aulas 01 e 02
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Introduão a História do DesignTRANSCRIPT
A Importância da Leitura
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a
leitura de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos
livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela
que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio
e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto
isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam
apreciar, por exemplo, uma boa obra literária.
A importância da leitura se faz presente no nosso universo, desde o momento em
que começamos a conhecer ou a compreender o mundo que nos cerca.
Para que o homem abra 'portas' para sua percepção é preciso saber refletir. Desse
modo, a leitura chega ao nosso espaço para acrescentar um poderoso e essencial
instrumento libertário para sobrevivência humana e, assim, ampliar nossa visão e nosso
horizonte nas expectativas de vida.
O habito de ler deve ser estruturado, desde a infância, a fim de que, o individuo
aprenda cedo que ler é algo importante e prazeroso, e tornara um adulto culto, dinâmico
e perspicaz.
A importância da leitura esta na formação de cidadãos mais informativos e
críticos dentro de uma sociedade.
No mundo contemporâneo, a leitura cria fronteira para ampliar e diversificar
nossa visão e interpretação sobre o mundo que vivemos e da vida como um todo.
A importância na construção do texto está, diretamente, ligada ao
desenvolvimento para uma cultura de leitura fazendo com que seus leitores usem-na
como um imã, que atrai e prende o leitor numa relação de prazer e de amor.
Na vida dos indivíduos, a leitura deve ser apresentada de forma interessante e,
visando sempre o desenvolvimento do pensamento reflexivo e critico da realidade que é
vivida.
Para que haja interesse e procura pela leitura, é necessário que esta seja
apresentada como uma construção de novos conhecimentos, possibilitando a aquisição
da linguagem que possa ser usada de modo prazeroso, espontâneo e com interações
positivas no convívio social.
Conhecer: é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto
conhecido. No processo do conhecimento o sujeito cognoscente se apropria, de certo
modo, do objeto conhecido.
Conhecimento: é o ato ou efeito de conhecer. Idéia, noção, informação, notícia, ciência.
Prática de vida, experiência, discernimento, critério, apreciação. O conhecimento é uma
atividade que pressupõe uma relação entre um ente cognoscente e um objeto
cognoscível. Para que haja conhecimento, é necessário que um ser, dotado de
subjetividade (inteligência), deseje (intencionalidade) e seja capaz (linguagem) de
projetar sua mente sobre objetos que são diferentes dele.
Ente cognoscente: é aquele que move sua inteligência em direção ao objeto cognoscível.
O primeiro elemento da relação de conhecimento, o ente cognoscente, é duplamente
constituído pelo indivíduo que conhece (profissional, filósofo, teólogo ou cientista) e
pela sociedade que fornece a este indivíduo os instrumentos necessários para esta
atividade.
Objeto cognoscível: é o objeto passível de ser conhecido. Deve levar em conta alguns
aspectos.
Tipos de Conhecimentos
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou
fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que
acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos
interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
Ao longo de toda existência o homem vem acumulando conhecimentos desde o
seu nascimento, conhecimentos vitais e necessários para a sua sobrevivência. O
conhecimento chega a ser uma necessidade, uma capacidade inerente ao ser humano.
O conhecimento é o caminho obrigatório para a evolução humana, acontece
naturalmente, pelo simples convívio com seus semelhantes, através também de fontes,
sensações, percepção, imaginação, memória.
Para o escritor Aristóteles o conhecimento só acontece quando sabemos qual a
causa e o motivo dos fenômenos.
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar
e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos,
por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos
capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas
próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos
permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana,
permitimo-nos também ao pensar e, por consequência, a ordenação e a previsão dos
fenômenos que nos cerca.
Existem diferentes tipos de conhecimentos:
1) Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)
É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o
conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos
abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem
emperrar.
2) Conhecimento Filosófico
É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo
sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais
do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich
Nietzsche).
3) Conhecimento Teológico
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua
origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada
indivíduo.
Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em
Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc..
4) Conhecimento Científico
O conhecimento científico Surgiu da necessidade do ser humano querer saber
como as coisas funcionam ao invés de apenas aceitá-las passivamente. Com este tipo de
conhecimento o homem começou a entender o porquê de vários fenômenos naturais e
com isso vir a intervir cada vez mais nos acontecimento ao nosso redor. Este
conhecimento se bem usado é muito útil para humanidade, porém se usado
incorretamente pode vir a gerar enormes catástrofes para o ser humano e tudo mais ao
seu redor. Usamos como exemplo a descoberta pela ciência da cura de uma moléstia
que assola uma cidade inteira salvando várias pessoas da morte, mas também, destruir
esta mesma cidade em um piscar de olhos com uma arma de destruição em massa criada
com este mesmo conhecimento.
