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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos fornecedores Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, 19-20 de maio de 2011 309 Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos fornecedores Heryck Leonardo Resende Paranhos Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais [email protected] Adriane Maria Arantes de Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais [email protected] BIOGRAFIAS Heryck Leonardo de Resende Paranhos Bacharel em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil. Gerente Executivo do Grupo Paranhos, empresa distribuidora na linha de produtos Hospitalares e Laboratoriais. Adriane Maria Arantes de Carvalho Professora Adjunta do Instituto de Ciências Exatas e Informática e do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC Minas, Brasil. Doutora em Ciência da Informação. RESUMO Este artigo aborda a avaliação de portais de compras governamentais centrada na perspectiva dos fornecedores, um dos principais grupos de usuários desses portais. A instituição do Pregão Eletrônico, uma modalidade de licitação que acontece mediada pela tecnologia da informação, visa aumentar a quantidade de participantes, baratear e dar maior transparência ao processo licitatório. Foram selecionados para análise os portais de compras do Governo Federal Brasileiro Comprasnet - e do Estado de Minas Gerais ComprasMG. A análise concentrou-se em três categorias analíticas: conteúdo, usabilidade e funcionalidade. A pesquisa foi realizada por meio de questionários enviados a fornecedores da linha de reagentes químicos e laboratoriais no ramo de negócios da saúde, em 2009. Os resultados apresentados apontam para a constatação de que, embora as condições técnicas necessárias para o fornecimento de informações e de serviços nos portais encontrem-se presentes, há a necessidade de definição de ações de informação que orientem seus usuários com relação ao uso dos recursos disponíveis. Palavras-chaves Compras públicas, governo eletrônico, pregão eletrônico, licitação, assimetria de informação. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, a administração pública brasileira vem passando por um processo de modernização tecnológica e administrativa, buscando superar o modelo burocrático e compatibilizar os conceitos de eficiência e de equidade social. O processo de modernização da máquina administrativa brasileira tem utilizado a informação e a tecnologia da informação para propiciar maior dinamicidade e eficiência às atividades governamentais, principalmente com a informatização das operações e serviços internos e pela comunicação com o público externo: cidadãos, fornecedores, empresas ou outros setores do governo e da sociedade. Para Pinho (2008), por meio da construção de portais governamentais “os governos mostram sua identidade, seus propósitos, suas realizações, possibilitam a concentração e a disponibilização de serviços e informações, o que facilita a realização de negócios e o acesso à identificação das necessidades dos cidadãos” (Pinho, 2008, p.473). Desta maneira, efetivam-se formas diferenciadas de relacionamento com diversos atores: business-to-government; government-to- business; government-to-citizen; citizen-to-government; government-to-government (Lehfeld,2002). Este artigo faz uma análise da avaliação de dois portais de compras governamentais um do governo federal e outro de um governo estadual sob a perspectiva dos fornecedores. Entende-se que os fornecedores compõem um dos principais grupos de usuários externos desses portais e a interação é fundamental para o relacionamento government-to-business, apesar desta ainda ser pouco estudada sob esta perspectiva. A análise de aspectos da relação government-to-citizen têm recebido significativos estudos (Akutsu e Pinho, 2002, Pinho, 2008, Ruediger,2002). O objetivo do artigo é verificar como os portais são avaliados por um grupo de fornecedores a partir de três categorias analíticas: conteúdo, usabilidade e funcionalidade.

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Este artigo aborda a avaliação de portais de compras governamentais centrada na perspectiva dos fornecedores, um dos principais grupos de usuários desses portais. A instituição do Pregão Eletrônico, uma modalidade de licitação que acontece mediada pela tecnologia da informação, visa aumentar a quantidade de participantes, baratear e dar maior transparência ao processo licitatório. Foram selecionados para análise os portais de compras do Governo Federal Brasileiro – Comprasnet - e do Estado de Minas Gerais – ComprasMG. A análise concentrou-se em três categorias analíticas: conteúdo, usabilidade e funcionalidade. A pesquisa foi realizada por meio de questionários enviados a fornecedores da linha de reagentes químicos e laboratoriais no ramo de negócios da saúde, em 2009. Os resultados apresentados apontam para a constatação de que, embora as condições técnicas necessárias para o fornecimento de informações e de serviços nos portais encontrem-se presentes, há a necessidade de definição de ações de informação que orientem seus usuários com relação ao uso dos recursos disponíveis.

