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1 Avaliação da atenção farmacêutica através de prescrições de medicamentos em uma policlínica de manaus: um estudo de caso. Eligelson dos Santos Gualberto 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Atenção farmacêutica Faculdade FASAM Resumo O reconhecimento da importância do planejamento no serviço de saúde, em especial na Assistência Farmacêutica a partir da identificação dos principais problemas representou o ponto de partida para o diagnóstico situacional de uma Policlínica na cidade de Manaus. Nesta unidade de saúde são oferecidas diversas especialidades médicas. Objetivo: Descrever o diagnóstico situacional da Atenção Farmacêutica para resolução dos problemas gerados pela falta de capacitação e de funcionários fixos para trabalhar junto ao farmacêutico no serviço de farmácia de uma policlínica na cidade de Manaus. O serviço de Farmácia constitui um dos muitos serviços ofertados nesta unidade, onde são atendidos diariamente em torno de 200 usuários que vão em busca de medicamentos e orientações quanto ao Uso Racional de Medicamentos (URM). O efetivo reduzido de funcionários destinados a trabalharem na Farmácia compromete a qualidade dos serviços ofertados aos usuários que procuram esta unidade, bem como sobrecarga nos profissionais farmacêuticos que nela trabalham. Metodologia: Este trabalho consiste em um estudo descritivo, que segue uma abordagem qualitativa e adota como estratégia metodológica o estudo de caso. Conclusão: Permitiu a inserção do farmacêutico no contexto do serviço integral da unidade nas atividades realizadas pelo serviço de farmácia. Palavras-chave: Dispensação; SUS; Atenção farmacêutica. 1. Introdução O setor de saúde no Brasil vive hoje um momento peculiar. O Sistema Único de Saúde (SUS) constitui um moderno modelo de organização dos serviços de saúde que prioriza valorizar o nível municipal. Contudo apesar de seu alcance social, não tem sido possível implantá-lo da maneira desejada, em decorrência de sérias dificuldades relacionadas tanto ao seu financiamento quanto com a eficiência administrativa de sua operação (MALIK, 2014). Somado a isto estamos diante do novo cenário atual da Política Nacional de Medicamentos que tem como propósito garantir a segurança, a eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais, além da busca contínua da qualidade dos produtos e processos (BRASIL, 1998). A Política Nacional de Medicamentos (PNM), aprovada em 1998, definiu as funções e finalidades da Assistência Farmacêutica dentro do SUS como um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade, incluindo o abastecimento de medicamentos (seleção, programação e aquisição) com base na adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename); a conservação e o controle de qualidade; a 1 Pós Graduando em Atenção Farmacêutica pela Faculdade FASAM 2 Orientadora Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestranda em Bioética e Direito em Saúde

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Avaliação da atenção farmacêutica através de prescrições de

medicamentos em uma policlínica de manaus: um estudo de caso.

Eligelson dos Santos Gualberto1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Atenção farmacêutica – Faculdade FASAM

Resumo

O reconhecimento da importância do planejamento no serviço de saúde, em especial na

Assistência Farmacêutica a partir da identificação dos principais problemas representou o

ponto de partida para o diagnóstico situacional de uma Policlínica na cidade de Manaus.

Nesta unidade de saúde são oferecidas diversas especialidades médicas. Objetivo: Descrever

o diagnóstico situacional da Atenção Farmacêutica para resolução dos problemas gerados

pela falta de capacitação e de funcionários fixos para trabalhar junto ao farmacêutico no

serviço de farmácia de uma policlínica na cidade de Manaus. O serviço de Farmácia

constitui um dos muitos serviços ofertados nesta unidade, onde são atendidos diariamente em

torno de 200 usuários que vão em busca de medicamentos e orientações quanto ao Uso

Racional de Medicamentos (URM). O efetivo reduzido de funcionários destinados a

trabalharem na Farmácia compromete a qualidade dos serviços ofertados aos usuários que

procuram esta unidade, bem como sobrecarga nos profissionais farmacêuticos que nela

trabalham. Metodologia: Este trabalho consiste em um estudo descritivo, que segue uma

abordagem qualitativa e adota como estratégia metodológica o estudo de caso. Conclusão:

Permitiu a inserção do farmacêutico no contexto do serviço integral da unidade nas

atividades realizadas pelo serviço de farmácia.

