revista da professora mazÉ favarÃo

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MAZÉ Ano I - número 1 2012 Distribuição gratuita Osasco - São Paulo Professora Para entrar em contato com o grupo de amigos da professora Mazé: www.facebook.com/maze.pt Conheça a professora que ajuda a escrever a história da cidade Nas ações políticas, uma mulher que defende os trabalhadores Passado, presente e futuro focados na educação pública de qualidade

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REVISTA DA PROFESSORA MAZÉ FAVARÃO

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MAZÉAno I - número 1

2012

Distribuição gratuita

Osasco - São Paulo

Professora

Para entrar em contato com o grupo de amigos da professora Mazé:www.facebook.com/maze.pt

Conheça a professora queajuda a escrever a história da cidade

Nas ações políticas,uma mulher que defendeos trabalhadores

Passado, presente e futurofocados na educaçãopública de qualidade

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Revista MazéVeículo informativo e de prestação de contas da Professora Mazé FavarãoProjeto Gráfico e Editoração EletrônicaNilton Varoto

FotosCamila Macedo, Fábio Hurpia, Ulisses Barbosa, Leandro Palmeira e César OgataJornalista ResponsávelMárcia Gibin Garcia MTB 28.134

Tiragem3.000 exemplaresPatrocínioGrupo de Apoiadoresda Mazé

EXPEDIENTE

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Osasco, cidade do presente

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Ofuturo não começa amanhã nem depois. O fu-turo, na verdade, começou ontem. Nos últimos

oito anos, Osasco tem plantado as sementes para setornar uma cidade mais justa e inclusiva, com a me-lhoria dos serviços públicos, com a garantia de umaeducação de qualidade, com obras importantes deinfraestrutura. Mas, como ensina o mestre PauloFreire, “nós não somos, estamos sendo”. E precisa-mos ser protagonistas desse processo de crescer enos aprimorar.

É mesmo a nossa capacidade de ser a cada dia, derevolucionar em cada ação, em cada decisão, quenos dá coerência na vida. Coerência, compromissoe, enfim, a competência do fazer a cada dia maisbem feito. Nos últimos seis anos fiz o meu melhorcomo secretária de Educação de Osasco. Antesdisso, havia dado o melhor de mim na Câmara dosVereadores (2001-2004).

À frente da Secretaria de Educação, lançamos osalicerces para que a escola pública se tornasse maisinclusiva e cidadã. Mais vagas nas escolas e cre-ches, salas de aula mais modernas e professoresmais bem-preparados. Tudo isso com uma maiorparticipação da comunidade, numa gestão inte-grada entre poder público, educadores, pais, alunose funcionários. Aprovamos o Estatuto do Magisté-rio, criamos o Sistema Municipal de Educação, dis-cutimos as metas do Plano Municipal de Educação.Todos juntos.

Lutar pela democracia, pelos direitos dos trabalha-dores e por uma educação pública e gratuita de

CEMEI Mário Quintana

qualidade sempre foram o meu norte. São bandei-ras que marcam minha vida desde a década de 70,na ditadura militar, quando a luta era feita na clan-destinidade.

Nas próximas páginas, vou contar um pouco dessaminha caminhada, desde a luta dos anos 70, pas-sando pela Secretaria de Educação e pela CâmaraMunicipal. E, com vocês, quero desenhar um futuromelhor para Osasco.

Professora Mazé FavarãoOsasco, 2012

EDITORIAL

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Aexperiência de Mazé no Legislativo de Osascose deu em tempos difíceis, quando o PT era mi-