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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos

fornecedores

Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, 19-20 de maio de 2011 309

Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos fornecedores

Heryck Leonardo Resende Paranhos

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

[email protected]

Adriane Maria Arantes de Carvalho

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

[email protected]

BIOGRAFIAS

Heryck Leonardo de Resende Paranhos – Bacharel em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais, Brasil. Gerente Executivo do Grupo Paranhos, empresa distribuidora na linha de produtos Hospitalares e

Laboratoriais.

Adriane Maria Arantes de Carvalho – Professora Adjunta do Instituto de Ciências Exatas e Informática e do Instituto de

Ciências Econômicas e Gerenciais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas, Brasil. Doutora em

Ciência da Informação.

RESUMO

Este artigo aborda a avaliação de portais de compras governamentais centrada na perspectiva dos fornecedores, um dos

principais grupos de usuários desses portais. A instituição do Pregão Eletrônico, uma modalidade de licitação que acontece

mediada pela tecnologia da informação, visa aumentar a quantidade de participantes, baratear e dar maior transparência ao

processo licitatório. Foram selecionados para análise os portais de compras do Governo Federal Brasileiro – Comprasnet - e

do Estado de Minas Gerais – ComprasMG. A análise concentrou-se em três categorias analíticas: conteúdo, usabilidade e

funcionalidade. A pesquisa foi realizada por meio de questionários enviados a fornecedores da linha de reagentes químicos e

laboratoriais no ramo de negócios da saúde, em 2009. Os resultados apresentados apontam para a constatação de que,

embora as condições técnicas necessárias para o fornecimento de informações e de serviços nos portais encontrem-se

presentes, há a necessidade de definição de ações de informação que orientem seus usuários com relação ao uso dos recursos

disponíveis.

Palavras-chaves

Compras públicas, governo eletrônico, pregão eletrônico, licitação, assimetria de informação.

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a administração pública brasileira vem passando por um processo de modernização tecnológica e

administrativa, buscando superar o modelo burocrático e compatibilizar os conceitos de eficiência e de equidade social. O

processo de modernização da máquina administrativa brasileira tem utilizado a informação e a tecnologia da informação para

propiciar maior dinamicidade e eficiência às atividades governamentais, principalmente com a informatização das operações

e serviços internos e pela comunicação com o público externo: cidadãos, fornecedores, empresas ou outros setores do

governo e da sociedade. Para Pinho (2008), por meio da construção de portais governamentais “os governos mostram sua

identidade, seus propósitos, suas realizações, possibilitam a concentração e a disponibilização de serviços e informações, o

que facilita a realização de negócios e o acesso à identificação das necessidades dos cidadãos” (Pinho, 2008, p.473). Desta

maneira, efetivam-se formas diferenciadas de relacionamento com diversos atores: business-to-government; government-to-

business; government-to-citizen; citizen-to-government; government-to-government (Lehfeld,2002).

Este artigo faz uma análise da avaliação de dois portais de compras governamentais – um do governo federal e outro de um

governo estadual – sob a perspectiva dos fornecedores. Entende-se que os fornecedores compõem um dos principais grupos

de usuários externos desses portais e a interação é fundamental para o relacionamento government-to-business, apesar desta

ainda ser pouco estudada sob esta perspectiva. A análise de aspectos da relação government-to-citizen têm recebido

significativos estudos (Akutsu e Pinho, 2002, Pinho, 2008, Ruediger,2002). O objetivo do artigo é verificar como os portais

são avaliados por um grupo de fornecedores a partir de três categorias analíticas: conteúdo, usabilidade e funcionalidade.