Palavras-chave: Dispensação; SUS; Atenção farmacêutica.

1. Introdução

O setor de saúde no Brasil vive hoje um momento peculiar. O Sistema Único de Saúde (SUS)

constitui um moderno modelo de organização dos serviços de saúde que prioriza valorizar o

nível municipal. Contudo apesar de seu alcance social, não tem sido possível implantá-lo da

maneira desejada, em decorrência de sérias dificuldades relacionadas tanto ao seu

financiamento quanto com a eficiência administrativa de sua operação (MALIK, 2014).

Somado a isto estamos diante do novo cenário atual da Política Nacional de Medicamentos

que tem como propósito garantir a segurança, a eficácia e qualidade dos medicamentos, a

promoção do uso racional e o acesso da população aos medicamentos considerados

essenciais, além da busca contínua da qualidade dos produtos e processos (BRASIL, 1998). A Política Nacional de Medicamentos (PNM), aprovada em 1998, definiu as funções

e finalidades da Assistência Farmacêutica dentro do SUS como um grupo de

atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde

demandadas por uma comunidade, incluindo o abastecimento de medicamentos

(seleção, programação e aquisição) com base na adoção da Relação Nacional de

Medicamentos Essenciais (Rename); a conservação e o controle de qualidade; a

1 Pós Graduando em Atenção Farmacêutica pela Faculdade FASAM 2 Orientadora Fisioterapeuta Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestranda em Bioética e Direito em Saúde

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segurança e a eficácia terapêutica e o acompanhamento e avaliação da utilização

para assegurar o seu uso racional (BRASIL, 1998).

A importância da dispensação repousa, principalmente, no fato de ser o momento em que os

profissionais da farmácia interagem diretamente com o cliente externo - o paciente (MARIN

et al., 2003).

Vale ressaltar que para haver dispensação de medicamentos é necessária a prescrição médica,

a receita. Ela é a formalização do pedido do médico direcionada ao farmacêutico na

dispensação contendo orientações de uso ao paciente. Ás vezes é no ato da dispensação que

são identificados alguns erros tanto na prescrição quanto na dispensação. Neste momento há a

necessidade da presença do farmacêutico habilitado para colaborar e muito para a prevenção e

redução de erros beneficiando o paciente.

A Atenção farmacêutica surgiu com um conceito em 1993 com a Declaração de Tóquio de

prática profissional no qual o paciente é o beneficiário das ações do farmacêutico. Nesta

reunião de atitudes, funções, comportamentos e responsabilidades do farmacêutico na

prestação da farmacoterapia o foco é a vida do paciente. O farmacêutico e o paciente

assumem o compromisso de melhorar os resultados da farmacoterapia ao prevenir, detectar e

resolver os problemas de saúde relacionados com medicamentos, antes de aderirem às

estatísticas de mortalidade e morbidade.

Neste setor trabalham atualmente, quatro funcionários fixos, sendo dois farmacêuticos e dois

agentes administrativos. Em cada turno há um farmacêutico e um agente administrativo. O

serviço de farmácia funciona no turno matutino e vespertino. São atendidos diariamente em

torno de 200 usuários que vão em busca de medicamentos e orientações quanto ao Uso

Racional de Medicamentos (URM). Além dos usuários que são atendidos da policlínica

também são aviadas as prescrições de usuários oriundas de outras unidades, bem como o

atendimento de pacientes cadastrados em programas específicos da policlínica.

Os medicamentos disponibilizados são aqueles determinados pela REMUME (2012)

totalizando 90 princípios ativos. Com relação ao espaço físico, a farmácia ocupa uma área de

24 m², onde ocorre a dispensação de medicamentos acompanhadas de orientação farmacêutica

aos usuários com consultório farmacêutico. Esta nova conformação estrutural se deu pela

necessidade de modificar a visão do serviço farmacêutico como modelo curativo, centrado na

consulta médica e pronto atendimento, com a farmácia apenas atendendo a essa demanda

(MALIK, 2014).

