avaliaÇÃo da aceitaÇÃo de dietas infantis...

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Centro de Excelência em Turismo Pós-Graduação Lato Sensu Curso de Especialização em Gastronomia e Segurança Alimentar III AVALIAÇÃO DA ACEITAÇÃO DE DIETAS INFANTIS MODIFICADAS EM HOSPITAL PÚBLICO ESTUDO DE CASO Pollyanna Machado de Sá Guerra Prof.ª Dra. Raquel Botelho Brasília - 2009

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UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

AVALIACcedilAtildeO DA ACEITACcedilAtildeO DE

DIETAS INFANTIS MODIFICADAS

EM HOSPITAL PUacuteBLICO ndash ESTUDO

DE CASO

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Profordf Dra Raquel Botelho

Brasiacutelia - 2009

ii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

AVALIACcedilAtildeO DA ACEITACcedilAtildeO DE

DIETAS INFANTIS MODIFICADAS

EM HOSPITAL PUacuteBLICO ndash ESTUDO

DE CASO

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Profordf Dra Raquel Botelho

Monografia apresentada ao Centro de

Excelecircncia em Turismo - CET da

Universidade de Brasiacutelia ndash UnB como

requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de

Especialista em Gastronomia e Seguranccedila

Alimentar

Brasiacutelia ndash 2009

Consta no verso da folha de rosto

Guerra Pollyanna Machado de Saacute

Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em

hospital puacuteblico Pollyanna Machado de Saacute Guerra ndash Brasiacutelia 2009

xi 40 f il

Monografia (especializaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Centro de

Excelecircncia em Turismo 2009

Orientadora Dra Raquel Botelho

1 Desnutriccedilatildeo intra-hospitalar 2 Alimentaccedilatildeo hospitalar 3

Hotelaria 4 Humanizaccedilatildeo 5 Gastronomia 6 Resto alimentar I

Botelho Raquel II Universidade de Brasiacutelia Centro de Excelecircncia

em Turismo CET III Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

iii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Aprovado por

_________________________ Professora orientadora Dra Raquel Botelho

__________________________ Professora Dra Rita de Caacutessia C de A Akutsu

__________________________ Professora Dra Renata Puppin Zandonadi

Brasiacutelia 03 de agosto de 2009

iv

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a todas agravequelas pessoas que me

incentivaram desde o comeccedilo principalmente nos

instantes em que pensei em desistir

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

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PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

ii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

AVALIACcedilAtildeO DA ACEITACcedilAtildeO DE

DIETAS INFANTIS MODIFICADAS

EM HOSPITAL PUacuteBLICO ndash ESTUDO

DE CASO

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Profordf Dra Raquel Botelho

Monografia apresentada ao Centro de

Excelecircncia em Turismo - CET da

Universidade de Brasiacutelia ndash UnB como

requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de

Especialista em Gastronomia e Seguranccedila

Alimentar

Brasiacutelia ndash 2009

Consta no verso da folha de rosto

Guerra Pollyanna Machado de Saacute

Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em

hospital puacuteblico Pollyanna Machado de Saacute Guerra ndash Brasiacutelia 2009

xi 40 f il

Monografia (especializaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Centro de

Excelecircncia em Turismo 2009

Orientadora Dra Raquel Botelho

1 Desnutriccedilatildeo intra-hospitalar 2 Alimentaccedilatildeo hospitalar 3

Hotelaria 4 Humanizaccedilatildeo 5 Gastronomia 6 Resto alimentar I

Botelho Raquel II Universidade de Brasiacutelia Centro de Excelecircncia

em Turismo CET III Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

iii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Aprovado por

_________________________ Professora orientadora Dra Raquel Botelho

__________________________ Professora Dra Rita de Caacutessia C de A Akutsu

__________________________ Professora Dra Renata Puppin Zandonadi

Brasiacutelia 03 de agosto de 2009

iv

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a todas agravequelas pessoas que me

incentivaram desde o comeccedilo principalmente nos

instantes em que pensei em desistir

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

Consta no verso da folha de rosto

Guerra Pollyanna Machado de Saacute

Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em

hospital puacuteblico Pollyanna Machado de Saacute Guerra ndash Brasiacutelia 2009

xi 40 f il

Monografia (especializaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Centro de

Excelecircncia em Turismo 2009

Orientadora Dra Raquel Botelho

1 Desnutriccedilatildeo intra-hospitalar 2 Alimentaccedilatildeo hospitalar 3

Hotelaria 4 Humanizaccedilatildeo 5 Gastronomia 6 Resto alimentar I

Botelho Raquel II Universidade de Brasiacutelia Centro de Excelecircncia

em Turismo CET III Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

iii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Aprovado por

_________________________ Professora orientadora Dra Raquel Botelho

__________________________ Professora Dra Rita de Caacutessia C de A Akutsu

__________________________ Professora Dra Renata Puppin Zandonadi

Brasiacutelia 03 de agosto de 2009

iv

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a todas agravequelas pessoas que me

incentivaram desde o comeccedilo principalmente nos

instantes em que pensei em desistir

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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produccedilatildeo e em seu planejamento Rev Nutr Campinas v 19 n 2 p 129-144

marabr 2006

GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

Pauta Satildeo Paulo n 56 p 49-52 setout 2002

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

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2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

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1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

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Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

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lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

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nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

iii

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

Centro de Excelecircncia em Turismo

Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu

Curso de Especializaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar III

Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Aprovado por

_________________________ Professora orientadora Dra Raquel Botelho

__________________________ Professora Dra Rita de Caacutessia C de A Akutsu

__________________________ Professora Dra Renata Puppin Zandonadi

Brasiacutelia 03 de agosto de 2009

iv

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a todas agravequelas pessoas que me

incentivaram desde o comeccedilo principalmente nos

instantes em que pensei em desistir

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

iv

DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a todas agravequelas pessoas que me

incentivaram desde o comeccedilo principalmente nos

instantes em que pensei em desistir

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

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MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

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VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

v

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo imensamente agrave Direccedilatildeo e agrave Chefia da Divisatildeo de Nutriccedilatildeo do

Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia por terem permitido a realizaccedilatildeo de meu

estudo na instituiccedilatildeo aos meus colegas de trabalho pelo empenho e

colaboraccedilatildeo e a minha orientadora pela sabedoria dedicaccedilatildeo e paciecircncia

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

vi

EPIacuteGRAFE

Quando focalizamos nossa atenccedilatildeo em quem nos

feriu ficamos sem condiccedilotildees de perceber quem nos

ama (Frederic Lusckin)

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

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VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

vii

RESUMO

Estudos indicam alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar e em virtude disso a

atenccedilatildeo de alguns pesquisadores voltou-se para este aspecto em busca de uma soluccedilatildeo

para o problema Vaacuterios fatores foram destacados como interferentes no consumo

alimentar de pacientes hospitalizados sendo a apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo um fator

relevante para a melhoria da aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo dos restos de alimentos O

objetivo do presente estudo foi analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares para

puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees Realizou-se anaacutelise

dos dados de almoccedilo referentes aos restos alimentares de trecircs dias consecutivos antes

(24 a 26 de marccedilo de 2009 e apoacutes (31 de marccedilo a 02 de abril de 2009) a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas e agrave avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das refeiccedilotildees por meio da aplicaccedilatildeo

de questionaacuterio com escala hedocircnica para os pacientes Os dados foram coletados na

cliacutenica pediaacutetrica de um hospital puacuteblico do Distrito Federal Os resultados indicaram

um aumento meacutedio de 6 no percentual de aceitaccedilatildeo das dietas e reduccedilatildeo meacutedia total

no de rejeiccedilatildeo apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas Na anaacutelise dos restos

alimentares foi observada uma reduccedilatildeo meacutedia de 1161 (comida) 493 (salada) e

1935 (sobremesa) Verificou-se que a melhoria da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo pode

influenciar positivamente na aceitaccedilatildeo das dietas e reduzir o percentual de resto

alimentar mas natildeo deve constituir-se em um ato isolado Accedilotildees integradas satildeo

interessantes e contribuiratildeo para um bom prognoacutestico e maior satisfaccedilatildeo do cliente

PALAVRAS-CHAVE desnutriccedilatildeo intra-hospitalar alimentaccedilatildeo hospitalar hotelaria

humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

viii

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo25

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo26

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

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PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

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SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas26

Tabela 2 - Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas27

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBRANUTRI Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar

HUB Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

UnB Universidade de Brasiacutelia

CPR Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees

VET Valor Energeacutetico Total

PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo

MS Ministeacuterio da Sauacutede

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

xi

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO12

2 METODOLOGIA

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA21

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA21

23 PLANO DE COLETA DE DADOS21

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS24

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO24

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO24

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO25

4 CONCLUSAtildeO29

REFEREcircNCIAS30

APEcircNDICES34

APEcircNDICE A35

ANEXOS36

ANEXO A37

ANEXO B38

ANEXO C39

ANEXO D40

Artigo elaborado sob os moldes de revista de alimentos e nutriccedilatildeo

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

Estudos iniciados na deacutecada de 70 detectaram a alta incidecircncia de desnutriccedilatildeo

intra-hospitalar em pacientes aleacutem de revelar o impacto do estado nutricional na

morbidade e mortalidade desses pacientes (BOLLET OWENS 1973)

O Inqueacuterito Brasileiro de Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI)

realizado em 1996 em pacientes internados na rede puacuteblica do Brasil revelou que quase

metade (481) dos pacientes internados apresenta algum grau de desnutriccedilatildeo

(CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

A explicaccedilatildeo para o risco elevado de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar se deve a um

conjunto de condiccedilotildees encontradas no ambiente hospitalar podendo ter causas

relacionadas ao proacuteprio paciente como por exemplo o tipo e a extensatildeo da doenccedila de

base ocasionando maiores perdas e catabolismo como tambeacutem a maacute nutriccedilatildeo

iatrogecircnica que diz respeito a situaccedilotildees vividas pelo paciente no hospital em que a

ingestatildeo alimentar ou a reposiccedilatildeo nutricional satildeo inadequadas contribuindo tambeacutem

para a desnutriccedilatildeo progressiva (CORREIA CAIAFFA WAITZBERG 1998)

Morimoto (2002) por exemplo chama atenccedilatildeo para alguns sintomas que

acompanham comumente as doenccedilas que incluem febre naacuteuseas e vocircmitos diarreacuteia

dores incapacidade de se alimentar alteraccedilotildees no paladar devido ao efeito colateral de

medicamentos e interferem na aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo pelo paciente A distacircncia da

famiacutelia horaacuterios e sabor da alimentaccedilatildeo fora da rotina diaacuteria e o estado emocional satildeo

outros aspectos importantes para a reduccedilatildeo da ingestatildeo alimentar e deterioraccedilatildeo do

estado nutricional durante a internaccedilatildeo

Outros fatores como isolamento social presenccedila de dor fiacutesica e psicoloacutegica

sentimentos de inferioridade medos e preocupaccedilotildees tambeacutem podem interferir no

comportamento do paciente durante o periacuteodo de internaccedilatildeo Por isso Casate e Correcirca

(2005) salientam que ao ser admitido no serviccedilo de internaccedilatildeo o paciente deve ser

concebido como um ser completo detentor de sentimentos e ideias proacuteprias com uma

histoacuteria de vida mantendo-se o elo com a sua famiacutelia e grupo social a que pertence

Sousa (2007) destaca que em meio a todos os fatores causais atribuiacutedos agrave

desnutriccedilatildeo intra-hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute considerada um fator circunstancial pelas

mudanccedilas alimentares troca de haacutebitos e horaacuterios das refeiccedilotildees

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

13

Neste contexto o risco de desnutriccedilatildeo intra-hospitalar no paciente infantil se

torna ainda mais grave devido agrave fragilidade vulnerabilidade alimentar e nutricional e

especificidades deste grupo etaacuterio (GAARE et al 1990)

As crianccedilas estatildeo em constante desenvolvimento de massa oacutessea dentes

muacutesculos e sangue elas necessitam de mais alimentos nutritivos em proporccedilatildeo ao seu

peso do que os adultos (MAHAN ESCOTT-STUMP 2002)

A falta de apetite na crianccedila enferma pode levar a uma importante reduccedilatildeo da

ingestatildeo de nutrientes de energia e consequentemente a deacuteficits de crescimento e

desenvolvimento Aleacutem disso o estado nutricional da crianccedila doente eacute determinante

como fator prognoacutestico nas patologias (GAARE et al 1990)

Aspectos sensoriais como a diminuiccedilatildeo ou perda do gosto e do odor tambeacutem

comprometem o consumo alimentar e em decorrecircncia o estado de sauacutede do paciente

(ASSIS 2002)

Para Pontes et al (2009) a rotina diaacuteria da crianccedila quanto agrave alimentaccedilatildeo pode

muitas vezes ser monoacutetona O crescimento geomeacutetrico de alternativas alimentares que

caracterizam a sociedade poacutes-moderna traz em si grandes vantagens nutricionais como

facilidade no transporte armazenamento e preparo de refeiccedilotildees para crianccedilas Tal

crescimento no entanto traz em seu bojo algumas influecircncias negativas que vecircm

piorando o padratildeo de consumo de crianccedilas

A alimentaccedilatildeo inadequada estaacute vinculada ao estiacutemulo de alimentos em

quantidade excessiva e qualidade inadequada com excesso de accediluacutecares soacutedio gorduras

e deficiecircncia de fibras e micronutrientes A falta ou inadequada ingestatildeo de alimentos

ricos em vitaminas e minerais pode potencializar os efeitos negativos da patologia

considerando que esses nutrientes auxiliam na recuperaccedilatildeo da sauacutede do paciente

hospitalizado (PONTES et al 2009)

Eacute bem conhecido o ciacuterculo vicioso entre desnutriccedilatildeo e infecccedilatildeo A crianccedila

doente por apresentar falta de apetite ingere menos alimentos e gasta mais energia

devido agrave febre e ao aumento da produccedilatildeo de alguns hormocircnios Como consequecircncia haacute

um aumento no catabolismo de proteiacutenas com perdas significativas pela via urinaacuteria e

nos casos de perdas gastrointestinais como na diarreacuteia e vocircmito natildeo soacute de nitrogecircnio

como de energia e micronutrientes como o zinco e vitamina A (BRASIL 2002)

Ocorre que a intensa produccedilatildeo cientiacutefica motivada pelo impacto da

hospitalizaccedilatildeo no estado nutricional e sobre suporte nutricional natildeo repercutiu na

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

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Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

14

mesma intensidade que a preocupaccedilatildeo com a alimentaccedilatildeo hospitalar (CORREIA

WAITZBERG 2003)

Em contrapartida uma alimentaccedilatildeo equilibrada eacute extremamente importante e

muitas vezes vital para o restabelecimento de enfermos Pode reduzir o tempo de

internaccedilatildeo dos doentes e diminuir os riscos de complicaccedilotildees cliacutenicas de infecccedilotildees e os

iacutendices de mortalidade (NONINO-BORGES et al 2006)

Koivisto e Sjoumldeacuten (1996) evidenciaram que o comportamento alimentar infantil

eacute determinado em primeira instacircncia pela famiacutelia do qual ele depende e

secundariamente pelas outras interaccedilotildees psicossociais e culturais da crianccedila Eacute

consenso que as modificaccedilotildees neste comportamento se impotildeem para prevenir doenccedilas

relacionadas agrave alimentaccedilatildeo e promover a sauacutede do indiviacuteduo Uma vez que eacute na infacircncia

que o haacutebito alimentar se forma eacute necessaacuterio o entendimento dos seus fatores

determinantes para que seja possiacutevel propor processos educativos efetivos para a

mudanccedila do padratildeo alimentar da crianccedila (ANGELIS 1995)

As escolhas alimentares a quantidade dos alimentos o tempo e o intervalo para

comer enfim as regras e normas da alimentaccedilatildeo satildeo estabelecidas pelo grupo social

Desta forma pode se oferecer agrave crianccedila tanto uma refeiccedilatildeo programada ditada pelas

necessidades nutritivas como tambeacutem uma alimentaccedilatildeo conforme a sua vontade ou

ainda pode-se proceder de ambas as formas dependendo da ocasiatildeo social e rotina

alimentar Neste sentido a crianccedila natildeo come apenas pela sugestatildeo de fome mas

tambeacutem pela sugestatildeo do ambiente e do contexto social (BIRCH FISHER 1997)

Mas o que acontece quando ao longo dos dias ao longo dos meses o

mesmo cardaacutepio retorna com uma regularidade desesperante segunda

terccedila quarta dia e noite a mesma bdquosopa‟ a mesma sobremesa o

mesmo castigo Ora a repeticcedilatildeo provoca rapidamente a saciedade que

engendra o teacutedio e suscita a aversatildeo O momento da refeiccedilatildeo quando a

sopa bdquonatildeo desce‟ torna-se uma obrigaccedilatildeo insuportaacutevel que pode ser

prejudicial ao restabelecimento da sauacutede (MAES 2005 p 240)

Haacute uma concepccedilatildeo de que no meio hospitalar a alimentaccedilatildeo eacute dificilmente

percebida como exterior ao tratamento tendo conotaccedilatildeo de medicamento o que

permite em caso de fracasso aceitar o gosto desagradaacutevel de certas preparaccedilotildees

(CORBEAU 2005)

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

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SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

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In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

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2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

15

Para Sousa e Proenccedila (2004) o paciente deve ser o foco da poliacutetica de qualidade

alimentar e nutricional nas instituiccedilotildees hospitalares A alimentaccedilatildeo hospitalar lanccedilada

como elemento essencial eacute parte dos cuidados hospitalares oferecidos aos pacientes

agrega qualidades e funccedilotildees que atendem natildeo soacute agraves necessidades nutricionais e

higiecircnico-sanitaacuterias como tambeacutem agraves necessidades psicossociais dos mesmos

Nessas circunstacircncias despontam novas concepccedilotildees sobre o sistema de gestatildeo

hospitalar com base para a implementaccedilatildeo de um novo modelo de atendimento

Como afirma Lisboa (2002) a missatildeo do hospital transpotildee a visatildeo simplista de

centro de sauacutede e assume um caraacuteter de empresa de serviccedilos de utilidade puacuteblica que

busca a promoccedilatildeo da sauacutede adotando um sistema de gestatildeo fundamentada nos criteacuterios

de eficaacutecia eficiecircncia equidade e qualidade

E de fato para Garcia (2006) as instituiccedilotildees hospitalares tornam-se alvo de

reflexatildeo para se adequarem agraves novas demandas e buscam estrateacutegias de accedilatildeo efetivas de

melhoria a cada dia (MORIMOTO 2002 SOUSA PROENCcedilA 2004) para que o

usuaacuterio se sinta cada vez mais cliente e menos paciente (MAGNONI 2002)