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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos

fornecedores

Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, 19-20 de maio de 2011 310

O PREGÃO ELETRÔNICO NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS DE GOVERNO ELETRÔNICO

O Estado apresenta-se como o principal agente indutor de ações estratégicas rumo à sociedade da informação, pois tem a

responsabilidade de estabelecer as regras do setor governamental e pode utilizar a tecnologia da informação para buscar

maior eficiência e transparência em suas ações. Ao tratar da questão da gestão da informação na esfera pública, cabe destacar

tanto os aspectos técnicos quanto os aspectos políticos. Ao abordar a relação government-to-citizen, Pinho(2008) enfatiza

que mesmo que a disponibilização de produtos e serviços ao cidadão represente um posicionamento ideológico, ele pode ser

ampliado “no sentido de maior transparência, o que significa informações de mais qualidade e conteúdo, referentes a

processos políticos” (p.3). A mesma consideração pode ser feita quanto o foco orienta-se para a relação government-to-

business, não apenas ao dar transparência pública ao que é contratado, mas também por evitar que surjam assimetrias de

informação entre os envolvidos. O governo eletrônico tem o potencial de promover boas práticas de governance e de

promover acesso democrático às informações (Ruediger, 2002).

Kerr Pinheiro (2001) destaca que a participação nessa sociedade está atrelada a dois fatores fundamentais: a possibilidade de

acesso (físico) à informação e acesso aos conteúdos informacionais. O primeiro fator depende da existência de uma infra-

estrutura de tecnologia de redes informacionais e de avanços na área de telecomunicações. O segundo, por sua vez, exige

uma nova formação educacional, que vá além da capacidade de domínio técnico, e que possibilite a transformação da

informação em conhecimento para seu uso de forma precisa e rápida.

Segundo Carvalho (2009), Harris utiliza o termo capacitação em informação para designar “a capacidade de uma

comunidade obter e usar a informação para desenvolvimento social e econômico” e argumenta que este se assemelha ao

conceito de inteligência social, usualmente utilizado para se referir a regiões, nações ou grupos de estados (p.62). A

capacitação em informação poderia ser entendida como: (i) o conhecimento da existência da informação; (ii) o acesso aos

recursos; e (iii) a exploração dos recursos.

Como enfatiza Pinto (2000), a implantação de sistemas de informação direcionados às áreas de compras na administração

pública cria oportunidades de maior transparência, participação e competição, além da disseminação de mecanismos de

controle gerenciais. A discussão sobre governo eletrônico remete-nos para a relação deste com o conceito de accountability.

Campos (1990) destaca a inexistência de uma tradução do termo para o português, sugerindo que isso talvez retrate a

ausência do conceito na relação existente entre os governantes e a sociedade. Para Akutsu et al (2002), o conceito de

accountability envolve dois componentes: a delegação de responsabilidade para a gestão dos recursos e a obrigação de prestar

contas da gestão dos mesmos. Para ser garantida, necessita do exercício da cidadania ativa, organizada, e construída a partir

da conscientização do direito de controle social sobre a administração pública e da criação de mecanismos de participação,

amplamente divulgados e acessíveis a todos. "Somente com accountability plena, ou seja, com informações públicas e

prestações de conta confiáveis por parte dos governantes, devidamente auditados pelos controles externo e interno dos órgãos

públicos, que os cidadãos podem participar ativamente das decisões públicas" (Akutsu et al, 2002, p.731). A prestação de

contas das ações dos gestores públicos, dando transparência à sua gestão, inclui a transparência nos processos de licitação.

Na área pública, para realizar a compra ou alienação de bens e a contratação de obras e serviços de qualquer natureza é

preciso realizar uma licitação. A licitação é um procedimento administrativo, um meio técnico legal, que visa garantir

princípios jurídicos e controladores dos atos do Estado (Costa, 2000). Busca atingir dois objetivos básicos: selecionar a

proposta mais vantajosa e propiciar oportunidades iguais aos que desejam contratar com a administração pública (Costa,

2000; Vasconcelos, 2005).

A exigência do processo licitatório está estabelecida no artigo 37 da Constituição Federal Brasileira. A Lei Nº 8.666, de 21 de

junho de 1003, chamada de Lei das Licitações, especifica as modalidades, procedimento e requisitos legais de compra e

venda por meio de licitações públicas.

Licitar significa permitir que a Administração contrate aqueles que reúnam as condições necessárias para o atendimento do

interesse público, levando em consideração aspectos relacionados à capacidade técnica e econômico-financeira do licitante, à

qualidade do produto e ao valor do objeto. A Lei das Licitações define como modalidades licitatórias: a concorrência, a

tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão.