O abastecimento de medicamentos é feito mensalmente pelo Departamento de Logística

(DELOG) da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA). A seguir os serviços

oferecidos pelo setor de Farmácia:

- Dispensação de medicamentos para usuários atendidos na Policlínica;

- Dispensação de medicamentos para pacientes vindos de outras unidades de saúde;

- Dispensação de medicamentos para usuários pertencentes a programas específicos do

Ministério da Saúde;

- Abastecimento de medicamentos;

- Controle do estoque de medicamentos;

- Atenção Farmacêutica para os pacientes cadastrados no SAE-CTA, quanto ao uso de

medicamentos antirretrovirais;

- Atuação junto aos prescritores no que diz respeito ao Uso Racional de Medicamentos;

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O objetivo deste artigo é avaliar a situação da assistência farmacêutica para resolução do

problema de falta de capacitação e de funcionários fixos para trabalhar junto ao farmacêutico

no serviço de farmácia desta policlínica na cidade de Manaus.

Por isso, a justificativa da importância do farmacêutico na qualidade de vida da população

tem aumentado na última década, em função de uma série de ações voltadas não mais

exclusivamente, ao medicamento, mas ao paciente ou ao usuário de medicamento. O

farmacêutico tem desempenhado o papel de consultor, no que se refere aos aspectos

terapêuticos de produtos, e hospitais, ambulatórios, postos de saúde, centros de saúde,

laboratórios de análise e principalmente, farmácias e drogarias (STORPIRTIS et al, 2008).

Qualquer tratamento concebido hoje em dia para enfrentar as doenças crônicas, além da

terapia em si, prevê um programa de educação em pacientes e familiares, que inclui a

transmissão de conhecimentos científicos e práticos a fim de permitir uma substancial

melhoria na qualidade de vida e inclusão social.

Os serviços prestados pelos farmacêuticos comunitários (estudantes e profissionais) estão

motivando, através do processo educativo, o indivíduo portador de hipertensão e o idoso a

adquirir conhecimentos, desenvolvendo habilidades para mudança de hábitos e no

autocuidado. E para tanto se faz necessária a aproximação deste público carente de atenção e

informações sobre seus medicamentos e tratamento com estudantes de farmácia para troca de

experiências e conhecimentos adquiridos de formas diferentes, transformando em

contribuição positiva para ambos.

2. Fundamentação Teórica

2.1 Atenção Farmacêutica

Na proposta do Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica em 2002 define-se como:

“É um modelo de prática, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica.

Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e

co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde,

de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o

usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e

mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também

deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades

bio-psico-sociais, sob a ótica da integridade das ações de saúde.”

No Brasil, a introdução do termo Atenção Farmacêutica gerou muita discussão pelo uso já

instituído da expressão “Assistência Farmacêutica” (STORPIRTIS, S. et al., 2008). O próprio

Conselho Federal de Farmácia (CFF) na Resolução 308/97 (ZUBIOLI, 2001), que “dispõe

sobre a Assistência Farmacêutica em drogarias e farmácias” mescla os termos. Assistência

Farmacêutica para o Brasil compreende envolve atividade multidisciplinar e multisetorial e o

objeto de trabalho são as organizações das ações e serviços relacionados ao medicamento.

Dentre essas ações a Atenção Farmacêutica é uma das traduções do termo em inglês

Pharmaceutical Care e vários autores citam Hepler e Strand como precursores dela

(CASERO VITAL, et al., 1999). Na Federação Farmacêutica Internacional em Tóquio, 1993,

documento citado conhecido com a Declaração de Tóquio instituiu como prática profissional

no qual o paciente é o beneficiário das ações do farmacêutico.

As diretrizes internas do SUS amplia o processo de descentralização e a busca por novas

estratégias de gestão de saúde. Neste contexto a Atenção farmacêutica ganha cada dia mais

força como fator para estruturar as gestões em níveis municipais de saúde. Para Meiners

(2001) Atenção Farmacêutica é uma atividade de acompanhamento ao paciente, de forma

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prospectiva com finalidade de realizar “promoção da saúde, prevenção das doenças, primeiros

socorros, manipulação, dispensação e informação referente ao paciente, seleção

individualizada de terapias com medicamentos, seguimento farmacoterapêutico, recompilar e

interpretar informação referente ao paciente, elaboração do perfil farmacoterapêuticos,

identificação e valoração de potenciais reações medicamentosas, avaliação de terapias

individuais, farmacovigilância e interpelação com outros profissionais”. Logo o farmacêutico

não fica limitado apenas à aquisição e distribuição de medicamentos.

