Kg: Miligrama por Quilo

mg: Miligrama

min.: Minuto

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NaHCO3: Bicarbonato de Sódio

NSA: Nodo sinoatrial

O2: Oxigênio

PCR: Parada cardiorrespiratória

PCREH: Parada cardiorrespiratória Extra-hospitalar

PCRIH: Parada Cardiorrespiratória Intra-hospitalar

pH: Potencial Hidrogeniônico

RCE: Retorno da circulação espontânea

RCP: Reanimação Cardiopulmonar

S/N: Se necessário

SBV: Suporte Básico de Vida

SG: Soro glicosado

TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TRR: Time de Resposta Rápida

TVSP: Taquicardia Ventricular Sem Pulso

UBS: Unidade Básica de Saúde

UTI: Unidade de Terapia Intensiva

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................18

CAPÍTULO I – PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA......................................21

1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS........................................................................21

1.1 Modalidades de Parada Cardiorrespiratória................................................22

1.2 Ritmos chocáveis.........................................................................................22

1.2.1 Fibrilação ventricular (FV) ........................................................................22

1.2.2 Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) ..............................................23

1.3 Ritmos não chocáveis..................................................................................23

1.3.1 Atividade elétrica sem pulso (AESP) .......................................................23

1.3.1.2 Assistolia ...............................................................................................25

CAPÍTULO II – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR….................................27

1 DIRETRIZES EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR DA AMERICAN

HEART ASSOCIOATION DE 2010 E 2015......................................................27

1.1 Principais alterações....................................................................................28

1.2 Atendimento ao RN em criança em PCR – diretrizes da AHA 2015...........30

1.3 Medicações mais utilizadas na RCP............................................................31

1.4 Administração endovenosa periférica..........................................................31

1.4.1 Administração intra-óssea........................................................................32

1.4.2 Acesso endotraqueal................................................................................32

1.4.3 Acesso venoso central..............................................................................32

CAPÍTULO III – A PESQUISA………………...………………………….………..35

1 Delimitação da pesquisa..............................................................................35

1.1 Método e técnica..........................................................................................35

1.2 Aplicação do Questionário...........................................................................36

1.3 Discussão dos dados...................................................................................37

1.4 Parecer final…………………………………………………………………...…48

PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO...................................................................49

CONCLUSÃO……………..................................................................................50

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REFERÊNCIAS……………………….................................................................52

APÊNDICES……………………………………………………………………….…56

ANEXOS ……...…………………………………………………………………….. 60

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18

INTRODUÇÃO

O Consenso Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória (1996) apud

Pereira et. al, (2015) definem a parada cardiorrespiratória (PCR) como “a

interrupção súbita da atividade mecânica ventricular e da respiração”. Esta, é

diagnosticada mediante o reconhecimento da morte clínica, ou seja, falta de

movimentos respiratórios e batimentos cardíacos eficientes na ausência de

consciência, com viabilidade cerebral e biológica.

É seguro afirmar, portanto, que trata-se da maior emergência clínica que

ameaça a vida de um indivíduo e estar apto para detectá-la e corrigi-la a tempo

faz toda diferença no cuidado ao paciente. Desta maneira, o atendimento ao

paciente exige da equipe de enfermagem agilidade, conhecimento e habilidade

técnica para desempenhar com eficiência no controle da parada, além de

requerer infraestrutura de qualidade e trabalho sincronizado entre os

profissionais, pois todos estes são requisitos necessários para se atingir com

infalibilidade a recuperação do paciente.

Para Silva (2001, p.26), "a tomada de decisão do enfermeiro na ocorrência de uma parada cardiorrespiratória (PCR) apresenta dificuldades desde o diagnóstico e prescrição da assistência de enfermagem até a execução das tarefas de cuidado. Tomar decisão significa decidir, escolher, entre uma ou mais alternativas ou opções, com o objetivo de alcançar o melhor resultado".

Por essa razão, a capacitação profissional se torna peça-chave para

este cuidado, entretanto, nem sempre o profissional de enfermagem está apto

para tal socorro. É de fundamental importância o papel da equipe de

enfermagem no sucesso da reanimação cardiopulmonar (RCP), pois cabe a ela

iniciar assistência rápida, eficiente e segura para minimizar sequelas e ter

maior eficácia do atendimento, aumentando a chance de sobrevivência do

paciente vítima de PCR.

Pereira et al., (2015), já afirmavam que trabalhar com pacientes graves

expõe ainda mais o profissional de saúde a situações de emergência e exige

dele habilidade e destreza para que possa cumprir seu juramento e oferecer

uma assistência de qualidade.

A PCR é situação dramática, responsável por morbimortalidade elevada, mesmo em situações de atendimento ideal. Na PCR, o tempo é variável importante, estimando-se que, a cada

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19

minuto que o indivíduo permaneça em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida sejam perdidos. O treinamento dos profissionais de saúde no atendimento padronizado dessa situação clínica pode ter implicações prognósticas favoráveis (PAIZIN-FILHO et al., 2003, p 163).

Entretanto, o número de mortes relacionadas à PCR ainda é,

infelizmente, bastante elevado. Assim, o dia-a-dia na vivência hospitalar nos

faz perceber que a forma de diminuir as mortes e os danos referentes à PCR é

a assistência hospitalar de alta qualidade. É sabido que profissionais que são

treinados e bem capacitados desenvolvem assistência de enfermagem de

maneira mais eficiente do que profissionais que trabalham e sem treinamento

adequado e educação continuada, visto que várias descobertas e atualizações

no âmbito da saúde são realizadas com frequência.

Por conseguinte, aperfeiçoar o atendimento e diminuir, dentro das

possibilidades, esse índice de morbimortalidade deve ser meta de toda equipe

de saúde que assista seus pacientes vítimas de parada.

Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar o conhecimento dos

profissionais de enfermagem de um hospital no interior paulista, sobre a

atuação na parada e reanimação cardiorrespiratória mediante as novas

diretrizes da American Heart Association (2015).

A partir desta questão, levantou-se a seguinte pergunta que norteia o

trabalho: a equipe de enfermagem está apta para atender um paciente vítima

de PCR dentro das novas diretrizes da AHA de 2015?

Espera-se que a equipe esteja apta a atender o paciente vítima de

parada, entretanto, acredita-se que por ser uma mudança recente, os mesmos

terão pouco conhecimento sobre as novas diretrizes da AHA, uma vez que de

acordo com Pereira, et al., (2015) em estudo similar, 51% dos enfermeiros

admitiram não ter conhecimento sobre as modificações da AHA (2010).

Inicialmente, pensou-se em realizar a pesquisa apenas com o setor de

pronto atendimento dos hospitais, entretanto, refletimos sobre a necessidade

da ampliação da pesquisa nos demais setores, uma vez que a parada pode

ocorrer em qualquer local, independentemente da idade ou estado de saúde do

paciente.

Com o propósito de avaliar o conhecimento desta equipe, realizou-se

pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. Para a realização da

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20

pesquisa de campo, foi elaborado um questionário com 17 perguntas

referentes à PCR e RCP para ser aplicado aos profissionais desta instituição.

O planejamento do trabalho encontra-se descrito em três capítulos,

sendo assim, o primeiro capítulo, apresenta as definições e modalidades de

PCR, no segundo capítulo, foram abordadas as técnicas de RCP no adulto e

na criança e por fim, no terceiro capítulo, foram realizadas as análises e

descrição dos dados coletados durante a pesquisa em campo, o parecer final,

a proposta de intervenção para os problemas encontrados na pesquisa e a

conclusão sobre esta pesquisa.

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21

CAPÍTULO I

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Por se manifestar, muitas vezes, de forma silenciosa, a Parada

cardiorrespiratória (PCR) pode ocorrer em qualquer tipo de ambiente. Desde

setores menos equipados, como ambulatórios e unidades básicas de saúde

(UBS), e até mesmo em locais muito bem equipados e preparados para este

tipo de emergência, como unidades de terapia intensiva (UTI) e unidades

coronarianas.

Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e ao treinamento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP), bem como à legislação sobre acesso público à desfibrilação com obrigatoriedade de disponibilização de desfibrilador externo automático (DEA) em locais públicos, muitas vidas ainda são perdidas anualmente no Brasil, relacionadas à parada cardiorrespiratória (PCR). (KAWAKAME, MIYADAHIRA, 2015, p. 658).

Figura 1 – Algorítmo de PCR em adultos para profissionais de saúde de SBV.

Fonte: Adaptado de AHA, 2015.

1. Verifique a segurança do local 2. Vítima não responde? Grite por

ajuda e acione o serviço médico de

emergência. Peça para levarem o

DEA.

3. Vítima não responde? Grite por

ajuda e acione o serviço médico de

emergência. Peça para levarem o

DEA.

4. Verifique o pulso e a respiração

6. Sem respiração e com pulso

Administre 1 ventilação a cada 6

segundos e avalie o pulso a cada 2

minutos.

5. Respiração normal e com

pulso

Monitore a vítima até a chegada do

serviço de emergência

7. Sem respiração e sem pulso

PCR!

PCR!

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22

É sempre importante que a equipe de enfermagem fique atenta para sinais de

instabilidade que o paciente pode apresentar.

A consciência, o pulso e a pressão arterial são perdidos de imediato. O esforço respiratório ineficaz pode ocorrer. As pupilas dos olhos começam a se dilatar dentro de 45 segundos. As convulsões podem ocorrer ou não. O risco de lesão cerebral irreversível e a morte aumenta a cada minuto, a partir do momento em que cessa a circulação. (SMELTZER, BARE et al., 2006, p 652).

1.1 Modalidades de Parada Cardiorrespiratória

A PCR pode ser dividida em quatro modalidades e estas, subdividas em ritmos chocáveis e ritmos não chocáveis. São definidos como ritmos chocáveis: fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular sem pulso (TVSP); e, respectivamente, como ritmos não chocáveis: assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP) (PAIZIN-FILHO et al. 2003, p.166).

Estas modalidades serão descritas a seguir.

1.2 Ritmos chocáveis

1.2.1 Fibrilação ventricular (FV)

“A fibrilação ventricular (FV) caracteriza-se pela ausência de atividade

elétrica organizada, com distribuição caótica de complexos de várias

amplitudes”. (TALLO, 2012, p. 196). É a principal causa de parada no adulto e

resulta na ineficácia do coração em manter o bombeamento adequado de

sangue para o corpo.

“Evolui, rapidamente, para assistolia, caso não sejam estabelecidas

medidas de suporte básico de vida (SBV). O único tratamento disponível para o

controle desse distúrbio do ritmo cardíaco é a desfibrilação”. (PAIZIN-FILHO et

al., 2003, p. 166).

Dentre as modalidades de PCR, a FV é entendida como a modalidade

de parada de melhor prognóstico. Sendo assim, a RCP deve continuar até que

o ritmo deixe de ser FV – ou porque reverteu para sinusal (ritmo normal do

coração), ou porque evoluiu para um ritmo terminal.

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“No cenário das unidades de terapia intensiva (UTI) brasileiras, a FV é a

terceira causa de PCR intra-hospitalar (5,4%)”. (TALLO, et al., 2012, p.196).

Figura 2 –Fibrilação Ventricular no traçado do ECG.

Fonte: Souza, 2015.

1.2.2 Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP)

A TVSP pode ser entendida como a sequência rápida de batimentos

ventriculares, que podem levar a degradação hemodinâmica, chegando à

ausência de pulso arterial palpável. Esta modalidade ocorre principalmente em

pacientes com doenças coronarianas, como isquemia miocárdica,

apresentando frequência cardíaca (FC) >100 batimentos por minuto (bpm) e

<220 bpm.

Figura 3 – Taquicardia ventricular sem pulso no traçado do ECG.

Fonte: Souza, 2015.

1.3 Ritmos não chocáveis

1.3.1 Atividade elétrica sem pulso (AESP)

A AESP pode ser definida como a ausência de pulso detectável. “É

caracterizada pela ausência de pulso na presença de atividade elétrica

organizada, o que impõe um alto grau de suspeita por parte do socorrista para

se chegar ao diagnóstico”. (TALLO, et al. 2012, p. 197). O foco nesta

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24

modalidade deve ser sempre a procura da sua causa, pois dessa maneira, é

possível se realizar a reversão da parada através do tratamento adequado.

No eletrocardiograma (ECG), observa-se a presença de pequena

atividade elétrica, mas que não produz contração do miocárdico suficiente para

manter a normalidade do trabalho cardíaco.

Alves (2014) afirma que é importante salientar que não se deve chocar

um paciente na modalidade de AESP, pois, ao chocar pacientes que

apresentam esse ritmo, pode-se provocar uma desorganização na atividade

elétrica que o coração apresenta. Assim, ao invés de auxiliar o paciente a sair

da PCR, acabaria causando mais um problema a ser resolvido.

Figura 4 – Atividade elétrica sem pulso no traçado do ECG

Fonte: Souza, 2015.

Paizin (2003) apresenta uma questão que influencia diretamente na

situação do paciente, pois é mais um dos fatores a serem considerados para

elevar a importância da verificação da prova de volume durante uma PCR.

Medicações podem assumir papel proeminente em tal situação, como é o caso do bicarbonato de sódio nas situações de hipercalemia, intoxicação por tricíclico ou acidose pré-existente. Como a principal causa de AESP é a hipovolemia, uma prova de volume deve ser tentada, sempre. (PAIZIN-FILHO, et al., 2003, p. 168)

Além disso, Gonzales (2008) descreveu que para atender a PCR de

forma ideal, além de ênfase reanimação de boa qualidade, deve-se atentar à

função designada a cada um na equipe de ressuscitação. Desta maneira, o

treinamento do atendimento de PCR em equipe minimiza erros durante a

emergência e é recomendado.

Durante a tentativa de ressuscitação, é importante que a equipe de

enfermagem procure identificar as causas da AESP para que se possa

direcionar o tratamento e auxiliar o indivíduo a voltar da parada.

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Paizin-filho et al., (2003, p. 168) afirmou que “a identificação das causas

da parada devem ser pautadas, exclusivamente, pela história fornecida por

acompanhantes e dados do exame físico sumário, executado pelo socorrista”.

Algumas dessas causas são reversíveis e conhecidas como 5H e 5T. São elas:

Quadro 1: Causas e tratamento da AESP

Causa Tratamento

Hipovolemia Administração de volume

Hipóxia Administração de Oxigênio (O2)

H + (acidemia) Administração de bicarbonato de sódio

Hipotermia Aquecimento

Hipocalemia/hipercalemia Administração de potássio (K) ou

bicarbonato de sódio (NaHCO3).

Tamponamento cardíaco Realizar punção pericárdica

Tromboembolismo pulmonar Tratar PCR e considerar trombólise

Trombose coronariana Tratar PCR, considerar reperfusão

Tensão (pneumotórax hipertensivo) Realizar drenagem de tórax

Tóxico (drogas) Administração de antagonista específico.

Fonte: Adaptado de Ladeira, 2013.

1.3.2 Assistolia

“O principal motivo para a ocorrência da assistolia no paciente é a

hipóxia, logo, ofertas de oxigênio e ventilações de qualidade devem ser

prioridades no atendimento à vítima”. (PAIZIN-FILHO et al., 2003, p.167). Esta

pode ser entendida como a ausência total de qualquer ritmo cardíaco e a

situação terminal das modalidades de parada.

“Trata-se da modalidade mais presente nas PCR intra-hospitalares. Dois

registros de UTI gerais brasileiras utilizando protocolo Utstein demonstraram

sua prevalência, variando de 76,4% a 85%”. (TALLO et al., 2012, p. 197).

Figura 5 – Assistolia no traçado do ECG

Fonte: Souza, 2015.