Para Menezes, Silva e Linhares (2007), “o pregão representa um aperfeiçoamento no regime de licitações para a

Administração Pública” (p.13). Fortunato, Zapelini e Reina (2010) ressaltam que o pregão se constituiu como nova

modalidade de licitação, que pode ser utilizada na sua forma presencial e eletrônica. O pregão eletrônico foi instituído pela

Lei Federal nº 10.520 de 2001, que estabeleceu que para a realização do pregão poderiam ser utilizados recursos de

tecnologia da informação e, posteriormente, regulamentado pelo Decreto n. 5.450 de 2005 que disciplina a sua utilização por

todas as entidades pertencentes à Administração Federal direta ou indireta (Berloffa, 2007). Assim, têm o dever de licitar os

órgãos integrantes da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as

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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos

fornecedores

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sociedades da economia mista e demais entidades controladas direta e indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e

Municípios.

O pregão eletrônico é um dos modos de conduzir um certame no processo licitatório a partir de critérios definidos em lei e

circunscreve-se à aquisição de bens e serviços comuns por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação

(Carneiro e Pereira, 2005). Ressalta-se que sua aplicação restringe-se a bens e serviços com características de padronização

que possibilitem a comparação e julgamento das propostas com base exclusivamente no critério de melhor preço. Esta

restrição á variável preço pode inclusive representar uma subutilização de todo o seu potencial (Menezes et al, 2007).

Segundo Motta (2005), a adoção do pregão eletrônico pode ser justificada pelas características de simplicidade e modicidade

de custos, pela sua contribuição positiva para a adoção do princípio da eficiência na gestão fiscal, pelo decréscimo do uso das

figuras da dispensa e da inexigibilidade de licitação, além de contribuir para evitar a evasão dos órgãos e entidades públicas

do processo licitatório. Além das vantagens anteriormente citadas, pode-se acrescentar a minimização do tempo dispensado

aos certames em geral.

Fases da licitação no Pregão Eletrônico

O processo licitatório possui duas fases distintas: a interna e a externa.

Fase interna ou preparatória

A fase interna delimita e determina as condições do ato convocatório antes de trazê-las ao conhecimento público. Inicia-se

com o ato da autoridade competente, que justifica a necessidade de contratação do serviço ou aquisição do bem, define o

objeto a ser licitado com as exigências para a habilitação e prazos para o fornecimento.

Segundo Gasparini et al (2006), a fase preparatória condiciona todo o seu desenvolvimento, pois nela é que são decididos e

fixados os requisitos de participação, de qualificação técnica, de critérios de julgamento, dentre outros. Destacam-se as

atividades de elaboração do Edital, do Termo de Referência, que define o objeto e as características da contratação, e da

designação do pregoeiro (Berloffa, 2007).

Fase externa ou executória

A principal especificidade desta modalidade de licitação é uma inversão nas etapas da fase externa. Enquanto nas

modalidades tradicionais de licitação ocorre primeiro a habilitação das empresas licitantes e só depois ocorre o julgamento

das propostas, no Pregão Eletrônico o julgamento ocorre primeiro. Para Ferraz (2005), outras peculiaridades importantes são:

a substituição da comissão de licitação pelo pregoeiro, a possibilidade de reformulação de propostas comerciais pelos

licitantes após a abertura de propostas, a concentração dos recursos na etapa final do procedimento.

De forma sucinta, os passos da fase externa são:

a) Publicação do Edital

A convocação dos interessados é realizada por meio da publicação do Edital e de seu respectivo aviso. No aviso deve constar

o local, data e horário de realização da sessão pública, além da indicação de que o citado pregão será efetivo por meio

eletrônico (Fernandez, 2008). As cópias do edital e do respectivo aviso são colocadas à disposição de qualquer pessoa para

consulta e divulgadas na forma da legislação vigente.

b) Credenciamento das partes

Faz-se necessário o credenciamento no provedor do sistema eletrônico da autoridade competente do órgão promotor da

licitação, do pregoeiro, dos membros da equipe de apoio e dos licitantes que participarão do pregão (Berloffa, 2007).

Assim, o fornecedor interessado em participar do pregão eletrônico deve cadastrar-se no órgão realizador do certame e fazer

um pré-cadastro no próprio portal para adquirir uma chave de identificação e uma senha, que permitem o acesso à opção de

certificação da empresa. É também exigido ao fornecedor que declare que têm o pleno conhecimento e atende às exigências

de habilitação constantes do Edital, declaração esta feita em um campo próprio existente no sistema eletrônico (Fernandez,

2008). Após a confirmação da certificação, o fornecedor está habilitado a participar dos pregões referentes àquele órgão.