noria na oposição a um governo que não queriaouvir a maioria da população. A roda girou, e a po-pulação decidiu trocar de projeto, optando pelo PTno governo. Mazé foi convocada para a Secretariada Educação pelo prefeito Emídio de Souza. Mas,antes de assumir o Executivo, esteve do outro lado,na Câmara. Aprendeu muito. E hoje sabe a impor-tância de um bom mandato popular, que se dá nãosó na fiscalização do que faz o Executivo, mas pelofato de o mandato do vereador conseguir auxiliaros movimentos populares e sindicais. Foi esse o tra-balho de Mazé na Câmara, antes de ser convocadapara a gestão no Executivo.Aprovar leis, quando se é minoria, é difícil. Ela con-seguiu aprovar um projeto para a educação, o “Pas-seando e Aprendendo”, durante o governo de CelsoGiglio. Mas a política era outra e ele acabou desvir-tuado, tornando-se o "Conhecendo sua Cidade".Mazé apresentou outros projetos, focados tambémna saúde da mulher. Na educação, sua maior ban-deira foi contra a mercantilização da educação.Como vereadora, a professora Mazé foi ainda umafiscal atenta do Poder Público, denunciando seuserros, maus atos e malfeitos. Essa fiscalização, sem-pre do ponto de vista do cidadão, deve continuar. Oque vale, na Câmara, é a voz de seus cidadãos.

Como vereadora, Mazé também fiscalizou e denunciou malfeitos.

A voz do cidadão é o que precisa prevalecerna Câmara de Vereadores.

Experiência no LegislativoMAZÉ NA CÂMARA

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Oano era 1974, início do governo ErnestoGeisel. Quem defendia a democracia, a

justiça social, era subversivo. A ditadura mi-litar tinha acabado de massacrar a Guerrilhado Araguaia e dizia ensaiar uma abertura po-lítica, mas no ano seguinte “suicidaria” o jor-nalista Vladimir Herzog. O PT e a CUT aindanão tinham sido criados pela esquerda, que sedividia na clandestinidade. Era um tempo demedo, mas também de coragem.

Foi nesse tempo sombrio que a professoraMazé Favarão resolveu enfrentar a repressãoe empunhar as bandeiras que carrega atéhoje: a educação pública de qualidade, a ga-rantia dos direitos dos cidadãos, a liberdade,a participação cidadã nas decisões do país.

Nascida em Osasco em 1953, Mazé cursou oensino regular nas escolas públicas MarechalBittencourt e CENEART. Aos 19 anos, foi paraa USP (Universidade de São Paulo), aprovadaem Letras. Não queria as ditaduras, mas ajustiça social, o direito do trabalhador. Com-preendeu que, sem educação nada disso seriapossível naquele Brasil tão grande e amedron-tado, marcado pelo analfabetismo, pela desi-gualdade e pela falta de acesso aos benspúblicos.

Mazé passou a dar aulas para trabalhadores.Participava dos grupos sindicais, com as mes-mas bandeiras, a cada dia mais evidentes nasmobilizações operárias que levaram à aber-

Mazé luta pela educação em Osasco desde osanos 70, na ditadura militar.

Está no PT, com Lula, desde a fundação dopartido e sempre ao lado dos

trabalhadores.

Desde a ditaduratura política no Brasil. Mazé colocou em prá-tica um dos princípios que carrega até hoje:o combate ao analfabetismo. Não foi poracaso que, na última década, a taxa de anal-fabetismo de Osasco caiu de 8,6% para 3,5%da população. E essa luta continua.

MAZÉ NA POLÍTICA

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Para garantir mais melhorias na qualidade do en-sino é preciso também melhorar a vida de quem tra-balha. Mazé defende um projeto de recuperaçãosalarial na educação, já tendo em vista a perspec-tiva da escola em tempo integral e também de va-lorização dos profissionais e do seu desempenho noprocesso educacional. Em poucas palavras, Mazéavalia que são necessários: “Melhores salários,mais formação, avaliação de desempenho, progres-são e crescimento profissional”.As diretrizes para Osasco na educação nos próxi-mos anos são:

1. Elaborar o Estatuto do Trabalhador em Edu-cação, incorporando e atualizando o atual Es-tatuto do Magistério. É preciso valorizar todosos profissionais de apoio.

2. Regulamentar algumas políticas públicas,trazendo a família para as responsabilidades eos deveres com a educação.

3. Ampliar alguns projetos e transformá-losem lei como: Escolinha do Futuro, Ejarte,OPEJA e Educação Científica.

4. Desenvolver políticas para o fim da discri-minação étnico-racial, de gênero e de orienta-ção sexual.

5. Estender os avanços da Educação para ou-tras áreas da cidade.

6. Ampliar as políticas de inclusão de pessoas comdeficiências, oferecendo os cuidados especiais e in-tegrando essas pessoas à vida da comunidade.

