aulas em substituição 6º ano mazé 28-03-2014

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Língua Portuguesa – 5 a série/6 o ano – Volume 1 15 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CRIANDO UMA PERSONAGEM Irerê O Irerê tem esse nome porque, quando pia, parece que está dizendo i-re-rê. Mas é chamado também de marreca-piadeira, marreca-do-pará e marreca-viúva, pois ele é da família dos marrecos. E, como todo marreco, o irerê gosta de nadar, vive em bandos e faz ninho no meio da vegetação aquática. O engraçado do irerê é que ele pode ser domesticado, se comportando como um cachorrinho: gosta de festinha na cabeça, anda solto no quintal e vai direitinho atrás do dono. E serve de cão de guarda também – quando chega algum estranho na casa, ele grita: Irerê! Irerê! Irerê! MAIA, Pedro. Abc do Zôo. São Paulo: Cia das Letrinhas, 2006. p. 18. Leitura e análise de texto 1. O irerê é uma ave, talvez desconhecida para você. Seu professor discutirá com a classe quais as características fornecidas pelo texto para descrever o animal e o lugar onde ele vive, ou seja, seu habitat. Anote, dessas descrições, as palavras que mais chamaram sua atenção: características do irerê: características de seu habitat: 2. Com base nas características da ave e do local, faça em seu caderno uma ilustração do irerê em seu habitat. 3. Seu professor selecionou uma narrativa do livro didático. Anote o nome da história, do autor, o(s) número(s) da(s) página(s) onde está e, depois da leitura, indique todos os seres que reali- zam alguma ação dentro do texto, as chamadas personagens.

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  • Lngua Portuguesa 5a srie/6o ano Volume 1

    15

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 CRIANDO UMA PERSONAGEM

    Irer

    O Irer tem esse nome porque, quando pia, parece que est dizendo i-re-r. Mas chamado tambm de marreca-piadeira, marreca-do-par e marreca-viva, pois ele da famlia dos marrecos. E, como todo marreco, o irer gosta de nadar, vive em bandos e faz ninho no meio da vegetao aqutica.

    O engraado do irer que ele pode ser domesticado, se comportando como um cachorrinho: gosta de festinha na cabea, anda solto no quintal e vai direitinho atrs do dono. E serve de co de guarda tambm quando chega algum estranho na casa, ele grita: Irer! Irer! Irer!

    MAIA, Pedro. Abc do Zo. So Paulo: Cia das Letrinhas, 2006. p. 18.

    Leitura e anlise de texto

    1. O irer uma ave, talvez desconhecida para voc. Seu professor discutir com a classe quais as caractersticas fornecidas pelo texto para descrever o animal e o lugar onde ele vive, ou seja, seu habitat. Anote, dessas descries, as palavras que mais chamaram sua ateno:

    t caractersticas do irer:

    t caractersticas de seu habitat:

    2. Com base nas caractersticas da ave e do local, faa em seu caderno uma ilustrao do irer em seu habitat.

    3. Seu professor selecionou uma narrativa do livro didtico. Anote o nome da histria, do autor, o(s) nmero(s) da(s) pgina(s) onde est e, depois da leitura, indique todos os seres que reali-zam alguma ao dentro do texto, as chamadas personagens.

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    4. Depois das explicaes de seu professor sobre o conceito de personagem, crie uma denio, com suas palavras.

    5. Vocs vo criar uma personagem. Para tanto, seu professor mostrar algumas guras de pessoas. Em grupos, escolham uma das imagens, observem-na com ateno e discutam:

    a) Quais so suas caractersticas fsicas?

    b) Quais podem ser seus hbitos?

    c) Qual parece ser sua idade?

    d) Qual pode ser sua prosso?

    6. Partindo das explicaes dadas pelo professor, analise a fbula A cigarra e a formiga, apresentada na Situao de Aprendizagem 1, de acordo com as questes a seguir:

    a) Como a fbula comea?

    b) Por que as duas personagens principais entram em con*ito?

    c) Que fatos acontecem como consequncia do con*ito inicial?

