auto poi ese intra pessoal

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  • 7/26/2019 Auto Poi Ese Intra Pessoal

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    AUTOPOIESE INTRAPESSOAL

    Vladimir Dimitrov e Robert Ebsary

    O que autopoiese intrapessoal

    Humberto Maturana e Francisco Varela introduziram a idia de autopoiese como uma forma de

    organizao sistmica, na qual os sistemas produzem e substituem seus prprios componentes,numa contnua articulao com o meio. Os sistemas autopoiticos so autocatalticos, isto , noapenas estabelecem, mas tambm mantm uma fronteira peculiar com o mundo circundante fronteira essa que simultaneamente os separa do meio ambiente e o conecta com ele. Os sereshumanos so exemplos de sistemas autopoiticos eles se reproduzem numa co-evoluoincessante com o meio: as pessoas respondem, (ou seja, reagem, adaptam-se) s mudanas doambiente e este responde (reage, "adapta-se") interveno humana.

    Cada indivduo tem caracterstica que refletem sua estrutura interna peculiar. Essa estrutura estaberta s mudanas: inevitavelmente evolumos, no curso de nossas vidas. Como as pessoasdividem entre si o que experimentam e o que sabem (ou pensam que sabem) acerca de si mesmas e

    do mundo, muitas semelhanas se originam das maneiras pelas quais elas vem, interpretam eentendem os fenmenos vitais. Mesmo assim, cada indivduo expressa seu self como umapersonalidade nica, desde a infncia at a velhice. Em todo ato fsico, emocional, mental ouespiritual, o selfde cada indivduo reproduz a si prprio, mantendo uma fronteira peculiar com omundo circundante e "evoluindo" em harmonia com ele. A reproduo e evoluo do selfde cadaindivduo, em conexo vital com o seu meio ambiente, o que chamamos de autopoieseintrapessoal.

    Oself individual

    Segundo as antigas escrituras vdicas, o self o gnio fundamental e supremo da natureza, queespelha a sabedoria do cosmos. Esse gnio est dentro de cada um de ns, como parte de nosso

    esquema interno, e no pode ser apagado. Uma definio cientfica do selfpode basear-se nasemitica: o selfindividual surge como uma escolha conceitualizada de indicadores que traduzem,para usar uma boa analogia, a sensao que temos de estar "em casa" com nossos sentimentos epensamentos. Por meio do estudo dessa escolha, e relacionando-a s condies espaciais etemporais sob as quais ela foi feita, o indivduo pode buscar a sua identidade e autenticidade.

    A busca da identidade e da autenticidade conduz a um cone, que representa um signo doselfdecada um. Esse cone evolui com o correr do tempo. Entender o que ele significa a cada instanteconstitui a essncia do autoconhecimento o processo central da autopoiese intrapessoal.

    AutoconhecimentoTrata-se de um processo que inclui trs vertentes:

    1. Conhecimento do ideal (CDI), que busca respostas para a questo: "Que espcie depersonalidade ideal eu gostaria de desenvolver (nutrir, fazer crescer, concretizar) em mimmesmo?"

    2. Conhecimento dos obstculos no caminho para o ideal (COI). Aqui, o objetivo responder pergunta: Que tipo de obstculos (externos ou internos) me impedem de alcanar(desenvolver, concretizar) o meu ideal?.

    3. Conhecimento da energia individual (CEI). Esse conhecimento procura respostas para aindagao: Como posso ampliar e utilizar melhor o meu potencial (poder, fora de vontade,determinao) para lidar com (ou superar) os obstculos que h no caminho para o meuideal?.

    Como as trs gunas (termo snscrito para designar as qualidades fundamentais da naturezahumana, descritas na antiga filosofia iogue de Patanjali), as trs vertentes do autoconhecimento

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    jamais esto em equilbrio: elas mudam sempre, de modo que a cada momento uma delasprevalece. Se predomina o conhecimento do ideal (CDI), estamos com freqncia num estadocontemplativo ou onrico seja gerando ativamente idias, planos, vises e cenrios de futuro,seja imaginando passivamente que estamos em algum estado ou condio ideal. Caso predomine oconhecimento dos obstculos no caminho para o ideal (COI), possvel que nos sintamosdeprimidos: podemos estar cnscios do quo difcil seria alcanar o estado ideal (tal como o vemos

    em nosso sonhos, planos e vises) e de quanto esforo, conhecimento e vigilncia seriamnecessrios para mant-lo. Na situao em que prevalece o conhecimento da energia individual(CEI) estamos em geral num nimo ativo e criador agimos na direo de pr em prticas asnossas idias, planos e sonhos.