Assim surge um novo conceito de gestatildeo que preconiza a uniatildeo de duas grandes

tendecircncias mundiais De um lado a hotelaria hospitalar ldquouma tendecircncia que veio para

livrar os hospitais da bdquocara de hospital‟ e que traz em sua essecircncia uma proposta de

adaptaccedilatildeo agrave nova realidade do mercado modificando e introduzindo novos processos

serviccedilos e condutasrdquo (TARABOULSI 2006 p 22) E de outro a gastronomia

hospitalar dispondo-se a proporcionar prazer relacionando a qualidade do alimento com

as sensaccedilotildees despertadas em quem o ingere (GINANI ARAUacuteJO 2002)

A uniatildeo destas tendecircncias fortalece a ideia de agregar valor ao serviccedilo prestado

priorizando o conceito de qualidade total nos hospitais

Numa perspectiva de avanccedilo a hotelaria hospitalar investe na criaccedilatildeo e

organizaccedilatildeo de um espaccedilo humano para atender agraves necessidades humanas em especial

as de abrigo e seguranccedila concentrando seus esforccedilos na transformaccedilatildeo do quarto de

internaccedilatildeo no prolongamento do lar (MAGNONI CUKIER 2005) O objetivo eacute tornar

o ambiente mais acolhedor (DIAS 2005) superar as expectativas e satisfazer o cliente

(MORIMOTO 2002)

Ao mesmo tempo uma visatildeo ampliada permite observar que os doentes devem

ser tratados como pessoas dinamicamente preocupadas antes de tudo em reencontrar

durante a permanecircncia no hospital condiccedilotildees de vida idecircnticas agraves do ambiente familiar

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

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In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

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Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

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33

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PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

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2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

16

(MAES 2005) O ato de hospedar envolve emoccedilotildees e sentimentos (DIAS 2005) e por

isso o elo com os entes deve ser mantido

Humanizar a relaccedilatildeo com o paciente exige um encontro entre sujeitos que

podem construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel e assume uma dimensatildeo significativa no

processo interferindo no conforto e no bem-estar do paciente (CASATE CORREcircA

2005)

Barbosa et al (2006) reforccedila esta teoria em seu estudo quando conclui que a

satisfaccedilatildeo dos pacientes com as refeiccedilotildees servidas estaacute relacionada com a aproximaccedilatildeo

da equipe de sauacutede para construir uma relaccedilatildeo saudaacutevel no que se refere aos alimentos e

preparaccedilotildees fornecidas e serviccedilos prestados

Se de um lado o desenvolvimento tecnoloacutegico vem dificultando as relaccedilotildees

humanas tornando-as frias objetivas individualistas e calculistas por outro a temaacutetica

de humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede mostra-se relevante uma vez que a

constituiccedilatildeo de um atendimento calcado em princiacutepios sociais demanda a revisatildeo das

praacuteticas cotidianas com ecircnfase na valorizaccedilatildeo da dignidade do usuaacuterio (CASATE

CORREcircA 2005)

Aleacutem de ser um aspecto do atendimento voltado ao tratamento agrave alimentaccedilatildeo

seguindo a linha de inovaccedilotildees eacute incorporada como peccedila fundamental na formaccedilatildeo da

nova imagem da instituiccedilatildeo hospitalar (DIAS 2005)

Sob o ponto de vista de Magnoni (2002) a alimentaccedilatildeo aparece como um dos

uacutenicos prazeres para o paciente internado uma vez que ele eacute cerceado de outros por

estar em um ambiente diferente Por isso merece atenccedilatildeo maior que o cuidado baacutesico

com o valor nutricional das dietas determinando que a preocupaccedilatildeo deve ir aleacutem de

proporcionar uma dieta adequada Natildeo obstante a dieta deve atender agraves necessidades

fisioloacutegicas do ser humano ainda mais aumentadas pela patologia e que muitas vezes

tambeacutem aumenta a demanda energeacutetica

ldquoEacute verdade que nos hospitais quando o sofrimento diminui e a dor se acalma a

refeiccedilatildeo eacute um momento de treacutegua e evasatildeo impacientemente esperadordquo (MAES 2005

p 239)

Desde a mais alta Antiguidade o momento da refeiccedilatildeo do banquete da cena eacute

considerado um instante privilegiado de trocas e de confidecircncias Eacute agrave mesa que se refaz

indefinidamente o mundo e onde se tomam as grandes decisotildees (MAES 2005)

A relaccedilatildeo positiva entre o momento da alimentaccedilatildeo e a realidade individual do

mundo extra-hospital pode promover accedilotildees sineacutergicas ao tratamento O valor de uma

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

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VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

17

alimentaccedilatildeo semelhante ao dia a dia de cada indiviacuteduo retornando-o ao seu mundo

pode minimizar o sofrimento e alicerccedilar bases positivadas agrave terapecircutica (MAGNONI

CUKIER 2005)

Nas representaccedilotildees sobre a dieta hospitalar a ideia de alimentaccedilatildeo diferenciada

pelo controle e cuidado estaacute intrinsecamente associada agrave disciplina com conotaccedilotildees de

privaccedilatildeo e permissatildeo preocupaccedilatildeo com higiene justificadas pelo discurso teacutecnico-

cientiacutefico Um mosaico de representaccedilotildees que tipificam a dieta hospitalar como insossa

sem gosto fria e servida cedo (SOUSA PROENCcedilA 2004) expotildee elementos como

relaccedilotildees de poder e situaccedilotildees de sujeiccedilatildeo (GARCIA 2006)

Em muitos casos a relaccedilatildeo entre a prescriccedilatildeo dieteacutetica e a refeiccedilatildeo oferecida aos

pacientes mostra-se conflituosa dificultando a sua operacionalizaccedilatildeo (SOUSA

PROENCcedilA 2004)

Seria um engano considerar apenas o aspecto nutricional no planejamento dos

cardaacutepios O respeito pela histoacuteria pessoal relativa agrave alimentaccedilatildeo eacute de vital importacircncia

(PROENCcedilA 2002)

O sucesso estaacute na humanizaccedilatildeo dos cardaacutepios (MAGNONI CUKIER 2005) na

anaacutelise das diferentes dimensotildees da alimentaccedilatildeo hospitalar e no conhecimento das

percepccedilotildees de pacientes em relaccedilatildeo agrave mesma (DEMARIO SOUSA SALLES 2008)

Em funccedilatildeo disso escolher os alimentos que estimulam e agradam o paladar da

clientela torna-se uma opccedilatildeo inteligente (CASTRO PASSAMANI 2003) A cada

estaacutegio da concepccedilatildeo de uma preparaccedilatildeo ou da decisatildeo de produzir um dos ingredientes

que o compotildeem correspondem rituais conotando o alimento conferindo-lhe um valor

afetivo um certo grau de prestiacutegio permitindo degustaacute-lo com confianccedila ou apreensatildeo

Nesse processo estabelecer a bdquosequecircncia do comer‟ onde o comer eacute denominado

como fenocircmeno social total considerando os acontecimentos apoacutes a ingestatildeo as

impressotildees lembranccedilas discursos que agem sobre o imaginaacuterio e comportamentos

alimentares ulteriores deve ser o primeiro passo (CORBEAU 2005)

Compreende-se que no meio hospitalar esta sequecircncia do comer natildeo seja nada

transparente que as dimensotildees simboacutelicas sejam difiacuteceis de representar e que certa

ansiedade possa ser induzida em alguns consumidores incapazes de identificar o

alimento que alguns tenham agraves vezes tendecircncia a querer reduzir a um simples estatuto

de nutriente (CORBEAU 2005)

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

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PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

18

Desse modo a gastronomia hospitalar adquire especial destaque nos dias atuais

motivada pela crescente necessidade das instituiccedilotildees de sauacutede em expandir os serviccedilos

auxiliares agrave terapecircutica curativa instituiacuteda (MAGNONI CUKIER 2005)

Brillat-Savarin (1995 p 34) em uma de suas definiccedilotildees explicita fielmente a

representatividade da gastronomia para o ser humano

A gastronomia acompanha-nos e sustenta-nos desde o nascimento ateacute a

morte Eacute ela que nos aumenta as deliacutecias do amor a confianccedila da

amizade que desarma a ira e facilita os tratos e nos oferece no curto

trajecto das nossas vidas o uacutenico prazer que natildeo sendo seguido de

fadiga nos revigora todos os outros

Numa mesma direccedilatildeo Boeger (2008) afirma ainda que a fusatildeo entre a

gastronomia e a dieteacutetica possibilita uma perfeita sincronia entre tratamento e prazer

proporcionado pela alimentaccedilatildeo Opiniatildeo reforccedilada por Jorge e Maculevicius (1995)

que afirmam que a busca de aliar a prescriccedilatildeo dieteacutetica e as restriccedilotildees alimentares de

clientes a refeiccedilotildees atrativas e saborosas eacute o desafio para integrar as Unidades de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica a um sistema de hotelaria aprimorado

Quando se trata de dietas muito restritas este desafio eacute ainda maior e deve

englobar a melhora da apresentaccedilatildeo da refeiccedilatildeo (MAGNONI 2002) A gastronomia

deve servir de instrumento para que a dietoterapia seja realizada de forma muito

agradaacutevel principalmente aos olhos e ao paladar

Segundo Assis et al (2000) a alimentaccedilatildeo eacute fonte de sauacutede prazer sabor

amor siacutembolo e lembranccedilas Estaraacute sendo cultivado o saber de nutrir o paladar o prazer

gustativo e natildeo cumprindo uma penitecircncia quando se usufruir do conhecimento da arte

de cozinhar para aumentar a aderecircncia dos clientes pacientes a uma dieta

Tornar os alimentos atraentes eacute primordial Cor aroma temperatura

consistecircncia estado fiacutesico satildeo fatores isolados e conjuntamente exalam caracteriacutesticas

sensoriais e gastronocircmicas e influenciam os sentidos (ARAUacuteJO 2000)

