aulas 2º gq

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Aula 01: 13/10 Fase de Julgamento 1. Princípio da Identidade Física do Juiz 2. Sentença Definição Espécies o Definitivas e Terminativas o Liquidas e Ilíquidas o Declaratórias, constitutivas e condenatórias Estrutura o Relatório o Fundamentação o Parte Dispositiva Julgamento Procedente Procedente em Parte Improcedente Valor da Condenação ou Arbitramento do Valor(forma de liquidação)

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Page 1: AULAS 2º GQ

Aula 01: 13/10Fase de Julgamento

1. Princípio da Identidade Física do Juiz

2. Sentença Definição Espécies

o Definitivas e Terminativaso Liquidas e Ilíquidaso Declaratórias, constitutivas e condenatórias

Estruturao Relatórioo Fundamentaçãoo Parte Dispositiva

Julgamento Procedente Procedente em Parte Improcedente

Valor da Condenação ou Arbitramento do Valor(forma de liquidação)

Page 2: AULAS 2º GQ

Por Cálculo Por Artigo Por Arbitramento

Valor das Custas Processuais e Demais Cominações Legais(condenação) Incidência de Juros de Mora e Correção Monetária, Multa, Responsabilidade

Previdenciária Prazo para Cumprimento

3. Intimação da Sentença Em Audiência – Arts. 834 e 852 I CLT Prazo para Juntada – Art. 851 P. 2˚ CLT – S. 197 e 30 TST Intimação do Revel – Art. 852 CLT

A primeira indagação, ao estudar a parte do julgamento, é se é aplicável ao PT o Princípio da Identidade Física do Juiz?(se se exige que o julgador seja aquele que colheu as provas, se o juiz que fez a instrução se vincula ao processo trabalhista).

A maioria entende que não se aplica o Princ. da Identidade Física do Juiz. Em tese o Juiz seria o mesmo, por tudo ser feito na mesma .Esse Princípio nunca se aplicou ao PT porque antes se tinha as antigas Juntas de Conciliação e

Julgamento, não se exigia que a sentença fosse dada pelos mesmos três juízes, uma vez que eles variavam, os juízes.

Não se adequa à celeridade do processo, por isso não necessariamente será o juiz que fez a instrução que irá prolatar a sentença.

Sentença é a decisão que põe fim ao processo. Sentença em sentido lato, abrangendo também acórdão(decisão de um colegiado, de um tribunal).

Sentença é uma decisão que impõe fim ao processo. Porém hoje essa definição não se adequa bem ao termo, pois isso ocorre quando depois da sentença ou depois do acórdão se gerava outro processo. No PT, a execução sempre foi uma continuação do processo.

Sentença é uma decisão que põe fim a Fase de Conhecimento(fase em que as partes levam ao judiciário o conhecimento dos fatos) do Processo, pois ele tem duas fases: Fase de Conhecimento e Fase de Execução(forma de forçar a parte a cumprir a sentença).

Sentença é a decisão que não se confunde com a decisão interlocutória(no meio do processo) nem com os despachos do juiz, nem ...

Page 3: AULAS 2º GQ

A Decisão pode ser Interlocutória, ou em uma Sentença.Sentença quanto a abrangência: se ela julga o mérito, ela é chamada de Sentença Definitiva, não é que

ela não possa ser reformada, mas porque ela julgou o mérito, ela extinguiu a Fase de Conhecimento, julgando o Mérito

Sentença Terminativa: Quando ela reconhece um Vício Processual, o juiz extingue a Fase de Conhecimento sem adentrar no Julgamento do Mérito.

No que se refere a forma da condenação em Pecúnia:Pode ser uma obrigação de fazer, mas pode ser uma obrigação de pagar. Quando é Obrigação em

Pecúnia, é obrigação de Pagar.Pode ser Líquida(fixa o valor da condenação, o montante da condenação) e Ilíquida(não fixa o valor da

condenação). A maioria das sentenças trabalhistas são ilíquidas, e depois elas serão liquidadas, não tem os valores da condenação, tem os títulos.

Quando surgiu o Procedimento Sumaríssimo, começou a se discutir se essas sentenças do Sumaríssimo teriam que ser líquidas, a CLT não exige isso, hoje se chegou a conclusão que não precisa ser Líquida, porque não tem como o juiz calcular na audiência quanto será o valor.

Quanto aos Efeitos:Pode ser Declaratória(aquela que declara a existência de um direito) a Constitutiva(constitui alguém em

um Direito) Condenatória(aquela que condena alguém a cumprir com o Direito). A maioria tem efeito Declaratório, Constitutivo e Condenatória. É difícil que não venha os três efeitos.Exemplo: Empregada Gestante que foi demitida sem justa causa, a empresa a demitiu e ela estava

gestante. Se entra com uma ação pedindo ao juiz para que seja reconhecida sua estabilidade, porque está grávida, para que seja provado que tenha direito a ser reintegrada no emprego, e que seja efetivamente reintegrada.

O Juiz deve julgar o que foi pedido, não deve ir além do pedido nem deixar de julgar, e se for o caso, declarar, constituir, condenar, dentro do pedido, via de regra.

A Sentença é uma decisão cuja estrutura é mais Complexa, devendo ter 3 partes:RelatórioFundamentaçãoParte DispositivaA primeira parte da sentença é o relatório, resumo do processo, relatar o que aconteceu no processo e o

termina “é o relatório”.Depois passa a fazer a Fundamentação, toda decisão do Estado de Direito em que vivemos deve ser

fundamentado. A fundamentação é a parte da sentença em que o juiz vai explicar as razões de seu convencimento. Ele expõe as razões que levaram ao seu convencimento. Ela é necessária para se fazer o Recurso, faz parte do Direito a Ampla Defesa, para poder se recorrer, por exemplo, dizer que o Juiz está errado.

É tão importante, que no Sumaríssimo, se dispensa o Relatório, mas não a Fundamentação.Depois que o juiz Fundamenta, ela coloca “passo a decidir...”A parte Dispositiva(Transita em Julgado) é a Decisão em Strictu Sensu, “julgo ...”

Page 4: AULAS 2º GQ

Procedente: são as ações ou os pedidos? Procedem os pedidos ou procedem as ações? Procedente são os pedidos, mas na prática se coloca que procedente são as ações. Mas na teoria são os pedidos, por serem o objeto da ação.

Deve colocar os nomes da parte, diz o valor da condenação se a sentença for líquida, se for ilíquida ele vai arbitrar o valor da condenação para fins de cálculo para as custas processuais, pois elas são calculas em cima do valor da condenação se ela for líquida ou do valor arbitrado, se ela for ilíquida (por cálculo, por

As custas são de 2% do valor da condenação)Para entrar no processo trabalhista não precisa pagar custas processuais, mas existem as custas

processuais finais, fixadas na sentença, no percentual de 2% sobre o valor da condenação. Se ela é ilíquida o juiz arbitra o valor da condenação para fixar o valor das custas processuais, a serem

pagas pela parte que perdeu a ação, a parte sucumbente.É facultado ao juiz dispensar o reclamante do pagamento das custas, mesmo que ele não tenha pedido o

benefício. O juiz pode de ofício, dispensá-las. Na Reclamação Trabalhista, havendo sucumbência recíproca, quem paga é o Reclamado.

É na parte Dispositiva que o Juiz define o valor da condenaçãoIncidisse aí também os Juros de Mora, e a Correção Monetária, quanto mais tempo se demora a pagar,

mais altos são os juros, e vai haver a correção monetária até a data do efetivo pagamento.Pode estabelecer multa se a parte não cumprir a obrigação e deve também fixar a responsabilidade

previdenciária, art. 114, compete a justiça do trabalho executar de ofício as contribuições previdenciárias decorrentes do seu julgado. Se decorrer Responsabilidade Previdenciária, deve ser colocada.

Também, na parte Dispositiva, deve fixar o prazo para cumprimento das obrigações decorrentes da sentença(obrigação de fazer, de não fazer, de pagar).

Analisando a Sentença, se sabe que ela torna-se pública em audiência, as partes são intimadas da sentença em audiência, ela é aplicada em audiência como está na CLT.

A CLT estabelece um prazo para a Sentença ser juntada aos Autos. Tinha um prazo de 48 horas para juntar a sentença aos autos. Ela hoje continua assim.

A Sentença deve ser dada em audiência, mesmo ela não sendo levada no dia da audiência, a sentença oficialmente, se tornará pública no dia da audiência, e dali se conta o prazo de 8 dias para recorrer, mesmo ela sendo disponibilizada dentro das 48 horas. Se ela não está lá, no prazo de 48 horas, se pede uma certidão, para que certifique que a Sentença não foi juntada aos autos e o prazo de 8 dias não correrá, só irá começar a contar quando houver outra forma de intimação das partes da sentença, outro meio, que pode ser por publicação no diário oficial ou via postal com AR, que só irá contar o prazo de 8 dias a partir de uma dessas formas.

Intimação do Revel da Sentença, o revel é o réu que não se defende. O juiz deve se utilizar do princípio da razoabilidade. Quando há revelia, o juiz dá a sentença, intima-se também o revel, mesmo que ele não tenha ido a audiência, para querendo, fazer seu recurso.

Aula 02: 20/10Sentença e Coisa Julgada

1. Publicação da Sentença2. Trato Para a Juntada da Sentença – Art. 851 P. 2˚ CLT3. Prazo Recursal – S. 30 TST4. Correção “Ex Oficio” – Art. 833 CLT

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5. Abrangência da Sentença Subjetivo Objetivo

o Julgamento “Ultra Petita”o Julgamento “Extra Petita”o Julgamento “Citra Petita”

6. Coisa Julgada Limites da Coisa Julgada Coisa Julgada Formal e Material Relativização da Coisa Julgada – S. 322 TST

7. Ação Rescisória –Art. 836 CLT – Arts. 485 a 495 CPC8. Sentença no Procedimento Sumaríssimo – Art. 852-I CLT

O processo não acaba com a Sentença, ele continua com a Fase de Execução da Sentença. A Sentença põe fim a Fase de Conhecimento.

A Sentença é dada em Audiência, portanto sendo pública. A Sentença torna-se pública em audiência. A partir da Sentença ser Prolatada em Audiência, a CLT diz que a Sentença deve ser Juntada aos autos dentro do Prazo de 48 horas. Se ela não estiver nos autos dentro desse prazo, as partes serão intimada da Sentença de outras formas, por via Posta com AR ou mediante Publicação no Diário Oficial.