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Por este prognóstico ameaçador, está cada vez mais difícil instituir

grandes esforços de manobras de RCP em pacientes com doenças terminais

que apresentem esta modalidade de parada. Em países desenvolvidos, estes

pacientes costumam portar consigo algum tipo de identificação com a frase

“não ressuscite” (como pulseiras ou carteirinhas). Em geral, esta decisão é

respeitada pela equipe. (PAIZIN-FILHO et al., 2003, p.167).

Por causa de inúmeras questões éticas, muitas dúvidas ainda permeiam

médicos e equipe de enfermagem quanto ao momento de cessar os esforços

para a reversão da parada cardíaca, assim, a decisão de não realizar a RCP

deva ser estudada em particular diante do quadro clínico de cada paciente.

Devido ao prognóstico ruim dos pacientes que apresentam uma PCR, com sobrevida e alta hospitalar menor que 20% nas PCR intra-hospitalares nos Estados Unidos da América (EUA) e Europa, muitas vezes os esforços de reanimação não se prolongam por muito tempo se não ocorrer o retorno de circulação espontânea logo nos primeiros minutos de RCP. (BISSELI, 2009, p.01)

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CAPÍTULO II

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

1 DIRETRIZES EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR DA AMERICAN

HEART ASSOCIOATION DE 2010 E 2015

A última atualização acerca das novas diretrizes referentes ao

atendimento de RCP à vítima de parada havia ocorrido em 2010. Entretanto, no

mês de outubro do ano passado foram divulgadas novas atualizações através

da European Resuscitation Council e da AHA, foco de estudo do referencial

teórico deste trabalho.

Conforme afirma a AHA (2015),

“as novas diretrizes trazem consigo procedimentos para RCP em adultos, pediatria e neonatologia e oferecem aos profissionais de saúde 315 itens revisados voltados ao cuidado para o paciente que porta enfermidades de urgência cardiovascular”.

Figura 6 - Algoritmo de SBV para profissionais de saúde:

Paciente não responsivo, não respira ou respiração

anormal

Checar pulso por no máximo 10 segundos

Com pulso

Aplicar uma ventilação a cada 5 a 6 segundos. Checar pulso a cada 2

minutos.

Sem pulso

Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações

Chegada do DEA Checar ritmo.

Aplicar 1 choque Retornar a RCP imediatamente por

2 minutos

Aplicar RCP por 2 minutos. Checar o ritmo a cada 2 minutos até iniciar

suporte avançado ou paciente retornar.

Chocável Não chocável

Fonte: Falcão et al., 2011.

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Segue abaixo, as principais mudanças e que oferecem maior relevância a

médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem no que diz respeito à RCP.

1.1 Principais alterações

a) Cadeia de sobrevivência: É recomendado o uso de cadeias de

sobrevivência distintas que identifiquem as diferentes vias de cuidado

dos pacientes que sofrem uma PCR no hospital ou no ambiente

extra-hospitalar. (AHA 2015).

Figura 7 – Cadeia de sobrevivência de PCRIH (PCR intra-hospitalar) e PCREH

(PCR extra-hospitalar):

Fonte: AHA (2015).

b) Time de resposta rápida (TRR): A diretriz da AHA de 2010 trazia que,

apesar de haver evidências conflitantes, o consenso entre

especialistas recomendava-se a utilização do TRR. Com a

atualização das diretrizes em 2015, identificou-se que o TRR os

Vigilância e Prevenção

Reconhecimento e acionamento do serviço médico de

emergência

RCP imediata e de alta

qualidade

Rápida desfibrilação

Suporte avançado de vida e

cuidados pós PCR.

Reconhecimento e acionamento do

serviço médico de emergência

RCP imediata de alta qualidade

Rápida desfibrilação

Serviços médicos básicos e avançados

de emergência

Suporte avançado de vida e cuidados

pós PCR.

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benefícios da implantação do TRR intra-hospitalar, pois o mesmo

pode ser eficaz na redução de incidência de PCR, especialmente nos

setores de clínica médica.

c) Frequência das compressões torácicas: As recomendações da AHA

de 2010 nos traziam: “Frequência de compressão mínima de

100/minuto”.

Entretanto,

Dois estudos encontraram aumento da sobrevida pacientes que receberam compressões torácicas a uma frequência100 a 120/min. Frequência das compressões torácicas muito elevada é associada com a diminuição da profundidade das mesmas. É recomendado, por conseguinte, que compressões torácicas devem ser realizados com uma frequência de 100 a 120/min. (MONSIEURS et al., 2015, p. 14 – Tradução nossa).

d) Profundidade das compressões torácicas: Anteriormente, nas

recomendações de 2010 da AHA, o esterno de um adulto deveria ser

comprimido a uma profundidade de 2 polegadas (5 cm). Entretanto,

nas atualizações de 2015, o esterno deve ser comprimido numa

profundidade de 2 a 2,4 polegadas. (5-6 cm).

De acordo com a AHA (2015), “a mudança foi realizada porque muitas vezes, o

tórax não é comprimido com profundidade suficiente”, uma vez que.as

compressões de qualidade são de extrema importância, pois geram fluxo

sanguíneo, principalmente por aumentar a pressão intratorácica e comprimir

diretamente o coração, que leva sangue e oxigênio para o cérebro.

e) Velocidade das compressões: As recomendações de 2010 nos traziam que as compressões torácicas deveriam ser realizadas a uma frequência mínima de 100 por minuto. Agora, padronizou-se que as mesmas deverão ser realizadas entre 100-120/minuto. (MONSIEURS et al., 2015, p. 14 – Tradução nossa).

f) Uso de vasopressina: A vasopressina foi definitivamente retirada do protocolo do ACLS. O motivo foi por mera simplificação de conduta, visto que a vasopressina não oferece vantagem alguma em relação à adrenalina, nem mesmo em associação. Portanto, não há motivos de mantê-la no protocolo. (MOURA, 2015, p.01).

g) Uso precoce da adrenalina: Ainda observando Moura (2015), outra

mudança no protocolo é quanto a recomendação de início precoce

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de adrenalina. Tão logo a droga esteja disponível em pacientes com

ritmo não-chocável, a mesma deve ser administrada, visto que

estudos demonstraram melhores desfechos na administração

precoce da droga.

1.2 Atendimento ao RN em criança em PCR – diretrizes da AHA 2015

A PCR pode ocorrer em qualquer idade. Entretanto,

A parada cardíaca súbita em crianças é pouco comum. O que ocorre nas crianças, geralmente, é a parada cardíaca decorrente da progressão da insuficiência respiratória e/ou do choque, associada à hipoxemia e acidose, sendo bem menor a incidência de parada cardíaca por arritmias cardíacas na faixa etária pediátrica do que no adulto. (MATSUNO, 2012, p. 223)

E mesmo que a técnica de socorro à criança parada seja similar à do

adulto (seguindo o algoritmo de SBV), existe, entretanto, algumas diferenças

que precisam ser levadas em consideração, como pode ser observado no

quadro a seguir, referente às compressões e ventilações durante a RCP nas

diferentes idades de vida.

Quadro 2: Relação Compressão x Ventilação

Relação Compressão x Ventilação até a colocação de via aérea avançada

Adultos 30:2 – 1 ou 2 socorristas

Crianças 30:2 – 1 socorrista

15:2 – 2 socorristas

Bebês 30:2 – 1 socorrista

15:2 – 2 socorristas

Fonte: Adaptado de AHA, 2015.

Quadro 3: Profundidade das compressões torácicas

Profundidade das compressões torácicas

Adultos 5 a 6 cm de profundidade

Crianças 5 cm de profundidade

Bebês 4 cm de profundidade

Fonte: Adaptado de AHA, 2015.

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Quadro 4: Localização das mãos durante a RCP

Localização das mãos durante a RCP

Adultos Duas mãos sobre a metade inferior do esterno

Crianças

Uma ou duas mãos sobre a metade inferior do esterno (opcional se a

criança for muito pequena)

Bebês menores de um ano:

Um socorrista: Dois dedos no centro do tórax, abaixo da linha mamilar;

Dois socorristas: Dois polegares no

centro do tórax, abaixo da linha mamilar;

Fonte: Adaptado de AHA, 2015.

