espaço intra urbano

32
8/17/2019 Espaço Intra Urbano http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 1/32 Capitulo 2 Espa90 intra-urbano: esse desconhecido No amplo campo dos esludos lerrilOriais. I ~ r n havido nas IIltimas dlkadas um c res cenle desenvolvimenlo da s i n v e sllga~i'H: s rogionais e uma s urpreendente eSlag na ;l1o dos eSludos ln l ra-urbanos. ES I c,;, pOIlCO de relevante produziram desde a d E - cada de 1970. Mesmo no periodo entre as dccadas de 1930 e 1970, foram frllgcis as contrilJUi¢es nessa area (embora abundnssern as n~li 5 C 5 rogionais), dada$, por e x em plo , pela economia e geografia n e o c l ~ s s i c (Will i am Al onso, Br i an Berry, R . F MUlh, H. S. IIerloff e Lo\\'donWi ngo Jr., pam cilar apcnas alguns cxpocntesj . Dccomp6s·se a ddade em vprios elemen tos e produnu·se Ulna sE rie de eSludos alomiz a dos sobre leniaS espec(ficos, como a densidade demogrllfica, as lIreas i ndustria i s, as comerciais, o p r e ~ o da terra , eIC .; a l ~ m disso, prodllziram-se as conheddas teorias pomua s da l o c a l i z a ~ o . Uma fnigil 115  0 de conjunto, incapaz de a]udar a o n s l m ~ 1 I o de uma base IcQrica mal s ampla sobre 0 s p a ~ o inlra-urbano, foi apresemada. Nesse senli do, po u co 5e a v a n ~ n u nas investiga~i'H: s sabre 0 conj unlo dn ddade e sobre a rticuliI~ilo en Ire suas v4rias :ireas fundonais, au seja, sobre a cs lrulurn inll-.Hlrbana. A vis;lo anicu l ada e de conjunlo foi. alill s , a grande o n t r j b u ~1Io da Oscola de Chicago. As lentativas de f o r m u l a ~ i i o de modelos espadais - 100 d ifu ndidas por Chorley H ~ g g e l t no final dos arlOS 60 (mca do s dos anos 70, no Rra siIJ _ li veram curta d u a~ii.o, pais foram mropeladas pelos eSllldos [erriloriais de base manel Sla surg dos igualmeme naquela ~ p o c a e que pa ssam m a dominar 0 assunto; )sses es tu dos, c ntr elanto. em ignorando quasc (olalmente 0 e s p a ~ o inlr:l-urbano. Desde emoo, a mais notavel lCntati"a de l e o r i 7 . a ~ i i o desse espa(j'o como um todo tenha sido. talve..:, a re i la IlOr Castells em ..tl t{lIesrioll Iminl . E sse u l o r l 0 r ~ m , abando· nOll 0 campo de sludo ern foco e ningul m 0 r etomou a parlirdo pon lo em que ele odcixo u. IIelo menos, a panirdele, n1l0 sc formou uma correnl ) ou cscola de pensa m e nlO sobre 0 e s p a ~ o inlra-urbano.

Upload: julio-botega

Post on 06-Jul-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 1/32

Capitulo 2

Espa90 intra-urbano:

esse desconhecido

No amplo campo dos esludos lerrilOriais.

I ~ r n

havido nas IIltimas dlkadas

um

cres

cenle

desenvolvimenlo das i n v e s l l g a ~ i ' H : s rogionais e uma surpreendente eSlag

na ;l1o dos eSludos ln lra-urbanos. ES Ic,;, pOIlCO de relevante produziram desde a d E -

cada de 1970. Mesmo no periodo entre as dccadas de 1930 e

1970,

foram frllgcis as

contrilJUi¢es nessa area (embora abundnssern as n ~ l i 5 C 5 rogionais), dada$, por exem

plo, pela economia e geografia

n e o c l ~ s s i c

(Will iam Alonso, Br ian Berry, R. F MUlh,

H.

S.

IIerloff e Lo\\'donWingo

Jr.,

pam cilar apcnas alguns cxpocntesj. Dccomp6s·se a

ddade

em vprios elementos e produnu·se

Ulna

sE rie de eSludos alomizados sobre

leniaS espec(ficos, como a densidade demogrllfica, as lIreas industriais, as comerciais,

o p r e ~ o da terra, eIC .; a l ~ m disso, prodllziram-se as conheddas teorias pomua s da

l o c a l i z a ~ o .

Uma fnigil 115   0 de conjunto, incapaz de a]udar a o n s l m ~ 1 I o de uma base

IcQrica mals ampla sobre 0

s p a ~ o

inlra-urbano,

foi

apresemada. Nesse senlido, po u

co 5e a v a n ~ n u nas i n v e s t i g a ~ i ' H : s sabre 0 conjunlo dn

ddade

e sobre a r t i c u l i I ~ i l o en

Ire suas v4rias :ireas fundonais, au seja, sobre a cs lrulurn inll-.Hlrbana.

A vis;lo

anicu

lada e de

conjunlo foi.

alills, a grande o n t r j b u

~ 1 I o

da Oscola de

Chicago.

As

lentativas de f o r m u l a ~ i i o de modelos

espadai

s -

100

difundidas por

Chorley

H ~ g g e l t

no final dos arlOS 60 (mcados dos

anos

70, no Rra

siIJ

_

li

veram

curta d u a ~ i i . o , pais foram mropeladas pelos eSllldos [erriloriais

de

base manelSla

surg dos igualmeme naquela

~ p o c a

e que passamm a dominar 0 assunto; )sses es

tu dos, cntrelanto.

em

ignorando quasc (olalmente 0 e s p a ~ o inlr:l-urbano. Desde

emoo, a mais notavel lCntati"a de

l e o r i 7 . a ~ i i o

desse espa(j'o

como um

todo

tenha

sido. talve..:, a re ila IlOr Castells em ..tl t{lIesrioll Iminl . Esse u l o r l 0 r ~ m , abando·

nOll 0 campo de sludo ern foco e ningul m 0 retomou a

parlirdo

pon lo

em

que ele

odcixou. IIelo menos, a panirdele, n1l0 sc formou uma correnl ) ou cscola de pensa

menlO sobre 0 e s p a ~ o inlra-urbano.

Page 2: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 2/32

N e s t ~ obm

procura·se

desenvolver a [esc de

que os

proeessos que, de urn

lado. podem seridentificadoscom a

s [ r u t u r a ~ ~ o d a s

redcs r b a n ~ s . com

0

elemen

to

urbano

das cstrulnrt\s espaciais regionais, on com

0

proccsso

espadal

de urbani -

7 . : l . ~ ~ o

e de outro,

os

processos de

eSlnl[UflU;itO

internn

do e s p a ~ o

urbano

m io

se

guem a mesma l6gica, nao passam pelas mesmas mcdia<;oes (dcsdc as macroam'ilises

sociocconomic<ls

<lu

as transforma<;oes espaciais intra-urbanas l e nilo podem ser

abordarlos ]lelos meslllo" p<lmdigrnas te6ricos. PaTlindo de

uma

dada

f o r m a ~ n o

so

cial. pam

sa eheg

ar

ao

e s p a ~ o in[m-urtmno. rt neccssidade de p<lssar por media

<;oe5 difcTen[cS das requcridas para chcgar

ao

e5pa,,0 regional. No elllal110,

nas

tilt

mas

d ~ c a d a s tern h<lYido ImnsboTdamentos eqnivocados das an;ilises rcgionais

que cOt\slitllcm a

nmiori<l-

para as intta-urbanas.

A

f u n d a m c n t a ~ a o

le6rica desenvolvidn para dernonslmr essa tese

sem

ex

posta a scguir, Otganil..a.da em qUairo

ilC

I

IS.

a saber:

• a qucstilo semdntica. Aqui prctende-sc expl icar

pOt que

utiliwda nesla obra,

a contragosto. redundame exprcssao intrn-urbano;

• breves o

n s i d e r a ~ o e s

soure a i s t i n ~ a o e Ure

e s p a ~ o

intr.t-utbano c regional;

• a especiflcidade

do

s p a ~ o imra-uruano;

• confusocs

n ~ s

nuordagcns dos

s p a ~ o s

intra-urbano e rel(iona .

Scguem-se

dcpois

bre'·cs

c o n s i d e r a ~ i ' i c s

sobre a

r c l a ~ 5 0 entre

csp'l<;o c so

ciedHde.

A

questao

semant

ica

Ttnta-sc dc entcndcr c justiflcat n exptess.'1o imra r jrbmlO. Como ,·crcmos

ndinnrc, c . ~ s a qucstao nilo ~ mcta c inconsequcntc formalidadc.

A cxpressilo in[ra-

urh,, o

nao dcveria

SeT

ncccss;iria,

] l o i s e

p a ~ o urbano"

~

uma c x p r e s s ~ o sntisfat6ria.l'or que, emao. utilizada?

,'exprcssao cspafo urbmlO bcm como "estrutura urbana", ·cS rulura"ao -

bana", r c c s t r u t u r a ~ i \ o urbana·· C 01l[T3S

c o n g ~ n e T e s .

s6

pode se rdenT ao

i n t r a - u r ~

bano. Tal cxpressiio deveria seT. pois. dcsneccssaria, em face de

sua

redundancia.

POrent,

S I A ~ O

urbano-e

wdas

aquclns

aflns-

e s t ~

hoje de tal forma

comprome

tida com 0 componcntc urbano

do

s p a ~ o regional que

houvc ncccssidade

de eriar

OUlm

e x p r u s s ~ o

para

dcsignH 0

c s p n ~ o urbano; dar

0

surgimcnto e uso

de

inrm·

urbano.

A(tuilo que grande parte da recente li[era[ura eSjlacial progressista

tem cha

mado c c s p a ~ o urbano rcreTe-se. Jla \'erdade. on

ao

processo de r b a n i ; w ~ a o gene

ricamentc

abomado, ou l cspa<;os rcgionais, nacionais, contincntais e mesmo pia·

net:irio. Nos

\iltimos cnsos. 0 cspa<;o urb<lno apnrcce

como clemcmo

dc

eS\TUlUras

espaciais lcgionais, nacionnis. contincmais Ol 1 ) I < l n c t ~ r i a

Com cfeilo. das

d u ~

.•

l.I11m: ou

se

('SIuda 0

armnjo lmemo

dos

s p a ~ o s

urba

nos.

ou

se ('studa < I arranjo i

lemo dO

$espa<;(ls regionai

S

oaciooais 011 planet:irio.

Nos dois casos. 6bvio. 0 s p a ~ o ~ lmra. l'orlanto. a expressao s p a ~ o

urbaoo

- n5.o

h;i como

set

difcrente - 56 podc rcfcrir-sc ao e s p a ~ o intra-urbano, assim como a

Page 3: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 3/32

6

·C

OUm

MUU

o

O

1w

aUUom

om1S

p

O

SUO

OUW

[

WO

-

OSoO

U

U

W

-mpUC

spWZU

-U

OUW

SWsU

<

-oUS

S

o

o

OUoU>IUOU

o

>UU>>U

_YUSOn5

S

Y

p

CU

u

C

-wUUU.

UO

m

UU

oo

O

"m>UaWm

i0

o

unbW

'

O

<<USUUU

-

O

OOC

0

>1

I

Cm

0U1

-

C

o

U

-1

1<

5O

nuW

1oO1

-& OW

OJH1

'

COYPOJWH

SU

U

aU51UUoOWL

'Q

n

SAU

u

C

oo

O

O

uo

O

S

On

-UIbO

U

C

OVO

oWo

n

Wa1O

'JUo

odU<oU

SUU

OU

OU

u

>

>m

.mOwUU

UVVO

W

O

-XO

OUW

W

<

Page 4: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 4/32

I>lnis corretn e mnis ~ r a e a

posi<;fio do

rcvistn Esparo Debates Dc urn Jado.

editou urn

n(mleTO

especial (3no Jv.

1984.

n. 13)

~ o b

0 flulo "As mud3n<;<l$ M dina

rniC3 urbano-regiona l e $\ as perspectiva

s" c.

de out

ro,

sua

e d i ~ ; ' l o

de mirnero 25

recebeu 0 tllUlo de "Reestrtltura<;lI.o:

eeonom

iu

e wrriI6rio".

Em

ambos

os

casos es

qu;vOll-se tnni[o

bem

das arrnadilhns quer da

e e S l n

I 1 U m ~ a o llTbann", quer da

r e e s l

r u t u r : l ~ i l o urbana e regionnl".

a fa[o

~

que, dada a irnpor[ilnd a du pTocesso de u r h a n i z a ~ i l o e das redes

UT"

banas na l'Slru[Ura<;Jo regional, expresslles como s p a ~ o urbano, estrulurn urbana

ou

r c e s t r u t \ J m ~ i i o

urbana passamm

a ser expressoes de prestigio e foram captum

das e rnonopolizadas pel05 estudo. regionnis.

A

visla dessa

l u a ~ i i o ,

fomos obriga

du

s a nos rende r, n contragosto.lI. l

enni

nologin j;i cristalizada e a nos

conformare

rn

ulilil'.aT

a cxpressllo -

:ncsmo que e d u n d a n t e

  s p a ~ o intra-u rbano.

Essa qucslilo

se

miintica,

como

di

s.e

mo

s,

nfio c

meme

inconseqUentc forma

Udalle. Adian te \'e reI110s alguns de e u s desdobramentos al am

en

te problenu\licos.

Espac;os regional e inlra"urbano

A s t i n ~ 1 l . o mais imp0rlantccntre espa<;o intra-urbano e s l m ~ o regional de

riva dos tmnsportes e ,las comunic<l<;ocs. Quer no

S p < l ~ O

n t r a - u r b ~ n o . qner no m

gional. 0 des ioca melllo de mat o: ria e do seT humilllO lelll 11m poder

estruturador

bem mainr <10 que 0 desloc:ullenlO

dn

"nerlli"

011 <las

illfoT na<;oes. Aes

trlllura<;1l.o

do

espa<;o regional

dominada

pelo deslocamento das

i n f o r m a ~ u e s

da

energia,

do

capilnl COllslante e das rncrcadorias em gcml - e\"cnlualmcnte ate dn mercndoria

f o r ~ a de tmlmlho. 0 espn<;o in m-lIfb3l1O, ao contnirio. e eslrlllura<lo fllndilrllenlul

men Ie

p e l a c o n d ; ~ u c

de des oc:HtlCnto 1I0 seT hurllimo, scja cnquanto portadoT ]i\

mercad

or

ia

for <;a

de lrabalho - comO no deslocamemo cilsa/tra

halho

- seJa en

quanta conslimidor -

reprodu<;110

da for<;a de traba lho. dcslocnmento casa-com

pm s, casa·la 1.CT, cscola. C1

C.

Exatamente dai vetn . po r cxe mplo. 0 enOnne poder

eslrUIIITador int T: -llTha )o d ~ s ,in:as comerciais c de

e

~ o s . a come<;ar pelo pro·

prio centro urbano. Tais Meas, meslllo nas cidades industria is,

s ~ o

as

que

gHilm e

atmem

a maior qllantidnde de des

locamcnto

s (viagcns),

pOi

s acu

mulam os

desio

cameniOS de f o r ~ a de [rabalho - os que ali tralJalham - com os de cons llrllidort;s

-

os

que ali

fazelTl

comprlls C

v."in

a o s s c r \ ' i o ~ .

Quanto aD papel espacial das comunica<;,je s. lra[a-se de asslinto que ja traz

b3ila a confusilo ell I e as an: .1ises dos espa<;os ill m-

urbano

e regioll3 1; J: . t ~ m o

aqui a oportunidnde de

mendonar

essa questilo. que ser: . desen\'oil'idn lo go a ~

guir. rnos lrando como 0 dornfnio dos e

studos

intra -urbanns tem sido r ~ j l l d i c a d o

pe)a indel' idn n d o ~ i o de paratligm'ls, conce;[os e metodo)

  sias

{ p i ~ o s dos cst u·

dos regionais.

Traln·se de rcgislrnr 0 Mbilo dos annlistas rcgionais de ul Biza

r,

em

n ~ l i s e s

intm-urbnnas. estes dois ' o c ~ b u l o s -

transport

es e comun ica<;

oes

- e conseqUen

temen[e

reaUdades

que

exprilllem. tilo

amarmdos quanta

irmilos siarneses. Igno

m-

se

assim 0 fato de que seus cfcilos

sob

re oS c s p a ~ o s in[rn-uri.mllo c regiomll Silo

Page 5: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 5/32

totnlmente dlstintos. As c o m u n i c a ~ i i e s tcm deito profundo sob re os

s p a ~ o s

regio

nais, nacionais Oil p l a n c t ~ r i o ,

c o m p J r ~ \ d

ao dos transportes_ Entre

outras

razoes,

pdo

fato

d

0

s p a ~ o

regional scr, como disselllos, estrutumdo pelo desloc3menlo

de energin_

pebs

o m u n i c a ~ o e s e

pelo

transporte

de mercadorias_ e 0 dinheiro,

uma

das mercadorias mais Iransportadas ultilllamente no

s p a ~ o

regional.

tem-se

utili

zado exalamente das

o m u n i c a ~ o e $ _

Esta meldfora, muito utilizada, se

apliC<l

bern a

cssa i t u a ~ i l o : as

o m u n i c a ~ i ' i c s .

taJ como os tr.msponcs, tern feito com que 0

mun

do

sc"encolha".lIs

o m u n i c a ~ o e

a

cC rlailltumda

hist6r(a da

t ~ c n i c a .

se Hllcrtamm

dos transporles. Elasdependiam - pelo menos

agrande

s

i s t ~ n c i a  

do

transpor

te

da

mcnsagem:

transporte

do joma . lransportc

da

cartn.l'oi com a

i n v e n ~ i l o

do

wJ6grafo

que

as

c o m u n i c a ~ o c s 5e libertuum e n t ~ o .

Harvey (1993, 220),

a l i ~ s ,

utili

za-se

de

duas

i l u s t r a ~ o e s pam

mostmr 0

"e

ncolhimento" do mundo:

uma

atrav6s

dos tmnsportcs e outrn - a propaganda

de

uma empresa de l e l c c o m u n i c a ~ i ' i c s -

atrav{'s

das o n l 1 m i c a ~ o e s

Entretanto, a s t r u

l u m ~ ~ o

do espa(,'o intra-urbano 6 dominada pelo desloca

mento

do

ser

hum:lno,

enquanto

portador do mercadoria

for(,'a

de lrabalho

ou

cn

quanto consumidor

(mais do que pelo

dcslocamento da.

mcrt:adorias

em

geral

011

do capital constnntc). Nesses de.localll"mOS, n50

ha

s p a ~ o

par. as

comunica<;C'Jes

ou para 0 trimsl'0rte ua energfa. Assirn, 0 desenvolvimento do tr:msporte de energia

e

das comun c a ~ o c s que

nito envolvc 0 deslocamcnlo do

seT humano

- tem pro

voeado no

e s p a ~ o

intra-urbano

efeitos desprezfvcis, se

que

tem exi.lido. Nao co

nh

ccemos

ncnhum esluuo com

r l l l 1 d a f 1 l e l 1 l a ~ f i o

le6rica e base empfrica que rnos

tre.

par

cXemplo,

o ~

e feitos que a

f u s ~ o

do tel6grnfo tcve sob re 0

e s p a ~ o

imra-urbano. Desconheeemos, igunlmcntc. quolquer

\ ' c s t i g a ~ B o

_ c muito me

nos teoria -

que tcnha

ahordado

0$

cfeitos que a

n l r o d u ~ a o

do

teldone. ou do

fa

x.

te\'e sohre 0 e5pa<;0 intcmo das rnelro]loles.I'ina lrnente, desconhcccmos qualq1rer

eSlUdo sohre 0 impaclo intra-urbano

de

urn" d s mats fantASlicas i n ' ' C n ~ O e s

de

to

dosos tcmpos:;\ energia eMlrie

:

. Conjecturas h certmnente, mas para conjccmras

a mente

humann

tem a liberdade e 0 infinito. r curioso registrar, ell

IXlssmrl

enos

sas expericncias pennitet11-1I0S nfirmar

iSlo,

que

a maioria dos eSludiosos do

S J l a ~ o

reage a essas o J o c a ~ o c s

em e r a l t ~ o

veemcnte quanlo impulsiva e Irracionalmen

Ie. dnda a falta de cSludos objetil'os e argumentos

co

nvinc

emes

c

ontra

elas.

No en

tanto. nhundam nos eMuda. espacinis

m e n ~ i i e s aOS

de

it

os dos transportcs c <las

comunica(,'oes sobre 0

c s p a ~ o

urbano olll1letropolitano

  . quando

na verdade tais

ereitos del'iarn

~ r

apcnlls os dos tmnsporles. c n ~ o os das

c o m l i l l i c ~ ~ o e s .