A aceitaccedilatildeo da alimentaccedilatildeo estaacute relacionada com a diminuiccedilatildeo da dor em funccedilatildeo

da doenccedila do tratamento medicamentoso do ambiente da presenccedila do acompanhante e

dos aspectos sensoriais dos alimentos principalmente aparecircncia apresentaccedilatildeo e o

aroma aleacutem do tipo de preparaccedilatildeo e variedade do cardaacutepio (DEMARIO SOUSA

SALLES 2008)

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

19

A elaboraccedilatildeo e a concepccedilatildeo dos cardaacutepios eacute certamente o iniacutecio desse longo

processo que deve resgatar o paciente levaacute-lo agrave cura e lhe devolver o prazer de existir

(MAES 2005)

Dar iniacutecio agrave organizaccedilatildeo do ritual da refeiccedilatildeo com apresentaccedilatildeo da bandeja de

forma mais atrativa onde toda a identidade e carga vivencial do usuaacuterio apresentam-se

resguardadas reintroduzindo-o numa dimensatildeo de prazer dentro do universo hospitalar

eacute a opccedilatildeo mais acertada (CORBEAU 2005)

A atenccedilatildeo dada ao banquete oferecido agraves crianccedilas hospitalizadas precisa exceder

a dos adultos na medida em que se devem destacar aspectos como as cores e os

formatos Ofertar alimentos muitas vezes antes desconhecidos pela crianccedila ou ainda

rejeitados de forma diferenciada usufruindo de artifiacutecios no modo de apresentaccedilatildeo

forma de ldquodesenhosrdquo provavelmente iraacute instigar a curiosidade da crianccedila haacute que por

natureza eacute um ser curioso (DIAS 2005) Ou ateacute mesmo oferecer alimentos prediletos

de alta densidade energeacutetica adotar atitudes flexiacuteveis com relaccedilatildeo a horaacuterios e regras

alimentares habituais podem ajudar no manejo da crianccedila (CABARELLO 1997)

Nesse percurso eacute importante lembrar que os desafios satildeo muitos e exigem novas

competecircncias e estrateacutegias de atuaccedilatildeo (SOUSA PROENCcedilA 2004)

Resta aos profissionais nutricionistas responsaacuteveis pelas Unidades de Nutriccedilatildeo e

Dieteacutetica encontrar uma forma para garantir a satisfaccedilatildeo do pacientecliente e promover

com sucesso a recuperaccedilatildeo de sua sauacutede O caminho estaacute em incorporar o conceito de

gastronomia hospitalar sem perder o equiliacutebrio nutricional (IRIBARREM 2006)

atraveacutes da inovaccedilatildeo das dietas principalmente as restritas buscando nos preceitos da

harmonia e da criatividade a elaboraccedilatildeo de pratos mais atrativos desmistificando a ideia

de que comida de hospital eacute ruim (JORGE 2003)

O hospital que se comprometer em atuar sinergicamente nas transformaccedilotildees

estruturais e em seus processos de trabalho diminuindo a sensaccedilatildeo de sofrimento e

abandono social poderaacute permitir aos clientes melhores condiccedilotildees de convalescenccedila e

receberaacute em troca maior eficiecircncia de serviccedilos (MAGNONI CUKIER 2005)

Desta forma a qualidade do serviccedilo de alimentaccedilatildeo hospitalar deve aliar a

dietoterapia na recuperaccedilatildeo de patologias prevenccedilatildeo de doenccedilas e promoccedilatildeo de praacuteticas

de alimentaccedilatildeo saudaacutevel com enfoque em praacuteticas que agregam valor ao cliente do

serviccedilo

Com base nesses pressupostos o presente estudo busca avaliar ateacute que ponto

melhorar a apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees servidas agraves crianccedilas internadas na Pediatria

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

20

Cliacutenica do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia pode contribuir para uma melhor aceitaccedilatildeo

da dieta hospitalar

O estudo tem como objetivo analisar o grau de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares

para puacuteblico infantil a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

21

2 METODOLOGIA

A revisatildeo bibliograacutefica foi elaborada com base em tiacutetulos e artigos cientiacuteficos

nos idiomas portuguecircs inglecircs e espanhol retirados das bases de dados Scielo Bireme

Lilacs Medline Google Acadecircmico dos uacuteltimos 10 anos e tiacutetulos da Biblioteca Central

da Universidade de Brasiacutelia (UnB)

As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram desnutriccedilatildeo intra-hospitalar

alimentaccedilatildeo hospitalar humanizaccedilatildeo gastronomia resto alimentar

21 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Trata-se de um estudo de caso

A avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo da dieta dos participantes foi dividida em duas etapas a

primeira sem alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta e a segunda apoacutes alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo adotando os mesmos cardaacutepios em ambas as etapas A modificaccedilatildeo foi

focada em atrativos para o puacuteblico infantil como utensiacutelios decorados e preparaccedilotildees

alteradas em sua forma ou disposiccedilatildeo com desenhos e imagens atrativas

22 POPULACcedilAtildeO AMOSTRA

Este estudo foi realizado na pediatria cliacutenica de um Hospital Universitaacuterio de

Brasiacutelia que possui capacidade total para 18 leitos e taxa meacutedia de ocupaccedilatildeo de 10

leitos O puacuteblico alvo eram crianccedilas de 4 a 13 anos de ambos os sexos que estiveram

internadas na referida cliacutenica no periacuteodo da coleta de dados

Na Pediatria Cliacutenica do HUB satildeo internadas crianccedilas de todo o paiacutes e por isso

lida-se com uma diversidade de culturas haacutebitos alimentares e etnias bem peculiares

como os indiacutegenas Os casos satildeo em sua maioria de alta complexidade muitas

patologias ainda desconhecidas condiccedilatildeo caracteriacutestica de um hospital escola

Todos os responsaacuteveis pelos participantes que integraram o presente estudo

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre os procedimentos da

pesquisa (Apecircndice A)

23 PLANO DE COLETA DE DADOS

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

22

1ordf etapa) Antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 24 a 26 de marccedilo de 2009 (em 3 dias uacuteteis

consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora selecionou os cardaacutepios (Anexos B C e D) que foram avaliados

nos 3 dias da coleta de dados para posterior alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo dos mesmos se

necessaacuterio Aleacutem disso foram avaliadas as observaccedilotildees individuais dos pacientes

descritas no cartatildeo de dieta pelo nutricionista da cliacutenica e os esquemas dieteacuteticos com o

objetivo de manter a individualizaccedilatildeo da dieta

As refeiccedilotildees foram preparadas no Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees (CPR) do

hospital que eacute responsaacutevel pela elaboraccedilatildeo porcionamento e distribuiccedilatildeo dos alimentos

destinados a esses pacientes pelos funcionaacuterios

O valor energeacutetico total (VET) meacutedio de produccedilatildeo da dieta ofertada foi de 1800

Kcaldia calculado pela equipe de nutricionistas do hospital Satildeo exceccedilotildees os casos em

que for necessaacuterio o caacutelculo de esquema dieteacutetico cujo VET pode ser alterado e os

casos em que haacute reduccedilatildeo da quantidade de alimentos dieta reduzida em quantidade O

porcionamento foi conduzido e treinado pela equipe de nutriccedilatildeo da produccedilatildeo para que o

puacuteblico recebesse realmente a quantidade de alimentos preconizada As preferecircncias dos

pacientes foram respeitadas em parte considerando as limitaccedilotildees do serviccedilo

As dietas analisadas foram as de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-

pastosa e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre

em resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal)

Os cardaacutepios analisados eram compostos por um prato principal (prato proteico)

uma guarniccedilatildeo uma salada dois acompanhamentos (arroz e feijatildeo) uma sobremesa e

uma bebida respeitando as restriccedilotildees de algumas dietas

Os utensiacutelios utilizados foram legumeiras e talheres em inox legumeiras e

talheres descartaacuteveis tigelas plaacutesticas eou copos e guardanapos descartaacuteveis simples

(para salada sobremesa e bebida)

Foram pesadas as legumeiras e recipientes da salada e sobremesa antes e apoacutes a

montagem da dieta em balanccedila digital marca Balmakreg com capacidade para 25Kg e

precisatildeo de 5g Todos os recipientes foram previamente marcados para maior controle

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto no CPR

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

23

Apoacutes o porcionamento os utensiacutelios foram pesados e seus pesos registrados

Houve a distribuiccedilatildeo das dietas aos pacientes Apoacutes o recolhimento dos utensiacutelios nos

leitos os mesmos foram novamente pesados ainda na cliacutenica para a obtenccedilatildeo e

posterior caacutelculo do resto Fez-se uma meacutedia simples dos pesos coletados nos 3 dias

Foi aplicado um questionaacuterio individual com escala hedocircnica de 5 pontos hiacutebrida