As taxas de sobrevivência de crianças vítimas de PCR estão relacionadas à localização da parada e o tipo de ritmo de colapso presente. A sobrevivência é maior quando ocorre dentro do hospital, quando comparada à PCREH. Nos últimos 30 anos, a sobrevivência de PCRIH aumentou de 9 para 27%, enquanto que a sobrevida em pacientes vítimas de PCREH se mantém a mesma (6%). (MATSUNO, 2012, p.223).

1.3 Medicações mais utilizadas na RCP

Conforme descrito por Gonzales et. al., (2013):

A utilização de medicamentos durante a PCR tem como objetivo aumentar a taxa de sucesso da reanimação. Este processo envolve o estímulo e a intensificação da contratilidade miocárdica, tratamento de arritmias, otimização das perfusões coronariana (aumento de pressão diastólica aórtica) e cerebral; além da correção de acidose metabólica (p.100).

Durante a PCR, a prioridade sempre será a realização de uma RCP de

alta qualidade, prestando atendimento à vítima com compressões torácicas e

administração de drogas com escolha da via de administração a critério

médico.

2.4 Administração endovenosa periférica

A administração de fármacos pelo acesso venoso periférico (AVP) é de

fácil obtenção, tem menor risco de complicações e não necessita que se

interrompa as manobras de RCP. “Recomenda-se, após administração

(em bolus) de cada droga por uma veia periférica, a infusão em bolus de 20ml

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de solução salina e elevação do membro por 10 a 20 segundos”. (GONZALES,

et. al., 2013, p.29).

2.4.1 Administração intra-óssea

Apesar de não ser rotineira, a administração de medicamentos por via

(IO) pode ser necessária, caso não seja for possível a obtenção de acesso EV.

2.4.2 Acesso endotraqueal

Para que a medicação seja absorvida pela via endotraqueal, deve atingir o plano dos alvéolos, que pode ser obtido pela aplicação da medicação através de um cateter inserido através do tubo endotraqueal, o mais profundamente possível, seguido da infusão de 10 ml de solução salina, e da insuflação pulmonar com dispositivo bolsa-valva-máscara, por duas a quatro vezes. Isso garante que a medicação seja dispersa para os alvéolos em aerossol e possa ser absorvida. (PAIZIN-FILHO et al., 2003, p. 172).

2.4.3 Acesso venoso central

A administração de medicamentos por essa via tem a vantagem de possibilitar maior concentração plasmática e menor tempo de circulação, além de permitir a determinação da saturação venosa central e estimar a pressão de perfusão coronariana durante a RCP. (GONZALES, et. al., 2013, p.29).

Sempre que realizar a infusão de drogas para a reversão da parada,

deve-se estar atento à sua indicação, mecanismo de ação e possíveis efeitos

colaterais que ela pode trazer.

A ausência de circulação efetiva, vigente na PCR, prejudica a chegada de medicações endovenosas ao sistema circulatório central. Deve-se ter este conceito em mente a cada infusão medicamentosa endovenosa, procurando-se otimizar o processo através de infusão de bolus de solução salina (20 ml) e da elevação do braço em que foi infundida a medicação. (PAIZIN-FILHO et al., 2003, p. 169).

Durante a PCR, a droga sugerida pode variar de acordo com a escolha

do profissional médico e o tipo de parada. Dentre as principais, podemos citar:

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Quadro 5: Medicamentos utilizados na ressuscitação cardiopulmonar (Continua)

Medicamentos utilizados na ressuscitação cardiopulmonar

Agente Ação Dose Indicação Consideração

Oxigênio

Melhora a oxigenação e corrige hipoxemia.

FiO2 a 100% durante a RCP.

Isquemia cardíaca aguda e hipoxemia.

Se usado por menos de 24h, não ocorre lesão pulmonar.

Adrenalina

Aumenta resistência vascular sistêmica e melhora perfusão coronária, cerebral e contratilidade miocárdica.

1 miligrama (mg) EV em bolus, a cada 3 a 5 min. enquanto durar a PCR.

PCR de todas as modalidades (FV, TV, AESP ou assistolia).

Administrar EV ou por tubo traqueal. Evitar acrescentar em linhas EV que contenham soluções alcalinas, como o bicarbonato.

Amiodarona

Potente vasodilatador

300 mg a cada 3 a 5 min.

Arritmias ventriculares,

TV, FV

Pode causar bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial e doença do nó sinusal.

Bicarbonato de Sódio (NAHCO3)

Corrige acidose metabólica.

1 mEq/kg EV inicialmente e depois metade dessa dose a cada 10 min.

Acidemia.

Evitar correção completa da acidose para evitar alcalose metabólica por rebote (pH sanguíneo elevado acima da normalidade)

Magnésio Promove o

funcionamento

adequado da

bomba celular

de sódio-

potássio.

1 a 2 g em 10

ml de SG5%

em bolus.

Suprimir a automaticidade miocárdica em células parcialmente despolarizadas

Atentar para

hipotensão,

assistolia e

paralisia

respiratória.

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Agente Ação Dose Indicação Consideração

Lidocaína

Inibe o influxo

de sódio

através dos

canais rápidos

das células

miocárdicas e

diminui a

condução em

tecidos

isquêmicos,

com menor

influência no

tecido normal.

TV: 1 a 1,5

mg/kg EV em

bolus; repetir

0,5 a cada 3

a 5 min, S/N.

FV: 1 a 1,5

mg/kg EV em

bolus. Repetir

1 a 1,5 mg/kg

a cada 3 a 5

min, S/N.

PCR nas

modalidades

FV ou TV.

Contra-

indicada em

pacientes com

graus

avançados de

bloqueio

atrioventricular

e Síndrome de

Wolf

Parkinson-

White.

Fonte: Adaptado de SMELTZER et al., 2002 e PAIZIN-FILHO et al., 2003.

(Conclusão).

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo visa levantar dados a respeito do conhecimento do

enfermeiro e sua equipe, frente à parada cardiorrespiratória e a reanimação

cardiopulmonar, evidenciando as dificuldades e acertos de cada membro da

equipe através de um questionário elaborado pelos autores da pesquisa.

Após aprovação pelo comitê de Ética e Pesquisa – UNISALESIANO,

número 1.626.058 em 06 de Julho de 2016 e frente ao que foi exposto, para

alcançar os objetivos propostos deste estudo, optou-se em realizar uma

pesquisa de campo nos setores de Pronto-Socorro, UTI adulto, UTI Neonatal,

Pediatria, Maternidade, Clínica Médica e Centro Cirúrgico de um hospital no

interior paulista no período de agosto a setembro de 2016.

Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa. O

estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais de

enfermagem sobre a atuação na parada e reanimação cardiorrespiratória

mediante as novas diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015.

A hipótese levantada é que a equipe esteja apta a atender o paciente

vítima de parada, entretanto, acredita-se que por ser uma mudança recente, os

mesmos terão pouco conhecimento sobre as novas diretrizes da AHA, uma vez

que de acordo com Pereira et al (2015) em estudo similar, 51% dos

enfermeiros admitiram não ter conhecimento sobre as modificações da AHA

2010.

1.1 Método e técnica

Para a composição desta pesquisa, observou-se a Resolução 466, de

12/12/12, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, onde foi

cumprido os seus termos em todas as fases da Pesquisa.

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Inicialmente, pensou-se em realizar a pesquisa apenas com o setor de

pronto atendimento dos hospitais, entretanto, refletiu-se sobre a necessidade

da ampliação da pesquisa nos demais setores, uma vez que a parada pode

ocorrer em qualquer local, independentemente da idade ou estado de saúde do

paciente.

Sobre o questionário, foram realizadas 17 questões que abordavam

perguntas pessoais, como setor de atuação e tempo de formação e perguntas

onde foi questionado o conhecimento do enfermeiro e equipe frente à Parada

cardiorrespiratória e Reanimação cardiopulmonar após leitura da carta ao

participante e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

Esta pesquisa foi realizada através da participação de 13 enfermeiros,

67 técnicos em Enfermagem e 01 auxiliar em Enfermagem de ambos os sexos,

atuantes nos setores listados acima.