É produzido pela investigação científica, através de seus métodos. Surge não
apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida
diária, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e
criticadas através de provas empíricas.
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua
origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica.
Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
- É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil (GALLIANO, 1979, p. 24-30).
Metodologia Científica e tipos de método
Metodologia científica é o estudo dos métodos ou dos instrumentos necessários
para a elaboração de um trabalho científico. É o conjunto de técnicas e processos
empregados para a pesquisa e a formulação de uma produção científica. É o estudo dos
métodos, especialmente dos métodos das ciências. Ou seja, um processo utilizado para
dirigir uma investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um fim
determinado.
A Metodologia científica aborda as principais regras para uma produção
científica, fornecendo as técnicas, os instrumentos e os objetivos para um melhor
desempenho e qualidade de um trabalho científico.
A pesquisa é uma das atividades primordiais para a elaboração dos trabalhos
realizados com base na metodologia científica. É a fase da investigação e da coleta de
dados sobre o tema a ser estudado.
Tem objetivo auxiliar o indivíduo a refletir e instigar um novo olhar sobre o
mundo. Um olhar curioso, indagador e criativo.
1) Método Científico
O método científico refere-se a um aglomerado de regras básicas de como deve ser o
procedimento a fim de produzir conhecimento dito científico, quer seja este um novo
conhecimento, quer seja este fruto de uma totalidade, correção (evolução) ou um
aumento da área de incidência de conhecimentos anteriormente existentes. Ou seja, é o
método usado para chegar ao conhecimento desejado.
2) Método Dedutivo
Método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter
uma conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s). Uma dedução é uma espécie
de argumento no qual a forma lógica válida garante a verdade da conclusão se as
premissas forem verdadeiras. Por exemplo: Temos duas premissas verdadeiras:
"P1:Todos os homens são mortais"/ P2: Pedro é homem. As duas premissas (p1 e p2)
seguem uma forma lógica válida. Logo, Pedro é mortal. Então temos uma dedução.
3) Método Indutivo
É o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui
uma verdade geral. Ao contrário da dedução, parte dos dados particulares.
Exemplo 1: ao retirarmos uma amostra de um saco de arroz, observamos que
aproximadamente 80% dos grãos são do tipo extrafino. Concluímos, então, que o saco
de arroz é do tipo extrafino.
Exemplo 2: A pesquisa eleitoral é outro exemplo do raciocínio indutivo. Através da
amostragem de alguns eleitores realiza-se a pesquisa que irá ser utilizada para encontrar
o percentual de votos de cada um dos candidatos.
OBS: Comparando o método dedutivo e o indutivo, concluímos que enquanto o
pensamento dedutivo leva a conclusões inquestionáveis, porém já contidas nas
hipóteses, o raciocínio indutivo leva a conclusões prováveis, porém mais gerais do que
o conteúdo das hipóteses.
4) Método hipotético-dedutivo
Consiste na construção de conjecturas baseada nas hipóteses, isto é, caso as hipóteses
sejam verdadeiras as conjecturas também serão. Tal método, foi proposto pelo filósofo
austríaco Karl Popper, e tem uma abordagem que busca a eliminação dos erros de uma
hipótese. Faz isso a partir da ideia de testar a falsidade de uma proposição, ou seja, a
partir de uma hipótese, estabelece-se que situação ou resultado experimental nega essa
hipótese e tenta-se realizar experimentos para negá-la. Assim, a abordagem do método
hipotético-dedutivo é a de buscar a verdade eliminando tudo o que é falso.
5) Método dialético
O método dialético reconhece a dificuldade de se apreender o real, em sua determinação
objetiva, por isso a realidade se constrói diante do pesquisador por meio das noções de
totalidade, mudança e contradição. A noção de totalidade refere-se ao entendimento de
que a realidade está totalmente interdependente, interrelacionada entre os fatos e
fenômenos que a constitui. Já a noção de mudança compreende que a natureza e a
sociedade estão em constante mudança e que elas tanto são quantitativas quanto
qualitativas. Enquanto isso a noção de contradição torna-se o motor da mudança. As
contradições são constantes intrínsecas à realidade. As relações entre os fenômenos
ocorrem num processo de conflitos que geram novas situações na sociedade.
A PESQUISA
O que é pesquisar?
É um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma
determinada área.
Pesquisa Científica
É o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo
fundamental da pesquisa, é descobrir respostas para problemas, mediante o emprego de
procedimentos científicos. Ou seja, um processo sistemático para a construção do
conhecimento humano, gerando novos conhecimentos, podendo também desenvolver,
corroborar, reproduzir, refutar, ampliar, detalhar, atualizar, algum conhecimento pré-
existente, servindo basicamente tanto para o indivíduo ou grupo de indivíduos que a
realiza quanto para a sociedade na qual esta se desenvolve. A pesquisa como atividade
regular também pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejadas
pela busca de um conhecimento.