Trmn-se

cc rtamell1C

de

u rna indcvlda gcncr. liza

(,'no,

par. 0 nlvel In ra_ urbano. dos

estudos

cspaciais rcgionais

ou

planelario.lI esse respeito c dc sc registrar

que cstudos

rcm ignorado

aml'lamentc

0 fato de que. ern qualq\ler

ponto

do espa<;o intra-urha

no ou illlr. IIIClropoliwno. os C\lstos

tin

ellergia e das comunica ..

cs

"nO iguais (ou

a preselllarn i r c r e n ~ i l s desprezfl'eis, quando as ri m), tomando esses cspa<;os unifor

mes ou

o m o g ~ n o s

do ponto de \'ista da disponibilidade dc encrgia e das comun iea

~ o e s Com os transportcs, cspcdalmenteo de seres humanos. a questa06 tOlnlmente

distinlil. No tocante a cles, a c s p a ~ o intra-urbano 6 aflamentc helerogi nco.

Page 6: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 6/32

Uma scgunda

d i s l i n ~ i i o

nos

~

d ~ d ~ por l...lborgne e LipiclZ (1990, 19l, Esses

amores,

no dcscnvolvimenlo de seus estudos

segundo

a linha da d131ll8da Escola

F m l l c e s ~ da e g u l a ~ i l o depois de dclinirem como mode/a tie aeselwo/v;IIII IIO 0

con·

junto

formado

por llillmodo

de

r e g u l a ~ ~ o

11m

regime de

a c u m u l a < ; :

~ o

e

um

bloco

hegernonic

o,

perguntam: " . . sobre qual espa<;:o geografico sc reali7.a a unidade

de

um rnodel o

de

desenvolvimento? Admitiremos que C

o ~ s ( \ e

dislinguir, SroS50

modo,

r ~ s

n [ \ c regional, nacional c internacio nal"

(U

pielz 1977,1985). Como 0

espa< o urbano ou m e t r o p o l i t ~ n o n:l.o apaTece.

so

mos obrigados a conduir que 0

cspa<;:o que limila. que

enquadm

lerrilorialmcnte IIlna metr6polc, nao scria - no

p c n s ~ l I l c n l o dcsses aUlorcs - 11m espa<;:o adeqlmdo:'l analise cia IInid3dc

de

11m

madclo de descnl'olvimenlo. 011 seja, as delcrmina<;:,'es fumlamenlais

de 11m

mo·

delo de desel1l'Olvimcnlo podem n ~ o se art icular csp3cialmcnlc no nlvc l illlm-ur

b:mo.I', ais

uma

n ~ ~ o

 

a

se

rem

v ~ l i d ~ s

as

r o p o

de

sscs aulores -

entre

c s p a ~ o

illlra'lIrbano c regional.

Urna lerce

im d i s l i n ~ ; i o

cnconlrn'5C no dcJicado c incxplomrlo campo rlos crci·

los do espa<,:o sab re 0 socia

l.

Iloddy aborda lima poss

ivel d i s l i l l

~ ~ o entre os

s p a ~ o s

intra-urbano e regional. Segundo clc (1976,1 ), ..... dcfilli r urn campo de cconomla

polft ica rballll jgriro no originnll ~ argumcnlar que (; d ~ l J f r o jgrifo nossol

da

s cida·

des

(.

..

) qlle

os

crell

os do

e

spa

cial sobre 0 social S ~ O mais

fo

rlcs e e l l l c r g ~ r n como

6bvlos . a urbano' passa e n t ~ o a ser definido ern termo. dos efeilos p ( l r t i c l l l ~ r e s da

intcnsidadc das

intcr.'l;lles entre 0 socia I I 0 es paclal. pro''Ocadas pela forma c

spe·

e(Ji

ca

de art icula

<;:"-o

c

sp

ad

al

da

p r o d u ~ ~ o

da

c i r c u

a ~ a o

I

do

COIlSlllllO

, na

fo

rma·

«lio social".

I'or firn.

111113

fa

ixa rl

e ]>el111111hra. Trala,se

do

no\"o liro de "regi;'lo mhana",

urn misto de dd ade e c g i ~ o 'llie

eS lar

ia SlIfgilldo nos ES

lado

s Unid

os

c que

pode

·

ria esca par a diSI in<;:ao (lqlli fe iIn. Ser ia a rcgiao met

TUpo]illl

011 '''Hcricana con

lerl1

-

p o r ~ n e a polinllcleada. desconcentrada e rlispersa que, segundo Mark

Go Ud

icller,

s c r lima

fo rma

de • ... espa<;:o de assentamcn

lO

c a m c l e r l s l i c ~ dos ES

lado

s Un

dos . c

que

aindn -... n ~ o l I r g ern um 5el11ido < lIaHlatil

'O, em Ol

mos paises,

nem meslllo na Europa ind

II

sl riali:wda" (Gull diener, 19115, 9)'. Nessa

obr

a. u

que

GOlldiene.

cS

luda ou

mencion(l

SaO

processos intra·

II

fba nos, Ira

s f o r m a

~ o e s

em

elementos

da eSI rUl11ra

inlra-urbana: 0 cen l ro, a cldadc cent ral, os

I1uilOS

c

cntro

s

H n u c l e n ~ ; -

c 3 perireria esparsa. AnaHsa. por(;lIIto,:, CMmlura

inlra-

Ilruana,

po r Illai, que cIa aSSu",,, ;, esc;,

)"

de unm relliilo. Tmla ·

se

de lipo particular

de

espn<;:o mbano.

Espcci fi cidades do espar o intr urbano

Dc "cordo com Harl'ey (1982, 375),' 0 s p a ~ o 6 urn

:ur

ibUlo rnaleri;\1de lodos

os I'a lores de U

 l<)".

Na

"erdndc 0 Inlllh

(i

rn

dos prodli los n;;o produl.idos ]lelo Iraba

Iho, ou scjn, qlle n30 slio I'alores de 50 simplesrnenle

por

n30 lCrem I'alor, como

os

ocennos

ou as monlanhas.

Ma

s Oquemos por aqui. 0 espa<;:o (i alribmo de um auto·

m6"el, do c

orpo human

o, de uma eadelra, de mil cdificio ou mn

eo

njulllo de edifi-

22

Page 7: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 7/32

dos

c de umn eid:lde i meirn. Prossegue 11:1r.·cy (idem. ihid.), ··0 Irnl>:llho .j lil concre·

to produz "alores de uso em delCrmin:ldos lUC(l["('s". AS valores de

uso sao

lambem

con

sumldos

ern

-dcwrml

nndos Jug:lres  . Telllos n t ~ o dois e s p n ~ o s : 0 dos obJclos

cm

si (produzidos

011

nao ]lelo tr:lbnl ho lUlmano) e aquele delerminndo pelos

o c ~ , b

o mle eSles

sao

prod uzid

os

e consumidos.

Aparece assim n q u e s l ~ o da l o c a l i z n ~ ~ o _ os locals onde

os

produtos ~ o

produzidos c consumidos. A o c a 1 i z a ~ l I o o:

~ i l o

a

oulros

objelOs

ou conjutllos

de objelos e:l

J o c a 1 i z a ~ a o urbana

c

um li

po espccifico de

l o c a l i 7 . a ~ 5 0 :

aqllela na

qual as

r c l a ~ o e s n ~ o

podem existir sem um

lillO

part icular de contaro: aquele que

en\'olve dcslocumcntos

dos

produlores e dos consllmidores entre os locais

de

moradia c

os

de

m d u ~ i l o c consumo. Corn isso, lemos dois o

ul

ros lipo.

de

espa

~ o os que en\'olvem deslocamentos - as ] o c a l i z a ~ o e s - e

os

que nao "nvo]\"ern

deslocamernos

-

os

objetos

em

si. Nestes liltimos. 0 espa<;o c dado por mla(,:ocs

visuais

ou por

conlalO direlo; na localiza<;ao. as

["('Ia<;oes

se

d ~ o

alraves

dos

trans

pori es (de prodlllos, de enercia e

de

pesso:ls). ~ s

comu i c a ~ o e s

e dil disponibil i

dade de infr:l-eSlrlllura.

NO

le-se, entretanto. flue 0

Iransporle

de erlCll:in, as eO

m u n i c a ~ o e s ea inrra-eSlrulura podem inexislir no s p ; l ~ o urbano. como

em

aldeias

prim itl\'as ou

em partes

de s p a ~ o urbanos algumas

d ~ c a d a s

atras. 0 Iransporte

de pessoas nao.

TnnlO p:lm 0 exercicio imetliato do Imbalho como pam u c p o d u ~ a o da

r o r ~ a

de

Ir

abalho. I

] o c n I i 7 A 1 ~ ~ 0

urbana ' ~ delerm inada n

~ o

por dais alribulOS. ~ o eles:

• Urna rcde de i n f r a e s t r u l u r ~ ; \ ~ a s , redes de :lglla. e5co105,

p n v i m e n t n ~ a o .

energ a. etc:

Pos

sibilidades

de

tmnsporte

del'rudulos de

lim ponto a oulro, de desloca

memo de pessoas e de o n n m i c : l ~ : o .

Dentreessas

possibilidades, a de deslo

camenlO

do

ser humano (para os locnis de Irabalho, de compras, de r v o s

de lazer. elc.) dominnrn a

s l n l l u r a ~ a o

do espa(,'o inlr.l-urbano, jli que,

entre

oS c ~ o c a l l l e n o s de malerias os do ser h um:l

no.

dominar:'i 0 l'ilt imo. Por

OlJlm lado, a necessidade de d ~ s l o c m n e n t o

do

ser hUlllano dominard as de

c o m u l \ i c a ~ 1 I 0

nn e S l r u t u m ~ ~ o

do

e s p a ~ o inlr

n-urbano

pais, como vimos, 0

CUSIO das

o m u n i c a ~ o e por

fax. telefone

au

lele\'isao Cpraticamen e 0 mes

Illa em quaJquer ponlo do

c s p a ~ o

urbano.

As c o n d i ~ o e dc dcs locamento do ser humano, assodadas a um ponlo

do

terril6rio urbano, prcdominar;to sobre n disl'0ni bilidade de

infra·cstmluras

desse

meSIllO ponlo. A accssibilidade C mais

Vilnl 1n p r o d u ~ l i o

de

l o c a l i 7 . a ~ o e ..

do

que:l

disponibilid"de de infra-cslwlum. Na plOT das i p 6 I c ~ e s , 1l1esmo nao hal'endo infra

eSIrUlum, 11m3 terra jamais poder:'i ser

co

osid"mda urbann se n ~ o for lIcessf\ el

por

meio do deslocamento i ~ r i o de I'cssoas I um conlexto urb<lno e n um con

junto

de alividadcs

u r b ~ n a s

... e isso exige

um

si

slema

de Ir:lnspOrte

de

passngeiros.

A recipro

ca

nao c yerdadeira. Alcm disso. u infm-eslrutura ~

produzida

e pode ser

reprodllzida l'elo Imbalho humano C cSlcndida:. lod:. a cidade. l [ ~ parses do Pri

meiro Mil n

do

em jue loda lerra urbana Iem Imla infr. -eslrulu ra: a o c a l i z ~ 1 I . o dada

pelas possibilldndes

de

deslocarnenlo

do

ser Immano, nao. Ela ~ como as obms de

Page 8: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 8/32

artc e anligiiidades-

sa

o [mlo

do

lrabalho humnno mas

nolo

podem

sc

r rcpmduzidns

pelo

Imbalho hllmano (  tarx. s.d" LJ.

v

6. 727).

Os

produtos espedficos resullnntes da prodU(;:ilo do e s p

a ~ o

intra-urhano

nao

s ~ o

os

objel05

u r b ~ n

o s

ern

5i;

as

~

ns

mas

01L

os

cdiffclos.

mas

suas

locn

l i 7 . a ~

o e s . A

p r o d u ~ a o de

cdiffcios

ou

de

conjuntos de

cdiricios - A Noite. 0

Marlinc

lli

. Barra da Tijuca. Copncnbnno. 0 lardim

A  

~ r i c a au a al'cn idn Paulista,

ct c. _ e

nquant

o objetos urbnnos cerlanwme p T O d u ~ a o de

s p a ~ o .

Entret

anto

0

( lama

quamo

a

p r o d u ~ ~ o de

cadeims.

~ r v o r e s

ou ca nelas. A

r o d u ~

l I o dos obje

TOS urbanos

s6

pode seT entcndidn

e explicnda se forem

eonsidemdas

suos loeali

z a ~ o " s

A

0 c a 1 i 7 . a ~ i i . o ~ .

ela pr6pria.

t a m b

~

 

11m produto do tmbillho e c cIa qu e

especinea e s p n ~ o imra-u rban o. Eslli assodada

aD

e s p a ~ o intra-urbano como urn

lodo, pois refere·se

1Is

r e l a ~ 6 e s enlre um dctcrminado ponto do tcrril6rio urbano

e

lodos

as dem

nis.

o cS

lU

do

das

fo

rm(ls

C

scm dIlI'ida estud o

do

s p a ~

o

urbano, mas nao

c

esp'"

cflico do s p a ~ o urbano. Muilo pelo conmirio, as fOrm(l5 sao (l lribUlo de todo esp a

o

( ~ r v o r e s ,

cade im s, (o nelas). No enlanto, pam

I xplimr

as forums urbanas - os

bairros, as

d i r e ~ 6 e s

de creseimento. a forma da

m ~ n e h a

urbana, a

' I r l i c a i z a ~ i i o

densidades,

Clc

. - C inuispens:\vel eonsidernr as r c 1 a ~ 6 c s de uelCrminado ponlo,

au conjunlo de pontas, com lOdn5Os demals pontos do s p " ~ o urbano.

Es

peTamos

mOSlrar n

eSf(\

o b r ~ (Jue dominalll essas ~ i 1 e s , que se maler allzarn a lrnvl s do

d e . l o < : ~ m e n o dos sereS h ",n,1I\06 enquanlO c

on

sutll idoms el O

i l

portadores de For·

~ a

de lrabalh

o.

t

a

que

,

em

o

utr

a ohm

( V l n a ~ a ,

1985),

ehamamos

de

O m U U l ~ f l 0

pflm

Ponamo, I an:lllse especlfiea do s p a ~ o inlrn·urbano nno pode lim ilar-se, por

cxcmplo. aos estudos d;\ p r o d u ~ O l o de cscril6rios na avcnida I'aulisla 011 de condo

mlni05 venicai.

nnllarra

da Tijuca e hori1.Onlais em Alphaville; nem regislrar quc

SOlo Paulo cresce mais p ~ T i l 0 leste e Porto Alegre telll lima forma

marc

ntemente

incaT. ~ preciso cxpllear par que as condomfnios s ~ o venicnis e n ~ o horizontais, e

vice·vcrsa ; em segundo lugar, por que produzi ram as locali::LIf es 'PIl?SCII/(I(/(U

pcl a

a\'Cnida Paulisla. Barm da Tijllca o u Alphavillc, e nao af]\lelas rcprescntadas pela

avcnida Aricanduvll. Relron Hoxo , S<1p imnga (P,\) Ott h a f ] u e r ~ . Nao hasf(\ expliear u

a

benura

da avenida

Ri

o Branco, no

Rio,

cumO frUlu

d,

t

s p c c u l a ~ i \ o

imobiliMia.

a

csludo especffico

do

e s p a ~ o

intra·urbano

devc ra explicar por

que

cia fo i <1berta

na

l o c a l i 1 . a ~ 1 I o (Jue

fo

i e

n1l0

em

OUTra

qualquer. N3.o basta expliear 0 desenvolv

imenlo

inuuslri,,1 ue Slio Pmll o

no

longo das ["rrov ia

s,

na primeira

mctadc

do

s4 eu

lo XX.

predso explica rpor que esse desenl'olvinwmo ocorreu ao longo de Utn<1 ferrovia

a que dmnanuava San lOS - , e n3.o de outra - < que demand va a

Ri

o.

No

caso dus

mctr6poles brasileims, cnee{'ssario cxplicar

par

que as ca madas de alia renda se

localizam em

nreas

mais centrajs, produzindo grande quanlidade de edificios de

• liVe"

1<1.

Pa Il,t

a.

Co 'I"'<'<>t"" ,a. IIcI o, I

11<

e

II

nq "e","

n

s.lo I ' ,Ie rn ""1"'0;<> g " " " , ~ IIlc"

I , r ~ "

Ie I ,

coniine," •. M p s0c5 1m .," Ida 1"'"11", e .nr Col,.cab • .10 t ' ' ' 'o pols

""lrul.1m

IM I:t de

' P ~ " b"loiru p

re

  ,

islcn

lCII."mld, 'nu

l;

"

•.•

n' ubIllD ••pa;<>

,oein

lc

I"'n

lo

de

p"nd",esc,ilo rl",. d

Ill"

c ' I " ' ~ ~ n.lI>

mil

nn .,.;0.11..

",,,,,,ld

p""I;'t.

c

Colla".h,,,n

de

9 ~ O

_

Un' '1"0;0 "

n• •""nld

P:mll "

Cop. ,ban.

00

toon

s.'t " ,>uno.

Po,

I .... ~ n '

I N a l l u r ~ D

1 , 

mrtllln

p<N ...

Page 9: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 9/32

: parla mCnlO Cnilo prcllominanremcrl e em aparramenro$ suburbanos _ como na

Barra da Tijuca - nem em

i l l ~ n d a

unifamHiares suburbanas _ como em

Alphaville. Fin:llmenle - e :lqrli eslll

lIl1m

questiio vital para a comprecnsilo do cs

pac;:o

inlra -u rbano brasileiro - .

por

q uc as carnadas de alta

re

nd: ,

quando

vll.o

para

os sublirbios - llarra d:lTijuca, Nova Lima, na Arei  Merropolirana de Be lo Horizon

 C ou Alphaville - cscolbem certas 10ca liz

ac;:Oes

suburbanas e n ~ o outras. como

Belfort Roxo. Venda Nova

ou

taqucra.

Ao

mcsmo Cmpa, e preciso

entender

~ illl

pHcac;:oes c as

consequendas

dessas

l o c a h a ~ o c ~ ;

em

reSUIllO.

e I'rcdso explicar as

l o c a l i 7 ~ o e s

intra-urbanas.

Para ilustrar a especificidade do e s p a ~ o inlTa-urbano, veiamos urn

ponto

de

panida tilo fundamental q lIamo elementar. Quais os processos sodoespacia is intra

u rb anos mais imponanles e significalivos e que por isso lIevem merecer maior illen

c;:ilo

por

parte

dos es ud iosos?

As

a n ~ 1

ises e

tL'Orias

sobre 0 IIcsenvolvimcn

to

ou

es

t r u t u r a ~ : l o

(ou rees nllura<;:ilo regionals h ~ muito responderam a cssa pergunl

a.

I

[(i um razoavcl conscnso quanta it importanda de alguns proccssos socioespaciilis

regionais, como aqueles ligados II

urbaniza<;:ilo,

as rcla<;oes enl re a inllustriali7.a<;ao e

a r b 3 n i 1 ~ 1 < ; : i l o . no lIesenvolvlmento e g i o n ~ l l I e s i g u a (nacional ou planet:lrioJ. lIi·

, ~ s : l o internaeional do tr.lbalho. as r e ~ < ; o e s entre os mollelos de dcscnvolvimento

-

l1a

dcfini<;:lio

aeima, de Lipict7.- e eSlrutura<;:iio erritorial c g i o n etc. Apenas

para

l e n c i o n ~ r o caso mais conhccillo hastnria lembraro prestigio intelecrual hoje

desfnuado pelos estudos regionais e planetMio prolluzillos com

base

nas idelas dn

ch

am

ada

Esco

la

Francesa

dOl n e g u l a ~ ~ o .

os quais

\ I ~ O

desde 0 Sunbeh .r Snm"belt

aos

e n t r o ~

de c

re

scimenl0 ilcxl\'e . como os lao difundidos casosdo \lalello Sillcio,

Emllia-Ronmgna. Corredor M·4 e OUlros (Rodd)', 1990) .

No manto, ao conlr:lrio

1I0

q

o

vcm ocorrendo

com

os e s p a ~ o s regional e

planelario. n:io se dcscnvolvcll. nas IHtlma. decadas. nenlluma corrente de pensa·

mento

volwda pa m os processos soc iocspaciais int m- urbanos mais significat ivos. c

muito

meno

s pam as conex3es entre as I

a n s f o r m a ~ o e s <las

esferas socioeconolllicas

e as espaciais. Estas refcrir·se·iarn nao a p e n ~ s aos efeltos das transformac;:ocs

sociocconomicas sobre 0 cspa<;o

- que C 0 mmo de im'estiga"ilo mais frequente e

desellvolvido - ,

mas

lambem o o p o ~ t o , iSlo

c,

os

cfcitosdas

trnnsformac;:oes espa·

ciais soh re a esfera soc ioeconomica. nmilO menos frequente,. Finalmente, pode·

riam referir-se tambcm - e mais corrctamentc _ it dialctica sociocspadal (SOja ,

1980). Tal dialctica. cnlilo, c quase totalmentc ignorada.