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    O irer pertence famlia dos marrecos. Ele tambm recebe outros nomes, como marreca-piadeira, por exemplo. Essa ave fcil de ser domesticada. Quando ela vive com as pessoas, costuma comportar-se como um cachorrinho. O animal gosta de agrados e defende a casa quando chega um estranho, piando i-re-r, i-re-r.

    d) Em que momento o con'ito chega a seu ponto mais alto?

    e) Como o con'ito entre as personagens resolvido?

    Produo escrita

    1. A partir da personagem criada na Atividade 5, voc deve produzir uma narrativa curta, coeren-te com as caractersticas dela. Para facilitar a produo, primeiro responda s perguntas a seguir, em seu caderno. Depois, tendo como base o esquema organizado a partir das respostas dadas para as questes, faa a verso nal de seu texto:

    a) Como a histria da sua personagem vai comear?

    b) Por que e com quem a personagem vai entrar em con'ito?

    c) Que fatos acontecero em consequncia do con'ito inicial?

    d) Em que momento o con'ito chegar a seu ponto mais alto?

    e) Como ser resolvido o con'ito entre as personagens?

    f ) Qual o nome do texto a ser produzido?

    Estudo da lngua

    1. No trecho a seguir, circule todas as palavras que foram usadas para substituir o nome irer:

    a) anote no quadro a seguir as palavras que voc circulou;

    Palavra que d nome ao animal Palavras usadas para substitu-la

    irer

    ClaudineiRealce

    ClaudineiRealce

  • Lngua Portuguesa 5a srie/6o ano Volume 1

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    2. Agora, leia a Situao A:

    Situao A

    Em uma sala de aula de Lngua Portuguesa, de 7a srie/8 ano, aps a leitura do texto O homem que entrou no cano, a professora solicitou aos alunos que comentassem o que essa situao poderia ilustrar na vida deles. Ela disse Claro que, literalmente, ningum entra pelo cano, mas, em alguns momentos, pode ser interessante fazer uma viagem dife-rente, no?. Uma aluna deu a seguinte resposta: Professora, isso no tem nada a ver. Ningum entra por um cano, s baratas.

    1. Leia o texto a seguir.

    O homem que entrou no cano

    Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princpio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a gua, foi seguindo. Andou quilmetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra, um desvio, era uma seo que terminava em torneira.

    Vrios dias foi rodando, at que tudo se tornou montono. O cano por dentro no era interessante.

    No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criana brincava. Ficou na torneira, espera que abrissem. Ento percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. sua volta era um branco imenso, uma gua lmpida. E a cara da menina aparecia redonda e gran-de, a olh-lo interessada. Ela gritou: Mame, tem um homem dentro da pia.

    No obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampo e ele desceu pelo esgoto.

    BRANDO, Igncio de Loyola. O homem que entrou no cano. In: _____. Cadeiras proibidas. 10. ed. So Paulo: Global, 2004.

    Leitura e anlise de texto

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 PROCURANDO TEXTOS NARRATIVOS NA BIBLIOTECA

    a) Na leitura feita pela garota, como ela compreendeu o texto?

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    b) Os comentrios da professora foram levados em conta na resposta da garota? Explique.

    c) Voc considera que o texto O homem que entrou no cano foi escrito para provocar nossa imaginao? Por qu?

    d) Se o texto procura provocar nossa imaginao, a garota leu-o de forma coerente? Ex-plique.

    3. Leia a Situao B:

    Situao B

    Um garoto estava muito chateado com uma situao de sua vida. Ele tinha brigado com alguns colegas e o pessoal estava pegando no seu p. Assistir s aulas no colgio estava um inferno, estava com uma vontade enorme de sumir, desaparecer.