As demais partes envolvidas também recebem uma chave de identificação e de senha para acesso ao sistema eletrônico na

etapa de credenciamento. O pregoeiro é responsável pelos principais atos e decisões do certame.

c) Recebimento e Classificação das Propostas

O pregão eletrônico acontece virtualmente, por meio do portal, e as propostas são apresentadas pelos concorrentes, com a

descrição do objeto ofertado e o preço (Berloffa, 2007). Após o início da sessão pública é feita a divulgação das propostas de

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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos

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preços recebidas em conformidade com as especificação e condições de fornecimento especificadas no edital. A classificação

é o ato pelo qual se confrontam as ofertas, classificam-se as propostas e escolhe-se o vencedor. O pregoeiro é o responsável

pela abertura e exame das propostas iniciais de preços ofertadas pelos participantes, apresentadas por meio eletrônico. As

propostas que se encontrarem em desconformidade com o edital serão desclassificadas.

Os lances são realizados de forma sucessiva, decrescentes, obedecendo às regras e aos horários estipulados no edital

(Berloffa, 2007). Os valores dos lances a serem ofertados deverão ser inferiores ao último lance registrado no sistema. Os

licitantes são informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado que tenha sido apresentado pelos demais

licitantes, não sendo permitida, a identificação dos licitantes (Fernandez, 2008).

O pregão ocorre como um leilão, onde ganha o fornecedor que enviar o menor preço pela mercadoria ou serviço. Segundo

Menezes et al (2007), “o instrumento do Pregão Eletrônico implementa um mecanismo de leilão reverso baseado no atributo

preço, possibilitando a disputa por contratos, mediante a submissão de lances decrescentes, por fornecedores, através do

próprio site” (p.19). O encerramento desse sistema eletrônico é feito por meio de um aviso fechamento dos lances, tendo o

pregoeiro a possibilidade de encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta direta ao licitante com a finalidade de obter

um preço mais vantajoso para a Administração (Berloffa, 2007; Fernandez, 2008). Ao término dessa fase o pregoeiro anuncia

o licitante vencedor. A interposição de recursos ocorre por meio de formulários próprio disponíveis no sistema eletrônico.

d) Habilitação

Segundo Fernandez (2008), ao final de todas as etapas da sessão pública de lances, caberá ao licitante vencedor comprovar,

de imediato, sua regularidade para a habilitação, sendo essa regularidade feita por meio dos documentos de habilitação

exigidos pelo edital.

A habilitação tem como finalidade o exame de idoneidade jurídica, técnica e financeira da empresa que pretende prestar

serviços para a Administração Pública. Este ato, que é sempre público, caracteriza-se pelo exame da documentação requerida.

Caso o licitante não atenda às exigências das condições de habilitação, o pregoeiro passará para a oferta da próxima

classificada, e assim sucessivamente, até a aceitação de uma proposta que atenda às exigências do edital (Fernandez, 2008).

e) Adjudicação e Homologação

Adjucação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto de licitação para a subsequente efetivação do contrato. Definido o

vencedor, a Administração Pública procederá à homologação. Após a homologação, o licitante vencedor será convocado para

assinar o contrato ou a ata de registro de preços (Berloffa, 2007).

METODOLOGIA

A pesquisa é um estudo de casos múltiplos, de caráter exploratório, de dois portais de compras governamentais: um do

governo federal brasileiro e outro do governo do estado de Minas Gerais. A escolha pautou-se pela importância dos portais

no cenário da discussão de políticas de governo eletrônico.

Inicialmente foi realizado um levantamento de dados sobre o histórico dos portais e, durante os meses de setembro e outubro

de 2009, visita aos portais selecionados para identificação do conteúdo e dos recursos disponíveis para os fornecedores.

Ressalta-se que não foram investigados todos os conteúdos e recursos existentes nos portais, restringindo-se àqueles

relacionados ao objeto da pesquisa.

O Portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet)1 tem a atribuição de disponibilizar informações referentes às

licitações e contratações promovidas pelo Governo Federal, bem como permitir a realização de processos eletrônicos de

aquisição. Lançado em 1997 com a finalidade de publicar eletronicamente avisos, editais de licitação e resumos dos

contratos, com a instituição do pregão eletrônico, passou a ser usado para aquisições em tempo real. Em 2001, o governo

federal brasileiro inovou ao adotar um modelo de negócios em que compartilha com parceiros privados a gestão do portal2

(Fernandes, 2003). O portal foi desenvolvido para servir, simultaneamente, à sociedade, aos fornecedores e à administração

federal. Suas informações e serviços estão distribuídos em áreas de conteúdo específicas para cada público. Para os

fornecedores, além das informações disponíveis sobre as licitações e contratações, o portal coloca à disposição uma série de

1 www.comprasnet.gov.br

2 O consórcio responsável pelas suas operações é formado por uma empresa pública - o Serviço Federal de Processamento de

Dados (Serpro) e duas do setor privado: Unysis e Vesta Technologies (Fernandes, 2003).

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serviços, alguns deles gratuitos, outros disponíveis em pacotes fornecidos por assinaturas e outros faturados a cada acesso

(Fernandes, 2003).

O segundo portal escolhido é o Portal de Compras do Governo do Estado de Minas Gerais3 (ComprasMG), implantado em

2004. Todas as informações do processo de compras eletrônicas governamentais ficam disponíveis para consultas no portal,

que foi desenvolvido pela Empresa de Tecnologia de Informação do Estado de Minas Gerais (PRODEMGE), em parceria

com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MG).

Definição do universo e da amostra

O universo da pesquisa é constituído por fornecedores dos portais. A definição da amostra foi feita a partir da seleção dos

fornecedores que participam de Pregão Eletrônico que atuam no ramo da saúde como distribuidores de reagentes químicos e

laboratoriais. A identificação dos fornecedores feita diretamente no próprio portal doComprasMG e obtida junto a um órgão

de compras, no caso do Comprasnet. A seleção ocorreu entre agosto e setembro de 2009.

Elaboração do instrumento de coleta de dados

Para a coleta dos dados relativos à percepção dos fornecedores do portal foi elaborado um questionário e utilizada a escala

Likert, indicada para medir o nível de satisfação ou insatisfação. A escala possuía cinco níveis de resposta: de 1 a 54. Além

disso, foi acrescida uma indagação sobre o conhecimento ou não do item avaliado. Apesar do uso de escala, a pesquisa

pautou-se por uma abordagem qualitativa dos dados.

Na elaboração das questões foram consideradas três categorias: conteúdo, usabilidade e funcionalidade. Na categoria

Conteúdo foram relacionados as etapas do processo de pregão eletrônico e na de Funcionalidade foram utilizados os critérios

definidos na Norma ISO 9126 que conceitua funcionalidade como um conjunto de atributos de um produto de software que

permitem descrever e avaliar a sua qualidade. Utilizou-se o conceito de usabildiade de Nielsen e Loranger (2007) que

considera a usabilidade “um atributo de qualidade relacionado à facilidade do uso de algo” (p. XVI). Foram utilizadas duas

sub-categorias de usabilidade definidas por Nielsen (2003). O Quadro 1 relaciona as categorias e os itens analisados.

Categorias analíticas Itens

Conteúdo Publicação do edital

Credenciamento das partes

Recebimento e classificação das propostas

Habilitação

Adjudicação e Homologação

Usabilidade Apreensabilidade

Operacionalidade

Funcionalidade Interoperabilidade

Tabela 1. Categorias e itens de análise

Foram enviados questionários para quinze fornecedores do Comprasnet e quarenta e sete do ComprasMG. Foram devolvidos

doze questionários do Comprasnet e nove do ComprasMG. No total foram enviados 62 questionários aos fornecedores e

recebidos 21 no período compreendido entre setembro e outubro de 2009. Deve-se esclarecer que o envio dos questionários

foi acompanhado de contato telefônico. É importante também salientar que um fornecedor podia ser simultaneamente

fornecedor dos dois portais.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os resultados da pesquisa serão apresentados de forma sintética e consolidada. Deve-se destacar que a pesquisa foi realizada

junto a um grupo específico de fornecedores de reagentes químicos e laboratoriais e, portanto, os resultados obtidos não

3 www.compras.mg.gov.br

4 Os valores foram: 1 – ruim; 2 – fraca; 3- razoável; 4 – boa; e 5 – ótima.

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fornecedores

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podem ser entendidos como representativos do conjunto de fornecedores dos portais analisados. No entanto, são capazes

levantar alguns pontos interessantes para discussão.