Cobe entilo reit

emr

n pergunta: quais os processos socioespaciais

imm-urha·

nos nmis signi ficalivos e importantcs? Por que? A,'el1temos algumas hip6tcscs.

L Scria a versilo imra· urban do desenvolvimeruo regional e planet:\rio desi·

gual? 5<:lri3 C l l ~ O u 1I0 lIescn\'olvimerno IIcsigual do espac;:o illl Til-urbano?

mitar·se·ia esse s p a ~ o a queslilo

centro.r

periferia?

Z. Seri;,

urna cvcmunl

(endenc i:.

lIil

S

rnetr6polcs

no scmido lIa dcscon·

ccntrar;iio polinu<:kada eda formar;fio de eno rmes "nu "

ens

urbanas",

como

as ident

ifi

cadas por Gondiener (1985), que existirial1l apenas nos Esta llos

Unidos?

Page 10: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 10/32

3. Scria a c b ~ m a d a d e c ~ d e n d n

do

s

ce

ntr

os

principois (CIlDs - C

entral

J3usiness Oislrict

)?

4.

Scria 0 surgimcnlo de novos (:cnlros a[ cTrl;llivos

,lO

SCnOs?

5. Scria 0

deslocamcnlo

c

lo

u

~

c x p a n s ~ o

lIos

e n t r o

prindpais

omi gos

I

a for·

ma l;ao dos chnmodos

'centro

s expondidos"?

G. Ser

io

a scgrcgnl;;;o urba na? Seria mio

56

a c g

e g n l ; ~

mas a posil;lio r lat il'a

dM Areas segregadas no espa .o urbano.

co

mo nn

de

sc ri l;lIo

de

Mnnchesler

fei la par Engels (l l78, 579) ern

The cQndition

oflil

wQlkingc aJJ

III

England

1111844 ou nas dc J3urgess

119G8

47)

IWr.l

Chicogo?

7. Ser

io

( I dcslocamcnto espocial das s ~ sociais?

8. Seria a

e r t i c a l i z a ~ i i o ?

Fin"lmcnlc, qllais scri,\ll1

oS

p ri

ndp is

elemenlos da cst nuurn espaei"l im m·

urbana

e por

quN

Essas Il ucslues elerncmarcs nilo lern sido siSlemmicameme eX jlos tas e de·

s e n v o l v i d , , ~ - muito menos imcrprclad s ou cxplicadM - , nas llhimas d ~ c a d a 5 ,

pelos eSludiosos de origem morxislo (pr6xima ou remola), excctuada l o l v e como

jA vimos, ~ efcmern Cquesl ionada incursilo dc Cast e

ll

s no assunto, em UI qUC ilioll

IIt/millc. I'ortanlO. ns

e m ~

sohre Os q u ~ i s

l ' C r ~ a m

aqucl s pe "Runta.'I'C

r111anecem

abondonaclos e elas, sc m rcsposla .

Sc

nao lu\ conscnso. corrente 0 'B"ni lA, d

d ~

pens,mtcm o oelll

i n V e L i g n ~ o

emp/rica

s i S l c

m ~ l i c

sobre c$p;[\:o intra-urbano.

como

h:ll'ia, por cxemplo. com a

Geogmfia c Economia urbonas

n c o c l

~ s & i c a s ; sc ~ prccrtrio 0 conhecimento desse

e s p a

~ o inlra-urbano; 5e n50 h:i conscn50 sobre os p

ll)C

essos socioe5pac iais intm·

urbanos mais imporlanl es, e flue por iS50 de\'cm se r cs lmlados, como e posslvel

aaedi

1 r min imn me nt e em q u3lqu

er

1coria do espal;o intra-milan

o? Sc

limilado 0

mmerial empiri

co

I le6.ico SiSIC1lLalizudo c

clabomdo so

bre c p n ~ o imm-mbano,

como aceilar. para esse p a ~ o . processos socioespacia

is.

m e l o d o l o g i ~ s .

pamdigmas

ou I ~ o t i n Ira

0

5 p

l ~ n

tndns

<la

s anfillscs regionnis?

Para finall zar. aprol'eiternos as ouset\'''l;ues

adum.

sobre 0 papel

<io

s des io

calncm

os cspaciais

do

set

human

o como espccl/icador do c

.p

a

l;O

i

nlr

a- urbano, para

rcgisLfilr

que

nllo .:onsldcrnmos as lIrcas mClropoJilanas regiues. Como pretendc·

11105 mOSlmr nC51a obm.

~ i i o

clas assc ntalllClllos. OU COlllp"rl im< nlos

t c r r i L o r i a i ~

est rll(uradus pclos

desloc<I menlo

s d

os

sctC s hmJl;lll

OS

c n q u ~ nLO consumidorcti ou

portadores

da llIe l'cadoria ron;a de Irnbalho: sllo. ]lor isso. ci

d

des _

por

maior c

mais i m r o n ~ n t e < globnis q

ll

c S< j3 111 . e por m3i5 q

lie

induam vii rios Illunk/pios.

Silo

um

lipo particular de cidade, mas silo cidodes. Nilo silo regiues. ror hso, Ilcstn

ohm, $f. nos \llil

i7_

,nt

oS

dn cxprcssllo

dn:n

c

n ~ o rogil1n

melml o/i/ml(l

.

Abordagens dos e 5 p a ~ o s intra-urbano e regional

o aspeClo centra l neSla qllcstiio ~   s c g u i n t c as re)al;0C S, 011 as e d i ~ 1 i c s ,

en

Ire grand :s Imnsformal;ucs socio

cco

nflmica.. nnc ionais Oil plallCliirias

e.

de

Page 11: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 11/32

um

lado, as

t m n s f o r m a ~ 6 e s

espm:iais regionais e, de outro,

imra-urbana

s sao

s

me

smas? Por quais

m e d i a ~ o e s

passam as

r d a ~ o e s

elllre, de urn lado, a

eSIT\lIUra<; lo

do

p a ~ o

intra_urba

no

das difercntes cidades de urn pais

e,

de oUlro, as grandes

l r l l n

r m a ~ 6 e

sociais e econom ieas

~ p e r i l 1 \ e n t a d a s

por

esse pals, 0

grupo

de

pai

ses ao qual esIC pertence e mesrna

II

sacledadc mllndial7

N o ~ ~ a

lese 1 de que tals

m e d i a ~ i l e s passam fllndamenlalmenle pclos r a ~ o s nacionnis dcfinldores da eSITU'

turo e dos connilOs

de

classe

e,

ainda, peln

d o m i n a ~ j j o

politica e economica

( r n v ~

do e s p a ~ o intra-urbano. Tal s r a ~ o s se mllnifcslam na cstnllura

s p ~ c i a l intra·urba·

n ~ por

meio da

e g r c g ~ ~ ~ o .

que passaa

e r e n t ~ a

0 processo central

definidordessa

estrutura. Esses

l r a ~ o s

silo ba

stante

inel;isticos

em

face

de

algumas

r l l n s f o r m a ~ o e s

socinis e econ6micas nac ionals e plancltirins.

Nossa antilise do

s p a ~ o

int Ta-U rbano

de

scis met r6poles nacionais lTlostm qUI

a

16gic1I

bfu;ic;J

de seus

s p a ~ o s

,OIlCO

se alterou nos

111tilTlOS

cern anos, por rnals que,

nesse pcnodo. 0 capitalismo brasileiro lenha se allerado. seja nacionalmenle. seja em

distintas regii'les do pais. Claro qu

e,

se. p o r c ~ e m p l 0 neoliberalismo faz

aumentaro

desemprego e

II

pobreza. ilSareas pobn:s de noSS.1S cidades aumentarao. Essa

C};pl

iea

~ ~ o 1 1110 venladelra e 6bvia quanta pobrc. No nfvel intra.urbano ~ fundamental en

lender como

essas tr.lIlsforma¢es

~ o fil

tradl

ts em

nossa sociedade e tradur.irlas

em

e s l l l J l u r a ~ i i o e

reestmlur.l ;iio-

e niio apenas

em l t e r a ~ i i o -

do cspaliXl urbano.

Para mOSlrar a

d l s t i n ~ ~ o

ent

re

os

s p a ~ o s

illtra·urbano e r e g i o

n ~ l abomare

mos

a segui r os pensam

ento

s de alguns notaveis analistas

comemporaneos

do es·

p a ~ o Vejamos inic ialmentc 0 pcnsamcnto nacional sobre a questao. utilir.:mdo·nos

do enfoque de alguns

de

nossos mais bril1mntes estudiosos.

Queir6z Ribeiro (s.d.) e Queir6z

Ribei ru

e

o r r ~ a

do

LlgO (5,.

L,9) vl cm na

pro_

m o ~ o

imobi

li

llria 0

elemento

de

H g a ~ ~ o

entre. de mn lado, as

t r a n s r o r l l l a ~ t i c s

macroccon6micas nacionais C, de OUtTO. a

c e s t r u t u r a ~ \ o

intra·urbana. Desenvol\'em

imponnnte

n v e s t i g a ~ a o sabre a alivid;Jde imobiliaria no

Bm

s illlrbmto.

~ S s l l n t o

mui

to

p r 6

~ i m

o

ao

s r } a ~ o

inTra·urbano, razao pela qual

SaO

impelidos a aborda-Io. Os au

tores expHcant

por

que os lucros de

n c o r p o r a ~ ~ o .

dl'rivando, segundo cles. de tmns

f o r m a ~ 6 e s

no uso do solo. prol'Ocam Ira

l s f o r m a ~ o e s

intra·llrbanas. l'rocl1ram. entao,

investi ar as conexocs entre 0 recente advento e difusao

d ~

"modenm

i n c o r p o r a ~ i l o

intobilillria" e aquelas

r a n s f o T T n a ~ O e s .

Nesse sCll

ti

do, chegam inclusive a considemr

essa

modema n c o r p o r a ~ i l o

a call53dom

dn s c g r c g a ~ a o

espaciaL

\

dinilmica constru

liva empresarial cOllccntra-se e renova intensamente os nucleos urbanos. elili1:ando

e scgrellando essas :\lcas das gmndes e

m ~ d i a s

cidades. especia\mcntc <las capitais.

No Rio

de lane

iro.

par cxcmplo. eSlima-se

l1ue.

no perlodo

1 9 B O - I ~ 6 6 .

13,8% dos In

l'Cstimentos

realiz..1dos

pelos incorporadores tenham se localizado rms 7.Onas Norte,

Sui e

n;].

B:ma

ua

TIj u

ca"

(Ribeiro. \992).

Em

Porto Alegre. as unida ucs conslruidns

n

cenlroda

ci<l

adc passamde42% do

totaldacidndeem

\982 pam65%

em

1989 (Havalt

i.

199

2).

Nllrneros semelltantes podem

screneorurados

para 550 Paulo (Galeno. \992),

Amcaju (Oanlas, 1992). Nahll (Aralijo

&

C.1mara.

1982,

e Pelit Mello, 1992) e Salvador

(P

inho.

1992 ). Conduem

Ribeiro e lago que

.....

em todas as capitais produz;u·se 0

mesmo modelode

S p a ~ o

urbano segl'<1:ado edifercnciado;

i s t o ~ ,

a

modema

produ·

Page 12: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 12/32

~ i i o

de

s p n

~ o s rcsidcnciais pnra us c I ~ s

c m ~ d i ~ s

no

CCOl

r c conscqucntcmclllc

cx

pulsao dns camadas populaTes pnm n pcrifcria".

Esses rgumeruos ofell"cem Mrtilmalerial para a inves

tiga<;llo

dos processos

de

S I n

H u r a ~

i \ o

espacial intra·urbana,

~ r t k u l a r m e n t c

pam 0

que

julgamos ser fun ·

damental: 0 da e g a ~ 5 n , Suscitam imponantcs n d a g a ~ o c quantn 0.0 rcal pape1

da mooeTna i n c o r p o m ~ ~ n imobililiria" na segre

ga\ifi

o espacial urbana, pois, afinal,

lanto a

p r o d u ~ i i o

i m o b l i ~ r i a de l J a i r r o centntis pant as dasses mais alias como a

cxpulsiio

das

camadas populares para a perifer

ia

antecedem em muilas decadas a

nova i c o r p o r n ~ i i o ou ,,"modema r o d u ~ a o de s p a ~ o s rcsidenciais". Por outro IlIdo,

cabe imlagar: eSI" corrcla a :Ifirma\iiio de que essa e g r e g , , ~ o e tao "espalhada" no

municfl'io do Ilio de Janeiro? $im, porque 0 trccho cltndo se refere

penns

ao muni

cfpio, c as zonas Nortc, Sui e Barra da TIluca cnmpreendem a nbsol uta nmioria da

cidade. ou seja, 76% de sua

p o p u J a ~ i l o

(faltaria apenas a

chamada zona

·Oes

te

 

Bangu, C mpo Grande, S.1 nta Cruz e Gliaratiba). A scr valida a conclusao , nao h c·

ri:l segrega\iaD no Hill de Janeiro, pois 73,8% dos il\\'estimenlos

rellli7A1do

s pelos

inc

orpo

radores eSlariam oco rrelldo numa ~ r e a

que

cngloba 76,5 % da p o p u l a ~ 1 \

Melo (1 990a, 169J afirma que •... a d i n ~ m i c n de

urn

regime de c u l l l u l a ~ 3 0 ... e

que

determina

a

forma de

r o d \ l ~ ~ o e

t r n n

s f o r n \ 3 ~ i i o

do

p a ~ o

conS

lm

fdo".isso, en ·

tretant  ,nilo E suficieme para explicar

:1

e s t n H u r a ~ a o intra·urbana, como

0

surgimel\ o

de

no\'os

e n t r o ~ ,

a decadcne ia dos lImigos, a o c a l i z a ~ l I o espacial das classes socials,

etc, Pretendendo analisar cspccificamente a r c e s l n . l \ u r a ~ l i o intra-urbana", esse mllor

"fi rma (

I

l90b,

-

  8

) : ·0

impacto espacial mais dcstacado

dOl

cris.c fiscal

c

a tendl ncia ao

r c r o r ~ o

da s e g m e n t ~ i i o dos s p ~ o s intTa -lIrbllllOS definidn por umn

c o

n c e l l t r n ~ 5 0

"sp:lI: i:11 de il\l'est itnentos imobilitirios nas areas cent rais dos grandes cent ros mba ·

nos ,

Tal p o s i ~ i l o c

re iterada e

rn

OlitlOl passagelll (]990a, (78), ern que SOl explica 0 ore·

f o r ~ o da

s e g m e n t a ~ i i o :

isso consiS e no resultado da queda na provisiio da infrn-es·

trutuTil. Heferindo·sc

it

crise dos anos

60.

dcclara que".« a crise da n t c r v e n ~ : l o publica

na ] l r o v i s ~ \ O de infrn-cs nllllm urbana exacerbn 0 dlialislllo

ce lU

ro l.'emu perifc rias

lIrbanas. A r l ' C S I r l H u r a ~ i l o

do

mercado imobili:1rio na cri

se

implicou, por lim lado, a

) c o n

c c n l r a ~ i l o da alividade de

o n s t r u ~ a o

residendal nas Mcas cemrais e, porou-

tro lado, a sua marcada

e l i t i z a ~ ~ o

..

: . Os, ratos, porem, parecem contrariar essa

con·

clusiio.

Os

anos 80 marcararn precisamente uma enorme explosao dos illveSlimentos

illlobilifirios orientados pam as eli tes, $ejam 0 de escrit6 rio, sejam os residencia is,

fOl<' das fireas cenl rais dos grandes centros urhanos. 5:10 os caso" de Al phaville e

T a m b o r em Silo 1';)1110,

onde

foram r e ~ l i z a d o

enormes

empreendimcn(os lanto

re

sidcnciais como comcrcia is e industr

ia

is: da 3venida Lu is Car los Berrini,

onde

hli

empreendimemOl< comerc;a;.' apenas, em S;io I'aulo; da Il.arra dn Tijuca ou. ni nda, de

1l0aViagcm, no llL-e ife. Poder-sc-ia perguntar:

se

a e & m c n t a ~ ~ o dos s p a ~ o s ~ d e f i n i ·

da

por

lima conccntnu.ao L'spaci,,1de in l'estilllL'lIt os iIllObili:irios, 0 que enlilo

fi

ll  ·

r ll a o c a l ~ 1 < ; : i l o dessn ·concent i l o cspacial dos inl'C

Sli

mcnlOSimobil iarios"?

AtE

qu

e ponlo a s C c n t a ~ o

do

p a o intnH ,rbullo I del'ida a manifesta·

~ o e entre n6s, de

l r a n s f o n n a ~ i j e s

no ca p

il

alismo global? Ah'i

que

ponlO decorre

riam _ COIllO {Iuer e i r 6 ~ (idem, ihid.) _ da m l l a ~ a o {(

,oderna

incorponu;:ilo

\lale

Page 13: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 13/32

Page 14: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 14/32

produtivos e timmceiros

ao

pma Londrcs, T6quio

ou o \ ' ~

lorqlle; podem a ll cxplj·

ca r par

que

a indllstria de IlOnla

vai

para

n

Ten:eira

1Ijl1a,

mas

11;10

lem co

ndi,

ocs

dOl

explicar as

1 0 c a 1 i z m

; . i j ~ s inl rd·U rbanas daqueles sCr\'i,os,

nem

suas implica,ocs.

Passcmos ugora para a abonlagcm de cstudiosos o:slmngciro

s,

Manuel Castclls

foi

0 linico

dos

contemporancos de origem marxi

sta

que

aprcscn

lOllllll1a proposta

de nbord1lgelll te6rica abrangente do es

pa,o

intrn·urbano em

In qucsl itm ur milU .

Ent ro:lan lo, SlIa propoSl" 1l;'0 ['rtJspcrou ja qtlc ele pr6prio

abandonuu

esse

ca

mpo

de

i l l Y e s t i g a ~ a o

scm tcr deixado scg

uidort".'

s. I\pe sar d isso,

lem

mantido algulil inte·

ressc nas quesloes referentcs aO e p a ~ o intra· urbano,

cmbora

scm a a m b i ~ o

de

profundidade

lotaliz,111 Ie demonsl rada nn ohra citacla acima.

Fazendo uso cle Ulna contrihu i,ilo rece

nte

de Caste

ll

s de 1994,

vamos co

nti·

nuar a tecer consldcra,ues subre um

clenlento absolutmnente

fundamental da

es·

truillra territorial intra· urbana:

0

cenlro da cidade

011

d ~

metr

opole. Inic ialmentc,

conv";m deix"r daro 'lUI:"; n e c e

r i o

estar atenm pam 0 f<lto de qu e.

co

mo

aC<lba·

mos de vcr, variatn muito os conceitos e as realidmles rcpresentadas pela cxpress;"\o

lllT

urbal/o;

c prcciso, pois, call1ela na inwrprela<;:Ao

de

sse \'ocjbulo e tmnbcrn

1m sua l l I i 1 i z a ~ a o

Ele

pode designnr 011

os

chamados centros tmdiciomtis (i mpro·

priament

e

ch

amados d

e his

t6ricos"). como 0 CBD dos americanos: pod e tlesignar

urna Mea ceotral mais ampl". como a que os llTbanislas lJ rasileiros ehamam de ·c

en.

tro expandido"; pode at l mesmo signil1car cidade centml. especialmentc no caso

das ddades mllcricanas. 'lue freqlicmemcnIC tem jrea territorial pcquena. lanlO

em termos absolutos como rela

ti

vosas

extensoes da s

re

spectivas

jleas

metropolita·

n"s: finnlmcnt c. em an:\ li >'Cs regionai s. p

ode

sign ifica r

jreas

met ropolit onns intc ·

ms. Hefe rindo· se lis d dades da Europa Od denl ai , d iz Caste lls (199.1, 26\: "0 cent ro

<.Ie neg6cios

con

s litui·sc de uma infra·estnnura de leleeutllunica,u s, cornlJnica.

~ o e s , servi<;:os llTbanos e p a ~ o p;]ra escrit6rio, bascados

em

i n s t i t u i ~ i ' i e s tecno·

16gi

t:as e inst il ucionais.

Ele

prospera a partir do

pmces

samenlo de infornm,ues c

f \ l n ~ o e s de controlc. .

...

vczcs c cornl'lernentadu pur t ; l a ~

e

de lurismo e via·

gen s.

