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07/12/2011 1 Estudo de Tempos e Métodos Administração da Produção Novas datas Aula dia 25/11 Estudo dos tempos e movimentos Aula dia 30/11 Estudo dos tempos e movimentos Aula dia 02/12 Estudo dos tempos e movimentos Aula dia 07/12 Estudo dos tempos e movimentos Seminário Grupo - 10 pontos - I e II- 09/12/2011 Seminário Grupo - 10 pontos - III e IV- 12/12/2011 (Segunda Feira) Grupo I Evolução da produção com ênfase no Fordismo . Grupo II Evolução da produção com ênfase no Toyotismo. Grupo III Evolução da produção com ênfase no JIT. Grupo IV Evolução da produção com ênfase no Qualidade Total. Prova 20 pontos 14/12/2011 Prova substitutiva (atestado médico) 16/12/2011 Resultado site DCG dia: 19/12 Prova Final recuperação (21/12/2011)

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07/12/2011

1

Estudo de Tempos e Métodos

Administração da Produção

Novas datas

Aula dia 25/11 – Estudo dos tempos e movimentos

Aula dia 30/11 – Estudo dos tempos e movimentos

Aula dia 02/12 – Estudo dos tempos e movimentos

Aula dia 07/12 – Estudo dos tempos e movimentos

Seminário Grupo - 10 pontos - I e II- 09/12/2011

Seminário Grupo - 10 pontos - III e IV- 12/12/2011 (Segunda Feira)

Grupo I – Evolução da produção com ênfase no Fordismo .

Grupo II – Evolução da produção com ênfase no Toyotismo.

Grupo III – Evolução da produção com ênfase no JIT.

Grupo IV – Evolução da produção com ênfase no Qualidade Total.

Prova – 20 pontos – 14/12/2011

Prova substitutiva (atestado médico) 16/12/2011

Resultado site DCG – dia: 19/12

Prova Final recuperação (21/12/2011)

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INTRODUÇÃO

O estudo de tempos e movimentos, também

conhecido como cronoanálise, é uma forma de

mensurar o trabalho por meio de métodos

estatísticos, permitindo calcular o tempo padrão

que é utilizado para determinar a capacidade

produtiva da empresa, elaborar programas de

produção e determinar o valor da mão de-obra

direta no cálculo do custo do produto vendido

(CPV).

INTRODUÇÃO

O tempo padrão engloba a determinação da

velocidade de trabalho do operador e aplica

fatores de tolerância para atendimento às

necessidades pessoais, alívio a fadiga e tempo de

espera.

Estes fatores são geralmente encontrados em

tabelas na literatura especializada.

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Finalidades da Medida de Tempos

Estabelecer Padrões de operação e permitir o

planejamento da fábrica.

Fornecer dados para o levantamento de custos

padrões, de forma a desenvolver os orçamentos

para investimentos.

Fornecer dados para o balanceamento do fluxo da

produção.

O QUE É ESTUDO DE TEMPOS,

MOVIMENTOS E MÉTODOS

O estudo de tempos, movimentos e métodos

aborda técnicas que submetem a uma detalhada

análise de cada operação de uma dada tarefa,

com o objetivo de eliminar qualquer elemento

desnecessário à operação e determinar o melhor e

mais eficiente método para executá-la.

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O QUE É ESTUDO DE TEMPOS,

MOVIMENTOS E MÉTODOS

O estudo de tempos, movimentos e métodos

mantém estreito vínculo com três importantes

definições do vocabulário empresarial: A

engenharia de métodos, projeto de trabalho e

ergonomia.

Engenharia de métodos

É a atividade dedicada à melhoria e desenvolvimento

de equipamentos de conformação e processos de

produção para suportar a fabricação.

Preocupa-se em estabelecer o método de trabalho mais

eficiente, ou seja, procura otimizar o local de trabalho

com relação a ajuste de máquinas, manuseio e

movimentação de materiais, layout, ferramentas e

dispositivos específicos, medição de tempos e

racionalização de movimentos.