O Prazo para Recorrer da Sentença é de 8 Dias começa a contar a partir do 1˚ dia Útil seguinte a Data da Intimação. A Intimação sendo na Audiência, contasse 8 dias a partir do dia útil seguinte. Esse Prazo é Ininterrupto, ou seja, contasse independentemente de feriado, final de semana. Se cair em feriado, o Termo Final(“Ad quem”) do Prazo se prorroga para o Dia Seguinte. Se passou o prazo de 48 horas e ele não foi respeitado, terá que se aguardar a Intimação da Sentença por outro meio, e só quando ele chega é que passa a contar no dia útil seguinte.

Inconformada, a parte pode recorrer, desde que interponha o Recurso no prazo estabelecido para tal.A Sentença pode conter erros Matérias, esses erros podem ser corrigidos pelo próprio juiz de ofício, ou

a requerimento das partes, não necessitando de recurso. Faz-se assim uma Petição pedindo para corrigir. Se detectado erro material na sentença não precisa fazer recurso, pois recurso é para reformar o julgado da decisão.

Exemplo: Juiz na fundamentação entende que a pessoa está correta e por fim coloca Improcedente o pedido. Erro Material.

A Sentença é a decisão judicial que põe fim a Fase de Conhecimento, onde o juiz expõe seu convencimento e prolata a decisão, deve julgar todo o Objeto da lide.

Em regra, o juiz não pode julgar além do pedido nem aquém, e de regra, a Sentença só tem efeito para as Partes, ela se limita as Partes e ao Objeto da ação, em tese.

Page 6: AULAS 2º GQ

Litisconsorte Passivo. Terceirização se coloca o empregador e o tomador de serviços.Tem Exceção, quanto aos limites subjetivos, na substituição processual, o sindicato é o reclamante, ele

integra a lide em seu nome, ele é parte, mas os efeitos da sentença não o atingem, atingem os empregados que autorizaram o sindicato a entrar na justiça. Ele entra na justiça pleiteando direito alheio. No Dissídio coletivo, o Sindicato Autor(Suscitante), quem instaura o dissídio, o sindicato pleiteia direito para uma categoria profissional, os efeitos daí refletem para os integrantes da categoria profissional e não para o Sindicato.

Os Limite da Sentença, o juiz deve julgar o que foi pedido, se ater ao Objeto da ação. Essa regra, porém, tem ressalvas, admite-se o julgamento Extra Petita e Ultra Petita, ambos, além do que foi pedido.

Ultra Petita é quando se pede um título no valor de X e o juiz da um título no valor de 2X, o juiz julga a mais do que foi pedido. Pela questão da Proteção ao Trabalhador e do Jus Postulandi(as vezes o trabalhador não sabe do seu direito exato), e porque são Direitos Indisponíveis, tutelados pelo Estado, daí porque o juiz pode se utilizar desses meios.

Extra Petita é algo que nem foi pedido e o juiz deu.É importante que se tenha em mente que esse julgamento Extra Petita não autoriza a julgar outro itens

que o juiz veja que o empregado terá direito. O juiz não pode ter a liberdade de inovar, porque fere o direito do Contraditório e da Ampla Defesa.

Esses julgamentos podem, são admitidos quando a condenação tem repercussão de algo que foi pedido. Tem que haver uma correlação com o que foi pedido; inovar no processo ou trazer um item novo não pode.

Julgamento quando o juiz Não julga todos os pedidos, essa Sentença pode ser Complementada através de embargos de declaração. A Sentença não pode ser Aquém do Pedido. Se ela esqueceu ou está omissa no julgamento do que o juiz deveria julgar, cabe a complementação do juízo.

Estudou Sentença, tem que se estudar a Coisa Julgada(Instituto processual em razão do Princípio da Segurança Jurídica). Deve ser respeitado a Coisa Julgada, a decisão judicial que não pode mais ser reformada através de recurso, a decisão judicial da qual não cabe mais recurso, ou porque já se recorreu ou porque já se passou o prazo para tal e não se recorreu. A Coisa Julgada é imutável.

A decisão da qual não se cabe mais recurso transita em Julgado faz coisa julgada e deve ser respeitada, porque a Constituição diz isso, não podendo mais a matéria que transitou em julgado, ser objeto de outra ação.

A Coisa Julgada, tem os mesmos limites da Sentença, seus efeitos somente atingem as Partes, se limitam ao Objeto da ação. Com suas devidas exceções, quando o sindicato atua como Substituto Processual, Dissídio Coletivo. A doutrina faz uma diferença entre a Coisa Julgada Formal e a Material.

A Formal diz respeito ao Instrumento Processual da Sentença. Toda Sentença ou Acórdão faz coisa julgada quando dele não cabe mais recurso, aí se reporta ao instrumento da sentença ou acórdão.

A Material diz respeito ao Conteúdo da Sentença ou Acórdão. A Matéria, se foi julgada na Sentença, não pode ser objeto, alvo de outra ação. A Matéria está protegida pelo Princ. da Segurança Jurídica, ela não pode mais ser discutida em juízo.

Relativização ou Interpretação da Coisa Julgada. Durante muito tempo a decisão judicial transitada em julgado, coisa julgada, não comportava interpretação, não podia sequer ser interpretada, tinha que ser cumprida exatamente nos termo da letra da decisão. Mas modernamente, começou a se defender a Teoria da Relativização da Coisa Julgada, devendo ela ser respeitada, mas comportando interpretação, uma relativização. Gerou críticas, porque passou a se pensar que ia se desrespeitar a coisa julgada, pelo seu alargamento, afrouxamento. Mas hoje se admite tal interpretação.

Surgiu das decisões judiciais transitadas em julgado que julgou Plano Econômico. Esses planos econômicos que congelavam a inflação e consequentemente os salários. Daí pediram a reposição salarial, esses trabalhadores que se sentiram lesados, e ganharam. Só que nesse período, houve alguns reajustes, dos quais os empresários acabaram por pedir que se fizesse uma compensação. Daí acabou por se interpretar que esses ajustes anteriores deveriam ser compensados. Mesmo que já se tivesse a decisão transitado em julgado, mandando haver a reposição salarial.

Admitisse que a Coisa Julgada venha ser Rescindida, sem efeito pelo próprio Poder Judiciário. Pode ser Objeto de uma Ação Rescisória, ação que tem por objetivo rescindir a Coisa Julgada, prevista no CPC e que durante muito tempo se entendeu que não era cabível no PT. Hoje a CLT fala que é cabível a Ação Rescisória na Justiça do Trabalho aplicando-se as regras do CPC. Para se entrar com essa Ação, se tem um limite temporal, que é de 2 anos da data que transitou em Julgado a Decisão. Para se entrar com essa Ação não basta que a parte esteja insatisfeita com a Decisão, ela só é admitida quando ocorrer as hipótese previstas no CPC, por exemplo quando a decisão foi dada em razão de fraudes da parte, prova falsa, porque as partes entraram em combinação, quando a decisão é contra a lei. Tem que haver um Defeito na decisão que esteja enquadrado nas hipóteses do CPC.

Sentença no Procedimento Sumaríssimo não tem Relatório, e tá lá na CLT que essa sentença torna-se pública em Audiência.

Termina-se aqui o processo na 1˚ Instância.

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Aula 03: 27/10Duplo Grau de Jurisdição – Fase Recursal – Arts. 893 e seguintes da CLT

1. Recurso Definição Natureza Jurídica

2. Remessa Oficial – Recurso Necessário – S. 303 TST3. Processos de Alçada – Art. 28 da Lei 5584/70 – Pedido de Revisão do Valor da Causa4. Princípios Específicos da Fase Recursal

Unicidade dos Recursos Fungibilidade dos Recursos

5. Proibição da “Reformatio in Pejus”6. Alegações e Provas Novas – Supressão de Instância7. Peculiaridades

Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias- S. 214 TST Efeito Apenas Devolutivo – Art. 899 CLT Uniformidade dos Prazos – 8 dias Depósito Recursal – Art. 899 CLT – S. 128 TST

8. Espécies de Recursos Cabíveis no Processo Trabalhista Recurso Ordinário – 8 dias Recurso de Revista – 8 dias Recurso de Embargos – 8 dias Embargos de Declaração – 5 dias

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Agravo de Instrumento – 8 dias Recurso Extraordinário – 15 dias

Fase em que a sentença é submetida novamente ao órgão superior ao que prolatou a decisão. Admite-se o duplo grau de jurisdição, ou seja, dois graus. O 1˚ grau, é aquele que julga pela primeira vez, e o segundo grau é aquele que reaprecia a decisão. Alguns Juristas entendem que esse duplo grau de jurisdição é o grande responsável pela morosidade da

Justiça, entendendo que não deveria haver tais recursos, eles afirmam que esse recurso só ajudam a parte ré. Esses autores entendem que o Brasil deveria abolir esse duplo grau de jurisdição.

Porém, a outros que o defendem, uma vez que afirmam que o juiz é um ser humano e pode errar, e se o processo é um instrumento para se chegar a justiça, é razoável que de uma decisão se possa recorrer.

Conceito: Recurso é um instrumento processual através do qual a parte sucumbente, total ou parcialmente, inconformada com a decisão, devolve a matéria para ser julgada por um órgão hierarquicamente superior ao que prolatou a decisão de 1˚ instância.

Tem a Natureza Jurídica de um Direito Processual Subjetivo, pois é um Instrumento Processual. Subjetivo porque a parte só recorre se quiser, é uma decisão pessoal da parte recorrer ou não da sentença, da decisão. Embora, quando a Fazenda Pública(União, Estado, Município, Autarquia e Fundações Públicas) é sucumbente, o Ordenamento jurídico brasileiro determina que haja Remessa Oficial/Recurso Necessário/Recurso de Ofício. A decisão de 1˚ Instância não transita em julgado, porque o juiz necessariamente remete os autos para o tribunal reaprecie a matéria, no caso de Fazenda Pública sucumbente. É cabível recurso de ofício no Processo Trabalhista sim, quando a Fazenda Pública é sucumbente na sentença.

Existe exceções: Onde não se cabe o Recurso de Ofício, S. 303 TST. O recurso de oficio previsto no CPC é cabível no PT, mas faz algumas exceções, que são, quando a a condenação é de até 6 salários mínimos, ou quando a sentença estiver de acordo com decisão plena do STF ou com Súmula ou OJ do TST.

Processo de Alçadas: Valor de Alçada é o valor que o juiz atribui ao Processo, que pode coincidir ou não com o valor da

causa(o autor atribui ao processo). Nem o Valor da Causa nem o Valor da Alçada vincula o Valor da Condenação.