A pesquisa foi realizada entre os dias 25 a 31 de agosto e 01 a 20 de

Setembro de 2016, sendo os dados analisados, estudados e levantados

durante a primeira quinzena de Outubro do mesmo ano, compondo, assim, os

resultados do presente estudo de pesquisa.

1.2 Aplicação do questionário

Os questionários foram aplicados aos profissionais de Enfermagem em

todos os turnos. Porém, anteriormente à aplicação do questionário, o TCLE foi

assinado, afirmando assim, que aceitavam participar da coleta de dados para a

pesquisa.

Faz-se necessário citar que alguns funcionários não participaram da

coleta, pois se encontravam de férias, fora do setor, ou recusaram-se a

participar da pesquisa, alegando não ter tempo disponível.

É necessário citar, também, que alguns dos funcionários que

participaram do questionário, ao se depararem com alguma questão que

julgavam ter maior dificuldade, não davam o devido valor à pergunta e não a

levava a sério, afirmando que não precisava saber disso, pois não fazia parte

de seu setor de atuação.

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1.3 Discussão dos dados

Para caracterizar a população estudada, foi realizado aos participantes, 09

perguntas pessoais. Segue abaixo as tabelas representando a correção dos

dados coletados:

Tabela 01: área de atuação dos funcionários do hospital de coleta - 2016.

N° de profissionais % de profissionais

Enfermeiro 13 16,04

Téc. Enfermagem 67 82,72

Aux. Enfermagem 01 1,24

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Durante a confecção do questionário norteador deste trabalho, foi

colocado apenas duas opção de campos de atuação: Enfermeiros e Técnicos

em Enfermagem. Entretanto, durante a correção do mesmo, percebeu-se que

havia um questionário onde o entrevistado havia escrito a caneta: “(x) auxiliar

em Enfermagem”, nos indicando que, apesar de ser pouco comum atualmente,

ainda há profissionais desta classe em prestação de serviço na instituição.

Tabela 02: setor de atuação dos funcionários do hospital de coleta - 2016.

N° de funcionários no setor % de funcionários no setor

Pronto Socorro 16 19,75

UTI Adulto 12 14,81

UTI Neonatal 16 19,75

Pediatria 07 08,64

Maternidade 15 18,51

Clínica médica 16 19,75

Centro Cirúrgico 08 09,87

Total 81 111,08

Fonte: As autoras.

Quando perguntado aos entrevistados, qual era o setor de atuação dos

mesmos, houve surpresa com alguns dos profissionais Enfermeiros que

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afirmaram atuar em mais de um setor hospitalar, aumentando a porcentagem

das áreas de atuação acima listadas.

Também percebemos que a maior porcentagem dos acertos ocorreu nos

funcionários do Pronto-socorro e UTI’s, comprovando nosso pensamento de

que funcionários que trabalham em setores críticos têm mais acertos frente ao

tema de parada cardiorrespiratória, enquanto funcionários de setores não

intensivos possuíam conhecimento mais deficiente sobre o tema, talvez, por –

embora ocorrer -, não haver tantos episódios de PCR no dia-a-dia.

Tabela 03: tempo de formação dos funcionários do hospital de coleta - 2016.

N° de funcionários % de funcionários

Até 05 anos 33 40,77

06 a 10 anos 19 23,34

11 a 15 anos 12 14,92

16 a 20 anos 07 08,64

Mais de 20 anos 10 12,24

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Na questão acima, foi perguntado aos funcionários, qual era o tempo de

formação dos mesmos, onde a maior porcentagem dos entrevistados

afirmaram ter até 05 anos de formação.

Entretanto, o menor percentual de funcionários com tempo de formação,

foi o grupo que afirmou ter entre 16 e 20 anos de formação, com 8,64% das

respostas.

Tabela 04: “o tempo de formação acadêmica propicia ao Enfermeiro maior

habilidade frente a um episódio de PCR”. Respostas da equipe de enfermagem

do hospital de coleta - 2016.

Nº de respostas % de respostas

Sim 38 46,92

Não 42 51,85

Não responderam 01 01,23

Total 81 100

Fonte: As autoras.

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O objetivo desta questão era avaliar o tempo de formação da equipe, em

contrapartida com a habilidade dos mesmos frente a uma parada. Durante a

análise dos dados, percebeu-se que o tempo de formação foi essencial para a

acertiva das questões, visto que 01 funcionário com 6 a 10 anos de formação

não acertou nenhuma das 08 questões referente ao conhecimento frente à

parada, enquanto 01 funcionário com tempo de formação de 15 a 20 anos

acertou completamente o questionário apresentado.

O funcionário, apesar de se capacitar com o conhecimento teórico, por

não vivenciar episódios de parada como rotina, acaba esquecendo-se de como

socorrer a vítima, o que foi evidenciado pelas respostas do técnico em

enfermagem que atua na maternidade, contrapôs com as respostas do técnico

em enfermagem que atua no PS e teve todas as respostas corretas.

Tabela 05: atuação atual ou anterior da equipe de enfermagem do hospital de

coleta nos setores de pronto-socorro e/ou UTI – 2016.

Número de profissionais % de profisionais

Atuo/atuei 61 75,30

Nunca atuei 20 24,70

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Esta questão foi levantada a fim de saber se os funcionários

entrevistados trabalham ou já haviam trabalhado nos setores de pronto-socorro

e UTI, acreditando que, com a vivência nestes dois setores, as chances de

presenciar um episódio de parada pudesse ser maior, aumentando assim, as

chances de acerto nas questões de conhecimento deste questionário.

Desta maneira, durante a análise destes dados, percebe-se que dois

terços dos profissionais entrevistados afirmaram trabalhar ou já terem

trabalhado em setores de cuidados críticos da instituição.

Assim, pode-se afirmar que apesar de muito destes funcionários

atualmente estarem trabalhando em setores de cuidados clínicos, como clínica

médica e maternidade, através deste dado, pode-se afirmar que a rotatividade

dos funcionários entre os setores da instituição, pode ser considerada alta.

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Tabela 06: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente à

maior chance da PCR ocorrer em PS ou UTI – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Concordo plenamente 19 23,46

Concordo parcialmente 36 44,44

Não concordo, nem

discordo

07 08,64

Discordo parcialmente 07 08,64

Discordo plenamente 11 13,59

Não responderam 01 01,23

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Durante a aplicação do questionário, os entrevistados que escolhiam a

opção “concordo parcialmente” afirmavam que, embora a parada tenha sim

mais chances de ocorrer dentro do PS ou UTI’s, a mesma pode (mesmo com

menor frequência), ocorrer em outros setores hospitalares, confirmando a

justificativa deste trabalho para ampliar a pesquisa para os demais setores da

instituição.

Tabela 07: conhecimento da equipe de Enfermagem do hospital de coleta

referente à mudança nas diretrizes da American Heart Association (2015) –

2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Tenho conhecimento 39 48,14

Não tenho conhecimento 40 49,51

Não responderam 02 02,35

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Ao se perguntar se a equipe possuía conhecimento sobre a mudança

nas diretrizes da American Heart Association (2015) em relação à PCR,

49,51% das pessoas afirmaram que ainda não têm conhecimento sobre a

mesma, o que nos confirma a necessidade de educação continuada para esta

instituição, a fim de melhorar o conhecimento e atualizar a performance dos

profissionais, aumentando, assim, as chances de sobrevida da vítima.

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Entretanto, sabe-se que a atuação rápida e eficaz da equipe de

enfermagem e multidisciplinar é crucial para aumentar a sobrevida do paciente

e para reduzir os riscos de sequelas.

De acordo com Pereira et. al., (2015), “a importância do enfermeiro em

obter conhecimento sobre as modificações é essencial, pois faz parte

fundamental desta profissão prestar a melhor e mais atual assistência ao

paciente”.