Em um mesmo país pode-se verificar definições diferentes de acordo com o entendimento do

grupo ou organizações profissionais ou mesmo de autores específicos a respeito do tema.

Desde 1990 as definições foram surgindo. Segundo Hepler e Strand (1990) é a provisão

responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados definidos que

melhorem a qualidade de vida do paciente. Para Canadian Society of Hospital Pharmacists

(1993) o conceito é a provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar

resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente. O processo de atenção

farmacêutica envolve o desenho, a implementação e a monitorização de um plano terapêutico.

Uns anos depois, Cipolle, Strand e Morley (1998) conceituaram com um exercício no qual o

profissional assume a responsabilidade das necessidades de um paciente em relação aos

medicamentos e adquire um compromisso a este respeito. E o Consenso na Espanha em 2001,

caracterizou a Atenção Farmacêutica como sendo a participação ativa do farmacêutico para a

assistência ao paciente na dispensação e seguimento de um tratamento farmacoterapêutico,

cooperando assim com o médico e outros profissionais sanitários a fim de conseguir

resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente. Também engloba o envolvimento

do farmacêutico em atividades que proporcionarem boa saúde e previnam enfermidades.

Como proposta de conceito o Consenso Brasileiro em 2002 é um modelo de prática

farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes,

valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na

prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de

saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia

racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da

qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos,

respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de

sáude.

A Política Nacional de Medicamentos (PNM) do Ministério da Saúde trata de dispensação e

esclarece que é o farmacêutico o responsável por informar e orientar sobre o uso adequado do

medicamento (BARBOSA, 2008). Entretanto, o uso limitado da Atenção Farmacêutica onera

os cofres públicos e ainda crescem as estatísticas de mortalidade e morbidade associadas aos

medicamentos. No Brasil, segundo os dados publicados pelo Sistema Nacional de

Informações Toxico-Farmacológicas, os medicamentos ocupam a primeira posição entre os

três principais agentes causadores de intoxicações em humanos desde 1996, sendo que em

1999 foram responsáveis por 28,3% dos casos registrados. (STORPIRTIS, S. et al., 2008).

Em 2003 foi criada no Ministério da Saúde o Departamento de Assistência Farmacêutica

(DAF) que tem coordenado execução e consolidação das diretrizes da PNM. Lançou ainda um

edital MCT-CNPQ/MS-SCTIE-DECIT-DAF abrindo portas para pesquisas no país sobre o

assunto. Em 2006 foram apresentados no 1⁰ Seminário Internacional para Implementação da

Atenção Farmacêutica no SUS 52 trabalhos.

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O esforço das organizações governamentais nacionais e internacionais em criar departamentos

e consensos, fomentar pesquisas, congressos e seminários tem como objetivo principal

encontrar um modelo para a prática da Atenção Farmacêutica que esteja em concordância

com os princípios do sistema de saúde do Brasil.

2.2 Dispensação e papel do farmacêutico no SUS

A dispensação é uma das funções que o farmacêutico deve realizar segundo a Lei 16/1997 de

Regulação de Serviços de Oficinas de Farmácia (DADER, 2008). E na Resolução n⁰ 328 de

22 de julho de 1999 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

que “dispõe sobre os requisitos exigidos para a dispensação de produtos de produtos de

interesse à saúde em farmácias e drogarias” reforça este conceito.

A OMS, em conjunto com organizações internacionais farmacêuticas, vem desenvolvendo

uma estratégia para incorporar o farmacêutico na equipe de saúde. Reconhece-se que é ele o

profissional de saúde com o melhor perfil para a condução de todas as ações destinadas à

melhoria do acesso e promoção do uso racional dos medicamentos (MARIN et al., 2003).