Elc

e 11 no do p a   de fluxl1 s que caracteri .a 0 espa,o dmninante

da

s soc ie·

dades infonnacionais". '

lncidentalmente. e CllTioso 'lue Castell s nao mcnci

one

liS

ati\'idades -

ou

i nst it u i ~ u e - cuitu rai. COIllO as especi

fi

cas cl

os ce

nllOS . Nao s cia to

se

ClI stells

sc rererindo it utll "

eentto

expandido"

Oll

a lUll centro t ~ d i c i o n a l _ o CBD, por

cxemplo. N o cnso de N o \ ' ~ lorquc. u CCTllTO scria ilha de

M ~ n h a \ l a n

inteir<t ou npe·

nns parte ao

su

I

do

Ce ntra Park? N 1 C e qlle ele lambent n'io incluiu as institlli·

~ u e s educnciona is nesse cenll'O (se livesse incluid

o.

ele estllri:l, obvi3l1 Cllte, sc tefe.

rindo

a

11m c ~ I I r o expamlido ).

mas

apenas atividades

lJruem/fl5

em Instliui,o"les

cducacionais. Scja como for, tiC;] claro qlle CaS\ells e S I ~ seml're 5e referinclo a um

centro de unm cidnde ou arca metropolitnn'l.

.

· T , ~

b," n",,' .f is ,

.<ie

I' 01  t"fr"""C1L ''''

I

,,,i<:cnnLm,,,, c;,iu,,

<

e"",,,,un

ica

,ion

<

,b.

""rtio:con',,' nm""

'I"""

b.-.-l "I"''' Ie. < " ' ' ' I l Y n L \ ~ OIl"c.,1nnall ""'It,, , on..

ft , ~ r i

" " , , ' IIn''' :h Inf

"mt

"llon·

p , , , , , , , , , , i , , ~ on<i

control

(un< ,ions . II

> ><>mc

, imco compiCmtnlOll by ,,,,,,;,m

und

' ' ' ' ' '

{.ci

ti,

i .. It

is

'h

t

,It r

Ih

t .

t

t ,: r

11«

....

Ih

  , <h. ,c 'c';,• • I ~ C ,I",nio,ant <[l'Ct flnl ,m.tin .1

30

Page 15: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 15/32

Galtdiener

al)()rdaria de

amra

maneirol: referir-se·ia meu 6pales

pali·

nuc\eada

s.

rcca nhecendo,

au n ~ o ,

que um, e 56 um. dos cemros ser ia 0 principal.

Gattdicncr usa ria usincss

CClllers

no pl ur.d, c

n;}o

usiness IXlller. Assi m sendo. das

duas

uma:

ou

Castclls e Gottdiener realnlcntc divergcm, a u entiio as

cldadcs

norte'

amcrlcanas-

que s ~ o as eSlUdadas porGoudiener - s ~ o Tealmente diferentes das

da Europa

Oc

idcnl

a l - as quais

se

refere

Castells.

Em

quaJquer caso, cobcm as

sc·

guintes

n d a g a ~ ~ e 5

tipicmn

ente

intrn-urbana s: nesse

aspecto

, como silo as c

id ades

hrnsileiras?Ql.Iais as processas que

\,o)m

ocorTendo

em

seuscentras?

No

nosso

casa

.

os gmndes equipamen tos mctropoli ;1I10s exemplificados

por

Caslells estarlam se

localizando nos centros tmdicionois (ou encostodos

0

eles), co mo

0

Te leporto do

Rio

de

loneiro? Em coso afiTl110tivo. por qu,,; 51: nilo, par que? Estnriam se localium

do em centros

expandidos - rnu ito a fastados dos ce

nno

s tradicionais -

como nos

casos dos avcnidas

luis

Carlos Berrini.

au

da marginal

do

rio Pinhei ros

em ~ o

P

au·

10.

au

na regiilo do Shopping Iguaterni. ern Sa

lv

ador? Estariam sc 10caHzando fom

ate

mesmo dos cc nlros e

xp

andidos, como na regiilo do Centro Empresarial de Sao

I'aulo (giga

nte

sco COlli plexo de escrit6rios construfdo lla d t cada de 1970 a 15 qull ll

metros ern linhn reta do centro principal), ou junto ao Centro Adminlst rativo

de

Salvador? Enfim. quais

as r a n s f o r m a ~ i i e s

territoriais

por que ~ passanda

os

cen·

uos da

s metropoles brasileiras e

porquN

Silo

closcausadas

pela

a c u   u

l a ~ ; l o

fled

vel, pela realidadc p65-ford istn, pela g l b ~ l i ~ n ~ ' a ( ) l seconomlas nadonais,

011

peJa

nova soci

edade

informadonal?

Em

qual

quer

caso, nossas metr6poles

permaneceri·

am e\,entualmente

COlli um

cenlro principal apenas. trocando

0

' \'elho" (Iradicio

nail

I>or urn "novo"?

Fin

allllente. as principals

ques

t6es. especificamente intra·ur

banas: par 'Iuo: as dilOS centros

novas

So.

instalanl na rcgiilo

em que

se instalam

c

n;\o

em OU rd

qualqucr? Qual

a r a z ~ o

de sua

l o c a 1 i z a ~ ; l a ?

Quais ..

s i m p l k a ~ o e s

e

conseqilcncias de sua local

1 . a ~ a o ?

Castells disco rrc ainda sobre oul ros proGCSSOS socioespaciais inlra ·urbanos;

sobre a

c g r e g a ~ l I o

espacial

tins

elites nas citlndes do Eu ropa Oddent al. di

7.

que. 1\.

essa dasse

n ~ o

fal p:lra os subllrbios _ ao contrMio das arnericanas _

c cmm

c ia.

scm

descn\,oh·cr.

uma

hip6lCsc. a nosso vcr. correta: a que relacionn a

c a ] j

z a ~ i \ o

intm·urbana

com a t l o m i n a ~ ~ o [idem.

26) :'

"Na • cidades europcias, ao contrario

das america na

s.

as areas residenciais l'ellhnente so llsticadas tentlem a apropriar·se

da cu1tura e h ist6ria urbanas. localizando·se em :\reas reabllitadas da ddade cen

tra l. enfalizando 0 fato fundamental

de

que. quando a

o m i n a ~ ; l o

esta

daramcnle

estabclecida c opJicada. a elite nao neeessita ir para 0 exllio sllburbano. como

fir-e·

rn l l 1 1 ~

fragcis

earned

rontadas el i e

. american".

pam

cscapH

do

can

role

d" popu

l a ~ a "

urb;mn (com as sigllifieatil'3s

e x c e ~ 6 e s de

Nova lorque. Sao Fmncisco e

Boston)" . ,

limbo,.

" ron

ocio

..

m" ' t m t M ~ . ' I < > ~ ' ' ' ' ' ...

,

I/I I ' ( O

, , , / ~ ' m ,

,

,,,,

..

<

nd";te"'

o ' Mo "

obm,

.,

"In

I:""'t""'" dties.

""lit<: in ,\meric

a. lhe

,ml)' =I",i,,,

""id"nl",1

me,,",le,,"

lo approp,i.te

u,ban

.u

t,,,

,,,

and hl,,,,,y. by toc;rU"g til ",h.biii,"oo" , , . . , . uf <l,e <

en""l

city. c m l ~ ,

. .

<i"K lhe b".ic I

.e

,h

.

whon

domln.tlott

I, e cOlly ... h l i . h e d and ."fu,.ed. theelitedocs IIol n""d to gu in'o a ,ubulb

.n

""

;t,,.

IU

the "",,ok attJ

, f u l

Ame,ic'

eli,

,,. did lo

<"" p" from

'he

co "oi of

th" urb.n 1'01'"loti,,,, l

with

the

I ~ n i f i < . , c"""1"k>n, u f N ~ · w l \ " ~ .

$ . c ; ;

",,<111<'''''''1:

Page 16: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 16/32

E n r e l ~ n t o .

hu

uma

qucslilo m ~ i s

i n s t i g ~ n t c

-

c. p ~ r a

nos. IltlCSfionuvcl

e ~ l b o r n d a por Castell s: a f e 3 ~ ~ 0 que

se

estabc ece enlre a estrulUra. espacia  Intra·

urbana e as a c r o l r : \ 1

r O f m a ~ O e

socioeconlimicas. Oepois de uma r;lplda eX losi

~ i l o

sobre est rutura espacial

nas

cidades da Europa Ocidental,

nfl

rma ele (idem,

28)

que "os

grandes

centros mctropoliwnos ellropeus apresentam algumas varia

~ i j e s

em

tomo

da eS rUlura

de

p a ~ o urbano que

nos

resuillimos rfc/lenrfenrfo

tie

sell p pel rfifcr mciarfo

n

e;;onomia el' rofJ'Jia igrira nass01. Quanta mais baixa sua

p o s i ~ i i o

na nova rede informa.cional. maior sera a diflculdade

de

sUa t r a n s i ~ l I o do

estagio industrial e mal5 tradicional Su a cslrutura urbana, com os antigos c consoli

dados bai rro. e leas comerdais desempenhamlo 0 papel delerminante na dirdml

ca da cidade. PQr outro lado,

quanto

mai. a lta sua p o s i ~ i ' l o na cstTUlura compclitiva

da nova

economia

\ H o p maior 0 papel de seus servi(j'os a a n ~ a d o s no distri to

de

negodo

s

e

m:ois inlcnsa:1

r e c S l r u l u r a ~ i i o

do

e s p a ~ o

urhano

.

J\[J

meslllo tempo,

naquch,s dd:lIlcs, em qlle a nova

sndcuade

u r o p ~ i 3 relnc:, r u n ~ o e s e pessoas 3tra·

v ~ s

do e s p ~ ..... i m i g m ~ ~ o . m a r g i n ~ l i d d

e

e conlracuitums estarao mais deslacH'

damente prcscntes, IUla

ndo

pelo com role do terri torio medida que as

identidades

se

O r n ~ l l \ c'

rescentcmente

definidas pela a l ) r o p r i a ~ a o do s p a ~ o " .

Esse Irccho e ri

co

e rmrilo

5e

p r e s t ~

;\

e X I ) o r a ~ i l o e ao desenvolvimelUo de

alllilmas qlIest/)es fundamentais sob re 0 s p a ~ o intra-u rbano.

~

preciso semp '" ter

cuidado com 0 conccito

de

"centro"; na mais generosa i n l C r p r e l a ~ ; ' \ o . essa pa avra

designaria lima ,hen bem ampln. mas certamentc nilo sena sin6nimo de

"ddade

centra "'. exp ressao

que

Cilstells usa com freqlH ncia.

Oautorcstabelece

ai

uma

clam

corrcta(j'ao

entre

imporllint;la soc icoccon6mica (0 papel ,liferenda na

e c o n o m i ~

europeia) e r e n o v a ~ a o ffsica da ddade. Nao analisa. contudo, a l o c a l i z a o

onde

ocorre essa r e n O \ · . 1 ~ a o fiska. Ora, n50

sc pode

anaJisar r a n s f o m \ a ~ 3 0 de cstrtrlUTn

in ra ·urbana scm analis.1r t c r a ~ 6 e s de o c a l i 7 ~ W 6 c s illlm· urba\\as. Segundo Castclls,

as cidades

'pIC

oClllJarem uma I)os i<;ilo hienlrquicH infe rio r n:, noVa rede

infonnacional manterilo mna cstrutunI urb:Ul:l ",,,is lmdicional,

co

m as ( \ r c ~ s

residcnciais c comcrciais anligas - antlgas e consolidadas _ descmpenhando um

papel

d e l c r m i n ~ n l e

na i n ~ m i c un cidadc". I'or OUlto lado, quanto mal5 aha u ~

p o

l ~ i i o

n ~

hil mrquin

economic;,·

.

..

nmior 0 pnpel

de

e u ~

s e r v i ~ o s

a\'anpdos

no

diSlrilo de nl gociosc "':lis intensn a ~ l n u u m ~ n o d o

c s p a ~ o

urbano·, Esse racioc/

nio ~ incapnz de C):p icM,

por ex.c I\jJlo.

as t r a n s f o r m a ~ o e s intra-urbanas nos cen

iTOS

cias mctr6poles. Nessas palnvms nilo hj c s p a ~ o para cCn ros vclhos ou novos.

lIem l)am a "decndCncia·

dc

cenlros nern I)Ma

0 c s l o ~ a l l 1 e n l C J de CC

llIros. Tambcm

••... In,jQr " " I " " ' ' ' ",cIl"pal'lo" cc,, 'en 1'''''''''' " " ' ~ " " ; ~ I ; o , " ~ " ' u n d

Iho

OIrucn,"'''(u,b.."'paaowc

loa,,,

' ~ ' I l i "

..

tl ~ , , . . , , d i " N C<I

lI

. . , i l J ~ " , " ' ; ,

rot In ' " ~

':',m .

=no,,,y IIt',r" """."1. TI,r. I""",

l,d,

1"  ' ' ' I" ll<" """" l"r"o".linn.1 . I \ ~ ,I", 1\100

,100

,liflk"I,)·

or

,1,el, ".n.I ,iQn h"m ,h . 100l"<lri.1

.g• • n. 'ho 0'0", ' l"Odi';on.1 wi \l t ,

,h

o;, ",h.n

' ' ' ' ' ' ' ' ' ' .

wi't. "It "",. hli, hod

ncirJ,oorhood

• • nd

""mmc",la

l

qu,, , . , ,

' b ) ' i n ~

'he

del.fmina",

role in

,h.

din,

"nk

Qf'he

d'f.

0"

Ihe

O1ho,

h""d.

Ih

e llljeh.,

,h .l, 1_I,ion

In

Ihe romj>e1I'ivc , I ru<lmc fIr 'he new Il lfo", ...." .....""omy. 'he K"'"'.' II,e ,o le of ,heir

ad""nccd "''''Ices

In

'1m

bu,in"",

dl<lrirt .ntl

Ih

e "'Ole

In'en",

"ill be

,h.

r e e s e l \ l n ~ 01 'he u,b,,,

p ~ AI Ihc

""me ';n

...

In Ih

  ' eltie . .

hor<:

Ihe new t:"rupc,n '""Y ",Ioe" r"ne'ioo , .nd I""'l,i o

' h m " ~ I , , n " 'hc 'I>:ICC.

I , , ; t : r ~ ' ' ,

II,""Io,"II' f .,,< ""'''"er "" I""

  .

"'ill be 'he

",

,,,, I prc  ''' I . fit:hllllK

"

.

, ,

1

m

«",'",I

nr'hc

' .,ri,n<y."

" c."'I,I""   . n m ~ in"" '

",i"Wf

do

fi

ncd by 'h" 'PI'"'rn",I,,,, nr ,,,,,,,,,.-

32

Page 17: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 17/32

nJ.o h:l e s p a ~ o

para a e n o v ~ ~ ~ o

ou

o c a l i z a ~ 1 I 0 flcm de :lreas residencillis, I:III1POUCO

de out ros centros

e r t : i ~ r i o

que ~ o os

r a d i c i o n ~

Is centros

r i n d p ~ i s . Tu

mbE m "qu i

t5

preciso

cuidado

com 0 concci\o dc C.i/m/,mJ. CrtS\cils usa -

~ o

\r:I\nr d e e s p ~ ~ o

IIrbano

e s s ~

palavm como sinunimo de

s l ' ~ ~ o

urbano. Pam n6s.

n ~ o .

E s t r l l l u r ~ .

quando se refere a

s p ; J ~ o

urbano. diz re speilo:t o c a l i z < l ~ a o relmiva dos elementos

espac als e SU(\S rcl

ar;:flcs, Oil

sci:., dos

ccmtos

de ne[:6clo$

n ~ o s6

0 principal,

m ~ s

tambem os denmis) das :lreus residenci<lis segregadas e, finalmente, das areas in

dustriais. Caswils aborda I

a n s f o r m a ~ o c s

do

eSIJ<lr;:o

(rcnovar;:lIo do melo comlruldo)

como "rees{fu turar;:lIo' do espar;:o. Pode haver rc nOl"",1\o do espar;:o sem e c e s s l l r i ~ ·

mente

haver e e s t r u t u m ~ a o . Quando, nos primeiros I'inw anos des\C slkula. 0 qua

dra imobili(\rio daccntro de nassus cidadcs fai latalmente renovada

com

a demal i-

~ 1 I 0 do colonial e u m p l a n T a ~ i \ o do neocl<lssico e do edetismo. m1 /'OIwcaircmrilo

( I

O'S[rrmml IIr/wII<I,

pois esscs cen[ros n;;o pcnlerarn sua imporlunclll,

s u ~

posi

r;:1I0

sua

namrez..1

nem

1 0 c 1 I i z a ~ i l o No e llamo. houve [m lsfonnm;1I0 do

s p a ~ o ur

·

lmno e in ensa ;Jtividilde imobiliariil. Quando, ern S ~

l \ " ~ d o r .

na Viloria, Campo Grande

ou

G m ~ a .

I l l ~ n s i j c s s ~ a dellloHdns e s u b s t i l u f l ; 1 ~ s

par

p ~ r t ; " \ r n e n t o ~ de luxo, h<l

a l t e r a ~ ~ o do s p a ~ o constmldo, mas nllo h 1 l 3 I t e m ~ ~ o da estm[ura urbaUil, uma \'cz

que ~ i " b ~ i r r o s man[em SUa

o n t U l " L " Z ~ ,

ebsse soci

al

c o e a l i 7 . n ~ i l o cllqutmto dl:mell

[as do

eSlrllwm

Spllcial

urblllla

Vohemos, eontudo, AO

CXIO

de Cas[ells. Se

~

valido corrclaclonnr - como faz

Castells _ a poslr;:lIo b i e t ~ l t J u i e n da cidndc

com

sell dlnamismo imobj[j:lrio, nllo ~

valido fazer 0 m

esmo

-

camo ambcm faz

C,1s tclls -

com

a 1 0 c n

i l 1 ~ i l o

das :lrcas

dinilmicas cmlermos irnobiliMi

os.

Assim, a alta hiernrquiu c 0 dilHunismo ccon{\·

mico-imobi1i:lrio n ~ o implicarn nccessnrialllcnte que 0 centro urbano se renovar:i.

Em Paris,

por

exemplo. esse

dl

nnmislllo imobilil'trio foi c a n ~ l i z n d o

pam

fora do

cen·

tTO

- na Defense. Ilessai te·sc que c.,stel1s fala em "distrito de ncg6cios",

ou

se ja,

ce ntro num scntido restrito.

E . ~ s a

nn:llise e valida ]lara 0 r ~ ~ l a v c r i a

emr

e

1165

alguma 3 ~ n o emre a

p o s i ~ i l o hierMqulca

da

cidade na "nova rede informacionnl" bmsileira e sua cst -

t u r a ~ a a

inlcrna? Qual a relar;:ao

entre

tmnsforrnar;:oes ocorridas nos cenlrOS

I;1c

nossas cidades - Irad ic ionais ou expandidos - e 0 descn\"olvimenlO e iIlflu/)ncin

dessa"

mesmas ddades,

seja no nlve] regional, do Mercosul Oll imcrnncionnlmen-

[e? Qual a r c l a ~ i l o enlre a p o s l ~ l I o hier<lrquica. ou qualqller OUlra

r e l n ~ ~ o

corn as

t r n n s f o r m a ~ i j e s 6Ocioeeonomicns

p l a n e [ d r i ~ s

e ~ m n n l 1 1 e n ~ i i o de uma l m l u r ~

[mdicionnl" dc unl Indo e Unm Illaior inl n ~ i d ~ d c na reese l l u m ~ l I o do

C"p<l"O

illlra.

urbano, de al11ra,

como

fal a Cas[ells? kpetindo [ l O ~ S a

j

uc

slJlO

centnll: por

qua is

medl

ar;:oes

I)assam as Iransforma("es o c i o c c o n 6 m c ~ s

n ~ c i o n a i s

ou

p l u n e t ~ r i a

a [ ~ se

mOl

nifcs[arem ern t r u n s f a r m a ~ u c s na c5trrHllra imra urbana de nossns cida

des? i'arn n6s, passam

pela

s

suas

e s t r n ( i f i c a ~ i l e s

soclais; pelo dcsnlvcl de

poder

cconomica e poU[i t o emrc as classes em nossas metr6poles: paS Snln pela dorni

n a ~ : i o que

se

da por meio do e s p a ~ o urban o. "'lanifes[arn-sc enllln

no

fa[o de a

nmioriil dlls classes de rnais alIa lemhi oeu pilr

I ' 0 s i ~ i l c s

Cell

[m

Is. n c ~ r de

ter

·

se iniciado. na

~ e a d a

de 1970.