7. Estender o conceito de Escola Parque para outrasunidades e para a comunidade em geral.

As diretrizes para a educação, em poucas palavras: �Melhores salários, mais

formação, avaliação de desempenho, progressão e crescimento profissional".

O futuro na educaçãoMAZÉ NA POLÍTICA

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Nestes tempos de ampla inclusão e mais justiçasocial, iniciados já no primeiro governo Lula e

muito bem embalados pela presidenta Dilma, assimcomo pelo prefeito Emídio, Osasco tem tudo paracontinuar ganhando notas altas pela cartilha do co-letivo e pela avaliação da sociedade. Nem a oposi-ção consegue negar que a cidade cresceu muito emelhorou significativamente a qualidade dos servi-ços oferecidos à população. Mas Osasco precisa de mais. Naquilo que dependerda professora Mazé, a cidade fará toda a lição decasa e passará com louvor. Até agora, as tarefasforam bem feitas, mas outros desafios são claros ese colocam à nossa frente. Não só para a educação,mas para outros setores estratégicos da cidade. As melhorias e os avanços na educação, saúde, nomeio ambiente e habitação são notáveis. São maisescolas e qualidade de ensino, mais unidades desaúde, parques recuperados, conjuntos habitacio-nais substituindo as favelas. E a cada dia, o comér-cio da cidade fica mais ativo. Por isso, Osasco precisa de um plano diretor. Comooutras cidades da região metropolitana, Osascocresceu desordenadamente. É urgente organizaresse crescimento. Não para estancá-lo, mas paraequacionar suas consequências, como as dificulda-des para a mobilidade urbana, o trânsito. E, paratambém ampliar as conquistas na educação, nasaúde, na cultura, no lazer, é preciso um trabalhocoletivo por parte do poder público, dos vereadorese da sociedade. O futuro da cidade precisa de um Legislativo maisforte. É necessário eleger representantes coeren-

As tarefas foram bem feitas e nem a oposiçãoconsegue negá-las. Mas Osasco precisa de

mais para terminar a lição de casa e ser apro-vada com louvor. Os desafios são claros e já

estão colocados para Mazé.

As bandeiras do futurotes, experientes, que sustentem bandeiras, ajudema organizar a população para cobrá-las e manter asatuais e as futuras políticas em funcionamento.Por causa de sua própria história política, sindical,na gestão da Educação e pela experiência legisla-tiva, Mazé está cotada para os futuros desafios.

MAZÉ NA POLÍTICA

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Adécada de 80 encontrou Mazé já engajada naluta sindical. Foi uma das fundadoras do PT.

Filiada em 1982, foi secretária do Diretório Mu-nicipal em dois mandatos. Participou na linha defrente do partido e da vida sindical, enquantodava aulas na rede estadual. Em 1983, já se des-tacavam as greves de operários. As mobilizações,como dos professores, ainda estavam por vir.Mazé lutava pela Constituinte Livre e Soberanae pela Anistia.Em 1985, foi eleita representanteda Apeoesp (Sindicato dos Professores do EnsinoOficial do Estado de São Paulo).Mazé também foi dirigente do SINPROSASCO,sindicato que ajudou a criar, da Federação dosProfessores do Estado de São Paulo (FEPESP) eda Confederação Nacional dos Trabalhadores emEstabelecimentos de Ensino (CONTEE), en-quanto era diretora da E.E. República de Cuba,em Barueri. Em 1999, concluiu o mestrado emCiências da Comunicação, pela Cásper Líbero.Em 2000, foi eleita vereadora. Foi um mandato

Ao lado de Dilma Rousseff, hoje nossa presidenta, a professora Mazé não

mediu esforços para buscar apoio do governo federal para a educação de

qualidade em Osasco.

Na fundação do PTatuante e crítico à administração tucana. Em2005, ela assumiu a direção administrativa daFito (Fundação Instituto Tecnológico de Osasco),onde é professora desde 1974.