    Como de costume, as trs vertentes acima interagem mutuamente por meio de vrios ciclos defeedbackpositivo e negativo. O caminho mais promissor para a auto-realizao e o crescimentopessoal parece ser o feedbackpositivo entre o CDI e o CEI. A imagem do ideal estimula as aeshumanas e estas o tornam mais real, prximo e alcanvel. Um crculo defeedbacknegativo entreo CEI e o COI parece agir contra a auto-realizao e o crescimento individual. Quanto menosativos estamos, mais obstculos surgem no caminho para os nossos ideais e vice-versa.

    As vertentes de autoconhecimento e seus modelos interativos emergem da conexo estrutural como meio ambiente, onde ocorre a experincia humana. A esse meio damos o nome de espaoexperiencial humano. Ele proporciona o contexto no qual a autopoiese intrapessoal se manifesta.

    O espao experiencial humano

    Examinemos as principais caractersticas desse domnio.

    O espao experiencial humano catico, porque:

    a. No podemos predizer quais os padres de experincia que vo surgir em nossas vidas, nemmesmo em curtssimo prazo;

    b. Mudanas mnimas nas narrativas que fazemos a nosso respeito, e sobre o mundo em quevivemos, podem provocar alteraes dramticas em nossa experincia cotidiana;

    c. Modos de comportamento aparentemente simples e rotineiros podem levar a modelosexperienciais extremamente complexos.

    O espao experiencial humano multidimensional, porque:

    a. Um nmero quase infinito de fatores inter-relacionados, "internos e externos", contribui para anossa dinmica experiencial;

    b. Foras auto-organizadoras emergem da turbulncia dessa dinmica e so responsveis pelaevoluo humana.

    O espao experiencial humano no obedece linearidade do tempo:a. Tanto o passado quanto o futuro se encontram nos modelos experienciais do tempo presente;

    b. A natureza de um evento experiencial reflete diretamente a percepo humana numdeterminado instante.

    Atratores estranhos1(ou atratores caticos) surgem e desaparecem no espao experiencial humano:

    a. A vida humana se bifurca de um atrator para outro;

    b. Os atratores de nossa experincia sensorial so estruturas dissipativas, isto , vo diminuindo ese dissipando medida que convergem para o atrator final, que a morte fsica.

    A experincia humana tem uma tendncia a se fixar num atrator estranho especfico do espaoexperiencial humano:

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    a. Com muita freqncia este atrator aquisitivo, orientado para o ganho ligado busca dobem-estar material (ou da fama, do poder, do prazer, do conhecimentos etc);

    b. A fora auto-organizadora que emerge desse tipo de atrator mantm sempre a mesma direo no caso, para a gerao cada vez maior (de dinheiro fama, prazer, conhecimento etc);

    c. Com a dissipao (retrao, diminuio) do poder do atrator, a intensidade de sua fora auto-

    organizadora diminui.Dois fatores inspirao e inteno desempenham um papel crucial nos processos deautoconhecimento e so indispensveis para as manifestaes externas e internas da autopoieseintrapessoal.

    InspiraoA inspirao proporciona energia ao espao experiencial humano e prolonga a vida dos atratoresque ali pulsam. Ela pode tambm fornecer a energia necessria para um salto sbito (de um atrator

    para outro). O impacto crucial da inspirao implica que ela pode provocar a emergncia de novosatratores e, assim, constitui um poderoso estimulador da criatividade humana.

    Como a criatividade, a inspirao ocorre espontaneamente em nosso espao experiencial. Sabemos

    que buscar inspirao ou pretender ser espontneo algo que no funciona na prtica. Pelocontrrio, iniciativas como essas criam obstculos deflagrao doflashinspirador. Entretanto, hmuitos catalisadores poderosos da inspirao, sejam eles externos (belos cenrios, personalidadesmarcantes, msica, quadros, leituras etc), ou internos (realizaes individuais, fora de vontade,experincias amorosas, f, esperana etc). Diferentes catalisadores podem ter efeitos inspiradoresdiversos em diferentes indivduos.

    A dinmica de qualquer atrator orientado para os ganhos materiais no espao experiencial humano(mesmo os ligados acumulao do conhecimento) pode ser reforada, mas nunca inspirada. Afixao a um determinado atrator no pode ser inspirada. Quando se tenta refor-la, em geral oresultado a exausto desse atrator. No entanto, um ato de genuna inspirao pode ajudar uma

    pessoa a resistir s foras de algum atrator prejudicial ao corpo e mente, e assim livr-la defixaes excessivas. (Os Alcolicos Annimos so um exemplo de inspirao espiritual, que ajudaas pessoas a lidar com o poder prejudicial do alcoolismo). Qualquer esforo espiritual genunonecessita de um lampejo de inspirao, do contrrio perde em sinceridade e fenece rapidamente.