Quanto ao Conteúdo

As informações relativas às atividades das etapas do processo do pregão eletrônico identificadas encontravam-se presentes

nos dois portais. Constatou-se que o conhecimento dos fornecedores sobre estas informações era desigual.

Com relação às informações sobre a etapa de Publicação foi possível observar que um fornecedor do Comprasnet

desconhecia alguns recursos que possibilitavam o recebimento de informações de editais e avisos em janelas pop-up. Nas

atividades de Credenciamento das partes, fornecedores do Comprasnet também relataram desconhecer a possibilidade de

cadastro de fornecedores e de usuários no portal. No entanto, para participar do Pregão Eletrônico é necessário um

credenciamento prévio, o que leva a sugerir que os usuários que assinalaram esta resposta devem ser novatos ou usuários com

pouca experiência. Esta dificuldade não foi relatada pelos fornecedores do ComprasMG.

Uma etapa fundamental do pregão é a de Recebimento e classificação das propostas. Fornecedores dos dois portais indicaram

desconhecimento da possiblidade de anexar proposta após o fim da discputa e de visualizar o nome dos fornecedores após o

fim da disputa. A concorrência e a disputa por preços constituem a lógica básica do pregão eletrônico. Quando fornecedores

afirmam desconhecer a possibilidade de conhecer as informações citadas, pode-se supor que as condições de competição

sejam desiguais por estarem associadas a assimetrias informacionais.

A etapa de Habilitação foi a que apresentou uma maior ocorrência de respondentes que afirmaram desconhecer informações

sobre algumas das atividades. Dentre elas destacam-se as de “Registrar recursos” e a de “Registrar contra razão”. Uma parte

das respostas pode ser explicada pelo fato de ser uma tarefa que não fica visível durante a fase de lances e sim quando o

processo do Pregão Eletrônico termina. Mesmo assim, constituem atividades fundamentais para garantir a lisura de um

processo licitatório. Outro aspecto interessante foi o questionamento feito em relação à atividade/ ferramenta de “chat”.

Especificamenteo no Comprasnet ela foi avaliada como “Ruim”, provavelmente porque só funciona quando a sessão de

lances se encerra, enquanto no ComprasMG pode ser acessada a qualquer momento tanto pelo pregoeiro quanto pelo

fornecedor.

A única etapa que não apresentou resposta com registro de desconhecimento da existência de informações foi a de

Adjudicação e Homologação.

Por outro lado, aqueles fornecedores que declararam conhecer as informações presentes no portal avaliaram de forma muito

positiva a informação disponibilizada nos dois portais. No Portal ComprasMG os fornecedores destacaram a qualidade das

infornações relativas à “Disponibilização do edital no portal”, reconhecendo-o como uma importante fonte de informações.

Na avaliação da etapa de Recebimento e Classificação das Propostas do Comprasnet ficou evidente a satisfação dos

fornecedores, especialmente para as atividades diretamente relacionadas ao pregão como o “cadastramento da proposta” e

“Sessão de lances”, onde a maioria respondeu como “Ótima”.

Na avaliação da etapa de Habilitação do Comprasnet, a maioria dos fornecedores optou por avaliar como “boa” a

disponibilização de informações sobre “Acompanhar aceitação/habilitação e Registrar recurso”. No entanto a atividade

“Analisar propostas dos fornecedores” mostrou uma divisão dos usuários entre aqueles que a avaliaram como “Ótima” e os

que a avaliaram como “Ruim”. No ComprasMG a avaliação ficou concentrada entre “Razoável” e “Boa”, indicando que para

esta etapa deve-se pensar em melhorar a forma de divulgação das informações das atividades.

Na etapa de Adjudicação e Homologação foi feita uma ótima avaliação das informações disponibilizadas nos dois portais. Os

fornecedores avaliaram a atividade “Disponibilizar Ata” como a melhor desse processo, mostrando que ao final do processo

licitatório conseguem acessar com facilidade a Ata que registra todas as informações sobre o andamento do processo, do

início ao fim.