(Anexo A) pela pesquisadora com as crianccedilas imediatamente apoacutes o teacutermino das

refeiccedilotildees

2ordf etapa) Apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

A coleta de dados foi realizada de 31 de marccedilo a 02 de abril de 2009 (em 3 dias

uacuteteis consecutivos) no periacuteodo do almoccedilo

A pesquisadora repetiu os cardaacutepios da 1ordf etapa com os mesmos constituintes

os mesmos tipos de dietas e porcionamento sendo que a decoraccedilatildeo dos pratos foi feita

por uma equipe treinada pela pesquisadora

No caso das dietas pastosa e liacutequida-pastosa foi utilizado um produto espessante

instantacircneo agrave base de carboidratos de baixo valor energeacutetico para se obter consistecircncia

e dar formas agraves preparaccedilotildees O produto natildeo altera o sabor e permite o aquecimento das

preparaccedilotildees

Os utensiacutelios usados na 1ordf etapa foram substituiacutedos por utensiacutelios em alumiacutenio

legumeiras descartaacuteveis em isopor embalagens descartaacuteveis em alumiacutenio talheres em

inox com cabos coloridos copos e guardanapos descartaacuteveis coloridos potes

descartaacuteveis em plaacutestico acriacutelico decorados com motivos infantis (para as sobremesas) e

formas para variaccedilatildeo dos formatos das preparaccedilotildees

Foram pesados os utensiacutelios antes e apoacutes a montagem da dieta em balanccedila digital

Balmakreg com capacidade para 25Kg precisatildeo de 5g Quando se recolheu os utensiacutelios

dos leitos eles foram novamente pesados ainda na cliacutenica a fim de constatar o resto

alimentar

O volume das bebidas foi mensurado por proveta graduada com capacidade para

300ml antes da distribuiccedilatildeo e apoacutes o consumo para verificar o resto

O caacutelculo do resto seguiu os moldes da 1ordf etapa

A pesquisadora aplicou o mesmo questionaacuterio com escala hedocircnica da 1ordf etapa

de forma individual imediatamente apoacutes o teacutermino das refeiccedilotildees

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

24

24 PLANO DE ANAacuteLISE DE DADOS

Os dados dos restos de alimentos foram apresentados como meacutedia e desvio

padratildeo Os resultados foram analisados estatisticamente pelo programa excel for

windows por meio do teste t-student (pareado) Para efeito de anaacutelise usou-se um niacutevel

de significacircncia de 5 em todos os testes estatiacutesticos

Tambeacutem foi feita a comparaccedilatildeo de meacutedias por teste t para avaliar a

aceitabilidade das preparaccedilotildees servidas

25 CRITEacuteRIOS DE INCLUSAtildeO

Participaram da pesquisa todas as crianccedilas internadas na Pediatria Cliacutenica do

HUB no periacuteodo da coleta de dados de ambos os sexos cujas idades estavam no

intervalo entre 4 e 13 anos completos que os responsaacuteveis assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Apecircndice A) sobre os procedimentos da pesquisa e

que possuiacuteam uma das dietas de consistecircncia normal branda pastosa e liacutequida-pastosa

e suas variaccedilotildees e restriccedilotildees (laxante hipossoacutedica obstipante hipograxa pobre em

resiacuteduos sem alimentos irritantes sem alimentos aacutecidos sem leite e derivados para

diabeacuteticos e para pacientes com insuficiecircncia renal crocircnica)

26 CRITEacuteRIOS DE EXCLUSAtildeO

Foram excluiacutedas as crianccedilas menores de 4 anos exatos e maiores de 13 anos

completos As menores de 4 anos para que houvesse melhor entendimento e clareza ao

se responder o teste de aceitaccedilatildeo (Anexo A) jaacute as maiores de 13 pois as modificaccedilotildees

luacutedicas natildeo seriam adequadas agrave fase da adolescecircncia o que tornaria um vieacutes para a

pesquisa Tambeacutem foram excluiacutedas agravequelas em que os seus responsaacuteveis natildeo assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) de participaccedilatildeo da pesquisa

e as que tiveram a prescriccedilatildeo de dietas de consistecircncia liacutequida completa liacutequida miacutenima

em resiacuteduo liacutequida de prova liacutequida gelada pacientes alimentados por sondas enterais

mamadeiras ou ostomias e com dieta zero porque natildeo se poderia fazer alteraccedilotildees

significantes da apresentaccedilatildeo das refeiccedilotildees que as tornassem mais atrativas

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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Anaacutelise Sensorial Satildeo Paulo Varela 1999

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Pauta Satildeo Paulo n 56 p 49-52 setout 2002

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

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PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

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SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

25

3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

As estrateacutegias utilizadas para promover a melhora da aceitaccedilatildeo fundamentaram-

se basicamente na substituiccedilatildeo dos utensiacutelios e na modificaccedilatildeo da forma de

apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees e implementaccedilatildeo da decoraccedilatildeo dos pratos

As dificuldades foram muitas jaacute que os recursos financeiros eram escassos e a

estrutura do CPR natildeo estava adaptada agrave mudanccedila assim como os colaboradores tambeacutem

natildeo A escolha de um recipiente que pudesse ser aquecido antes da distribuiccedilatildeo tambeacutem

natildeo foi faacutecil pois os encontrados no mercado natildeo resistiam a altas temperaturas entatildeo

fez-se uma adequaccedilatildeo usando um utensiacutelio de alumiacutenio

Na primeira etapa ou seja antes da alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas as

refeiccedilotildees foram distribuiacutedas nos utensiacutelios jaacute usados no CPR O porcionamento foi feito

pelos colaboradores responsaacuteveis por esta atividade na unidade

Jaacute na segunda etapa apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas repetiu-se o

porcionamento e os cardaacutepios As refeiccedilotildees foram distribuiacutedas em utensiacutelios adquiridos

especialmente para a ocasiatildeo pela pesquisadora A decoraccedilatildeo dos pratos (LEWIS 1995)

foi elaborada pela proacutepria pesquisadora junto a uma equipe treinada para a tarefa

As Figuras 1 e 2 ilustram os modos de apresentaccedilatildeo das dietas pastosa e normal

antes e apoacutes serem feitas as alteraccedilotildees

Figura 1 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta pastosa (cardaacutepio 10) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

26

Figura 2 ndash Forma de apresentaccedilatildeo da dieta normal (cardaacutepio 11) antes e apoacutes a alteraccedilatildeo

da apresentaccedilatildeo

De um total de dez pacientes internados na pediatria cliacutenica do hospital somente

cinco estavam presentes nos seis dias de coleta dos dados e por isso foram considerados

relevantes para a anaacutelise estatiacutestica e pareamento dos dados

A Tabela 1 apresenta a aceitabilidade encontrada antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das dietas

Tabela 1 ndash Avaliaccedilatildeo da aceitabilidade antes e apoacutes a alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das

dietas

Resultado Antes da alteraccedilatildeo das

dietas

Apoacutes a alteraccedilatildeo das

dietas

aceitaccedilatildeo 6666 7333

indiferenccedila 2666 2666

rejeiccedilatildeo 666 0

No teste-t realizado para avaliar a aceitabilidade constatou-se diferenccedila

estatiacutestica de aceitabilidade antes e apoacutes as modificaccedilotildees com p valor igual a 002

Houve um aumento na nota meacutedia de 36 para 42 ou seja as modificaccedilotildees conduziram

a melhores notas na escala de aceitaccedilatildeo A alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta provocou

impacto o que natildeo quer dizer que o resultado se reflita a cada dia de anaacutelise pois

quando avaliou-se cada dia separadamente natildeo houve diferenccedila estatiacutestica entre os

momentos (p valor 1ordmdia = 011 p valor 2ordm dia= 014 e p valor 3ordm dia= 011) Dessa

forma provavelmente natildeo foram as variaccedilotildees dos desenhos e formatos das preparaccedilotildees

nos pratos que influenciaram na aceitaccedilatildeo e sim o conceito da mudanccedila

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

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34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

27

Na avaliaccedilatildeo de acordo com os resultados obtidos pelo teste t dos restos

alimentares natildeo houve diferenccedila estatiacutestica para comida (prato principal guarniccedilatildeo e

acompanhamentos) e a salada com p valores iguais a 017 e 032 respectivamente Jaacute

para sobremesa encontrou-se p valor de 002 comprovando diferenccedila estatiacutestica nas duas

formas de apresentaccedilatildeo Natildeo pode se avaliar o componente bebida pela insuficiecircncia de

dados muitos pacientes natildeo receberam este item do cardaacutepio

A Tabela 2 apresenta a meacutedia dos percentuais da diferenccedila de restos alimentares

e desvios padratildeo antes e apoacutes as alteraccedilotildees de apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

Tabela 2 ndash Percentual da diferenccedila dos restos alimentares dos pacientes antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Componente do

cardaacutepio

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () antes

da alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(antes)

Meacutedia da

diferenccedila do

resto () apoacutes a

alteraccedilatildeo da

apresentaccedilatildeo das

dietas

Desvio

padratildeo

(apoacutes)

Comida 4085 +3397 2924 +2917

Salada 1959 +2682 1466 +1338

Sobremesa 2166 +3257 231 +515

Constatou-se uma reduccedilatildeo no percentual dos restos da maioria dos pacientes No

entanto os valores ainda estatildeo muito distantes do preconizado como aceitaacutevel por

Mezomo (1994) que destaca que quando o resultado dos restos apresenta-se superior a

20 valor utilizado para coletividade enferma pressupotildee-se que os cardaacutepios ou a

execuccedilatildeo dos mesmos estatildeo inadequados Para coletividades sadias Vaz (2006)

determinou um valor ainda menor inferior a 3

O desperdiacutecio de alimentos pode ser influenciado por uma seacuterie de fatores

como planejamento inadequado de refeiccedilotildees preferecircncias alimentares treinamento dos

funcionaacuterios para produccedilatildeo e porcionamento dos alimentos (HIRSCHBRUCH 1998)

Mas Parisenti Firmino e Gomes (2008) reforccedilam a tese de que a qualidade da refeiccedilatildeo eacute

um aspecto determinante para diminuiccedilatildeo dos restos dos alimentos

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA T C A HOUG G DAMAacuteSIO M H SILVA M A A P Avanccedilos em