Também é chamada de engenharia industrial,

engenharia de processo ou engenharia de manufatura.

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Projeto de trabalho

O projeto de trabalho define a forma pela qual as

pessoas agem em relação a seu trabalho.

O projeto de trabalho leva em consideração as

atividades que influenciam o relacionamento entre

as pessoas, a tecnologia que elas usam e os

métodos de trabalho empregados pela produção.

Ergonomia

A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho

ao homem e vice-versa. A ergonomia parte do

conhecimento do homem para fazer o projeto do

trabalho, ajustando-se às capacidades e limitações

humanas.

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Ergonomia

O instituto Ergonomics Research Society, da

Inglaterra, define ergonomia como o estudo do

relacionamento entre o homem e o seu trabalho,

equipamento e ambiente, e particularmente da

aplicação dos conhecimentos de anatomia,

fisiologia e psicologia na solução dos problemas

surgidos desse relacionamento.

ESTUDO DE TEMPOS

O objetivo da medida dos tempos de trabalho era

determinar a melhor e mais eficiente forma de

desenvolver uma tarefa específica.

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7

Estudo de tempos

É a determinação, com o uso de um cronômetro, do

tempo necessário para se realizar uma tarefa.

O termo “cronoanálise” é bastante utilizado nas

empresas brasileiras para designar o processo de

estudo, mensuração e determinação do tempo

padrão em uma organização.

Finalidade do estudo

dos tempos

O estudo de tempos não tem apenas a finalidade

de estabelecer a melhor forma de trabalho. O

estudo de tempos procura encontrar um padrão de

referência que servirá para:

determinação da capacidade produtiva da empresa;

elaboração dos programas de produção;

determinação do valor da mão-de-obra direta no calculo do

custo do produto vendido (CPV);

estimativa do custo de um novo produto durante seu projeto e

criação;

balanceamento das linhas de produção e montagem.

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Cronoanalista

O vocabulário cronoanalista dói bastante utilizado

nas industrias brasileiras para designar o cargo e

função do profissional que executava as tomadas de

tempo.

Esta função foi largamente utilizada para registro na

carteira de trabalho. Atualmente, devido à constante

redução do contigente, o cargo de cronoanalista foi

substituído por outras descrições de cargo mais

abrangentes e menos específicas, tais como analista

industrial ou analista de processos.

Equipamentos utilizados para medição

do tempo padrão

Filmadora Cronômetro

Prancheta

e

Folha de Verificação

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Equipamentos para o estudo de

tempos

Cronômetro de hora centesimal: a cronometragem

do tempo de execução de determinada tarefa

pode ser realizada com a utilização de um

cronômetro normal facilmente encontrado no

mercado.

Equipamentos para o estudo de

tempos

Filmadora: a utilização de filmadora tem a

vantagem de registrar fielmente todos os

movimentos executados pelo operador, e, se bem

utilizada, pode eliminar a tensão psicológica que o

operador sente quando está sendo observado

diretamente por um cronoanalista.

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10

Equipamentos para o estudo de

tempos

Prancheta: na maioria das vezes, exceto quando a

mensuração é feita por filmes, a tomada de tempos é

feita no local onde ocorre a operação. Desta forma. É

comum o uso de uma prancheta para o apoio do

cronômetro e da folha de observações, de forma a

permitir que o cronoanalista possa anotar suas tomadas

de tempo em pé.

Folha de observação: trata-se de um documento em que

são registrados os tempos e demais observações relativas

à operação cronometrada. É comum que cada empresa

desenvolva sua folha de observação específica.

Determinação do tempo

cronometrado

Divisão da operação em elementos: em primeiro lugar, a

operação total cujo tempo padrão se deseja determinar deve

ser dividida em partes para que o método de trabalho possa

ter uma medida precisa, deve-se tomar cuidado de não

dividir a operação em exageradamente muitos ou

demasiadamente poucos elementos. Algumas regras gerais

para este desdobramento são:

separar o trabalho em partes, de maneira que sejam mais curtas possíveis,

mas longas o suficiente para que possam ser medidas com o cronômetro;

as ações do operador, quando independentes das ações das máquinas

devem ser medidas em separado;

definir o atraso ocasionado pelo operador e pelo equipamento

separadamente.