O Valor da Causa, diz o CPC, que deve se adotar como parâmetro o Valor do Pedido. O juiz tem que atribuir o valor de Alçada no processo. Se o Valor for de até 2 salários mínimos, Processos de Alçada são de até 2 salários mínimos, cujas

sentenças são irrecorríveis, procedimentos sumários, delas cabendo apenas Recurso Extraordinário(que não é um recurso trabalhista, que não está previsto na CLT, de Natureza Constitucional, julgado pelo STF, cabível das decisões de última instância ou de única instância que fere a CF).

As Decisões de Alçada são decisões de Única Instância.Pode se fazer o Pedido de Revisão do Valor da Causa. Para evitar que a sentença seja irrecorrível, que é

feita ao próprio juiz que poderá rever esse Valor da Causa.Princípios Específicos da Fase Recursal: Unicidade dos Recursos: Significa dizer que cada decisão deve ser sujeita a um único recurso, que

os recursos, embora sejam muitos, devem ser interpostos um a um, não se pode interpor dois recursos ao mesmo tempo. Esse Princípio no Processo Civil é visto de uma forma fragilizada, antes era unanimidade, essa ressalva hoje, na medida que a CF/88 criou o STJ, antes só tinha o STF. Ao criar o STJ, criou uma outra espécie de recurso, os quais são os Especiais, que ao serem criados, foram criados no mesmo prazo para interpor o Ordinário, ao mesmo tempo. Unicidade dos Recursos, significa que os recursos devem ser julgados um a um e não interpostos um a um, são coisas diferentes, não significa, para alguns autores, que esteja ferindo tal princípio. No Processo Trabalhista não cabe Recurso Especial, o STJ não atua, porque já se tem um Tribunal Superior Especializado, o TST, daí não a o que se discutir, observa-se sim esse Princípio.

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Fungibilidade dos Recursos: Fungível(substituível), Infungível(insubstituível). Um Recurso Interposto pode ser recebido como outro. Pode ser substituído. É possível que ao interpor um recurso, não tenha sido um recurso cabível e o juiz receba aquele recurso como cabível. Desde que não haja erro grosseiro, algo subjetivo e desde que sejam observados os Pressupostos de Admissibilidade do Recurso Cabível. Pois cada Recurso exige Pressupostos de Admissibilidade próprios. Ex.: Apelação é de 15 dias o prazo, Recurso Ordinário são 8 dias.

Proibição da Reforma In Pejus, ou seja, a decisão recorrida não pode ser reformada para agravar a situação do recorrente, o recorrente entra com um recurso, o tribunal não poderá reformar a decisão para agravar, piorar a situação do recorrente.

Na Fase recursal não se pode inovar, trazer uma matéria nova, tem que se devolver a mesma matéria. A única concessão que se faz é poder apresentar um documento novo que não existia na época da sentença, para produzir provas. Para que não se configure a Supressão de Instância, pois o tribunal ia julgar aquela matéria pela primeira vez, suprimindo a 1˚ Instância.

Peculiaridades dos recursos trabalhistas, que estão presentes em toda a fase recursal: Irrecorribilidade das Decisões Interlocutórias: Aquelas decisões no curso do processo, durante o

tramite do processo. Desta Decisão cabe Recurso Imediato. No PT não temos Recursos de Imediato, porque se o juiz prolata uma Decisão Interlocutória e a parte que se viu prejudicada protesta na 1˚ oportunidade, ao se fazer o recurso a parte poderá requerer a nulidade da sentença para retornar os autos para aquela faze que foi prolatada a Decisão Interlocutória. Você pode Protestar. Na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses... S. 214 TSTAs Decisões Interlocutórias são irrecorríveis de imediato como estabelece essa súmula.

Efeito Apenas Devolutivo: Ou seja, devolve a matéria para ser julgada, mas não suspendem a execução da decisão recorrida. O Recurso Trabalhista não suspende a execução do julgado, apenas tem efeito devolutivo, devolve a matéria para ser julgada. Ou seja, enquanto o recurso está tramitando, é possível executar a decisão recorrida. Em tese, porque excepcionalmente, o Tribunal pode atribuir efeito suspensivo nas decisões de dissídios coletivos.

Uniformidade dos Prazos: Os recursos trabalhistas podem ser interpostos, diz a CLT, no prazo de 8 dias. Os prazos Processuais são preclusivos, são fatais, Recursos Intempestivos não é sequer admitido, aqueles fora do prazo. A contagem do prazo começa a partir do 1˚ dia útil seguinte a data da Intimação. Prazo Processual, que para a Fazenda Pública é contada em Dobro para Recorrer e em Quádruplo para Contestar.

Exigência que a CLT faz do Depósito Recursal, a CLT determina que quando o reclamado é condenado a pagar, para fazer o recurso, ele deve depositar a quantia a que ele foi condenado. Depósito recursal é uma exigência apenas para o reclamado quando ele é condenado em obrigação de pagar. Para fazer o recurso ele deve fazer o depósito no valor da condenação. É um Pressuposto de Admissibilidade dos Recursos Trabalhistas. Para alguns doutrinadores ele é considerado Inconstitucional. O depósito deve ser feito na conta vinculada do Empregado, do Reclamante, a conta do FGTS do empregado e tem que juntar a prova do depósito ao seu recurso, sob pena de Deserção(recurso deserto, que não teve o devido preparo, pagamento das despesas do recurso). Reclamante não precisa fazer depósito. TST entende que Depósito Recursal tem por objetivo garantir o juízo, porque a empresa para recorrer, deve deixar garantido o juízo, porém alguns doutrinadores dizem que não, até porque o juízo não foi decidido, não houve transitado em julgado, vai mais além e diz que se fosse para garantir o juízo não existiria a possibilidade de se depositar o teto do depósito, pois a lei fixa um teto para cada um desses recursos, pois deveria se depositar o valor integral da condenação, se fosse para realmente garantir o juízo. Os doutrinadores dizem que na verdade isso existe para evitar recursos meramente protelatórios.

Aula 04: 29/10Recurso Ordinário – Art. 895 CLT

1. Definição

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2. Efeito3. Cabimento

Decisões Definitivas dos Juízes do Trabalho e dos Juízes de Direito Decisões Definitivas dos TRT`s em Processos de Competência Originária Decisões Terminativas do Feito na Justiça do Trabalho

4. Supressão de Instância5. Pressupostos de Admissibilidade

Interesse em Recorrer – Sucumbência Tempestividade Preparo

o Custas processuaiso Depósito Recursal

6. Processamento Ingresso no Juízo Originário Intimação do Recorrido para Apresentar Contrarrazões 1˚ Juízo de Admissibilidade

o Dá Seguimentoo Nega Seguimento Agravo de Instrumento

Remessa dos Autos ao TRT Vista do MPT Distribuição entre as Turmas

Page 11: AULAS 2º GQ

Sorteio do Relator e Designação do Revisor Pauta de Julgamento Sessão de Julgamento Resultado do Julgamento

o Recurso Conhecido Provido Provido Parcialmente Não provido

o Recurso não conhecido Publicação do Acordão

Recurso Ordinário equivale ao Recurso de Apelação no Processo Civil, que tem por objetivo reformar a decisão de 1˚ grau. É o recurso que tem por objetivo reformar a sentença ou o acordão de 1˚ grau.

Os recursos trabalhistas tem uma peculiaridade, tem efeitos meramente Devolutivos, através do recurso devolve-se a matéria, mas não suspende os efeitos da decisão recorrida, via de regra. Ou seja, só tem efeito devolutivo, não tem porque enquanto o recurso está tramitando, a decisão de 1˚ grau recorrida pode ser executada, o reclamante que ganhou a ação não precisa esperar que o recurso seja julgado, ele pode executar a decisão, que é Provisória, porque o objeto da decisão não transitou em julgado.

Para executar provisoriamente a sentença, é preciso que o interessado requeira a extração dos autos da Carta de Sentença porque os autos, o processo, vai subir pro tribunal e a execução é sempre feita no juízo de origem, seja ela definitiva ou provisória. O recurso são feitos mediante Petição nos Autos, eles são anexados aos autos, que vão ser remetidos para o órgão julgador do recurso, a execução é feita no juízo de origem, tanto a provisória quanto a definitiva, razão pela qual é extraída a Carta de Sentença(é um processo com capa, com numero, formado pelas copias das peças principais dos autos, é um resumo dos autos principais com as cópias dele).

A Execução provisória o reclamante não saca, não recebe o dinheiro, o dinheiro fica depositado. O reclamante não vai poder sacar o dinheiro, porque a execução é provisória. Só quando houver o transito em julgado é que essa execução vai ser transformada em Execução Definitiva.

O Recurso Ordinário é um recurso que serve para reformar decisões definitivas dos Juízes do Trabalho e dos Juízes de Direito. Recurso Ordinário julgado pelo TRT.

É cabível também para reformar decisões definitivas dos TRT`s em processos de competência originária. Processos que começam no TRT, o acórdão pode ser objeto de Recurso Ordinário a ser julgado pelo TRT.

É cabível também nas Decisões Terminativas (não julgam o mérito) do feito na Justiça do Trabalho.Na fase recursal, as partes passam a ser chamados de Recorrente e Recorrido, as partes não podem

inovar, trazer uma matéria nova, que não foi apreciada na 1˚ instância, para que não haja a supressão de instância(pular a instância, levar algo novo para ser apreciado em ‘órgão superior, que não foi apreciado em órgão inferior).

No Recurso é devolvida a matéria Total, a de Fato e a de Direito. Enquanto que os recursos outros só se devolve matéria de Direito, no Recurso Ordinário, pode se devolver as duas Matérias, ou seja, o TRT pode apreciar as provas.

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Excepcionalmente se admite que a Matéria de Direito, mesmo não sendo apreciada na 1˚ instância, pode ser apreciada em órgão superior, pelo TRT. Se já tiver todos os elementos nos autos, pode ser julgada pela primeira vez pelo juízo recursal.

Para entrar com um Recurso, deve-se se observar os Pressupostos Legais para que o Recurso seja admitido:

1˚ pressuposto é que o Recorrente tenha Interesse, Legitimidade para recorre. A parte que ganhou a ação não tem interesse de recorrer, só que pode recorrer é a parte sucumbente parcial ou total. Não é apenas a parte sucumbente que tem legitimidade para recorrer, o terceiro prejudicado tem legitimidade para recorrer, o MPT também, desde que a sentença gere efeitos para uma parte da população que ele deve proteger.A Parte tem que estar regulamente representada. Se a parte preferiu se utilizar de advogado, será necessário que o advogado tenha procuração da cláusula ad judicia, deve estar investido de tais poderes, ou seja, regularmente constituído. Se o cliente quer trocar de advogado, do ponto de vista ético, é necessário que o advogado que estava nos autos substabeleça nos autos, outro advogado. Procuração esta que pode ser uma Procuração Posta em Ata, que da os poderes da cláusula ad judicia.