Quanto à Usabilidade

A apreensabilidade refere-se à capacidade do portal de permitir ao usuário aprender com a aplicação ou tarefa (Nielsen,

2003). A maioria dos fornecedores do Comprasnet avaliou como razoável o fornecimento de instruções de uso. Manuais são

entendidos como instrumentos formais de comunicação e uma avaliação negativa indica uma necessidade do fornecedor de

estar mais bem informado sobre os recursos e informações existentes. Por sua vez, no ComprasMG verifica-se uma alta

satisfação dos fornecedores e pode-se supor que isto decorra parcialmente do fato do portal disponibilizar um manual

eletrônico que permite ao fornecedor escutar e visualizar as tarefas necessárias no portal, facilitando sua utilização.

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Paranhos et al. Avaliação de portais de compras brasileiros centrada na perspectiva dos

fornecedores

Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, 19-20 de maio de 2011 315

Para Nielsen (2003), a operacionalidade remete à capacidade do portal de permitir ao usuário sua operação e controle. Nos

dois portais a avaliação dos fornecedores foi boa, sinalizando que os recursos técnicos utilizados no portal são bem

conhecidos.

Quanto à Funcionalidade

A interoperabilidade diz respeito à existência de atributos no portal que evidenciem sua capacidade de interagir com sistemas

específicos. Neste aspecto o Comprasnet apresentou uma avaliação não favorável, pois a maioria dos fornecedores avaliou

como fracos os recursos associados ao “Mecanismo de busca” do portal. A mesma avaliação negativa foi obtida junto aos

fornecedores do ComprasMG. Deve-se enfatizar a importância da existência e do funcionamento de mecanismos de busca,

pois permitem ao usuário elaborar estratégias de busca para recuperar a informação desejada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os portais governamentais tornaram-se canais de acesso às informações e de realização de transações para os cidadãos,

fornecedores e diferentes públicos. Pinho (2008) destacou a importância de perceber o governo eletrônico não apenas pela

disponibilização de serviços online, mas principalmente pela possibilidade de propiciar interação e participação entre o

governo e a sociedade. Nesta pesquisa foi feita uma avaliação de dois portais de compras governamentais – Comprasnet e

ComprasMG - sob o ponto de vista das necessidades dos fornecedores da linha de reagente para laboratórios no ramo de

negócios da saúde. Nas três dimensões avaliadas surgiram críticas a aspectos diretamente ligados à obtenção e recuperação de

informações. Na categoria Conteúdo evidenciou-se o desconhecimento quanto à existência de algumas informações

fundamentais de um processo licitatório, tais como: receber informações de editais e avisos; anexar proposta após o fim da

discputa e visualizar o nome dos fornecedores após o fim da disputa; registrar recursos; e registrar contra razão. Mesmo

considerando-se a possibilidade da inexperiência de alguns fornecedores, um dos objetivos básicos da licitação é o de

fornecer oportunidades iguais aos que desejam contratar com a administração pública. Na medida em que o acesso ao portal é

viabilizado, talvez faltem mecanimos de comunicação que aproximem os seus usuários das informações. Um instrumento

tradicional de formalização de instruções, como o manual, aparece como problemático na categoria de usabilidade, assim

como a utilização de mecanismos de busca na categoria de funcionalidade.

Os resultados apresentados apontam para a constatação de que, embora as condições técnicas necessárias para o fornecimento

de informações e de serviços nos portais encontrem-se presentes, há a necessidade de definição de ações de informação que

orientem seus usuários com relação ao uso dos recursos disponíveis. Mais do que um esforço técnico, a preocupação com o

acesso às informações do processo licitatório e da tecnologia utilizada para mediá-lo, deveria pontuar a intenção de reduzir

uma possível assimetria informacional entre os fornecedores. A tecnologia do portal cria uma oportunidade de participação

em igualdade de condições a diferentes fornecedores, mas, por outro lado, percebe-se que o simples acesso e uso de alguns

recursos pode não ser suficiente. Como sugere Harris, citado por Carvalho (2009), para efetivamente garantir igualdade de

condições pode ser necessária uma capacitação em informação capaz de possibilitar o conhecimento da existência da

informação, assim como o acesso e a exploração dos recursos disponíveis nos portais.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos aqueles que responderam aos questionários da pesquisa e, desta maneira, possibilitaram a sua

realização.

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