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Plano de Ensino - O Plano de Ensino Municipalde 2004 traçou diretrizes e metas para a Educa-ção de Osasco até 2010. Em 2007, Mazé estevepresente nas dezenas de audiências para revisaro documento, envolvendo todos os segmentos dacomunidade escolar e da administração pública.Em 2011, foram realizados mais encontros paraelaboração do novo PME, estabelecendo as prio-ridades para a Educação Municipal de Osasco dospróximos 10 anos.Para a professora Mazé, a Educação de Osascovivia uma contradição, pois a Secretaria Munici-pal criava políticas públicas, projetos e progra-mas, mas era supervisionada pela SecretariaEstadual de Educação. O Sistema Municipal deEducação, cuja lei foi aprovada em 2008, foi ini-ciativa inédita em Osasco, trazendo autonomia eintensificando a responsabilidade do município.

Escolinha do futuro - A luta por escolas emtempo integral, também bandeira do movimentode mulheres, apoiado por Mazé, foi a inspiração

Reivindicação do movimento de mulheres,apoiado por Mazé há muito tempo, inspirou oprojeto Escolinha do Futuro. Inicialmente com

6 mil participantes, este número já saltoupara 15 mil em 2012.

Plano de Ensino, Escolinha do Futuro e Repasses de fundosdo projeto Escolinha do Futuro. Inicialmente com6 mil participantes, este número saltou para 15mil em 2012.

Repasses de fundosDe 1998 a 2004, os professores nunca receberama totalidade dos repasses do Fundo de Manuten-ção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental ede Valorização do Magistério (Fundef). Na admi-nistração do PT, houve um esforço para adequara folha de pagamento à lei de responsabilidadefiscal. Em 2010, o prefeito Emídio de Souza regu-lamentou leis para pagamento desses resíduos,solucionando um problema criado pela gestão an-terior. Em 2007, em substituição ao Fundef, foicriado o Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento da Educação Básica e de Valorização dosProfissionais da Educação (Fundeb), que atendeà educação básica. Em 2011, foram gastos maisde 60% do Fundeb com o pagamento dos profes-sores, acima do mínimo que a lei determina.

MAZÉ NA EDUCAÇÃO

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Mesmo no comando da Secretaria da Educaçãode Osasco entre 2006 e abril de 2012, Mazé

continuou sua militância política. Nos planos esta-dual e nacional, atua na CAED (Comissão de Assun-tos Educacionais do PT) e na UNDIME (UniãoNacional de Dirigentes Municipais de Educação)enquanto secretária. Mazé acompanha de perto oprojeto para a formação da Comissão da VerdadeMunicipal, mantendo a coerência com sua históriapolítica.

Se for medida pelo tempo, a experiência política deMazé completa agora 38 anos. Mas há outras ré-guas para se medir na política e uma delas é a coe-rência, o fio que amarra o seguinte e, sem que seperceba, constrói o tecido todo. Ativista corajosa naditadura, militante na transição, disciplinada naconstrução partidária, Mazé desempenhou bem astarefas políticas que lhe couberam, no Executivo eno Legislativo, como será mostrado nas próximaspáginas: no comando da Secretaria da Educação ena Câmara de Vereadores de Osasco. Em nenhumtempo ou espaço as bandeiras mudaram: a educa-ção gratuita e de qualidade, a igualdade social, a in-clusão, o combate às injustiças.

Militante no Governo

Com 38 anos de política, Mazé sempre se pautou pela coerência,

pela ética e pelo compromisso com a educa-ção, com a igualdade social e

com o combate à injustiça.

MAZÉ NA POLÍTICA

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Uma prova da mudança da política local para aeducação pública e de qualidade foi a inaugu-

ração, em março de 2011, do campus Osasco daUnifesp (Universidade Federal de São Paulo). A pro-fessora Mazé foi a secretária de Educação que aju-dou o prefeito Emídio de Souza e o deputadofederal João Paulo Cunha a viabilizarem esse sonhode uma grande universidade pública para a cidade.

Essa história de conquista teve início muitos anosantes na vida da professora Mazé e de muitos com-panheiros seus de Osasco. Afinal, grandes vitóriassão sempre resultantes de batalhas difíceis, comguerreiros e bandeiras à frente. Para se ter umaideia, em 2004, foi o mandato da então vereadoraMazé quem ajudou os estudantes a reivindicarem auniversidade para o então presidente Lula, em suavisita à cidade.