Tempestividade: Uma das Peculiaridades do Recurso Trabalhista é a uniformidade dos prazos, os recursos trabalhistas devem ser interpostos no Prazo de 8 dias. Se não for interposto nesse prazo, o recurso será Intempestivo, e não será admitido, nem sequer será levado a julgamento. É um pressuposto desse recurso e dos demais também

Preparo: O recurso deve estar regularmente preparado. Preparo é o pagamento das despesas processuais para recorrer. Na Justiça do Trabalho a única despesa que se cobra é o pagamento das Custas Processuais, quem foi condenado que tem que pagar, tem que pagar as Custas para fazer o Recurso Ordinário, juntando o comprovante, para dar entrada no Recurso Ordinário. Caso não se tenha feito esse preparo correto, o recurso seria inadmitido, porque está Deserto, consequência do Recurso não preparado ou mal preparado, ou seja, não vai ser levado a julgamento.Deve haver a Autenticação Bancária, provando que você pagou.Depósito Recursal: Os Recursos trabalhistas tem uma peculiaridade, exige-se que para o reclamado recorrer, ele tem que depositar o valor da condenação. Exigência da lei apenas para o Reclamado e apenas quando a condenação é de obrigação de pagar, em pecúnia. Sob pena de Deserção, de não ser admitido, caso não se pague.Há doutrinadores que entendem o Depósito Recursal não ser um pressuposto de admissibilidade, porque não é exigido para ambas as partes, e sim só para o Reclamado, e porque só é exigível para o reclamado e quando a sentença é condenatória em obrigação de pagar. Diz também não ser Preparo(pagamento das despesas processual para recorrer), porque depósito recursal não é pagamento da justiça, é garantia do juízo depositada na conta vincula do reclamante, FGTS, em nome do reclamante. Esse dinheiro é como se fosse uma garantia do juízo, dizem alguns autores, imposição legal para proteger o trabalhador, quer muitas vezes ganha, mas não leva, daí se exigir o depósito.Contudo, o que fortalece o entendimento que é Preparo, é que se o Depósito Recursal não for feito nas conformidades, o seu recurso será Deserto, não será admitido, daí que se entende que é pressuposto de admissibilidade e assim sendo Preparo. Porque em primeiro lugar não há juízo definido, só se pode falar em garantia do juízo quando já existe transito em julgado. Tanto não é que o valor a ser depositado não é necessariamente o valor da condenação, existe um teto para os Depósitos Recursais.Se a Sentença é Ilíquida, terá que se depositar o teto do valor do Recurso Ordinário. Que é de 7.485,83.

O Recurso é colocado nos próprios autos, ele é dirigido ao juízo que prolatou a decisão recorrível.Petição de Encaminhamento do Recurso: Exmo. Sr. Dr. Juiz do Trabalho da 1˚ Vara do Recife

XXA empresa ____, já qualificada nos autos, inconformada, “data vênia”, com o r. sentença, vem, por seu advogado no final assinado, interpor, tempestivamente, o presente RECURSO ORDINÁRIO, pelas razões anexas.Requer seja o recurso admitido e remetido ao Tribunal regional do Trabalho desta 6˚ Região.

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Pede Deferimento.

O recorrido e intimado para apresentar as contrarrazões no prazo de 8 dias. Com as contrarrazões ou sem elas, o juiz vai exercer o 1˚ juízo de Admissibilidade, ou seja, o juiz vai verificar se o Recurso tem os pressupostos, por exemplo, se ele é tempestivo, se ele foi Preparado, se ela tem legitimidade. Daí ele prolatará uma decisão, dando seguimento, ou negando o seguimento.Se ele da seguimento, os autos são remetido ao TRT, o qual deverá dar Vista ao MPT. Os Procuradores do Trabalho atuam juntos aos Tribunais. O MPT tem vista dos autos e se houver interesse público ele deve dar um parecer opinativo, ele não da sentença, não julga, não decide, ele opina e devolve os autos para o Tribunal.Os Tribunais podem atuar em sua composição Plena, ou dividido em Turmas/ Câmaras. O Recurso Ordinário é julgado por uma das Turmas do TRT.Dentro do componente da Turma será sorteado um Relator e a designação de um Revisor, dentre os membros da Turma.No Procedimento Sumaríssimo, cabe recurso ordinário, a diferença é que não precisa de Revisor.Cabe ao relator fazer o relatório e fazer o Voto, elaborar o Voto, o voto do Relato é acolhendo ou não o Recurso, admitindo, conhecendo ou não o Recurso, e depois manda os autos para o Revisor. Não deveria ser enviado o Voto, para que não se influenciasse o Revisor. O revisor não precisa elaborar Voto, ele apenas firma seu convencimento. Posteriormente a isso, ele entra para a Pauta de Julgamento, vai ser publicado no Diário Oficial que naquele dia vai haver a sessão de julgamento. A Sessão de Julgamento não é de um único processo, são vários processos daquela turma que já estão na fase de julgamento, ela é pública. Sempre estará presente um Procurador presente, como fiscal.Na Sessão de Julgamento as Partes, por seus advogados, podem participar da Sessão de Julgamento, fazendo a sustentação oral, cada parte tem 10 minutos para sustentar oralmente as suas razões recursais ou suas contrarrazões, é necessário que as partes se inscrevam para fazer tal sustentação. É importante porque dos 5 membros, pode ser que apenas o relator tenha lido o processo, mas os outros julgadores não o leram, então ela serve para que os demais possam ouvir a questão.Depois da Sustentação Oral, havendo ou não, o Presidente começa a colher os votos e se algum dos desembargadores tiverem dúvida, eles podem pedir Vista do processo, seja interrompido o julgamento para que se analise melhor. Inclusive o Relator também pode pedir Vista.Se ninguém pede Vista, se pega os votos e se Prolata O Recurso foi Conhecido e provido, ou conhecido e provido parcialmente, ou ...Não conhecido é aquele que não atende os Pressupostos de Admissibilidade.O órgão julgador exerce também o juízo de admissibilidade.No dia do julgamento, o resultado vai se tornar público, vai ser até publicado no Diário Oficial. O Acordão, entretanto, não vai ficar pronto na Sessão de julgamento, ele ainda vai ser redigido.Na Sessão de Julgamento se tem o resultado, mas não a Sentença.Quem tem a incumbência de redigir o Acordão é o Relator, salvo se o voto ele for vencido, daí quem vai redigir é o autor do voto condutor, do voto que foi acatado pela maioria.Ele redige o Acordão e vai ser publicado no Diário Oficial, não na integra, mas a Ementa do Acordão, o resumo, a parte principal do Acordão. A partir daqui, se tem 8 dias para interpor o Recurso de Revista.

Aula 05: 03/11

Gabriella, 27/11/15,
Gabriella, 27/11/15,
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Recurso de Revista – Arts. 896 e 896-A CLT(Lei 13.015 de 22/07/14)

1. Definição2. Cabimento

Decisões que violam literalmente dispositivo de Lei Federal Decisões que violam literal e diretamente dispositivo na CF Divergência Jurisprudencial

o Entre decisões de outro TRTo Com Decisões do TST(SDI)o Com súmulas vinculantes do STF

3. Efeito Evolutivo4. Pressupostos de Admissibilidade

Objetivos ou Extrínsecoso Ingressoo Tempestividadeo Preparo

Custas Processuais Depósito Recursal – IN N˚ 03/43 TST – Deserção Teto é de – R$ 14.971,65

Subjetivos ou Intrínsecos o Violação a Dispositivo de Lei Federal E/OU de CF

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o Divergência Jurisprudencial5. Prequestionamento da Matéria – S. 293 TST6. Transcendência da Matéria – Art. 896-A CLT7. Processamento

Órgão Receptor 1˚ Juízo de Admissibilidade Contrarrazões do Recorrido Remessa ao TST Julgamento Publicação do acordão

Recurso cabível para reformar a decisão ou Acórdão que julga o recurso ordinário, surgiu com o nome de Recurso Extraordinário, depois que passou a se admitir o Recurso Extraordinário no PT, pensou-se em outro nome para ele. É o instrumento processual através do qual a parte que sofreu prejuízo no acordão que devolve a matéria para ser julgada pelo TRT. É de natureza extraordinária porque é julgado por um Tribunal Superior.

Parte inconformada com a decisão de 1˚ grau. O recurso de Revista é diferente do recurso ordinário, uma vez que não basta o inconformismo, que o juiz foi injusto, que julgou de forma equivocada. A parte que deseja recorrer é precisa oque demonstre nas suas razões recursais, que a decisão está ferindo um dispositivo de lei federal. A parte de recurso, na CLT foi recentemente modificada, a Lei 13015. O Recurso de Revista, para ser interposto deve o acordão recorrido estar violando literalmente um dispositivo de Lei Federal(Lei que tem vigência e eficácia em todo país, como por exemplo o CPC, a CLT). Lei Estadual só tem vigência e eficácia em um Estado. E/OU que esteja violando literal e diretamente dispositivo da CF. É cabível das decisões dos acordão que julgam os Recursos Ordinários e que estejam violando literalmente dispositivo de Lei Federal e/ou violando literal e diretamente dispositivo da CF e/ou que esteja divergindo de uma decisão de outro TRT, TST, súmula de outro Tribunal.

O Recurso de Revista, como os demais, tem efeito meramente devolutivo, ou seja, devolve a matéria mas não suspende a execução do julgado. A parte que ganhou pode executar o julgado, execução provisória. Devolve apenas a matéria de Direito(matéria de interpretação da lei, não necessita dos fatos, basta a lei).

Se se quer recorrer, se tem que atender os Pressupostos de Admissibilidade de cada Recurso. Para entrar com Recurso de Revista, é necessário que o recorrente tenha sofrido um prejuízo num acordão recorrido, portanto é pressuposto o interesse em recorrer. A tempestividade, o Recurso de Revista deve ser interposto dentro do Prazo Legal de 8 dias, se não ele é inadmitido. E preparo que é o pagamento das despesas processuais para recorrer, que no PT é o pagamento das custas processuais. Na sentença tem que ter o valor das custas processuais. Para fazer o Recurso de Revista, há tribunais que cobram custas complementares, outro não. Recursos Trabalhistas tem a peculiaridade do Depósito Recursal, para alguns autores ele não teria a natureza jurídica de preparo, já falado em aula passada. Outros dizem ser Preparo, já falado também em aula passada. Na verdade o Depósito Recursal é uma exigência da CLT para evitar que o reclamado faça recursos com objetivo meramente protelatório.