Pesquisa Acadêmica
É uma atividade pedagógica que tem por objetivo despertar o espírito da busca
intelectual autônoma. Acima de tudo, a pesquisa acadêmica é um exercício, uma
preparação.
Pesquisador
Aquele que realiza a pesquisa. Deve possuir qualidades pessoais intrínsecas e também
possuir recursos humanos, materiais e por vezes financeiros.
Qualidade necessárias ao pesquisador
- conhecimento do assunto a ser pesquisado;
- curiosidade;
- criatividade;
- integridade intelectual (plágio);
- atitude autocorretiva;
- sensibilidade social;
- imaginação disciplinada;
- perseverança e paciência;
- confiança na experiência;
- visão além do alcance.
Recursos necessários à realização da pesquisa (científica)
Além dos atributos citados acima, o pesquisador também deve possuir a consciência de
que, os papéis desempenhados pelos recursos disponíveis no desenvolvimento e na
qualidade dos resultados de sua pesquisa são de suma importância. Deve saber de
antemão que uma pesquisa bem realizada compreende uma pesquisa com organização e
com amplos recursos.
Finalidade da pesquisa
Descobrir respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos.
Estes métodos, mesmo que, as vezes, não obtenham respostas fidedignas, são os únicos
que podem oferecer resultados satisfatórios ou de total êxito.
Tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem no mundo existencial.
TIPOLOGIA DA PESQUISA
- Pesquisa do ponto de vista da sua natureza:
1) Pesquisa básica: objetiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência,
sem aplicação prática prevista. Trata com verdades e interesses universais.
2) Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimento para aplicação prática, dirigida à
solução de problemas específicos. Trata com verdades e interesses locais.
- Pesquisa do ponto de vista da forma de abordagem
1) Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em
números as opiniões e informações, para desta forma classifica-las e analisa-las. Requer
o uso de técnicas e de recursos estatísticos.
2) Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, ou
seja, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, o
qual não pode ser traduzido em números. Não requer a utilização de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador o
instrumento chave. É uma pesquisa descritiva. Tanto o processo como o seu significado,
são os focos principais de abordagem.
- Pesquisa do ponto de vista de seus objetivos
1) Pesquisa exploratória: objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, de
modo a torna-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Envolve o levantamento
bibliográfico, entrevistas com pessoas que passaram por determinada experiência
(problema pesquisado). Em geral, assume a forma de pesquisa bibliográfica ou pesquisa
de campo.
2) Pesquisa descritiva: este tipo de pesquisa objetiva a descrição das características de
determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
Em geral são utilizadas por pesquisadores sociais. Envolvem o uso de técnicas de coleta
de dados, questionários e observação sistemática. Em geral assume a forma de
levantamento.
3) Pesquisa Explicativa: sua principal preocupação é identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno. Aprofunda
o conhecimento da realidade, vez que explica a razão, o porque das coisas. É a forma
mais complexa de pesquisa e também a mais delicada, isso porque o risco de cometer
algum erro aumenta consideravelmente.
- Procedimentos de Pesquisa
a) Pesquisa bibliográfica: livros, artigos de periódicos, internet.
b) Pesquisa documental: semelhante à pesquisa bibliográfica, mas diferencia-se pela
natureza das fontes de consulta. Utiliza materiais que ainda não receberam tratamento
analítico, ou ainda, que podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa.
c) Pesquisa Experimental: é o melhor exemplo de pesquisa cientifica. Consiste em
determinar-se um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo e definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto.
d) Levantamento: é a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas a
cerca de um problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa,
obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. Ex: censo.
e) Estudo de caso: ocorre quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou de
poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
f) Pesquisa- Ação: é uma pesquisa empírica, concebida e realizada em determinada
ação, ou a resolução de um problema coletivo. É um tipo de pesquisa polêmica, devido
à exigência do envolvimento ativo do investigador e das pessoas relacionadas com o
problema, carecendo de objetividade. Requer uma ação planejada, de caráter social,
educacional, técnica, etc.
g) Pesquisa participante: é realizada com a interação entre o investigador e os
indivíduos da situação em estudo, semelhante à pesquisa-ação. Ao contrário desta,
envolve a distinção entre a ciência popular e a ciência dominante.
PLANEJAMENTO DA PESQUISA
A pesquisa é elaborada a partir de três fases: a decisória, a construtiva e a redacional.
- decisória: se refere á escolha do tema, à definição e à delimitação do problema da
pesquisa.
- construtiva: se refere a elaboração de um plano de pesquisa e á execução da pesquisa
propriamente dita.
- redacional: se refere á análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a
organização das idéias de forma sistematizada, visando a elaboração do relatório final.