Anaacutelise Sensorial Satildeo Paulo Varela 1999

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MARTINEZ S VILLAR M H Nutriccedilatildeo e Gastronomia valorizando a preparaccedilatildeo dos

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DEMARIO R L SOUSA A A de SALLES R K de Comida de hospital

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GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

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12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

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PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

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SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

28

Alto iacutendice de rejeitos foi observado em estudos denotando necessidade de

avaliaccedilatildeo do planejamento e da execuccedilatildeo das refeiccedilotildees (CASTRO OLIVEIRA

PASSAMANI 2003)

Neste estudo alguns dos fatores supracitados contribuiacuteram para a exacerbaccedilatildeo

deste percentual Primeiro natildeo houve adequaccedilatildeo energeacutetica agrave necessidade de cada

paciente De acordo com Nonino-Borges et al (2006) estudos demonstraram a

subavaliaccedilatildeo da capacidade de ingestatildeo alimentar dos pacientes resultando na produccedilatildeo

superestimada de alimentos e consequentemente em desperdiacutecio

Segundo as hortaliccedilas natildeo satildeo alimentos habituais na alimentaccedilatildeo da maioria

das crianccedilas (PONTES et al 2009) Por entender que o periacuteodo de internaccedilatildeo natildeo eacute o

mais propiacutecio para se fazer um ajuste cultural e ponderando a relevacircncia nutricional

destes alimentos sugere-se a manutenccedilatildeo das hortaliccedilas no cardaacutepio como estiacutemulo ao

consumo desde que se considere as preferecircncias das crianccedilas e se reduza as quantidades

de oferta

Terceiro a dieta prescrita para o paciente 3 era hipossoacutedica houve maacute aceitaccedilatildeo

e alto iacutendice de rejeiccedilatildeo da mesma elevando a meacutedia de restos O que reforccedila a ideia de

que dietas restritas merecem maior atenccedilatildeo A meacutedia da diferenccedila do resto antes da

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta sem o dado do paciente 3 foi de 2788 e depois da

alteraccedilatildeo de 1629

Por uacuteltimo de acordo Sousa (2007) a presenccedila de dor eacute um fator natildeo dieteacutetico

que pode ter afetado o consumo alimentar dos pacientes avaliados O isolamento social

e o ambiente estranho tambeacutem contribuem para resultados insatisfatoacuterios apesar da

permissatildeo da permanecircncia de acompanhante durante a internaccedilatildeo destes pacientes

Pode-se verificar que as refeiccedilotildees oferecidas na Unidade de Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica

estudada natildeo atendem plenamente os haacutebitos alimentares da clientela Este fato pode ser

atribuiacutedo em parte a grande diversidade regional dos usuaacuterios apontando tambeacutem para

uma diferenccedila de haacutebito alimentar aleacutem de tratar-se de uma unidade localizada numa

instituiccedilatildeo puacuteblica onde eacute evidente a escassez de recursos financeiros (CASTRO et al

2003)

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA T C A HOUG G DAMAacuteSIO M H SILVA M A A P Avanccedilos em

Anaacutelise Sensorial Satildeo Paulo Varela 1999

ANGELIS R C Alimentaccedilatildeo na infacircncia vs consequecircncias ulteriores na sauacutede Rev

Paul Pediatr Satildeo Paulo v 13 n 4 p 126-127 dez 1995

ARAUacuteJO W Alimentos Nutriccedilatildeo Gastronomia amp Qualidade de Vida Rev Nutriccedilatildeo

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MARTINEZ S VILLAR M H Nutriccedilatildeo e Gastronomia valorizando a preparaccedilatildeo dos

alimentos Rev Nutriccedilatildeo em Pauta 2000 Disponiacutevel em lt

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ASSIS M A A de A importacircncia da gastronomia na elaboraccedilatildeo de dietas saudaacuteveis

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BARBOSA M F P SOUSA A A de CARNEIRO J de M SOUZA T T de Do

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CASTRO M D A S de OLIVEIRA L F de PASSAMANI L Resto-ingesta e

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CANESQUI A M GARCIA R W D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel

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CORREIA M I T D CAIAFFA W T WAITZBERG D L Inqueacuterito Brasileiro de

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CORREIA M I T D WAITZBERG D The impact of malnutrition on morbidity

mortality length of hospital stay and costs evaluated through a multivariate model

analysis Clin Nutr v 22 n 3 p 235-92003

DEMARIO R L SOUSA A A de SALLES R K de Comida de hospital

percepccedilotildees de pacientes em um hospital puacuteblico com proposta de atendimento

humanizado Ver Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva da Associaccedilatildeo Brasileira de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Sauacutede Coletiva Manguinhos v 13 n 1 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwabrascoorgbrcienciaesaudecoletivaartigosartigo_intphpid_artigo=

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GAARE J MAILLET J O KING D GILBRIDE J A Perceptions of clinical

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GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

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HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

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12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

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MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

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1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

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PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

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Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

29

4 CONCLUSAtildeO

A melhoria da apresentaccedilatildeo das dietas foi significante houve aumento na

aceitaccedilatildeo das dietas e consequente reduccedilatildeo nos rejeitos dos pacientes hospitalizados

Entretanto confirmou-se que apesar de imprescindiacutevel a apresentaccedilatildeo da dieta

natildeo influencia isoladamente no consumo alimentar intra-hospitalar Eacute importante

considerar toda a complexidade do ser em questatildeo suas peculiaridades histoacuteria de vida

doenccedila de base seus haacutebitos culturais restriccedilotildees e consistecircncia da dieta etc

Por isso aliar vaacuterios artifiacutecios para aperfeiccediloar os serviccedilos em destaque o de

nutriccedilatildeo e dieteacutetica eacute necessaacuterio Sugere-se a implementaccedilatildeo da gastronomia usufruindo

de melhores e novas teacutecnicas de preparo e do uso de ingredientes para agregar maior

sabor e aroma aos alimentos

A valorizaccedilatildeo da atenccedilatildeo dieteacutetica atraveacutes da integraccedilatildeo dos profissionais de

nutriccedilatildeo cliacutenica e de produccedilatildeo e do estabelecimento de um canal aberto de diaacutelogo com

o paciente deve ser uma iniciativa adotada para a implementaccedilatildeo de um atendimento

personalizado

Propotildee-se que os profissionais se apropriem das diretrizes e dos princiacutepios da

Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) defendida pelo Ministeacuterio da Sauacutede (MS)

para haver a humanizaccedilatildeo dos processos de trabalho tornando o ambiente hospitalar em

algo mais familiar e agradaacutevel

Espera-se que os investimentos em planejamento hotelaria e sistematizaccedilatildeo dos

processos sejam cada vez maiores permitindo o acompanhamento da evoluccedilatildeo do

mercado e da gastronomia hospitalar

Todos os esforccedilos e interesses devem estar direcionados para uma busca

contiacutenua da satisfaccedilatildeo total do cliente

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA T C A HOUG G DAMAacuteSIO M H SILVA M A A P Avanccedilos em

Anaacutelise Sensorial Satildeo Paulo Varela 1999

ANGELIS R C Alimentaccedilatildeo na infacircncia vs consequecircncias ulteriores na sauacutede Rev

Paul Pediatr Satildeo Paulo v 13 n 4 p 126-127 dez 1995

ARAUacuteJO W Alimentos Nutriccedilatildeo Gastronomia amp Qualidade de Vida Rev Nutriccedilatildeo

em Pauta 2000 Disponiacutevel em lt

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ASSIS M A A MAGNONI C D TENUTA B GRILLO E F COSTA R P

MARTINEZ S VILLAR M H Nutriccedilatildeo e Gastronomia valorizando a preparaccedilatildeo dos

alimentos Rev Nutriccedilatildeo em Pauta 2000 Disponiacutevel em lt

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ASSIS M A A de A importacircncia da gastronomia na elaboraccedilatildeo de dietas saudaacuteveis

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CASTRO M D A S de OLIVEIRA L F de PASSAMANI L Resto-ingesta e

aceitaccedilatildeo de refeiccedilotildees em uma unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Higiene

Alimentar Satildeo Paulo n114115 p 24-25 novdez 2003

CORBEAU J P Alimentar-se no Hospital as dimensotildees ocultas da comensalidade In

CANESQUI A M GARCIA R W D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel

20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ 2005 p 227-238

CORREIA M I T D CAIAFFA W T WAITZBERG D L Inqueacuterito Brasileiro de

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CORREIA M I T D WAITZBERG D The impact of malnutrition on morbidity

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DEMARIO R L SOUSA A A de SALLES R K de Comida de hospital

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httpwwwabrascoorgbrcienciaesaudecoletivaartigosartigo_intphpid_artigo=

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DIAS M A de A Marketing e Hospitalidade no Hospital Rev Tratados de

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GAARE J MAILLET J O KING D GILBRIDE J A Perceptions of clinical

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GARCIA R W D A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua

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GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

Pauta Satildeo Paulo n 56 p 49-52 setout 2002

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

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PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

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PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

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SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

30

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ALMEIDA T C A HOUG G DAMAacuteSIO M H SILVA M A A P Avanccedilos em

Anaacutelise Sensorial Satildeo Paulo Varela 1999

ANGELIS R C Alimentaccedilatildeo na infacircncia vs consequecircncias ulteriores na sauacutede Rev

Paul Pediatr Satildeo Paulo v 13 n 4 p 126-127 dez 1995

ARAUacuteJO W Alimentos Nutriccedilatildeo Gastronomia amp Qualidade de Vida Rev Nutriccedilatildeo