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Exemplo

Nesta etapa a atividade final será quebrada em suas micro atividades e a partir daí decide-se qual destas será medida, em que ordem e com qual método.

Exemplo: Pegar um livro na biblioteca

Ir ao terminal.

Solicitar um livro.

Dirigir-se ao balcão.

Identificar-se e digitar a senha.

Assinar o empréstimo.

EXEMPLO

Uma indústria de confecções deseja cronometrar o tempo de

costura de uma camiseta. Em que elementos esta operação pode

ser dividida ?

Resolução

Assim é possível dividir a atividade em:

Elemento 1 – Costura dos ombros (costura da frente com as costas unindo os ombros)

Elemento 2 – Costura das mangas (costura fechando as duas mangas independentes)

Elemento 3 – Costura das mangas nos conjuntos frente e costa

Elemento 4 – Fechamento de frente e costas nas laterais (abaixo das mangas)

Elemento 5 – Costura da barra das mangas

Elemento 6 – Costura da barra inferior do corpo

Elemento 7 – Colocação da gola.

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Etapas para a determinação do

tempo padrão

O tempo padrão é o intervalo que uma tarefa

deve durar para o planejamento da atividade.

Para a medição do tempo padrão deve-se:

Dividir a operação em elementos.

Determinação do número de ciclos a serem

cronometrados.

Avaliação da velocidade do operador.

Determinação das tolerâncias.

Cálculo do tempo padrão.

Determinação do número de

ciclos a serem cronometrados

É obvio e intuitivo que apenas uma tomada de

tempo não é suficiente para se determinar o tempo

de uma atividade. É necessário que se façam várias

tomadas de tempo para obtenção de uma média

aritmética destes tempos.

A questão é: quantas tomadas de tempos são

necessárias ara que a meda obtida seja

estatisticamente aceitável? Neste caso é necessário

utilizar um cálculo estatístico de determinação do

número de observações, dado na fórmula a seguir.

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Cálculo do número de ciclos

cronometrados

n = número de ciclos a serem cronometrados.

z = distribuição normal padronizada.

R = amplitude da amostra. (Amplitude é a subtração envolvendo o maior e o menor tempo das medições)

d2 = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas a priori.

Er = erro máximo admitido para z

= média da amostra

nz R

E d xr

2

2

x

Determinação do número de

ciclos a serem cronometrados

Na prática costuma-se utilizar probabilidades para

o grau de confiabilidade da medida entre 90% e

95%, e erro relativo aceitável variando entre 5% e

10%. Em outras palavras, supondo que seja

encontrada uma média de cronometragens no valor

de 10 segundos para um grau de confiabilidade

de 95% e um erro de 5% isto significa que,

estatisticamente, existe 95% de certeza que o

tempo da atividade está entre 9,5 segundos e 10,5

segundos.

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Tabelas de coeficientes

Tabelas de coeficientes Os valores típicos dos

coeficientes Z e d2 utilizados nos cálculos são

apresentados na tabelas a seguir:

EXEMPLO

Um analista de processos de uma grande fábrica

de produtos de linha branca cronometrou a

operação de montagem de determinada porta de

um modelo de refrigerador. Foram feitas sete

cronometragens iniciais para as quais foram obtidos

os seguintes valores em segundos:

10,5 – 10,3 – 9,3 – 9,2 – 8,5 – 9,9 – 10,0

A empresa determinou, como regra geral, o grau

de confiança para os tempos cronometrados fosse

de 95%, com um erro relativo inferior a 5%.

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EXEMPLO

2=8,4

EXEMPLO

Em outras palavras, foram realizadas sete

cronometragens iniciais e a fórmula, utilizando estes

valores preliminares, determinou que nove

cronometragens seriam necessárias.