“Os profissionais que integram a emergência de um

hospital necessitam de capacitação, para poderem, assim, desempenhar, de forma adequada, a assistência aos pacientes vítimas de qualquer situação de emergência e, principalmente, a equipe de enfermagem por estar mais próxima do paciente” (ARAÚJO et al., 2012, p. 73).

Desta maneira, trabalhar na área da saúde significa estar em constante

reciclagem e atualização, pois todos os dias a ciência evolui e traz consigo uma

nova maneira mais fácil e correta de trabalhar, tornando os cursos de

atualização e educação continuada cada vez mais necessárias.

Tabela 08: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente

à capacidade dos mesmos em desenvolver suporte básico de vida (SBV) e

auxiliar no suporte avançado de vida (SAV) na vítima de parada – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Concordo plenamente 32 39,52

Concordo parcialmente 35 43,22

Não concordo, nem discordo 05 6,17

Discordo parcialmente 02 2,46

Discordo plenamente 02 2,46

Não responderam 05 6,17

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Ao indagar os indivíduos acerca desta questão, imaginava-se que um

número muito superior de funcionários responderiam que os mesmos

acreditam que sua equipe têm conhecimento e capacidade para desenvolver

um bom SBV e auxiliar no SAV, caso necessário.

Entretanto, observa-se nesta questão, que apenas 39% das pessoas

entrevistadas acreditam plenamente que elas possuem capacidade para tal. E

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destas, 04 pessoas responderam discordar da afirmativa, mostrando que as

mesmas pessoas que trabalham dentro do hospital, relatam não possuir

capacidade para atuar no SBV – dentre elas, funcionários que atuam em UTI’s,

onde, por se tratar de unidade de cuidados críticos, a parada pode acontecer

com mais facilidade.

Na análise deste dado, percebe-se que há carência na confiança da

equipe para atuar nestas situações, o que pode prejudicar de maneira

irreversível, no bom atendimento à vitima.

Em contrapartida, também pode-se afirmar que, de nada adianta o

suporte básico de vida ser eficaz, se o suporte avançado de vida não for

eficiente.

Assim, novamente afirma-se a necessidade de cursos de atualização e

educação continuada, uma vez que a equipe de Enfermagem desta instituição

confessou a carência de capacidade e segurança necessárias para

desenvolver suporte básico de vida adequado e de qualidade e auxílio no

suporte avançado de vida à vítima parada.

Tabela 09: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente

aos fatores que interferem em adequado SBV e auxílio no SAV na vítima de

parada – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Insegurança 19 23,45

Falta de habilidade técnica 30 37,03

Déficit de conhecimento 32 39,50

Inexperiência 22 27,16

Outra 06 07,40

Não responderam 04 04,93

Total 81 139,47

Fonte: As autoras.

Nesta questão, havia a possibilidade de responder-se mais de uma

alternativa, mostrando assim, o resultado de 139 respostas para esta pergunta,

onde na verdade, haviam 81 entrevistados.

Para dar continuidade à análise do conhecimento da equipe de

Enfermagem, foi elaborado também, 08 perguntas sobre o conhecimento dos

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mesmos frente à parada. O resultado do questionário será elencado através

das tabelas a seguir.

Tabela 10: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente à

frequência das compressões na atual diretriz ser de 100 a 120/min e a

profundidade das compressões torácicas em adultos é de até 5 cm. – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 56 69,14

Falso 20 24,69

Não responderam 05 06,17

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Observa-se que 69% das pessoas afirmaram que a frequência das

compressões na atual diretriz é de 100 a 120/min e a profundidade das

compressões torácicas em adultos é de até 5 cm. Porém, esta resposta está

incorreta, uma vez que a profundidade das compressões torácicas em adultos

é de até 6 cm, mantendo a massagem mais profunda e eficaz. Enquanto 05

entrevistados não souberam responder, demonstrando déficit no conhecimento

frente uma parada, caso fosse necessário realizar a RCP em alguém.

Tabela 11: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente ao

atendimento à vítima de PCR, usando a ordem na prestação de Socorro: A

(abertura das vias aéreas), B (Breathing = respiração), C (circulação) – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 47 58,02

Falso 33 40,75

Não responderam 01 01,23

Total 81 100

Fonte: As autoras.

As diretrizes da AHA (2010) para RCP recomendaram uma alteração na

sequência de procedimentos de SBV de A-B-C para C-A-B

(compressões torácicas, abertura das vias aéreas e respiração).

Essa alteração fundamental na sequência de RCP e auxiliou muito para

que o atendimento fosse mais eficaz e aumentasse a sobrevida dos pacientes.

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Entretanto, 58% dos entrevistados afirmaram que a sentença é verdadeira,

porém, a resposta correta é “falsa”.

A diretriz da AHA nos indica que o correto é realizar a RCP na ordem C-

A-B, onde é enfatizado as compressões torácicas, uma vez que na sequência

A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto o a

equipe abre a via aérea do paciente, ou reúne e monta equipamentos de

ventilação.

Com a recomendação da AHA de 2015 de realizar a alteração para

sequência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas

precocemente e o atraso na ventilação será mínimo, enfatizando e iniciando a

massagem para circulação com mais rapidez.

Além disso, de acordo com a AHA (2015), “caso necessário e presente

somente um único socorrista, este pode iniciar a RCP sozinho até a chegada

de outro socorrista ou equipe para realizar a reanimação de forma adequada,

sem prejudicar a sobrevida do paciente”.

Tabela 12: opinião da equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente ao

uso da vasopressina continuar ser mantida na RCP em adultos. – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 35 43,21

Falso 40 49,39

Não responderam 06 07,40

Total 81 100

Fonte: As autoras.

A AHA (2015) indica que o uso combinado de vasopressina e epinefrina

não oferece vantagem em comparação ao uso padrão de epinefrina, ou em uso

isolado durante a PCR. Deste modo, para simplificar as manobras de

reanimação cardiopulmonar, esta droga foi removida na atualização de 2015.

Tabela 13: conduta da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta referente

ao caso clínico abaixo – 2016.

“M.S.V, 58 anos, hipertensa, diabética, portadora de Insuficiência renal Crônica, 1.65m, 85 kg, apresenta-se internada na clínica médica do Hospital Santa Margarida há 3 dias em tratamento de pneumonia. Apresenta no momento os seguintes parâmetros: PA: 200/130mmHg, Sat. O2: 94%, glicemia capilar 558 mg/Dl, Tº: 38,5 °C e precordialgia intensa com posterior PCR”.

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Conduta Número de Profissionais % de Profissionais

Controle da glicemia capilar e posterior RCP;

07 06,64

Utilização do DEA de imediato, apenas.

02 02,41

RCP com massagem cardíaca até chegada do carrinho de emergência;

44 54,22

Encaminhar para UTI para reversão da PCR.

24 29,32

N.D.A. 03 03,59

Não responderam 04 03,82

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Através da análise desta questão que percebeu-se que apenas 44 das

81 pessoas responderam corretamente. É preocupante saber que 24 destes

entrevistados, ao se depararem com uma PCR encaminhariam o paciente para

a UTI.

Gonzales (2013) afirma que “a cada um minuto que uma vítima de PCR

não recebe RCP, ela perde de 7 a 10% de chance de sobreviver”. Assim, o

paciente que aguardaria transferência para UTI ou controle glicêmico para

realizar a reversão da parada, teria, fatalmente, o óbito declarado em minutos.

Tabela 14: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta em utilizar

na parada uma dose de vasopressina EV/IO, que substitui a primeira ou a

segunda dose de epinefrina no tratamento da PCR – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 49 60,50

Falso 26 32,10

Não responderam 06 07,40

Total 81 100

Fonte: As autoras.

Durante a aplicação do questionário, percebeu-se que esta foi a questão

que causou mais dúvidas nos entrevistados. Várias pessoas afirmaram que

não sabiam a resposta correta e julgaram esta afirmativa como uma conduta

médica, logo, os mesmos “não tinham a necessidade de saber”.