11m

processo de

l l b l l f b a

l l i l a ~ i l o dcssns classes: no

33

Page 18: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 18/32

f ~ I O de

os

ccntro

s de nOS5a $grandes cidades aprese11larem h:l mais de cern

ano

s

- ern ma ior Oil menor grail - urn claro e

co

ntfnuo processo

de

rlesloeamenlo

no mesmo scntido que as carua

da

s re

sidcnc

iais

de

rna is a lia reuda ; e no fato dO

ess

as c

amada

s

oprc

s

cmarcrn

-

t a m b ~ m

hrt

rnuilas

d

~ c a

d a s

-

umo

tcndt nclo

de

cOll

ce

nlra(;l " uma ,in;<:n rcgiii o

de

nossas rnelr6polcs. Como cntcnder

lilis processos?

l\larlha Sc hlcigarl

I

I-torado Torres, em I C ~ I O amigo _ E,'lrue/ ,ra im emtl y

llrmlidai/

ell

merropolis /ar;lIoomericallfiS. lisrlldio

dc

easos. in : Caslclls, s.d .

253

- . propoem·se a •... des aen r as caracterislicns dir ..renciai s da eSlrU Ura interna

das

mel rOjlOlcs lmi no·allleri canas com

d a ~ i 1 o

lis modalidades eSJleC£ncas qlie ad·

qui rem os

proce

s.wsgerais tic du

 

ni1Q/"jmc1 rO

ri(,

suciedllf/c jgrifo nossol nesta :lrea.

s ~ o exp loradas

sobrellldo

as i n t r r l ~ o e s existentes entre esses

processos

gemis

e

os

processos

lI

Tbanos.

en

fill

izando

;\

c a r

a c l e r i 7

a ~ ~

0

do

s ce

nlr

05 cujo papel c

co

Ielid a social <:O I1SI

l

"em el

e",e

nlos pa ,a a e f i n i ~ ~ o da es lrulnr3 ",bana" • Em face

disso. eSllldarn BllO nos Aires, S n n l g o de Chile c Lim;,. 0 prillleiro cqnfvoco O S I ~

eTll admilir·$C II priori a exis lencia de uma c o r r e l a ~ ~ o

direla

ent re 3S elapas do

Jlrocesso de c • n l 1 l 1 r a ( ~ o

imra-urhana

de $sas cidadcs e as tapas dos processos

glohais de dese livolvimcillo - do processo d ~ i l l d u S l r i a l i 1 . a ~ i l o , e resc imcnw ceo·

Ilomico,

i r n i l : a

~ a

o e u r o p ~ i a . CI C.

- dos

re

spec livos pafses. lsso se manifes la

110

falo

de

adolarelll. para a hisl6ria do p a ~ o inlm -urbano. a meSilla p e

i o d i : r . a ~ i l o

e

as mesmas cUlpas

'Inc

adol am I

,ara

0

de

se

nvol

vi

melllO nacional. Tem·

se

aqn; urn

ex

...

mplo

da iuuevida

\ n t n

p o

i ~ i i o .

para a annli se

inlra·u

rban

".

de

prcllli ssas e

m e l o d o ~ validos para

0

es\udo do ,Iesellvol

"im

ent o nac iollal.

A

prem lssa seria va·

Ilda SC, na I1IclhOl

das

hip6leses. 0 olljelo

de

an a lise fosse 0

processo

de

urbaniza·

~ i i o . mas n ~ o outro diferentc - 0

deestrllwmfao

intra· urbana. Pelo mcnos para 0

Bras il. essa p rcmissa n lio seri" val ida e

(cmo

s

fu

ndarlas raloes para slispeil<lr

q

lIC

o mesmo se daria para a

A m ~ r i

c a Lal ina.

As a ~ o e s

que exislern enlre, de urn

Indo, as I m l l

f o r m : l

so

ducco

n6mkas naeionais e

p l a l l r i ; , s

c, dc OUlTO, a

e S l T u l u r a ~ a o

do

espa<;o inlra· urbano el1l nossas metropoles silo espccificas:

~ o

SaO

as mcsmas

'I

i e existem em re aqllcle desenvo]vimclllo e 0 esp1l<;0 regional

ou

IHicional. l\ J

cm

di

ss<).

as

p e r i o d i 7 . ~ ~ i j e s

podelll diferir. Por exelllpln:

1Il0

S1rnrellios

adi"nle que

\lIna

das

mai s profund I

a n s f o r r n a ~ r . e s

est

rUI

r

is dO

no ssas

melr6-

pole

s

a chmnada

"d

ceadl ncia" de sellS

cenlros

- c

SI

:lligada ao abandono de s·

ses CCnlros pelas camad .s de alta renda c qlle esse abandono foi

provoeado

prill '

c ipillrne nle ma s 11;;0 exclll sivamclllej pela nOl 'a mobil

id

a

de

I

crr

i Ior ial f' ropiciada

pela difllsilo

do

"\l10 In 6ve1. Essa d l f l l s ~ o e a dill "dc

ca

denci,," em enl ilo infcio.

cxeeto 110 lIio

de Jan

eiro. na dccad n

de

I J

GO,

ma s r('almenlc se

co

n

so

lidam na

de

1 )70. Dessc po

nto

de ViS1a, os anos 70

se

riam 0 mar

co

a ser adotado em uma

•• . ..

de ","nifi",,,

I" , c

. , .<,crbllc., , l I I e , t l ~ 1 c >

de: I ,·,,,,,,,,,r.d<ln

h \ l ~ '

~ c

mend ",

li ,

IOllno'n,e,ie.,oo< en " , Iu

kln

co n I mo<l,lld ,dcl ,  ,ccintO> 'Inc .dqni.em

<>< I ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' '

11 /'1

d ,m'//o

,Ie

Ir

, i .. .

<I lI:nr

" n'",,,1en ",,'a ~ " ' •. So "'1'1"'.n ol<n:

,< >II

10> ;n'crn:l.cio"""

o:xI>

,. n..,.

en"" ,,,...,_, 1"000"""" ~ C ' ' ' ' ' ' 1 c > r ~ I"oco" ..... " , I " n ~ " , ~ " ' l c " d ( ) 01 :..-1."""

Cit

Wc., r.c'c.I,;,cl<l" de b:<

C" Int '

.

COl)" l"'ix'l ). "' ' '' ' cnkk, .,><1 .1 ""O"nt

)"oo

l h L ~ 1''''' I. i < i o ' l 'k h

.,. '

,< .

",I",n.

:

Page 19: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 19/32

p c r l o d l 1 . l l ~ ~ O da hi s16ria i n 1 r ~ · u r b l l 1 l a d ~ maior parle ~ s 111clr6poles e

mesmo

das

cid

ade

s ~ d

do

Brasil.

No

enwnlO. em termos de de sen volvimeruo n:l.cio·

nal, 0 marco

nou\vcl

d c v c r i ~ se r 0 pe r iodo

de

I l d n d n i 5 1 r a ~ ~ o

de

lu seelino

KubilSeheck,

de

1955

<l

1960,

e

rn

vinu

de

do

im

pul

so

e

cono

rn

ko

e

das

t

mns

foT'

m a ~ " ' l s ' lue provocou no pais, dentm

as

quais 5e destncn n

I r n p l l m t a ~ a o

d<l In·

dllslria

mHomobii fstic:l.

Vol1an

do antllise

do

leXlO de Schleigart ~ T o r r c s . dcslacamos que, com base

na c u r r e l ; L ~ ; ' u di reln emfe u dese nvolvimentu rmcionnl e a e S l r u l L L r a ~ i l u

inlra

· llr·

b<lna. n?io e posslvel r como nao foi posslvel ll

OS

nLL UreS -: lI.hn de obviedades

como .. sta: "Aessal poca de I:rande expansilo economica,

co

rresponde a constru·

~ i l o

de grandes cdificios plib licos e pril'ados, a abertu ra de cixos e al'enidas, Essas

obr.ls,

qUI

con [igum

ra on

h:uicaoncmc a <lSI rulura cspacial do cent TO menopoH la·

no, silo clara expressilo

de

um

poder

olig;lrq

ui

co

que

se a firm a,

se rnoderniza

e

se

'e

ur

opei1.a'"(2.56) ' , Nilo vamos tra tar das o n i d c r a ~ 6 e s Iccidas pelos nutores, de

que

laisobms

segu iram modclos urbanfs licos importados dn F r a n ~ a , 111lUI vez ' lue

isso lambt' 'm se refere

aO

e.<pa(,'o inlra·uruano, mas n ~ o diz ~ J l e i l 0 estrulura

intra·uruana

. 0 que

caue

dc Slacar t que

5e

ignorn (ce rtamcnte pOT

nao leT

s ido

c

on

sidcmdo relel'ame) em

que pafle

do centro tins cidadcs

Coram

feilas aquclas

obras, e p

or que

foram feiws nessa

parte

e nao em OUl

ra qualque

r, Ao

ll

ila lisarmos

os

cenlros

de nossas

metr6pole

s, destacaTClllos <]ue 0 estudo tla eSlrul ll ra

intra·

IHbana n;lo scrtl s:ui sfat6rio se

n:'lo

der conln das laca/icul { Qcs

dos

elementos da

es trUlura nem

da

s c o r r e l a

~ o e s

entre eles e OIUros elementos

elou

partes tla me ·

tropole, Vcrernos enlno, para nOSSaS rnelropoles,

que

0 pr6prio centro lem sun es·

lTIHum e

e s t ~ cia

ligada da melr61'0lc

como

lJllltod o, Para isso e

funtlamenw

l

snbercm que

panes do

cenITO

sAo

feitos

os melhoramentos,

ou sejn, qual a loca·

z a ~ f i o dos

melhoramenlOs, 1\0 es

lu

do till cslrulllra

urbana

inte

rc

ssa saber

por

que

eucs a i r r o ~ e

cen

l ros exihcm certo < nan)u lerritorial. e n ~ o

0111 TO q

ual'll1er,

e qual a in ler·

~ 1 I 0

cspacial enl rc

cues b"

inos c

centro

s, Oil qllais silo sells 1';\'

peis

e ~ p a c b i s .

Por outro lado, as el:lpaSdo proeesso de e s t r U l

u r a ~ 1 I 0

cspacial

da

s

cidades

de Ilm pais

devem

derivar

da

analise

t1e

sse

processo

c nao, n

ec

e

ssaria·

m e l \ l ~ ,

d a ~

ct

apa

s

do

descl1voll'imenlu econum ico nacional

ou

do proccsso n;\·

eional

de

b a n i z a ~ i l o , EO 6bvio queo deselll'olvime nlo tla infra·eslrut ura regional

de

transportes esltlligado ao per

fi

l e ao

de

senl'olvimenlO da ec onom ia nacional,

mas por esse cnmin ho explicariamos a \ 1 r b a n i z a ~ i i o e nilo n eSlrtUura(,'i'io intra·

urbana

,

Pa ra

explicllr

e5Sa

eslnltlltn, Icriam 'llll sor OShidado$

n

sistema I'iririo e

os

Irnnsporles uruanos, I'or cxell1plo:

os

nutores afirmam que, al'esar" .. ,

do

cres·

clmt nlO assinalado, a

eSI

rutura

b ~ s 1 c a

,la metr6pole, fixada na p

ri

meira el apa, ml0

srul

l/crol em seils rupee/Qs IUlu/ameil /a i   Igrifo Losso),

I

·lament·se

os

Ires se tores

pri ncipa is definiltos por e ixos circulat6rios, acenl uan

do

-

se

a

sub'

l

b a n i z a ~ a o

no

s

,

",\

L'''" ~ I ~ > C ,It

g"OI,1e

''''I"""iI\u

, . , ~ , l c l ,

c n ta """"""'I

iI\n ,\" lml"""'

"r.'

,-.llfJd'"

p,'hll"". Y lul""do ., I>

I ' t , .

dt tle>}'

"..,,,,d••

_ L.,o< <Ibm., 'IUt han " f O d " ba ,i••

m.,, '

t la

' ' ' ".'llra "'1'.d.1

del

ccn'ro

mellOI'" i

' ." , , SO

n

ddm .xp'CMi6" <I

e un. pode1

oltr;;l 'quico 'IUt

>c

.r.   .,

.., ""od"",11" t ' ''''fI)1"''-'''''·'

35

Page 20: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 20/32

setores

noroeste e oeste. ;

10

com nlrio da

primeira

clapa ~ qual havia sido maior a

correspondente ao selOr sid"

(26

I ).-

Da primeir.l para i I

segunda

elapa. i I eSlrlllurn b:lsicil <In metr6pole nno

se

allerou

em seus

aspectos hmd;l l1elllais. Pergunla·se:

porque

motivo

entao perten-

cern a elapas difercnte

s?

l'or

que

existcm duas et apas? Fica claro que as clilpas fo

r.lm r l e f i n i c t ; l ~ por crit"rios qlle nao dll-em Tespeito

11.

cslnllur;l intrn-u rb

ana.

Por

que n s u b u l b a n i 7 . a ~ n o 5e acenlllOIl nos 5e tores noroesle e oeste e nno

em

0111105

~ e t o r c s quaisqucr? Por que 5e accntuou sl'gundo SCIOrcs c nito segundo drcuJos con·

c ~ n t r i c o s ? Qilal a r e l a ~ i l o cnl

rc

tals

o n f i g l l m ~ Q e s

e os demais elementos da

estm

tu

fa

mbalH' _ ce llm. pnr exemplo? Ull1a

eoisa

exp1icar

0

sllrgimcnlo

das

classes

socials;

Ollira

" cxpliear Slln

1 0 c a l i z l l ~ i i o

e seilS deitos cspnciais. Em B u

e n o . ~

Aires, 0

...

. I:ran desarrollo de la classe media ~ un peso predominante a estos

gmpos en

la

melrnpuli

;,

partir de

la

Primer<

Guerra

/T.hmdi

al

(.,

.).

Sua

o o . l 1 i 7 ; I ~ i i o

allarca

um

mnplo

leq\le <Iue rodeia 0 centrn e que esnutum 0 conjllnto de bairros e ; l r a c l c r r . ~ l i c o s de

Bllenos A F.'5C lipo de o n f i g u r a ( j ' ~ O di ul as dlfcren(j'as cX lernns cnlre sctores

do

c s p ~ ~ o u r b ~ no. impcdi ndo. dCSS.l l1I:lneir:l. que 0 cent ro c j n a r o g ~ d o por :lreas de

lerior.:Jdas. Os c o r t i ~ o s que subsislCm no bnirro suI { ..J nao eonsl;lUcm nn realida

de. Geografica 1len le, um anel de delerior;u;ao ao retlor

do

centro. mas sim mn

b o l s ~ o ' 25 1) .• ,

Nao ~ s t a

constata

r cssas o n f i g u r a ~ ( } e s espacini

s.

Eneccss6rio I"xplic;i· las c

..rticular n

c ~ p k a \ , a o COlli

as

a n

o m

~ O C

do . de'na;s e lementos dn cstrutura

mbana.

Ou seja:

c X l ' l i e a ~ ~ o

das

n l 1 l s f o r m a ~ i i e . ~

de

um

clemen to

dew

expl iear

tam·

b m as I r a n s [ o r m R ~ l l e s los denmis elementos ~ CSlnJlura.

Ao

cSHldo tia eSlrutura

intra-urbana ( irrele\<lme como surge a classc m ~ < d j a e qual a origem nacional de sCli

"peso". isla C. llOder politico. lnteressa

sal.J.cr

por que cia se

locali7.3

onde se localiza c

quais as

i m p l ; ~ a ~ o e s

dis

so

. Nao

5e

[mill apcnas de partir do socialpnm expJicar

0

es

p a ~ { ) .

mas.

ao con[rMio. " importantc tnmll"m pattir

,10 s p a ~ o

para

ex

pl iear

0

~ o c j a L

Por excllll'lo: dado que ch .sse media present dc[erminnda o c a l i l A l ~ i l o , pergllnta-

5e

: por qUO ? Essa

o c n l l z a ~

( [ruto <.Ie seu "pcso' (poder polClico)? Como 0 po<.ler

politico se manifcsla na

l o c i l l i z a ~ ; o

das classes socials e qunl 0 efcito (se

( que M

;llg

l1

l11;

d e ~ c

hn\,er)des",.

con

figur.l\,'tu cspllcial na

e p r u d u ~ i l o

de

~ , i s

classes e

do

sell

poller politico? Qual

0

ercito (sc" que

h ~

algum; rlcve h;wer) tle lima dcterl11inada

configur:w;1o espacia sobre as r e l a ~ l l e 5 entre 0 Est.1do (cspccialmcnle no nivcllocal)

e as classes sociais? Finalmemc a qucstao \'ilal

do

centro urbano. i aspcClo

que

SCi'll mnpl.1l11entc .1hordntlo pam as melr6polcs omsile ims. pois consiste mun clcment o

• "

...

<lei

c"",dnli<:"'"

. .

1<0<1"

la "", ,

c  .

1",1>",. ,It,

I.

m< < l I ~ ' l l

t n

I. 1'';

,,'em "'"

p.'. "",., 1m

a ' l " ' ' ' ' o ~ " fI M . 

fi

,,,,emal,,,

Igri "

<>'>«>1 . Se man' ,,,.,,

k

. . ' ' ' ' ....

"'10"'"

1"ln<ll"'l.,. deOnld""

I"" c)eo <ircul> "rios .c"",,,,lnd,,,,, I• •ubu,b,ni ..

ci<\u

en 0«10= no,,,.,,, YOCOl<; • <lIfe",,,,,;,, de I.

pri n,eto e

" I

 ;

n

I.'

I

.1

ha

101.1

,i<\o

""\'0'

I,

=1"'",I><n' C

01

or

"OL-

.. 01". "" I"".'lii,"", .h.,It"."do un

.ml'lin

.hank., que ,,><Ie. d

<en

y que O>,,,Jeh,,. d ( jun'o ""

h.mo. comelc'li

Ic

, ,«

\c

I\U"""" AI"" , lis,.

'ip<> <Ie

co"fogur

ad6

n

<Ii I . l.u

dlf","

".Ias m

en'' ' '

. ,'0 ,

del l ~ , d ",I, ,,,,, Iml'idi. ,Ie . . ,, ,,"mo.. oI>.h<>t""ol

cenlro

1""

" •

. , do de'etl

on). l<>o

"<o".."n,;IIo.

qU" " ,h ,I<lo" .It 01 h."<I,, ( ..) '10

I

,,,)'C,,.,, ,,,.Iillod. ~ , ~ , n c . m . ' o ,

u

.n;Un dc

,.tloro

"ldoT<.,lu, del c , ' . 1 "" I. 101"" '1>., 1,,,,:-

Page 21: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 21/32

fundamental d;\ est nllura i111m-ulbana. De acordo com Sc1ucigan e Torres (If>2). "a

fone

im rcia do

centro lradidonal

e a existfrncia de

uma

grande classe media

quc

permnneceu em zOnas cenlmi. incidirnm forlcrncntc

n ~

vitnlidndc otual do

centro

de Bueno

sAireseomo

ntldeo

com

crda

l

cu

ltu

ral

cdc

expansao para umplos setores

da

o p u l a ~ i l o . A e n o v a ~ l l o tlSpontllnea

foi.

quase pcrmannmemnmn. nxibindo multo

pouens

mostms de

dcteriora(fao e obsoletismo

I

..)

Nessc trceho da- s<: como e x p i e n ~ a o exatamente aquilo qu n predsa snr expli

eado. Qual causa <In

"foTle

inerda·· do centro de Duenas Aires? Est; fundamental

mente na wunde clnsse rn&lia da cidade ou lambem : l l o c a 1 i 7 . a ~ l I . o dessa a ~ s e

enos

menores desnlvcis de classc - sc eompamdos com OUlms metro poles latino·ameri·

ennaS -

(IUC

Cllmcterinrn a sociL-dade al1:lcn ina? l'or que ess.1·gmnde class<: media"

permaneceu nas zonas cenlr.lis,

em

lUll anel

em

lomo do cen TO - os cfn::ulos can·

e1 mrieos - e

n<1o

se formou e deslocoll segundo um setor como a

pcquena clane

media bmsileira? Qual a r e l a ~ i l o entre tamanho de c1asse eespacia lidade de classe?

Edward W. Soja afirma que (1980. 207)·a ddnde induS1 rial capi lallsta fo i funda

mentahnente uma rnllquina de T O d u ' Y ~ o c, como wi. assllmiuunm estill lura espacial

nota\"elmente uniforme- aquela descrila de maneira

Hio

perspicaz por Engcls. para

Manchester. c mais tarde pelos ccologistas urbanos paraa maioria do mundo capita·

liMa"

,'

Sc,

de Ulli

lado, fica clam que Soja fala

da

es rulllnl do s p a ~ o intra-urbano, por

outro, ele nao esclarece - e acreditamos que Item ele, nem ninguem, lenha jamais

estudado essa questi'io - a r e l a ~ entre lima estnllura ·notavclmente uniformc· e a

natllreza industrial e capitalista das cidades a que se

re

fere 0 mnor.