Como o valor obtido com a fórmula é superior ao

número de cronometragens inicialmente executado,

isto significa que a tomada de tempos não foi

valida e não será possível utilizar a média

encontrada de 9,8 segundos como sendo o “tempo

cronometrado” necessário para a realização da

tarefa, com 95 % de chance de ser acerto.

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Exercícios

Página 124 - 1 e 2

Determinação do tempo normal

Slack et al. (2002) adotam a seguinte definição para a

avaliação de ritmo dos tempos observados:

Processo de avaliar a velocidade de trabalho do

trabalhador relativamente ao conceito do observador

a respeito da velocidade correspondente ao

desempenho padrão.

O observador pode levar em consideração,

separadamente ou em combinação, um ou mais fatores

necessários para realizar o trabalho, como a

velocidade de movimento, esforço, destreza,

consistência etc.

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17

Velocidade do Operador

Esta grandeza pode ser utilizada para comparar o

desempenho apresentado pelo operador.

É possível utilizar esta grandeza sob a forma da

eficiência.

Define-se uma pessoa como referência e compara-

se o desempenho dos outros operadores em

relação a referência.

Avaliação da velocidade

do operador

É o processo por meio do qual o cronoanalista

compara o ritmo do operador em observação com

o seu próprio conceito de ritmo normal.

Velocidade acima do normal: o operador que está

sendo avaliado pode estar trabalhando acima da

velocidade normal. Isto pode acontecer por vários

motivos, como por exemplo:

Tratar-se do início de expediente na segunda-feira;

O operador ter acabado de ser repreendido por seu

superior;

O operador estar buscando um prêmio de produtividade;

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Avaliação da velocidade

do operador

O operador possuir uma destreza para aquela tarefa

que pouca gente possui (neste caso a velocidade de

trabalho pode ser normal para aquele operador

específico, porém não servirá para um operador

“normal”);

Simplesmente, por estar sendo observado pelo

cronoanalista.

Neste caso, o tempo cronometrado encontrado deverá

ser ajustado para cima, já que outros operadores não

conseguirão repetir esse desempenho.

Avaliação da velocidade

do operador

Velocidade abaixo do normal: nesta situação, o operador pode

estar realizando a tarefa que está sendo cronometrada em

velocidade lenta, ou que pode acontecer por fadiga, como

por exemplo em uma sexta-feira à tarde.

A lentidão também pode decorrer de o operador observado

ainda não ter prática suficiente na tarefa, por estar

intimidado ao sentir seu trabalho sendo cronometrado ou por

qualquer outra razão.

Neste caso, o tempo cronometrado encontrado deverá ser

ajustado para baixo, já que menos tempo será necessário

para que outros operadores realizem a mesma tarefa.

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A Fabrica no Início da Revolução Industrial

Determinação da velocidade

Talvez a parte mais importante e mais difícil do

estudo de tempos consista na avaliação da

velocidade ou ritmo com o qual o operador

trabalha, durante a execução da cronoanálise.

A velocidade do operador é determinada

subjetivamente pelo cronoanalista. Para a

velocidade de operação normal do operador é

atribuída uma taxa de velocidade, ou ritmo, de

100%.

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20

Determinação da velocidade

Em outras palavras, o cronoanalista deve saber se um

trabalhador está em ritmo lento ou acelerado da mesma

forma que é possível perceber as pessoas andando na

rua.

É fácil observar quem está andando depressa, quem anda

em velocidade normal e quem esta andando mais

devagar.

Assim, se for convencionado que andar a 3 km/h é normal

(100%) então andar a 4 km/h equivale a um ritmo de

133% e andar a 2 km/h equivale a um ritmo de 67%.

Medida do Tempo Tempo Real (TR)

É o tempo realmente medido para cada integrante da equipe.

É obtido da média das medições efetuadas durante a tarefa.

Tempo Normal (TN)

É o tempo que o grupo é capaz de realizar a tarefa.