Para fazer o Recurso de Revista, precisa 1˚ buscar no Tribunal o Acordão na integra pra ver se a decisão viola. Se encontrar, pode se fazer Recurso de Revista, que deve ser prazo de 8 dias e tem que se fazer o Depósito Recursal.

Se o valor total já se encontra depositado já não necessita mais depositar nada, salvo se ao julgar o RO, o acordão do RO aumentou o valor da condenação. Não pode ter a situação agravada, mas pode acontecer que os dois tenham recorrido, e o acordão do RO piorou a situação da empresa, aumentou o valor da condenação.

Chamados de objetivos porque não depende de análise julgadora. Existe os Subjetivos ou Intrínsecos, que dizem respeitos aquelas exigências da lei, que estão dentro do

acordão e precisam ser apreciados por quem o recebe. É preciso que nas razões recursais, recorrente precisa apresentar razões recursais, é necessário que nelas destaque o acordão recorrido aonde ele está ferindo o artigo da lei tal. Tem que dizer que o acordão ao julgar de tal forma está violando o disposto tal no artigo tal...

A Divergência Jurisprudencial não pode ser uma antiga, superada, ela não justifica o Recurso de Revista. É preciso que a jurisprudência seja atual, seja forte. Acordão recorrido e acordão paradigma. Tem que se fazer o Cotejo Analítico, dizendo o que foi dito num Tribunal e o que foi no Outro, tem que juntar o Paradigma e dizer de onde o tirou.

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Atendido os Pressupostos, irá se fazer o Recurso de Revista, porém existe a questão. A matéria que vai ser abordada no Recurso de Revista tem que estar prequestionada nos autos, ou seja a matéria que será levada a julgamento terá que ter sido apreciada. Significa que nenhum fundamento novo, nenhum argumento novo pode ser levado ao tribunais superiores sem que tenha sido apreciado nas instâncias ordinárias. Não se pode inovar no Recurso de Revista, trazer um fundamento novo, que o TRT não apreciou que a vara não apreciou, não se pode trazer um argumento pela 1˚. É pra todo e qualquer recurso que vai ser julgado nos tribunais superiores. Não trazer um argumento novo. Como se pode tentar prequestionar a matéria par atentar leva-la adiante, através de Embargos de Declaração, antes de fazer o Recurso de Revista.

Além disso, foi acrescida na CLT o Artigo 896-A. O Presidente do TST somente levara a julgamento o Recurso de Revista se o processo tratar de matéria transcendental. Essa norma é alvo de severas crítica. 1˚ é o próprio vocábulo usado, dizem os doutrinadores que nunca na ciência jurídica se utilizou esse termo, que esse termo diz respeito a outras ciências, algo que está além do material. Mas na verdade, transcendência diz respeito a importância da matéria para a sociedade em geral, para a política, economia do país, ou seja, está além dos interesses das partes. Ela se espelhou no Recurso Extraordinário, que só é levado se tiver Repercussão Geral. Ele não é aplicado no TST, esse artigo, de tão criticado que o é. Não está regulamentado.

Processamento, o recurso de Revista é dirigido ao Presidente do TRT, que o recebe e exerce o 1˚ juízo de admissibilidade, ou seja, analisa os pressupostos extrínsecos e intrínsecos. Aqui a decisão precisa ser fundamentada, o Presidente do TRT da seguimento ou nega seguimento ao Recurso de Revista. Se nega, cabe Recurso de Agravo de Instrumento no prazo de 8 dias. Se ele dá seguimento, o Presidente do TRT, intima o recorrido para apresentar as Contrarrazões no prazo de 8 dias, o prazo para Fazenda Pública para recorrer é em dobro, mas pra fazer as contrarrazões é prazo simples. O acordão vai para o TST, através de uma de suas turmas, não é ele pleno. Quem julga o Recurso de Revista é uma das turmas do TST, esse julgamento vai se dar da mesma forma do Ordinário.

O acordão não é publicado na integra, o que se publica é a ementa do acordão.Obs: No procedimento Sumaríssimo cabe Recurso de Revista, mas sua admissibilidade é mais restrita,

só cabe quando viola literal e diretamente dispositivo da CF ou quando há Divergência Jurisprudencial com o TST ou súmula vinculante do STF

Aula 06: 05/11Recurso de Embargos – Art. 894 CLT

(Lei n˚: 13.015/14)

1. Definição2. Cabimento – Divergência Jurisprudencial:

Com Decisão de Outra Turma do TST Com Decisão da SDI do TST Com Súmula ou OJ do TST Com Súmula Vinculante do STF

3. Efeito: Devolutivo4. Pressupostos de Admissibilidade:

Extrínsecos: o Interesseo Tempestividade

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o Preparo Intrínsecos:

o Divergência Jurisprudencial no Âmbito do TST e/ou Com Súmula Vinculante do STF – S. 296 e 337 TST

5. Processamento: Órgão Receptor Órgão Julgador Denegação pelo Ministro Relator Sessão de Julgamento Publicação do Acordão

Recurso Extraordinário – Arts. 541 e Seguintes do CPCArt. 102 III CF

1. Definição e Cabimento2. Pressupostos de Admissibilidade3. Repercussão Geral4. Processamento

Do Recurso de Revista cabe o Recurso de Embargos.O Recurso de Embargo é um instrumento processual cabível das decisões das turmas do TST, com o

objetivo de uniformizar a jurisprudência no âmbito do TST. O Recurso de Embargos, em 2007, ele sofreu uma grande alteração na CLT, porque ele era cabível tanto

para uniformizar a jurisprudência do TST, em razão da divergência jurisprudencial, como também quando a decisão da turma feria dispositivo da Lei Federal ou da CF. Tanto que os autores falavam dos Embargos de Nulidade(feria dispositivo) e os Embargos de Divergência(decisões conflitantes).

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Agora, em 2007, passou a se admitir embargos apenas de Divergência Jurisprudencial, e hoje, com a Lei 13015/14, os Embargos, no dissídio individual, estamos estudando tudo no Dissídio Individual, são cabíveis quando a decisão da turma do TST está conflitando com outra turma do TST, ou quando está conflitando com uma SDI do TST, ou súmula ou OJ do TST, ou súmula vinculante do STF.

Embargos porque só cabem quando houver divergência jurisprudencial do TST e agora com Súmula Vinculante do STF.

Tem Efeito meramente devolutivo, ou seja, não suspende a execução do julgado.Recurso de Embargo é um Recurso que começa e termina no TST. Da entrada no TST e ele vai ser

julgado do TST.Tem por finalidade uniformizar a jurisprudência do TST.Se recorre se quiser, mas se optar por tal, tem que se recorrer pelo cabível, e tem que se atender os

Pressupostos de Admissibilidade. Se não atendidos, o recurso será inadmitido, não será dado seguimento ao recurso.

Extrínsecos: São os mesmo do Ordinário e o do de Revista.o Interesse: O recorrente deve ter um prejuízo no acordão recorrido, deve ter sucumbência. A

parte que venceu não tem interesse em recorrer, não tem legitimidade para recorrer, isso para qualquer recurso.

o Tempestividade: Precisa ser também protocolado no prazo legal, ou seja, que seja tempestivo, tendo um prazo uniforme que é de 8 dias. Prazo para interpor o Recurso de Embargo.

o Preparo: Precisa fazer o Preparo, e juntar as guias do preparo a nossa peça Recursal, sob pena de deserção(aquele Recurso que não foi preparado ou que foi preparado de forma errada). Os Recursos trabalhistas não geram taxas, mas se na decisão recorrida tiver condenação em custas, tem que se pagar as custas, juntar as guias e dar entrada no recurso. Além disso, os Embargos também exigem o Depósito Recursal. Só quem é obrigado a fazer o Depósito Recursal é a condenada, quando a obrigação é de pagar, em pecúnia, no valor da condenação. Depósito Recursal, o teto é o mesmo teto do Recurso de Revista, que varia anualmente. Esse depósito tem que ser feito no prazo de 8 dias, juntar as guias e dar entrada. Se já está depositado o valor integral da condenação, não há mais depósitos a ser feito.

Intrínsecos: Mostrar nas razões recursais, todo recurso tem as razões, que existe um Acordão de outra turma do TST que julgou diferente ou que...(demais casos de Cabimento). Precisa mostrar a divergência jurisprudencial que torna apto os Recursos de Embargo. Precisa mostrar que quer pacificar tal divergência. A Jurisprudência superada, a decisão que não é mais aceita, que já está superada por súmula, OJ, ou .... Essa não é apta a autorizar o Recurso de Embargo. A Lei 13.015/14 alterou a CLT, dizendo a divergência apta a ensejar os Embargos deve ser atual, não se considerando jurisprudência ultrapassada por súmula do TST, ou por súmula do STF, essas não tornam apta a interposição dos embargos. Tem que trazer os acórdãos divergentes, dizer onde esse acordão se encontrou(o acordão paradigma)

Depois de feito o Recurso de Embargos, ele é dirigido ao Presidente do TST, e poderá negar seguimento aos Embargos, ao exercer o juízo de admissibilidade, e desta decisão, diferentemente dos outros, não cabe Agravo de Instrumento, cabe Agravo Regimental, agravo que está regimentado no regimento do TST.

Se ele da seguimento, exercendo o 1˚ juízo de admissibilidade sem nenhuma objeção , ele remete para o órgão julgador, que é a Sessão de Dissídio Individual, que é uma fração do TST.

O TST tem 3 Sessões Especializadas. Hoje, são as sessões especializadas que julgam os embargos, nela vai ser sorteada 1 ministro para ser o

Relator, que leva o processo para seu gabinete e vai estudar, daí tem uma diferença para os demais recursos, ele poderá denegar o recurso, não colocar o recurso para julgamento, se ele constatar que não foram atendidos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, ou se a decisão recorrida estiver de acordo com Súmula do TST ou do STF, o ministro relator denega seguimento ao Recurso. Se a decisão recorrida estiver de acordo com atual jurisprudência do TST, ele também denegará.

O ministro também denegará se o recurso estiver intempestivo, se houver deserção, se houver irregularidade de representação(exe.: advogado não tem procuração), se tiver faltando qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. Decisão monocrática, de uma pessoa só. Nessas decisões monocráticas, cabe Recurso de Agravo, no prazo de 8 dias, norma regimental, que está no regimento do TST.