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De acordo com Ferreira et. al., (2014), mesmo que não prescreva

medicamentos que estão fora dos protocolos do Ministério da Saúde, a

administração de medicamentos é um processo que envolve a segurança do

paciente, sendo de responsabilidade do profissional de enfermagem, sendo

sim, necessário saber sua posologia, indicação, via de administração, dentre

tantas outras coisas antes de administrar, a fim de prevenir iatrogenia nestes

pacientes.

Segundo as diretrizes de 2010 da American Heath Association, utilizava-

se uma dose de 40 unidades EV ou IO de vasopressina. Esta, substituía a

primeira ou segunda dose de epinefrina no tratamento da PCR.

Porém, é sabido que a atual diretriz nos indica que o uso combinado de

vasopressina e epinefrina não oferece nenhuma vantagem em comparação ao

uso padrão de epinefrina, ou em uso isolado durante a PCR. Deste modo, para

simplificar as manobras de reanimação cardiopulmonar, esta droga foi

removida na atualização de 2015. Assim, 49 dos 81 participantes erraram na

escolha da resposta.

Tabela 15: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta em não

permitir o retorno total do tórax a cada compressão, durante a RCP – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 32 39,50

Falso 45 55,55

Não responderam 04 04,95

Total 81 100

Fonte: As autoras.

A AHA (2015) afirma que o socorrista deve evitar apoiar-se sobre o tórax

entre as compressões, para permitir o retorno total da parede do tórax em

adultos com PCR, visto que o retorno da parede do tórax cria uma pressão

intratorácica negativa relativa.

É esta pressão que promove o retorno venoso e o fluxo sanguíneo

cardiopulmonar. Não permitir que o tórax retorne, influencia em uma RCP

deficiente e com maior chance de insucesso.

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Tabela 16: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta sobre uso

do desfibrilador automático externo (DEA) disponível em uma parada – 2016.

Número de Profissionais % de Profissionais

Utilizar o DEA de imediato 30 37,04

Realizar compressões torácicas por

10 minutos e só depois usar o DEA

36 44,44

Somente utilizar as compressões 14 17,29

Não responderam 01 01,23

Total 81 100

Fonte: As autoras.

No que diz respeito a esta questão, as diretrizes da AHA (2015) afirmam

que deve-se usar o DEA de imediato para maximizar as chances de tirar a

vítima da parada. Se o DEA não estiver disponível, realizar massagem

enquanto o providencia, pois este equipamento indicará se a modalidade de

parada que a vítima tem é chocável ou não.

É importante lembrar que chocar pacientes que apresentam

modalidades não chocáveis pode provocar uma desorganização na atividade

elétrica que o coração apresenta. Assim, ao invés de atirar o paciente da

parada, a equipe teria outro problema a ser resolvido.

Tabela 17: opinião da Equipe de Enfermagem do hospital de coleta sobre

administrar 01 ventilação a cada 6 segundos, enquanto são aplicadas

compressões torácicas contínuas.

Número de Profissionais % de Profissionais

Verdadeiro 54 66,66

Falso 24 29,63

Sem resposta 03 03,71

Total 81 100

Fonte: As autoras.

É sabido que, além das compressões torácicas, a ventilação também é

de extrema importância para a reanimação do paciente. Sendo assim

perguntou-se se era verdadeiro ou falso que durante a RCP com via aérea

avançada, o correto é administrar 01 ventilação a cada 6 segundos, pois antes

das novas diretrizes da AHA, a ventilação era de 6-8 segundos.

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Entretanto agora recomenda-se que seja realizada somente a cada 6

segundos, totalizando 10 ventilações por minuto. Essa nova técnica é simples,

fácil de aprender, memorizar e realizar, facilitando o trabalho da equipe de

enfermagem ao atender a vítima parada.

1.4 Parecer final

Este estudo apresentou dados referentes às atualizações da American

Heart Association frente às diretrizes propostas para o atendimento à vítima de

parada cardiorrespiratória. Este trabalho buscou também levantar dados a

respeito do conhecimento da equipe de Enfermagem atuante em um hospital

no interior do estado de São Paulo. Foi realizado uma pesquisa através de um

questionário que abordavam temas referentes à questões pessoais e de

conhecimento dos funcionários daquela instituição.

Com isto, foi demonstrado o conhecimento dos mesmos frente ao tema,

abordando análise dos dados, de forma comparativa com as respostas

corretas. O resultado foi bastante assustador, pois, demonstrou que o

conhecimento da equipe de Enfermagem da Instituição em questão encontra-

se bastante deficiente, indicando a necessidade de educação continuada para

todos funcionários que lidam com atendimento ao paciente.

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PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

Mediante a análise dos resultados obtidos na pesquisa, pode-se

constatar que ainda há uma carência muito grande no conhecimento da equipe

de Enfermagem deste hospital, em relação aos cuidados ao paciente parado.

Atualmente, apesar de haver a disponibilidade de educação continuada

sobre este tema nesta instituição, ainda é necessário que haja incentivo e

interesse para que a equipe participe mais ativamente destas atividades.

Sabemos que nenhum profissional deve permanecer desatualizado

quanto à sua área de atuação, em especial quando se trata da área de saúde,

onde a vida de outras pessoas estão envolvidas.

Por isso, julgamos indispensável que todo profissional realize

constantemente cursos de capacitação e de educação continuada para que

não presenciamos erros tão pequenos, mas que podem custar a vida de um

inocente.

Notamos também que a carência no conhecimento sobre parada

cardiorrespiratória envolve também os enfermeiros, que são peças

fundamentais para a busca e aplicação de educação continuada e atualizações

para a equipe.

Sendo assim, propomos incentivar os enfermeiros a estimular que sua

equipe seja mais participativa no que se refere à palestras e cursos de

atualização.

Além disso, será oferecido orientações acerca desta mudança para os

participantes da pesquisa através de um pôster que será posteriormente

confeccionado, discutindo nos setores as dificuldades detectadas por cada um

a respeito da atuação dos mesmo na PCR e RCP.

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CONCLUSÃO

O hospital de coleta dos dados desenvolve um papel muito importante

no interior paulista, pois é referência de cuidados para muitos municípios ao

redor da cidade em que ele se situa. É nele também, que são desenvolvidos

atendimentos de emergência todos os dias, mesmo em pacientes que possuem

plano de saúde, trazidos pelo resgate ou corpo de bombeiros, diante de uma

situação grave ou que envolva risco de morte, como a parada.

A American Heart Association desenvolve a cada cinco anos,

atualizações das diretrizes para o atendimento à vítima parada, na tentativa de

aumentar as chances de sobrevida deste paciente, tornando necessária a

constante atualização dos profissionais acerca deste tema.

A partir da questão: “os enfermeiros estão capacitados para atender um

paciente vítima de PCR dentro das novas diretrizes da AHA de 2015?”

levantada neste trabalho, levantou-se a hipótese de que esperava-se que os

enfermeiros estariam aptos a atender o paciente vítima de parada, entretanto,

acreditava-se que por ser uma mudança recente, os mesmos terão pouco

conhecimento sobre as novas diretrizes da AHA, uma vez que de acordo com

Pereira, Pinheiro et al (2015) em estudo similar, 51% dos enfermeiros

admitiram não ter conhecimento sobre as modificações da AHA 2010.

Com os resultados obtidos após análise dos dados, foi observado que,

de modo geral, vários profissionais possuíam um conhecimento regular sobre o

tema, de acordo com as diretrizes da AHA (2010), entretanto, grande parte da

equipe possuem conhecimento insuficiente sobre as atualizações de 2015,

principalmente no que diz respeito à RCP e farmacologia utilizada no

atendimento à vítima, comprovando nossa hipótese.

Assim, o desenvolvimento de atividades que proporcionem maior

conhecimento aos funcionários desta instituição torna-se de extrema

necessidade, uma vez que a pesquisa mostrou carência deste conhecimento

em muitos dos funcionários entrevistados.