    Para se distrair, depois que chegou em casa, resolveu ler um texto que tinha chamado sua ateno pelo ttulo O homem que entrou no cano. Ele achou a histria tima e teve vontade de entrar pelo cano e, sem ser visto, ir casa dos colegas, s para saber o que esta-vam fazendo...

    a) Na leitura feita pelo garoto, como ele compreendeu o texto?

    b) Que relao o garoto estabeleceu entre sua vida e o que estava escrito no texto? Explique.

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    c) Voc considera que a leitura do garoto foi coerente com o texto? Explique.

    d) Se o texto procura provocar nossa imaginao, ele conseguiu esse efeito na leitura feita pelo garoto? Explique.

    PESQUISA INDIVIDUAL

    O professor organizar uma visita biblioteca ou trar livros para a sala. Leve seu caderno e procure os livros de narrativas (o professor ou o bibliotecrio vai orientar como encontr-los), folheie alguns e leia trechos das histrias. Selecione a que mais despertar sua imaginao e leia por inteiro.

    Anote o nome do texto, do autor e do livro. Depois, coloque no caderno os principais fatos da histria, na ordem em que aparecem. Nesse momento, voc no precisa fazer um texto; anote as aes em itens. Por exemplo:

    t a narradora est triste porque sua amiga foi embora para outra cidade;t ela escreve uma carta, mas no obtm resposta;t ela acha que no anotou corretamente o endereo novo da amiga.

    Oralidade

    1. Voc considera que tudo o que est nossa volta pode ser compreendido imediatamente? Explique.

    2. Voc consegue se lembrar de algum texto que leu, algum lme que viu ou uma situao pela qual passou em que no tenha compreendido tudo imediatamente? Conte-o(a) de forma breve.

    ClaudineiRealce

  • Lngua Portuguesa 5a srie/6o ano Volume 1

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    1. O professor ler partes de Cntia, por Sl$, que um conto de Amilcar Neves baseado na obra Noite na taverna. Vocs devem acompanhar a leitura silenciosamente.

    Fragmentos de Cntia, por Sl,

    (...) Pois bem, dir-vos-ei uma histria. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. No um conto, uma lembrana do passado.

    Sol$eri! Sol$eri! a vens com teus sonhos!

    Trecho do original de lvares de Azevedo, Noite na taverna, escrito em 1878.

    E foi ento que, subitamente, as luzes todas se apagaram. O primeiro momento foi um instante de estupor geral, de surpresa ante o imprevisto, de leve tremor nos lbios bruscamente emudecidos.

    Em nossa mesa narravam-se histrias de assombraes e de fantasmas, casos inexplic-veis de arrepiantes rudos noturnos, lendas antigas sobre emparedados e decapitados, acon-tecimentos ocorridos em cemitrios meia-noite das sextas-feiras. Bruxas, feiticeiros e mor-cegos povoavam nosso espao naquele momento crucial.

    [...] O clima, pois, era propcio a sobressaltos e a sustos vrios. Estvamos com a sen-sibilidade aguada ao extremo, olhos e ouvidos excitados e prontos a reconhecerem o mais etreo vulto que se aproximasse de ns, o mais sutil sussurro que nos alcanasse os tmpa-nos, vindo deste ou do outro mundo.

    A primeira frao de segundo que se passou assim que a luz sumiu por completo transformou-se num longo perodo de tempo trespassado por um silncio absoluto (quase dizia: um silncio sepulcral). No s a nossa, as demais mesas tambm se calaram abrupta-mente; no se ouvia uma s palavra, um murmrio, um grito, nada: era como se todo o mundo, todas as pessoas nele existentes, tivessem desaparecido junto com a luz. E, assim, igualmente as coisas e os prdios, os bichos e a natureza.