Como frisou na inauguração o prefeito Emídio deSouza, com a universidade, Osasco deu um salto ex-traordinário na educação. “Não há melhor herançaque se possa deixar a um filho, se não uma educa-ção de qualidade”. João Paulo ressaltou que a uni-versidade permitiria aos estudantes pensarem omundo a partir de Osasco. “Ninguém é universal senão amar sua própria aldeia”. A professora MazéFavarão lembra a importância histórica da con-quista para a população do município. “É umagrande satisfação pessoal e uma vitória para todauma geração que lutou na construção desse sonho”,sentenciou.

A Unifesp Osasco, em seu primeiro vestibular, já re-gistrou números recordes de acesso à universidadepública e de qualidade.

Unifesp de Osasco, um sonho conquistado

Com o então ministro da Educação, FernandoHaddad, a professora Mazé, ao lado do deputadofederal João Paulo Cunha e do prefeito Emídio deSouza, batalhou pelo sonho da Universidade Fe-deral em Osasco. A luta foi longa. Em 2004, en-quanto vereadora, Mazé apoiava a reivindicação

dos estudantes ao então presidente Lula.

MAZÉ NA EDUCAÇÃO

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Foram muitas as ações de Mazé na Secretaria daEducação. Algumas foram bem reconhecidas e

premiadas. Desenvolver o hábito da leitura nos es-tudantes foi um dos pontos fortes de sua gestão. Nofinal de 2011, Osasco recebeu o título de Honra aoMérito do Prêmio Vivaleitura, do Ministério da Edu-cação e do Itaú Social. Além de receber visitas deescritores importantes, os estudantes se integraramao grande desfile de 7 de Setembro sob o tema “Li-teratura: Arte em Palavras”. Os alunos puderam vi-sitar a Feira do Livro, onde receberam vales de R$30 para escolher os títulos de sua preferência.

As aulas de Orientação Profissional na Educação deJovens e Adultos (OPEJA) também brilharam.Focadas em estética, imagem pessoal, artesanatos, alimentação e construção civil, as aulas renderama Osasco a Medalha Paulo Freire, de 2011, oferecidapelo MEC às cinco experiências mais bem sucedidasde alfabetização de jovens e adultos no país.

Além disso, a Microsoft escolheu a Escola MunicipalProf. João Campestrini, de Osasco, para participardo Programa Escola Inovadora. Foi escolhida porconta das inúmeras atividades desenvolvidas na es-cola, vencendo projetos inscritos em todo Brasil. Éa única escola pública do mundo a participar doPrograma.

Desenvolver o hábito da leitura nos estudantes foi um dos pontos fortes da

gestão da professora Mazé, bem representado no desfile de 7 de Setembro de 2011.

Aprovada com louvorMAZÉ NA EDUCAÇÃO

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Odescaso do governo anterior, do PSDB, com aeducação, era generalizado. Mas era maior

ainda com as pessoas com deficiências. As necessi-dades especiais eram ignoradas. Com Mazé, a in-clusão virou realidade. O Programa de EducaçãoInclusiva garantiu muitas conquistas para a cidade,como a criação de 33 salas de aulas com tecnologiaassistiva: computadores adaptados, impressoras embraile, calculadora sonora,globo terrestre tátil, ór-teses e materiais escolares adaptados, cedidos peloMinistério da Educação.

Além do significativo crescimento do número depessoas com deficiência na rede municipal de en-sino, incluindo o atendimento nas etapas da educa-ção infantil, foram promovidas ações pontuais, quederam condições de acessibilidade e permanênciadesses estudantes que viviam isolados em seuslares ou em escolas especiais.

Ainda como diretora administrativa da FundaçãoInstituto Tecnológico de Osasco (FITO), Mazé de-fendeu que antigas pajens cursassem Pedagogia ese tornassem Professoras de Desenvolvimento In-fantil, o que ocorreu com a criação do Estatuto doMagistério, proporcionando, em 2008, um reajustesalarial de até 40% para esses profissionais.

Com Mazé, a inclusão virou realidade. Como ensina o escritor Eduardo Galeano:

"Porque todos somos iguais, não importam nossas diferenças.