No grupo, teremos pessoas mais rápidas e mais lentas, porém em conjunto elas devem ter um comportamento único.

A Expressão para o tempo normal é TN=TR x Eficiência

Tempo Padrão (TP)

É o tempo que a tarefa deve durar (ou seja, é a meta que todos vão trabalhar).

A expressão é TP=TN x Fator de Tolerância

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Determinação da velocidade

Tempo normal

TN = TC x v

Onde: TN = Tempo normal

TC = Tempo cronometrado

v = Velocidade do operador

Uma forma confiável de avaliação da velocidade

do operador, que tem sido utilizada em vários

estudos práticos de cronoanálise, consiste em

simplesmente em perguntar para um experiente

chefe do setor se o ritmo está correto.

EXEMPLO

Utilizando o tempo cronometrado encontrado no

exemplo anterior de 9,8 segundos, qual seria o

tempo normal se a velocidade do operador fosse

avaliada em 116%? E se a velocidade fosse

avaliada em 97%?

Resolução

a) velocidade em 116% TN = TC x v = 9,8 x 1,16 = 11,37 seg

b) velocidade em 97% TN = TC x v = 9,8 x 0,97 = 9,51 seg

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22

Determinação do tempo

padrão

Uma vez determinado o tempo normal que é o tempo cronometrado

ajustado a uma velocidade ou ritmo normal, será preciso levar em

consideração que não é possível um operário trabalhar o dia inteiro, sem

nenhuma interrupção, tanto por necessidades pessoais, como por motivos

alheios à sua vontade.

O tempo padrão é calculado multiplicando-se o tempo normal por um

fator de tolerância para compensar o período que o trabalhador,

efetivamente, não trabalha. O cálculo é feito utilizando-se a seguinte

fórmula:

TP = TN x FT

Onde: TP = Tempo Padrão

TN = Tempo Normal

FT = Fator de Tolerância

Tolerância para atendimento

às necessidades pessoais

Como se tratam de necessidades fisiológicas do organismo,

estas tolerâncias costumam ser consideradas em primeiro

lugar.

Em trabalhos leves, para uma jornada de trabalho de oito

horas diárias, sem intervalos de descanso pré estabelecidas

(exceto almoço, naturalmente) o tempo médio de parada,

geralmente utilizado, varia de 10 a 24 minutos, ou seja de 2%

a 5% da jornada de trabalho. É importante observar que esta

tolerância pode variar de indivíduo para indivíduo, de país

para país, e de acordo com a natureza do trabalho. Em geral,

trabalhos mais pesados e ambientes quentes e úmidos

requerem maior tempo para necessidades.

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Tolerância para alívio da

fadiga

Até hoje não existe uma forma satisfatória de se medir a

fadiga, que é proveniente não só da natureza do

trabalho, mas também das condições ambientais do local

de trabalho.

O quadro logo a seguir apresenta as tolerâncias

propostas por Benjamin W. Niebel, em seu livro Motion

and Study, as quais são comumente mencionadas na

literatura sobre administração da produção. Na

praticadas empresas brasileiras, o que se tem observado

é a utilização de uma tolerância de 15% e 20% do

tempo para trabalhos normais, em condições de

ambientes normais.

Tolerâncias de trabalho

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24

Tolerância para alívio da

fadiga

Muitas vezes a tolerância é calculada em função

dos tempos de permissão que a empresa está

disposta a conceder. Neste caso determina-se a

porcentagem de tempo “P” concedida em relação

ao tempo de trabalho diário e calcula-se o fator de

tolerâncias por meio da seguinte formula:

Fator de tolerância

(FT=1/(1-p))

Onde: FT = Fator de Tolerância

P = tempo de intervalo dado dividido pelo tempo tempo de

trabalho (% do tempo ocioso)

Tolerância para espera

Além das tolerâncias necessárias para as necessidades

pessoais e para o alivio de fadiga, existe um outro tipo de

tolerância para situações sobre as quais o trabalhador não

tem domínio, dentre as quais as mais usuais são as esperas por

trabalho. As esperas podem ter vários motivos dentre eles é

possível citar:

necessidades de pequenos ajustes de máquina,

interrupções do trabalho pelo próprio supervisor, falta de

material, falta de energia e necessidades de manutenção

preventiva.