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Ministro Relator, fez o relatório e fez o voto, ai vai haver a sessão de julgamento pública, da qual não se tem a decisão ainda, a decisão é o acordão que na sessão de julgamento ele não é disponibilizado, na sessão só se tem o resultado, só tem conhecimento se o recurso foi provido, não provido ou provido parcialmente. A ementa(resumo do acordão) do acordão só vai ser publicado posteriormente no diário oficial da união.

Daí só cabe o Recurso extraordinário, única alternativa que se tem.

Depois desse Recurso de Embargo, não há mais nenhum recurso trabalhista, só cabe Recurso Extraordinário que não é um recurso trabalhista, é de natureza constitucional, previsto no Art. 102, III CF. Sendo cabível no Processo Trabalhista.

É o recurso cabível das decisões de única ou última instância que ferem, violam dispositivo da CF.Nas razões recursais vai se tratar apenas de razões constitucionais, dizendo oque o acordão esta ferindo

matéria constitucional, que tem que estar prequestionada nos autos, tem que ter sido discutida.Pressupostos de Admissibilidade: Extrínsecos:

o Interesse: Mesma coisa.o Tempestividade: Interposto dentro do prazo legal que é de 15 dias, por não ser um recurso

trabalhista.o Preparo: Pagamento de custas se houver. Exige Depósito Recursal.

Intrínsecos:o Mostrar que o acordão recorrido está ferindo a CF.o Mostrar a repercussão geral da matéria, não pode ter só interesse das partes, tem que ter

efeito para a economia, política, interesse geral do país. Passou a ser uma exigência para o julgamento do Recurso Extraordinário. Cabe ao recorrente nas suas razões demonstrar que a Repercussão Geral. Se houver é que o recurso vai a julgamento.

Vai se Processar da mesma forma.Depois disso, não há mais o que se fazer, não tem mais como reformar o acordão. Daí se transita em julgado, faz coisa julgada.

Aula 07: 10/11Outros Recursos Trabalhistas

1. Embargos De Declaração Art. 897-A CLT

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(Lei 13.015/94)Cabimento

Omissão, Obscuridade e Contradição Correção de Manifesto Equívoco no Exame dos Pressupostos de Admissibilidade Prequestionamento

Natureza JurídicaPrazo – Interrupção dos Prazos para os Demais Recursos – ExceçãoEfeito ModificativoEmbargos Protelatórios – Art. 538 CPCErros Materiais

2. Agravo de InstrumentoArt. 897 “b” CLT (Lei 13.016/14)CabimentoFormação do InstrumentoPrazoDepósito RecursalProcedimento

Órgão Receptor Contraminuta do Agravante

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Órgão Julgador Julgamento – Recurso – S. 218 e 283

3. Agravo de Petição

Recurso Adesivo – S. 283 TST1. Definição e Cabimento2. Pressupostos de Admissibilidade

Embargos de Declaração é um Recurso tão diferente que alguns doutrinadores entendem que ele não tem a natureza jurídica recursal, que ele não é em sua essência um Recurso, embora ele esteja na CLT entre os recursos. Esse fato se dá pelo fato de que esses embargos não tem por objetivo reformar o julgado, não são opostos pela parte que sofreu prejuízo necessariamente, você não devolve a matéria para ser julgada por um órgão hierarquicamente superior.

Tem por objetivo complementar o julgado, sanar uma omissão, uma obscuridade, uma contrariedade do julgado, da sentença ou do acórdão.

Tem por objetivo complementar a prestação jurisdicional.Quem vai sanar a obscuridade, a contradição, a omissão é o próprio órgão que prolatou a decisão.Seu Prazo é de 5 dias.Matéria prequestionada é matéria que já foi analisada, julgada. Esse Recurso se presta também para

prequestionar a matéria.Também se prestam para corrigir manifesto equívoco no exame dos pressupostos de admissibilidade

dos recursos. Nesses casos se pode fazer os Embargos de Declaração.

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Embargos de Declaração não tem por objetivo modificar o julgado, tem por objetivo “consertar” o julgado, mas pode acontecer que ao sanar contradição, omissão, obscuridade a decisão mude. Neste caso, a parte contrária vai ser notificada para impugnar os embargos, no prazo de 5 dias.

Quem julga os Embargos é o próprio órgão que prolatou a decisão embargada.Esse Embargo não tem por objetivo reformar o julgado, por isso que ele pode ser interposto não só por

aquele que perdeu, mas também pelo que ganhou. Tanto Reclamante quanto Reclamado.Os Embargos de Declaração interrompem os Prazos para os demais recursos para ambas as partes,

significa dizer que ao entrar com os embargos, só depois do julgamento é que se devolve integralmente o Prazo para os demais recursos, para ambas as partes.

Existe uma Exceção, posta pela Lei 13.015/94, em que os ED são intempestivos, se a parte interpor ED intempestivo não vai interromper, se ele também foi feito por advogado sem procuração, sem estar devidamente representado, ou quando está sem assinatura.

É bem simples, não precisa fazer Preparo. Daí muitos advogados se utilizam desse Embargo para procrastinar a decisão, para protelar o tempo para se fazer um outro Recurso. Eles vem sendo utilizados com uma caráter meramente protelatório. CPC para evitar esses Embargos Protelatórios, colocou uma multa que invente algo a ser sanado que não existe, com o intuito meramente protelatório. Doutrina dominante diz que essa multa se aplica sim ao Processo Trabalhista.

A CLT diz que Erros Materiais poderão ser corrigidos de Ofício, ou a requerimento das partes. Sem precisar se fazer um ED. Esses erros não precisam, para serem corrigidos, ser objeto de Embargos de Declaração.

Agravo de Instrumento. Enquanto todos os recursos são feitos com mera petição nos autos, o Agravo de Instrumento forma um Instrumento a parte. Ele forma autos paralelos, autos apartados. No Processo Trabalhista só se permite o Agravo de Instrumento, aquele que forma autos apartados.

A diferença desse Agravo e ao do CPC, diz respeito ao objetivo de cabimento. No CPC é cabível para reformar as decisões interlocutórias, que no PT são irrecorríveis.

Por isso, no PT, ele tem por objetivo reformar as decisões que negam seguimento ao recurso. Ele tem por objetivo destrancar os recursos. Reformar as decisões em que o juízo de baixo negam seguimento ao recurso.

Tem que juntar peças para formar o Instrumento. O Instrumento é formado com a cópia das peças do Processo principal. A responsabilidade pelas cópias e o traslado é do agravante. Tem que se fazer a peça do agravo e tirar cópias do processo principal e trasladar.

O Agravo de Instrumento portanto é formado por cópias do Processo Principal, as quais são a Decisão Agravada, a decisão que negou seguimento ao seu recurso, que conste certidão da data que foi intimada da decisão agravada, que conste as procurações dos advogados das partes, o recurso que você fez e foi denegado, peças obrigatórias. Porque se não, não haverá seu conhecimento.

Seu Prazo é de 8 dias. Exige Depósito Recursal, no valor de 50% do Teto do Recurso Denegado, para evitar agravos

meramente protelatórios. Pelas mesmas regras que aprendeu acerca dos Depósitos Recursais.Quem recebe o Agravo de Instrumento é o juízo que prolatou a Decisão Agravada. Ao receber o Agravo

de Instrumento o juízo aquó pode exercer o juízo de retratação, ou seja, admitir que de fato errou. Admite que quem prolatou a decisão reforme a decisão.

O Agravado é notificado para apresentar Contrarrazões ou Contraminuta, que deve ser apresentada em 8 dias. Nesse caso, o processo de Agravo é remetido ao órgão julgador, sendo este quem julgaria o Recurso Denegado. Quem julga o agravo é o órgão que julgaria o recurso denegado.

Quando sai a Decisão do Agravo não cabe Recurso de Revista, mas se for no TST, onde não tem mas para onde correr, cabe dele recurso extraordinário, porque é de última instância., S. 218

Recurso Adesivo: Não é uma espécie de Recurso, é uma forma de se recorrer . Ele ocorre quando uma parte adere ao recurso da parte contrária. O Recurso Adesivo, a CLT não fala, quem fala é o CPC, daí porque por muito tempo se pensou que ele não era cabível no PT. Daí porque ele é regido pelas normas do CPC e da Súmula 283 TST. Entretanto ele é cabível no PT.

É cabível quando ambas as partes tem legitimidade para recorrer, ou seja, quando a sucumbência recíproca, ambas as partes perderam. E apenas uma das partes recorre, a outra se conforma. Quando a parte que não recorreu é notificada para responder o recurso da outra, ela responde e adere ao recurso da outra. Forma de recorrer adesivamente.

Gabriella, 27/11/15,
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Tem que analisar se o Recurso Adesivo tem os Pressupostos de Admissibilidade, tem que atender todos os pressupostos. Também tem que notificar a parte para contrarrazuar o Recurso Adesivo.

A diferença é que o Recurso Adesivo segue a mesma sorte do Recurso Principal, ou seja, se o Recurso da Empresa for Intempestivo, o Adesivo não vai ser julgado, se não houve preparo, se não foi feito por advogado com procuração ...

Recurso Adesivo pode ser tanto para o Recurso Ordinário, Recurso de Revista e Recurso de Embargo.

Aula 08: 12/11Liquidação de Sentença – Art. 879 CLT

1. Definição e Cabimento2. Formas de Liquidação:

Por artigos:o Apresentação dos Artigoso Contestação dos Artigoso Produção de Provas

Por cálculo Por arbitramento

3. Abrangência de Liquidação: Itens da Condenação Acessórios Juros de Mora(S. 200) e Correção Monetário Ônus Sucumbenciais: Custas Processuais, Honorários, Taxas e Emolumentos. Contribuições Previdenciárias Descontos Legais

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4. Elaboração da Conta: Vista às Partes e a União Federal Impugnação

5. Sentença de Liquidação – Natureza Jurídica6. Mandado de Citação para Pagamento e Penhora7. Prescrição Intercorrente – S. 114 TST a S. 327 STF

A Execução do julgado se processa no juízo de origem, aonde começou o processo, a execução do julgado se processa nos próprios autos, independentemente de requerimento das partes, o juiz da origem de ofício. Pode se iniciar de Ofício ou a Requerimento das Partes.