Não andar,Nem olhar,

Não escutar,Nem sentir.

Esta não é uma limitação.Limitação é não ter uma oportunidade."

Inclusão com qualidadeMAZÉ NA EDUCAÇÃO

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Desde que assumiu a tarefa, confiada peloprefeito Emídio de Souza (PT), à frente da

Secretária da Educação de Osasco, em 2006, aprofessora Mazé Favarão colocou em prática asbandeiras que defendeu ao longo da sua trajetó-ria profissional, sindical e política. Os avançospara Osasco foram grandes e podem ser defini-dos em três níveis principais.

O primeiro nível está caracterizado na qualidade so-cial da educação. Mazé sempre pensou que nãobasta ao Estado oferecer educação pública paratodos. A escola precisa ter boa qualidade e formaras crianças para além da sala de aula. Em sua ges-tão, foram desenvolvidos vários programas nestesentido, como a Escolinha do Futuro, o ProgramaCiência Hoje de Apoio à Educação, de alfabetizaçãocientífica e tecnológica. Sem falar da transformaçãoestrutural, com prédios mais acolhedores e a maioroferta de atividades culturais e de lazer.

O segundo nível de avanços se deu na valoriza-ção do profissional da educação, bandeira deMazé no movimento sindical. Foram implementa-dos programas de formação, como o Programa deApoio e Aperfeiçoamento do Profissional da Edu-cação (PAAPE), e distribuídas bolsas de estudos.E houve um grande impulso da Secretaria à par-ticipação em eventos de formação e capacitaçãofora do município.

Por fim, veio da longa militância política em defesaincondicional da democracia a ideia de integrar a

Ensinar é abrir uma janela para o mundo. Mas é também aprender.

É integrar as decisões da escola com os alu-nos, funcionários e pais. E formar cidadãos

para além da sala de aula.

A coerência das bandeirasfamília na vida escolar e no processo de aprendi-zado da criança. Mazé implantou o sistema de des-centralização das verbas. Todas as escolaspassaram a receber verbas próprias, cuja destina-ção depende da decisão coletiva. O próprio meca-nismo de gestão foi inovador, com a criação do CGC(Conselho de Gestão Compartilhada). Ainda nesteterceiro nível de ação, foi implantado o projeto Es-cola Vai Para Casa. Os alunos passaram a recebervisitas em casa, numa demonstração concreta daimportância da família na vida escolar.

MAZÉ NA EDUCAÇÃO

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Aadministração anterior, do PSDB, sucateou o in-vestimento nas creches e na educação infantil.

À frente da secretaria, Mazé ampliou em 78% asvagas nas creches e já garantiu, para a próxima ges-tão, verbas do governo federal para a construção demais unidades, pois teve quatro projetos aprovadospelo Programa de Aceleração de Crescimento(PAC), da presidenta Dilma Rousseff. Além disso, aprefeitura construiu 7 escolas e dois CEUs (CentrosEducacionais Unificados), acabou com as três esco-las de lata que envergonhavam a cidade e reformoucerca de 90% da rede escolar.

A gestão da professora Mazé Favarão também deuespecial atenção às leis 10.639 e 11.645, que esta-belecem o ensino da História e da Cultura dos PovosAfricanos e Indígenas, visto que as desigualdadessociais passam, inclusive, pelo desconhecimento daimportância dos povos no processo de construção edemocratização do nosso país. A Secretaria promo-veu debates e formações, incluiu títulos dessas te-máticas nas bibliotecas e também criou o Centro deReferência da Diversidade Étnico-Cultural LuísaMahin, no Centro de Formação dos Profissionais deEducação.

Com o Centro de Referência da Diversidade Étnico-Cultural Luísa Mahin vamos

aprendendo e ensinando maneiras de fomen-tar a igualdade e combater o preconceito.

Uma delas é entender como cada povo, cadaetnia, tem seu papel de protagonista na

história do país.

Ampliação de creches e escolasMAZÉ NA EDUCAÇÃO

Professora Mazé ao lado de sua mãe,Dona Elza, o prefeito Emídio e o deputadofederal João Paulo Cunha.

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