    Leitura e anlise de texto

    SITUAO DE APRENDIZAGEM 6 SISTEMATIZAO

    Para comeo de conversa

    Noite na taverna o nome de um livro de contos escrito h mais de cem anos. Ele foi adaptado para crianas e jovens de hoje. No tempo em que o original foi escrito, a palavra taverna indicava um tipo de bar onde amigos podiam se reunir noite. Na poca, as cidades no eram bem iluminadas.

    Com base no ttulo do livro e na explicao anterior, discutam em grupo, sob orientao do professor, que tipos de conto vocs acham que o leitor encontrar nele.

  • Lngua Portuguesa 5a srie/6o ano Volume 1

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    Discusso oral

    a) H diferenas entre o trecho do dilogo inicial, que faz parte do original de lvares de Azevedo, e o restante do texto que leram? Quais?

    b) Que acontecimentos o texto conta?

    c) Que sentimentos vocs acham que o autor queria despertar em seus leitores quando escreveu?

    d) Pela parte que leram, esse conto parece ser de terror, de aventura ou de fadas? Por qu?

    2. Depois que conclurem a Discusso oral, respondam, em grupos, s questes a seguir. Ao nal do debate, cada um anotar as respostas no caderno:

    a) O foco narrativo est em primeira ou terceira pessoa?

    b) Quantas personagens h no conto?

    c) Quanto tempo a histria parece representar?

    d) H marcas de passagem de tempo na histria? Quais?

    Surpreendentemente (e isso s fomos perceber bem mais tarde), naqueles instantes no passou um automvel sequer pela avenida l embaixo. A avenida, sempre to movi-mentada a noite toda, estava deserta. Nenhum rudo ela nos trazia, nenhum sinal de vida ou de civilizao. Um farol de carro, ainda que distante, ou o guincho seco e agoniado de alguma freada brusca certamente teriam quebrado de imediato o encantamento.

    NEVES, Amilcar. Cntia, por Sl. In: AZEVEDO, lvares de. Noite na taverna. CAMPEDELLI, Samira Y. (Org.). So Paulo: Atual, 1992. p. 54-57. (Srie Outras Palavras).

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    e) Como descrito o ambiente da taverna onde as personagens vivem suas aes?

    f ) E o espao l de fora?

    3. As prximas questes devem ser respondidas individualmente. Se for preciso, pea ajuda ao professor:

    a) O clima do conto de suspense, isto , o autor escreve para que o leitor que um pouco a+ito ao ler alguns trechos. Um jeito de causar essa sensao criar um clima assustador. Sublinhe um trecho em que esse clima descrito e depois transcreva no caderno.

    b) Em um conto de terror ou suspense, o espao descrito para criar medo. Copie em seu caderno uma descrio do espao que ajuda a manter esse clima.

    c) O foco narrativo escolhido tambm ajudou a criar a sensao de medo. Como isso acontece nesse trecho de conto que voc leu?

    d) A parte de Cntia, por Sl$ que voc leu o comeo, meio ou o m do conto? Por qu?

    Produo escrita

    1. Releia o texto O homem que entrou no cano, de Igncio de Loyola Brando, apresentado na Situao de Aprendizagem 4. Aps a releitura, com a orientao do professor, voc dever reescrever a histria em seu caderno, de acordo com uma das opes a seguir:

    a) mude o foco narrativo (de terceira para primeira pessoa);

    b) mude o enredo, comeando pelo trecho Abriu o tampo e ele desceu pelo esgoto;

    c) acrescente uma personagem, inserindo a me como algum que, efetivamente, faz algo dentro da histria;

    d) mude o espao, iniciando com Apertou o interruptor e entrou no o de eletricidade;

    e) mude o tempo, passando prioritariamente do cronolgico para o psicolgico (o narrador ou as personagens expressam seus pensamentos e sentimentos).

    Oralidade

    Seu professor indicar trs textos do livro didtico. Aps a leitura, discuta com seus colegas e indique qual deles uma narrativa. Respondam oralmente s questes a seguir.