A maioria são ilíquidas, e antes da condenação elas precisam ser liquidadas.Se fala em liquidar o julgado, a sentença(em sentido lato) quando o julgado é de obrigação de pagar. É necessário que se defina o montante da condenação, dai a necessidade da liquidação do julgado, uma

fase preparatória da execução, quando a sentença condena a pagar uma quantia e essa quantia não está definida.A sentença pode ser liquidada por 3 Formas, quem define por quais da forma é o Juiz: Artigos de liquidação: Quando não há nos autos os elementos de cálculo, quando as partes precisam

informar os elementos de cálculo. Por Cálculo: Se já constam todos os valores, se para se chegar ao montante da execução basta se

fazer contas aritméticas, porque os elementos já estão nos autos. Liquidação por Cálculo é feito por Contador da Justiça.

Por Arbitramento: É a mais rara, é cabível quando não há nos autos os elementos de cálculo e nem as partes tem esse elemento de cálculo.Exemplo: Doutrina fala em casos como , por exemplo, quando o reclamante não sabe o salario que ganhava na época e a empresa não tem nenhum documento porque sofreu um incêndio. Daí é preciso que alguém fixe um salario

Dentre as 3, a mais comum e a liquidação por artigos, a que as partes apresentam os cálculos, apresentam a conta, o artigo de liquidação. Ela se processa quando reclamante é notificado para apresentar os artigos de liquidação. Normalmente, o prazo é de 15 dias, prazo que não é fatal. Todos os itens da condenação em valores históricos com a correção monetária da tabela da justiça, com os juros de mora desde a data de ajuizamento da ação mês a mês.... Muitas vezes o reclamante não consegue apresentar no prazo pedido.

Apresentado os Artigos, o juiz vai dar um prazo, normalmente de 15 dias, para o Reclamado contestar os Artigos de Liquidação. Que deve analisar com bastante cautela, porque muitas vezes o Reclamante coloca excessos.

É possível que ao contestar os Artigos sejam trazidas alegações novas que o juiz entenda necessária a produção de provas. Novos fatos alegados, fatos estes pertinentes ao cálculo da execução. Não poderá se inovar, só se tratar sobre o cálculo.

Artigos de Liquidação são preparados pelas partes.

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Se o Reclamante notificado para apresentar os Artigos, não o apresenta, o Juiz poderá, através do Impulso Oficial, notificar o Reclamado para apresentar os Artigos de Liquidação.

O juiz, para decidir quem está certo, precisará da Contadoria da Justiça. O setor de Contadoria. Ele faz justamente elaborar a conta, dizer se os artigos estão certos, e vai elabora a Conta de Liquidação do Julgado. É importante que na Liquidação estejam presentes os itens da condenação que devem ser calculados. Para que se possa Liquidar o julgado corretamente, é quase de rotina que se precise da ajuda de um contador.

Feito, vai se mandar Elaborar a Conta, pois o juiz não tem como verificar se o que foi calculado está correto. Então necessariamente os autos vão ao Contador da Justiça para que ele elabore a conta. Elaborada a conta, o juiz poderá dar vista as partes para, querendo, no prazo de 10 dias sucessivos, impugnarem a conta. Primeiro ao reclamante, depois ao reclamado. Esse artigo é muito criticado pela doutrina e não é usado na prática, a maioria dos juízes entendem que não se deve dar esses 10 dias, pois essa faculdade apenas contribui para a demora do processo, o juiz poderá dar vista, a maioria não da vista às partes. Porém a CLT diz que o juiz deverá dar vista a União Federal, se envolver Contribuição Previdenciária, mas na verdade é ao INSS para verificar ser as contribuições previdenciárias foram calculadas corretamente. O INSS não participou da fase de conhecimento mas agora irá participar da ação, que poderá impugnar a Conta.

Contadoria da Justiça funciona como o auxiliar do Juiz, depois que se define que a conta correta é essa, o Juiz vai dar a Sentença de Liquidação. Muitas vezes é um simples carimbo, onde o juiz homologa o valor da condenação, sentença meramente declaratória, onde o juiz diz que o valor da condenação é X. Muitos dizem essa decisão ser uma decisão interlocutória, não entende por ser chamada de Sentença, já que a mesma é uma fase que põe fim a uma fase do processo. Pois esse autores acreditam que existem apenas duas fases, a de Conhecimento e a de Execução. Sendo assim, muitos acreditam ser uma Decisão Interlocutória, tanto é assim que dela não cabe recurso, ela é apenas a decisão quando o juiz homologa os cálculos de liquidação.

Definido o valor da Execução, ou seja homologado, começa a execução. Ela começa de Ofício, não precisa ser requerida. O juiz manda, mandado, expedir o Mandado de Citação, embora, tecnicamente falando não é Citação, para pagamento e penhora no prazo de 48 Horas, o qual o mandado é remetido ao Reclamado, ao devedor, por Oficial de Justiça. O Reclamado é citado Pessoalmente, para pagar ou nomear bens a penhora no prazo de 48 horas. Quando é expedido o mandado, começa a Execução. Daí porque se o reclamado sabe e vende seus bens, ele comete fraude a execução, portanto ele não pode mais se desfazer dos seus bens com o objetivo de se livrar da penhora.

Prescrição Intercorrente, ou seja, é a perda do direito de ação, em razão do Princípio da Segurança Jurídica. O empregado tem até dois anos para ingressar em juízo após a extinção do contrato de trabalho. Admite-se a prescrição no curso do processo, se a parte interessada, que deveria impulsionar o processo, não o impulsionou. Forma de Penalizar a parte que ficou inerte, parada. Desse modo o Processo é atingido pela Prescrição Intercorrente. Se o Reclamante não adota as providências para buscar alguma solução par o processo, a quem entenda que o processo estaria atingido pela Prescrição Intercorrente, tendo em vista que o processo ficou por 2 anos parado, sem que haja nenhum ato. Contudo o TST, diz ser inaplicável a Prescrição Intercorrente no Processo Trabalhista, porque o Processo Trabalhista se rege pelo Impulso Oficial, mesmo que a parte fique inerte, cabe ao juiz dar impulso, porque se rege também pela Proteção ao Trabalhador, porque também o PT admite o Jus Postulandi das partes, sendo assim, inaplicável a Prescrição intercorrente no PT. Contudo a matéria foi levada ao STF, ele entende que a Prescrição Intercorrente aplica-se sim ao PT, pois se ele não se aplica, estaria ferino o Princípio da Segurança Jurídica. A Prescrição Intercorrente aplica-se ao PT, tanto que a CLT diz que quando o Reclamado for citado ou nomeado para Bens a Penhora, ele pode se defender por Embargos a Execução, que pode ser arguida a Prescrição da Dívida porque o Processo ficou parado por mais de 2 anos sem que o Reclamante a impulsionasse.

Aula 09: 17/11Execução de Sentença por Quantia Certa

1. Mandado de Citação para Pagamento e Penhora2. Execução contra a Fazenda Pública

Embargos à Execução – Art. 730 CPC Precatório e Requisição de Pequeno Valor (RPV)

3. Efetivação do Depósito Para Pagamento Para Garantir o Juízo

4. Indicação de Bens à Penhora Para Satisfazer a Execução Para Garantir o Juízo

5. Inércia do Executado

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6. Penhora Definição Ordem Preferencial – Art. 655 CPC – Penhora “On Line”- S. 417 TST Auto de Penhora e Auto de Depósito Requisito da Penhora

7. Embargos à ExecuçãoArt. 884 CLT

Natureza Jurídica Prazo Matéria Arguida Processamento

o Impugnaçãoo Provaso Decisão

Recurso Cabível Agravo de Petição Recurso de Revista – S. 266 TST Art. 896 P. 10 CLT – Lei 13.015/14

Fase de Execução: conjunto de atos processuais sucessivos que tem por objetivo o cumprimento forçado, coercitivo, das obrigações decorrentes do julgado.

Como a execução mais comum é da execução de pagar quantia certa, é essa que demanda maior estudo e maior conhecimento.

Quando a obrigação é de pagar é extraído dos autos o mandado de citação para o empregador pagar ou indicar bens a penhora no prazo de 48 horas. Ele chega ao empregador por Oficial de Justiça e o Oficial de Justiça entrega o mandado ao empregador, que deverá pagar o valor integral da execução de forma atualizado. Pagar depositando na Caixa Econômica Federal da Justiça o valor correspondente.

Caso o empregador não disponha do numerário, ou não queira pagar, ele tem a opção de indicar bens a penhora, através de uma petição indicando tantos bens quanto sejam suficientes para satisfazer a execução.

Quando é contra a Fazenda Pública. O órgão público não recebe mandado de citação para pagamento e penhora, porque ele não tem dinheiro disponível para pagar em 48 horas, pois ele tem orçamento anual aprovado por lei, ele não dispõe de dinheiro em caixa. Os bens públicos são impenhoráveis, não podendo, assim, ser penhorados. Por isso o procedimento é diferente. Ele é citado para, querendo, por embargos a execução. Se houver embargos, o órgão público executado recebe uma ordem de pagamento, que é chamada de Precatório e Requisição de Pequeno Valor, que são ordens de pagamento de dívida judicial . Não confundir Precatório com Carta Precatória, Carta Precatória é o juiz que manda para outro juiz para que ele cumpra atividade em outra comarca. Precatório é título de pagamento, que é para pagar. Ele é inscrito no orçamento do ano seguinte, para que no ano seguinte o órgão público venha a depositar aquele valor, só entrando aqueles que são recebidos até antes de 1 de julho. Se for depois de 1 de julho, só será

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Se for até 60 salários mínimos não sai Precatório, o juiz requisita ao Tribunal o Pagamento de Pequeno valor, que é feito pelo próprio tribunal, é do orçamento do próprio tribunal, para pagar as Requisições de Pequeno Valor.

O Alvará é autorização judicial, o juiz autorizando ao empregado a sacar o valo a que ele faz O Executado recebe o Mandado de Citação e diz que quer discutir a execução, o executado deposita o

valor, mas com o objetivo de garantir o juízo para embargar a execução, ou seja, se defender, se opor a execução. Para se defender, ele precisa garantir o juízo, ele pode depositar esse valor integral para garantir o juízo e embargar a execução, a fim de que esse depósito não seja liberado.

Pode a empresa que recebeu o Mandado não ter o dinheiro, nesse caso poderá indicar bens a penhora, bens suficientes para satisfazer a execução, fazendo a petição, descrevendo os bens, dando o valor dos bens, dando tantos bens quanto forem suficientes, dizendo a propriedade dos bens e onde se encontram. Ela pode também ter como objetivo para garantir o juízo e opor embargos a execução.

Pode o Empregador também não fazer nada, por não ter bens nem dinheiro. Nesses casos, a justiça, o exequente poderá procurar seus bens. Se não tem nada a fazer, pede a suspensão do feito, porque ele pode ser atingido pela prescrição intercorrente. O STF diz que cabe a Suspensão do Feito.