Lipielz e l..iIborgne (1988, 26) cm Mligo denominado·O p6s-

fo

rdisrno e SCII

e s p a ~ o " , no qllal ab

ordam 0

p6s·fordismo e quase

nada 0 c s p a ~ o

_ que surge de

repente. ern nilo mals de meia dllzia de frases, no final do

ar

tigo - e co nduell1 com

a aprescnl

~ ~ o

de algumas ea rac\crfsticas (10

e S J l l l ~ o

p6s-fordista. Tais caracterfsti

cas Teferern-se a

s p a ~ o s

mb,lnos b ~ t mto s, jll que siio apenas lnfcrldas de suas con

sidera(fc':ies

te6ricas. ou c j ~ ,

si'io

hlp6teses de prov6\"eis de.dobmmentos espa cia is.

"As c o n s e q i l ~ n d a s espaciais

mrcccm scr

(grifo nossol: a via neotaylorisla cst;) as

sociada a unm

e s i n t e g m ( f ~ o

territorial e

conduz

a

\

ma

o l a r i 7 A l ~ ; ' i o

e

spada

le de scr

v

o s

as

em

pres.1s

de

alto nfvel no CCI Iro (grifo nossol das grandes

ddades

e tamMm

1C\'3

dispcrsl\o, em zonas mrais, de

t a b e h l C m c n t o s

especinli1.ados 011

~ forma'Yi'io

de nreas prodll1ivas espccializadas c baixos saMrios; a californiana ($tnria associa

d ~ a u rna i n t c g m ~ a o territorial rnais e s l r c i t ~ ( ..1·

e,

finalmenle. a via

s ~ t u r n

imla indu-

r i ~ •... f o r n m ~ i l o .te areas-siS1enms 1erritorialmellte inlegr.ntas". Aisso se limilam

as eonclusocs espaciais dos autores; co lsistem, poi s,

em

hip6teses.

Uma das eonc1usiles e slirprecndcllte c Intcre5sa·nos paniclilarmcntc.

Se_

gundo os a\1lores,

a via

neotaylorisl<llcl'aria a lima c o n c e n l r a ~ : l o das empresas de

·alto nfl'cl'· no centro

d a

grandes cidadcs. Ncnhutll est

udo

sobre

0

e s p a ~ o

intm-

, .... I. r c , , ~ I

  crcla

<lot <e tm dl<lo  .1y

10

e ~ I " . n < . de

un. van d. ,

mc-dla que h. p.II .ne<:klo

en

",uno

<cRll.l

han inddidn

f\lertemenl n I. vit.lid:>d

.ctual

del

ecntro

de

Oucn", Al"",

eomo mideo

comeld.l. <\l lt\lIB )· de , , , , ,eimic,uo1 '' ' '

.,n I;',.

",..:tOI"" ric la pobl1lCi6I,. U. ,""",":>CkSn

~ I ' ' ' t ~ n

h  1

' klo

l l '

,m .ncnlc

•• I ~ " d "

"",I I ~ ' ' ' ,.  lm, de C f l o r n )·oh..,le iC"cnd, r J:

Page 22: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 22/32

u r l J ~ n o

c sollre a 6 g i c ~ de s u ~ produ,<ilo, c muilo menos sollre as

r c ~ , < o c s cntre

cspa,<o inlnl-urllano c modelo dc dcscnvo vimc  llo, foi descm'o vido

e,

scm maio

res cxp  c ~ ~ o c s , Ii ra III

d,1

an;\ i5c do modclo de descnvoll'imen[O - evcnlllahilentc

nceil

" C

par.l a coml'recllsilo

do

eSI"''<o regional

01L

p l ~ n e l ; \ r i o

- lima concluso:o

de nalU rez" eSI

fi

lamcnle inlm

urhana:

a de quc a 10ca1iza,<iio das eml'resas de alto

nivel dar·se-ill 110 II ro das gromlcs cidildcs. Nada, ahsohl1amcnle Ilada, das a

mtH

ses eh,boradas allloriza lal concilisilo. Alilorizariam, iSlo sim. a conclusl\u de qUll

aq lIelas emp resas

se

localil.ariam "n:ls gra ndes cidades·.'

GoUdicncr (1965, 58) - para citar urn lIUlor q lIC se aproxima da andl isc im TU-

urh

n" - 11,,0 e ,m, ito claro sobre a q I C S I ~ O <las rela,<ues cnl re a eSI r l l 1 u m ~ u iUlm

"Tbana c as grand es I

n s f o r m a ~ u e s 50

cioeconomicas. Anrma

dc

<I'n lado . ... que

OCOTTcrllm iml'Orlanl cs lransform",<oes no padrno espaeial e na rCestrUlum,<; .o,

porque

elas silo

f u n ~

i i o

de

transforllla,<oes

no

sis

lema

socilll mais

amp

lo, e

nil.o

porqlle se

jam llrodutos

de

processos in1ernos lis ploprias o c ~ l i d a d e s " . A essn vi-

s ~ o

opue

outrn. a que

chama

de "

convencional

" e, para d e s c r e v ~ - I a . cila Robert

ParI:, da Escoln

dc

Chicago: /I, c i d ~ d c ullin unidade extemamenle organiz.1da

ntllll e s p a ~ o produzido [lor suns I'r6prias lei s" (idem. illid. ). Por

OUlro

Iml o, reco

nheee a exislcncia de vjrios processos inleralivos impoTlnntes ([ue lambcIII alII

anI dcnlrO

do

ambicnl/) u rba no c que I ' resenta origem l'ural1lcnle l

oca

l.

E s s e s

processos.

en\relnnlo,

s ~ o

produzidos

por

neccssidade

s que pOlleo lem qlle vcr

cum oS 1111:" rc s < Ilq IIanlo tai s e sno mais ~ f e l a d o pelos proce"sos sis lcmir.os ope·

ra n

do

Cl1110da a

parlc

,

i510

C,

lanto

em al11bienws rurais e

sullurbanos

como

em

nmbielll/)s urbanos" (idem, ibid .).

,\ s cond usues de Laborgne e Lipi elz refcrentes

localiza,<; .o

das empre.as de

ailO

nl\"el no cent ro das grandes cidndes de\"cm valer pa ra as melropoles

nortc-ame

·

ricanas. pois ~ b o r d n m 0

c s

p a ~ o pos· fordista. Ora. em principio. devemos aCeil, r a

c o n s l a l a ~

o ue I<.larl: GOlld

~ n e r

(1965. 1990)

de

que as regiucs mctropolilan s nor

le·,ulleric;u",s O n l e l 1 p o r ~ n c a s ~ o hOle

pulinuc1cmhs.

1 ~ " I " - s e

de

11m3

posi,<;\o de

difkil

C O l l l c s t a ~ ; . o .

pois eo nslil

I

i uma simplcs observa,<; .o empIric". c n5.o lima Co ·

ria. Nesse caso, us "cmpresas de alto nivel" daq\\clas

meu6polcs podcriam, em

prill'

cfl';o, l

oe

a

li l

.a r

os

e

cm

't,mlquer d

os

SellS

vr.rios miclcos {

ou

cenl ros . ono l\(lcessari

  mente

no

l l I / ro,

como

cu

udueU l.."bOfgl1e e

U p i e l ~ . 1 \ l c ~ l 1 l o

em San Paulo que,

afinal,

n ~

o ~ I ~ O polinucleada como

U l n ~

mcnopole

none·amcri

cana, as cmprcsas

poderi I \ l l o c a l i z ~ r_sc nn a \'cnidn 1';t\\lista. nn a\"Cnida Luis Carlos

Be

rrilli

01.1

no Cell '

l ro Empn:sarilll, a

17 q ih

) mellOs (i, primcim c a

2()

qllilOmetros do cen ro d dda

de, negaodo

a ~ s i l 1 l

"'I uclas

co

nclusoes.

Prossig:uno

s anallsando Gou tl iencr. Em prlmciro 1.llpr,

~ bom

recordar qllc

esse J 1II0r se p ropoe a expl icar 'in ica e excl nsivameme a form a polinuclcadn e dis

pcrsn da mCllopo e

I I O T l e · ~ l l l c r i c n n a . quc

niio encontm similar nem mcstnn " .. HI

Europn indus riali7.ada"{

19115,

9).

Em

segundo.

fe

•.

uso de U ila

mCl

odnlogia imhl1iva.

que Ilarle de TC ;ularid;ulcs

cmp

iricamenlC obserl'lIvcis. proclirando, a partir da[,

conslrui r ullla Coria. 0 aUlor elll qllcSI; .O (1990. 59) n1l0 vi :

de

que maneira liS leo

rias que villcularn •... a rt.:Qr ;:ulil(;',<iio

do

cap i ' . nas

a l U : l i ~

condi,<oes de crise. as

Page 23: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 23/32

m u d a n ~ a s

sodoespadais que reestruturarn 0 ambiente urbano .Y possam cxpli·

car

as

r n u d a t 1 ~ a s o c o r r i d a s

nas regiOcs metropoliwnas dos Estados

Un

idos, caracte

riz.1das fllndarncntal

mcn

lc por

I I In

pmcesso ao qual ele chmnn de

d

c s c o

n

c e n t m ~ ~ o ·

c pelo dcscnvolvirnenlO

de

enonnes

reglMs urh:Ulas polinucleadns c esp;usas.

Em

c

o n l m p o s i ~ l I o , tenta apresemar um a r c a b o u ~ o tl>6rico- pa m slibstiluir 0 que embasa

aquelns leorias e propOe a tese de que, emb

om

reconheccndo que as

m u d n ~

pw\'ocndas

pela ctise

Cll mprem II

m papel importante na

p r o d l l ~ i i o

do

s p a ~ o urba-

na.

II

d e s c o n c c n l m ~ ~ o

espadal

~ •

..

. conseq(i ':ncia da a T l i c u a ~ ~ o contingente de

seis fmores independemes C .) (1990, 61/62 , Cllj;IS origens remOl/lllm /

vt r;m

rld-

callas. S ~ o

ell's:

• mcismo;

• os gastos mil itares c a penl1lHlenle economia de guerra:

• 0

selor

imobillilrio rOlllo circuilo secu ndario do capital;

• a

i n t e r v e n < ; ~ o

ntiva do Estn do na t r a n s f e r

~ n c i n

global do valor;

• a papel da tcenologia e do

conhcci

mc1\lo na Iransforma<;ilo

das

forClls

de

produ<;aa;

• a pratica

de

fazer das fontes ti ll mllo.dll·obr.l.

c r i t ~ r i o

para as decisi'ies sobre

loeaUza<;1Io.

CO ul r e l a c ; : ~ o 110 mcismo 0 primeiro [;llor

adma,

dl z Coud iener que nos anos

50

1160

muilas ....,

ddades

n;l.o

sO

experimentnram lImll

onda

de

m   g m ~ : i o

de popu-

Illo;:ao negro, como tam bern um rapido influxo de hispfmicos de I'o rlo Rico e do Me

xico.

Dumnle

esse rnesmo perlodo, a r

ugn

dos hmncos para

as suburbios

virHlal·

mente esvaziou as cid mles de ramflillSdeciasse media com filhos.

Em

eonseqUcnci:l,

ja pelos anos 60, as rtreas

u r b a n ~ s

dos ESlndos Unidos eSlavmn marcadas

pa

r divi·

soes e problemas mciai

s,

com uma entrada infqua de recursos

em

delrimcnlo

dos

bairros dllS minorias ctnicas e meiais.

Na

Europa nunca hom'e nad; 

que

pudess

eser

eomparado (lOS

mot ins ocorridos em gumos nos

ES111dos

Ullidos

durante

as

;rnas

GO

c

que

clmrnnrom n

l t e n ~ i l o

do

mundo

pam cssa forma de

secreCllO;:1l.o·

Udem, Ibid),

Jdlmtica

o l o c a ~ 1 I o

jll

havia sido feita em obro anterior, qUllndo 0 aUl

or

lentOl des·

vendllr

II

caus;' da

u   m

n i z a ~ i i o . Declarou ele, cntao,

que

os caslos m i

li

ta tes live·

ram um profundo cfcito sabre 0

S ] l a ~ o ,

" .. como no caso da conslruc;:1Io do SiStenlll

interesladllal

de

auto·cstrada s Jigado

II

dcfcSll. A pcsquisa e a p w d u ~ ( i o Iig:ldllS

II

(nleresses miliwres canalizamm enormes gllstoS esta ais

pam r c a s suburba

nas,

em

dctrimcnto do dcsenvolvimcnto dn c idnde .:

en

tral, ;,judando assirn n alimcnlar a

vimda demogrMica dn cidadc para os sub.irbios no.. anos

50

c 60" (

196

5, 212). Se

gundo 0 aulor, isso ocorrell,

em

parle, pela necessidllde de levar oS cstaheledmen·

tos mHitllrcs para lange dos grandes cen1ras

de

populac;:1Io.

Nas dccadlls de 1950 e 1960, re lalll Gottdiener, oeorrcmm dOis i

mportantes

processos espaciais

intra·urbanos

nos Estatlos Unitlos, mnrc<lndo au

acenluando

segregllc;:ilo mcilll: 0 innUXQde Ilegrns e hisl"micos, quevieram ocupnr liS Mens a i ~

eentmis das mClr6polcs, c;,

fUll

da classe

~ d

bmnea , com mho

s, pam

os sub\1r

bias..

F.. isC

e

I'redsamente

a proeesso socioeSI)aeial intm-urbano que precisa

ser

expli-

Page 24: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 24/32

c;l(lo. 0 ilulOr PilrlC CX;llamente dnquilo

que

precisa s

er

explicado. Pnr que os pn

bres

ocupamm 0

ce

ntro C

il

classc

media hnmca

com filhos

produ

)';iu os suLlIirbi

os? Por que ~ o ocorrell 0 conwlrio? e GOl1diener n:to explica isso nem se

prop<".ie

a cxplicnr. Em I'

CZ

disso.

admitc

esse processo

como

"dad

o'

e a

part

ir

dai passa

a

u ' is:lr ;, "ent

rad:1

inil] un dc

r e c u r s o ~

em det rimento dos hilirros

de

IIi o r i ~ CI

nieas c ra cia

is

·.

Em nossas rnctr6pole

s. por

exemplo, deu-

se

0 OPOSIO: nas d6cadas dc 1950 C

1960

os

]lob res CO lli inu.1 ",rn a nutrir

os

~ u h l i

i o s

subcqll ip.1dM, e classe media

OCUpOIl as 1';7.inhatlt;:as

do

centro. Por que? No

caso

brasileiro, a q u e s t ~ o espacial

illlra-urbana seri 'l ~ p l i c porquc

oc

orreu 0 oposto. No Bmsii,:' 'c

ntrada

infqua dc

recuTSos" privilcgioll as

it

reas mai s ' I 1 r n l ~ .

Dol mesilla fom,a. Goltdicncr nfio expliea:

I. p

orquc:,

\,a

ngualda espad

al

urh:lIla l>roduzid:, pela c assc

mMia

norte-"m

e

r cana " OS anos 50 e

60

assurniu a form:, de

su

hurbi

os

COrn

~ a s a s

unif" millares.

Essa

' I s s ~

poue rt' rnor:tr em bairros mnis centrais

co

mo as dnsses m 6dia e

media alta bmsileiras. Poderia

morar

nos

su

burbi

os

c ocupar

apartamcnto

s

na Bana da Tijm:

a.

11M exemplo,

2. por '1"e OS p

 

umcric;lllos Illota III no ce l1 roo I'odcriam

morar 1I0

S subu

r

bios, comO faz cm 05 pobrcs brasileiros.

Vejn"'os

o m o

Gund iencr uburd: "ss:,s <lllesH)Cs ( I

165

,

92

e 242). [)"l'ois d"

ressaltar <jue" •... constTU«ilo e vend:, dc

re,idimcia.

unifamiliares (

..

j

r

eprese

nla

uma ali\'id:,de e ~ o n o m i \,;t a

ll\os

cs tados Ullidos", elc a

nrma qu

e a " oca

lil'.

a

t;:ao

de

lais mercadurias las cas'"'1 ocone mad ,,:ullenlc nas Meas su

burbana.

de nossas

regioes metropolitanas". Ora. se 'dado'

fo

r u i\izado como ponto de partida. en ;' o

loda trnllsfofma"ao econ (\m ica

quc

le"a a Il fla a l i l ' l I ~ i i o do capila l f i n a n ~ c i r o no

fi

tmn

dn

menlOda

~ a s a

propria leva n

e<:

essari",nenlc a ca

sa

unifam il ia r sub" rbana

e. portanto,

fo

rma metropoli lana dispersa. Oa mes ma

fo

rma, tada a ~ a o eslalal no

scntido de lima polf

ticol

hnbitndonal que fa\'OI ecc a c asse media ( unm a,,;"\o eSlalal

que

prolllove os sub ; rhius c.-parso •. "/\

t J h u r h a n i a ~ a o da

casa pr6p ria c quasc eX

cllIsivnmen e

1111];'

~ o

n s C C [ i i

c i l l

tlJ

nliI'H

intcrvent;:ilo

do

£..tado". diz

Gondiener

(1985. J: ). Em seguida llcclam: "Telll sido frC'lllcutclI1cntc repelillo pclos anaJisias

cU l\"cn cionais que 0 descll l'olvimclI1o suburbano

oco

neu ern I'i rlUdc de u m ~ de

manda insad :l\"el <jue

os

mllCriCmlOS 1i 1I1 pcla casa un lfamillar". Gotldienc r assim

contes : essa t f i r I 1 l J ~ ~ o : "No cntal1l o. esse cnMmc cresc

im

cnt o c a ' l ) e J l t c

nno

tC_

ria ocorrido dcpols ll:, Sc ;und" Gucrm Mund ial

$e

nno fossc:, v:triedallc llc subsld

i

os gOl'crnamemais orienwdos para apolar a oferta dc ssa forma

I",rticularde

morn

di,,". Em ncnhu m mom

ento

Gondiener

sc

prop

i'ic

a c x p l i c ~ r por

qu

e

os

subsidios

~ S I W prndllzelll necc.,s'Hialllcrnc urna dcterminadH forma

de

m o r a d i ~ e nilo

onl "'_ No Bras

il.

0

r o ~ c t l S o

fOi i n ~ ' C r ~ o . Os subsidios gU'lcrmuncnlais atnw6$ do a n ~ o

Nacional dn Habila,,:lo (llNH) foram rcsponsdveis

po.

lima forma de

m o r ~ d

10(,,1-

mente difercnte: 0

apar amcnto

cm bairros mais cenl", is c

os

grande coniuntos

h : l b i t a ~ ; o n ~ \ i s

su

hurhanos.

lambcm

rle apa

rl

nl1wntos.

Page 25: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 25/32

Aconclusao c '1uc ncm a ~ l I o do

s l a d o o ~

finnnciamcn\Os que SUSlcntmn

uma

pol(tica habitacional-

ncm

os inlcrusse$

<10

caplwl

f i n ~ n c e i r o

cxplicam a

fo

r

ma

da morlldiu

ou

sua 1 0 c a 1 i z n ~ l \ o _

ou

scja, ni\o

c x p l i e ~ m

melr6pole n m e r i e ~ n

a

dispCTsn t:lmponco:l brasileim

compaclil-

sc compnrm1a

iI

americana_

D mcslllo

equfvocoque Gottdiencrcomclc

com

n ~ a o 30S

subtlrbios mani

festn -so em

SUM

amlliscs

<los

cen tros

a ~ metr6po

lcs

Mals sign ificaliva c

p o s ~ i \ o

que

derendo" - diz cle - de

quc a

u r t i c u

u ~ ~ o

cn t

re

a Inlcrvcm;;i\o

do Est

udo c 0

circuito

secnndlirio do

capital constilui a

linha

de frellle

das t r r m s f o T m n ~ o c s

socioespaciais, embora nao soja a llnicn causa. Ass im,

por

exempio, se 0 siSlema

mundialse consolida em lorno da

o c a l i z . a ~ ~ o

docapilnl financciro nos centros prin

cipais I"downtown sCdions" no origina ll de Nov;] lorque 011

Los

Angeles.

emao

in

centivos

o l f \ i c o ~

c imobili:lrios pnvi mentarnrn 0 eaminhn parn esse aspeclo pa n

i

cnlar

da roesl rut

r a ~ l I o

cspacial

(1965,

236)."

II lais adiame (265), em sua eonstarue e convincellte critiea lls teorias cspaeiais

urbanas convencionais. esse aUlor

i n t e l l i l

muito bern

~ u ; \

crilicn

~ o fC

lichismo do

c s p n ~ o :

'·Scgundo no"",o pooto de visla,

uma

cicndil dils formas do

s p a ~ o

de 1lssen

tamento precisa bascar-se nUlll conhecimento da c l l l a ~ i 1 o em re r g a n i z a ~ ~ o soci

ill

e espm.o.