Devido à diminuição nos serviços de manipulação face ao crescente mundo dos

medicamentos industrializados, algumas modificações foram acontecendo com as atividades

adotadas pelos farmacêuticos (ZUBIOLI, 2001) Logo ele um profissional apto a fazer e que

detém o conhecimento total da manipulação, com a crescente das indústrias farmacêuticas e

se vê um mero elo da cadeia de consumo de um produto que já não é mais ele capaz de

reproduzir. Aliena-se do seu próprio fazer, não domina o processo de manufatura do

medicamento e torna-se um mero intermediário da cadeia de produção e consumo (MARIN et

al., 2003).

Enquanto na década de 60 e 70 o farmacêutico teve sua importância marginal, nos anos 90,

readquire funções nesta equipe, prevenindo erros e evitando problemas com o uso dos

medicamentos.

Mas vale lembrar sobre os objetivos da dispensação como um dos serviços da Atenção

farmacêutica. Segundo Dader et al., 2008 os objetivos são:

a) Entregar o medicamento e/ou produto sanitário em condições ótimas de acordo

coam a normativa legal vigente.

b) Garantir que o paciente possui a informação mínima necessária que o ajude a

otimizar o uso dos medicamentos. Ou seja, que o paciente reconhece o processo de

uso do medicamento e está disposto a assumí-lo.

c) Proteger o paciente frente ao possível aparecimento de RMN (detectar e corrigir

causas preventivas- Problemas Relacionados a Medicamentos).

Essa dispensação para atingir esses objetivos precisa da presença obrigatória do farmacêutico

bem preparado para assegurar que a saúde do paciente com a informação disponível no

momento da dispensação seja resguardada.

Neste contexto, elementos da dispensação como processo clínico, relacionam-se com alguns

aspectos como: a dispensação é um processo farmacêutico complexo combinando atitude

ativa e individualizada; a dispensação está orientada ao paciente, pois o principal objetivo é o

benefício do paciente; a dispensação deve assegurar cobertura a todos os usuários da farmácia

de maneira ágil porque todos os cidadãos devem ter a oportunidade a receber informação

individualizada sobre medicamentos; a dispensação deve estar integrada à rotina diária do

exercício profissional do farmacêutico para que seja aplicada a todo momento e com todos;

deve existir fluxo de informação entre o farmacêutico e o paciente e vice-versa necessitando

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em alguns casos outros serviços farmacêuticos como exemplo o Seguimento

Farmacoterapêutico (SFT), farmacovigilância e educação sanitária.

3. Metodologia

Os dados foram coletados a partir de um estudo descritivo, que segue uma abordagem

qualitativa e adota como estratégia metodológica o estudo de caso. O período de coleta de

dados ocorreu nos meses de maio a junho de 2014. As prescrições ocorridas neste período

foram analisadas diariamente de segunda a sexta-feira. O estudo foi realizado em uma

policlínica, situada na zona Sul do município de Manaus, onde oferece em média 200

consultas médicas por dia distribuídas em várias especialidades médicas, além de outros

atendimentos distribuídos entre outras especialidades não médicas. Hoje a policlínica

funciona como referência para o Serviço de Atendimento Especializado – SAE, que atende

aos usuários que convivem com o vírus HIV. Neste setor trabalham dois farmacêuticos e dois

agentes administrativos em turnos diferentes. Para o presente trabalho foi realizada uma

revisão retrospectiva da literatura onde os trabalhos foram coletados a partir de um

levantamento das publicações sobre Atenção Farmacêutica em livros, revistas científicas,

anais de congressos, publicações governamentais e publicações isoladas divulgadas no país no

período de 1999 a 2012. Ressaltando-se que o ano marco para as publicações sobre Atenção

Farmacêutica é desde 1999. Foram analisadas 7.104 segundas vias das prescrições aviadas

nos meses de maio e junho de 2014. Os dados avaliados na receita foram: quantidade de

medicamentos insuficiente para o tratamento, quantidade de medicamentos superiores ao

tratamento e a falta de dados (forma farmacêutica, tempo de tratamento, pouco legíveis entre

outros).