No caso da empresa ter indicado bens a penhora, a indicação não é a penhora propriamente dita, a penhora é ato judicial, ato da justiça, do juiz. Penhora é ato judicial que atinge o direito de propriedade do particular, é um gravame obre a propriedade, consiste numa constrição patrimonial, o bem fica gravado e fica restrito na sua propriedade. Esse bem não pode ser alienado, não pode ser transferida, e se for irregularmente a justiça pode tomar. Penhora é ato judicial, penhor é ato particular, quando um particular dá um bem em garantia.

Indicado os bens a penhora, a justiça pode aceitar ou não. O Exequente pode aceitar ou não aquele bem. Até porque no CPC existe uma ordem preferencial dos bens a serem penhorados, estando em primeiro lugar nessa ordem o dinheiro. Os bens particulares dos sócios são atingidos pelas execuções trabalhistas, despersonificação da personalidade jurídica. Assim poderá mandar fazer a Penhora On Line, através do Banco Central, para fazer um rastreamento para ver se a empresa tem dinheiro e bloqueá-los.

Supondo que a empresa não tem dinheiro nenhum, você só tem aquele bem inútil mesmo, aí o juiz diz, faça-se a penhora. Quem faz a Penhora é o Oficial de Justiça. Ele que avalia os bens, sendo Oficial de Justiça e Avaliador, fazendo isso tudo no Auto de penhora, ele que Lavra o Auto de Penhora, no qual está descrito questões sobre o Bem Penhorado. Ao Lavrar o Auto de penhora a justiça levava o bem para um Depósito Púbico, mas na prática não havia depósitos públicos suficientes, além de que nos depósitos iriam haver maior deterioração. Daí porque o bem penhorado fica com seu proprietário, ele não é transferido para o Depósito Público, ele simplesmente Lavra o Auto do Depósito, ele apenas nomeia o Depositário, nomeia uma pessoa que ficará responsável pelo ato penhorado. Discute-se ainda se haverá a Prisão do Depositário Infiel.

Se o executado não nomeou bens a penhora, o Oficial vai lá e faz a penhora do bem que entender.Quando o bem penhorado é sujeito a Registro Público, o juiz manda averbar no título de propriedade

que o bem está penhorado, no cartório de imóveis, assim como veículo, mandando averbar no Detran. Chamado Registro de Penhora.

Penhorado o bem é que está garantido o juízo, a garantia só vem com o depósito do pagamento ou com a penhora. Para se opor a execução, você irá usar o remédio processual Embargos à Execução cabível que não é um recurso, porque não tem por objetivo reformar a decisão, mas sim natureza de defesa assegurada ao executado para se opor a execução, um incidente da execução, porque nem todas as execuções tem Embargos à Execução. Prazo de 5 dias da garantia do juízo e quando for órgão Público será de 30 dias. Embargar a decisão tendo como matéria para arguir na defesa do cliente executado, matéria pertinente a execução do julgado. Diz respeito a ofensa a coisa julgada, excesso de execução. O devedor embarga à execução. O terceiro atingido pela execução pode também embargar a execução, chamado aí de Embargos de terceiro.

Elaborado a conta é facultado ao juiz, dar o prazo de 10 dias, para querendo, impugnar a conta, na fase de liquidação. Se se deu o prazo e não se impugnou, nos embargos à execução não poderão discutir o valor da condenação. Porque teve a oportunidade e não o fez, prazo preclusivo de 10 dias para cada um. Mas como na maioria das vezes o juiz não dá esse prazo, nos Embargos poderá se discutir essa questão.

Se dá entrada no juízo da execução onde está o processo. Não gera autos apartados. O juiz recebe os Autos, notifica a parte contrária para impugnar no prazo de 5 dias os Embargos à Execução. Como o Embargo traz um matéria nova pode sim haver a produção de provas, pois não se trata de recurso, recurso não pode trazer matéria nova, Embargos a Execução é matéria nova.

Quem julga os embargos à Execução é o próprio juízo da execução, ele que vai decidir, julgando os embargos à execução. Dessa decisão cabe recurso de Agravo de Petição, recurso cabível na fase de execução do julgado. Aqui se discute se o Agravo de Petição é cabível da sentença que julga os embargos ou .... A grande maioria entende que ele é apenas cabível das sentenças que julgam embargos à execução. Prazo de 8 dias da data que foi intimada da data da decisão.

Agravo de Petição é nos mesmos autos, petição nos próprios autos, julgado pelo tribunal acima.

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O Recurso de Revista, na fase de execução cabe apenas se o acórdão fere a CF. Se o acórdão que julga o Agravo de Petição fere a CF. A Lei 13.015 estabeleceu ainda um peculiaridade, cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial, ofensa a dispositivo de lei federal, nas execuções fiscais e nas controvérsias que envolvam a certidão negativa de débito trabalhista o recurso de revista é cabível.

Aula 10: 19/11Atos Finais da Execução

1. Designação da Praça ou Leilão Avaliação do Bem Penhorado Publicação do Edital de Praça e Notificação das Partes

2. Arrematação Definição Procedimento Carta de Arrematação ou Mandado de Entrega

3. Adjudicação Definição Procedimento Carta de Adjudicação ou Mandado de Entrega

4. Remição Definição Procedimento

5. Embargos à Arrematação ou à Adjudicação – Agravo de Petição6. Custas na Execução – Art. 789-A CLT

O bem penhorado precisa ser transformado em dinheiro. Praça ou Hasta Pública é o momento em que o bem é levado ao público em geral, exposto para que o público, terceiros interessados façam lances/lanços visando adquirir o bem. É como se fosse um leilão, tem licitantes. O bem é levado a praça para que terceiros possam adquiri o bem, para que o bem seja alienado. A diferença é que a praça é feita no fórum e por servidor da justiça, o leilão é feito por leiloeiro oficial, no local em que o leiloeiro sempre trabalha e o leilão só é marcado se na Praça o bem não for alienado. Daí porque o juiz marca 3 dias para a Praça. Leilão gera um custo, o leiloeiro oficial cobra para fazer o leilão, mas se o bem não sair na praça o bem pode ir a leilão.

Antes de o juiz designar a praça ele deve mandar o Oficial de Justiça novamente reavaliar o bem. Pois o bem pode não estar valendo a mesma coisa. Depois dessa reavaliação vai ser publicado o Edital de Praça, que diz o dia e a hora que a praça vai ser realizada e os bens e valores que vão ser oferecidos naquela praça. A praça deve ser a mais pública possível, pois quanto mais gente vai, mais chance de ser alienado o bem, mas se for de até 60 salários mínimos será dispensado a publicação do edital em jornal de grande circulação.

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As partes são intimadas do dia da Praça daquele processo.No dia da Praça os bens que estão incluídos na Praça são expostos aos licitantes, participantes, mas não

significa que os bens são trazidos ao fórum para os licitantes verem. Daí porque o edital de praça deve ser publicado com antecedência para que os licitantes possam tomar conhecimento antes desses bens. No dia da Praça, portanto, esses bens não são removidos para o fórum.

Esses licitantes poderão dar lance para arrematar o bem, aquisição do bem penhorado pelo melhor lance. E diz a lei, na primeira praça, o menor lance deve ser no valor da avaliação. Na prática, até na primeira praça pode haver arrematação por valor inferior ao da avaliação. Nas demais Praças pode. O bem só não pode ser arrematado por preço insignificante, não existe regra para preço insignificante, o juiz que vai analisar se é ou não insignificante. A parte que perdeu o bem pode se defender por Embargos à Arrematação, para se defender na execução, da arrematação.

Na arrematação um terceiro adquire o bem pelo melhor lance ocorrido na praça, se não sai em nenhuma das 3, será oferecido a leilão.

No dia da Praça, aquele que arrematou o bem deve depositar o valor de 20% do valor oferecido. Ele vai na Caixa Econômica e deposita 20% do valor e leva o comprovante que depositou, daí ele tem 24 horas para depositar o restante do preço. A partir daí a arrematação está definida, daí é lavrado o Auto de Arrematação.

Daí recebe a Carta de Arrematação ou Mandado de Entrega são os títulos judiciais que autorizam, habilitam o arrematante a se tornar proprietário do bem e de se admitir na posse. Arrematação é uma forma de aquisição do bem.

Se a arrematação não serviu para suprir a execução, como se faz para o empregado receber o restante. Começa um novo mandado de execução. Atualiza-se o débito para que a execução seja satisfeita integralmente.

Se o arrematante deposita os 20% mas não integraliza o preço da arrematação, esse 20% não são devolvidos, eles ficam para a execução, revertem-se em favor da execução. Isso é uma forma de fazer com que quem está sendo executado não mandem laranjas para a praça, simplesmente para prolatar a execução.

Se o valor for superior a execução, ficará com o crédito o executado.Mas pode acontecer que o credor, o empregado se interesse em ficar com o bem. Em adjudicar o bem

penhorado. Ou seja, se tornar proprietário do bem penhorado, o empregado tem direito de adjudicar o bem, ou seja, de se tornar dono do bem penhorado. Aí Adjudicação tem preferência sobre a Arrematação.

É adquirir o bem pelo valor da avaliação, por parte do credor. Mesmo depois da praça, pode o bem ser adjudicado, mesmo que na praça tenha arrematante. O que não pode é pedir para ajudar depois de entregue a Carta de Arrematação ou Mandado de Entrega, porque fere o Princípio da Segurança Jurídica.

3˚ fase que pode haver nesse processo, poderá o devedor requerer ao juiz a remição dos bens penhorados mediante o pagamento integral da execução. Remição é resgate do bem penhorado mediante pagamento integral da dívida. Poderá resgatar o bem através da Remição, petição nos autos requerendo o bem, comprovando o depósito no valor da execução. Remição tem preferência sobre a Adjudicação porque a justiça não quer tomar o bem do empresário, a justiça quer pagar ao empregado, a execução sempre deve ser a menos gravosa possível para o executado. O que se quer aqui é fazer justiça, é pagar o débito do empregado.

Tem prazo de 5 dias da data de ciência do ato, da arrematação, ele tem 5 dias para embargar a execução, a arrematação. Embargos não é recurso, é forma de defesa na execução, é um incidente na execução de cuja sentença cabe Agravo de Petição, cujo prazo é de 8 dias, que sobe para julgamento e que cabe Recurso de Revista.

Na Execução deve se cobrar custas processuais. Que na Fase de Conhecimento é de 2% do Valor da Condenação. Aqui são em valores fixados pela justiça por ato processual. Para cada ato existe custa específica, com o objetivo de que o executado protele o feito com esses atos processuais.