Este tipo de tolerância não necessariamente deve fazer parte

do tempo padrão.

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EXEMPLO

Uma empresa do ramo metalúrgico deseja determinar o tempo padrão

necessário, com 90% de confiabilidade e um erro relativo de 5%, para a

fabricação de determinado componente que será utilizado na linha de

montagem. O analista de processos realizou uma cronometragem

preliminar de nove tomadas de tempo, obtendo os dados a seguir.

Pergunta-se:

a) o número de amostragens é suficiente ?

b) qual o tempo cronometrado (TC) e o tempo normal (TN) ?

c) qual o tempo padrão (TP) se a fabrica definir um índice de tolerância

de 15%?

d) Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais, 15

minutos para lanches e 20 minutos para alivio de fadiga em um dia de 8

horas de trabalho, qual será o novo tempo padrão?

EXEMPLO

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26

EXEMPLO

Z = 1,65 (de acordo com a Tabela 1)

d2 = 2,970 (de acordo com a Tabela 2)

De forma análoga obtém-se:

Número de cronometragens da operação de dobrar chapa, N = 3,07

Número de cronometragens da operação de furar chapa, N = 5,4

Número de cronometragens da operação de remover rebarbas, N = 5,9

Logo o número de observações cronometradas é suficiente.

EXEMPLO

Minutos

trabalhados no dia

=0,31

=0,31 =0,36

=0,31

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27

Atividade

1 aluno para cronometrar.

4 alunos para montar a peça.

1 cronoanalista para calcular o numero de

cronometragem é válida ou não.

1 gerente de produção.

Atividade

Cada aluno deverá montar a peça 2 vezes e ser

cronometrada pelo cronoanalista.

O cronoanalista deverá calcular se a cronometragem foi

válida tendo por base 90% de confiabilidade e um erro

relativo de 10%.

O gerente de produção vai avaliar a velocidade média dos

operadores (entre 90% a 110%) e calcular o Fator de

tolerância FT=1/(1-p) seguindo os seguintes tempos

permitidos pela empresa: 13 minutos para necessidades

pessoais, 15 minutos para lanches e 20 minutos para alivio de

fadiga em um dia de 8 horas de trabalho.

Qual o tempo padrão de produção desta peça?

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28

Tempo Padrão com Atividades

Acíclicas

A fabricação de uma peça geralmente depende

da execução de uma seqüência de operações.

Neste caso, o procedimento a ser seguido é:

Determinar o tempo padrão de cada operação em

que a peça é processada;

Somar todos os tempos padrões.

Exercícios

Em dupla resolva os exercícios 3 a 9 das páginas

124 a 126 da apostila.

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29

57

TEMPO PADRÃO COM ATIVIDADES

ACÍCLICAS

São operações que não ocorrem a cada peça

produzida, por exemplo a limpeza da

máquina, e são chamadas de set-up, ou

operações de preparação.

Inclui-se neste tempo o que chamamos de try-

out. (produção das primeiras peças para verificar especificações)

58

TEMPO PADRÃO COM ATIVIDADES

ACÍCLICAS

Set-up- entende-se por set-up ou preparação

o trabalho feito para colocar o equipamento

em condição de trabalho para produzir uma

nova peça com qualidade em produção

normal .

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30

Tempo Padrão com Atividades

Acíclicas

TS = tempo do setup.

q = tamanho do lote entre setups.

Tpi = tempo padrão da operação i.

TF = tempo padrão das atividades de finalização.

L = lote de peças para que ocorra a finalização.

TPTS

qTP

TF

lproduto i

TP nTS

qp TP f

TF

lproduto i

• n = número de setups a serem feitos.