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2009

ASSIS M A A MAGNONI C D TENUTA B GRILLO E F COSTA R P

MARTINEZ S VILLAR M H Nutriccedilatildeo e Gastronomia valorizando a preparaccedilatildeo dos

alimentos Rev Nutriccedilatildeo em Pauta 2000 Disponiacutevel em lt

httpwwwnutricaoempautacombrlista_artigophpcod=24 Acesso em 16 mar

2009

ASSIS M A A de A importacircncia da gastronomia na elaboraccedilatildeo de dietas saudaacuteveis

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 55 p 58-62 julago 2002

BARBOSA M F P SOUSA A A de CARNEIRO J de M SOUZA T T de Do

cuidado nutricional ao cuidado alimentar percepccedilatildeo de pacientes sobre a refeiccedilatildeo

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BIRCH L L FISHER J Aacute The role of experience in the development of children‟s

eating behavior In CAPALDI E D Why we eat what we eat The psychology of

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BOEGER M A Gestatildeo em Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas 2008

BOLLET J A OWENS S Evaluation of nutritional status of selected hospitalized

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Brasiacutelia 2002 n 107

CABARELLO B Requerimentos nutricionales Del nino enfermo In Nutricioacuten y

alimentacioacuten Del nino em los primeros antildeos de vida Washington Organizacion

Panammerica de La Salud 1997 p 335-364

31

CASATE J C CORREcircA A K Humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede

conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 1 p 105-11 janfev 2005

CASTRO M D A S de OLIVEIRA L F de PASSAMANI L Resto-ingesta e

aceitaccedilatildeo de refeiccedilotildees em uma unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Higiene

Alimentar Satildeo Paulo n114115 p 24-25 novdez 2003

CORBEAU J P Alimentar-se no Hospital as dimensotildees ocultas da comensalidade In

CANESQUI A M GARCIA R W D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel

20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ 2005 p 227-238

CORREIA M I T D CAIAFFA W T WAITZBERG D L Inqueacuterito Brasileiro de

Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI) Metodologia do estudo multicecircntrico

Brasilian Survey on Hospital Nutritional Assessment (IBRANUTRI) Methodology of

a multicentric study Rev Bras Nutr Cliacuten v 13 n 1 p 30-40 janmar 1998

CORREIA M I T D WAITZBERG D The impact of malnutrition on morbidity

mortality length of hospital stay and costs evaluated through a multivariate model

analysis Clin Nutr v 22 n 3 p 235-92003

DEMARIO R L SOUSA A A de SALLES R K de Comida de hospital

percepccedilotildees de pacientes em um hospital puacuteblico com proposta de atendimento

humanizado Ver Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva da Associaccedilatildeo Brasileira de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Sauacutede Coletiva Manguinhos v 13 n 1 2008 Disponiacutevel em lt

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GAARE J MAILLET J O KING D GILBRIDE J A Perceptions of clinical

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GARCIA R W D A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua

produccedilatildeo e em seu planejamento Rev Nutr Campinas v 19 n 2 p 129-144

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GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

Pauta Satildeo Paulo n 56 p 49-52 setout 2002

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

101590S0103-05822009000100015

PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

31

CASATE J C CORREcircA A K Humanizaccedilatildeo do atendimento em sauacutede

conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem Rev Latino-am

Enfermagem Satildeo Paulo v 13 n 1 p 105-11 janfev 2005

CASTRO M D A S de OLIVEIRA L F de PASSAMANI L Resto-ingesta e

aceitaccedilatildeo de refeiccedilotildees em uma unidade de alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Higiene

Alimentar Satildeo Paulo n114115 p 24-25 novdez 2003

CORBEAU J P Alimentar-se no Hospital as dimensotildees ocultas da comensalidade In

CANESQUI A M GARCIA R W D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel

20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ 2005 p 227-238

CORREIA M I T D CAIAFFA W T WAITZBERG D L Inqueacuterito Brasileiro de

Avaliaccedilatildeo Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI) Metodologia do estudo multicecircntrico

Brasilian Survey on Hospital Nutritional Assessment (IBRANUTRI) Methodology of

a multicentric study Rev Bras Nutr Cliacuten v 13 n 1 p 30-40 janmar 1998

CORREIA M I T D WAITZBERG D The impact of malnutrition on morbidity

mortality length of hospital stay and costs evaluated through a multivariate model

analysis Clin Nutr v 22 n 3 p 235-92003

DEMARIO R L SOUSA A A de SALLES R K de Comida de hospital

percepccedilotildees de pacientes em um hospital puacuteblico com proposta de atendimento

humanizado Ver Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva da Associaccedilatildeo Brasileira de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Sauacutede Coletiva Manguinhos v 13 n 1 2008 Disponiacutevel em lt

httpwwwabrascoorgbrcienciaesaudecoletivaartigosartigo_intphpid_artigo=

3257 Acesso em 16 mar 2009 doi 101590 S0104- 11692005000100017

DIAS M A de A Marketing e Hospitalidade no Hospital Rev Tratados de

Enfermagem Satildeo Paulo UNIBAN v 2 n2 p 53-61 jul 2005

GAARE J MAILLET J O KING D GILBRIDE J A Perceptions of clinical

decision making by dietitians and physicians J Am Diet assoc v 90 n1 p 54-8 jan

1990

GARCIA R W D A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua

produccedilatildeo e em seu planejamento Rev Nutr Campinas v 19 n 2 p 129-144

marabr 2006

GINANI V ARAUacuteJO W Gastronomia e dietas hospitalares Rev Nutriccedilatildeo em

Pauta Satildeo Paulo n 56 p 49-52 setout 2002

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

101590S0103-05822009000100015

PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

32

HIRSCHBRUCH M D Unidades de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo desperdiacutecio de

alimentos e qualidade de produccedilatildeo Rev Higiene Alimentar Satildeo Paulo v 12 n 55 p

12-14 1998

IRIBARREM K H Estudo da Melhoria dos Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo do Hospital

Moinhos de Vento 2006 101 p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-Graduaccedilatildeo em Engenharia de

Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo Universidade

Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre

JORGE A L Gastronomia Hospitalar Rev Crn 3 Notiacutecias Satildeo Paulo n 73 p 15

2003 Entrevista concedida a Roberto Souza

JORGE A L MACULEVICIUS J Cozinha experimental na aacuterea hospitalar novas

propostas de atuaccedilatildeo O mundo da sauacutede v 19 n 9 p 299-302 1995

KOIVISTO U K SJOumlDEacuteN P O Reasons for rejection of food items in swedish

families with children aged 2-17 Appetite n 26 p 89-103 1996

LEWIS S COZINHANDO PARA BEBEcircS E CRIANCcedilAS Receitas praacuteticas

deliciosas nutritivas e faacuteceis de preparar para o iniacutecio de uma vida saudaacutevel Erechim

RS EDELBRA 1995

LISBOA T C Breve histoacuteria dos hospitais da antiguidade agrave idade contemporacircnea

Notiacutecias hospitalares v 4 n 37 p 1-30 junjul 2002

MACULEVICIUS J Nutriccedilatildeo hospitalar das origens aos avanccedilos Curso de Recentes

Avanccedilos em Unidades de Nutriccedilatildeo Hospitalar 5 2003 Satildeo Paulo Anais Divisatildeo de

Nutriccedilatildeo e Dieteacutetica do Instituto Central do Hospital das Cliacutenicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de Satildeo Paulo 2003 p2-3 Disquete 3 polegadas

MAES G A Sopa no Hospital testemunho In CANESQUI A M GARCIA R W

D Antropologia e Nutriccedilatildeo um diaacutelogo possiacutevel 20 ed Rio de Janeiro FIOCRUZ

2005 p 239-251

MAGNONI D Gastronomia hospitalar favorece o bem-estar de pacientes internados

In FEIRA ABIA (FRANCAL) 2002 Satildeo Paulo Gastronomia hospitalar favorece o

bem-estar de pacientes internados Satildeo Paulo 2002 p 1-2

MAGNONI D CUKIER C Gastronomia Hospitalar versus Gastronomia Hospitalar

Cultural In FEIRA FOOD SERVICE 2005 Satildeo Paulo Gastronomia Hospitalar versus

Gastronomia Hospitalar Cultural Satildeo Paulo IMEN 2005 p 1-2

MAHAN L K ESCOTT-STUMP S Alimentos Nutriccedilatildeo e Dietoterapia 10 ed

Satildeo Paulo Roca 2002

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

101590S0103-05822009000100015

PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

33

MEZOMO I F B A Administraccedilatildeo de Serviccedilos de Alimentaccedilatildeo Satildeo Paulo Cedas

1994

MORIMOTO I M I Melhoria da Qualidade na Unidade de Alimentaccedilatildeo e

Nutriccedilatildeo Hospitalar Um Modelo Praacutetico 2002 262 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em

Engenharia de Produccedilatildeo) ndash Programa de Poacutes - Graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo

Universidade Federal de Santa Catarina Florianoacutepolis

NONINO-BORGES CB RABATI E I SILVA K FERRAZ C A CHIARELLO

P G SANTOS JS MARCHINI JS Desperdiacutecio de alimentos intra-hospitalar Rev

Nutr Campinas v 19 n 3 p 349-356 maiojun 2006

PARISENTI J FIRMINO CC GOMES CE Rev Alim Nutr Satildeo Paulo v 19 n

2 p 191-194 abrjun 2008

PONTES T E COSTA T F MARUM A B R F BRASIL A L D TADDEI J

A de A C Orientaccedilatildeo nutricional de crianccedilas e adolescentes e os novos padrotildees de

consumo propagandas embalagens e roacutetulos Rev Paul Pediatr Satildeo Paulo v 27

n1 mar 2009 Disponiacutevel em

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-

05822009000100015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 mar 2009 doi