Po

r si 51'1, os lugares e

ns

fo rmas nadn fazclll e nilda produz

em-somente

ilS pessoas. de nlro de redes

de

r g a n i z a ~ ~ o social. tem esse poder' _ Nada podeda scr

mals

COrt'Cto

. Isso c poueo, porcm.

I

preciso recoil hec

er

que as arl

e u l a ~ O e s

entn: a

o r g ; ] l I i z . I ~ ~ o social e 0 e s p n ~ o dcwm ser buscndns em nfveis d ifercntcs, confoTllle se

trale

do

espa tO regional ou

do

intra-urbano; GOlldlenerehanm de"vineulaoy<lcs horl

Z:<JOtilis

asde

nfvel inlra-urbnno; porexcmplo a o m i n : 1 ~ ~ o que, em mniorou menor

escala, 0 centro urbano CKcrce sobre 0

res-

Iantc dn

c i d ~ d c au

mctropole.

As

nrl cula

~ o e s

do e s p ; ] ~ o l l T b a n o corn a economia. u politicn e a cuhum manifeslndasem esca a

nacional. chama de · v i l \ e u a ~ ~ o nmical"_Assim, logo a segui r (266

),

nlirma: "Ccrl(l

mellie. centroscomerci<lis fomdosccnlrosvelhos 1"01derCllDs" no originnll

s ~ o

aulo

suficiemes como s c o a d o u r o ~ de mereado,

mas

tal jlcns,'Imento. limitndo lls nrl cula

'tOes horiwn

l

nis,

ignom as il1lportalllcs

r t i c u l n ~ i i c s \·crtic:l.is

de cada lugnf aos sislemas

hie rMquicos da

r g a n a ~ a o

capitalisla global" .

Esse :lutor, crilieando 0

que chama

de ·conl'('nlionnl

urban

ecology", muito

eorrctmnente se recusa a eneamr 0 efeilo dos transportes sob re 0 espn<;o urbano

como urn cleterminismo \ecnoI6gieo, ou seja, como U I1(1 f o r ~ a dotada de umil ..UIO

no mla

till que

a

lome n c o n t r o l ~ v c l

pela socil.'d ..

dl.'

(1985,

741

. Pam eviwr essc risco.

c necessllrio articular os IransjloTlcs

urbanos

com os interesses d;] j l r o d n ~

o

e de

classe, anlliisando, por excmplo, a r e l a < ; ~ o

transpone

pl\blico.T prlvado C a difusllo

do

alllom6vcI mnis cm cenas classes do <]Ile em olllms. Tem-se ai um "gancho" para

articular 0 desenvolvimemo econ6mico nacional c 0 es

palj:o

intra- urbano. A nrlicu

l a ~ l I o ,

entrelalllo, e

1110

verdadcira

quanta

remola, e h:l

m e < l i a ~ u e s : l

considcrar.

Incidemalmentc, urn regislro suseilado por Gottdicner (1965

).

Se esse autor

pretCllde desenvolvcr lllll

a r c a b o u ~ o

le6rico

que

cxplique as

mctr6po

les poli

Tlucleadns (vejn a

1101.1 5)

, que, segurHlo cle, exislCIll

p

enns nos Es\;]dos Unidos, e

se Castells (1994) pretende leorizar acerea apenas das rnetr6poles

d;] Europa

Dc -

 

Page 26: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 26/32

denial. c ~ b e a n 6 ~ .

b r a s i l e i r o ~ .

procurar (corizar sobre as nOS$.1S

c.

cxtcnsivllIncnre.

sobre as m i n o - ~ m r i c ; m l l s . parlir

do ]lensamcnlo

produ7

.ido

no hemisfcrio

nOri

e

_ ]lelo menos lal como rnanifeswdo por csscs dois brilhanres representantcs .

vAlido

conduiT

que

u ~ ~

teori3S

n ~ o

5e

aplkam

metr6poles latino-arnericanas.

Suas posi(,':oes soam co mo um

fOrie

indicio de que a eslrulura(,'::io es

padal

intra

urbana de nossns mClmpoles teria e t e r m i n a ~ o e s diferenresdas

do

PTimeiro Mundo.

abordagem

de

Harvey mOSlra como 0 erlfoque regional conventional

E

inadequado il

amili.e

I n t r a - u r b ~ n ~ e, ao ~ z ~ - I o ,

revela uma pista

predosa

para a

s u ~ esped Ilcidadc.

A

n \ ' e s t i g a ~ a o

da

o d u

~ i i o de o n l l g u r a ~ " j c s c s p a c i ~ i

que

esse

autor

faz ern TIl{ /imUs

'0

C(lIJi/(I/ hascia. se na m O l ' i n 1 e n t a , ~ o cspac ial do capital.

0 c'"pitnl

pode

mover-se

C0l110

mcrcm/ori(l, como

dinheir

o ou como \1m

proccsso

de rmuallw cmprcg3ndo c3pital

constante

e I'aritivel de diferentes 'tempos

de

TO

t : l ~ a o ' ' '

(

I 102,37fil. '

Ora.

se nesse contexto. J13rvey

eS

luda a urbaniza(,':iio

cnquanto

11m processo

de prod\l(;:ao c l n l l 1 1 W ( , ' : ~ O

do

e . ~ p n ( , : o regiona l, r a 7 . 0 ~ v e l . partindo

deuas consider:u,ues. admilir a possibilidade de nno ser esse 0 enfoq\le adeq\lado

para a

a n ~ l i s e

ua

e S l r m l l r 1 l ~ ~ O

do e s r n ~ o intra-lIIiJ3no. a pr6prio Hnrvcy, logo a

segui r n1l0

s6

confirma e5sa

suspeit

a como tambl5m fornece a

pista

para a u ~ a o

da q u e ~ l ~ u . Dcpuis de afinn;lT que 0

ca

pital pode mOI'er-se segundo diferente,

forma

s.

prosseJ:ue ele: Iais ainda. a r e l a ~ a o enlre

a mobilidade do

C(ll'it(l/ varit -

ucl

e aquc1a

do

s pr6prios rmuallwdores ("l abourers Ihemsc1l<es

') introduz

uma

Olll

ra

d imcl1_,1Io na lu ta de classes, enqua n to oS problem as Gue se "illcul: ",

11

cir

c u l a ~ ~ o

do

capital no

amui(m(c

cOllslru

{do

li

tnlicos no original

I

tambc:m

damam

]JOt especial a t e n ~ a n · .

,\n anaHsar 0 I'rocessn

dn

I r b a n i 7 . a ~ ~ o , por

o n ~ c g l l i n os

s p a ~ o s regionais

e

pJaneljrio

(evenlualmcnll' do Primeiro Mundo, apena_9. Harvey aborda somentc

a cirellla(,':iio

do

capila e de mcrcadorias;

os

deslm:amentos dn

mercadoria

o r ~ a de

tmbalho silo dammente focalizados no nivel regional Oil planetMio.

Quando

fala

em

Imnsportes. refere-se

sempre ao

tr.lt1sporlc lie mert:adorias. ou de Capilal ern

S\IIIS

vAr

ias formas,

mas

nunCil

ao

transporte

intm-urbano

de pa ssageiros. Deixa ell

t ~ o lima pista que nos leva

11

hip61esc de que.

sc

desejamos esludar 0 processo

de

eSI

r \ 1 l [ m ~ : l "

int m_l1rhnna. deve ahnrdnr

se

115.0

n

: i r c u l n ~ : i o

dQ

capitnl

nn

nmbicnle

const ruldo, soh GunlqUCr u n1:l

de

suns form as.

nHl

s

'"

circulaCill>

dus SCTeS

humann

s;

n:to

enquanto

capital. mas cnmn consul1lidoros 0 _ lalvcz_pnrt:1dorcs un

mcr

ca

doria f o r ~ a de trabalho_N:lo

15

0 proccssodc l r o d l 1 ~ : t o e sim 0 de consumo que mais

inleressa .10 e S J l a ~ o inlra-urh;l1ln. Nfio ca i r c u l a ~ ~ o dn nHltl;ndoria e si m n do con

sltmidor - d s "trab

  lhadnrc

s pr<Jpriamcnic". Diz ele:'1\ capaci

dade

de movimen

tar IIell$ (10 mo\'e goods nrroundj dellne a mohilidadc

do

capilal soh a forma

de

mercadori,," (g

ri

fo n0550, 19112.3761." Para 0

e s p a ~ o

intra-urbano a quest50 emo

\'cr pl.'Opli

arouml.

n1l0 goods;

cm

gmndc pn

rIC

dos llIovimemos de pessons no

cspa

-

-

"C.pl,.1

can tIlove as t f " " , , , , x l i ' u , s money ' " a l a l ~ " " pm c m p l o y i n ~ C Il .nt . t,,]

"",I.,

LI"

~ ; ' l ' l t 1

o i f [ ~ , " n l

'urno,e,

Ii ,

,,,,,"

. . The

. bm, y n, m .e

< X H I . < Qor"

n",1

delin ,

,10£ mobility of

eapit.l

I conumKJi'y fmm I ~ r l f "

"" .>:

1962.3761:

Page 27: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 27/32

(,:0 urbano, e S I ~ S nao se movem enqllanto capilal-

v ~ r i f t \ ' e l -

nem enquanlo mer

cado ria - fon;a de tmbalho - mas enquanto consllmidores. Os movimentos enlre

a casa e a escola, as cOlnpms, 0 I1lcdico, 0 l a ~ e r : mcsmo e'n sell llIovimcnio casa

I

a b ~ l h o ,

i

question; vel

que

0 I mbaIhador

se

mova e

nqua

UIO

capi ta l,

ou

seja,

que

0

Iransporte intm-urbano dcpassagdros seja inseri

do

na esfern da produ(,: \o. Note ·se

que Mao; (s.d .

1.

2., v.

3, 155).

ao inserir

0

tmnsporlC na esfem da

p r o d u ~ 5 0 .

es nva

considemndo 0 lmnsflone de mercat oria s; nao

eS

lava em absoluto jlensando no

trnnsponc do

trabalhador entre

sua

casa e a

f ~ u r i c a ,

pois esse aspecto ele

m'lo

eslU·

dou. A nosso I'er, esse deslocamento se inscre na esfera do consu rno. nao na da pro

d u ( , : ~ o AnaHsa Harvey:

1. As rc/af{}cs de ramporteC I molJilida /edo capilli/ cnqliUtllOmercar/orill. UnHl

:lIlftlise que ahordn apenas 0 : s p a ~ o regional; em nenhum momento n 1r:ms

porte

de eonslImidores e de "tmbalhadores propriamcllIc" i enfocado.

2

A movilidadc

do capi/a/ ~ ' ( l r i t f w l e t in fOrl;lI de lmvlIlho. Em IOda essa :m:\ ise,

a mobilidade do capital vari:lvel e da for<;:a de tmba lho

c

encarada no espa<;:o

regional, nadonal 011 planetario. onde. meSlllo em sua mobilidade es pacial,

o trabalhndor

e·'um

objcto essencialmerne dom i

nado

pelo capital" (380).

No ;unhito intra· urbano. as o n d i ~ u e s segu

ndo

nstluai s 0

tmbalhndor

i "urn

oujeto

euencinlnwnte

dominado pclo cap ilal'· e, co mo tnl. "n

ada

mais que capitnl

v a r i ~

sao

diferentes

do

nlvel regiozlal. naciona 1

Oil

pianc :lrio.

0

tmnsporte

I tT·

bnno de pnssageiros nao tem rccebido da

economia

politica a mesma atcn(,:ao ([Ile

lern sido dispensada

ao transporte

regiona l de carga. E mport arne atendcr a

um

alerta

do proprio Harvey:

"A for<;:a

de

trabalh

o C lima mercmloria, mas as COIl<li

(,:OIlS

que govllrnnm sua It\obilidade sfio muito especiais. a linica m e r c ~ d o r i a 'lUll

pOdll trazcr-Sll a

5i

pro

pria parOl

0 mercado,

co

,n su as

pr6pria

s energias. Portmlto,

o

tenn

o ·m ob ilidadc do trnbalho· ocupn

nnw.

p o s

~ i l o

espce in l no discurso econu

mico"(380). '

A alirma(,:fio dc ([lie "em b

ll

sca de lU ll emprego e d ~ um sa lftrio pMa viver, 0

tmbnlhador

c

or<;::ldo

a seguir 0

ca

pila

l,

onde

q

lIer

'jue

ele nlla"

(311 ),

56

vale para 0

espa(j'O

regional. No oll'cl intra·urbano. 0 tmbalhador j:\

CSI:\

no "local"

de

lrabalho,

e nao muda dllcasa toda \'Czquc nmda de cmprego.

0

trahalhador tem sua 10eali7.a-

~ i l o

esscndalmcnlC

dUllli nada rein c<lp ltal- '·segue 0 cap i al"- quando,

em

busca

de emprcgo, muda de eldnde, dc regiilo (do Nordeste para 0 Sudesle) ou de pais (as

rntgrn(j'6cs tnlcrnacionnl s). No c s p ~ o u r l > ~ n o . para ··6cg\llr 11 ca plwt". ,rnbnlhado r

exige Imnspor C IITbano de passagciros. o mes

mo

tempo que Ccsrnagado pela con

corri ncia ernru classes que disp lltml1 ;' mc hor 0 c ~ ; I < ; : i l o in ra· urbana. Cmllo vc

remos

nesta obm, essn o c n l i 1 _ 1 ~ : I o ; aqucla quc ol im iza suns c o n d i ~ i ' i e s de conSlJ

mo

.

Em

huscn de

um

emprcgo, 0 Ir.lbalhador

se

movc no espa(j'o Tegional; elc

m u d ~

.

• "1..01>0'" 1"'11'''' is a commodity. I

nn

'he

c u l 1 d i ' ~ m '

,ho,

~ n v t n

It.

l l i '

nrc very ojlCCiol.

II

Is Ihe " nly

c<>,n",<Klj,y lh.1 con r i l l ~ II.df '0 m k , \Ind., its 011'11 ",,"m. 11\e term ·mobility ofbbou,· the ,folC

r , , - ~ ' t '

Ics

'I

"'" I,ll '

i i " t \

t"')I

" o

k

,II

>ern"""."

Page 28: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 28/32

por

exemp

lo,

do No

rdeste ~ m Sao Paulo. U m ~ v

ez

em S ~ o I'mllo, ele l \ l t ~ nao m ~ i

p c l ~

ddmJe

do ernprego -

po

is pnm isso ele veio Ila ra Silo l ~ \ l l

o

-; uta par

proxi-

mit/adc 110 cm

l1TCg

O, par redurdo do Icm l < > e

CII /O do

lles/OCllmeIW' lUI viagem rill

residc

llcia

aD

lmiJallw.

0 primeiro

c so

n

hu

sc::t

dn d

dade

do

em

preg

o-

envo

lv

e

m ovi

nwm os

cspac

ini

s {jU I.'

s ~ o

feitos uma ou poucas \'Cl,eS na vida. 0

segun

do

caso

_ a ving

cm

da

re sid4<

ncin

ao

trabalho - em'olve movim

entos

{jue se repetem dia ri

nmente,

por

alios c d l c

adas, cque se

ligam 11 r r o d u ~ i l o

do

trabnlhado r. llo

co

m r:i

rio do

tmnsport

c de carga , que 0 capital

tem

constamemcnt e

penetrado

c revolu

cionado, por

se

inseri r na esfem da prodlH,ao, 0 tmnsporte dt: possagt:lros urban

os

a p T e s e n t ~ noTerceiro Mundo, piissirn"s o n d i ~ u c s pam 0 traualh;uJ or.Tal como ocor

re com a h n b l t a ~ ~ o , 0 cnpitnl procura - ernbora nCIIl

sempre co

nsiga - dcsvenci

Ihnr·se dele. na

medida em

que r

epresenta

um

em

u

s.

3. Finalmcmc,

II

ilrvey ilnallM

a

/ w/

JilidlUle

I"

Cl

l f l iwI

rlilliteiro

.

Nessc mo

mento d;'i-sc

en

fase

115

comlln c a ~ o e s e ao dinhei ",-crl d ito, j

;'i

'l  eeSSe lipo de des

l

oc

alllcnto 0 mai s usual e cssa forma de dinheiro. aqueia 'lue

~ i

Sl' desloca es

pacialmcnte. S6 qlle isSQ, novamcnlc,

C

significalivo apenns p ~ m a n ~ l i s a r 0 e s p a ~ o

regional . Como jr. disscmos, nilo

Se tem

notk ia de n

enhl

lm est udo empirico ou teo·

rico '1uc most re a innui'ncia das t m n s f o r l l l 3 ~ o e s nas

com

lm c a ~ o e s

sobr

e a estrum·

1<[(;:\0 do espa <;o int ra .urbano. Os

e s l o c ~ m c n

o s de pes sons dominnm tilo viol

cnta·

mente

essnest rut

I m ~ 3 0

que

os

efeit

os

dos progressos nas cOlllli

nica<;oes

to m

am-se

ilIl11crcept(\'eis -

5e

CqUIl exiSICIIl _

n

ouvio

<J

u

e,

emliit

i

ma

inst;in

ci

a,

tu

do

- inclush'c 0 csp

a'Yo

intra-

lII'uano

('Slar:, l i lp o ao modo

dc , r o d u ~ i 1 o

011 regimc de

c u m u l a 1 I 0

domlnante e sua s

t r a n S f o m l ~ ~ o c s ,

co

mo se nmnlfesta no pais onde se

situam

as c l d ~

d c

cuJ os es

pa'Yos intra·urbanos

se

pretendc analis<lr. Enlrctanto,

c

6bvio tamb l m

que

isso ex

plica ao mesllIo tempo tmlo I. nada. II q u e s ~ o central na analise dc quaiqucrtipo

de

e spa'Y0 social

co

ns iste elll idcnt illcar as m e d i a ~ u c co rre tas entre as n

mcro

de

t c r m i n a ~

o e s

sncioeconl'lmicas c cssc

<" S

I'3

'Y0

s

odal, OU

scja, as f o r ~ a s sociais

qu

c

atllam ncssas e d i a ~ o c s e suas correspo ndemes formas de ~ a o .

II

ideologia,

pur

cxemplo,

,;

omo lIlostrarcrnos adiante, dcscmpcnha um papl:l rc lativamente

menor

no

S a ~ o

regional.

m

l

furulamcnlal no

s p a ~ o

in

Im

-II

rb:ultl.

ES

SI:

C

ou

lro

aSl'e.:lo dl: rllndm

llcnta

l import,ln.:ia

lI

a d istill

\do

entre cspa'Yo i

II

m-urb:mo.., n.g

io

nal. P

re

cisamell c por

estar

rml ito pr6ximo dos ill teresses

do

e

onsu

mo -

mai

s visf·

vel e

sens

ivelmcllte proximo - 0 cspa'Yo intra 'lIrbano eSI;'i slIjeito a e

norm

e

ca

rga

ideologica. a que contecc llle

li

OS com 0 e s p a ~ o regional. l efebvre' nos alerta de

que

0

e s p a ~ o l L l l n

prod

ut

o litcralmentc r

ep

lelO de

id

eologias". E

qua nl

o produ

~ ~ o

idcol6gica, qual a r e l a ~ . ' I o

Clu re

e

s p a ~ o intm-uruano

e idcologia? Qun a ide

o1

gia produzida? Qual a \'er

sao do

real

qu

e veicul a? Por q

ufr?

E quanta 11 domina'Yao;

hi\?

Como

a class", dOlllitHlIlle IH",ilcira, c t'lh'c].

bti

no-'llilcricllna,

li

sa 0 e 5 p a ~ o

IIrbono pm;) fin s de d O l l l i n a ~ ~ o c ex tors:lo? lsso YCIlL

Se dan

do somcnle a l r a v ~ s do

pcrifcriil sllbc

qu

i

l'ada I:

do centro cquipado?

Sohw qu

cstoes dessc genero, pai ra

Page 29: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 29/32

urn sil€ncio scpulcml nas

n

~

is

es espncia

is.

Prctendemos contribuir

pam

"q uellmr"

esse sill ncio, pois 'lwtlquer

an:11isc

sobre a domin;u; lo - como a que aqui

p ~ l e n -

demo

s

rater co

m 0

e s p a ~ o

intra·urhano - nao pode prcscindir da

i n v c ~ l i g ; l . ( a o

da

ideologia enqllanlo inst rumento eoadjuvante da

o r n i n a ~

Note-se,

aiijs

,

que

lais

pergunlas dilicil menll c;Iberiam para 0

cSpa,o

regional.