Enfim, espera-se que futuramente este estudo possa contribuir para a

melhoria do conhecimento dos profissionais envolvidos para que os mesmos

busquem sempre o interesse pela atualização e educação continuada,

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atendendo os pacientes com conhecimento e capacidade necessárias para

prestar uma assistência digna e livre de erros e complicações ao paciente.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (T.C.L.E)

Eu ......................................................................................................................... ,

portador do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos,

residindo na ...................................................................................................................................

após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA,

devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Elizângela de Paula Paulino, Jéssica

Patrícia Vieira e Rosalina Rodrigues, apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem

realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.

Concordo também com o uso científico e didático dos dados, preservando a minha

identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo

trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional e

que a qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Lins, ............. de ............... de 20.....

.............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Fabiana Ap. Monção Fidelis - Pesquisador Responsável

Endereço: Dom Pedro II, 860

Telefone: (14) 3554-1298

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APÊNDICE B – Carta de Informação ao Participante

CARTA DE INFORMAÇÃO

“AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARADA E REANIMAÇÃO

CARDIOPULMONAR DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ATUANTE EM UM HOSPITAL DO

INTERIOR PAULISTA”

OBJETIVO GERAL Avaliar o conhecimento do profissional enfermeiro sobre a atuação na parada e reanimação

cardiorrespiratória mediante as novas diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Oferecer orientações acerca desta mudança para os participantes da pesquisa através de pôster

que será posteriormente confeccionado;

Discutir as dificuldades detectadas de atuação dos enfermeiros nos aspectos de parada

cardiorrespiratória (PCR) e reanimação cardiopulmonar (RCP) mediante o referencial teórico

disponível.

PROCEDIMENTOS

Após leitura desta carta de informação ao participante e assinatura do Termo de consentimento

livre e esclarecido, será realizada uma pesquisa de campo através de um questionário elaborado

pelos pesquisadores. O recrutamento será feito diretamente com os entrevistados durante seus

expedientes no próprio local de pesquisa.

Por se tratar de um questionário de avaliação de conhecimento, os pesquisados não terão acesso a nenhum método de consulta, como material impresso ou pesquisa via internet. Após a análise dos dados, será confeccionado um banner com as mudanças da RCP em adultos e realizada uma palestra informativa sobre o assunto para os participantes da pesquisa.

Os critérios de inclusão deste estudo serão todos enfermeiros e técnicos que trabalhem no local

da pesquisa e que aceitem participar deste estudo mediante a assinatura do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

O questionário foi elaborado pelos autores e após ser submetido na plataforma Brasil, será

entregue para os pesquisados durante o expediente, dentro do local de trabalho dos mesmos e

aplicados de forma individual, sigilosa e anônima.

Por se tratar de um questionário de avaliação de conhecimento, os pesquisados não terão acesso

a nenhum método de consulta, como material impresso ou pesquisa via internet.

RISCOS E BENEFÍCIOS

O pesquisado poderá se sentir constrangido caso responda o questionário de forma incorreta.

Para minimizar este risco, o questionário será respondido de forma individual e sigilosa, garantindo o

anonimato das respostas.

Os benefícios serão que os pesquisados terão maior conhecimento a respeito das novas diretrizes da AHA

2015 referentes à PCR e as vítimas de parada terão atendimento atualizado e de qualidade.

Por estarem entendidos, assinam o presente termo.

Lins, ...............de ................................. de 20...........

.............................................................

………………………………………

Participante da Pesquisa Fabiana Ap. Monção Fidelis - Pesquisador Responsável

Endereço: Dom Pedro II, 860- Telefone: (14) 3554-1298

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APÊNDICE C – Questionário Para Pesquisa de Campo

Questionário para pesquisa de Campo – TCC

“Avaliação do conhecimento sobre parada e reanimação cardiopulmonar da equipe de

enfermagem atuante em um hospital do interior paulista”.

1 – Qual é sua área de atuação?

( ) Enfermeiro

( ) Técnico em enfermagem

2- Qual é seu setor de atuação?

( ) Pronto socorro;

( ) UTI adulto

( ) UTI neonatal

( ) Pediatria

( ) Maternidade

( ) Clínica médica

( ) Centro cirúrgico

3 - Qual é seu tempo de formação?

(A) Até 05 anos;

(B) 6 a 10 anos;

(C) 11 a 15 anos;

(D) 16 a 20 anos;

(E) Mais de 20 anos.

4 - Você acredita que maior tempo de formação acadêmica propicia ao enfermeiro maior

habilidade frente a um episódio de PCR?

(A) Sim (B) Não

5 – Você trabalha ou trabalhou nos setores Pronto Socorro e/ou UTI?

(A) Sim (B) Não

6 – Com relação aos campos hospitalares, a PCR tem mais chances de ocorrer dentro

dos setores citados acima.

(A) Concordo plenamente.

(B) Concordo parcialmente.

(C) Não concordo, nem discordo

(D) Discordo parcialmente.

(E) Discordo plenamente.

7 – Você tem conhecimento sobre a mudança das diretrizes da American Heart

Association (AHA) 2015 em relação à PCR?

(A) Sim. (B) Não.

8 – A frequência das compressões na atual diretriz é de 100-120/min e a profundidade

das compressões torácicas em adultos é de até 5 cm.

(A) Verdadeiro. (B) Falso

9 – Em relação ao atendimento à vítima de PCR, devemos usar a seguinte ordem na

prestação de socorro: A (abertura das vias aéreas), B (Breathing = Respiração) e C

(circulação).

(A) Verdadeiro. (B) Falso

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10 – A vasopressina continua mantida na RCP em adultos.

(A) Verdadeiro. (B) Falso.

11 – M.S.V, 58 anos, hipertensa, diabética, portadora de Insuficiência renal Crônica,

1.65m, 85 kg, apresenta-se internada na clínica médica do Hospital Santa Margarida há 3

dias em tratamento de pneumonia. Apresenta no momento os seguintes parâmetros: PA:

200/130mmHg, Sat O2: 94%, glicemia capilar 558 mg/Dl, Tº: 38,5 °C e precordialgia

intensa com posterior PCR. Qual abordagem deverá ser realizada com esta paciente?

(A) Controle da glicemia capilar e posterior RCP;

(B) Utilização do DEA de imediato, apenas.

(C) RCP com massagem cardíaca até chegada do carrinho de emergência;

(D) Encaminhar para UTI para reversão da PCR.

(E) N.D.A.

12 – Acredito que a equipe de enfermagem possui capacidade suficiente para

desenvolverem o suporte básico de vida (SBV) e auxiliar no suporte avançado de vida

(SAV) na vítima de parada.

(A) Concordo plenamente.

(B) Concordo parcialmente.

(C) Não concordo, nem discordo.

(D) Discordo parcialmente.

(E) Discordo plenamente.

13 – Sobre os fármacos administrados na PCR, utiliza-se uma dose de vasopressina

EV/IO, que substitui a primeira ou segunda dose de epinefrina no tratamento da PCR.

(A) Verdadeiro. (B) Falso.

14 – Em sua opinião, quais são os fatores que interferem o profissional de

enfermagem a desenvolverem bom SBV e auxílio no SAV?

(A) Insegurança.

(B) Falta de habilidades técnicas.

(C) Déficit de conhecimento.

(D) Inexperiência.

(E) Outra.

15 - Durante o atendimento à vítima, o correto durante a RCP é não permitir o retorno

total do tórax a cada compressão.

(A) Verdadeiro. (B) Falso.

16 - Em PCR de adultos, quando há um desfibrilador automático externo (DEA)

disponível, deve-se:

(A) Usar o DEA de imediato.

(B) Realizar compressões torácicas por 10 minutos e só depois usar o DEA.

(C) Somente utilizar as compressões.

17 - Na ventilação durante a RCP com via aérea avançada, o profissional pode

administrar 01 ventilação a cada 6 segundos, enquanto são aplicadas compressões

torácicas contínuas.

(A) Verdadeiro. (B) Falso

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ANEXOS

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ANEXO A – Parecer consubstanciado do CEP

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