101590S0103-05822009000100015

PROENCcedilA R P da C Desafios contemporacircneos com relaccedilatildeo agrave alimentaccedilatildeo humana

Rev Nutriccedilatildeo em Pauta Satildeo Paulo n 40 p 32-36 janfev 2002

SAVARIN B A Fisiologia do Gosto Satildeo Paulo Companhia das Letras 1995

SOUSA A A de PROENCcedilA R P da C Tecnologias de gestotildees dos cuidados

nutricionais recomendaccedilotildees para qualificaccedilatildeo do atendimento nas unidades de

alimentaccedilatildeo e nutriccedilatildeo Rev Nutr Campinas v 17 n 4 p 425-436 outdez 2004

SOUSA C F Aceitabilidade da Dieta Hospitalar em Pacientes de um Serviccedilo Puacuteblico

In SIMPOacuteSIO DE ENSINO DE GRADUACcedilAtildeO 5 2007 Piracicaba Educaccedilatildeo

Brasileira Extinccedilatildeo ou Sustentabilidade na Universidade Piracicaba UNIMEP 2007

p 1-5

TARABOULSI F A Administraccedilatildeo de Hotelaria Hospitalar Satildeo Paulo Atlas

2006

VAZ C S Restaurantes ndash controlando custos e aumentando lucros Brasiacutelia 2006

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

34

APEcircNDICES

APEcircNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

35

APEcircNDICE A

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

PROGRAMA DE POacuteS ndash GRADUACcedilAtildeO EM GASTRONOMIA E SEGURANCcedilA ALIMENTAR

Centro de Excelecircncia em Turismo Campus Universitaacuterio Darcy Ribeiro ndash Asa Norte ndash Brasiacutelia-DF

CEP 70910-900

Fone (61) 3307-2941 (61) 3307-2944 e-mail cetsecunbbr

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Convido o (a) a participar do Projeto ldquoAvaliaccedilatildeo

da aceitaccedilatildeo de dietas infantis modificadas em hospital puacuteblicordquo que avaliaraacute o grau

de aceitaccedilatildeo de dietas hospitalares a partir da melhora da apresentaccedilatildeo das preparaccedilotildees

atraveacutes de modificaccedilotildees visuais feitas nas dietas infantis Este estudo seraacute realizado pela

nutricionista Pollyanna Machado de Saacute Guerra poacutes-graduanda do Curso em

Gastronomia e Seguranccedila Alimentar da Universidade de Brasiacutelia (UnB) sob orientaccedilatildeo

da Profordf Dra Raquel Botelho

Desta forma eu ___________________________________________________

responsaacutevel pelo (a) ________________________________ concordo que este (a)

participe do projeto acima referido no qual seratildeo obedecidas as seguintes etapas

1 Verificaccedilatildeo dos restos de alimentos provenientes da alimentaccedilatildeo do paciente

antes e apoacutes a modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta

2 Modificaccedilatildeo da apresentaccedilatildeo da dieta do paciente

3 Avaliaccedilatildeo da aceitaccedilatildeo das dietas hospitalares pelo paciente antes e apoacutes a

alteraccedilatildeo da apresentaccedilatildeo das dietas

Declaro ainda estar ciente que se eu desejar a pessoa acima referida e sob

minha responsabilidade poderaacute desistir de participar da pesquisa em qualquer momento

sem prejuiacutezo algum e ainda que todos os resultados e dados coletados seratildeo mantidos

em sigilo podendo ser informado somente ao participante ou seu responsaacutevel

Brasiacutelia ____ de ______________ de 2009

Responsaacutevel pelo paciente

Pesquisadora responsaacutevel Pollyanna Machado de Saacute Guerra

Poacutes-graduanda em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de Brasiacutelia

Telefone 8114-6312 e-mail polly_nutrihotmailcom

___________________________________________________ Pesquisadora Profordf Dra Raquel Botelho

Orientadora na Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gastronomia e Seguranccedila Alimentar Universidade de

Brasiacutelia

Telefone 81378620 e-mail raquelbotelhoterracombr

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

36

ANEXOS

ANEXO A - Teste de aceitaccedilatildeo - escala hedocircnica

ANEXO B - Cardaacutepio 09 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO C - Cardaacutepio 10 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

ANEXO D - Cardaacutepio 11 do Centro de Produccedilatildeo de Refeiccedilotildees do HUB

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

37

ANEXO A

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

Teste de Aceitaccedilatildeo ndash escala hedocircnica

( ) Preparaccedilatildeo 1 ( ) Preparaccedilatildeo 2 ( ) Preparaccedilatildeo 3

( ) Preparaccedilatildeo 4 ( ) Preparaccedilatildeo 5 ( ) Preparaccedilatildeo 6

Paciente_________________________________________________Data________2009

Marque a carinha que mais reflita o que vocecirc achou da preparaccedilatildeo

Detestei Natildeo Gostei Indiferente Gostei Adorei

1 2 3 4 5

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

38

ANEXO B

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 09 ndash Terccedila-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Isca de fileacute de

peito de

frango

grelhada

acebolada

Fileacute de peito

de frango

grelhado

desfiado

acebolado

Frango

(coxa e

sobrecoxa)

cozido

liquidificado

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

Isca de fileacute

de peito de

frango

grelhada

acebolada

Guarniccedilatildeo Quibebe de

mandioca com

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Purecirc de

mandioca

ou

Purecirc de

agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

tratada com

agriatildeo

tratado

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Quibebe de

mandioca

com agriatildeo

Salada - - - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Repolho

branco com

limatildeo

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

- - Ruacutecula

repolho

roxo e

cenoura

ralada

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

batata doce

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Maccedilatilde sem

casca

Creme de

maccedilatilde

Creme de

maccedilatilde

Maccedilatilde com

casca

Manga agrave

francesa

Maccedilatilde com

casca

Maccedilatilde com

casca

Pecircra sem

casca agrave

francesa

Maccedilatilde sem

casca

Maccedilatilde com

casca

Bebidas Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

uva

sem accediluacutecar

- Refresco de

uva

Refresco de

uva

Refresco de

caju

sem accediluacutecar

Refresco de

uva

Refresco de

uva

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Bife chapeado Guarniccedilatildeo ndash Beterraba cozida Salada de repolho alface e tomate

Acompanhamentos ndash Arroz branco com passas e Feijatildeo roxo

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

39

ANEXO C

Almoccedilo ndash Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 10 ndash Quarta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Bife bovino

(coxatildeo duro) agrave

rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo duro)

de panela

desfiado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

liquidificado

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) de

panela

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Bife bovino

(coxatildeo

duro) agrave rolecirc

Guarniccedilatildeo Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Purecirc de

beterraba

ou

Purecirc de

batata

baroa

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

assada

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Chuchu

cozido

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Berinjela

cozida com

pimentotildees

coloridos

Salada - - - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface com

limatildeo

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

- - Alface e

beterraba

ralada ao

molho

campanha

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

cenoura

batata

baroa

macarratildeo e

carne moiacuteda

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Gelatina Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Marmelada Gelatina Gelatina Gelatina

diet

Creme de

manga

Manga agrave

francesa

Bebidas Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

manga sem

accediluacutecar

- Refresco de

manga

Refresco de

manga

Refresco de

goiaba sem

accediluacutecar

Refresco de

goiaba

Refresco de

goiaba

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Frango assado Guarniccedilatildeo ndash Quibebe de aboacutebora Salada de alface crespa e cenoura crua ralada

Acompanhamentos ndash Arroz branco e Feijatildeo roxo

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco

40

ANEXO D

Almoccedilo - Dietas Especiais ndash Cardaacutepio 11 ndash Quinta-feira

Dieta Composiccedilatildeo Branda Pastosa Liacutequida-

Pastosa

DM IRC Hipograxa Laxante Obstipante Sem

irritantes

Hipossoacutedica

Prato principal Frango assado

(coxa e

sobrecoxa sem

pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

desfiado

Frango

cozido (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

liquidificado

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Frango

assado (coxa

e sobrecoxa

sem pele)

Guarniccedilatildeo Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Creme de

milho (sem

leite)

ou

Purecirc de

inhame

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Abobrinha

Itaacutelia cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Abobrinha

Itaacutelia sem

casca e sem

sementes

cozida

Creme de

milho (sem

leite)

Creme de

milho (sem

leite)

Salada - - - Chicoacuteria e

tomate

Pepino com

limatildeo

Chicoacuteria e

tomate

Chicoacuteria e

tomate

- - Chicoacuteria e

tomate

Acompanhamentos Arroz branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz branco

pastoso

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

liquidificado

Feijatildeo roxo

simples

liquidificado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

tratado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Sopa de

chuchu

inhame

macarratildeo e

frango

desfiado

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Arroz

branco

Feijatildeo roxo

simples

Sobremesas Mamatildeo agrave

francesa

Mamatildeo agrave

francesa

Gelatina Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Abacaxi em

rodela

Banana

prata

Mamatildeo agrave

francesa

Abacaxi em

rodela

Bebidas Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

- Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo

Refresco de

limatildeo sem

accediluacutecar

Refresco de

caju

Refresco de

limatildeo

O refresco soacute eacute servido para as dietas liacutequidas as aumentadas em liacutequidos e aos pacientes que solicitarem

o Cardaacutepio da Dieta Normal Prato Principal ndash Feijoada light (feijatildeo preto e coxatildeo duro em cubos) Guarniccedilatildeo ndash Banana nanica assada e Couve

manteiga cozida Salada de alface crespa tomate e laranja Acompanhamento ndash Arroz branco