    A inspirao necessria para proporcionar energia procura da identidade e da autenticidade, quepor sua vez so importantes para a busca auto-realizao, iluminao e sabedoria. No se trata deum fenmeno "logocntrico", isto , ela no se baseia em nenhum sistema logicamente consistentede pensamento, que proclama sua legitimidade amparando-se em proposies externas euniversalmente vlidas. Fundamenta-se, ao contrrio, em lgicas humanas e autoconstitudas, queso circulares, auto-referenciadas e portanto paradoxais.

    Por ser estimuladora da criatividade, a inspirao precisa ser intermitente (descontnua) em termosde causalidade: as cadeias causa-efeito se desfazem diante de sua lucidez. Qualquer anlise a

    posteriori de como a inspirao funciona possivelmente revelar relaes de similaridadegeomtrica entre trajetrias experienciais, e no ligaes de coerncia entre causas fsicas.Portanto, os mecanismos geomtricos parecem ser adequados para "mapear" (localizar) eventosinspiradores no mbito das dinmicas experienciais.

    IntenoEm contraste com a inspirao, a inteno um fenmeno logocntrico, ou seja, baseado em umsistema logicamente consistente de pensamento. O pensamento lgico, a anlise causa-efeito e aacumulao de conhecimentos tericos e prticos nos ajudam a determinar nossas metas,

    propsitos e objetivos, e a escolher as abordagens por meio das quais eles podem ser alcanados. Ainteno orienta os fluxos de energia no espao experiencial humano. A fora de vontadeindividual diretamente responsvel pela manuteno da intencionalidade humana. Sem ela (e sem

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    todos os demais esforos fsicos e mentais dela emanados) a energia da inspirao se dissolveirreversivelmente.

    A inspirao faz nascer novos atratores no espao da experincia humana, mas a inteno queescolhe para onde deve se orientar a nossa atividade. A mera gerao de muitos atratores, sem quesejam desenvolvidos esforos suficientes para assimilar suas finalidades e entender a sua natureza,

    pode ser muito destrutiva. Na antiga fbula, o jumento morre de fome porque incapaz de escolher

    entre duas fontes atraentes de alimento. Na fbula do nosso tempo, a humanidade est matando oseu meio ambiente (e portanto a si prpria), porque incapaz de entender a natureza perigosa demuitos dos atratores criados pelo pensamento linear atualmente dominante, e tambm porque estfortemente orientada (de forma exaustiva e competitiva) para o ganho e a acumulao de bensmateriais, prestgio e prazer.

    A compreenso dos atratores que atuam no espao experiencial humano requer um certo esforo.Entretanto, antes disso necessria a inteno de estarmos atentos ao que acontece em nossasvidas. Em sua maior parte, os eventos da vida humana so extremamente sutis e ligados sdelicadas esferas dos mundos mental, emocional ou espiritual de nossa individualidade. Para podersentir e entender o que acontece nesses domnios, precisamos de extrema ateno, vigilncia e

    cuidado. Essas qualidades devem ser intencionalmente descobertas em nosso ntimo e por nsmesmos. Ningum de fora pode injet-las em ns, tornar-nos cnscios do que acontece em nossoespao experiencial interior. Esse espao sagrado, e s ns prprios podemos ter acesso a ele o espao sagrado interior de um indivduo o lugar onde funciona a sua autopoiese intrapessoal.

    "No me siga, siga a voc mesmo"

    Essa frase famosa de Nietzsche. Ela se relaciona fortemente com o funcionamento da autopoieseintrapessoal. Significa que o processo autopoitico que se manifesta num determinado indivduono pode ser transplantado para o espao interno de outro. Se voc segue os outros em vez de servoc mesmo, perder rapidamente a sua centelha e deixar de refletir a luz de sua individualidade.Sem esta, no h auto-ateno, crescimento pessoal nem progresso na vida.

    Seguir outra pessoa (seja mentalmente, emocionalmente ou espiritualmente) significa copiar,imitar ou identificar-se com o mecanismo de autopoiese intrapessoal do outro e esquecer o seu selfreal. Essa circunstncia pode resultar em conflitos fatais entre o self e a mente (confuso de

    pensamentos), entre o self e o corao (confuso de sentimentos) e entre o self e o esprito(confuso na busca da identidade). A autopoiese intrapessoal precisa de liberdade para funcionar.A partir do momento em que nos rendemos a algum outro self, nossa liberdade perdida e nostornamos incapazes de auto-expresso. A falta de liberdade torna a autopercepo impossvel eresulta na perda de oportunidades individuais para o autoconhecimento, auto-realizao ecrescimento.