4. Resultados e Discussão

No exercício da Atenção Farmacêutica na atenção básica de saúde, o farmacêutico poderá

realizar cuidados básicos ou até mesmo serviços especializados de orientação aos pacientes de

diversas patologias. Logo, após analisar as prescrições do período escolhido foi possível

qualificar os principais erros e quantificá-los. Das 7.104 prescrições analisadas, 304 foram

aviadas em quantidades insuficientes para o tratamento, 128 foram aviadas em quantidades

superiores para o tratamento e 136 faltavam dados importantes na receita. Somando este

quantitativo obteve-se um total de 568 prescrições com algum tipo de erro correspondendo a

8% % de total de prescrições analisadas (Figura 1).

Figura 1 - Gráfico representativo a partir das 7.104 prescrições avaliadas no período de maio a junho de 2014.

Quanto às receitas aviadas em número insuficiente, correspondem a 53% do total de 668

prescrições analisadas (Figura 2). Alguns autores atribuem esses erros a fatores de risco como

falta de atenção ou distração, falta de funcionários gerando sobre carga de trabalho, grande

demanda de pacientes, dificuldade de entender a prescrição médica, semelhanças de

92%

8%

Prescrições corretas

Prescrições com erros

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medicamentos e falta de conhecimento. Para Rosa e Perini (2003) a falha em uma das etapas

do uso de medicamentos pode ocorrer por distração ou passo, que a princípio, aparenta pouca

importância. Os fatores de risco relativos ao próprio profissional que prepara os

medicamentos são os que mais deveriam ser combatidos a fim de evitar a ocorrência de erros

na administração (CARVALHO E CASSINI, 1999). É válido ressaltar que em um tratamento

por mais que os sintomas tenham desaparecido é muito importante que seja finalizado no

prazo estabelecido para êxito da cura.

Ao analisar os dados, os erros nas quantidades de medicamentos insuficientes para o

tratamento do paciente representam 53%, seguido dos erros nas quantidades superiores ao

tratamento com 24% e 23% com erros como falta de algum dado na receita feita pelo

prescritor (Figura 2). No foco da avaliação qualitativa, as falhas no momento da dispensação

existem por parte dos profissionais que prestam serviço na área saúde. Por isso, a presença de

profissionais farmacêuticos e de auxiliares muito bem capacitados e em número suficiente é

indispensável para erradicarem essas falhas que prejudicam o tratamento do paciente.

Figura 2 – Erros identificados nas receitas analisadas

Durante a dispensação, a incompreensão total ou parcial das informações advindas da

prescrição devido ao predomínio da ilegibilidade, compromete o sucesso terapêutico e a saúde

do paciente (LYRA JÚNIOR et al.,2002). É o que ocorre quando há falta de dados na receita

e dispensação de medicamentos em quantidade insuficiente ao tratamento. Já em relação à

quantidade de medicamentos aviadas superiores ao tratamento as problemáticas são o excesso

nas residências estimulando a automedicação e falta de medicamento na unidade de farmácia,

onerando os custos ultrapassando os desvios permitidos no inventário do estoque. Vale

lembrar que conforme determinação n⁰. 20931, art.39/32 do Código de Ética Médica, as

prescrições devem se apresentar de forma clara e com grafia de fácil entendimento (LYRA

JÚNIOR et al.,2002). No âmbito do SUS, os prescritores devem adotar obrigatoriamente

DCB (Denominação Comum Brasileira) ou, na sua falta, a DCI (Denominação Comum

Internacional) (BRASIL, 2014). A automedicação é um fenômeno nos auto-cuidados em

saúde, desde há muito utilizado e, cuja ocorrência e distribuição estão relacionadas com a

organização do sistema de saúde de cada país (CHIMELLO e VIANNA, 2010). Contudo, no

53%

24%

23% Erros nas receitas

Quantidade de medicamentosinsuficiente ao tratamento

Quantidade de medicamentossuperior ao tratamento

Falta de dados na receita

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Brasil a automedicação pode ser prejudicial à saúde da população, pois outros problemas

estão associados ao excesso de medicamento que gera em futuro oportuno a automedicação.