• p = quantidade de peças por lote.

• f = número de finalizações que devem ser feitas.

Para um lote de uma mesma peça

Tempos Predeterminados ou

Sintéticos

Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo

padrão para um trabalho ainda não iniciado.

Existem dois sistemas principais de tempos sintéticos:

o work-factor ou fator de trabalho e sistema methods-

time measurement (MTM) ou métodos e medidas de

tempo.

Unidade de medida TMU1 TMU = 0,0006 min ou 0,00001 h

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ESTUDO DOS MOVIMENTOS

Através de muitas observações determinou-se, que

em 85% dos casos, as atividades manuais são

compostas pelos seguintes movimentos básicos:

ALCANÇAR

Definição - É o movimento da mão vazia ou do

dedo para um local determinado ou indeterminado.

Variáveis:

Grau de controle (Casos)

Tipo de movimento (mão em movimento)

Distância (em milímetros)

Exemplos:

A - Movimentos com pequeno grau de controle ou

executados "automaticamente" ou "sem atenção".

Ex.: Alcançar uma peça isolada que se encontra sempre no

mesmo local.

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ALCANÇAR

B - Movimento com moderado grau de controle.

Ex.: - Alcançar uma peça isolada numa esteira rolante.

C - Movimentos com alto grau de controle.

Ex.: - Alcançar uma peça que se encontra misturada com outras iguais ou

semelhantes, sendo necessário seleção

D - Movimentos com alto grau de controle.

Ex.: - Alcançar uma peça muito pequena (alcançar com exatidão) ou uma

peça que possa provocar ferimentos ou que possa ser facilmente

danificável (alcançar com cuidado)

E - Movimento com pequeno grau de controle

Ex.: - Voltar com a mão a um local indeterminado, depois de executar uma

tarefa

PEGAR

Definição - É o movimento da mão ou do dedo

para obter o controle de uma ou várias peças,

para poder executar o movimento básico seguinte.

Variáveis

Modo de pegar

Forma e dimensão da peça

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PEGAR

Modo de pegar:

O modo de pegar é determinado pela posição e

disposição da peça. Para pegar peças que se

encontram misturadas é necessário cerca de cinco

vezes mais tempo do que para pegar peças

solitárias. O grau de controlo do movimento

também é importante para a determinação do

tempo do "pegar".

MOVER

Definição - É transportar uma ou várias peças com

a mão ou com os dedos, para um local

determinado ou indeterminado.

Variáveis :

Extensão do movimento

Caso do movimento

Esforço físico

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MOVER

1 - Extensão do movimento:

É o percurso realmente percorrido entre os pontos

inicial e final do "Mover".

2 - Caso do movimento:

Tem o mesmo significado que para o "Alcançar". No

entanto, existem apenascasos.

MOVER

A - Movimentos com pequeno grau de controle ou

executados "automaticamente" ou "sem atenção".

Ex.: - Mover uma peça para a outra mão.

B - Movimento com médio grau de controle.

Ex.: - Mover uma peça para uma posição aproximada (não

exata) Verifica-se quando o erro de aproximação é acima de

25 mm

C - Movimentos com alto grau de controle.

Ex.: - Quando se move uma peça para um local exatamente

determinado (com erro inferior a 25 mm). Podemos citar como

exemplo, o movimento do pino macho para a tomada de

energia elétrica.

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POSICIONAR

Definição - É o movimento do dedo ou da mão,

para introduzir duas peças, uma dentro da outra ou

para colocar uma junto da outra.

Variáveis :

Classe de ajuste

Condições de simetria

Manejo

SOLTAR

Definição - É o movimento básico executado quando os

dedos ou a mão perdem o controlo exercido sobre o

objeto.

Conclui-se da definição, que soltar segundo o MTM, só

pode ser executado pelos dedos ou pela mão. Por isso,

soltar uma peça que está presa com uma ferramenta (por

exemplo: uma pinça), não é soltar mas sim mover.

Distinguem-se dois casos:

Normal

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