Nossa tese c a de que. para as m ctr6polcs brasileir

  s

c quasc certamcntc

tamb

cm pa ra as

a l i n o - a 1 l l c r i c ~ u H l s   iI

for,a nmis podc ro sa (mas na o '\l1 ica) ag in

do

sobre a cslrutura, io do

espa

1fo imra·lIrbano tem origem

113

luta

de

classes pela

apropritu;:lio difcrenciada das vantngens e dcsva

nlagcn

s do

cspa,o co

ns trufdo e

na

segrcga,ao

e

sp

acial dela resultanle.

r\S

la , c

omo

sera moslrad o. e u

ma o n d i ~ a o

neces

sr.

ria

pam

0 cxerclcio dn domina,flo

por

meio do

e p a ~ o

intra-u{b'Hlo.

Tal

e s t r l n l l r a , ~ o s6

remotamente sc

rc

l

l1ciol\;l. C0 111

as transforma1foes

por que

tern

passado

0 capitalismo natiollal c mundial nns 11liimas decndns.

1I

dOlnina,iio a tra

ves

da

csl 1 U r a , ~ o do espa,o intra-urbano \'isa principalmentc ~ p

r o p r i ~ n

o di

ferenciada de

SliaS vantagens

lo

cado

nai

s. Tr;\I<I-se

de

UllIa

displlla

em lorno

de

c o n d i ~ c . l e s

de

consumo.lIs d ificuldades para sc c

ompre

en

der

que uma dlspuln

por

eondl(ocs

de consum

o

consiste

no

detcrminame principal

do p ro cesso

de

e s t r u t u r a ~ n o

int

ra-urbana decorre

sobretu do

do fa

lo de linD

5e

eap

lar

com

cl

are1:.1

a

difcren,a entre

es

pa,

o

inlrn-mbano

e regional.

Espac;o e sociedade

E.xiSle uma

tcn

dC

ncla gencra1izada a se acreditar nllma i

nler-rela,

ilo pro fun

da erllre

s p a ~ o

e

o r m a , ~ o

soc ial;

Inc

as t

ra

nsrorma,lIcs da s cslruturas sociais pro

I'ocam

transforma,oe

s no espa(o. Ern

mcnor

grall, h

:i a f i r m a ~ i i e s

-

mas

Jloucas

dcrnonslmo;Xic s -

de

que,

i n l ' c r ~ a m e n 1 c .

0 c s p a ~ o pml'oeil.

tran

sforma,i.iCS

no o _

cial (v

er

nbaixo. neste item, So ja,

1980;

l.efebl're,

1970;

Buddy,

1976;

GO dien

er

, 1985).

A maio rin dos estudos sucioespaciais produl.idos nns

til

limas

d ~ e ~ d a s pancm

das

transfomln,iks

~

e s m l l u r ~

social (pnrticularm

cn

tc

da

s

transfonna,iics

ceoniimi

cas) para dcduzir c cxpl ica r,

en

tao. as

n

o r   ~

o e s

do espa

,o.

A esse respeito, e IlOssil'el dis t inglli r Ires esfcms nos

CSt

mlos ,'spacinis.

11. s ~

I

Os est udos Iradido n,li

s, procedcnles

da E5co

ln de

Chicago.

eontinuaram

pc

los

llco·ccologistas Oil

pnssnram

pclos pioneiros do

ini

do

nn

decada de

1970. os qunis,

co

m S

Ua

rCl'isiio cr

il

ica rca1iz:uia part ir de

\nll<l

ha se ma

r

~ i s t 1 l . ,

re

l olucionaram

inicialmente a sociologia

mban n.

dcpois a

ccono

min polili en c a geografia. e hnje

criam

cam

Jl

os Inte rd isc iplirwres

<I

e eSlu

do do

e

s p

~ o ,

agom ja filindos a, ou

n f ~ ~ l n d o s

de. diferentcs ··marxismos".

Pcrten

ce a CSS; I csfcra, por excmpl

o,

a prcstigiada Escola Fr

ancesn da

Il eg

ula

l;

30. Suas nn:llises part

em

<ias

n

s f o r m a ~ i ' i c s

sucill i

s,

c

~ ( } t 1 i

\ m i c a s

el

0

II

poW

iellS

e

cllc&1I111

ao . ~ p B ~ O it e las co n espo

nden

Ie.

011

]lor ela s

pro

d m ~ i d

Co

mo panelll

do

so

cial.

com

f

orte

enf

as

e

eeo

n

6mica.

esscs eS

lU

do s referem·se muito l ro ll

t :tlo

do

cspa,o;

cntrctan lO. al'C511.[ d

essa

cn·

f

; l

sc ccun<>rnica , qunsc nadn disconclll sohre II conslI1no e muilo

menos

Page 30: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 30/32

sobre a

lrocn

ou c i r c u l n ~ i l o do frllto dessn

p r o d u ~ 1 i o

POllI;o se manifcs .

l,lIn,

13l11bem,

sobre

0 \'31or produzido.

Tamb'::m

quase nada

dlscorrem

sobre 0

deilo

do

e5pa<;:0

sobre 0 social.

2

scgll

llda

csfcra

rcferc-se

aos

e<ludos

dos

cfcHos

do

s p a ~ o

sobre

0

50cinl.

Esses cSlUdos

~ h a m - s e

menDs

desclll'oll'ido

s.

Neste I rab

. lho, a I'ClllUm

mo

nos \' m pOlleo nessa Men no colocnr a

segrcga<;:1Io

espacinl das c]assc

socials

cumo processo ncc

css

:'irio Inlra 0 cxcrcfcio da d o m n n ~ ; l o polflien c d esi

gual

ap rolHia<;:ilo dos r

ecllrsos

do

(,

51,a<;:0

cnquanlo

I'rodulo do tmb;dho

e

como o r ~ ' 1

delerminanlC da

S l n u u r a ~ i l o

inlm·urhnnn. Eslamos a(

oa esfc

m ccon6mica - dn

d i s l r i b u i ~ ~ o

c

do eonsumo

-

scm

dli vidn,

mas

a

domi

nn<;:ilo polftiea e a neecssii ria i<lcologia scrilu t'lmbcllI cnr tilndn

5.

A eOIl

clusilo cspacilli. OU melhor. a cOllclusilo sobre 0 deito do c s p n ~ o sobre 0

5

0ci.11.

a 110550 vcr

imporlnnlr..

t: quc

umn

ccrla gcogrnria, limn

ccrla collfl-

Rw

·

ai<1o espllci l (a

s e g r e g a ~ i l o )

se

faz n e c e s

s ~ r p;Lm

vi;Lbii

i7.3

r ;Lquela do

  i n : l ~ ~ o

c

aqucla p r o d u ~ l i o

ideol6gica.

Sem cssa conligura<;:lio, se

ri:llalvcz

i111]>0

55 il'"  0\1 eX I rcm;Ll 1"me difici l - a d O l 1 i n a ~ i i o e

;,

d s ; g l l a l

:,prol'ri

a ~ l I o . Tml a-se.

ponamo. de 1Il 1 cs\m

lo tlos c fcilos

do

espn<;:o

prod

uzido

so

bte 0 social. Es\e t raualho prclende 1I10S1 rar que

;L

s e s r c g a ~ l I o ( 11111<1 dCler-

1I1inada gengm ri<1, p rodllzida pcln l n 5 ~ c

domina

IllC. C

par

1I1eio d

a qua

l essa

classc cxer..:e S II n dom il1;L<;:ao - alr.w( , do 5

p a

0 urlmno.

II

s e g r c a ~ 1 I 0

o

IItn

I'm

c,,

  o neces

s

:

rIo

pam

qU I ~ j ; L

<II

domi

~

~ o .

3 Finnlmcnr

e,

a U 1\;[ 1er..:eira eSrCr.I, talwz 'I mai s eorreln. Olas q lie se e Ileon-

1Ta

rmm

e S I ~ g i

o

cXlremamente

r u d i 0 1 ~ n I M

os uaS r e l a ~ o c s dialclicas entre

e s l ' ; ' ~ o c socicdmie.

1\

esse r e ~ p c i t o , Soja

(

19110) e GOlldiener

(

19115)

di

scor

rCIll so

b Ie a neeess

id;Lde de

ullIa

an

Alise diaici icn das

r e l a ~ o

espa<;:o·s

ocie

dade ma s pOlleo a \ ' a n ~ a r . u n

nesse

campo.

Sf

luI. \ lma inter_rel:l<;:au l n: 0 s p ~ . , : u C suci:ll. ue\·c haver

deitos

do esp:l<;:o

snbre

0 social. l

sso n ~ o

signilicaria. em nbsoluto.

co

nferir

aUlonomia

aD

c s p a ~ o ncm

ca

ir

no

sell feli ch is

mo

.

Ldchvrc

( 1970;

ciHldo

por

Soja,

1900

,2

10;

c

por

H;LT\

·

CY

.

1976.

306),

por

~ " l 1 I p l o . arirm<L : "I>adem as 11 :lIiuad"s

do

IItb:tnisl1\u

ser

<lefinidas

cumo

algo

5UpereSlnt1u ral, na supcrficie da base econo mica. scja

capila

liSla. scja socialis

t

a1

Nilo.

II

r

ca

li d

ade

do U1banismo mod ifica ;LS rc la(ucs de r o d u ~ ; " \ o . scm se r

su

ricl

eme

para lr.LI1sform;\-las.

0 urbani

smo

IOTl\;L·SC U111;L f o r ~ ~ de pmdu

<;:ilo,

comu

cicncin. 0 c5pn<;:o e;L o r g a n i z ; L ~ ; i o poH lica do c s p ~ ~ o exp ressam r e l a ~ o e s 50ci:li5,

mas 1>1> mewm temp nmgcm d{ J ln .Iolm · {'.

r/II.<

[srifo n055

0

1.·

M;Lrtin

Boddy

11976, 11.

n

um

P:'S5'lgCnl e ilada, fOTllllll" ;1

se

guinle hip61CSC sabre 0

efeilo do

• 'Co n ,c.'ilioo< r ,n

h,,,t.,,,

' 1 . r . " , ~ 1

. '

m c I l , i , , ~

>

1 ",,.,,,,,,,,,,1. on 'he of 'h ."Conumle

b .t . whe Ihef "ti>l m "1<

. .

[ 1No. n , . n<l tlly of

,,,,,,,

Iso,, mo,1I n

. .

be ... .110"< 01prorl clln

wl ' to

0'"

l > < i n ~ .   rf,ck

  ,

'" 1",,,

, [

,,,,,, Ihe,," Ihb.n;,   , ' ' ' ' ' ' '' ' ' '' ' ' "

/"'«

in ,.. ",lol<:llon. bOf ..,Ie 

,,"

Sp.""

n ~ ') ,e "'I;,;e.,1 0'll  ,;. , lon o l , l" c< e.pIC

'

,loJ rdOl;oruhil

/0,/1

,,1M>

,

~ r l

II,,,,, r ~ , l

",,,,,,):

Page 31: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 31/32

espa(jo sobm 0 .ocial: "Ollfin ir

a

<;ampo ,Ia ~ o n o m i a pol flic;tllr/ <mu ' ( argll menta r

que ( deJllro I griro nosso] das cidades

que os

deilos

do

espadal sabre 0 socinl s110

mai. rortes e ernergem como 6b\'io •. 0 'urbano' lOma-se definido

em

lermos dos

deilos

particulares das intcnsidades das inlCrar,:oesentrc a social e

0

espac

ia

l cons

tilufdos pela forma especrfica de a r l k u l a ~ i i

o

espacial dll p r o d u ~ l i o . da drculllr,:llo e

do

consumo na f o r m a ~ a o social"."

GOlldiener

(1 l85. 230)

tllmbcm discorre sobre uma rear,:;io

do

s r a ~ o .

ao

lIfir

mar

Clue

a d e s c o n c e n t m ~ i i o melTOpolilana, urn processo socioespacia l, "(

amlHtS

as

co

isas: urn prodmo

das

m n s f o m l a ~ u e s conlemporilncas e urn processo de orga

n l z a ~ l I o socioi:'spacia] qUi:' reage de valla sobre omros processos". , . , Logo a seguir.

esse autor menciona,

mas

nao demonslm. uma u a ~ a o de innucncia

do

s p a ~ o 50 -

Ine 0 social. ••••

Pnw

Lcfe\)vle

0

s p i l ~ o

"rcalle de \'olla" sobre as

e l a ~ o e s

sociais; Boddy de"

clara

que

dIm TO [grifo nossoj das cidadcs ·05 efcilos

do

espadal sabre a social

se

riam m ~ i 5 fortes e emerr:iriom como obvi05". Sojn

(1 l80, 207)

procllm des\"Co

dar

ns

b n s e ~

de

umn diah: licn sncioespncial

As r e l 3 ~ o e s etllre, de lim Indo, n r o d l l ~ i i o , it d r c u l a ~ a o e 0 consllmo

do

espa·

~ o e de OUlro os efeitos

do

s p a ~ o ~ o b r e 0 50dnl - Oil melhor. das

e l n ~ i ' i e s

di:llc;licas

entre espa(jo esociednde - consliluem a desafio ninda a Ser enfrcnlado pe lns

eSlU

dos sodoespac iai

s.

Os processos 'I lie VamOS abordar nqui decorrem

do

cs\udo

do

e s p n ~ o intra

urbano

dn

s lOlllropoll s bmsileints. '

I"cmos,

entrelant

o,

fundadas razi'ies

pam

acredi

lar qUI tals processo5 ocorrem lamb( m nns demnis metropo les dn America \A1Iina.

Nn "erdade.

e5

1n

mos

inclinados n acredi l'l r 'Iue as

m e l r 6 p o l c ~

Inlino-;mlericanas

constill1cm urn compo privilcgimlo

de

an:ilise do s p a ~ o iOlm-urbano. Com cfcilo,

o grnnde desnfvel soda l entre as classes nas rn clr6poles lalioo-amcricanas faz co rn

que nelas seja r e a l ~ a d a nquela facew un IUla de <;lasses que ( tmvada em lorno das

c o n d i ~ u e s 1< : r o d u ~ ~ o o n s u m o do s p n ~ o I1Ilmno. isto ,

em

lorno

do

acesso es

pncial van1ngens ou rccursos

do

e s p a ~ o uruano.

Os conlrnSles socials, econ6mico. c de poder politico camclerislicos das me

Iroroles lalino-americanas

produwrn uma

cslrulliTn espacial e

uma

din;imica

.

(odr" nO , , , t ~ t , , . ; , l .

n , l < l ~ co",I,.; ,

lK

"..ibm,t.,ic de ' ' ' """

cd

'n u

...

de "'"" ,

n"",I.

tK,a'it

·"-. "'"

. ,t.,

.om d" ""

", , ,

, d i ~ . l ",,,,, i,,,, do que. H" e,c mp l .. ( ~ , d ; l \ o r . pam 'luom """",,"mi, poillio,"

p""i

o 'lno"," In ramod.,

<",

<mom

I . 1 : = I t ~ , ,

""

' ; n " I I \ C

' n ' ' ' l f

' ' ~ . " k ' ' " f )M,I;,k .1 oono my e<

,l

on

,, ",1 u

'h

e . c l o "r "",do . " r I'lO d"c U""

. • "d"

, t ' l ' l ~ j J \ ~

U,

" """""Ii'y o f

> j ' ~ i

"<>"co l',,,oll'.<II ;o ,,.

"I

the

''''''''''''

01 the pw,

h"

";",, a",) clrcula li

on

ul co " ,

mMill

" .. da

..

,""e

'",

o.

I,toology ,,1<1 'he . "'. 'hen. .

•• "To dofine, fickl 01

' "00' ' '

politic,l <'<"<>Il<,my is ,,, , ~ e 'M' i i

,  ,hi

~ , ; f o " """I d,;",

,hat

'he

effc,," 01 he ' l ' , t i ,1un the ><",i.1

"'"

I U   ~

.nd

m < · ' ~ o . , " b.·i"" . ·rne ·",b.,,· bem",,,,, defi ,,,,d in

'" "

""

of

'h

e 1","1<:"1,,,

Crr

e"," " r 'he huon, ity nr 1",,,,,,«1,,,,, I",n,,,,,,, "",Ia l .,ml 'he sl,a ,I" I. h , , , ~ h t

>buIL'

by

n,,,

'p<",mo

fmm

of

'p"i,1

.rtkllla';'ln

of

produo,;o

n.

d",ul.t;on

ood

con,ump'ion

;"

t

he

.""i

,1

fOllnotion:

•• , " ..

),

bo'h . a 1,,,11111« "I cIL""" "I"'r.uy

",1<

1a 1"

<><";'

f ,"'io>l'.1IlaJ , ~ a l \ l ' l l l ",hid, ,e'''

l'

bock "n <I,hor

1

'''''''''''''"

•••• "TI,e h = m u n y 01

L"c

C.'pi .li" rd . ,ion< ""Iuires

'he

"",u,ing ol ' p,oe

i u

,""ch os 'he

I,Ue, dq, ."d .   the ." c i.1 loree. "I 'he IUlIIU·'."

Page 32: Espaço Intra Urbano

8/17/2019 Espaço Intra Urbano

http://slidepdf.com/reader/full/espaco-intra-urbano 32/32

s o c i o c s p a c

i ~ l intm-urlmna muito rna is exaccrbadasc, porisso,

n ~ i s

faccis de scrcm

capl

l a ~

Ito

'lue

a metropole descIJl'olvida.

No

t

us

. A 1", ,-<$.\0 "

me'n'I",l

i,"" ' ~ I o , , - (I,III, ..,[a t"" G < ' , l i ~ n ,

"'l"l\71le

• 1\0. . . elp=<oI" "fcgiJo

mCir"I'0I;I.'Il .,·.1I reI: " ", . 'top<>l;Ia"a qu." 0"'" ."" , , .e reie", " ' ;«c. Omnn de <n i.,iz>. I"", 0 ,.

fulOd 0, Un do . 1..0•• n ple • ao c", ui\

-..Jc

""e ,,.,:ida { 'roU o , , ~ 5O,i, IM{ropoUtnli """". " uliliuo;lo

pm (;'" td ie,,,,,,I. c>pr<:S>-l". c ~ l . n -

,I

""" . .

" " '' 'end d.o "0"'0 ,

' ~ n . ~

de

' n < ' ~ W O

tic u,bau""o;lI<>

'''1:.,n

.,I

.

I,d

m, dn da, i ,e" n",',n 1><>1;,"u" I

mdie

i

.

Z V ~ ,

ias

das m ",[

,le,

{iIe' leila, """Iva k: ,n 'anlloen, I"' '" n ' I ' O ; < >

, c ~ I

""I.

e",

. ,lel;"e.

n,

...

en''' ' Ian 'I .

,

1''''''''

> <::< p , ~ o In

to·"

I b,no,

l . 50),1. Ed",,,,,1 W. "The 00<1''"'1'",[.1 ,1I"k"'I<:".II ", ,

,I .

of Ihe M, nc,OIIo" ,,[ An,e.k.n Gcog'"p

toc ....

lo" ",

1980. n. 2. ". 70. 1'

.

207.

»

' ' ' ' ~ c m

1m

'

CI>c

,

id,

c

n,

(;,. gn,r

pds.moo rnru.

p

lZS.

4. I

:",

""",, n i ~ ""b", " 1""'",,0 'om, 11990.1 71

' aulo tl <.110

p",I1oul,,,,,,''''" n f ~ l i O O 5

'0

.f i,m» tic

m.n

cim re

i'.rad"

que"

rur

de> .bunlod""..:.o

'tioko

e I"f...,.,

5. NO\-,mcIlIc. ,,,,,:</i'

'm"" '"

;ml""" " Ie =<>Id,. 'n lello. a c< pecific;'Io,lc da -1",1 n u c l c , ~ ~   da ~ 1

mC""f",[i'"na . ~ , c , i c a n

••

1"'''' cvi lO' pmcil'ilOd•• o m p o r . ~ O c . con, . , b"" ileirn . De ."<>rdo co",

Go"

01;0"

cr. ,>t'm me",""'"

TIIclr

6po>k."' ,'0

r.""

, [,,'"'' ' ' I 11,.:"",.

"1

""' " ' '

am

"",

J: "

.lU , ~ : ,11

'1'<=","1<>

c

> < > l i

~ ~ n com l'"J""I .o rl mcrMI"' cs """e·,me.]c.>n:n.

1'.=. p o l i ' l C l c . ~ ~ o

urn proasso

<II

fe

,e'" c

<I" d.

r", , ~ , ,   d",

",ie

lcos ICf< den ,,,"6,,,, los.

oo

mo '

<en

llO, de

("'<>I,""",oon

••

)Mic" No'" ~ t ' Sa ,"" i \ . , , ( t o ~ . lI<Ja I ~ c , , , ';nhell"'. ere