    Capacidade de Aprender

    A capacidade individual para a aprendizagem crucial para o estabelecimento, seja ele espontneoou intencional, de conexes e interdependncia entre os eventos experienciais e seus modelos e

    processos. Se encararmos os eventos e os processos como fenmenos interconectados, poderemosextrair deles muitos significados e, dessa maneira, utiliz-los como lies pessoais de vida.

    Infelizmente, nossa capacidade para apreender o significado de nossas experincias bastantelimitada. Somos capazes de refletir apenas sobre os pontos de mutao globais de nossas vidas, eeles so muito poucos. H uma infinidade de eventos minsculos, de difcil percepo, queacontecem incessantemente e influenciam de modo decisivo o nosso modo de viver. possvelaprender a perceb-los? A resposta positiva se relaciona, mais uma vez, com o despertar da

    percepo.

    A percepo humana infindvel. Uma vez aberta, ela se espraia e ajuda a ver mais e mais ascoisas que acontecem em nosso cotidiano mas no a perceb-las como acontecimentos isolados

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    e insignificantes, e sim como constituintes vitais de uma teia integral e dinmica, que pulsa emcada um de ns e da se estende a todas as criaturas animadas e inanimadas do Universo.

    Nascemos para perceber a ns mesmos. O que precisamos aprender como fazer emergir essapropriedade inerente, como retir-la de debaixo das camadas de preconceitos, esteretipos, hbitose ignorncia, que se acumularam durante anos e anos de obedincia cega a instrues alheias, ouno desempenho de atividades nas quais nos comportamos como robs, no bojo de atratores

    orientados para ganhos exclusivamente materiais. As tcnicas de concentrao, contemplao emeditao, especialmente ajustadas natureza de cada indivduo, podem ajudar de modo decisivono aguamento de nossa capacidade de aprender a partir dos eventos da vida, no importando oquo insignificantes eles paream ser.

    ConclusoDe todas as experincias que podemos viver, a do nosso selfinterior a mais importante. Nossoscorpos esto sempre mudando. Nossas mentes, com seus pensamentos, sentimentos e desejos,tambm vm e vo. Num caso e no outro, trata-se de experincias fechadas no tempo e no espao:no devem ser confundidas com as pessoas que as experimentam.

    Deepak Chopra observa que "aquele que passa por uma experincia est alm do tempo e doespao. Representa o fator atemporal que h em toda experincia limitada pelo tempo. ele quemsente o que est por trs dos sentimentos, quem pensa os pensamentos, quem anima os nossoscorpos e mentes". Ele o nosso self. Sua reproduo e evoluo constitui um entrelaamentoindissolvel com o Universo e est no centro da autopoiese intrapessoal, cujo entendimentoequivale ao entendimento de ns mesmos e essa a mais elevada das compreenses.

    Nota1. Um atrator um centro para onde determinadas energias so atradas. Por exemplo, a aquisio de dinheiro, poder ebens materiais o atrator para onde se dirige grande parte das energias da nossa cultura. Os atratores so estruturasimportantes na teoria do caos e dos fractais. Este termo vem do latimfractus, que significa irregular e fragmentado. Osfractais so figuras representativas da geometria do caos e mostram que nele h tambm uma ordem. Num fractal, cadaparte reproduz com exatido todas as caractersticas da totalidade. Os sistemas dinmicos (os seres vivos, por

    exemplo) podem assumir comportamentos incertos e caticos, que os fsicos e matemticos representam graficamentepor meio de fractais os chamados "atratores estranhos" ou "atratores caticos".

    Referncias bibliogrficas

    MATURANA, H. and VARELA, F., 1987. The Tree of Knowledge. Boston: Shambala.

    LUHMANN, N., 1990. Essays on Self-Reference. New York.

    McNEIL, D. and DIMITRO, V., 1998. Topology of Uncertainty, in Fuzzy System Design: Social and EngineeringApplications, Ed. L.Reznik and V. Dimitrov, Heidelberg: Physica Verlag.

    CHOPRA, D., 1994. Journey into Healing. New York: Harmony Books.

    (Maro, 2000)

    VLADIMIR DIMITROV pesquisador do Center for Systemic Development da University of Western Sidney Awkesbury, Austrlia. O co-autor deste estudo, ROBERT EBSARY, j falecido, pertencia mesma Universidade.

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