Nesta Unidade de Saúde analisada em Manaus são vários os tipos de atendimentos e

especialidades oferecidas. Imagina-se a magnitude que uma automedicação causa por um

excesso de medicamento para pacientes que fizeram uso de antibióticos em seu tratamento. O

paciente possivelmente estocará em casa e quando for reincidente na doença recorrerá ao

medicamento excedido e já prescrito anteriormente. Muitos são os casos de resistência

bacteriana por casos como automedicação e/ou falha no tratamento por ter dose abaixo da

indicada no tratamento. É nesta situação que é benéfica a orientação e conscientização por

parte do farmacêutico ao paciente com relação ao uso racional de seu medicamento. Pacientes

crônicos dos programas assistenciais da rede municipal de Manaus também são bastante

atingidos, pois a dispensação desses medicamentos são imprescindíveis para os pacientes.

Mesmo alguns pacientes não conhecendo as funções do farmacêutico e alguns muitas vezes

até mesmo rejeitando o serviço farmacêutico se faz imprescindível sua presença na unidade de

saúde. No artigo de Ferreira e Nóbrega (2012) elas relatam que segundo estudo realizado na

farmácia da unidade básica de saúde da cidade de São João da Mata, Minas Gerais, Brasil a

maioria dos pacientes não soube responder do que se tratava o tema Atenção Farmacêutica

(AF) e somente após explicação clara e simples do assunto fornecida pela pesquisadora

puderam responder. Os resultados foram: 45,71% ouviram falar em AF, 22,85% afirmaram

saber do que se trata e 31,42% nunca ouviram falar em AF. Isto evidencia a necessidade de

maior atuação do farmacêutico dentro dos programas de saúde pública. Quando questionados

sobre a implantação da AF, 100% das mulheres entrevistadas foram receptivas a sua

implantação, enquanto 28,57% dos homens entrevistados não gostariam de ser acompanhados

por um farmacêutico em seu tratamento (MARQUES et al., 2011).

Portanto, a Atenção Farmacêutica com acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico

pode promover melhor controle da patologia dos pacientes, devido ao maior conhecimento

em relação aos medicamentos e melhor comunicação entre a equipe de saúde. Estes

parâmetros contribuem para a redução dos erros de medicação e reações adversas

(FERREIRA e NOBREGA, 2012). Segundo a OMS, a forma mais efetiva de prevenir o uso

incorreto de medicamentos na atenção primária em países em desenvolvimento é a

combinação de educação e supervisão dos profissionais de saúde, educação do consumidor e

garantia de adequado acesso a medicamentos apropriados (BRASIL, 2012).

4.Conclusão

As dificuldades apresentadas dentro do serviço de farmácia da policlínica constituem um

reflexo da falta de sérios esforços do governo em qualificar a assistência farmacêutica no SUS

não só em Manaus como em todo o país.

As unidades básicas de saúde integram como a principal porta de entrada para o sistema

nacional de assistência à saúde em nosso país, logo os serviços farmacêuticos de atenção

básica em policlínicas, por exemplo, contribuem para a diminuição da internação ou do tempo

de permanência no hospital, à assistência aos portadores de doenças crônicas, ligados à prática

da educação em saúde transformando a terapêutica mais custo-efetiva.

O uso adequado e racional dos medicamentos, com orientação médica e farmacêutica, vem

trazer ganhos indiscutíveis à saúde da população e economia dos cofres públicos.

É importante destacar também o conhecimento adquirido no que diz respeito a

interdisciplinaridade na análise de problemas e necessidades, a intersetorialidade das políticas

na definição de soluções e a integralidade das práticas em saúde com consequências diretas na

saúde do usuário.

Uma das soluções encontradas para minimizar erros e identificar o dispensador foi implantada

no ato da dispensação. Adotou-se um carimbo com um campo destinado à assinatura/nome do

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dispensador para melhor identificar o tipo de profissional que comete erros. Além disso,

intensificar a prática de treinamentos no setor com intuito de capacitar o agente administrativo

que auxilia na dispensação.

Lembrando que a qualidade das prescrições é uma forma de avaliar o serviço de saúde

prestado que funciona como indicador de satisfação do usuário e consequente adesão ao

tratamento.

Referências

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